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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.080


Projeto do governo institui programas de conformidade para beneficiar bons contribuintes

Proposta prevê endurecimento das regras contra os devedores contumazes, categoria que inclui cerca de mil empresas que devem ao fisco sistematicamente

O Projeto de Lei 15/24, do Poder Executivo, institui programas de conformidade tributária e aduaneira com o objetivo de incentivar os bons contribuintes e fortalecer o caráter orientador da Receita Federal, deixando em segundo plano o viés punitivo do órgão.

Uma das medidas previstas no programa, por exemplo, dá ao contribuinte bem classificado nos critérios de conformidade acesso à redução de tributo, com bônus de adimplência.

O projeto, enviado à Câmara dos Deputados em regime de urgência constitucional, está baseado em três pilares: vantagens para quem cumpre regras de conformidade, controle de benefícios fiscais e regras mais duras para devedor contumaz.

Conformidade: O eixo conformidade prevê três programas. O primeiro é o Confia, de caráter voluntário e voltado a companhias de grande porte. As empresas que aderirem terão de cumprir parâmetros de governança fiscal e cooperarem com o fisco. Em troca, receberão um “selo de conformidade” e poderão regularizar os débitos em até 120 dias sem multa ou com multa reduzida.

Destinado a todos os contribuintes, o Programa Sintonia oferecerá descontos na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A empresa com selo de bom pagador há um ano, pagará 1% a menos de CSLL a cada ano, podendo acumular 3% após três anos, além de outras vantagens.

O terceiro programa é o Operador Econômico Autorizado (OEA), que já existe e agora será incluído em lei. O OEA é destinado a recompensar quem cumpre as obrigações alfandegárias. As empresas que fizerem parte do programa receberão o Selo OEA, que dá direito a prioridade na liberação de mercadorias e diferimento (adiamento) no pagamento dos tributos aduaneiros.

Benefícios fiscais: Chamado de controle de benefícios, o segundo eixo do projeto prevê um pente fino em mais de 200 incentivos fiscais federais. O objetivo é monitorar o alcance e a eficiência dos benefícios aprovados pelo Congresso.

Todo beneficiado terá de preencher um formulário eletrônico e comprovar que cumpre os requisitos para ter direito ao incentivo. Condenados por improbidade administrativa não terão direito ao benefício fiscal.

Devedor contumaz: O último eixo do programa prevê o endurecimento das regras contra os devedores contumazes, categoria que inclui cerca de mil empresas que devem ao fisco sistematicamente. O PL 15/24 considera devedor contumaz o contribuinte que satisfaz qualquer dos seguintes requisitos:

débito acima de R$ 15 milhões e valor maior que o próprio patrimônio;
débito em dívida ativa acima de R$ 15 milhões por mais de um ano;
débito de mais de R$ 15 milhões e CNPJ baixada ou inapta nos últimos cinco anos.
A Receita criará um cadastro federal de devedores contumazes e dará um prazo para a regularização desses contribuintes, com a possibilidade de ampla defesa. Se comprovado crime contra a ordem tributária, o devedor contumaz responderá na esfera criminal, com dolo.

Tramitação: O projeto ainda será distribuído às comissões da Câmara.

Da reportagem:
Edição - Marcia Becker
Com informações da Agência Brasil
Fonte: Agência Câmara de Notícias


 

GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

AR – Caiu a produção de leite, mas quanto cresceu o consumo interno?

Rentabilidade/AR – O relatório dos Custos Regionais da Produção de Leite elaborado pelo Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), o Departamento do Leite do Ministério da Pecuária (DNL – MAGyP), e divulgado pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA), com valores atualizados até dezembro de 2023, é incontestável. As perdas do setor lácteo não têm precedente nos últimos 20 anos.

O preço de equilíbrio de dezembro de 2023 foi de AR$ 272 por litro. O produtor recebeu um valor em torno de AR$ 150 por litro.

O cálculo é feito da seguinte forma:
- Preço ao produtor: preço por província, qualidade e volume de cada unidade produtora de leite com base nos 30 modelos regionais. O levantamento é feito pelo DNL – MAGyP, elaborando o chamado (SIGLeA-LUME).
- Custo de produção: (Gastos diretos + Gastos estruturais + Amortizações + Remuneração Empresarial) – Recuperações (venda e/ou cessão de bezerros, vacas e descarte de touros). 
- Preço de equilíbrio: Custo de produção + Custo de Oportunidade do Capital (5%). Também denominado de Custo de produção de Longo Prazo.
- Ingresso de capital: (Faturamento com leite + faturamento com carne) – (Gastos Diretos + Gastos estruturais + Amortizações + Remuneração Empresarial).

Fonte: Terra Viva


Jogo Rápido

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Porto Alegre, 05 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.079


La Niña no radar de previsões do ano traz atenção à produção Efeitos para o Brasil

Com um histórico recente de perdas de safra causadas por problemas climáticos, o Rio Grande do Sul olha com muita atenção o radar de previsões climáticas. E a possibilidade de um retorno do La Niña no segundo semestre acende o alerta - no Estado, costuma se traduzir em escassez de chuva. É muito cedo ainda para estabelecer qual será, de fato, o comportamento do clima. A meteorologista Jossana Cera, consultora do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), diz que o modelo de consenso - atualizado em janeiro - traz 64% de probabilidade de ocorrência do fenômeno a partir de agosto. Há também um percentual estimado de neutralidade, com tendência maior, neste momento, de um possível La Niña.

Esse modelo de consenso do NOOA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, na sigla em inglês), explica Jossana, é como se fosse uma média de todos os prognósticos climáticos.

Com meses ainda pela frente até a perspectiva se confirmar ou se desfazer, o Estado ainda se vê às voltas com os efeitos do El Niño, fenômeno que trouxe chuva em excesso. A meteorologista observa que na segunda quinzena de janeiro começou a fase de enfraquecimento do fenômeno, que segue "na intensidade forte". A projeção é de que deva terminar, de fato, entre abril e maio.

São prognósticos de médio prazo e podem sofrer alterações. No curto prazo, os próximos dias no Estado prometem ser de temperaturas elevadas - 35ºC na maioria das regiões e podendo chegar perto de 40ºC em alguns pontos -, segundo o Boletim Integrado Agrometeorológico da Secretaria Estadual da Agricultura. O volume de chuva deve variar, na média, entre 10 e 20 milímetros. Há áreas no Norte e Nordeste que poderão ter totais entre 20 e 35 mm.

A preocupação com eventual retorno do La Niña foi um dos pontos trazidos pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em meio às projeções para 2024. (Zero Hora)


Receita Federal fará pente-fino em benefícios fiscais

A ideia é que o mapeamento também auxilie o governo na tarefa de reduzir esses benefícios - como determina a própria Constituição

Depois de focar nos grandes "jabutis tributários", a Receita Federal promete fazer agora um pente-fino nos mais de 200 benefícios fiscais existentes no País. A maioria deles é considerada "invisível" por ter valores mais reduzidos - na casa dos milhões, e não dos bilhões - e pelo fato de o governo ter pouca informação e controle sobre eles.

A proposta, que consta de um projeto de lei enviado ao Congresso prevê que as empresas serão obrigadas a preencher uma declaração eletrônica listando todos os incentivos que possuem. A partir daí, o Fisco pretende identificar as companhias em situação irregular, ou seja, que usufruem dos benefícios sem ter direito, e fazer, então, a exclusão.

"Muitos desses benefícios são aprovados no Congresso Nacional sem nenhum tipo de possibilidade de controle, porque eles são de autofruição (não tem pré-requisitos). O contribuinte recebe um benefício e, simplesmente, deixa de pagar o tributo", afirma o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. "Isso tira a governança do poder público em relação a essas centenas de regimes."

Segundo o secretário, o formulário será de fácil preenchimento, sem necessidade de envio de documentação. "A Receita vai puxar do sistema os documentos e verificar se a empresa preenche os requisitos para aqueles benefícios. Em seguida, vai informar se ela tem ou não direito."

Uma companhia que tenha sido condenada pela Lei de Improbidade, por exemplo, não poderá fazer uso desses benefícios. Outros impedimentos podem estar relacionados à Lei Anticorrupção ou a legislações ambientais. Se estiver usufruindo do benefício indevidamente, o contribuinte estará sujeito a punições, além da exclusão do regime diferenciado.

Instrumentos
Segundo o secretário, atualmente o governo não consegue enxergar quem está sendo beneficiado por esses incentivos, com quais valores e se os objetivos da política pública estão sendo atingidos. "Com esse controle eletrônico, nós daremos instrumentos para, eventualmente, os Ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento e da Indústria analisarem os dados e os resultados da política."

A ideia é que o mapeamento também auxilie o governo na tarefa de reduzir esses benefícios - como determina a própria Constituição. Isso porque, em 2021, o Congresso aprovou uma emenda que estabelece que, até 2029, o custo dessas medidas terá de ficar limitado a 2% do PIB. Atualmente, a estimativa é de que correspondam a 4,5% do PIB.

Segundo o Fisco, os benefícios fiscais serão incluídos nessa análise progressivamente. Os incentivos ligados ao Imposto de Renda da Pessoa Física, por exemplo, não entrarão no curto prazo já que serão alvo de uma proposta de reforma que deve ser enviada pelo governo ao Congresso até o fim de março.

Bom pagador
Além da revisão dos benefícios fiscais, o projeto de lei enviado ao Congresso estabelece novas diretrizes aos programas de conformidade, para premiar os bons pagadores de impostos. Entre as recompensas previstas a esses contribuintes, estão a redução progressiva no pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), de até 3%, e a possibilidade de autorregulação em um prazo de 60 dias. Há também vedação de arrolamento de bens e preferência em licitações.

Segundo Barreirinhas, a ideia que norteia o projeto é o de uma Receita Federal que deixa de ser "punitiva" para ser "orientadora" dos contribuintes. O próximo passo será negociar o texto - que foi enviado com urgência constitucional, ou seja, prevendo tramitação acelerada - com os parlamentares, que retomam às atividades legislativas na próxima semana. (Exame)

Contas têm 2º maior rombo da história

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (29) que o resultado das contas do Governo Central, cujo déficit em 2023 foi de R$ 230,535 bilhões, ou seja, 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), foi resultado da decisão do governo federal de pagar os precatórios (dívidas da União com trânsito em julgado) e do acordo feito com governadores a respeito do ICMS sobre combustíveis.

“A decisão, na minha opinião, foi acertada. Ela foi amplamente divulgada. Nós fomos ao Supremo defender a tese de que aquele calote era inconstitucional e eu penso que a opinião pública, formada e informada, deveria levar em consideração esse gesto do governo de colocar ordem nas contas”, justificou Fernando Haddad.

O ministro se queixou das manchetes desta segunda-feira sobre o Relatório do Tesouro Nacional ao dizer que elas não correspondiam ao esforço que o governo fez de “passar a régua” no que ele chamou de “legado tenebroso de desorganização das contas públicas”.

Haddad disse ainda que o déficit real se aproximou do número mencionado por ele no ano passado, de 1% do PIB. “Penso que o mercado entendeu e reagiu bem ao que estava programado”, afirmou.

Debate sobre meta fiscal é com o congresso
Ainda segundo o ministro da Fazenda, o debate sobre o cumprimento da meta fiscal em 2024 será trabalhado com o apoio do Congresso Nacional e do Poder Judiciário. “A meta fiscal é estabelecida de comum acordo com o Congresso Nacional, mas o resultado primário depende muito dessa boa interação do Judiciário com o Legislativo”, pontuou.

Haddad reiterou que o Executivo trabalha em conjunto com os demais Poderes e afirmou que o governo manterá o diálogo com o Judiciário na forma da lei, nos tribunais, colocando o ponto de vista do Executivo, e que a discussão com o Congresso se dará mais no sentido de saber onde serão buscados os recursos para equilibrar a política fiscal.

O chefe da Fazenda ainda pontuou que o governo tem que aproveitar o “bom relacionamento” que o Executivo vive hoje com o Congresso. “Apesar das propostas estarem sendo aprovadas, não da forma como foram encaminhadas, mas de outra forma, o fato é que o Congresso tem dado abertura para o diálogo”, ponderou.

MP da reoneração
Haddad disse que encaminhou ao Legislativo no final do ano a medida provisória 1.202, que reonera gradualmente a folha de pagamentos de 17 setores, extingue o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e revoga outros benefícios fiscais, porque sentiu que havia uma necessidade diante do quadro fiscal apresentado pela Receita Federal e também diante do que chamou de “desidratação de medidas” encaminhadas em agosto por ocasião do envio do Orçamento ao Congresso.

“Senti que nós tínhamos que fazer um esforço adicional para garantir que nós íamos perseguir aquele resultado. Eu cumpri uma obrigação legal de tomar as medidas necessárias, com senso de justiça, evitando cobrar de quem já paga, justamente para atingir esse resultado”, justificou o ministro.

Contas públicas registram segundo maior rombo da história
O governo fechou 2023, primeiro ano da nova gestão Lula, com o segundo maior rombo nas contas públicas da série histórica, iniciada em 1997. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 29, pelo Tesouro Nacional, o déficit primário (resultado das receitas menos as despesas, sem levar em conta o pagamento dos juros da dívida pública) ficou em R$ 230,5 bilhões, o equivalente a 2,1% do PIB.

No ano anterior, essa conta havia ficado positiva – um superávit de R$ 54,1 bilhões, um número considerado “fora da curva”. O pior resultado da série histórica foi registrado em 2020, primeiro ano da pandemia da covid-19, quando o déficit primário chegou a R$ 939,5 bilhões (em números corrigidos pela inflação).

A meta traçada para este ano pela equipe econômica é de déficit zero, mas o resultado registrado em 2023 fortaleceu no mercado as projeções de novo rombo. Já o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, fala em “reversão da tendência” no médio prazo.

A explicação para o déficit ano passado foi a antecipação do pagamento de precatórios (dívidas judiciais do governo nas quais não cabe mais recurso) de R$ 92,3 bilhões, além da compensação a Estados e municípios em razão de perdas na arrecadação com ICMS.

Mesmo sem o pagamento dos precatórios, o déficit teria sido de R$ 138,1 bilhões – o equivalente a 1,27% do PIB, ainda acima da promessa que havia sido feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de fechar o ano com déficit de 1%.

A meta fiscal ajustada para 2023 admitia um rombo de até R$ 213,6 bilhões nas contas do governo central (conceito que engloba Tesouro, Previdência Social e Banco Central).

Para a aferição formal, porém, o governo poderá descontar desse cálculo da meta os gastos com a regularização dos precatórios, em decisão autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.

O pagamento dos precatórios estava represado em razão da chamada “PEC do Calote“, que “pedalou” o pagamento desses débitos da União, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, até 2026.

A PEC foi proposta em 2021 para enfrentar o que o então ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou de “meteoro”: uma fatura de R$ 89 bilhões que teria de ser honrada ainda em 2022, durante o período eleitoral, com Bolsonaro buscando a reeleição.

Em dezembro do ano passado, porém, o governo Lula editou uma medida provisória que abriu um crédito extraordinário – fora do limite de despesas – de R$ 93,1 bilhões para quitar esse estoque de precatórios represados, e conseguiu autorização do STF para desconsiderar essas despesas da aferição da meta fiscal.

Projeções para 2024
Podendo ou não descontar os gastos com precatórios da meta fiscal, os números mostram o tamanho do desafio do governo para este ano, quando a meta a ser perseguida é de zerar o déficit, de acordo com as regras previstas no novo arcabouço fiscal. No mercado financeiro, é praticamente unânime a avaliação de que a meta terá de ser reformulada em algum momento para acomodar um rombo que, para muitos, seria inevitável.

O equilíbrio orçamentário é importante para a redução da dívida pública, o que acaba tendo impacto na inflação, nos juros e na atração de novos investimentos. Mas, tirando o superávit extraordinário registrado em 2022, o País convive com déficits nas contas desde 2013.

A XP Investimentos, por exemplo, projeta novo déficit primário para o governo central (conceito que engloba Tesouro, Previdência Social e Banco Central) de 0,6% do PIB em 2024. Para o economista da corretora Tiago Sbardelotto, as medidas recém-aprovadas pelo governo para tentar aumentar a arrecadação deverão ter efeitos positivos, mas não o suficiente para alcançar a meta de déficit zero neste ano.

“Algumas receitas incluídas no Orçamento permanecem altamente incertas, como os R$ 34,5 bilhões das concessões ferroviárias e os R$ 35 bilhões da mudança nos subsídios do ICMS”, disse Sbardelotto, em nota.

Ele acrescenta que a eventual extensão do programa de desoneração da folha de pagamento (tema que está em discussão no Congresso) pode impor um viés de baixa nas receitas previdenciárias esperadas pelo governo. “Além disso, ainda vemos pressão proveniente de gastos relacionados à previdência e assistência social, o que poderia exigir algum bloqueio nas despesas discricionárias (mas não deve aumentar o gasto total).”

Já o economista-chefe do Banco BMG, Flavio Serrano, projeta um déficit primário de pouco menos de 1% do PIB. Segundo ele, em um cenário otimista, com o efeito da elevação de receitas pretendido pelo governo, o saldo negativo diminuiria para cerca de 0,6% do PIB. Mesmo assim, ainda ficaria acima da margem de tolerância admitida no arcabouço fiscal, que é de um déficit de 0,25% para uma meta zero.

Em entrevista na semana passada ao Estadão, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, disse que, em março, o governo “vai ter de escolher entre alterar a meta (de resultado primário), fazer contingenciamento (do Orçamento), ou uma combinação dos dois”.

Para ele, seria aceitável um rombo nas contas de até 1% neste ano, porque isso significaria uma queda acentuada em relação ao visto no ano passado, indicando um esforço na questão fiscal. “Se passar de 1%, vai gerar preocupação; de 1,5%, mais ainda; 2%, então, nem se fala, dado que no ano passado já foi acima disso”, disse.

O governo precisa divulgar em março o primeiro relatório de receitas e despesas do ano. 

‘Bons sinais’
Na avaliação do secretário do Tesouro, Rogério Ceron, embora o resultado de 2023 tenha sido o segundo pior da série histórica, o número já indicaria o início de um processo de recuperação fiscal. “Nossa sinalização para o horizonte de médio prazo é de reversão dessa tendência que vem acontecendo em mais de uma década, de piora a cada um desses ciclos”, disse o secretário, reforçando que o governo trabalha para se aproximar de resultados mais próximos do equilíbrio orçamentário. “Esperamos que, a partir de 2024, o movimento de recuperação fiscal fique mais nítido.”

Ele citou que, de janeiro de 2019 a dezembro de 2022 (mandato de Jair Bolsonaro), o resultado primário anualizado registrou uma média de déficit de R$ 263,2 bilhões. “Fechamos com um resultado que já é melhor que a média dos últimos anos.”

Apesar da descrença do mercado, Ceron afirmou que o governo vê “bons sinais” para o cumprimento da meta fiscal em 2024, em linha com o planejado pela Fazenda. Na avaliação do secretário, a regra do arcabouço que limita o crescimento das despesas é a essência do novo marco fiscal e irá garantir que, “ano a ano”, o Executivo melhore seu resultado. “Tem meta mais arrojada justamente para acelerar a recuperação”, afirmou.

Questionado sobre o risco de o governo ter superestimado as receitas – advertência feita tanto por economistas quanto pelo Tribunal de Contas da União -, Ceron respondeu que a partir de fevereiro o governo terá dados mais atualizados para avaliar a performance estimada para o ano. “Mas os dados parciais de janeiro mostram uma performance até maior do que o esperado”, otimismo compartilhado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

*Com informações do Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo.


Jogo Rápido

Ceará: insenção ICMS de derivados de leite produzidos no estado
A venda de produtos lácteos no estado do Ceará poderá ter isenção de 100% do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). Em setembro de 2023, o Estado já havia dado crédito presumido de 95% para a saída de produtos como leite longa vida, leite em pó, creme de leite, leite condensado, dentre outros produtos laticínios. A isenção do crédito fiscal presumido sobre o ICMS foi anunciada pelo governador Elmano de Freitas. Decreto com todos os detalhes e informações adicionais será publicado no Diário Oficial. “A isenção do ICMS colabora para o fortalecimento do setor leiteiro, tornando o Ceará mais competitivo para atrair novas indústrias do segmento e, com isso, gerar mais empregos para os cearenses”, observa o governador Elmano. Para que haja a isenção de 100% do ICMS, o fabricante deve obrigatoriamente ter adquirido o leite de produtores rurais cearenses. Caso contrário, o benefício não será liberado. “O nosso estado conta com mais de 73 mil produtores, é o terceiro maior produtor do Nordeste, sendo responsável por mais de 1 bilhão de litros de leite por ano”, aponta o governador, ressaltando que 88% da produção vem de produtores familiares. No ranking dos municípios que mais produzem, de acordo com dados de 2022, estão Morada Nova, Iguatu, Quixeramobim, Jaguaretama, Jaguaribe, Milhã, Limoeiro do Norte, Acopiara, Quixelô e Iracema. As informações são do Governo do Ceará, adaptadas pela equipe MilkPoint.


 
 

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Porto Alegre, 01º de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.078


Sindilat reafirma parceria com a AL no avanço pela implementação de políticas pública para o setor lácteo

Com o objetivo de articular políticas públicas para o desenvolvimento do setor lácteo, principalmente quanto à revisão do FAF e à liberação de recursos represados do Fundoleite, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (SINDILAT/RS), representado pelo secretário-executivo, Darlan Palharini, acompanhou, nesta quarta-feira (31/01), a sessão solene de eleição e posse do deputado Adolfo Brito (PP) e da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. “A nova gestão será uma grande parceira do setor lácteo. O objetivo é avançarmos em questões como a exclusão do FAF e a liberação de recursos do Fundoleite”, afirmou Palharini.

Durante discurso da posse, o novo presidente da Assembleia afirmou que um dos principais focos da gestão será a definição de uma política estadual de recursos hídricos para a agricultura. “Nós precisamos dar importância para o líquido que a propriedade rural necessita, viabilizando açudes e oferecendo a possibilidade de produzir. É um projeto de Estado, mas não queremos de jeito nenhum agredir o meio ambiente.”, destacou Adolfo Brito.

A Mesa Diretora empossada estará à frente do Parlamento na gestão que se estende de 1º de fevereiro de 2024 a 31 de janeiro de 2025. Também fazem parte da Mesa Diretora: Paparico Bacchi (PL), como primeiro vice-presidente; Eliane Bayer (Republicanos), como segundo vice-presidente; Pepe Vargas (PT), como primeiro secretário; Vilmar Zanchin (MDB), como segundo secretário; Luiz Marenco (PDT), como terceiro secretário; e Dr. Thiago Duarte (União Brasil) como quarto secretário.


Copom reduz juros básicos da economia para 11,25% ao ano

Queda de 0,5 ponto era esperada pelo mercado financeiro

O comportamento dos preços fez o Banco Central (BC) cortar os juros pela quinta vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 11,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros .

A taxa está no menor nível desde março de 2022, quando estava em 10,75% ao ano. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2023, o indicador ficou em 4,62%. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada pelos economistas.

O índice fechou o ano passado abaixo o teto da meta de inflação, que era 4,75%. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a estimativa de que o IPCA fecharia 2024 em 3,5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de março.

As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,81%, abaixo portanto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 3,9%.

Crédito mais barato

A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,7% a projeção de crescimento para a economia em 2023.

O mercado projeta crescimento semelhante. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 1,6% do PIB em 2023.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. (Correio do Povo)

Reutilização do soro do leite: uma alternativa sustentável

Proveniente da fabricação dos mais variados tipos de queijo, o soro do leite é um subproduto valioso da indústria de laticínios que infelizmente ainda não é amplamente e completamente aproveitado comercialmente.

Caracterizado pela riqueza proteica presente em sua composição e pelo grande impacto ambiental que seu descarte gera, diversos pesquisadores têm buscado, ao longo dos últimos anos, alternativas viáveis para a reutilização deste subproduto dentro da própria indústria e por que não em fabricações artesanais também. Esta se apresenta como uma ótima saída para a sustentabilidade, para as finanças da indústria e para os consumidores finais dos coprodutos.

Antes de entender os benefícios e potenciais ganhos à saúde humana vindos do consumo do soro de leite, é importante alertar sobre o grande impacto ambiental gerado pelo descarte inapropriado desta matéria prima. Quando descartado em solo, o soro do leite gera um efeito ambiental nas estruturas física e química dos solos, significando menor rendimento do solo e representando grandes perdas de produção para o cultivo de potenciais culturas nestes ambientes. Nos efluentes os danos são ainda maiores, pois esgota o oxigênio dissolvido dentro deste microambiente e prejudica a vida aquática local.

Propriamente a respeito dos efluentes, muitos parâmetros são utilizados para tentar definir o tamanho do impacto gerado pelo soro do leite inapropriadamente descartado, são estes: demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO), óleos e graxas, pH, sólidos em suspensão e temperatura (°C). O soro do leite é um dos efluentes que possui maior carga poluidora, pois nele encontra-se metade dos sólidos do leite integral. Para se ter uma noção numérica do tamanho do impacto ambiental gerado, o valor de referência para DBO é inferior ou igual a 60 mg por litro, e no caso do soro do leite, o valor de DBO pode variar de 25.000 a 120.000 mg por litro.

Pode-se definir o soro do leite como sendo a porção aquosa liberada do coágulo durante a fabricação de queijos que possui alto valor nutricional devido à sua porção proteica.

O whey protein tem se popularizado cada vez mais no auxílio na nutrição de pessoas que buscam um estilo de vida mais saudável, melhor desempenho atlético e hipertrofia. O soro do leite possui características funcionais que o torna ainda mais interessante, chama a atenção a possibilidade de atuar como estabilizante, espumante, emulsificante e geleificante. Tais propriedades funcionais se dão devido à presença e ação da β-lactoglobulina, α-lactoalbumina, imunoglobulinas, albumina do soro e lactoferrina, as chamadas proteínas do soro, ou, whey protein.

A respeito das citadas proteínas, estas representam aproximadamente 20% do total de proteínas presentes no leite bovino e se destacam por apresentarem alto teor de aminoácidos essenciais, sobretudo de cadeia ramificada em sua composição. Além disso, apresentam alto teor de cálcio e de peptídeos bioativos do soro.

Existem dois tipos de soro de leite, que são diferenciais a depender do tipo de queijo fabricado e dos valores totais de acidez ou pelo conteúdo de ácido lático. O primeiro deles, o soro ácido, apresentando pH entre 4,5 e 4,8 e 0,8% de minerais normalmente é usado como realçador de sabor, emulsificante e retentor de água. Já o soro doce apresenta pH variando de 5,8 a 6,5, além de 0,5% de minerais, usualmente utilizado para a fabricação de sobremesas lácteas.

No fim das contas existe grande interesse comercial por parte da indústria pela reutilização do soro de leite como coproduto na fabricação dos variados tipos de derivados. Diversos autores e seus colaboradores tem pesquisado a viabilidade e aceitabilidade do público perante essas alternativas sustentáveis. Em 2020, Bae apostou no soro doce para fabricar sorvete, Ferrari e seus colaboradores estudaram fazer e consumir bolo, bebida achocolatada e sobremesas com goiabada a partir do soro em 2013, já Cotrim em 2019 experimentou a confecção de bebida carbonatada, e Mai, em 2020, testou a fabricação de diferentes tipos de bebidas não fermentadas utilizando o soro de leite.

Os crescentes estudos e pesquisas acerca do soro de leite aliado com o grande interesse popular por um estilo de vida mais saudável dá a todos a esperança de que a reutilização do soro de leite seja cada vez mais ampliada e que seja consolidada como uma das várias estratégias comerciais adotadas pela indústria. Além de agradar o público alvo, agrada o faturamento industrial e a sustentabilidade ambiental. 
 
Agradecimentos à CAPES, CNPq, FINEP, FAPEG e IF Goiano pelo apoio a realização da pesquisa.

Autores
Pedro Paulo Alves Pinheiro
Gabriella de Oliveira Nascimento
Marciel Oliveira dos Santos
Marco Antônio Pereira Silva
 
Referências Bibliográficas
BAE, F. A. H. et al., Desenvolvimento, caracterização físico-química e aceitação sensorial de sorvete a base de isolado proteico de soro de leite. In: SIMPÓSIO DE SEGURANÇA ALIMENTAR, 7, 2020, Londrina, PR. Anais [...]. Bento Gonçalves, RS: SbCTA-RS, 2020.

COTRIM, W. S.; COTRIM, K. C. F.; COIMBRA, J. C. Modelagem e análise de cenários econômicos do processo de produção de bebida carbonatada a base de soro de leite. Journal of Bioenergy and Food Science, v. 6, n. 4, p. 97-108, 2019.

FERRARI, A. S.; BALDONI, N. R.; AZEREDO, E. M. C. Análise sensorial e físico-química de produtos elaborados à base de soro de leite. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 11, n. 1, p. 216-223, 2013.

Mai, Daiana. "Avaliação de formulações de bebida láctea não fermentada com adição de soro de leite." Química Bacharelado-Tubarão (2020).

SANTOS, H. C. Bebida fermentada sustentável “tipo iogurte grego” à base de leitelho. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, 57 p. 2023.

VIANA, C. C.; MENDONÇA, H. V.; OTENIO, M. H. Efluente da indústria de laticínios: qual tecnologia aplicar para tratamento? 2021. Disponível em: <https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1134245/1/Efluente-industria-laticinios.pdf> Acesso em: 09 jan. 2023.


Jogo Rápido

O SINDILAT/RS  parabeniza a SOORO RENNER pelos seus 23 anos de dedicação e contribuição para o avanço do setor lácteo! Assista ao vídeo especial lançado pela empresa em comemoração a essa data especial clicando aqui. (SINDILAT/RS)


 
 

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Porto Alegre, 31 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.077


Empresa gaúcha de alimentos chega na Ilha de Páscoa

Com base em Vacaria, a RAR passou a exportar queijo para a ilha do Oceano Pacífico

Do Rio Grande do Sul para a terra dos moais, as conhecidas estátuas encontradas na ilha de Páscoa. A chegada ao mercado da ilha situada no Oceano Pacífico é um dos destaques do ano de 2023 da RAR, empresa de Vacaria conhecida pelo cardápio de produtos que incluem maçãs, queijo, azeites, vinhos e espumantes.

No ano que passou, a companhia - que leva as iniciais do seu fundador Raul Anselmo Randon - alcançou receita líquida de R$ 500 milhões. É um aumento de 22% em comparação ao ano anterior. Para 2024, o incremento esperado é de 15%.

Com uma das maiores produções de maçãs do Brasil - com as variedades gala e fuji - além da uva, a empresa também relatou problemas com o clima, mas evita terceirizar responsabilidades à chuva.

— Temos que mitigar isso. Quase 70% dos pomares de maçã são telados, antigranizo. Se falamos em frio, nas uvas utilizamos o sistema de irrigação antigeada, para quando a temperatura chega próximo a zero. Ela forma uma proteção sobre as gemas — explica o presidente da RAR, Sergio Martins Barbosa.

A RAR diz ter a primeira fábrica de queijo tipo grana fora da Itália. Foi esse produto, com a marca Gran Formaggio, que chegou à Ilha de Páscoa, que pertence ao Chile. O país sul-americano possui um dos sistemas sanitários mais exigentes do mercado.

— O Chile é tipo uma Champions League (torneio de futebol europeu), é muito difícil. Gradativamente estamos colocando lá os nossos produtos. Na Ilha de Páscoa, um distribuidor nosso levou umas cunhas do Gran Formaggio, chegamos em um ponto interessante — diz Barbosa.

Além da abertura de novos mercados, 2024 será o ano de testes em tecnologia. Entre e abril e maio, a RAR conhecerá melhor a experiência envolvendo a colheita por drones. Uma empresa israelense desenvolveu um protótipo de robôs voadores conectados a uma plataforma que reconhecem as maçãs e as colhem de forma 100% automatizada. A tecnologia já é testada em lavouras de países como Estados Unidos, Israel, Itália e Chile. (Zero Hora)


Contribuintes conseguem no Judiciário afastar a cobrança de tributos sobre benefícios fiscais.

Diante da necessidade do aumento de arrecadação, foi publicada a Lei n. 14.789/2023, que modifica a sistemática da tributação de incentivos/benefícios fiscais concedidos pelos Estados a título de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A partir da nova metodologia, passa a incidir sobre os benefícios fiscais a tributação do IRPJ/CSLL. Em contrapartida, o Contribuinte poderá apurar um crédito fiscal a ser utilizado para compensar com tributos federais ou requerer o ressarcimento em direito, entretanto, em percentual inferior ao utilizado até o momento (de 34% para 25%).

Contudo, o Superior Tribunal de Justiça já havia se manifestado de forma contrária ao estabelecida pela nova norma, de modo a autorizar a exclusão dos benefícios fiscais de ICMS da base de cálculo do IRPJ/CSLL. Em razão disso, muitos contribuintes já estão procurando o Poder Judiciário e conseguindo decisões liminares favoráveis para deixarem de pagar o tributo.

Leia na íntegra a matéria "CONTRIBUINTES CONSEGUEM NA JUSTIÇA DECISÕES LIMINARES AUTORIZANDO A EXCLUSÃO DE CRÉDITOS PRESUMIDOS DE ICMS DAS BASES DE CÁLCULO DO IRPJ, CSLL, PIS E COFINS", do Jornal Valor Econômico, clicando aqui.  (R Pandolfo Advogados)

 

Argentina desiste de estabelecer aumento das retenções para produtos do agro

Alíquota para os derivados de soja, que inicialmente estava prevista para subir para 33%, ficará em 31%

Segundo informações divulgadas pela consultoria Safras & Mercado, na última sexta-feira (26), o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, anunciou, entre outras providências, que não haverá avanço nas medidas visando o aumento das retenções para o setor agrícola.

O ministro afirmou que o governo “decidiu retirar o capítulo fiscal da Lei de Bases”.

Assim, em números, a alíquota para trigo e milho que poderia ser elevada para 15%, permanecerá em 12%. A alíquota para os derivados de soja, farinha e óleo, que inicialmente estava prevista para subir para 33%, ficará em 31%.

Para o farelo de soja a alíquota seguirá em 33%, para a carne bovina em 9% e para as economias regionais em 0%. (Canal Rural)


Jogo Rápido

Interleite Sul: não perca seu desconto
Ainda dá tempo de aproveitar o desconto especial da pré-venda da 11ª edição do Interleite Sul. Garanta já seu lugar na melhor feira de negócios e networking do setor leiteiro. O Interleite Sul vem com o objetivo de clarear novos caminhos para o futuro da produção de leite, e ajudar produtores, técnicos e empresas a compreender o cenário que se descortina, para que possam se preparar e serem protagonistas através do conhecimento e do melhor networking do leite. A 11ª edição, que acontece nos dias 08 e 09 maio em Chapecó/SC, explorará seis painéis temáticos, abordando desde as significativas mudanças climáticas no Sul do país até os desafios e soluções para a mão-de-obra no campo. Não perca a chance de aprender com os principais especialistas do setor. Garanta seu lugar e aproveite os últimos dias de DESCONTO da pré-venda do Interleite Sul 2024. Junte-se a nós na jornada para moldar o futuro da produção leiteira. Clique aqui e garanta seu ingresso com o valor promocional de PRÉ-VENDA! (Milkpoint)


 
 

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Porto Alegre, 30 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.076


Allan André Tormen assume coordenação do Conseleite

Representando o elo produtor, Allan André Tormen assumiu a coordenação do Conseleite para a gestão 2024/2025. A eleição e a posse ocorreram durante a primeira reunião do conselho de 2024, realizada nesta terça-feira (30/01), na sede do Sindilat/RS, em Porto Alegre (RS). Presidente do Sindicato Rural de Erechim e integrante da Comissão do Leite e Derivados da Farsul, o produtor rural tem como objetivo principal trabalhar por convergências no setor lácteo gaúcho. “Vou buscar o melhor para todos, para as indústrias e para os produtores”, frisou. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ficará na vice-coordenação. Por acordo prévio do colegiado, em 2025, a coordenação eleita inverte-se, passando a ser encabeçada por Palharini. Também compõem a diretoria do Conseleite José Pollastri (Tesoureiro), Eugênio Zanetti (Vice-tesoureiro), Cleonice Back (Secretária) e Osmar Redin (Vice-secretário).

Entre os projetos da nova gestão está a implementação de uma calculadora virtual que auxilie na mensuração de valores para o leite conforme os parâmetros de qualidade de cada propriedade. “Vamos trabalhar por ferramentas que tragam ainda mais transparência e eficiência ao setor”, completou Tormen.

Durante a reunião, a Universidade de Passo Fundo (UPF) apresentou projeção para o valor de referência do leite em janeiro de R$ 2,1010 o litro. O indicador, que considera os primeiros 20 dias do mês, representa um aumento de 2,59% em relação ao consolidado de dezembro de 2023. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)


Empresa brasileira entrega primeira carga de couro de gado 100% rastreado

Uma empresa brasileira anunciou a chegada da primeira carga de couro à Europa proveniente de gado criado sem causar desmatamento.

Durlicouros, a segunda maior processadora de couro da América Latina, depois da JBS SA, abre uma nova aba, disse na terça-feira que cerca de 1.000 peles de couro wet blue chegaram à Itália no início desta semana.

A carga contém todas as informações sobre o animal de origem do couro, rastreáveis ​​por QR code, como parte de um protocolo para manter a sustentabilidade na produção, disse Durlicouros.

A iniciativa é uma resposta à pressão para promover práticas verdes e combater as alterações climáticas, que os cientistas culpam por eventos climáticos extremos que provocam temperaturas recordes, secas, incêndios florestais e inundações.

A Durlicouros faz parte de um grupo de empresas brasileiras que iniciou no ano passado um esquema para certificar o gado amazônico processado para obtenção de carne e couro que foi criado sem causar desmatamento.

A floresta amazônica é um dos sumidouros de carbono mais importantes do mundo.

A iniciativa de monitorar todas as etapas da produção de couro rastreia atualmente mais de 113 mil animais individualmente usando a tecnologia blockchain, disse a empresa.

Até agora, o esquema cobre uma pequena fração do rebanho bovino brasileiro de 234 milhões de cabeças, mas seus promotores dizem que é um passo no sentido de permitir que os consumidores façam escolhas informadas quando compram produtos. (Reportagem de Ana Mano Edição de Tomasz Janowski via Reuters)

 

Níveis mundiais de águas subterrâneas mostram declínio “acelerado” – estudo

Os níveis das águas subterrâneas em todo o mundo mostraram um declínio generalizado e “acelerado” nos últimos 40 anos, impulsionado por práticas de irrigação insustentáveis, bem como pelas mudanças climáticas, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira. Acesse o estudo clicando aqui.

As águas subterrâneas são uma importante fonte de água doce para explorações agrícolas, famílias e indústrias, e o seu esgotamento pode representar graves ameaças econômicas e ambientais, incluindo a queda do rendimento das colheitas e a subsidência destrutiva da terra, especialmente nas zonas costeiras, afirmou o estudo , abre uma nova aba, publicado na revista científica Nature.

“Uma das principais forças motrizes mais prováveis ​​por trás do rápido e acelerado declínio das águas subterrâneas é a retirada excessiva de águas subterrâneas para a agricultura irrigada em climas secos”, disse Scott Jasechko, da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, um dos co-autores do artigo.

Mas a seca, impulsionada pelas alterações climáticas, também estava a ter um impacto, com os agricultores provavelmente a bombear mais água subterrânea para garantir que as suas colheitas fossem irrigadas, disse ele.

O esgotamento tem sido particularmente pronunciado em climas áridos com extensas áreas agrícolas, afirma o estudo, que analisou 170 mil poços em mais de 40 países. O norte da China, o Irão e o oeste dos Estados Unidos estavam entre as regiões mais atingidas.

Mais de um terço dos 1.693 sistemas aquíferos – corpos de rochas porosas ou sedimentos que retêm águas subterrâneas – monitorados pelo estudo caíram pelo menos 0,1m (3,94 polegadas) por ano entre 2000 e 2022, com 12% registrando declínios anuais de mais de 0,5m. Alguns dos aquíferos mais atingidos em Espanha, no Irão, na China e nos Estados Unidos caíram mais de 2m por ano durante esse período.

Em cerca de 30% dos aquíferos estudados, a taxa de esgotamento acelerou desde 2000.

Alguns aquíferos melhoraram durante o período, em parte como resultado de medidas locais destinadas a restringir a quantidade de água que pode ser bombeada.

Os aquíferos também podem ser reabastecidos com água desviada de outros lugares. No entanto, tais recuperações foram “relativamente raras” e ainda há muito trabalho a ser feito, disse Jasechko. (Reportagem de David Stanway Edição de Tomasz Janowski via Reuters)


Jogo Rápido

Produção de leite em pó integral na China deverá cair em 2024
Prevê-se que as importações chinesas de leite em pó integral caiam 3% em 2024, para 425.000 toneladas, de acordo com um relatório recente da Rede Global de Informação Agrícola (GAIN) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Isto deve-se à acumulação de estoques em 2023 e ao desenvolvimento da preferência dos consumidores por produtos lácteos crus em vez de produtos reconstituídos. Um excedente significativo na produção de leite cru forçou o governo a implementar políticas de subsídios para estabilizar o setor de processamento interno, incentivando uma maior produção de leite em pó integral. Como a China não produz quantidades significativas de produtos de maior valor, como queijo ou manteiga, a maioria das empresas de laticínios transforma leite cru em leite em pó para armazenamento, de acordo com o “Contrato de Compra e Venda de Leite Fresco”. (The Dairy Site)


 
 

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Porto Alegre, 29 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.075


Conseleite Santa Catarina

CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITE DO ESTADO DE SANTA CATARINA. RESOLUÇÃO Nº 01/2024

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 26 de Janeiro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Dezembro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2024. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

Períodos de apuração

Mês de Dezembro/2023: De 27/11/2023 a 31/12/2023
Parcial Janeiro/2024: De 01/11/2024 a 21/01/2024

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC - Faesc)


Conseleite Minas Gerais

CONSELHO PARITÁRIO DE PRODUTORES E INDÚSTRIAS DE LEITE DE MINAS GERAIS RESOLUÇÃO JANEIRO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Janeiro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2023 a ser pago em Dezembro/2023.
b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2023 a ser pago em Janeiro/2024.
c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2024 a ser pago em Fevereiro/2024.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.

 

 

Por que os agricultores franceses estão protestando?

Custo, importações, meio ambiente e burocracia são alguns dos grandes problemas

Os agricultores franceses estão bloqueando estradas em todo o país para exigir ações do governo para resolver inúmeras queixas, à medida que os protestos no setor agrícola da União Europeia se espalham, informou a Reuters.

Aqui estão algumas das questões que levaram ao crescente movimento de protesto e como o governo poderia responder.

Por que os agricultores estão protestando?

Os agricultores em França, o maior produtor agrícola da UE, dizem que não estão sendo pagos o suficiente e que são sufocados por uma regulamentação excessiva em matéria de proteção ambiental.

Algumas das suas preocupações, como a concorrência de importações mais baratas e as regras ambientais, são partilhadas pelos produtores do resto da UE, enquanto outras, como as negociações sobre os preços dos alimentos, são mais específicas da França.

Custos

Financeiramente, os agricultores argumentam que a pressão do governo e dos retalhistas para reduzir a inflação alimentar deixou muitos produtores incapazes de cobrir os elevados custos de energia, fertilizantes e transportes.

Um plano do governo para eliminar gradualmente uma redução de impostos para os agricultores sobre o gasóleo, como parte de uma política mais ampla de transição energética, também tem sido um ponto crítico, num eco das tensões na Alemanha.

Importações

As grandes importações provenientes da Ucrânia, para as quais a UE renunciou a quotas e direitos desde a invasão da Rússia, e as negociações renovadas para concluir um acordo comercial entre a UE e o bloco sul-americano Mercosul, alimentaram o descontentamento sobre a concorrência desleal no açúcar, cereais e carne.

As grandes importações são ressentidas por pressionarem os preços europeus, embora não cumpram as normas ambientais impostas aos agricultores da UE.

Meio ambiente, burocracia

No que diz respeito ao ambiente, os agricultores questionam tanto as regras de subsídios da UE, como a exigência de deixar 4% das terras agrícolas, como o que consideram ser a implementação demasiado complicada da política da UE por parte da França, como a restauração de terras aráveis como habitat natural.

As políticas verdes são vistas como objetivos contraditórios de se tornar mais auto-suficientes na produção de alimentos e outros bens essenciais à luz da invasão da Ucrânia pela Rússia.

As disputas sobre os projetos de irrigação, à medida que os recursos hídricos se tornam um foco no debate climático, e as críticas sobre o bem-estar animal e a poluição na agricultura aumentaram os sentimentos entre uma população agrícola envelhecida francesa como sendo desconsiderada pela sociedade.

Que medidas o governo poderia tomar?

O governo, sob pressão para acalmar a crise antes das eleições europeias em junho e da feira agrícola anual de Paris no próximo mês, adiou o projeto de legislação sobre a atração de mais recrutas para a agricultura para adicionar outras medidas.

O governo prometeu simplificar os procedimentos para os agricultores. Isso poderia significar tempos de espera reduzidos para pagamentos de subsídios ou aprovações de projetos agrícolas, ou facilitar a burocracia e auditorias sobre conformidade ambiental.

O governo poderia abandonar o seu plano de eliminar gradualmente a redução fiscal do gasóleo, embora já tenha suavizado a medida ao escalonar a medida ao longo de vários anos e oferecendo-se para reinvestir os fundos na agricultura.

Algumas mudanças precisam da aprovação da UE, como a alteração da regra sobre terras, e os agricultores alertam que quaisquer concessões poderão chegar tarde demais para os planos de produção deste ano.

Tal como em crises agrícolas anteriores, o governo poderia oferecer ajuda de emergência. Já prometeu fundos para os produtores de vinho atingidos pela queda no consumo e para os agricultores afetados pelas inundações no norte e por uma doença no gado no sul, mas pode anunciar mais dinheiro e pagamentos mais rápidos. (The Dairy Site)


Jogo Rápido

À medida que os americanos comem mais queijo e manteiga, os agricultores dos EUA lutam para que as suas vacas produzam leite mais gordo. Os esforços incluem o uso de diferentes raças de vacas e misturas de ração e a garantia de que os animais estejam confortáveis e não fiquem muito quentes. O resultado é que a quantidade média de gordura butírica no leite produzido pelos rebanhos leiteiros dos EUA ultrapassou os 4% e ultrapassou o recorde anterior estabelecido durante a Segunda Guerra Mundial. (Jornal de Wall Street)


 
 

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Porto Alegre, 26 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.074


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1799 de 25 de janeiro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em diversas regiões, os temporais ocasionaram consideráveis danos às infraestruturas das propriedades, como destelhamentos, queda completa de galpões, árvores caídas, além de danos às redes elétricas internas e externas que abastecem as localidades. A interrupção no fornecimento de energia elétrica acarretou prejuízos significativos à cadeia leiteira, impactando não somente as propriedades, cujo leite se deteriorou devido à falta de energia elétrica, mas também a coleta do produto, pois as indústrias deixaram de receber e foram obrigadas a descartar leite de alguns silos armazenadores.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Uruguaiana, mesmo em pequenas propriedades que exploram campos nativos com baixa suplementação de concentrados, observa-se tanto estabilidade na produção quanto aumento. Em Manoel Viana, a produção está em alta em razão da abundância e da qualidade das pastagens formadas por anuais e perenes de verão. 

Na de Caxias do Sul, nas propriedades que utilizam a alimentação à base de pasto, a mitigação do calor inclui a permanência em áreas sombreadas durante as horas mais quentes, além do fornecimento de água nos piquetes. 

Na de Erechim, as chuvas intensas causaram prejuízos ao desenvolvimento das pastagens de verão. A formação de lamaçais e o acúmulo de água nos piquetes, associados ao pisoteio dos animais, teve impacto negativo no crescimento das plantas forrageiras. 

Na de Frederico Westphalen, os produtores estão conseguindo controlar os custos de produção em função da melhoria na oferta de forragens e da redução dos preços da ração. 

Na de Ijuí, a produção leiteira evidencia incremento gradual, sendo mais proeminente em estabelecimentos que adotam o sistema de produção a pasto. 

Nas de Lajeado e Porto Alegre, a chuva intensa com vento provocou diversos danos às propriedades leiteiras, trazendo prejuízos aos produtores. 

Na de Passo Fundo, os produtores permanecem apreensivos em relação à baixa remuneração recebida por litro de leite na propriedade.

Na região de Pelotas, em Canguçu, as pastagens de verão e o campo nativo apresentam excelente desenvolvimento, e os pecuaristas estão realizando roçadas. Várias propriedades estão envolvidas na elaboração de silagem. 

Na de Santa Maria, as condições sanitárias estão dentro das expectativas para o período, embora seja necessário monitorar a presença de carrapato em alguns municípios. 

Na de Santa Rosa, os dias de calor têm resultado em maior exposição das matrizes a locais com água acumulada, prejudicando a manutenção da qualidade do leite em decorrência do aumento de contato dos tetos com áreas sujas. 

Na de Soledade, segue a necessidade de suplementar a alimentação dos rebanhos em produção.

As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS


Tempo seco e calor devem predominar no RS nos próximos dias
A próxima semana permanecerá com tempo seco e calor na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 04/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. 
 
Na sexta-feira (26/1), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e as temperaturas amenas na maioria das regiões. Apenas na Serra do Nordeste e no Litoral Norte, a circulação de umidade do mar para o continente poderá provocar chuva fraca e isolada. 
 
No sábado (27/1) e domingo (28/1), o tempo permanecerá firme na maioria das regiões, com elevação das temperaturas e possibilidade de pancadas de chuva, típicas de verão, principalmente nos setores Norte, Nordeste e Leste. 
 
Na segunda (29/1), as temperaturas deverão superar 30°C, com possibilidade de pancadas de chuva de verão entre a tarde e à noite em todo o Estado. 
 
Na terça (30/1) e quarta-feira (31/1) o tempo permanecerá seco e quente vai predominar em todas as regiões. 
 
Os volumes esperados deverão oscilar entre 10 e 20 mm na maioria das regiões. Nos setores Norte e Nordeste, são previstos totais entre 20 e 35 mm. 
 
O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)
 
 
 
 
As principais tendências do consumidor em 2024

O ano de 2024 chegou e precisamos ficar de olho nos principais comportamentos do consumidor para adequar melhor nossas ofertas de produtos lácteos. O ano passado terminou com um cenário desafiador para os produtores (preços baixos de leite, retração na margem do negócio e relatos de prejuízos em muitas fazendas), além de dificuldades para o mercado como um todo, com alto volume de importações que alteraram a dinâmica do setor e estagnação no consumo.

Porém, mesmo diante das dificuldades, é preciso se reinventar e acompanhar as diferentes tendências de consumo projetadas para 2024. Mudanças comportamentais não acontecem de uma hora para outra, muitas destas tendências já vêm se manifestando ao longo dos anos e, quando repetidas e assimiladas pela sociedade, deixam de ser tendência e passam a ser novos comportamentos adquiridos.

A empresa WGSN, especialista global em tendências e comportamento do consumidor, publicou um profundo estudo, baseado em uma metodologia própria, apontando quais tendências de consumo já estão se tornando realidade.

Para começar a entender essas mudanças, listamos os 4 sentimentos do consumidor do futuro:

1. Choque com o futuro – Mudanças rápidas na sociedade e na tecnologia estão deixando os consumidores mais apreensivos. A sensação de que o tempo está passando mais rápido também deixa as pessoas mais ansiosas.
 
2. Excesso de estímulos – A sobrecarga emocional e um estilo de vida sempre conectado estão esgotando os nossos sentidos. Além deste esgotamento, as pessoas também estão se tornando cada vez mais desatentas, porque os estímulos das redes sociais são cada vez mais rápidos e curtos, desencorajando leituras e a concentração por um maior período de tempo.
 
3. Otimismo realista – Os consumidores estão se tornando mais conscientes dos desafios enfrentados pelo mundo e estão buscando soluções realistas para esses desafios.
 

4. Encantamento – As pessoas estão valorizando experiências autênticas e significativas. Maior conexão com a natureza, outras culturas e história local. Isso gera um sentimento de encantamento e descoberta.

A partir destes 4 sentimentos a WGSN elaborou o perfil de 4 tipos de consumidores que devem influenciar o consumo nos próximos anos. Vamos explorar um pouco o perfil destes consumidores e fazer algumas correlações com nosso mercado lácteo.

1. Conectores
Os conectores preferem focar na saúde mental e qualidade de vida. Adotam a cultura do compartilhamento e uma forma mais sustentável e econômica de se viver. Compartilhando carros, moradias, espaços comerciais. Acreditam que pequenos detalhes fazem a diferença. Questões como a sustentabilidade da cadeia, a preocupação com embalagens, a transparência e a confiabilidade nos rótulos importam para este grupo.
O grande drive para geração de demanda no mercado lácteo sempre foi a renda da população. Mas, ultimamente, temos visto que fatores sócio culturais também importam para a decisão de compra. Por isso, precisamos de um bom storytelling que aproxime o campo das grandes cidades, evidenciando o bem estar animal e as iniciativas de sustentabilidade que há tempos são praticadas, mas que não temos oportunidade de divulgar.  As pessoas estão lendo os rótulos. E usando essas informações para tomada de decisão no ponto de venda. Então, como lição de casa, será preciso repensar a rotulagem, inovar as iniciativas de rastreabilidade da cadeia, além de transformar as certificações e selos de bem estar animal em grandes ativos de confiabilidade e segurança para os consumidores. Cada vez mais comuns, as etiquetas com dados de sustentabilidade são usadas para informar o público e reforçar o compromisso ambiental das marcas, possibilitando uma transparência total. Para tomar decisões de compra mais éticas, 60% dos consumidores de EUA, Europa e China querem mais transparência sobre a cadeia de produção das roupas que vestem. Nos EUA, a marca de calçados e acessórios Nisolo já investe em uma etiqueta cujos dados se assemelham às informações nutricionais dos rótulos de alimentos e são divididos em 12 categorias, como salários dos funcionários, itens de saúde, materiais e embalagem.
Para os produtos lácteos, já vemos algumas tendências sendo expressas nas embalagens espalhadas nas gôndolas mundo afora e – no Brasil também.
● Informação sobre a não utilização de hormônio sintético em animais, com uma abordagem de origem ética (conforme descrito na embalagem).
● Informação sobre a não utilização de hormônio sintético em animais, com uma abordagem de origem ética (conforme descrito na embalagem).
● Humanização da cadeia de produção e rastreabilidade, com a identificação da família produtora de leite na embalagem.
●  Abordagem com enfoque em sustentabilidade, produção orgânica e bem estar animal.

● Selos e certificações que conferem credibilidade e confiança ao produto

2. Reguladores
Os ‘Reguladores’ estão cada vez mais cansados de mudanças e buscam por regularidade e controle, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Em 2024, os reguladores vão optar por modelos que priorizam a agilidade e a praticidade. Como exemplo, o comércio sem contato, o “clique e colete” (click-and-collect), em que o consumidor faz pedido on line e retira seus produtos sem contato físico com funcionários.

Nessa linha, recentemente vimos o lançamento do primeiro clube de assinaturas de produtos lácteos do Brasil. O consumidor se cadastra e recebe mensalmente uma caixa com diversos produtos lácteos em sua casa. Iniciativa, essa, bem alinhada com as últimas tendências mercadológicas e que também estimula o consumo mais segmentado de produtos do nosso setor. Compras utilizando apenas comando de voz também ganharão força, como a assistente virtual Alexa, sem que o consumidor precise acessar sites através de seu celular ou computador.

3 . Construtores de memórias

Este grupo busca focar mais no presente, ter maior conexão com a família e mudar a forma com que trabalham. O intuito é envelhecer bem, mas não por questão de vaidade. Querem mais simplicidade, tempo de qualidade e melhores escolhas para a saúde. A estratégia para se conectar com este grupo seria a economia do cuidado. Nesse sentido, vemos uma interessante oportunidade para os produtos lácteos. O mais recente posicionamento da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) e da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), reforça a importância nutricional do leite de vaca para a saúde, trazendo evidências científicas para garantir que o leite é um alimento completo e seguro para consumo humano. Garantir o respaldo científico para nosso produto é de suma importância nesse momento, já que vemos muitas inverdades sendo publicadas nas redes sociais, como o discurso negacionista dizendo que leite de vaca não foi feito para consumo humano, entre outros absurdos que muitas vezes não conseguimos contrapor de forma assertiva para a grande massa. Pesquisas apontam que os consumidores confiam na opinião de médicos e cientistas na escolha de produtos. Por isso, estes profissionais são importantes porta-vozes para garantir credibilidade e segurança na geração de demanda por produtos lácteos.

4. Neo-sensorialistas – o melhor de dois mundos

Diferente de outros tipos de consumidor, eles querem a internet de tudo. O consumidor neo-sensorialista é híbrido. Ele quer pagar o jantar presencial com criptomoedas e veem esperança na tecnologia. Em 2024, as empresas precisam investir em tecnologias que permitam sentir o metaverso, com recompensas digitais, recursos de olfato e novos meios de pagamento.

Em resumo:
1. Os consumidores querem saber o que acontece dentro da fazenda para consumir com consciência. Temos grande oportunidade em contarmos a nossa própria história, ressaltando as boas práticas das propriedades, o cuidado e bem estar com os animais, o manejo correto da terra e a reutilização de dejetos provenientes da atividade leiteira.
 
2. Querem diferenciação e transparência nas embalagens. Inovação na rotulagem e uso de selos de bem estar e certificações podem ser ativos que garantem segurança e confiabilidade nos consumidores.
 

3. Querem comodidade na escolha e entrega dos produtos. Diversos produtos lácteos com alto valor agregado se enquadram nas novas necessidades de consumo da sociedade, sejam eles na linha premium ou voltados à prática esportiva. Temos oportunidade em inovar nos canais de distribuição para atender essa demanda de forma diferenciada.

As informações são do Milkpoint

Jogo Rápido

Sindilat avalia linha de crédito para cooperativas de leite
Vamos continuar repercutindo aqui no AgroMais a linha de crédito emergencial no Plano safra 23/24 para cooperativas de produtores de leite. Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat, Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul, reclama que nem todos os produtores do setor têm acesso aos empréstimos. Veja aqui. (youtube agromais)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.073


Equilíbrio entre a captação e a distribuição

Perspectivas do leite – A produção de leite está em queda na maioria das grandes bacias leiteiras, começando pela França, mesmo que tenha melhorado notavelmente a captação de dezembro, graças às reservas forrageiras, e um preço um pouco melhor.

Na França, a redução da coleta repercute sobre a fabricação de praticamente todos os produtos lácteos, com exceção do creme de leite. No entanto, a distribuição está bem equilibrada tanto para o mercado interno, quanto para exportação.

No cenário internacional, a menor fabricação de leite em pó desnatado, principalmente dentro da União Europeia (UE) e nos Estados Unidos da América (EUA) está sustentando os preços, em um momento em que existem sinais de recuperação da demanda. O retorno da África do Norte compensa a menor demanda dos países do sudeste asiático.

Queda na captação dos principais exportadores

A produção foi prejudicada no final de 2023 pela meteorologia, especialmente nos principais países exportadores. Observando a recuperação dos preços, percebe-se que os operadores não esperavam tal queda de produção.

Com a aproximação do pico de coleta de leite no Hemisfério Norte, fica a questão: qual será a amplitude da produção na EU-27?

Uma queda na UE mais forte do que a esperada

Em novembro, a captação europeia voltou a cair, -2,3% em relação a 2022. Esse recuou foi decorrente, principalmente, da queda na França (-4,8%), na Irlanda (-20%), na Holanda (-3,8%) e na Alemanha (-1,2%).

A conjuntura altista do verão foi interrompida na Alemanha e na Holanda, em setembro último, logo depois da queda no preço do leite, um convite para que os produtores tivessem mais prudência quanto às compras de insumos.

Os eventos climáticos também penalizaram a produção europeia. A tempestade Babet atingiu a Europa do Norte no final de outubro, depois a França no início de novembro. Por fim, a onda de frio na Alemanha, iniciada em novembro, fez cair a coleta de leite em -2% em relação a 2022, principalmente nas semanas 45 e 46.

Na Alemanha, assim como na Irlanda, o abate de animais de descarte aumentaram, limitando a produção de leite.

Na Irlanda, o clima de outono foi particularmente úmido, fazendo com que os produtores levassem seus animais para o confinamento antecipadamente, para evitar a degradação das pastagens. As disponibilidades de alimentação conservada não estavam em condições ideais, e ao mesmo tempo houve uma forte queda no preço do leite ao produtor desde o início de 2023. Assim, uma parte dos produtores anteciparam a secagem de suas vacas, o que pode explicar a forte baixa do nível de produção.

Uma leve recuperação dos preços foi observada desde outubro. Será ela suficiente para incentivar os produtores a aumentar a oferta de leite no momento do pico de produção?

Uma queda na produção nos EUA apesar de melhoria das margens

A produção no mês novembro caiu -0,6% na comparação com 2022 nos Estados Unidos da América (EUA). Com uma produtividade animal semelhante à do ano passado, a queda foi atribuída, principalmente, à redução no rebanho leiteiro (-0,5%). O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que foram 10.000 vacas leiteiras a menos entre outubro e novembro, uma redução não esperada, dado que as taxas de abate vinham sendo mais moderadas. Portanto, o declínio foi atribuído à menor entrada de novilhas em produção.

O preço do leite ao produtor subiu no final de 2023, no momento que o custo da alimentação animal registrou baixa. Dentro deste contexto, os indicadores das margens sobre os custos dos alimentos melhoraram, o que pode levar os produtores a entregar maiores volumes no pico leiteiro.

Mesmo assim, a projeção deste indicador de margem no mercado futuro de Chicago mostra, por enquanto, que esta melhoria será de curta duração.

Pico leiteiro decepcionante na Nova Zelândia

Desde o início do pico leiteiro no mês de setembro, a produção neozelandesa recuou ligeiramente (-0,4%/2022). Se a amplitude da baixa é modesta em relação ao ano anterior, este pico leiteiro foi considerado decepcionante, e está no menor nível de produção do quarto trimestre desde 2012.

As condições do tempo pioraram em dezembro. Na Ilha Sul, é a seca. Uma parte importante das regiões estão sendo irrigadas, especialmente em Canterbury, mas nem todas no Sul e no Oeste da ilha.

Na Ilha Norte são as elevadas temperaturas, próximas de 30ºC, que afetam a produção de leite. O serviço de meteorologia, NWA, reforça as previsões do fenômeno El Niño que trará fortes chuvas aleatórias na Ilha Norte (e um temor de que haja inundações e pastagens alagadas, impróprias para o pastoreio).

Os custos de produção aumentaram na Nova Zelândia neste ano, enquanto o preço do leite caía. A atividade, então, ficou menos rentável em relação aos anos anteriores, fazendo com que os produtores ficassem mais prudentes sobre os investimentos, especialmente em alimentação (suplementos).

A produção aumenta na Austrália

Na Austrália, a produção de leite retoma a trajetória de alta em novembro (+6%/2022) durante o período de pico sazonal. Ainda assim, é o segundo nível de produção mais baixo dos últimos vinte anos.

No entanto, a queda de captação acumulada por diversos anos, provocou um recuo estimado de -14% nas exportações nas exportações de 2023 em relação a 2022.

Entretanto, o clima no início de janeiro de 2024 é mais quente e seco o que pode mudar a dinâmica atual. Percentualmente, as variações deverão se manter positivas, porque houve um redução acdentuada dos números no início de 2023.

Estagnação da produção de leite na Argentina desde setembro

Na Argentina, a produção de leite foi mantida durante o 1º semestre de 2023. No entanto, desde setembro, ela apresentou queda acentuada, de -4%/2022 nos três meses seguintes, e que foi acentuada em dezembro (-8%/2022).

Segundo o Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA), a maior parte da queda está ligada às margens negativas das fazendas leiteiras, atingindo mais fortemente as que produzem menos de 2.000 litros por dia.

Os preços do leite subiram em novembro, mas os encargos permanecem elevados no país, onde a inflação continua galopante e os produtores precisam comprar insumos importados a preços elevados em moeda nacional. Esta situação piorou em dezembro. Na realidade, com a eleição de Javier Milei, o peso argentino sofreu uma grande desvalorização no final do ano. O preço do leite ficou nitidamente inferior aos praticados no hemisfério norte.

O setor lácteo, conseguiu, no entanto, uma suspensão temporária de impostos de exportação dos produtos lácteos, melhorando a competitividade de exportação.

Melhora em dezembro, depois de um outono perturbado pelo clima

Na França, o outono de 2023 foi marcado pelo recuo pronunciado da captação nacional, atribuído às alterações climáticas importantes. No entanto, uma recuperação notável foi observada em dezembro, graças aos estoques de volumosos estocados de boa qualidade. Embora tenha sido registrada um recuo no 4º trimestre, o preço médio do leite no ano ficou acima do registrado em 2022.

A captação de leite francesa e os desafios meteorológicos

O mês de novembro foi marcado por uma nova queda significativa da captação nacional (-4,8%/2022), acompanhando a tendência observada em setembro e outubro. Nos 11 meses, a coleta francesa teve queda de -2,9% em relação a 2022. No entanto, graças à melhoria das taxas, a queda foi sensivelmente atenuada para -1,5% da produção de 2023 em relação a 2022.

As condições meteorológicas extremas de setembro a novembro impactaram a produtividade das vacas. E o milho ensilado em 2023, com elevado teor de amido, só ficaram mais digestíveis depois de muitas semanas. Desta forma eles passaram a ter um papel fundamental sobre a quantidade de leite produzida a partir de dezembro. De acordo com sondagens preliminares feitas pela FranceAgrimer, a coleta de leite retraiu apenas 1% em relação ao mesmo mês de 2022, coms resultados positivos no decorrer das últimas semanas.

No início de 2024, uma melhora da captação foi atingida, apoiada pela qualidade das forragens de 2023 e um recuo menor do plantel. Essa tendência positiva foi manisfestada nas duas maiores regiões produtoras de leite da França. No entanto, os riscos climáticos voltaram e se manifestaram no início do ano com nevascas, geadas e condições do gelo que prejudicam o desenvolvimento da captação, especialmente na Normandia. Além disso, continuam os efeitos das fortes chuvas e inundações de outono no norte da França. Em PAS de Calais, entre um terço e a metade das unidades produtoras de leite enfrentam as consequências maiores ou menores na qualidade e quantidade de leite produzido. Esses eventos, também impactaram nos estoques de forragens e muitas pradarias ficaram inexploradas. Sem esquecer de sublinhar os impactos psicológicos e financeiros sobre os produtores de leite.

Fonte: Idele – Tradução livre: www.terraviva.com.br


Preços globais de lácteos devem reagir em 2024, acredita Embrapa

Lácteos - Depois de amargar mais um ano de queda de rentabilidade devido à grande oferta de lácteos no Brasil, com o aumento das importações, e à conjuntura internacional desfavorável que derrubou os preços globais, o setor produtivo de leite brasileiro pode começar a enxergar o fim da crise cada vez mais próxima e a considerar um cenário de mercado mais equilibrado em 2024.

A aposta de especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é que as cotações do produto vão reagir no mercado mundial neste ano e as compras externas do Brasil devem ser mais comedidas no período. O desafio, apontam os pesquisadores, é incentivar o aumento do consumo no país.

Mudanças no cenário internacional sustentam as projeções da estatal. Em 2023, a geopolítica não colaborou. As guerras em curso na Ucrânia e no Oriente Médio, inflação mundial e juros altos influenciaram na queda dos preços globais dos lácteos. Na China, maior comprador do produto, as importações recuaram 30% nos primeiros meses do ano passado.

Em agosto de 2023, o índice médio dos preços no leilão plataforma Global Dairy Trade (GDT) recuou 7,4%, para US$ 2,8 mil a tonelada, menor patamar desde junho de 2020. Leite UHT e leite em pó integral tiveram quedas de 4% e 7%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2022. (Globo Rural via Valor Economico)

 

RECUPERAÇÃO | PIÁ COMEÇA 2024 COM PRODUTOS SENDO VENDIDOS EM MAIS DE 50% DO TERRITÓRIO GAÚCHO

Conforme a cooperativa Piá, o número é resultado dos esforços de retorno às gôndolas dos mercados gaúchos da nova gestão

A Piá começa 2024 com produtos sendo vendidos em mais de 50% das cidades do Rio Grande do Sul.
O número, conforme a cooperativa, é resultado dos esforços de retorno às gôndolas dos mercados gaúchos da nova gestão, que assumiu a empresa no início do segundo semestre de 2023.

Em 2023, 167 produtores retomaram as entregas de leite à cooperativa, que hoje produz uma média diária de 70 mil litros de leite. “Para recuperar a confiança dos associados, foram feitas diversas reuniões com o objetivo de apresentar, de forma transparente, a situação em que a Cooperativa se encontrava e as perspectivas para a sua recuperação”, explica o presidente, Jorge Vilson Dinnebier.

Nos supermercados, é possível encontrar desde leite UHT até produtos tradicionais como requeijão, nata, iogurtes, doce de leite e doce de frutas.

Meta para 2024
A estratégia para este ano, segundo a Cooperativa, consiste em buscar por mais produtores e, consequentemente, aumentar a produção de leite, focando em produtos de valor agregado, com margem de contribuição mais significativa para a Piá e seus associados. Essa expansão visa ainda retornar a mais mercados.

Conforme a cooperativa Piá, o número é resultado dos esforços de retorno às gôndolas dos mercados gaúchos da nova gestão. (Agencia GBC, Agencia GBC, Agencia GBC VIA Edairy News)


Jogo Rápido

Associado Sindilat/RS têm 10% de desconto no 16º Fórum MilkPoint Mercado
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. O evento tem como tema "O que pode guiar a recuperação do mercado de lácteos em 2024". No site www.forummilkpointmercado.com.br, os ingressos estão disponíveis em três lotes. O evento acontecerá em Campinas (SP) no dia 20 de março. A programação, que pode ser conferida abaixo, está dividida em quatro blocos temáticos: Os Cenários de Mercado; Competitividade da Produção de Leite: onde estamos?; O que há de novo nas relações entre indústrias e produtores de leite? e Novas ferramentas no Supply Chain de leite. Como conteúdo extra, disponível on-line exclusivamente para inscritos, debates sobre: Como começa a economia brasileira em 2024 e quais as perspectivas para o restante do ano? e Cenários para os mercados de soja e milho. (SINDILAT/RS)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.072


Remanejo de recursos do Plano Safra traz alívio parcial ao setor do leite

Ministério da Fazenda liberou R$ 707 milhões para linha de crédito emergencial voltada a cooperativas

Sufocado por uma crise histórica que se acentuou em 2023, o setor de leite começou 2024 com sinalizações que podem dar fôlego à cadeia produtiva. Trata-se de um remanejo de R$ 707 milhões do Plano Safra 2023/2024, anunciado pelo Ministério da Fazenda, para encorpar linha de crédito emergencial de capital de giro voltada a cooperativas de produtores de leite. 

Apesar de aguardado, o recurso não é suficiente. Na avaliação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), que representa o setor primário do Estado, a medida pode trazer apenas "alívio parcial" no bolso do produtor. 

À coluna, o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, reconheceu a medida como "importante", mas ponderou que estaria "longe de resolver o problema":

— É uma linha já existente. O que está sendo feito de diferente é colocar mais crédito no Procap. Isso vai ajudar as cooperativas, mas não sabemos se vai reverter em aumento no preço pago pelo leite ao produtor.

Em nome das indústrias gaúchas do setor, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) manifestou posicionamento similar. Em nota, reconheceu ser positiva a iniciativa, mas reivindicou que "o benefício se estenda também para as demais empresas que não operam em sistema cooperativo, uma vez que também foram prejudicadas pela entrada de grandes volumes de leite importado, principalmente do Mercosul".

Em alta pelo terceiro mês consecutivo, as importações brasileiras de derivados lácteos fecharam dezembro com o maior volume desde setembro de 2016, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). No acumulado de 2023, as compras bateram recorde da série histórica da Secex, somando 2,25 bilhões de litros em equivalente leite. O aumento é de 68,8% em relação a 2022. O principal derivado lácteo adquirido pelo Brasil no ano passado foi o leite em pó.

Ainda conforme o Sindilat-RS, atualmente, mais da metade do leite captado no Brasil é vendido para empresas privadas não cooperativas.

Chamada de Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro Giro) Faixa 2, a linha busca socorrer os produtores afetados pelo baixo preço do leite. Até 30 de junho, eles poderão contrair empréstimos de 8% ao ano e 60 parcelas, com carência de 24 meses para o pagamento da primeira.

O capital de giro às cooperativas fazia parte de uma série de demandas do setor produtivo para amenizar a crise da atividade. No entanto, para Zanetti, as importações são o que mais preocupam a viabilidade da cadeia produtiva.

Preocupada com esse cenário, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da qual a Fetag-RS faz parte, realizou uma reunião nos últimos dias. Nela, ficou acordado que será solicitado uma agenda com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para que seja revisto o acordo com o Mercosul de importações e que haja um subsídio por parte do governo federal na produção de leite brasileira.

A criação da linha de crédito pelo Ministério da Fazenda foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em dezembro. Duas instituições financeiras, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil, vão operar os financiamentos. O BNDES terá R$ 507,485 milhões para emprestar e o Banco do Brasil, R$ 200 milhões. (GZH)


Secretaria da Agricultura está com inscrições abertas para Mestrado em Saúde Animal

As inscrições para o processo seletivo da próxima turma de mestrado do Programa de Pós-graduação em Saúde Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) estão abertas e vão até 9 de fevereiro. São oferecidas 13 vagas, divididas em 13 áreas de atuação. O início das aulas será em abril, em data a ser definida.

As inscrições, gratuitas, podem ser feitas neste link. O processo seletivo será composto por entrevista técnica, e o resultado final deve ser divulgado até 20 de março de 2024.

O curso é gratuito, ministrado no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul, vinculado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Seapi. Todos os detalhes do processo seletivo estão dispostos no edital de seleção PPGSA 2024.

O Mestrado em Saúde Animal é direcionado a graduados das áreas de ciências agrárias, biológicas, biomédicas ou ambientais, com o objetivo de capacitar, atualizar e aprimorar esses profissionais em aspectos científicos e tecnológicos da área de saúde de animais de produção, focando nas demandas das principais cadeias produtivas da pecuária gaúcha. Para isso, os mestrandos poderão contar com a estrutura e a experiência do IPVDF, há mais de 70 anos uma referência mundial em pesquisa e diagnóstico, além de ser laboratório oficial do governo do Estado para os programas de defesa sanitária animal.

Mais informações disponíveis na página do Programa: www.agricultura.rs.gov.br/ppgsa

Calendário
Inscrições:  2 de janeiro a 9 de fevereiro de 2024
Divulgação das inscrições homologadas e horários das entrevistas (por e-mail): até 23 de fevereiro de 2024
Período de entrevistas (processo seletivo): de 26 de fevereiro a 08 de março de 2024
Divulgação do resultado: até 18 de março de 2024
Prazo para recursos: até 24 horas após a divulgação do resultado
Divulgação final dos selecionados: até 20 de março de 2024
Matrícula: 21 a 28 de março de 2024
Início das aulas: Abril de 2024 (data a definir)

As informações são da SEAPI

Leite/Europa 

A produção de leite na Europa Ocidental começou o ano com a expectativa de crescimento sazonal. Fontes da indústria alemã relataram que a produção na primeira semana do ano aumentou 1,3% em relação à última semana de 2023. 

No entanto, em comparação com o ano anterior, a produção de leite na primeira semana de janeiro foi 1,4% menor na Alemanha, e 1,8% na França. Além disso, Alemanha, Holanda e França relataram queda na produção de leite nos meses de outubro e novembro de 2023 em comparação com os mesmos meses de 2022, sugerindo que houve uma desaceleração da produção de leite no final do ano. De acordo com o site CLAL, a produção de leite na União Europeia (UE) no mês de novembro de 2023 foi estimada em 10.924.000 toneladas, com queda de 2,3% na comparação interanual. No acumulado do ano, até novembro, a produção esperada é de 133.235.000 toneladas, com aumento de 0,1% em relação a janeiro-novembro de 2022. Entre os principais países produtores da Europa Ocidental, as produções e variações percentuais foram: Alemanha, 29.773.000 toneladas (+1,7%); França, 21.444.000 toneladas (-2,9%); e Holanda, 12.750.000 toneladas (+1,2%). A projeção da produção de leite de vaca em novembro de 2023, no Reino Unido, é de 1.197.600 toneladas, queda de 2,5% em relação a novembro de 2022. No acumulado do ano, janeiro a novembro de 2023, a captação esperada é de 14.059.000 toneladas, 0,1% a mais em relação ao mesmo período de 2022.

Os protestos dos agricultores pelo aumento dos impostos e o corte de subsídios governamentais complicaram a logística de transporte na Alemanha na última semana, provocando enormes engarrafamentos. O governo alemão luta para encontrar uma solução, enquanto trabalha para equilibrar o orçamento federal.   

Preliminarmente a produção de leite de novembro de 2023 sugere a continuidade da tendência de alta, em alguns países do Leste Europeu, e outros relataram declínio. De acordo com o site CLAL, os dados disponibilidades indicam que de janeiro a novembro de 2023 a produção e variação percentual em relação ao mesmo período de 2022 são: Polônia, 11.906.000 toneladas, (+1,6%); República Checa, 2.955.000 toneladas (+1,5%); e Hungria, 1.503.000 toneladas, (-3,8%). Embora a produção de leite na Hungria tenha ficado, sistematicamente abaixo, na comparação interanual, em todos os meses do ano, as produções da Polônia e República Checa, ao contrário, mostraram alta interanual consistente no ano todo. Informações online relatam que em novembro a produção de leite na Ucrânia foi de 500.000 toneladas, queda em relação às 565.000 toneladas de novembro de 2022, e de 625.000 toneladas em novembro de 2021. A indústria de laticínios ucraniana está diante de pressões econômicas, incluindo perdas de terras produtivas, de mercado e capacidade de processamento, desde que foi iniciado o conflito com a Rússia, dois anos atrás.  


Jogo Rápido

EUA - Aumentam as vendas de leite integral e sem lactose e cai as de alternativas vegetais
Vendas/EUA - De acordo com dados da Circana, divulgados pela Federação Nacional dos Produtores de Leite (NMPF), as vendas de leite integral no varejo atingiram 8 milhões de galões, em 2023, o que representou aumento de 0,6%, em relação ao ano anterior, enquanto as vendas de leite sem lactose cresceram 6,7% na mesma comparação.  Alan Bjerga, vice-presidente de comunicações e relações com a indústria da NMPF, disse que 2024 deverá ser um ano promissor para os leites integral e sem lactose. “Como, de um modo geral, as vendas de leite fluido declinaram, o leite integral agora corresponde a 45,4% do volume total de leite fluido vendido, tornando-se o segmento mais popular”, disse ele, acrescentando que o leite sem lactose, em particular, ultrapassou o volume das vendas de alternativas vegetais, como  as bebidas de amêndoa que diminuíram 9,8% em 2023, de acordo com a mesma pesquisa. “A redução das vendas das bebidas de amêndoas reflete o comportamento das alternativas vegetais, que registram o segundo ano consecutivo de queda nas vendas. Os consumidores rejeitam o que consideram alegações enganosas de que as bebidas vegetais são substitutos reais aos laticinios”, afirmou.  As vendas de alternativas vegetais caíram 6,6%, o que representou 337,7 milhões de galões em 2023. Este também foi o menor nível de consumo de alternativas vegetais, desde 2019, de acordo com a NMPF. “Em um momento de desafios para a indústria, o que o desempenho dos leites integral e sem lactose pode nos dizer? Mostra que, apesar de toda proliferação de alternativas, os consumidores preferem leite mais parecido com leite, em sabor e composição. Eles também gostam de leite acessível com todos os seus benefícios. Qualidade e diversidade são construções promissoras para um futuro próximo. Isso é o que os lácteos podem oferecer, e este ano, o que os consumidores estão escolhendo pode orientar melhor as políticas federais”, acrescentou Bjerga. De acordo com a Mintel, alternativas de amêndoas são as mais consumidas nos Estados Unidos da América (EUA), e 2 de 5 consumidores a adquiriram em 2023. A participação das bebidas de aveia, coco e soja foi idêntica, entre 15 e 20% dos consumidores, em 2023. A Mintel relata que 2 em cada 5 pessoas com mais de 55 anos têm a percepção de que as bebidas vegetais são mais nutritivas, e apenas 1 em cada 5 considera que o leite é mais rico, embora dois terços dos consumidores mais velhos bebam lácteos por estarem mais habituados a eles. “As marcas de laticínios têm a oportunidade de capitalizar a lealdade extrema da Geração X e reafirmá-la, impulsionando a forma como seus produtos comercializam os benefícios do leite para a saúde”, diz a Mintel.  (Fonte: Mintel - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)


 
 

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Porto Alegre, 23 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.071


SINDILAT/RS: NOTA OFICIAL

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) avalia como positiva a iniciativa do Governo Federal, anunciada nesta segunda-feira (22/01), de disponibilizar no Plano Safra 2023/24 uma linha de crédito para cooperativas de produtores de leite. 

Reivindica, no entanto, que o benefício se estenda para as demais empresas que não operam em sistema cooperativo, uma vez que também foram prejudicadas pela entrada de grandes volumes de leite importado, principalmente do Mercosul. Atualmente, mais da metade do leite captado no Brasil é vendido para empresas privadas não cooperativas. Portanto, para que todos os produtores sejam beneficiados com igualdade, é essencial que as medidas sejam estendidas a todas as indústrias.  

O Sindilat vem pleiteando políticas públicas efetivas de fomento à cadeia nacional láctea. Entende que a medida da União atenua o quadro de crise, mas não resolve definitivamente a questão. A solução passa pelo ganho de competitividade efetivo a todos e por ações de longo prazo que garantam a produtores e indústrias autonomia para competir no mercado interno e externo em igualdade de condições. (SINDILAT/RS)


CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITE DO ESTADO DO PARANÁ – CONSELEITE–PARANÁ RESOLUÇÃO Nº 01/2024

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 23 de Janeiro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de
referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de 
contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2024 é de R$ 4,2684/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite  conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o  cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O  simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. 

Exportações argentinas de lácteos aumentaram 5% em 2023

As exportações de lácteos da Argentina geraram um negócio de US$ 1.117.560.000 em 2023, com um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior.

Exportações de lácteos da Argentina

No complexo lácteo, 38% dos embarques para o exterior corresponderam a lotes de Leite em pó Integral, com 111.000 toneladas exportadas entre janeiro e dezembro de 2023. Embora esse número tenha registrado um aumento de 10% em dezembro do ano passado, estimulado pela suspensão temporária das retenções de lácteos, o resultado acumulado do ano passado apresentou uma queda de 28% em relação a 2022.

Em segundo lugar destacaram-se as vendas externas de muçarela, com 46 mil toneladas por ano. Em dezembro, o crescimento das exportações foi de 47%, enquanto em 2023, esse item apresentou um aumento de 5%. Da mesma forma, foram registradas quedas significativas na manteiga, no queijo tipo Gouda e no queijo Rayado.

As informações são do Infortambo, traduzidas pela Equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Leite/América do Sul
A CONAB no Brasil e o relatório WASDE do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA), reduziram as estimativas da produtividade da soja brasileira e da 2ª safra de milho, devido ao mau tempo provocado pelo fenômeno El Niño.  Em algumas áreas, o excesso de chuvas atrasou o crescimento, enquanto que em outras o calor e a seca desempenharam esse papel. As estimativas da produção de milho no Paraguai e na Argentina aumentaram, beneficiadas que foram, pelas chuvas adequadas de primavera. Contatos do Cone Sul dizem que a tendência de baixa da produção de leite só deverá ocorrer nos meses mais quentes do verão. O registro do leite varia de país para país, mas, os custos operacionais, especialmente os preços da alimentação animal, estão aumentando continuamente, em todo o continente. Um pedido argelino de leite em pó agitou os mercados da região no início do ano. As cotações do leite em pó integral (WMP) e do leite em pós desnatado (SMP) tiveram um impulso. No entanto, existe uma preocupação sobre a tendência dos preços no médio e longo prazo, uma vez que o Brasil continua aumentando sua capacidade de produção e processamento de leite. Os exportadores dos países vizinhos questionam o quanto a expansão interna de leite no Brasil poderá inibir as necessidades potenciais de compra. Além disso, está havendo uma atenção sobre a finalização do tratado de livre comércio UE-Mercosul, que deveria ter sido assinado até o final de 2023. Mas, até o momento, não existe prazo definido para a próxima rodada de negociações.  Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva