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05/08/2020

Porto Alegre, 05 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.278

Governo deverá levar auxílio até final do ano

A equipe econômica está trabalhando mais uma vez com a possibilidade de estender o auxílio emergencial. Agora a ideia é levá-lo até o final do ano. A iniciativa que volta à discussão estaria relacionada com a demora do governo em providenciar um programa permanente de renda, o que seria inicialmente sanado com o Renda Brasil, que segue apenas como proposta por enquanto. Analistas também avaliam que o presidente Jair Bolsonaro já estaria pensando em reeleição, e por isso estaria incentivando sua equipe a voltar ao tema da ampliação por mais meses. 

O benefício que começou com três parcelas de R$ 600 hoje tem cinco, mas para evitar que o rombo nas contas públicas neste ano alcance R$ 1 trilhão, a ideia do governo é negociar com o Congresso um valor menor que os R$ 600, entre R$ 200 e R$ 300. Entretanto, para modificar o valor é preciso o aval dos parlamentares, já que a lei que criou o benefício até pode ter validade para o pagamento do benefício até o fim do ano, mas teria que ser a mesma quantia de R$ 600. Como a ideia é reduzir, seria necessária a negociação no Legislativo. 

Ainda sobre o auxílio emergencial e para quem já tinha feito solicitação, o governo federal anunciou ontem que o site da Dataprev também receberá requerimentos de contestação para quem teve o pedido negado. Segundo informou nota do Ministério da Cidadania, a plataforma é ideal para quem teve o acesso negado por razões cadastrais ou para aqueles que pretendem fazer o requerimento após a atualização dos dados pessoais. Entre outros exemplos de quem deve procurar o serviço estão cidadãos que completaram 18 anos recentemente, aqueles que foram servidores públicos ou militares e perderam vínculo, ou ainda novos desempregados que não tenham acesso a outros programas sociais como o seguro-desemprego. De acordo com dados da Caixa Federal, 438,5 mil cadastros estão em fase de reanálise. Até o lançamento da nova ferramenta a solicitação podia ser feita pelo site da Caixa, pelo aplicativo “Caixa Auxílio Emergencial” e também por solicitação via Defensoria Pública da União (DPU). (Correio do Povo)

            

Leite/Oceania
Fontes australianas relatam que as atuais projeções para o preço do leite melhoraram, possibilitando melhores rendimentos para os produtores. As incertezas estão por conta das chuvas. 

No mês de junho a Austrália registrou precipitações abaixo da média, e os produtores de leite fazem as contas para o verão.

Mantido o atual cenário a lucratividade estará comprometida. As previsões meteorológicas de julho a setembro apontam para chuvas menos favoráveis, dadas às condições do Oceano Índico, o que poderá elevar os custos. Assim, como sempre acontece, as incertezas no início da temporada são particularmente estressantes.    

Na Nova Zelândia também existe alguma preocupação sobre o desenvolvimento da próxima temporada. Até o momento o tempo está sendo favorável ao crescimento das pastagens e produção de leite. Ainda assim, alguns observadores expressam suas incertezas sobre as possíveis mudanças do tempo, o que poderá impactar tanto na produção como nos preços.

Os efeitos macroeconômicos do Covid-19 são aspectos discutidos entre os analistas, e que podem impactar na demanda. Alguns bancos regionais que apoiam o setor agropecuário observam de perto o desenvolvimento do ambiente econômico. Essas incertezas dificultam qualquer projeção a partir da Nova Zelândia, um país que cujo setor lácteo é completamente dependente das exportações. Projetar o futuro em diversos outros mercados é bem mais desafiador, do que quando o consumo de sua produção é doméstico e perto de casa. Alguns observadores questionam a recente volatilidade dos preços das commodities lácteas, se elas não seriam uma resposta de compradores e vendedores às incertezas de um futuro próximo. Até agora, porém, a maioria dos produtores vêm com otimismo o aumento de preço neste início de temporada.    (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

CNA debate alternativas de exportação indireta
Uma live promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na segunda (03), debateu os processos que o produtor precisa conhecer para vender seus produtos no mercado internacional.

A live contou com a participação de consultores do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex) e de uma empresária que tem experiência no assunto.

"É muito importante se preparar, conhecer os níveis de exigência de cada público, a cultura do país e se adequar à legislação desse país", afirmou Letícia Feddersen, dona da Soul Brasil, empresa que comercializa produtos como geleias, molhos de pimenta e de frutas com vinagre para diversos países.

O consultor em comércio exterior, Maurício Manfré, destacou as vantagens do apoio de uma comercial exportadora e de um produto de qualidade para conquistar clientes no exterior.

"O produtor tem a expertise de produzir alimentos, uma empresa como essa tem em vender para o mercado externo. Ao juntar essas expertises, é possível conquistar um maior número de clientes, porque uma comercial exportadora ou trading, não é uma atravessadora, mas uma parceira que pode ajudar o produtor devido à experiência no mercado internacional", disse.

Manfré explicou, por exemplo, que o Oriente Médio tem interesse nos produtos brasileiros e é um mercado com grande potencial para vendas. "A exportação agrega valor ao produto."

A empresária Letícia Feddersen ressaltou a importância também de se investir na comercialização online para ser visto por esse público. "Exportação é uma maneira de aprender. A cada dia eu aprendo algo novo. Minha mensagem para os produtores é que é possível sim, exportar. Não é porque você é pequeno que não pode. O dólar está favorável, o mundo precisa de novos negócios e tem multicanais para isso."

Para a presidente do Ceciex, Damares Costa, através de um parceiro que o produtor confie há possibilidades reais de crescimento, "não apenas em um ou dois mercados, mas no mundo todo." Segundo ela, a empresa comercial apenas operacionaliza a exportação e o produtor não perde nenhum dos seus incentivos. "Por isso peço que todos os produtores olhem para o mercado externo com carinho."

O assessor técnico da Superintendência de Relações Internacionais da CNA, Rafael Gratão, conduziu o debate e afirmou que a exportação indireta pode facilitar os processos administrativos, logísticos e aduaneiros para o produtor que encontrou uma oportunidade comercial no exterior.

"Temos o programa Agro.BR que foca na internacionalização do agro brasileiro. O produtor que quiser conhecer e se inscrever no programa, basta acessar nosso portal cnabrasil.org.br/agrobr."

Assista todo o debate sobre exportação indireta clicando aqui. (CNA)

                

 
Rabobank: Demanda/China
O Índice de preços do Global Dairy Trade caiu 5,1%, levantando suspeitas de que a demanda da China pode está em declínio e os estoques completos. O leite em pó integral foi o mais atingido, com queda de 7,5% e comparação com o evento de duas semanas atrás. Esta foi a maior taxa de queda do produto desde março de 2017. Sendo essa a maior queda desde de dezembro passado, o Rabobank questiona acerca da estabilidade da demanda da China pelos produtos lácteos da Nova Zelândia. A demanda pareceu firme durante o lockdown mas, a demanda para os serviços de alimentação e retalho caíram em junho. Isso sugere que o que parecia uma demanda liderada pelo consumo, na verdade foi alteração no planejamento dos negócios de algumas empresas que procuraram recompor seus estoques para garantir a segurança alimentar. O Rabobank alerta que a combinação do aumento da produção doméstica e a demanda mais fraca pode diminuir as compras chinesas de lácteos. Outro fator a ser observado é a retração da economia dos Estados Unidos e da Europa. Os preços do queijo nos EUA caíram em queda livre e o leite em pó desnatado também. “O último GDT não marca necessariamente o fim da sustentação dos preços dos lácteos da Nova Zelândia, mas, está comprovando a visão do Rabobank de que o caminho de agora em diante será muito acidentado.  (Stuff – Tradução livre: Terra Viva)
 
 


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