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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 01º de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.078


Sindilat reafirma parceria com a AL no avanço pela implementação de políticas pública para o setor lácteo

Com o objetivo de articular políticas públicas para o desenvolvimento do setor lácteo, principalmente quanto à revisão do FAF e à liberação de recursos represados do Fundoleite, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (SINDILAT/RS), representado pelo secretário-executivo, Darlan Palharini, acompanhou, nesta quarta-feira (31/01), a sessão solene de eleição e posse do deputado Adolfo Brito (PP) e da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. “A nova gestão será uma grande parceira do setor lácteo. O objetivo é avançarmos em questões como a exclusão do FAF e a liberação de recursos do Fundoleite”, afirmou Palharini.

Durante discurso da posse, o novo presidente da Assembleia afirmou que um dos principais focos da gestão será a definição de uma política estadual de recursos hídricos para a agricultura. “Nós precisamos dar importância para o líquido que a propriedade rural necessita, viabilizando açudes e oferecendo a possibilidade de produzir. É um projeto de Estado, mas não queremos de jeito nenhum agredir o meio ambiente.”, destacou Adolfo Brito.

A Mesa Diretora empossada estará à frente do Parlamento na gestão que se estende de 1º de fevereiro de 2024 a 31 de janeiro de 2025. Também fazem parte da Mesa Diretora: Paparico Bacchi (PL), como primeiro vice-presidente; Eliane Bayer (Republicanos), como segundo vice-presidente; Pepe Vargas (PT), como primeiro secretário; Vilmar Zanchin (MDB), como segundo secretário; Luiz Marenco (PDT), como terceiro secretário; e Dr. Thiago Duarte (União Brasil) como quarto secretário.


Copom reduz juros básicos da economia para 11,25% ao ano

Queda de 0,5 ponto era esperada pelo mercado financeiro

O comportamento dos preços fez o Banco Central (BC) cortar os juros pela quinta vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 11,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros .

A taxa está no menor nível desde março de 2022, quando estava em 10,75% ao ano. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2023, o indicador ficou em 4,62%. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada pelos economistas.

O índice fechou o ano passado abaixo o teto da meta de inflação, que era 4,75%. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a estimativa de que o IPCA fecharia 2024 em 3,5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de março.

As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,81%, abaixo portanto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 3,9%.

Crédito mais barato

A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,7% a projeção de crescimento para a economia em 2023.

O mercado projeta crescimento semelhante. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 1,6% do PIB em 2023.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. (Correio do Povo)

Reutilização do soro do leite: uma alternativa sustentável

Proveniente da fabricação dos mais variados tipos de queijo, o soro do leite é um subproduto valioso da indústria de laticínios que infelizmente ainda não é amplamente e completamente aproveitado comercialmente.

Caracterizado pela riqueza proteica presente em sua composição e pelo grande impacto ambiental que seu descarte gera, diversos pesquisadores têm buscado, ao longo dos últimos anos, alternativas viáveis para a reutilização deste subproduto dentro da própria indústria e por que não em fabricações artesanais também. Esta se apresenta como uma ótima saída para a sustentabilidade, para as finanças da indústria e para os consumidores finais dos coprodutos.

Antes de entender os benefícios e potenciais ganhos à saúde humana vindos do consumo do soro de leite, é importante alertar sobre o grande impacto ambiental gerado pelo descarte inapropriado desta matéria prima. Quando descartado em solo, o soro do leite gera um efeito ambiental nas estruturas física e química dos solos, significando menor rendimento do solo e representando grandes perdas de produção para o cultivo de potenciais culturas nestes ambientes. Nos efluentes os danos são ainda maiores, pois esgota o oxigênio dissolvido dentro deste microambiente e prejudica a vida aquática local.

Propriamente a respeito dos efluentes, muitos parâmetros são utilizados para tentar definir o tamanho do impacto gerado pelo soro do leite inapropriadamente descartado, são estes: demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO), óleos e graxas, pH, sólidos em suspensão e temperatura (°C). O soro do leite é um dos efluentes que possui maior carga poluidora, pois nele encontra-se metade dos sólidos do leite integral. Para se ter uma noção numérica do tamanho do impacto ambiental gerado, o valor de referência para DBO é inferior ou igual a 60 mg por litro, e no caso do soro do leite, o valor de DBO pode variar de 25.000 a 120.000 mg por litro.

Pode-se definir o soro do leite como sendo a porção aquosa liberada do coágulo durante a fabricação de queijos que possui alto valor nutricional devido à sua porção proteica.

O whey protein tem se popularizado cada vez mais no auxílio na nutrição de pessoas que buscam um estilo de vida mais saudável, melhor desempenho atlético e hipertrofia. O soro do leite possui características funcionais que o torna ainda mais interessante, chama a atenção a possibilidade de atuar como estabilizante, espumante, emulsificante e geleificante. Tais propriedades funcionais se dão devido à presença e ação da β-lactoglobulina, α-lactoalbumina, imunoglobulinas, albumina do soro e lactoferrina, as chamadas proteínas do soro, ou, whey protein.

A respeito das citadas proteínas, estas representam aproximadamente 20% do total de proteínas presentes no leite bovino e se destacam por apresentarem alto teor de aminoácidos essenciais, sobretudo de cadeia ramificada em sua composição. Além disso, apresentam alto teor de cálcio e de peptídeos bioativos do soro.

Existem dois tipos de soro de leite, que são diferenciais a depender do tipo de queijo fabricado e dos valores totais de acidez ou pelo conteúdo de ácido lático. O primeiro deles, o soro ácido, apresentando pH entre 4,5 e 4,8 e 0,8% de minerais normalmente é usado como realçador de sabor, emulsificante e retentor de água. Já o soro doce apresenta pH variando de 5,8 a 6,5, além de 0,5% de minerais, usualmente utilizado para a fabricação de sobremesas lácteas.

No fim das contas existe grande interesse comercial por parte da indústria pela reutilização do soro de leite como coproduto na fabricação dos variados tipos de derivados. Diversos autores e seus colaboradores tem pesquisado a viabilidade e aceitabilidade do público perante essas alternativas sustentáveis. Em 2020, Bae apostou no soro doce para fabricar sorvete, Ferrari e seus colaboradores estudaram fazer e consumir bolo, bebida achocolatada e sobremesas com goiabada a partir do soro em 2013, já Cotrim em 2019 experimentou a confecção de bebida carbonatada, e Mai, em 2020, testou a fabricação de diferentes tipos de bebidas não fermentadas utilizando o soro de leite.

Os crescentes estudos e pesquisas acerca do soro de leite aliado com o grande interesse popular por um estilo de vida mais saudável dá a todos a esperança de que a reutilização do soro de leite seja cada vez mais ampliada e que seja consolidada como uma das várias estratégias comerciais adotadas pela indústria. Além de agradar o público alvo, agrada o faturamento industrial e a sustentabilidade ambiental. 
 
Agradecimentos à CAPES, CNPq, FINEP, FAPEG e IF Goiano pelo apoio a realização da pesquisa.

Autores
Pedro Paulo Alves Pinheiro
Gabriella de Oliveira Nascimento
Marciel Oliveira dos Santos
Marco Antônio Pereira Silva
 
Referências Bibliográficas
BAE, F. A. H. et al., Desenvolvimento, caracterização físico-química e aceitação sensorial de sorvete a base de isolado proteico de soro de leite. In: SIMPÓSIO DE SEGURANÇA ALIMENTAR, 7, 2020, Londrina, PR. Anais [...]. Bento Gonçalves, RS: SbCTA-RS, 2020.

COTRIM, W. S.; COTRIM, K. C. F.; COIMBRA, J. C. Modelagem e análise de cenários econômicos do processo de produção de bebida carbonatada a base de soro de leite. Journal of Bioenergy and Food Science, v. 6, n. 4, p. 97-108, 2019.

FERRARI, A. S.; BALDONI, N. R.; AZEREDO, E. M. C. Análise sensorial e físico-química de produtos elaborados à base de soro de leite. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 11, n. 1, p. 216-223, 2013.

Mai, Daiana. "Avaliação de formulações de bebida láctea não fermentada com adição de soro de leite." Química Bacharelado-Tubarão (2020).

SANTOS, H. C. Bebida fermentada sustentável “tipo iogurte grego” à base de leitelho. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, 57 p. 2023.

VIANA, C. C.; MENDONÇA, H. V.; OTENIO, M. H. Efluente da indústria de laticínios: qual tecnologia aplicar para tratamento? 2021. Disponível em: <https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1134245/1/Efluente-industria-laticinios.pdf> Acesso em: 09 jan. 2023.


Jogo Rápido

O SINDILAT/RS  parabeniza a SOORO RENNER pelos seus 23 anos de dedicação e contribuição para o avanço do setor lácteo! Assista ao vídeo especial lançado pela empresa em comemoração a essa data especial clicando aqui. (SINDILAT/RS)


 
 

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Porto Alegre, 31 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.077


Empresa gaúcha de alimentos chega na Ilha de Páscoa

Com base em Vacaria, a RAR passou a exportar queijo para a ilha do Oceano Pacífico

Do Rio Grande do Sul para a terra dos moais, as conhecidas estátuas encontradas na ilha de Páscoa. A chegada ao mercado da ilha situada no Oceano Pacífico é um dos destaques do ano de 2023 da RAR, empresa de Vacaria conhecida pelo cardápio de produtos que incluem maçãs, queijo, azeites, vinhos e espumantes.

No ano que passou, a companhia - que leva as iniciais do seu fundador Raul Anselmo Randon - alcançou receita líquida de R$ 500 milhões. É um aumento de 22% em comparação ao ano anterior. Para 2024, o incremento esperado é de 15%.

Com uma das maiores produções de maçãs do Brasil - com as variedades gala e fuji - além da uva, a empresa também relatou problemas com o clima, mas evita terceirizar responsabilidades à chuva.

— Temos que mitigar isso. Quase 70% dos pomares de maçã são telados, antigranizo. Se falamos em frio, nas uvas utilizamos o sistema de irrigação antigeada, para quando a temperatura chega próximo a zero. Ela forma uma proteção sobre as gemas — explica o presidente da RAR, Sergio Martins Barbosa.

A RAR diz ter a primeira fábrica de queijo tipo grana fora da Itália. Foi esse produto, com a marca Gran Formaggio, que chegou à Ilha de Páscoa, que pertence ao Chile. O país sul-americano possui um dos sistemas sanitários mais exigentes do mercado.

— O Chile é tipo uma Champions League (torneio de futebol europeu), é muito difícil. Gradativamente estamos colocando lá os nossos produtos. Na Ilha de Páscoa, um distribuidor nosso levou umas cunhas do Gran Formaggio, chegamos em um ponto interessante — diz Barbosa.

Além da abertura de novos mercados, 2024 será o ano de testes em tecnologia. Entre e abril e maio, a RAR conhecerá melhor a experiência envolvendo a colheita por drones. Uma empresa israelense desenvolveu um protótipo de robôs voadores conectados a uma plataforma que reconhecem as maçãs e as colhem de forma 100% automatizada. A tecnologia já é testada em lavouras de países como Estados Unidos, Israel, Itália e Chile. (Zero Hora)


Contribuintes conseguem no Judiciário afastar a cobrança de tributos sobre benefícios fiscais.

Diante da necessidade do aumento de arrecadação, foi publicada a Lei n. 14.789/2023, que modifica a sistemática da tributação de incentivos/benefícios fiscais concedidos pelos Estados a título de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A partir da nova metodologia, passa a incidir sobre os benefícios fiscais a tributação do IRPJ/CSLL. Em contrapartida, o Contribuinte poderá apurar um crédito fiscal a ser utilizado para compensar com tributos federais ou requerer o ressarcimento em direito, entretanto, em percentual inferior ao utilizado até o momento (de 34% para 25%).

Contudo, o Superior Tribunal de Justiça já havia se manifestado de forma contrária ao estabelecida pela nova norma, de modo a autorizar a exclusão dos benefícios fiscais de ICMS da base de cálculo do IRPJ/CSLL. Em razão disso, muitos contribuintes já estão procurando o Poder Judiciário e conseguindo decisões liminares favoráveis para deixarem de pagar o tributo.

Leia na íntegra a matéria "CONTRIBUINTES CONSEGUEM NA JUSTIÇA DECISÕES LIMINARES AUTORIZANDO A EXCLUSÃO DE CRÉDITOS PRESUMIDOS DE ICMS DAS BASES DE CÁLCULO DO IRPJ, CSLL, PIS E COFINS", do Jornal Valor Econômico, clicando aqui.  (R Pandolfo Advogados)

 

Argentina desiste de estabelecer aumento das retenções para produtos do agro

Alíquota para os derivados de soja, que inicialmente estava prevista para subir para 33%, ficará em 31%

Segundo informações divulgadas pela consultoria Safras & Mercado, na última sexta-feira (26), o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, anunciou, entre outras providências, que não haverá avanço nas medidas visando o aumento das retenções para o setor agrícola.

O ministro afirmou que o governo “decidiu retirar o capítulo fiscal da Lei de Bases”.

Assim, em números, a alíquota para trigo e milho que poderia ser elevada para 15%, permanecerá em 12%. A alíquota para os derivados de soja, farinha e óleo, que inicialmente estava prevista para subir para 33%, ficará em 31%.

Para o farelo de soja a alíquota seguirá em 33%, para a carne bovina em 9% e para as economias regionais em 0%. (Canal Rural)


Jogo Rápido

Interleite Sul: não perca seu desconto
Ainda dá tempo de aproveitar o desconto especial da pré-venda da 11ª edição do Interleite Sul. Garanta já seu lugar na melhor feira de negócios e networking do setor leiteiro. O Interleite Sul vem com o objetivo de clarear novos caminhos para o futuro da produção de leite, e ajudar produtores, técnicos e empresas a compreender o cenário que se descortina, para que possam se preparar e serem protagonistas através do conhecimento e do melhor networking do leite. A 11ª edição, que acontece nos dias 08 e 09 maio em Chapecó/SC, explorará seis painéis temáticos, abordando desde as significativas mudanças climáticas no Sul do país até os desafios e soluções para a mão-de-obra no campo. Não perca a chance de aprender com os principais especialistas do setor. Garanta seu lugar e aproveite os últimos dias de DESCONTO da pré-venda do Interleite Sul 2024. Junte-se a nós na jornada para moldar o futuro da produção leiteira. Clique aqui e garanta seu ingresso com o valor promocional de PRÉ-VENDA! (Milkpoint)


 
 

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Porto Alegre, 30 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.076


Allan André Tormen assume coordenação do Conseleite

Representando o elo produtor, Allan André Tormen assumiu a coordenação do Conseleite para a gestão 2024/2025. A eleição e a posse ocorreram durante a primeira reunião do conselho de 2024, realizada nesta terça-feira (30/01), na sede do Sindilat/RS, em Porto Alegre (RS). Presidente do Sindicato Rural de Erechim e integrante da Comissão do Leite e Derivados da Farsul, o produtor rural tem como objetivo principal trabalhar por convergências no setor lácteo gaúcho. “Vou buscar o melhor para todos, para as indústrias e para os produtores”, frisou. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ficará na vice-coordenação. Por acordo prévio do colegiado, em 2025, a coordenação eleita inverte-se, passando a ser encabeçada por Palharini. Também compõem a diretoria do Conseleite José Pollastri (Tesoureiro), Eugênio Zanetti (Vice-tesoureiro), Cleonice Back (Secretária) e Osmar Redin (Vice-secretário).

Entre os projetos da nova gestão está a implementação de uma calculadora virtual que auxilie na mensuração de valores para o leite conforme os parâmetros de qualidade de cada propriedade. “Vamos trabalhar por ferramentas que tragam ainda mais transparência e eficiência ao setor”, completou Tormen.

Durante a reunião, a Universidade de Passo Fundo (UPF) apresentou projeção para o valor de referência do leite em janeiro de R$ 2,1010 o litro. O indicador, que considera os primeiros 20 dias do mês, representa um aumento de 2,59% em relação ao consolidado de dezembro de 2023. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)


Empresa brasileira entrega primeira carga de couro de gado 100% rastreado

Uma empresa brasileira anunciou a chegada da primeira carga de couro à Europa proveniente de gado criado sem causar desmatamento.

Durlicouros, a segunda maior processadora de couro da América Latina, depois da JBS SA, abre uma nova aba, disse na terça-feira que cerca de 1.000 peles de couro wet blue chegaram à Itália no início desta semana.

A carga contém todas as informações sobre o animal de origem do couro, rastreáveis ​​por QR code, como parte de um protocolo para manter a sustentabilidade na produção, disse Durlicouros.

A iniciativa é uma resposta à pressão para promover práticas verdes e combater as alterações climáticas, que os cientistas culpam por eventos climáticos extremos que provocam temperaturas recordes, secas, incêndios florestais e inundações.

A Durlicouros faz parte de um grupo de empresas brasileiras que iniciou no ano passado um esquema para certificar o gado amazônico processado para obtenção de carne e couro que foi criado sem causar desmatamento.

A floresta amazônica é um dos sumidouros de carbono mais importantes do mundo.

A iniciativa de monitorar todas as etapas da produção de couro rastreia atualmente mais de 113 mil animais individualmente usando a tecnologia blockchain, disse a empresa.

Até agora, o esquema cobre uma pequena fração do rebanho bovino brasileiro de 234 milhões de cabeças, mas seus promotores dizem que é um passo no sentido de permitir que os consumidores façam escolhas informadas quando compram produtos. (Reportagem de Ana Mano Edição de Tomasz Janowski via Reuters)

 

Níveis mundiais de águas subterrâneas mostram declínio “acelerado” – estudo

Os níveis das águas subterrâneas em todo o mundo mostraram um declínio generalizado e “acelerado” nos últimos 40 anos, impulsionado por práticas de irrigação insustentáveis, bem como pelas mudanças climáticas, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira. Acesse o estudo clicando aqui.

As águas subterrâneas são uma importante fonte de água doce para explorações agrícolas, famílias e indústrias, e o seu esgotamento pode representar graves ameaças econômicas e ambientais, incluindo a queda do rendimento das colheitas e a subsidência destrutiva da terra, especialmente nas zonas costeiras, afirmou o estudo , abre uma nova aba, publicado na revista científica Nature.

“Uma das principais forças motrizes mais prováveis ​​por trás do rápido e acelerado declínio das águas subterrâneas é a retirada excessiva de águas subterrâneas para a agricultura irrigada em climas secos”, disse Scott Jasechko, da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, um dos co-autores do artigo.

Mas a seca, impulsionada pelas alterações climáticas, também estava a ter um impacto, com os agricultores provavelmente a bombear mais água subterrânea para garantir que as suas colheitas fossem irrigadas, disse ele.

O esgotamento tem sido particularmente pronunciado em climas áridos com extensas áreas agrícolas, afirma o estudo, que analisou 170 mil poços em mais de 40 países. O norte da China, o Irão e o oeste dos Estados Unidos estavam entre as regiões mais atingidas.

Mais de um terço dos 1.693 sistemas aquíferos – corpos de rochas porosas ou sedimentos que retêm águas subterrâneas – monitorados pelo estudo caíram pelo menos 0,1m (3,94 polegadas) por ano entre 2000 e 2022, com 12% registrando declínios anuais de mais de 0,5m. Alguns dos aquíferos mais atingidos em Espanha, no Irão, na China e nos Estados Unidos caíram mais de 2m por ano durante esse período.

Em cerca de 30% dos aquíferos estudados, a taxa de esgotamento acelerou desde 2000.

Alguns aquíferos melhoraram durante o período, em parte como resultado de medidas locais destinadas a restringir a quantidade de água que pode ser bombeada.

Os aquíferos também podem ser reabastecidos com água desviada de outros lugares. No entanto, tais recuperações foram “relativamente raras” e ainda há muito trabalho a ser feito, disse Jasechko. (Reportagem de David Stanway Edição de Tomasz Janowski via Reuters)


Jogo Rápido

Produção de leite em pó integral na China deverá cair em 2024
Prevê-se que as importações chinesas de leite em pó integral caiam 3% em 2024, para 425.000 toneladas, de acordo com um relatório recente da Rede Global de Informação Agrícola (GAIN) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Isto deve-se à acumulação de estoques em 2023 e ao desenvolvimento da preferência dos consumidores por produtos lácteos crus em vez de produtos reconstituídos. Um excedente significativo na produção de leite cru forçou o governo a implementar políticas de subsídios para estabilizar o setor de processamento interno, incentivando uma maior produção de leite em pó integral. Como a China não produz quantidades significativas de produtos de maior valor, como queijo ou manteiga, a maioria das empresas de laticínios transforma leite cru em leite em pó para armazenamento, de acordo com o “Contrato de Compra e Venda de Leite Fresco”. (The Dairy Site)


 
 

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Porto Alegre, 29 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.075


Conseleite Santa Catarina

CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITE DO ESTADO DE SANTA CATARINA. RESOLUÇÃO Nº 01/2024

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 26 de Janeiro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Dezembro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2024. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

Períodos de apuração

Mês de Dezembro/2023: De 27/11/2023 a 31/12/2023
Parcial Janeiro/2024: De 01/11/2024 a 21/01/2024

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC - Faesc)


Conseleite Minas Gerais

CONSELHO PARITÁRIO DE PRODUTORES E INDÚSTRIAS DE LEITE DE MINAS GERAIS RESOLUÇÃO JANEIRO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Janeiro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2023 a ser pago em Dezembro/2023.
b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2023 a ser pago em Janeiro/2024.
c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2024 a ser pago em Fevereiro/2024.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.

 

 

Por que os agricultores franceses estão protestando?

Custo, importações, meio ambiente e burocracia são alguns dos grandes problemas

Os agricultores franceses estão bloqueando estradas em todo o país para exigir ações do governo para resolver inúmeras queixas, à medida que os protestos no setor agrícola da União Europeia se espalham, informou a Reuters.

Aqui estão algumas das questões que levaram ao crescente movimento de protesto e como o governo poderia responder.

Por que os agricultores estão protestando?

Os agricultores em França, o maior produtor agrícola da UE, dizem que não estão sendo pagos o suficiente e que são sufocados por uma regulamentação excessiva em matéria de proteção ambiental.

Algumas das suas preocupações, como a concorrência de importações mais baratas e as regras ambientais, são partilhadas pelos produtores do resto da UE, enquanto outras, como as negociações sobre os preços dos alimentos, são mais específicas da França.

Custos

Financeiramente, os agricultores argumentam que a pressão do governo e dos retalhistas para reduzir a inflação alimentar deixou muitos produtores incapazes de cobrir os elevados custos de energia, fertilizantes e transportes.

Um plano do governo para eliminar gradualmente uma redução de impostos para os agricultores sobre o gasóleo, como parte de uma política mais ampla de transição energética, também tem sido um ponto crítico, num eco das tensões na Alemanha.

Importações

As grandes importações provenientes da Ucrânia, para as quais a UE renunciou a quotas e direitos desde a invasão da Rússia, e as negociações renovadas para concluir um acordo comercial entre a UE e o bloco sul-americano Mercosul, alimentaram o descontentamento sobre a concorrência desleal no açúcar, cereais e carne.

As grandes importações são ressentidas por pressionarem os preços europeus, embora não cumpram as normas ambientais impostas aos agricultores da UE.

Meio ambiente, burocracia

No que diz respeito ao ambiente, os agricultores questionam tanto as regras de subsídios da UE, como a exigência de deixar 4% das terras agrícolas, como o que consideram ser a implementação demasiado complicada da política da UE por parte da França, como a restauração de terras aráveis como habitat natural.

As políticas verdes são vistas como objetivos contraditórios de se tornar mais auto-suficientes na produção de alimentos e outros bens essenciais à luz da invasão da Ucrânia pela Rússia.

As disputas sobre os projetos de irrigação, à medida que os recursos hídricos se tornam um foco no debate climático, e as críticas sobre o bem-estar animal e a poluição na agricultura aumentaram os sentimentos entre uma população agrícola envelhecida francesa como sendo desconsiderada pela sociedade.

Que medidas o governo poderia tomar?

O governo, sob pressão para acalmar a crise antes das eleições europeias em junho e da feira agrícola anual de Paris no próximo mês, adiou o projeto de legislação sobre a atração de mais recrutas para a agricultura para adicionar outras medidas.

O governo prometeu simplificar os procedimentos para os agricultores. Isso poderia significar tempos de espera reduzidos para pagamentos de subsídios ou aprovações de projetos agrícolas, ou facilitar a burocracia e auditorias sobre conformidade ambiental.

O governo poderia abandonar o seu plano de eliminar gradualmente a redução fiscal do gasóleo, embora já tenha suavizado a medida ao escalonar a medida ao longo de vários anos e oferecendo-se para reinvestir os fundos na agricultura.

Algumas mudanças precisam da aprovação da UE, como a alteração da regra sobre terras, e os agricultores alertam que quaisquer concessões poderão chegar tarde demais para os planos de produção deste ano.

Tal como em crises agrícolas anteriores, o governo poderia oferecer ajuda de emergência. Já prometeu fundos para os produtores de vinho atingidos pela queda no consumo e para os agricultores afetados pelas inundações no norte e por uma doença no gado no sul, mas pode anunciar mais dinheiro e pagamentos mais rápidos. (The Dairy Site)


Jogo Rápido

À medida que os americanos comem mais queijo e manteiga, os agricultores dos EUA lutam para que as suas vacas produzam leite mais gordo. Os esforços incluem o uso de diferentes raças de vacas e misturas de ração e a garantia de que os animais estejam confortáveis e não fiquem muito quentes. O resultado é que a quantidade média de gordura butírica no leite produzido pelos rebanhos leiteiros dos EUA ultrapassou os 4% e ultrapassou o recorde anterior estabelecido durante a Segunda Guerra Mundial. (Jornal de Wall Street)


 
 

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Porto Alegre, 26 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.074


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1799 de 25 de janeiro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em diversas regiões, os temporais ocasionaram consideráveis danos às infraestruturas das propriedades, como destelhamentos, queda completa de galpões, árvores caídas, além de danos às redes elétricas internas e externas que abastecem as localidades. A interrupção no fornecimento de energia elétrica acarretou prejuízos significativos à cadeia leiteira, impactando não somente as propriedades, cujo leite se deteriorou devido à falta de energia elétrica, mas também a coleta do produto, pois as indústrias deixaram de receber e foram obrigadas a descartar leite de alguns silos armazenadores.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Uruguaiana, mesmo em pequenas propriedades que exploram campos nativos com baixa suplementação de concentrados, observa-se tanto estabilidade na produção quanto aumento. Em Manoel Viana, a produção está em alta em razão da abundância e da qualidade das pastagens formadas por anuais e perenes de verão. 

Na de Caxias do Sul, nas propriedades que utilizam a alimentação à base de pasto, a mitigação do calor inclui a permanência em áreas sombreadas durante as horas mais quentes, além do fornecimento de água nos piquetes. 

Na de Erechim, as chuvas intensas causaram prejuízos ao desenvolvimento das pastagens de verão. A formação de lamaçais e o acúmulo de água nos piquetes, associados ao pisoteio dos animais, teve impacto negativo no crescimento das plantas forrageiras. 

Na de Frederico Westphalen, os produtores estão conseguindo controlar os custos de produção em função da melhoria na oferta de forragens e da redução dos preços da ração. 

Na de Ijuí, a produção leiteira evidencia incremento gradual, sendo mais proeminente em estabelecimentos que adotam o sistema de produção a pasto. 

Nas de Lajeado e Porto Alegre, a chuva intensa com vento provocou diversos danos às propriedades leiteiras, trazendo prejuízos aos produtores. 

Na de Passo Fundo, os produtores permanecem apreensivos em relação à baixa remuneração recebida por litro de leite na propriedade.

Na região de Pelotas, em Canguçu, as pastagens de verão e o campo nativo apresentam excelente desenvolvimento, e os pecuaristas estão realizando roçadas. Várias propriedades estão envolvidas na elaboração de silagem. 

Na de Santa Maria, as condições sanitárias estão dentro das expectativas para o período, embora seja necessário monitorar a presença de carrapato em alguns municípios. 

Na de Santa Rosa, os dias de calor têm resultado em maior exposição das matrizes a locais com água acumulada, prejudicando a manutenção da qualidade do leite em decorrência do aumento de contato dos tetos com áreas sujas. 

Na de Soledade, segue a necessidade de suplementar a alimentação dos rebanhos em produção.

As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS


Tempo seco e calor devem predominar no RS nos próximos dias
A próxima semana permanecerá com tempo seco e calor na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 04/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. 
 
Na sexta-feira (26/1), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e as temperaturas amenas na maioria das regiões. Apenas na Serra do Nordeste e no Litoral Norte, a circulação de umidade do mar para o continente poderá provocar chuva fraca e isolada. 
 
No sábado (27/1) e domingo (28/1), o tempo permanecerá firme na maioria das regiões, com elevação das temperaturas e possibilidade de pancadas de chuva, típicas de verão, principalmente nos setores Norte, Nordeste e Leste. 
 
Na segunda (29/1), as temperaturas deverão superar 30°C, com possibilidade de pancadas de chuva de verão entre a tarde e à noite em todo o Estado. 
 
Na terça (30/1) e quarta-feira (31/1) o tempo permanecerá seco e quente vai predominar em todas as regiões. 
 
Os volumes esperados deverão oscilar entre 10 e 20 mm na maioria das regiões. Nos setores Norte e Nordeste, são previstos totais entre 20 e 35 mm. 
 
O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)
 
 
 
 
As principais tendências do consumidor em 2024

O ano de 2024 chegou e precisamos ficar de olho nos principais comportamentos do consumidor para adequar melhor nossas ofertas de produtos lácteos. O ano passado terminou com um cenário desafiador para os produtores (preços baixos de leite, retração na margem do negócio e relatos de prejuízos em muitas fazendas), além de dificuldades para o mercado como um todo, com alto volume de importações que alteraram a dinâmica do setor e estagnação no consumo.

Porém, mesmo diante das dificuldades, é preciso se reinventar e acompanhar as diferentes tendências de consumo projetadas para 2024. Mudanças comportamentais não acontecem de uma hora para outra, muitas destas tendências já vêm se manifestando ao longo dos anos e, quando repetidas e assimiladas pela sociedade, deixam de ser tendência e passam a ser novos comportamentos adquiridos.

A empresa WGSN, especialista global em tendências e comportamento do consumidor, publicou um profundo estudo, baseado em uma metodologia própria, apontando quais tendências de consumo já estão se tornando realidade.

Para começar a entender essas mudanças, listamos os 4 sentimentos do consumidor do futuro:

1. Choque com o futuro – Mudanças rápidas na sociedade e na tecnologia estão deixando os consumidores mais apreensivos. A sensação de que o tempo está passando mais rápido também deixa as pessoas mais ansiosas.
 
2. Excesso de estímulos – A sobrecarga emocional e um estilo de vida sempre conectado estão esgotando os nossos sentidos. Além deste esgotamento, as pessoas também estão se tornando cada vez mais desatentas, porque os estímulos das redes sociais são cada vez mais rápidos e curtos, desencorajando leituras e a concentração por um maior período de tempo.
 
3. Otimismo realista – Os consumidores estão se tornando mais conscientes dos desafios enfrentados pelo mundo e estão buscando soluções realistas para esses desafios.
 

4. Encantamento – As pessoas estão valorizando experiências autênticas e significativas. Maior conexão com a natureza, outras culturas e história local. Isso gera um sentimento de encantamento e descoberta.

A partir destes 4 sentimentos a WGSN elaborou o perfil de 4 tipos de consumidores que devem influenciar o consumo nos próximos anos. Vamos explorar um pouco o perfil destes consumidores e fazer algumas correlações com nosso mercado lácteo.

1. Conectores
Os conectores preferem focar na saúde mental e qualidade de vida. Adotam a cultura do compartilhamento e uma forma mais sustentável e econômica de se viver. Compartilhando carros, moradias, espaços comerciais. Acreditam que pequenos detalhes fazem a diferença. Questões como a sustentabilidade da cadeia, a preocupação com embalagens, a transparência e a confiabilidade nos rótulos importam para este grupo.
O grande drive para geração de demanda no mercado lácteo sempre foi a renda da população. Mas, ultimamente, temos visto que fatores sócio culturais também importam para a decisão de compra. Por isso, precisamos de um bom storytelling que aproxime o campo das grandes cidades, evidenciando o bem estar animal e as iniciativas de sustentabilidade que há tempos são praticadas, mas que não temos oportunidade de divulgar.  As pessoas estão lendo os rótulos. E usando essas informações para tomada de decisão no ponto de venda. Então, como lição de casa, será preciso repensar a rotulagem, inovar as iniciativas de rastreabilidade da cadeia, além de transformar as certificações e selos de bem estar animal em grandes ativos de confiabilidade e segurança para os consumidores. Cada vez mais comuns, as etiquetas com dados de sustentabilidade são usadas para informar o público e reforçar o compromisso ambiental das marcas, possibilitando uma transparência total. Para tomar decisões de compra mais éticas, 60% dos consumidores de EUA, Europa e China querem mais transparência sobre a cadeia de produção das roupas que vestem. Nos EUA, a marca de calçados e acessórios Nisolo já investe em uma etiqueta cujos dados se assemelham às informações nutricionais dos rótulos de alimentos e são divididos em 12 categorias, como salários dos funcionários, itens de saúde, materiais e embalagem.
Para os produtos lácteos, já vemos algumas tendências sendo expressas nas embalagens espalhadas nas gôndolas mundo afora e – no Brasil também.
● Informação sobre a não utilização de hormônio sintético em animais, com uma abordagem de origem ética (conforme descrito na embalagem).
● Informação sobre a não utilização de hormônio sintético em animais, com uma abordagem de origem ética (conforme descrito na embalagem).
● Humanização da cadeia de produção e rastreabilidade, com a identificação da família produtora de leite na embalagem.
●  Abordagem com enfoque em sustentabilidade, produção orgânica e bem estar animal.

● Selos e certificações que conferem credibilidade e confiança ao produto

2. Reguladores
Os ‘Reguladores’ estão cada vez mais cansados de mudanças e buscam por regularidade e controle, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Em 2024, os reguladores vão optar por modelos que priorizam a agilidade e a praticidade. Como exemplo, o comércio sem contato, o “clique e colete” (click-and-collect), em que o consumidor faz pedido on line e retira seus produtos sem contato físico com funcionários.

Nessa linha, recentemente vimos o lançamento do primeiro clube de assinaturas de produtos lácteos do Brasil. O consumidor se cadastra e recebe mensalmente uma caixa com diversos produtos lácteos em sua casa. Iniciativa, essa, bem alinhada com as últimas tendências mercadológicas e que também estimula o consumo mais segmentado de produtos do nosso setor. Compras utilizando apenas comando de voz também ganharão força, como a assistente virtual Alexa, sem que o consumidor precise acessar sites através de seu celular ou computador.

3 . Construtores de memórias

Este grupo busca focar mais no presente, ter maior conexão com a família e mudar a forma com que trabalham. O intuito é envelhecer bem, mas não por questão de vaidade. Querem mais simplicidade, tempo de qualidade e melhores escolhas para a saúde. A estratégia para se conectar com este grupo seria a economia do cuidado. Nesse sentido, vemos uma interessante oportunidade para os produtos lácteos. O mais recente posicionamento da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) e da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), reforça a importância nutricional do leite de vaca para a saúde, trazendo evidências científicas para garantir que o leite é um alimento completo e seguro para consumo humano. Garantir o respaldo científico para nosso produto é de suma importância nesse momento, já que vemos muitas inverdades sendo publicadas nas redes sociais, como o discurso negacionista dizendo que leite de vaca não foi feito para consumo humano, entre outros absurdos que muitas vezes não conseguimos contrapor de forma assertiva para a grande massa. Pesquisas apontam que os consumidores confiam na opinião de médicos e cientistas na escolha de produtos. Por isso, estes profissionais são importantes porta-vozes para garantir credibilidade e segurança na geração de demanda por produtos lácteos.

4. Neo-sensorialistas – o melhor de dois mundos

Diferente de outros tipos de consumidor, eles querem a internet de tudo. O consumidor neo-sensorialista é híbrido. Ele quer pagar o jantar presencial com criptomoedas e veem esperança na tecnologia. Em 2024, as empresas precisam investir em tecnologias que permitam sentir o metaverso, com recompensas digitais, recursos de olfato e novos meios de pagamento.

Em resumo:
1. Os consumidores querem saber o que acontece dentro da fazenda para consumir com consciência. Temos grande oportunidade em contarmos a nossa própria história, ressaltando as boas práticas das propriedades, o cuidado e bem estar com os animais, o manejo correto da terra e a reutilização de dejetos provenientes da atividade leiteira.
 
2. Querem diferenciação e transparência nas embalagens. Inovação na rotulagem e uso de selos de bem estar e certificações podem ser ativos que garantem segurança e confiabilidade nos consumidores.
 

3. Querem comodidade na escolha e entrega dos produtos. Diversos produtos lácteos com alto valor agregado se enquadram nas novas necessidades de consumo da sociedade, sejam eles na linha premium ou voltados à prática esportiva. Temos oportunidade em inovar nos canais de distribuição para atender essa demanda de forma diferenciada.

As informações são do Milkpoint

Jogo Rápido

Sindilat avalia linha de crédito para cooperativas de leite
Vamos continuar repercutindo aqui no AgroMais a linha de crédito emergencial no Plano safra 23/24 para cooperativas de produtores de leite. Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat, Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul, reclama que nem todos os produtores do setor têm acesso aos empréstimos. Veja aqui. (youtube agromais)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.073


Equilíbrio entre a captação e a distribuição

Perspectivas do leite – A produção de leite está em queda na maioria das grandes bacias leiteiras, começando pela França, mesmo que tenha melhorado notavelmente a captação de dezembro, graças às reservas forrageiras, e um preço um pouco melhor.

Na França, a redução da coleta repercute sobre a fabricação de praticamente todos os produtos lácteos, com exceção do creme de leite. No entanto, a distribuição está bem equilibrada tanto para o mercado interno, quanto para exportação.

No cenário internacional, a menor fabricação de leite em pó desnatado, principalmente dentro da União Europeia (UE) e nos Estados Unidos da América (EUA) está sustentando os preços, em um momento em que existem sinais de recuperação da demanda. O retorno da África do Norte compensa a menor demanda dos países do sudeste asiático.

Queda na captação dos principais exportadores

A produção foi prejudicada no final de 2023 pela meteorologia, especialmente nos principais países exportadores. Observando a recuperação dos preços, percebe-se que os operadores não esperavam tal queda de produção.

Com a aproximação do pico de coleta de leite no Hemisfério Norte, fica a questão: qual será a amplitude da produção na EU-27?

Uma queda na UE mais forte do que a esperada

Em novembro, a captação europeia voltou a cair, -2,3% em relação a 2022. Esse recuou foi decorrente, principalmente, da queda na França (-4,8%), na Irlanda (-20%), na Holanda (-3,8%) e na Alemanha (-1,2%).

A conjuntura altista do verão foi interrompida na Alemanha e na Holanda, em setembro último, logo depois da queda no preço do leite, um convite para que os produtores tivessem mais prudência quanto às compras de insumos.

Os eventos climáticos também penalizaram a produção europeia. A tempestade Babet atingiu a Europa do Norte no final de outubro, depois a França no início de novembro. Por fim, a onda de frio na Alemanha, iniciada em novembro, fez cair a coleta de leite em -2% em relação a 2022, principalmente nas semanas 45 e 46.

Na Alemanha, assim como na Irlanda, o abate de animais de descarte aumentaram, limitando a produção de leite.

Na Irlanda, o clima de outono foi particularmente úmido, fazendo com que os produtores levassem seus animais para o confinamento antecipadamente, para evitar a degradação das pastagens. As disponibilidades de alimentação conservada não estavam em condições ideais, e ao mesmo tempo houve uma forte queda no preço do leite ao produtor desde o início de 2023. Assim, uma parte dos produtores anteciparam a secagem de suas vacas, o que pode explicar a forte baixa do nível de produção.

Uma leve recuperação dos preços foi observada desde outubro. Será ela suficiente para incentivar os produtores a aumentar a oferta de leite no momento do pico de produção?

Uma queda na produção nos EUA apesar de melhoria das margens

A produção no mês novembro caiu -0,6% na comparação com 2022 nos Estados Unidos da América (EUA). Com uma produtividade animal semelhante à do ano passado, a queda foi atribuída, principalmente, à redução no rebanho leiteiro (-0,5%). O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que foram 10.000 vacas leiteiras a menos entre outubro e novembro, uma redução não esperada, dado que as taxas de abate vinham sendo mais moderadas. Portanto, o declínio foi atribuído à menor entrada de novilhas em produção.

O preço do leite ao produtor subiu no final de 2023, no momento que o custo da alimentação animal registrou baixa. Dentro deste contexto, os indicadores das margens sobre os custos dos alimentos melhoraram, o que pode levar os produtores a entregar maiores volumes no pico leiteiro.

Mesmo assim, a projeção deste indicador de margem no mercado futuro de Chicago mostra, por enquanto, que esta melhoria será de curta duração.

Pico leiteiro decepcionante na Nova Zelândia

Desde o início do pico leiteiro no mês de setembro, a produção neozelandesa recuou ligeiramente (-0,4%/2022). Se a amplitude da baixa é modesta em relação ao ano anterior, este pico leiteiro foi considerado decepcionante, e está no menor nível de produção do quarto trimestre desde 2012.

As condições do tempo pioraram em dezembro. Na Ilha Sul, é a seca. Uma parte importante das regiões estão sendo irrigadas, especialmente em Canterbury, mas nem todas no Sul e no Oeste da ilha.

Na Ilha Norte são as elevadas temperaturas, próximas de 30ºC, que afetam a produção de leite. O serviço de meteorologia, NWA, reforça as previsões do fenômeno El Niño que trará fortes chuvas aleatórias na Ilha Norte (e um temor de que haja inundações e pastagens alagadas, impróprias para o pastoreio).

Os custos de produção aumentaram na Nova Zelândia neste ano, enquanto o preço do leite caía. A atividade, então, ficou menos rentável em relação aos anos anteriores, fazendo com que os produtores ficassem mais prudentes sobre os investimentos, especialmente em alimentação (suplementos).

A produção aumenta na Austrália

Na Austrália, a produção de leite retoma a trajetória de alta em novembro (+6%/2022) durante o período de pico sazonal. Ainda assim, é o segundo nível de produção mais baixo dos últimos vinte anos.

No entanto, a queda de captação acumulada por diversos anos, provocou um recuo estimado de -14% nas exportações nas exportações de 2023 em relação a 2022.

Entretanto, o clima no início de janeiro de 2024 é mais quente e seco o que pode mudar a dinâmica atual. Percentualmente, as variações deverão se manter positivas, porque houve um redução acdentuada dos números no início de 2023.

Estagnação da produção de leite na Argentina desde setembro

Na Argentina, a produção de leite foi mantida durante o 1º semestre de 2023. No entanto, desde setembro, ela apresentou queda acentuada, de -4%/2022 nos três meses seguintes, e que foi acentuada em dezembro (-8%/2022).

Segundo o Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA), a maior parte da queda está ligada às margens negativas das fazendas leiteiras, atingindo mais fortemente as que produzem menos de 2.000 litros por dia.

Os preços do leite subiram em novembro, mas os encargos permanecem elevados no país, onde a inflação continua galopante e os produtores precisam comprar insumos importados a preços elevados em moeda nacional. Esta situação piorou em dezembro. Na realidade, com a eleição de Javier Milei, o peso argentino sofreu uma grande desvalorização no final do ano. O preço do leite ficou nitidamente inferior aos praticados no hemisfério norte.

O setor lácteo, conseguiu, no entanto, uma suspensão temporária de impostos de exportação dos produtos lácteos, melhorando a competitividade de exportação.

Melhora em dezembro, depois de um outono perturbado pelo clima

Na França, o outono de 2023 foi marcado pelo recuo pronunciado da captação nacional, atribuído às alterações climáticas importantes. No entanto, uma recuperação notável foi observada em dezembro, graças aos estoques de volumosos estocados de boa qualidade. Embora tenha sido registrada um recuo no 4º trimestre, o preço médio do leite no ano ficou acima do registrado em 2022.

A captação de leite francesa e os desafios meteorológicos

O mês de novembro foi marcado por uma nova queda significativa da captação nacional (-4,8%/2022), acompanhando a tendência observada em setembro e outubro. Nos 11 meses, a coleta francesa teve queda de -2,9% em relação a 2022. No entanto, graças à melhoria das taxas, a queda foi sensivelmente atenuada para -1,5% da produção de 2023 em relação a 2022.

As condições meteorológicas extremas de setembro a novembro impactaram a produtividade das vacas. E o milho ensilado em 2023, com elevado teor de amido, só ficaram mais digestíveis depois de muitas semanas. Desta forma eles passaram a ter um papel fundamental sobre a quantidade de leite produzida a partir de dezembro. De acordo com sondagens preliminares feitas pela FranceAgrimer, a coleta de leite retraiu apenas 1% em relação ao mesmo mês de 2022, coms resultados positivos no decorrer das últimas semanas.

No início de 2024, uma melhora da captação foi atingida, apoiada pela qualidade das forragens de 2023 e um recuo menor do plantel. Essa tendência positiva foi manisfestada nas duas maiores regiões produtoras de leite da França. No entanto, os riscos climáticos voltaram e se manifestaram no início do ano com nevascas, geadas e condições do gelo que prejudicam o desenvolvimento da captação, especialmente na Normandia. Além disso, continuam os efeitos das fortes chuvas e inundações de outono no norte da França. Em PAS de Calais, entre um terço e a metade das unidades produtoras de leite enfrentam as consequências maiores ou menores na qualidade e quantidade de leite produzido. Esses eventos, também impactaram nos estoques de forragens e muitas pradarias ficaram inexploradas. Sem esquecer de sublinhar os impactos psicológicos e financeiros sobre os produtores de leite.

Fonte: Idele – Tradução livre: www.terraviva.com.br


Preços globais de lácteos devem reagir em 2024, acredita Embrapa

Lácteos - Depois de amargar mais um ano de queda de rentabilidade devido à grande oferta de lácteos no Brasil, com o aumento das importações, e à conjuntura internacional desfavorável que derrubou os preços globais, o setor produtivo de leite brasileiro pode começar a enxergar o fim da crise cada vez mais próxima e a considerar um cenário de mercado mais equilibrado em 2024.

A aposta de especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é que as cotações do produto vão reagir no mercado mundial neste ano e as compras externas do Brasil devem ser mais comedidas no período. O desafio, apontam os pesquisadores, é incentivar o aumento do consumo no país.

Mudanças no cenário internacional sustentam as projeções da estatal. Em 2023, a geopolítica não colaborou. As guerras em curso na Ucrânia e no Oriente Médio, inflação mundial e juros altos influenciaram na queda dos preços globais dos lácteos. Na China, maior comprador do produto, as importações recuaram 30% nos primeiros meses do ano passado.

Em agosto de 2023, o índice médio dos preços no leilão plataforma Global Dairy Trade (GDT) recuou 7,4%, para US$ 2,8 mil a tonelada, menor patamar desde junho de 2020. Leite UHT e leite em pó integral tiveram quedas de 4% e 7%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2022. (Globo Rural via Valor Economico)

 

RECUPERAÇÃO | PIÁ COMEÇA 2024 COM PRODUTOS SENDO VENDIDOS EM MAIS DE 50% DO TERRITÓRIO GAÚCHO

Conforme a cooperativa Piá, o número é resultado dos esforços de retorno às gôndolas dos mercados gaúchos da nova gestão

A Piá começa 2024 com produtos sendo vendidos em mais de 50% das cidades do Rio Grande do Sul.
O número, conforme a cooperativa, é resultado dos esforços de retorno às gôndolas dos mercados gaúchos da nova gestão, que assumiu a empresa no início do segundo semestre de 2023.

Em 2023, 167 produtores retomaram as entregas de leite à cooperativa, que hoje produz uma média diária de 70 mil litros de leite. “Para recuperar a confiança dos associados, foram feitas diversas reuniões com o objetivo de apresentar, de forma transparente, a situação em que a Cooperativa se encontrava e as perspectivas para a sua recuperação”, explica o presidente, Jorge Vilson Dinnebier.

Nos supermercados, é possível encontrar desde leite UHT até produtos tradicionais como requeijão, nata, iogurtes, doce de leite e doce de frutas.

Meta para 2024
A estratégia para este ano, segundo a Cooperativa, consiste em buscar por mais produtores e, consequentemente, aumentar a produção de leite, focando em produtos de valor agregado, com margem de contribuição mais significativa para a Piá e seus associados. Essa expansão visa ainda retornar a mais mercados.

Conforme a cooperativa Piá, o número é resultado dos esforços de retorno às gôndolas dos mercados gaúchos da nova gestão. (Agencia GBC, Agencia GBC, Agencia GBC VIA Edairy News)


Jogo Rápido

Associado Sindilat/RS têm 10% de desconto no 16º Fórum MilkPoint Mercado
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. O evento tem como tema "O que pode guiar a recuperação do mercado de lácteos em 2024". No site www.forummilkpointmercado.com.br, os ingressos estão disponíveis em três lotes. O evento acontecerá em Campinas (SP) no dia 20 de março. A programação, que pode ser conferida abaixo, está dividida em quatro blocos temáticos: Os Cenários de Mercado; Competitividade da Produção de Leite: onde estamos?; O que há de novo nas relações entre indústrias e produtores de leite? e Novas ferramentas no Supply Chain de leite. Como conteúdo extra, disponível on-line exclusivamente para inscritos, debates sobre: Como começa a economia brasileira em 2024 e quais as perspectivas para o restante do ano? e Cenários para os mercados de soja e milho. (SINDILAT/RS)


 
 

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Porto Alegre, 24 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.072


Remanejo de recursos do Plano Safra traz alívio parcial ao setor do leite

Ministério da Fazenda liberou R$ 707 milhões para linha de crédito emergencial voltada a cooperativas

Sufocado por uma crise histórica que se acentuou em 2023, o setor de leite começou 2024 com sinalizações que podem dar fôlego à cadeia produtiva. Trata-se de um remanejo de R$ 707 milhões do Plano Safra 2023/2024, anunciado pelo Ministério da Fazenda, para encorpar linha de crédito emergencial de capital de giro voltada a cooperativas de produtores de leite. 

Apesar de aguardado, o recurso não é suficiente. Na avaliação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), que representa o setor primário do Estado, a medida pode trazer apenas "alívio parcial" no bolso do produtor. 

À coluna, o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, reconheceu a medida como "importante", mas ponderou que estaria "longe de resolver o problema":

— É uma linha já existente. O que está sendo feito de diferente é colocar mais crédito no Procap. Isso vai ajudar as cooperativas, mas não sabemos se vai reverter em aumento no preço pago pelo leite ao produtor.

Em nome das indústrias gaúchas do setor, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) manifestou posicionamento similar. Em nota, reconheceu ser positiva a iniciativa, mas reivindicou que "o benefício se estenda também para as demais empresas que não operam em sistema cooperativo, uma vez que também foram prejudicadas pela entrada de grandes volumes de leite importado, principalmente do Mercosul".

Em alta pelo terceiro mês consecutivo, as importações brasileiras de derivados lácteos fecharam dezembro com o maior volume desde setembro de 2016, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). No acumulado de 2023, as compras bateram recorde da série histórica da Secex, somando 2,25 bilhões de litros em equivalente leite. O aumento é de 68,8% em relação a 2022. O principal derivado lácteo adquirido pelo Brasil no ano passado foi o leite em pó.

Ainda conforme o Sindilat-RS, atualmente, mais da metade do leite captado no Brasil é vendido para empresas privadas não cooperativas.

Chamada de Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro Giro) Faixa 2, a linha busca socorrer os produtores afetados pelo baixo preço do leite. Até 30 de junho, eles poderão contrair empréstimos de 8% ao ano e 60 parcelas, com carência de 24 meses para o pagamento da primeira.

O capital de giro às cooperativas fazia parte de uma série de demandas do setor produtivo para amenizar a crise da atividade. No entanto, para Zanetti, as importações são o que mais preocupam a viabilidade da cadeia produtiva.

Preocupada com esse cenário, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da qual a Fetag-RS faz parte, realizou uma reunião nos últimos dias. Nela, ficou acordado que será solicitado uma agenda com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para que seja revisto o acordo com o Mercosul de importações e que haja um subsídio por parte do governo federal na produção de leite brasileira.

A criação da linha de crédito pelo Ministério da Fazenda foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em dezembro. Duas instituições financeiras, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil, vão operar os financiamentos. O BNDES terá R$ 507,485 milhões para emprestar e o Banco do Brasil, R$ 200 milhões. (GZH)


Secretaria da Agricultura está com inscrições abertas para Mestrado em Saúde Animal

As inscrições para o processo seletivo da próxima turma de mestrado do Programa de Pós-graduação em Saúde Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) estão abertas e vão até 9 de fevereiro. São oferecidas 13 vagas, divididas em 13 áreas de atuação. O início das aulas será em abril, em data a ser definida.

As inscrições, gratuitas, podem ser feitas neste link. O processo seletivo será composto por entrevista técnica, e o resultado final deve ser divulgado até 20 de março de 2024.

O curso é gratuito, ministrado no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul, vinculado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Seapi. Todos os detalhes do processo seletivo estão dispostos no edital de seleção PPGSA 2024.

O Mestrado em Saúde Animal é direcionado a graduados das áreas de ciências agrárias, biológicas, biomédicas ou ambientais, com o objetivo de capacitar, atualizar e aprimorar esses profissionais em aspectos científicos e tecnológicos da área de saúde de animais de produção, focando nas demandas das principais cadeias produtivas da pecuária gaúcha. Para isso, os mestrandos poderão contar com a estrutura e a experiência do IPVDF, há mais de 70 anos uma referência mundial em pesquisa e diagnóstico, além de ser laboratório oficial do governo do Estado para os programas de defesa sanitária animal.

Mais informações disponíveis na página do Programa: www.agricultura.rs.gov.br/ppgsa

Calendário
Inscrições:  2 de janeiro a 9 de fevereiro de 2024
Divulgação das inscrições homologadas e horários das entrevistas (por e-mail): até 23 de fevereiro de 2024
Período de entrevistas (processo seletivo): de 26 de fevereiro a 08 de março de 2024
Divulgação do resultado: até 18 de março de 2024
Prazo para recursos: até 24 horas após a divulgação do resultado
Divulgação final dos selecionados: até 20 de março de 2024
Matrícula: 21 a 28 de março de 2024
Início das aulas: Abril de 2024 (data a definir)

As informações são da SEAPI

Leite/Europa 

A produção de leite na Europa Ocidental começou o ano com a expectativa de crescimento sazonal. Fontes da indústria alemã relataram que a produção na primeira semana do ano aumentou 1,3% em relação à última semana de 2023. 

No entanto, em comparação com o ano anterior, a produção de leite na primeira semana de janeiro foi 1,4% menor na Alemanha, e 1,8% na França. Além disso, Alemanha, Holanda e França relataram queda na produção de leite nos meses de outubro e novembro de 2023 em comparação com os mesmos meses de 2022, sugerindo que houve uma desaceleração da produção de leite no final do ano. De acordo com o site CLAL, a produção de leite na União Europeia (UE) no mês de novembro de 2023 foi estimada em 10.924.000 toneladas, com queda de 2,3% na comparação interanual. No acumulado do ano, até novembro, a produção esperada é de 133.235.000 toneladas, com aumento de 0,1% em relação a janeiro-novembro de 2022. Entre os principais países produtores da Europa Ocidental, as produções e variações percentuais foram: Alemanha, 29.773.000 toneladas (+1,7%); França, 21.444.000 toneladas (-2,9%); e Holanda, 12.750.000 toneladas (+1,2%). A projeção da produção de leite de vaca em novembro de 2023, no Reino Unido, é de 1.197.600 toneladas, queda de 2,5% em relação a novembro de 2022. No acumulado do ano, janeiro a novembro de 2023, a captação esperada é de 14.059.000 toneladas, 0,1% a mais em relação ao mesmo período de 2022.

Os protestos dos agricultores pelo aumento dos impostos e o corte de subsídios governamentais complicaram a logística de transporte na Alemanha na última semana, provocando enormes engarrafamentos. O governo alemão luta para encontrar uma solução, enquanto trabalha para equilibrar o orçamento federal.   

Preliminarmente a produção de leite de novembro de 2023 sugere a continuidade da tendência de alta, em alguns países do Leste Europeu, e outros relataram declínio. De acordo com o site CLAL, os dados disponibilidades indicam que de janeiro a novembro de 2023 a produção e variação percentual em relação ao mesmo período de 2022 são: Polônia, 11.906.000 toneladas, (+1,6%); República Checa, 2.955.000 toneladas (+1,5%); e Hungria, 1.503.000 toneladas, (-3,8%). Embora a produção de leite na Hungria tenha ficado, sistematicamente abaixo, na comparação interanual, em todos os meses do ano, as produções da Polônia e República Checa, ao contrário, mostraram alta interanual consistente no ano todo. Informações online relatam que em novembro a produção de leite na Ucrânia foi de 500.000 toneladas, queda em relação às 565.000 toneladas de novembro de 2022, e de 625.000 toneladas em novembro de 2021. A indústria de laticínios ucraniana está diante de pressões econômicas, incluindo perdas de terras produtivas, de mercado e capacidade de processamento, desde que foi iniciado o conflito com a Rússia, dois anos atrás.  


Jogo Rápido

EUA - Aumentam as vendas de leite integral e sem lactose e cai as de alternativas vegetais
Vendas/EUA - De acordo com dados da Circana, divulgados pela Federação Nacional dos Produtores de Leite (NMPF), as vendas de leite integral no varejo atingiram 8 milhões de galões, em 2023, o que representou aumento de 0,6%, em relação ao ano anterior, enquanto as vendas de leite sem lactose cresceram 6,7% na mesma comparação.  Alan Bjerga, vice-presidente de comunicações e relações com a indústria da NMPF, disse que 2024 deverá ser um ano promissor para os leites integral e sem lactose. “Como, de um modo geral, as vendas de leite fluido declinaram, o leite integral agora corresponde a 45,4% do volume total de leite fluido vendido, tornando-se o segmento mais popular”, disse ele, acrescentando que o leite sem lactose, em particular, ultrapassou o volume das vendas de alternativas vegetais, como  as bebidas de amêndoa que diminuíram 9,8% em 2023, de acordo com a mesma pesquisa. “A redução das vendas das bebidas de amêndoas reflete o comportamento das alternativas vegetais, que registram o segundo ano consecutivo de queda nas vendas. Os consumidores rejeitam o que consideram alegações enganosas de que as bebidas vegetais são substitutos reais aos laticinios”, afirmou.  As vendas de alternativas vegetais caíram 6,6%, o que representou 337,7 milhões de galões em 2023. Este também foi o menor nível de consumo de alternativas vegetais, desde 2019, de acordo com a NMPF. “Em um momento de desafios para a indústria, o que o desempenho dos leites integral e sem lactose pode nos dizer? Mostra que, apesar de toda proliferação de alternativas, os consumidores preferem leite mais parecido com leite, em sabor e composição. Eles também gostam de leite acessível com todos os seus benefícios. Qualidade e diversidade são construções promissoras para um futuro próximo. Isso é o que os lácteos podem oferecer, e este ano, o que os consumidores estão escolhendo pode orientar melhor as políticas federais”, acrescentou Bjerga. De acordo com a Mintel, alternativas de amêndoas são as mais consumidas nos Estados Unidos da América (EUA), e 2 de 5 consumidores a adquiriram em 2023. A participação das bebidas de aveia, coco e soja foi idêntica, entre 15 e 20% dos consumidores, em 2023. A Mintel relata que 2 em cada 5 pessoas com mais de 55 anos têm a percepção de que as bebidas vegetais são mais nutritivas, e apenas 1 em cada 5 considera que o leite é mais rico, embora dois terços dos consumidores mais velhos bebam lácteos por estarem mais habituados a eles. “As marcas de laticínios têm a oportunidade de capitalizar a lealdade extrema da Geração X e reafirmá-la, impulsionando a forma como seus produtos comercializam os benefícios do leite para a saúde”, diz a Mintel.  (Fonte: Mintel - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.071


SINDILAT/RS: NOTA OFICIAL

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) avalia como positiva a iniciativa do Governo Federal, anunciada nesta segunda-feira (22/01), de disponibilizar no Plano Safra 2023/24 uma linha de crédito para cooperativas de produtores de leite. 

Reivindica, no entanto, que o benefício se estenda para as demais empresas que não operam em sistema cooperativo, uma vez que também foram prejudicadas pela entrada de grandes volumes de leite importado, principalmente do Mercosul. Atualmente, mais da metade do leite captado no Brasil é vendido para empresas privadas não cooperativas. Portanto, para que todos os produtores sejam beneficiados com igualdade, é essencial que as medidas sejam estendidas a todas as indústrias.  

O Sindilat vem pleiteando políticas públicas efetivas de fomento à cadeia nacional láctea. Entende que a medida da União atenua o quadro de crise, mas não resolve definitivamente a questão. A solução passa pelo ganho de competitividade efetivo a todos e por ações de longo prazo que garantam a produtores e indústrias autonomia para competir no mercado interno e externo em igualdade de condições. (SINDILAT/RS)


CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITE DO ESTADO DO PARANÁ – CONSELEITE–PARANÁ RESOLUÇÃO Nº 01/2024

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 23 de Janeiro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de
referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de 
contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2024 é de R$ 4,2684/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite  conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o  cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O  simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. 

Exportações argentinas de lácteos aumentaram 5% em 2023

As exportações de lácteos da Argentina geraram um negócio de US$ 1.117.560.000 em 2023, com um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior.

Exportações de lácteos da Argentina

No complexo lácteo, 38% dos embarques para o exterior corresponderam a lotes de Leite em pó Integral, com 111.000 toneladas exportadas entre janeiro e dezembro de 2023. Embora esse número tenha registrado um aumento de 10% em dezembro do ano passado, estimulado pela suspensão temporária das retenções de lácteos, o resultado acumulado do ano passado apresentou uma queda de 28% em relação a 2022.

Em segundo lugar destacaram-se as vendas externas de muçarela, com 46 mil toneladas por ano. Em dezembro, o crescimento das exportações foi de 47%, enquanto em 2023, esse item apresentou um aumento de 5%. Da mesma forma, foram registradas quedas significativas na manteiga, no queijo tipo Gouda e no queijo Rayado.

As informações são do Infortambo, traduzidas pela Equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Leite/América do Sul
A CONAB no Brasil e o relatório WASDE do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA), reduziram as estimativas da produtividade da soja brasileira e da 2ª safra de milho, devido ao mau tempo provocado pelo fenômeno El Niño.  Em algumas áreas, o excesso de chuvas atrasou o crescimento, enquanto que em outras o calor e a seca desempenharam esse papel. As estimativas da produção de milho no Paraguai e na Argentina aumentaram, beneficiadas que foram, pelas chuvas adequadas de primavera. Contatos do Cone Sul dizem que a tendência de baixa da produção de leite só deverá ocorrer nos meses mais quentes do verão. O registro do leite varia de país para país, mas, os custos operacionais, especialmente os preços da alimentação animal, estão aumentando continuamente, em todo o continente. Um pedido argelino de leite em pó agitou os mercados da região no início do ano. As cotações do leite em pó integral (WMP) e do leite em pós desnatado (SMP) tiveram um impulso. No entanto, existe uma preocupação sobre a tendência dos preços no médio e longo prazo, uma vez que o Brasil continua aumentando sua capacidade de produção e processamento de leite. Os exportadores dos países vizinhos questionam o quanto a expansão interna de leite no Brasil poderá inibir as necessidades potenciais de compra. Além disso, está havendo uma atenção sobre a finalização do tratado de livre comércio UE-Mercosul, que deveria ter sido assinado até o final de 2023. Mas, até o momento, não existe prazo definido para a próxima rodada de negociações.  Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.070


Associado Sindilat/RS tem 10% de desconto no 16º Fórum MilkPoint Mercado

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. O evento tem como tema "O que pode guiar a recuperação do mercado de lácteos em 2024". No site www.forummilkpointmercado.com.br, os ingressos estão disponíveis em três lotes.

O evento acontecerá em Campinas (SP) no dia 20 de março. A programação, que pode ser conferida abaixo, está dividida em quatro blocos temáticos: Os Cenários de Mercado; Competitividade da Produção de Leite: onde estamos?; O que há de novo nas relações entre indústrias e produtores de leite? e Novas ferramentas no Supply Chain de leite. Como conteúdo extra, disponível on-line exclusivamente para inscritos, debates sobre: Como começa a economia brasileira em 2024 e quais as perspectivas para o restante do ano? e Cenários para os mercados de soja e milho.

Programação:

8h às 9h - Boas-vindas e credenciamento

Bloco 1 - Os cenários de mercado

9h às 9h20min - Tendências para o mercado Internacional de leite em 2024
Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil

9h20min às 9h30min - Espaço Patrocinador

9h30min às 9h50min - Como começa o consumo de lácteos em 2024?
Priscila Ariani, Diretora de Marketing na Scanntech Brasil

9h50min às 10h10min - Cenários para o mercado brasileiro de leite e derivados
Matheus Napolitano, Analista de Inteligência de Mercado na MilkPoint Ventures

10h10min às 10h40min - Perguntas e Debate
Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil
Priscila Ariani, Diretora de Marketing na Scanntech Brasil
Matheus Napolitano, Analista de Inteligência de Mercado na MilkPoint Ventures

10h40min às 11h10min - Milk break e networking

Bloco 2 – Competitividade da produção de leite: onde estamos?

11h10min às 11h30min - Resultados de custos de produção - o que estão fazendo os melhores produtores do mercado brasileiro?
Expedito Netto, Gestor do Educampo no Sebrae Minas Gerais

11h30min às 11h40min - Espaço Patrocinador

11h40min às 12h - Destrinchando a competitividade da Argentina
Gonzalo Berhongaray, CREA Argentina

12h às 12h30min - Perguntas e Debate
Expedito Netto, Gestor do Educampo no Sebrae Minas Gerais
Gonzalo Berhongaray, CREA Argentina

12h30min às 14h - Almoço

Bloco 3 – O que há de novo nas relações entre indústrias e produtores de leite?

14h às 14h20min - Nestlé e o programa Nature
Barbara Sollero, ESG Milk Sourcing Manager na Nestlé

14h20min às 14h40min - Danone e o programa Fazenda Tudo de Bem
Henrique Borges, Diretor de Compras na Danone

14h40min às 14h50min - Espaço Patrocinador

14h50min às 15h10min - Digitalização das relações entre produtores e indústrias – como as empresas têm usado as ferramentas digitais?
Edney Murillo Secco, Diretor Compra Lácteos Piracanjuba

15h10min às 15h40min - Perguntas e Debate
Barbara Sollero, ESG Milk Sourcing Manager na Nestlé
Henrique Borges, Diretor de Compras na Danone
Edney Murillo Secco, Diretor Compra Lácteos Piracanjuba

15h40min às 16h10min - Milk break

Bloco 4 – Novas ferramentas no Supply Chain de leite

16h10min às 16h30min - Porque o Banco Mundial está investindo na Alvoar?
Bruno Girão, CEO na Alvoar Lácteos

16h30min às 16h40min - Espaço Patrocinador

16h40min às 17h - A tese da Ultra Cheese 6 anos depois
Jorge Rocha, Operating Partner da Aqua Capital

17h às 17h20min - Projeções de mercado – quais as novas projeções e como estamos conseguindo evoluir no Mercado Plus?
Valter Galan, Diretor Técnico na MilkPoint Ventures

17h20min às 17h50min - Perguntas e Debate
Bruno Girão, CEO na Alvoar Lácteos
Jorge Rocha, Operating Partner da Aqua Capital
Valter Galan, Diretor Técnico na MilkPoint Ventures

17h50min às 18h - Encerramento

Conteúdo Extra - Disponível online exclusivamente para inscritos

18h - Como começa a economia brasileira em 2024 e quais as perspectivas para o restante do ano?
Roberto Padovani, Economista no Banco BV

18h05min - Cenários para os mercados de soja e milho
Ana Lenat, Líder de Estratégia e Inteligência de Mercado na Germinare
Conrado Zanon, Co Founder & CEO Germinare


Atacarejos tiveram crescimento de 7,8% no faturamento em 2023

Em dezembro, o setor apresentou aumento de 2,0% nas vendas unitárias

Marcado como o principal mês do varejo alimentar, em dezembro de 2023, o setor testemunhou um crescimento sólido, destacando-se pelo aumento de 2,0% nas vendas unitárias em comparação ao mês no ano anterior. Este incremento contribuiu significativamente para a expansão do faturamento, que registrou uma elevação de 4,4%. O aumento dos preços em 2,3% exerceu um impacto positivo adicional sobre o faturamento do setor. No contexto anual, o desempenho do varejo alimentar em 2023 revelou um faturamento 6,6% superior a 2023, impulsionado pela média de inflação de 5,1% nos produtos e um aumento de 1,5% nas vendas unitárias. Ao analisar os canais de venda, o atacarejo superou os supermercados no ano, com crescimento de 7,8% do faturamento contra 6,5%, tanto no acumulado do ano quanto em dezembro. No quesito preço, o desempenho do atacarejo regional também foi melhor, com um incremento de 3,5%, enquanto os supermercados registraram 5,2%.

Quanto ao desempenho mensal, a cesta de bebidas foi o grande destaque de dezembro de 2023, com um aumento expressivo de 12,7% no faturamento em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pelas festas de fim de ano e pelas altas temperaturas. Enquanto isso, a mercearia básica continuou a apresentar retração, com uma queda de -4,3% no faturamento e -2,8% nas unidades vendidas em dezembro de 2023, devido à retração de preços de -1,6%.

Ao analisar o desempenho regional durante o mês de dezembro, o estado de São Paulo e a região Norte se destacaram com os maiores crescimentos no faturamento, registrando 5,1% e 6,1%, respectivamente, em comparação a dezembro de 2022. Por outro lado, as regiões Nordeste e Leste (MG, ES, RJ) ficaram abaixo da média nacional, apresentando crescimentos de 2,8% e 3,8%.

Entre os itens que mais contribuíram para a retração no faturamento da cesta de mercearia básica em dezembro de 2023 foram óleo (-27,1%), café (-13,4%) e leite UHT (-10%). Por outro lado, na cesta de bebidas, as categorias que impulsionaram positivamente foram cerveja (9,7%), refrigerante (15,7%) e suco (19%). Tanto supermercados quanto atacarejos regionais registraram crescimento nas vendas unitárias, impactando positivamente o faturamento de ambos os canais no mês de dezembro.

Para Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech, o ano marcado pelo crescimento do setor de bebidas, foi alavancado pelas altas temperaturas - segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 é o mais quente da história do planeta. A executiva ainda aponta o crescimento como consequência dos muitos feriados e também pelas festas de fim de ano. “Neste último semestre, tivemos meses em que o crescimento do faturamento das bebidas chegou a passar a marca de 20% e foi seguido por meses com 12% de taxa”, destaca. (Super Varejo)

 

Tirlán sobre o crescimento da APAC, oportunidades de laticínios funcionais e o apelo da alimentação a pasto

O DairyReporter conversou com Ann Meaney, chefe de marketing e ingredientes da Tirlán, para saber mais sobre a estratégia da empresa para o próximo ano na APAC e além.

DairyReporter: Você fez parte de uma missão comercial organizada pelo The Irish Food Board (Bord Bia) à Malásia e às Filipinas em 2023. Que oportunidades existem para a Tirlán Ingredients na região? Como você está atualmente entrando no mercado da APAC por meio de seu negócio de ingredientes?

Ann Meaney: Com a produção de leite preparada para crescer apenas moderadamente no Sudeste Asiático e a demanda prevista para crescer impulsionada pelo crescimento da população e da renda, esta região será uma oportunidade chave para exportadores de laticínios. Esta missão comercial liderada por um ministério incluiu um programa completo de eventos, incluindo dois seminários técnicos sobre laticínios em Kuala Lumpur e Manila, onde os importadores locais de laticínios tiveram a oportunidade de aprender sobre os laticínios irlandeses com uma série de palestrantes especializados, e também de interagir e explorar o desenvolvimento de negócios. oportunidades com processadores irlandeses. A Tirlán Ingredients está presente em toda a região da APAC há muitos anos e recentemente fortalecemos nossa posição nesta região aumentando nossa presença no local, com equipes locais agora instaladas com bases em Xangai e Tóquio. Este conhecimento e experiência do mercado local são fundamentais para as nossas ambições de crescimento.

DR: Que oportunidades em termos de alimentação e nutrição acessível você pretende explorar na região nos próximos anos?

AM: O consumo de laticínios está crescendo nesta região e, em particular, vemos um grande crescimento no consumo de queijo e novas aplicações para laticínios em pó.

DR: Como é a demanda por ingredientes lácteos alimentados com pasto nos mercados em que você opera? Quão bem o rótulo 'alimentado com pasto' é reconhecido e apreciado pelos consumidores em 2023?

AM: O rótulo 'alimentado com pasto' tem forte reconhecimento nos EUA e um reconhecimento crescente na Ásia e na Europa. O sistema agrícola baseado em pastagens que operamos na Irlanda é um USP chave nos nossos mercados. Vemos uma procura crescente pelas nossas proteínas Truly Grass Fed, à medida que as marcas procuram satisfazer a procura dos consumidores por sustentabilidade. A conscientização e o posicionamento premium da carne bovina produzida a pasto são uma boa base para aumentar a conscientização sobre os benefícios dos laticínios produzidos a pasto.

DR: A queda nas taxas de natalidade na China levou vários fabricantes a direcionar seus ingredientes nutricionais à base de laticínios para outros segmentos nutricionais ou a reduzir sua produção de pó. Como a dinâmica do mercado de fórmulas infantis afeta seu negócio de laticínios em pó? Quais tendências de demanda você experimentou em outros segmentos de alimentos e nutrição para seus lácteos em pó no ano passado e quais são suas expectativas nesse sentido para 2024?

AM: Vemos oportunidades crescentes em outras categorias nutricionais, fora da nutrição infantil. Os consumidores estão em busca de lanches mais saudáveis e de produtos que possam apoiar seus objetivos de saúde e estilo de vida. Os consumidores de estilo de vida ativo e de envelhecimento saudável estão a impulsionar uma maior procura de produtos de uso diário que tenham benefícios funcionais que atendam às suas necessidades nutricionais. Essa demanda impulsionou uma demanda por produtos com alto teor de proteína. Vimos esta procura manifestar-se numa maior procura pelos nossos ingredientes proteicos. Promiko, nosso WPI para o mercado de esportes e nutrição ativa, Solmiko para nutrição clínica e bebidas RTD e Solago para alimentos funcionais, como iogurtes ricos em proteínas, produtos de panificação e sorvetes. Esperamos que esta tendência continue em 2024, mas vemos que os consumidores valorizarão cada vez mais a sustentabilidade e a transparência e esperarão que as marcas que escolherem se alinhem com estes valores. (DairyReporter)


Jogo Rápido

La Niña pode impactar o agronegócio brasileiro em 2024
O National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), uma autoridade climática global, recentemente publicou projeções indicando que o fenômeno climático La Niña terá início em junho de 2024. Essa previsão segue o atual período de pico do El Niño, que deverá terminar em março, seguido de um período de neutralidade climática em abril. O La Niña é conhecido pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na região equatorial, um padrão oposto ao observado durante o El Niño. As consequências desse fenômeno para o Brasil são significativas, com previsões de chuvas mais intensas nas regiões Norte e Nordeste, enquanto as regiões Centro-Sul, especialmente o Sul, poderão enfrentar condições mais secas. As mudanças climáticas podem ter impactos graves na agricultura brasileira. As regiões do sul, que já são propensas a altas temperaturas, podem enfrentar danos em suas plantações. Romário Alves, fundador e CEO da Sonhagro, franquia especializada em crédito rural, declara: "As previsões do La Niña destacam a necessidade de estratégias adaptativas no agronegócio. A resiliência e a inovação serão fundamentais para minimizar os efeitos negativos nas regiões mais afetadas". Além dos desafios diretos enfrentados pelos agricultores, também há preocupações em cadeia. A expectativa de menor produtividade das safras pode afetar o setor de insumos agrícolas, com uma provável queda nas receitas devido à demanda reduzida dos produtores. Isso, por sua vez, pode impactar o mercado de commodities, causando reflexos nos custos para frigoríficos e na indústria alimentícia. A perspectiva desses desafios requer uma atenção cuidadosa e um planejamento financeiro por parte dos produtores. Outro aspecto relevante é o planejamento estratégico, a adoção de técnicas de cultivo mais resilientes às variações climáticas, a diversificação das culturas e a utilização de tecnologias inovadoras, as quais podem ser algumas das soluções para enfrentar o período desafiador que se aproxima. O impacto do fenômeno La Niña no setor agrícola do Brasil será um tema a ser constantemente monitorado nos próximos meses, à medida que o país se prepara para enfrentar mais esse desafio climático. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Sonhagro, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.069


Reflexões para o Dia Mundial do Queijo

O Dia Mundial do Queijo, celebrado em 20 de janeiro, é uma data importante para debater a importância do bem-estar e da sanidade dos rebanhos para que os produtos lácteos cheguem à mesa do consumidor com a devida qualidade.

No cenário desafiador da produção leiteira, a atenção meticulosa aos cuidados com a alimentação e o controle de doenças é vital para assegurar a qualidade e a produtividade do leite. Nesse contexto, profissionais como médicos-veterinários e zootecnistas emergem como peças-chave, orientando os produtores rurais em cada etapa do processo e, desta forma, garantindo que o leite, principal matéria-prima do queijo, passou por todas as etapas e testes necessários.

Isso começa na fazenda, com o manejo nutricional de rebanhos leiteiros, responsabilidade dos zootecnistas. São eles que proporcionam uma alimentação balanceada que resulta em leite de qualidade e rico em nutrientes. Ao melhorar as condições de áreas de sombra e ventilação onde as vacas são confinadas, contribuem para a redução do estresse, aumentando assim a produtividade leiteira, diminuindo o gasto energético dos animais e garantindo o bem-estar animal.

Já aos médicos-veterinários cabe desenvolver programas permanentes voltados ao monitoramento da qualidade do leite produzido e industrializado. Isso inclui aspectos técnicos, como a contagem de células somáticas e a contagem bacteriana, por exemplo.

Além disso, conhecimentos aprofundados em bioquímica e microbiologia são essenciais para compreender as transformações que ocorrem durante a maturação dos queijos. Também é responsabilidade dos profissionais da Medicina Veterinária incentivar boas práticas da produção ao manejo, o que inclui a ordenha, higiene do ordenhador e armazenagem do leite.

A sinergia entre esses profissionais desempenha um papel de total importância na garantia da sanidade do rebanho, no controle de qualidade e na implementação de boas práticas de produção. Portanto, cada vez que você consumir um queijo, vai lembrar dos profissionais que estão por traz desta cadeia produtiva para que o produto chegue até você com o melhor sabor e qualidade.

(Fonte: Artigo para Jornal do Comércio de Mauro Moreira, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul)


Produtores rurais relatam estragos substanciais em propriedades do Estado
 
Apuração das perdas
 
De acordo com dados preliminares da Emater, além de Cruzeiro do Sul, municípios como Estrela, Lajeado e Poço das Antas também tiveram estragos mais substanciais em propriedades rurais. As instalações de suinocultura foram as mais atingidas na região, de acordo com Cristiano Laste, gerente do escritório regional da Emater em Lajeado (RS). “Instalações desabaram com o vento, implodiram com os animais dentro”, relata.
 
Também houve vários casos de quedas de árvores e de interrupção de energia elétrica, deixando muitas propriedades sem comunicação. Outro setor afetado é a produção de leite, tendo em vista que a falta de energia elétrica inviabiliza o armazenamento do produto na fazenda. “Hoje estamos fechando 48 horas sem energia em algumas localidades, dessa maneira, o produtor tem que descartar o leite”, ressalta Cristiano.
 
Somente os produtores que possuem gerador próprio de energia estão com o andamento normal da produção. O escritório ainda trabalha no levantamento dos dados das perdas. Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat) do Rio Grande do Sul, afirma que o último temporal não chegou a atingir de maneira representativa a captação de quase 11 milhões de litros de leite por dia no Estado. “Há problemas de captação pontuais e as perdas devem ser de um percentual muito pequeno, não chegando a 1%”, acredita.
 
Ele destaca que o produtor de leite, hoje, tem infraestrutura, o que inclui gerador próprio de energia. Além disso, a captação pode ser feita em até 48 horas. Mas admite que o pequeno produtor pode ter perdas mais significativas.
 
“O produtor de leite já tem uma margem de lucro ajustada, então, nesse caso, fica difícil, porque ele acaba tendo que arcar com o prejuízo”, observa.
 
A Secretaria de Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul informa que a Emater está trabalhando no levantamento das perdas nas propriedades rurais, por meio do sistema de registro de perdas (Sisperdas), no qual os extensionistas rurais do órgão lançam informações referentes aos municípios de atuação. “Ainda temos situações de falta de energia elétrica e de internet o que prejudica os lançamentos”, explicou à reportagem a assessoria de imprensa da Emater-RS.
 
Outro município gaúcho com registros de perdas nas propriedades rurais é Venâncio Aires. Ornélio Sausen, presidente do Sindicato Rural da cidade, conta que o temporal deixou consequências “desastrosas”. De acordo com ele, houve danos em lavouras de milho e de fumo e prejuízos em galpões de avicultura instalados na região, incluindo a perda de animais.
 
Sausen calcula em torno de 25% de perdas nas lavouras de milho e de 20% de perdas nas plantações de fumo, mas adverte que os percentuais ainda serão apurados. “Em algumas lavouras, a situação está bem crítica”, pontua.
 
Na propriedade de Cássio Fernando Hermes, localizada na área rural de Venâncio Aires, o vendaval chegou a arrancar um eucalipto com cerca de 80 anos. “Agora vamos usar a madeira para cerca”, diz. E completa: “foi aterrorizante o vendaval. Só tivemos a dimensão exata quando o dia amanheceu”. Na lavoura, onde produz fumo e milho, assim como com a criação de gado de corte, o produtor não registrou problemas dessa vez.
 
Cristiano Laste, do escritório regional da Emater em Lajeado, enfatiza que o produtor gaúcho está passando por um período de adaptação ao clima. “O produtor terá que se moldar, conforme a necessidade e as adversidades do clima. Daqui para frente, terá que haver uma organização muito grande nas propriedades para evitar prejuízos”, alerta.
 
O especialista sugere atenção a fatores como reservas alimentar e financeira nas propriedades e investimentos em equipamentos como gerador próprio de energia. “Ele terá que buscar segurança para a produção”, afirma. E, ainda, rever o planejamento de áreas com reflorestamento, considerando um manejo adequado e propondo a substituição de espécies de árvores maiores próximas a redes de energia, por exemplo. “Em alguns casos, é indicada a substituição por árvores de porte menor, com uma estrutura mais adequada”.
 
‌A Defesa Civil divulgou na manhã desta quarta-feira (17/01) que ao menos 49 cidades do Rio Grande do Sul registraram estragos causados pelo temporal que atingiu o Estado na noite de terça. Os danos são consequência da chuva e vento fortes, queda de granizo e descargas elétricas. Em Cachoeirinha, uma pessoa morreu e mais de 100 pessoas ficaram desalojadas. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Teutônia o vento chegou a 126,7 km/h. (Globo Rural adaptado pelo SINDILAT/RS)
 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1798 de 18 de janeiro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a oferta de água para dessedentação permanece de boa qualidade nos açudes, que estão com níveis elevados. As temperaturas também estão adequadas para o bem-estar das matrizes. 

Já na de Caxias do Sul, as altas temperaturas seguem prejudicando o bem-estar animal, reduzindo o consumo e  impactando a produtividade dos rebanhos. 

Na de Frederico Westphalen, os produtores estão conseguindo manter sob controle os custos de produção graças à melhoria na disponibilidade de forragens e à diminuição dos preços da ração. 

Na de Passo Fundo, os animais têm mantido o volume de produção e o escore corporal, assim como o estado sanitário. Os produtores continuam a utilizar alimentos conservados, complementados com rações, conforme as necessidades nutricionais. 

Na de Pelotas, as altas temperaturas estão causando estresse térmico, afetando a produção leiteira e a reprodução dos animais. 

Na de Santa Maria, a oferta adequada de forrageiras aos animais, complementada por ração e silagem, tem garantido produção satisfatória. 

Na de Santa Rosa, na temporada de pastagens de verão, os custos de produção de bovinos de leite são reduzidos pela maior oferta forrageira, embora seja necessário tratar ectoparasitas devido à proliferação de mosca-dos-chifres, berne e carrapato nos rebanhos. 

Na de Soledade, a abundância de pasto impulsiona a produção de leite, diminuindo os custos, mas a necessidade de complementação com concentrados mantém a lucratividade no setor limitada. 

As informações são da EMATER/RS, adaptadas pelo SINDILAT/RS


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA (19 A 21 DE JANEIRO DE 2024)
Os próximos sete dias permanecerão com umidade e calor no RS. Na sexta-feira (19), ainda ocorrerão pancadas de chuva nas faixas Norte e Leste, com tempo seco no restante do Estado. No sábado (20) e domingo (21), o tempo permanecerá firme, com grande variação de nuvens e temperaturas próximas de 30°C na maioria das regiões, apenas nas seções Noroeste e Norte são esperadas pancadas de chuva. Na segunda (22) e terça-feira (23) as temperaturas estarão amenas, com grande variação de nuvens e pancadas isoladas de chuva na maioria das regiões. Na quarta-feira (24) o tempo seco vai predominar em todo Estado. Os totais previstos deverão oscilar entre 35 e 50 mm na maior parte do Centro-Leste do Estado. Na Campanha, Missões e Alto Uruguai, os volumes serão mais elevados e deverão oscilar entre 50 e 80 mm. Na Fronteira Oeste os valores estimados deverão superar 100 mm e poderão alcançar 150 mm em algumas localidades. (SEAPI)