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Porto Alegre, 20 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.151

 

  Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 19 de Novembro de 2015 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Outubro de 2015 e a projeção dos preços de referência para o mês de Novembro de 2015. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite - Santa Catarina. (FAESC)
 
 
Ministério da Agricultura divulga programa Leite Saudável no RS
              
O Ministério da Agricultura (MAPA) realizou nesta quinta-feira (19/11), em Porto Alegre, um encontro para promover e esclarecer dúvidas sobre o Programa Leite Saudável, lançado pelo governo federal no final de setembro. A iniciativa busca elevar a qualidade do produto nacional, uma vez que o Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite. Representando o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Fabiane de Oliveira, acompanhou o encontro. Nesta semana, os técnicos do MAPA também realizaram encontro no Interior do Estado divulgando o projeto.

Sobre o cenário nacional, deu-se destaque para o fato de que a produção do leite segue em alta. Ao mesmo tempo, a produtividade média continua baixa. Os representantes do Ministério destacaram que o objetivo do programa, além da melhoria do produto, é ampliar a produtividade e a competitividade por meio do desenvolvimento da assistência técnica, melhoramento genético e boas práticas agropecuárias. Ao mesmo tempo, o Programa Leite Saudável busca promover o aumento da renda e a ascensão social dos produtores rurais. O público alvo são 80 mil produtores de leite dos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul.

Basicamente, para ampliar a competitividade do setor lácteo ficaram definidos sete eixos principais. São eles: a ampliação da assistência técnica gerencial; melhoramento genético; política agrícola; sanidade animal; qualidade do leite; a definição de um marco regulatório e a ampliação de mercados. O investimento total para o Leite Saudável é de R$ 386, 9 milhões. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Cálculo eleva PIB gaúcho para 8,2% em 2013

Agora é oficial. A nova metodologia de aferição dos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do País, divulgada em março deste ano pelo IBGE, está valendo. O modelo utilizado para incorporar as mudanças passa a utilizar como referência o ano de 2010 para a consolidação de uma nova série histórica. Um dos objetivos é unificar os sistemas para abarcar de forma mais abrangente as diferentes realidades econômicas regionais.

Pelo novo cálculo, o PIB gaúcho de 2013 apresentou o maior crescimento entre os estados brasileiros. A variação de 8,2% supera o desempenho da economia nacional que registrou alta de 3% no mesmo período. Em valores nominais, o PIB atingiu a cifra de R$ 331,095 bilhões, em 2013.

O dado expressivo, entretanto, é fruto de uma retomada da normalidade no agronegócio, tendo em vista que, em 2012, o Estado havia registrado crescimento negativo em função da estiagem. Antes da revisão, o Rio Grande do Sul já ostentava o melhor desempenho de 2013 (5,8%). Isso porque, no ano imediatamente anterior, o fator climático reduziu a safra de grãos e, por consequência, limitou a expansão da economia gaúcha. Deste modo, o maior impacto no desempenho medido em 2013 veio da agricultura, que cresceu 79,3% sobre 2012.

Além disso, a indústria de transformação cresceu 7,3% no período, puxada pela produção automotiva e de máquinas e equipamentos. Também houve incremento no comércio (7,0%) e na construção civil (6%). A divulgação dos resultados foi feita pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). Ao mesmo tempo, as demais instituições estaduais, sob a coordenação do IBGE, também apresentaram as contas regionais oficiais de 2013 e a revisão dos dados de 2010 a 2012. A partir das novas referências, o crescimento do PIB gaúcho, em 2011, foi de 4,4%, enquanto a economia brasileira cresceu 3,9%. Já em 2012, a economia gaúcha recuou 2,1%, influenciada pelo desempenho da agricultura (-43,3%) e da indústria de transformação (-5,4%). O PIB do Brasil cresceu 1,9% naquele ano.

Na comparação entre as 27 economias regionais, é possível constatar que o Rio Grande do Sul diminuiu a sua participação na composição do PIB nacional, que chegou a R$ 5,3 trilhões depois da revisão dos valores. A fatia gaúcha passou de 6,7%, pelo método antigo, para 6,21% no atual. Por isso, em 2013, o Estado perdeu a quarta posição no ranking para o Paraná. As primeiras posições continuam ocupadas por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Neste contexto, entre 2012 e 2013, Rio de Janeiro ( 0,78%), São Paulo ( 0,23%) e Goiás ( 0,16%) ganharam relevância na composição do PIB nacional. Rio Grande do Sul (-0,49%), Minas Gerais (-0,28) e Distrito Federal (-0,27) reduziram suas participações no período.

Entre os fatores determinantes, o coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto Rocha, destaca o aumento da participação de outras unidades federativas na agropecuária. Além disso, Rocha explica que, antes, não havia uma matriz regional de produção e custos agropecuários. O cálculo era feito com base na repartição dos valores em estados de referência, feito a partir do Censo Agropecuário de 2006. Agora, cada unidade da Federação passa a ter a sua própria matriz de aferição de resultados. Da mesma forma, em empresas que possuem sedes administrativas separadas da operação industrial, o valor adicionado (VAB) passa a ser computado para o local onde existe a sede. Isso gera alterações significativas. No caso da Petrobras, por exemplo, uma parcela era incorporada nos estados. Agora, o desempenho da empresa será alocado no Rio de Janeiro. Isso, segundo o pesquisador, não afeta o peso da indústria naval gaúcha, prestadora de serviços para a estatal, mas provoca certa influência na participação gerada pelas refinarias de petróleo.

Outra mudança implicou no recenseamento das fornecedoras de energia com o objetivos de delimitar com precisão onde os valores seriam contabilizados. A definição passou a considerar a localização das casas de força, o que alterou o cálculo relativo à participação das usinas em alguns estados. (Jornal do Comércio)

 
Aumento na oferta de leite impõe novas quedas no mercado global

Os preços internacionais do leite em pó no leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) devolveram, desde meados de outubro, boa parte dos ganhos registrados nos quatro pregões anteriores. No último leilão quinzenal, realizado na terça-feira, as cotações do leite em pó integral caíram 11% para US$ 2.148 por tonelada. Já as cotações do leite em pó desnatado tiveram queda de 8,1%, recuando para US$ 1.851 por tonelada. No leilão do dia 6 de outubro, o leite integral tinha alcançado um valor médio de US$ 2.824 por tonelada, enquanto o leite em pó desnatado chegara a US$ 2.267, conforme dados divulgados pela plataforma. Os preços negociados nesses leilões são referência para o mercado internacional de lácteos.

A redução da oferta nos leilões anunciada pela neozelandesa Fonterra, maior exportadora de lácteos do mundo, fez os preços se recuperarem nos pregões a partir de agosto, depois de terem atingido baixas históricas. A empresa diminuiu os volumes oferecidos no leilão, mas vendeu no mercado. O efeito da estratégia, porém, perdeu força nos últimos leilões. Segundo Valter Galan, analista da MilkPoint, consultoria especializada em lácteos, "os fundamentos do mercado não mudaram" em relação ao período de alta. Assim, as quedas dos últimos três pregões parecem ter sido um ajuste após altas fortes, que tiveram "características de especulação". Ele observa que a produção de leite continua em alta nos Estados Unidos e também na Europa, onde o fim do regime de cotas estimula esse cenário. Já na Nova Zelândia, a produção acumula queda de 3% na safra (de junho até setembro). Mas esse recuo não é suficiente para compensar os aumentos na produção pois o principal importador mundial de lácteos, a China, continua fora do mercado, explica. 

Outro fator baixista são os estoques elevados de leite em pó desnatado na Europa e nos Estados Unidos, segundo Galan. Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria, também avalia que o período de aumento na oferta de leite no mercado internacional explica a redução dos preços. "Houve um ajuste com a redução da oferta pela Fonterra, mas a demanda continua fraca. [A diminuição] Não foi suficiente para sustentar a cotações internacionais", diz. O quadro também é de cotações pressionadas ao produtor no mercado brasileiro. A razão é que após um atraso na entrada da safra de leite de Minas Gerais e Goiás, por conta do clima seco, os volumes começaram a crescer. A demanda também está fraca. Segundo dados da Kantar, citados por Galan, de janeiro a setembro o consumo de leite longa vida caiu 4% na comparação com igual período de 2014. (Valor Econômico)

 
 
 
No radar
O RIO GRANDE do Sul perdeu para o Paraná o posto de quarta maior economia do Brasil apontou IBGE. Mas, no campo o Estado vai melhor. Olhando as atividades de maneira isolada, o RS é o segundo mais importante do país na pecuária, ficando atrás apenas de Minas Gerais. Na agricultura, é terceiro, depois de Paraná e São Paulo. (Zero Hora)

 

    

         

Porto Alegre, 19 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.150

 

  Contrabando causa perda de R$ 100 bilhões 

A economia subterrânea no Brasil, estimada pela Fundação Getúlio Vargas em mais de R$ 800 bilhões, seria hoje o 17º maior PIB do mundo. A diferença é que não produz quase nada, a não ser prejuízo ao consumidor, ao Fisco e à concorrência. É movimentada por contrabandistas, fabricantes de produtos piratas e um personagem menos combatido até agora: o devedor contumaz, que cria uma empresa para ganhar dinheiro sem qualquer preocupação com as leis e o pagamento de tributos. O contrabando gera perdas de R$ 100 bilhões ao ano. A pirataria pela internet teria movimentado no ano passado mais de R$ 800 milhões, de acordo com o Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP). Aparelhos eletrônicos, cigarros, bebidas, roupas e calçados, combustíveis e remédios lideram todos os rankings de comércio ilegal. O problema não é só brasileiro. 

A produção e o comércio internacionais de mercadorias falsificadas rendem cerca de US$ 250 bilhões ao ano. Os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam apenas uma parte do problema. Só a comercialização mundial de remédios falsificados, de acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), rende entre US$ 75 bilhões a US$ 200 bilhões. O Brasil não fica atrás. Dezenove por cento dos medicamentos vendidos no país são ilegais. Eles dividem com têxteis e suprimentos de impressão o bolo de R$ 26,6 bilhões de perdas. A sonegação de tributos provocada pelo contrabando e pela pirataria chega a R$ 27 bilhões por ano. O comércio ilegal de gasolina, óleo diesel e outros derivados de petróleo representa sozinho perdas de R$ 2,6 bilhões aos cofres públicos. A rota mais comum da ilegalidade passa pelas estradas. O Brasil tem quase 17 mil quilômetros de fronteira com outros dez países na América do Sul. É por aí que passa o contrabando, além de armas e drogas. 

O lançamento, em 2011, do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), da Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (ENAFRON), com o objetivo de integrar as ações dos órgãos de segurança federais, estaduais, municipais e também dos países vizinhos, reforçou o orçamento da fiscalização das Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal para inibir a ilegalidade. O relatório de gestão da PRF de 2014 indica que os investimentos atingiram R$ 34,4 milhões. Outros R$ 36,6 milhões foram aplicados em cursos de aperfeiçoamento e capacitação. Os resultados apontam para a fiscalização de 3,2 milhões de veículos e de 5,2 milhões de pessoas, com 3.882 prisões em flagrante. Além de drogas e armas, foram apreendidos 3,1 milhões de pacotes de cigarros, 212 mil unidades de medicamentos, 206,8 mil eletrônicos e 3,08 milhões de outros produtos de contrabando. As apreensões de maconha e cocaína cresceram 46% e 23% em relação a 2013.

Dados do balanço das 1.200 operações da Associação Brasileira de Combate ao Contrabando (ABCF) informam que a quantidade de produtos contrabandeados apreendidos cresceu 34% em 2014. O fato ruim é que não representam nem 10% das mercadorias contrabandeadas. "A ilegalidade não pode continuar sendo vista como um mal menor. Impostos elevados, fiscalização ineficiente e uma certa aceitação da população, que tem uma visão romântica do comércio ilegal, tornam o quadro dramático", diz Edson Vismona, presidente-¬executivo do Fórum Nacional Contra a Pirataria. (Valor Econômico)

 

 
 
Expectativa de exportação para a China anima laticínios brasileiros
O Brasil defende a liberação de unidades exportadoras de lácteos para a China. Foi o que afirmou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que participou nesta semana de reuniões com autoridades e empresários chineses. A ministra confirmou pela sua conta no Twitter sua intenção de enviar uma lista de empresas a serem liberadas, embora não informasse prazo para que as informações fossem passadas.

A notícia anima a Viva Lácteos, associação que representa as principais indústrias do setor, que representa 70% da produção e 95% da exportação. O diretor executivo da entidade, Marcelo Martins, acredita que a lista das primeiras habilitações deve ser enviada pelo governo brasileiro no início do ano que vem. Pondera, entretanto, que a documentação com os requisitos sanitários adotados pelos chineses chegou recentemente e as empresas ainda estão em fase de adaptação.

O executivo evita projetar um número de unidades industriais que poderiam ser liberadas. Pelo menos por enquanto, admite a expectativa de que sejam pelo menos as 26 que exportam para o mercado russo. "Não teria porque isso não ocorrer. Há todo um trabalho sendo feito pelas empresas para atender à demanda", ressalta Martins a respeito da resposta a ser dada pelo setor privado aos governos do Brasil e da China.

Ele explica que o processo de liberação não depende de inspeção sanitária in loco das autoridades chinesas. À medida que as empresas exportadoras informarem sobre a adequação às normas, o Ministério da Agricultura do Brasil fará as chamadas visitas de habilitação e, em seguida, enviará a lista para o governo chinês. O executivo acredita que, confirmadas as expectativas, os embarques de lácteos para a China devem começar ainda no primeiro semestre do ano que vem.

"O Brasil exportou pequenas quantidades para a China até 2008. De lá para cá, mais nada. Como ficou todo esse tempo sem exportar, foi necessário reconstruir o processo de inspeção e habilitação. A China é um mercado potencialmente interessante ao menos para os próximos dez anos e dentro de uma estratégia de diversificação de fornecedores, enxerga o Brasil", conta Martins.

De acordo com a Viva Lácetos, baseada em dados de organismos internacionais, de 2004 para 2014, as importações de lácteos da China passaram de 160,4 mil para 1,089 milhão de toneladas. É um mercado que consome o equivalente a US$ 5 bilhões anuais. O país asiático respondeu no ano passado por 21% das compras globais de leite em pó (945 mil toneladas somando integral e desnatado), 9% das de manteiga (80 mil toneladas) e 3% das de queijos (64 mil toneladas). Até 2024, a demanda por esses produtos deve crescer 53,12%, 93% e 126%, respectivamente.

A maior migração populacional do campo para a cidade e o fim da política de um filho por casal, anunciada recentemente pelo governo chinês, são fatores que trazem a expectativa de maior demanda. O consumo médio per capita é estimado em 40 litros de lácteos por habitante ao ano, bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, em torno de 200 litros. "O consumidor chinês não confia muito nos lácteos do país, o que favorece a importação", acrescenta Marcelo Martins, lembrando dos casos de leite contaminado ocorridos entre 2008 e 2010 e que tiveram repercussão internacional.

Do lado brasileiro, de 2008 a 2014, o faturamento médio com as exportações de lácteos foi de US$ 223,57 milhões, de acordo com dados da Viva Lácteos. Os principais destinos são Venezuela, Arábia Saudita, Angola, Emirados Árabes e Trinidad e Tobago.

Mais carnes
O otimismo em relação à presença de lácteos brasileiros no mercado chinês, inclusive do próprio governo, foi reforçado depois da habilitação de sete novos frigoríficos para vender carnes ao país asiático, anunciada nesta terça-feira (17/11). São três de carne bovina, dois de suína e outros dois de frango. A expectativa do Ministério da Agricultura é de que cada unidade venda entre US$ 18 milhões e US$ 20 milhões anuais.

De acordo como Ministério, uma planta esperava habilitação desde 2012 e as outras foram inspecionadas em junho passado. Em contrapartida, o Brasil vai liberar o mercado brasileiro para 18 estabelecimentos chineses que exportam pescados e outros dois que exportam tripas.
"Sabemos que geralmente as relações comerciais são de frieza e pragmatismo, mas acredito em laços de amizade e confiança para termos um relacionamento duradouro", disse Kátia Abreu, de acordo com nota divulgada pelo Ministério. (Globo Rural)

Alta dos preços dos lácteos no atacado na primeira quinzena de novembro

No atacado, considerando a média de todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria, os preços dos lácteos subiram 0,5% na primeira quinzena de novembro em relação à segunda metade de outubro.

O leite longa vida seguiu trajetória de alta e teve valorização de 0,5%. O produto está cotado, em média, em R$2,13 na média de São Paulo, Minas e Goiás. Embora pouco expressiva, a alta dos preços reflete o crescimento da produção abaixo do esperado, em função do clima adverso e aumento dos custos de produção. Com isso, os estoques estão ligeiramente mais ajustados nas indústrias.

O leite em pó também subiu e ficou cotado, em média, em R$13,95 por quilo no atacado, uma alta de 1,0% no período. Com as chuvas mais regulares, a expectativa é de que a produção de leite aumente de forma mais expressiva daqui para frente, o que deve aumentar a pressão de baixa no mercado interno. (Scot Consultoria)
 

BNDES destina recursos ao RS
O BNDES destinará R$ 25 milhões a empreendimentos da agricultura familiar no Rio Grande do Sul nas áreas de logística, beneficiamento e adoção de novas tecnologias. Os recursos serão repassados ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais, administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo. (Correio do Povo)

 


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Porto Alegre, 19 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.150

 

  Contrabando causa perda de R$ 100 bilhões 

A economia subterrânea no Brasil, estimada pela Fundação Getúlio Vargas em mais de R$ 800 bilhões, seria hoje o 17º maior PIB do mundo. A diferença é que não produz quase nada, a não ser prejuízo ao consumidor, ao Fisco e à concorrência. É movimentada por contrabandistas, fabricantes de produtos piratas e um personagem menos combatido até agora: o devedor contumaz, que cria uma empresa para ganhar dinheiro sem qualquer preocupação com as leis e o pagamento de tributos. O contrabando gera perdas de R$ 100 bilhões ao ano. A pirataria pela internet teria movimentado no ano passado mais de R$ 800 milhões, de acordo com o Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP). Aparelhos eletrônicos, cigarros, bebidas, roupas e calçados, combustíveis e remédios lideram todos os rankings de comércio ilegal. O problema não é só brasileiro. 

A produção e o comércio internacionais de mercadorias falsificadas rendem cerca de US$ 250 bilhões ao ano. Os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam apenas uma parte do problema. Só a comercialização mundial de remédios falsificados, de acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), rende entre US$ 75 bilhões a US$ 200 bilhões. O Brasil não fica atrás. Dezenove por cento dos medicamentos vendidos no país são ilegais. Eles dividem com têxteis e suprimentos de impressão o bolo de R$ 26,6 bilhões de perdas. A sonegação de tributos provocada pelo contrabando e pela pirataria chega a R$ 27 bilhões por ano. O comércio ilegal de gasolina, óleo diesel e outros derivados de petróleo representa sozinho perdas de R$ 2,6 bilhões aos cofres públicos. A rota mais comum da ilegalidade passa pelas estradas. O Brasil tem quase 17 mil quilômetros de fronteira com outros dez países na América do Sul. É por aí que passa o contrabando, além de armas e drogas. 

O lançamento, em 2011, do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), da Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (ENAFRON), com o objetivo de integrar as ações dos órgãos de segurança federais, estaduais, municipais e também dos países vizinhos, reforçou o orçamento da fiscalização das Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal para inibir a ilegalidade. O relatório de gestão da PRF de 2014 indica que os investimentos atingiram R$ 34,4 milhões. Outros R$ 36,6 milhões foram aplicados em cursos de aperfeiçoamento e capacitação. Os resultados apontam para a fiscalização de 3,2 milhões de veículos e de 5,2 milhões de pessoas, com 3.882 prisões em flagrante. Além de drogas e armas, foram apreendidos 3,1 milhões de pacotes de cigarros, 212 mil unidades de medicamentos, 206,8 mil eletrônicos e 3,08 milhões de outros produtos de contrabando. As apreensões de maconha e cocaína cresceram 46% e 23% em relação a 2013.

Dados do balanço das 1.200 operações da Associação Brasileira de Combate ao Contrabando (ABCF) informam que a quantidade de produtos contrabandeados apreendidos cresceu 34% em 2014. O fato ruim é que não representam nem 10% das mercadorias contrabandeadas. "A ilegalidade não pode continuar sendo vista como um mal menor. Impostos elevados, fiscalização ineficiente e uma certa aceitação da população, que tem uma visão romântica do comércio ilegal, tornam o quadro dramático", diz Edson Vismona, presidente-¬executivo do Fórum Nacional Contra a Pirataria. (Valor Econômico)

 

 
 
Expectativa de exportação para a China anima laticínios brasileiros
O Brasil defende a liberação de unidades exportadoras de lácteos para a China. Foi o que afirmou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que participou nesta semana de reuniões com autoridades e empresários chineses. A ministra confirmou pela sua conta no Twitter sua intenção de enviar uma lista de empresas a serem liberadas, embora não informasse prazo para que as informações fossem passadas.

A notícia anima a Viva Lácteos, associação que representa as principais indústrias do setor, que representa 70% da produção e 95% da exportação. O diretor executivo da entidade, Marcelo Martins, acredita que a lista das primeiras habilitações deve ser enviada pelo governo brasileiro no início do ano que vem. Pondera, entretanto, que a documentação com os requisitos sanitários adotados pelos chineses chegou recentemente e as empresas ainda estão em fase de adaptação.

O executivo evita projetar um número de unidades industriais que poderiam ser liberadas. Pelo menos por enquanto, admite a expectativa de que sejam pelo menos as 26 que exportam para o mercado russo. "Não teria porque isso não ocorrer. Há todo um trabalho sendo feito pelas empresas para atender à demanda", ressalta Martins a respeito da resposta a ser dada pelo setor privado aos governos do Brasil e da China.

Ele explica que o processo de liberação não depende de inspeção sanitária in loco das autoridades chinesas. À medida que as empresas exportadoras informarem sobre a adequação às normas, o Ministério da Agricultura do Brasil fará as chamadas visitas de habilitação e, em seguida, enviará a lista para o governo chinês. O executivo acredita que, confirmadas as expectativas, os embarques de lácteos para a China devem começar ainda no primeiro semestre do ano que vem.

"O Brasil exportou pequenas quantidades para a China até 2008. De lá para cá, mais nada. Como ficou todo esse tempo sem exportar, foi necessário reconstruir o processo de inspeção e habilitação. A China é um mercado potencialmente interessante ao menos para os próximos dez anos e dentro de uma estratégia de diversificação de fornecedores, enxerga o Brasil", conta Martins.

De acordo com a Viva Lácetos, baseada em dados de organismos internacionais, de 2004 para 2014, as importações de lácteos da China passaram de 160,4 mil para 1,089 milhão de toneladas. É um mercado que consome o equivalente a US$ 5 bilhões anuais. O país asiático respondeu no ano passado por 21% das compras globais de leite em pó (945 mil toneladas somando integral e desnatado), 9% das de manteiga (80 mil toneladas) e 3% das de queijos (64 mil toneladas). Até 2024, a demanda por esses produtos deve crescer 53,12%, 93% e 126%, respectivamente.

A maior migração populacional do campo para a cidade e o fim da política de um filho por casal, anunciada recentemente pelo governo chinês, são fatores que trazem a expectativa de maior demanda. O consumo médio per capita é estimado em 40 litros de lácteos por habitante ao ano, bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, em torno de 200 litros. "O consumidor chinês não confia muito nos lácteos do país, o que favorece a importação", acrescenta Marcelo Martins, lembrando dos casos de leite contaminado ocorridos entre 2008 e 2010 e que tiveram repercussão internacional.

Do lado brasileiro, de 2008 a 2014, o faturamento médio com as exportações de lácteos foi de US$ 223,57 milhões, de acordo com dados da Viva Lácteos. Os principais destinos são Venezuela, Arábia Saudita, Angola, Emirados Árabes e Trinidad e Tobago.

Mais carnes
O otimismo em relação à presença de lácteos brasileiros no mercado chinês, inclusive do próprio governo, foi reforçado depois da habilitação de sete novos frigoríficos para vender carnes ao país asiático, anunciada nesta terça-feira (17/11). São três de carne bovina, dois de suína e outros dois de frango. A expectativa do Ministério da Agricultura é de que cada unidade venda entre US$ 18 milhões e US$ 20 milhões anuais.

De acordo como Ministério, uma planta esperava habilitação desde 2012 e as outras foram inspecionadas em junho passado. Em contrapartida, o Brasil vai liberar o mercado brasileiro para 18 estabelecimentos chineses que exportam pescados e outros dois que exportam tripas.
"Sabemos que geralmente as relações comerciais são de frieza e pragmatismo, mas acredito em laços de amizade e confiança para termos um relacionamento duradouro", disse Kátia Abreu, de acordo com nota divulgada pelo Ministério. (Globo Rural)

Alta dos preços dos lácteos no atacado na primeira quinzena de novembro

No atacado, considerando a média de todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria, os preços dos lácteos subiram 0,5% na primeira quinzena de novembro em relação à segunda metade de outubro.

O leite longa vida seguiu trajetória de alta e teve valorização de 0,5%. O produto está cotado, em média, em R$2,13 na média de São Paulo, Minas e Goiás. Embora pouco expressiva, a alta dos preços reflete o crescimento da produção abaixo do esperado, em função do clima adverso e aumento dos custos de produção. Com isso, os estoques estão ligeiramente mais ajustados nas indústrias.

O leite em pó também subiu e ficou cotado, em média, em R$13,95 por quilo no atacado, uma alta de 1,0% no período. Com as chuvas mais regulares, a expectativa é de que a produção de leite aumente de forma mais expressiva daqui para frente, o que deve aumentar a pressão de baixa no mercado interno. (Scot Consultoria)
 

BNDES destina recursos ao RS
O BNDES destinará R$ 25 milhões a empreendimentos da agricultura familiar no Rio Grande do Sul nas áreas de logística, beneficiamento e adoção de novas tecnologias. Os recursos serão repassados ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais, administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo. (Correio do Povo)

 


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Porto Alegre, 18 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.149

 

  Lácteos: Boas projeções de negócios na China

A rodada de negócios da missão internacional do Ministério da Agricultura na China, nesta quarta-feira (18/11), indica a projeção de bons negócios para o setor lácteo gaúcho. Liderado pela ministra Kátia Abreu, a comitiva participou em Pequim de evento com integrantes do ministério da Agricultura da China e diversos importadores locais, que estão interessados na aquisição de proteínas brasileiras.

A comitiva conta com a presença da representante do Sindilat e da CCGL, Michele Muccillo Selbach, e o diretor da Lactalis, Guilherme Portella. Segundo Portella, o encontro foi positivo, uma vez que a ministra destacou aos empresários chineses as ações que estão em desenvolvimento no Brasil para qualificar a produção de leite. "Saudamos as iniciativas de melhora da capacitação dos produtores porque aumenta a nossa produtividade e qualidade, além de auxiliar na abertura de novos mercados de exportação, especialmente a China, que é a maior importadora mundial de lácteos", afirmou o diretor da Lactalis.

A presença do Sindilat nesta missão internacional é fundamental, uma vez que, em setembro deste ano, a China abriu pela primeira vez mercado para receber lácteos brasileiros. A projeção do Mapa é que as exportações poderão ter incremento de US$ 45 milhões por ano. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Ministra Kátia Abreu em apresentação aos empresários chineses
Crédito: Guilherme Portella 
 
 
Simpósio discute Bioeconomia em Porto Alegre

Começa nesta quinta-feira (19/11) a 3º edição do Simpósio da Ciência do Agronegócio, que terá como temática a "Bioeconomia". O evento será realizado no Salão de Atos nas dependências da Faculdade de Agronomia, localizada na avenida Bento Gonçalves, 7712, em Porto Alegre. O Simpósio é um evento organizado pelo programa de pós-graduação em Agronegócio, do Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócio (CEPAN), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), com o apoio do Sindicato da Indústria dos Laticínios (Sindilat).

As inscrições poderão ser feitas até o início do evento, que acontecerá às 8h, com o credenciamento. A palestra de abertura trará o tema Bioeconomia: a natureza como limite, sendo ministrada pelo especialista e pós-doutorando do CDS/UNB, Andrei Domingues Cechin. 

Durante o simpósio, que seguirá na sexta-feira (20/11) serão abordados ainda temas como Limites Ecológicos do Crescimento Econômico e Plástico Verde, o sucesso da combinação entre inovação, tecnologia e sustentabilidade. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participará de painel na tarde de sexta-feira, abordando os avanços tecnológicos na produção do leite, além de reforçar a atuação do sindicato no combate a possíveis fraudes. As informações completas do evento poderão ser encontradas no site www.ufrgs.br/cienagro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Mapa promove reuniões no RS para implementar Programa Leite Saudável

Elevar a produtividade média de leite de 7,94 litros por vaca/dia para 16 litros por vaca/dia em 18 mil propriedades rurais de 132 municípios gaúchos. Com essa meta, a ser alcançada até 2019, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promove reuniões para implementação do Programa Leite Saudável no Rio Grande do Sul. Os encontros ocorrerão nesta quarta-feira (18), em Passo Fundo, e na quinta (19), em Porto Alegre.

O governo federal destinou R$ 6 milhões ao RS na primeira fase do programa, de um total de R$ 387 milhões que serão investidos, até 2019, nos cinco principais estados brasileiros produtores de leite (Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina).

Segundo o secretário do Produtor Rural e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha, a reunião vai debater as ações que serão implementadas no RS para executar o programa. Entre elas, a melhoria da renda e da qualidade do leite nas propriedades rurais.

"Vamos apresentar os critérios que foram usados para selecionar os municípios na primeira fase do programa", adiantou Caio Rocha. "Também vamos definir o papel das secretarias de agricultura dos municípios contemplados e dos órgãos de extensão rural para a melhoria do leite."

Caio Rocha afirmou também que será destacada a importância de desenvolver projetos de assistência técnica rural para os laticínios acessarem aos créditos presumidos do PIS/Cofins do programa.

O Mapa tem como parceiro no Programa Leite Saudável o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

A próxima reunião será na segunda-feira (23), no município de Maravilha, em Santa Catarina.

O programa, lançado no dia 29 de setembro deste ano pela ministra Kátia Abreu, visa promover a ascensão social de 80 mil produtores e a melhorar a competitividade do setor lácteo brasileiro.

Os cinco estados que fazem parte do programa representam 72,6% da produção nacional e abrangem 466 municípios.

A iniciativa tem sete eixos: assistência técnica gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercados.

O Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, Índia e China. Em 2014, as exportações de leite superaram os US$ 345 milhões.

Serviço:
Reunião de implementação do Programa Leite Saudável no RS 
Data: 18/11 (quarta-feira)
Horário: 13h30 
Local: Universidade de Passo Fundo (PF) - Auditório da Faculdade de Medicina Veterinária - H1 - Campus I - BR 285 Km 292 - Bairro São José - Passo Fundo - RS

Data: 19/11 (quinta-feira)
Horário: 9h30
Local: Auditório da FEPAGRO - Rua Gonçalves 570 - bairro Menino Deus, Porto Alegre 
(As informações são do Mapa)

Fonterra aumenta previsão de pagamento ao produtor após melhora no desempenho

A cooperativa neozelandesa, Fonterra aumentou sua previsão de pagamento para a estação de 2015/16 devido ao forte desempenho em agosto a setembro. A cooperativa anunciou também que aumentou sua previsão de lucros por ação para entre NZ$ 0,45 e NZ$ 0,55 (US$ 0,29 e US$ 0,35).

Com uma previsão de preço do leite de NZ$ 4,60 (US$ 2,99) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,38 (US$ 0,24) por quilo de leite -, o pagamento total da Fonterra para a estação de 2015/16 atualmente está de NZ$ 5,05 a NZ$ 5,15 (US$ 3,28 a US$ 3,35) por quilo de sólidos do leite - e de NZ$ 0,42 (US$ 0,27) a NZ$ 0,43 (US$ 0,28) por quilo de leite. "Embora esteja difícil nas fazendas devido aos baixos preços globais do leite, os produtores darão as boas vindas aos investimentos no desempenho da Fonterra que está gerando maiores retornos", disse o presidente da Fonterra, John Wilson. 

"O desempenho está bem melhor que no ano passado e estamos alcançando nossas metas em margens brutas, além de gastos operacionais e de capital. Ao mesmo tempo, a aceleração das iniciativas de transformação do negócio está gerando economias de dinheiro. Estamos no caminho e, dessa forma, capazes de aumentar nossas previsões de lucros por ação", completou ele. 

Em setembro, a Fonterra aumentou sua previsão de preço do leite para a estação de 2015/16 em NZ$ 0,75 (US$ 0,48), para NZ$ 4,60 (US$ 2,99) por quilo de sólidos do leite e NZ$ 0,38 (US$ 0,24) por quilo de leite - depois do aumento dos preços globais dos lácteos.

A Fonterra anunciou sua previsão de abertura para o preço do leite para 2015/16, estação que começou em 1 de junho, de NZ$ 5,25 (US$ 3,41) por quilo de sólidos do leite e NZ$ 0,44 (US$ 0,28) por quilo de leite. Em agosto, essa estimativa foi reduzida para NZ$ 3,85 (US$ 2,50) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,32 (US$ 0,20) por quilo de leite]. O aumento de setembro, disse a Fonterra na ocasião, refletiu um aumento nos preços dos lácteos. 

Em 17/11/15 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,65106
1,53596 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) 
(As informações são do Dairy Reporter/Milkpoint)

Receita esclarece PIS/Cofins sobre exportações

A Receita Federal cobrará 4,65% de PIS e Cofins das empresas que recebem pagamento por exportações em moeda estrangeira, mantêm o dinheiro no exterior e registram variação cambial positiva sobre esse montante. O entendimento foi publicado ontem por meio do Ato Declaratório Interpretativo (ADI) nº8.

A redação do ADI, porém, gerou diversas interpretações entre tributaristas. Alguns afirmaram que há a possibilidade de questionamento da cobrança no Judiciário.

Por nota, a Receita respondeu ao Valor que "eventuais receitas de variação cambial averiguadas no momento do recebimento dos valores decorrentes da operação de exportação estão beneficiadas pela redução a zero de que trata o Decreto nº 8.426, de 2015." Somente depois desse momento poderá ser cobrado o PIS e a Cofins.

Ainda por nota, a Receita disse que "a medida não se destina a coibir planejamentos tributários". Mas a esclarecer dúvida reiterada de empresas que recebem pagamentos em moeda estrangeira e os mantêm no exterior.

Para o advogado Sandro dos Reis, do escritório Bichara Advogados, há fundamento para questionar o ADI. "Sendo receitas de exportação, elas permanecem com essa natureza, mesmo após a liquidação do contrato de câmbio", afirmou.

De acordo com o advogado, quando os recursos no exterior são mantidos em conta bancária, sem qualquer remuneração, a receita financeira vinculada à variação cambial ocorrida entre a data do recebimento dos recursos e a da efetiva internação desses valores ao Brasil são abrangidos pela imunidade constitucional conferida às exportações.

Ao se admitir a incidência do PIS/Cofins, segundo Reis, serão oneradas as operações de exportação, ainda que indiretamente. "Só se esses recursos forem aplicados, quando repatriados, ocorrerá a tributação de PIS/Cofins."

O advogado Marcelo Annunziata, do Demarest Advogados, também acredita ser possível contestar a incidência das contribuições. "Considerando que a receita que decorre da exportação é sempre imune pela nossa Constituição Federal, é possível questionar o entendimento do Fisco manifestado nesse ADI", afirmou.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu haver imunidade na variação cambial por seu vínculo com a exportação. Mas a decisão não fala especificamente de valores mantidos lá fora, depois de recebidos.

Já a advogada Thais Meira, do BMA Advogados, disse que a exportação se encerra com o recebimento do preço. "O pagamento encerra o vínculo entre a receita e a operação de exportação. Por isso, o Fisco pode cobrar o PIS/Cofins desse momento em diante, se houver variação cambial", afirmou.

Também para a advogada Ana Utumi, do TozziniFreire, faz sentido a tributação da variação cambial a partir do pagamento pela exportação. A advogada disse que várias empresas têm mantido esse dinheiro no exterior recentemente em razão da flutuação cambial.

"Exportadores que dependem de matéria-prima importada, por exemplo. E há empresas que mantêm o capital no exterior para evitar maior carga tributária sobre o pagamento por corretagem de exportação, como a paga ao banco na operação de câmbio", afirmou Ana. (Valor Econômico)

 
Papelão
As vendas de papelão ondulado aprofundaram o declínio na comparação anual a partir de julho e essa tendência deve se manter até o fim do ano, de acordo com o vice¬-presidente da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), Sergio Ribas. Diante disso, a entidade revisou a projeção para o desempenho no acumulado de 2015 para retração de 3,5%, frente a queda de 2,5% esperada anteriormente. (Fonte: Valor Econômico) 

    

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 17 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.148

 

 Rodada de negócios reunirá cem empresários chineses com setor lácteo gaúcho

A comitiva brasileira que está em missão internacional à China reúne-se amanhã (18/11) com um grupo de cem empresários chineses para prospecção de negócios. Segundo a representante do Sindilat e da CCGL, Michele Muccillo Selbach, que representa o setor lácteo gaúcho, a expectativa é positiva uma vez que o mercado chinês se abriu à produção brasileira recentemente. "Queremos fazer uma abordagem mais específica para o leite", ressaltou ela, que está acompanhada do diretor da Lactalis, Guilherme Portella.

Segundo Michele, neste momento, as empresas brasileiras precisam apenas preencher os formulários do cadastro de suas plantas, para formalizar os negócios. O documento foi encaminhado na semana passada às empresas interessadas. A projeção do Mapa é que as exportações poderão ter incremento de US$ 45 milhões por ano. 
Nesta mesma linha, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou a importância da presença do Sindicato nas negociações na China. "O mercado chinês é estratégico para as indústrias brasileiras pelo seu grande potencial. Teremos condições de exportar ao maior importador do mundo de lácteos, além da atuação que estamos tendo com a Rússia", afirmou o presidente.
À tarde, a comitiva irá visitar uma Feira de Alimentos, também em Pequim, onde poderão ver novos produtos. Nesta terça-feira (17/11), a comitiva recebeu as boas vindas da Embaixada da China. Na ocasião, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, destacou a força de consumo de lácteos do Oriente Médio e detalhou os avanços obtidos durante o início da comitiva, que já passou pela Arábia Saudita e Índia. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Sindilat propõe parceria com Seapa para atender normas do Sisbi
 
O Sindilat apresentou nesta segunda-feira (16/11) uma proposta de cooperação técnica à Secretaria Estadual de Agricultura (Seapa). A proposta apresentada à secretária-adjunta da Seapa, Ildara Vargas, prevê o treinamento dos agentes para o atendimento das não conformidades das exigências da MAPA. A medida é fundamental para a homologação no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi - POA). O assunto será retornado em novo encontro na próxima semana.
A importância do Sisbi-POA se dá porque as exigências para inspeção estadual são iguais às do padrão nacional, liberando, desta forma, acesso a novos mercados. Além dos benefícios fiscais que advém da medida, ela também representa abertura de mercado e estimula a concorrência dos produtos lácteos gaúchos em outras praças. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o fato ainda colabora para o escoamento dos excedentes de produção do Rio Grande do Sul, atualmente em torno de 60% da produção local.
Segundo a médica veterinária e consultora de Qualidade, Letícia Vieira Cappiello, que também esteve presente no encontro, o treinamento deve ocorrer em três âmbitos: autocontrole; APPCC (análise de perigos e pontos críticos de controle) e Análise de projeto. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Leilão GDT: Preços de lácteos voltam a despencar no mercado internacional

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (17/11) segue em queda, dessa vez de 7,9% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$2.345/tonelada. Já é a terceira queda seguida nos preços de lácteos.

O leite em pó integral apresentou queda de 11,0%, sendo comercializado a US$ 2.148/tonelada. O leite em pó desnatado também sofreu queda, indo a US$1.851/ton (-8,1%). O queijo cheddar também teve redução nos preços, chegando a US$2.874/tonelada (-5,0% sobre o último leilão).
Neste leilão foram vendidas 30.044 toneladas de produtos lácteos, valor cerca de 24% inferior ao mesmo período do ano passado. 
Os contratos para entrega futura de leite em pó integral também tiveram quedas, com os preços futuros oscilando entre US$2.065 e US$2.320/ton. (A matéria é do MilkPoint, com informações do Global Dairy Trade)

 
 
 
Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida em Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprovou e divulgou os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em outubro de 2015, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada Leite CONSELEITE IN62, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil uc/ml de células somáticas e 600 mil uc/ml de contagem bacteriana. 

 

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de novembro é de R$ 1,7981/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br/conseleite/. (Fonte: Conseleite/PR) 
 
 
Mercosul X UE 
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, disse que Mercosul e União Europeia devem trocar propostas para um acordo bilateral de comércio entre os blocos ainda neste ano. A expectativa do ministro é de que o acordo seja aprovado em 2016 e entre em vigor em 2017. Segundo Monteiro, a proposta do Mercosul já está pronta e abrange 90% dos bens que fazem parte do comércio entre os blocos. "O Mercosul nunca preparou uma oferta de acesso a mercados tão ambiciosa", disse o ministro nesta segunda feira, durante evento promovido pela Eurocâmaras, grupo que reúne as câmaras de comércio dos países da UE, em São Paulo. Ele afirmou que nenhum setor da economia ficou de fora da proposta, que incluiu até o setor de serviços, considerado um dos mais sensíveis ao acordo bilateral, e compras governamentais. O ministro destacou, porém, que a proposta da UE na área agrícola precisará ter maior alcance em comparação à oferta anterior. "Essa é uma condição essencial para avançarmos nas negociações." Para Monteiro, o acordo pode proporcionar aumento da produtividade e da competitividade das empresas brasileiras, ao estimular a internacionalização de empresas e o aumento do fluxo de investimentos. (Fonte:Folha de SP)

 

 


 

Porto Alegre, 16 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.147

 

 Katia Abreu na Índia e China

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, iniciou na última sexta-feira (13) uma missão estratégica na Índia e na China, fundamental para o futuro do agronegócio brasileiro. Estamos falando dos dois países mais populosos do planeta (36% da população mundial) e que em 2030 ocuparão, respectivamente, a terceira e a primeira posição no PIB mundial, com imenso potencial de crescimento no consumo de alimentos.

No campo do agronegócio, o principal desafio é ampliar o acesso a esses dois megamercados, o que permitiria a diversificação do comércio. Hoje, nossas exportações encontram-se perigosamente concentradas no complexo soja, que responde por 80% das exportações do agronegócio para a China e 60% para a Índia.

Por exemplo, na promissora e complexa cadeia produtiva das proteínas animais, temos livre acesso apenas para alguns componentes da ração que alimenta aves, suínos e bovinos, como o milho e a soja. O acesso das nossas carnes é literalmente proibido por tarifas altíssimas (no caso da Índia), barreiras não tarifárias e por um moroso sistema que habilita plantas industriais brasileiras para exportar caso a caso. Exportar carnes geraria de 4 a 10 vezes mais valor por tonelada do que soja. Abrir mercados na Ásia é uma tarefa hercúlea e sensível, prioritária para a ministra e para o futuro da nossa agricultura.

O segundo desafio é fortalecer e sofisticar as cadeias globais de suprimento que ligam o Brasil e os dois gigantes asiáticos na área de alimentos e bebidas. O primeiro passo é ir além da dimensão comercial, centrada no relacionamento com tradings e importadores de commodities.

Neste momento, grandes empresas do agronegócio brasileiro têm se internacionalizado e avançado nas cadeias da alimentação, montando estruturas de processamento nos países-destino e investindo em armazenagem, distribuição e marcas globais. Produtos e marcas brasileiras precisam chegar com força aos varejistas, aos serviços de alimentação, aos restaurantes e até à incrível revolução do comércio digital que está ocorrendo na China e na Índia.

A exemplo de outros países, é fundamental ampliar os mecanismos de coordenação e coerência regulatória dos governos em áreas como sanidade e qualidade do alimento, combate a doenças, rastreabilidade de produtos, sustentabilidade, saúde e nutrição.

Mas as oportunidades não se restringem à expansão de empresas e marcas brasileiras no exterior. A competitividade do agronegócio depende também do fortalecimento do seu elo mais fraco, que é infraestrutura brasileira. Esse é um dos temas mais relevantes para Kátia e será devidamente tratado com autoridades e investidores na China e na Índia.

As diversas reuniões presidenciais, os acordos de cooperação bilateral, as ações plurilaterais como G20 e Brics e as perspectivas da "nova rota da seda" e do recém-criado Banco de Infraestrutura e Investimento tornam especial o atual momento das nossas relações com Índia e China.

E não há área mais promissora para aprofundar essas relações que o agronegócio visto na sua amplitude. Kátia Abreu conhece bem a região e o imenso potencial dessas duas parcerias estratégicas. Em tempos de crise e pessimismo no Brasil, uma maior aproximação com nossos principais clientes do presente e do futuro pode trazer ótimas notícias. (Marcos Sawaya Jank, especialista em questões globais do agronegócio, para o jornal Folha de São Paulo)
 
 
Simvet promove curso sobre Responsabilidade Técnica

O Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS) promove, entre os dias 14 e 17 de dezembro, o primeiro curso de Responsabilidade Técnica em Indústrias de Produtos de Origem Animal. O encontro vai apresentar a legislação e as necessidades para as indústrias na questão de sanidade e é pré-requisito para os cursos complementares, específicos por área, que serão oferecidos posteriormente. O módulo básico será realizado na sede do Sindicato dos Engenheiros (Senge), localizada na avenida Érico Veríssimo, 960. Os interessados devem se inscrever pelo e-mail rt.simvetrs@gmail.com até o dia 4 de dezembro. As vagas são limitadas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Preço dos lácteos é pressionado por maior competição na Europa

A pressão sobre os preços internacionais de lácteos ganhou força nas últimas semanas e os indicadores de curto prazo estão extremamente fracos, afirmou o economista Doug Steel, do banco BNZ Agricultural. "Esta queda parece estar associada com os acontecimentos na União Europeia", uma vez que o euro desvalorizado fez com que uma quantidade maior de produtos lácteos da região se tornassem competitivos internacionalmente.

O analista explica que a desvalorização do euro colocou ainda mais pressão sobre os preços internacionais de lácteos. "Isso agrava a influência já negativa da maior oferta de leite da Europa, associada à retirada das cotas de produção no início de 2015 e a proibição russa às importações de lácteos da União Europeia e dos Estados Unidos", disse. (As informações são do Estadão Conteúdo)

Fonterra aumenta a previsão de pagamento aos produtores na temporada 2015/16

A Fonterra aumentou a previsão do pagamento para a temporada 2015/16 em decorrência do bom desempenho apresentado de agosto a outubro.

A Fonterra, maior exportadora mundial de lácteos, anunciou hoje que prevê dividendos de NZ$ 0,45 a NZ$ 0,55 por ação, antes projetados entre NZ$ 0,40 a NZ$ 0,50. Com o preço ao produtor (FGMP, sua sigla em inglês) previsto em NZ$ 4,60/kgMS [R$ 0,92/litro], [quilos de sólidos do leite], a Fonterra deverá pagar a seus acionistas entre NZ$ 5,05 [R$ 1,01/litro] a NZ$ 5,15/kgMS [R$ 1,03/litro] , na temporada 2015/16.

"Embora seja difícil melhorar os preços aos produtores diante das baixas cotações globais, os agricultores irão usufruir do melhor desempenho da Fonterra", disse John Wilson, o presidente da Cooperativa.
"O desempenho está bem melhor do que o do ano passado e atingimos as metas de margens brutas, despesas operacionais e financeiras. Ao mesmo tempo iniciativas de transformação de negócios estão gerando economia significativa de capital de giro. Estamos no caminho certo, e, portanto, em condições de melhorar a distribuição de dividendos", acrescentou Wilson.

Em setembro a Fonterra aumento a previsão do FGMP para a temporada 2015/16 em NZ$ 0,75, chegando a NZ$ 4,60/kgMS [R$ 0,92/litro] [quilos de sólidos do leite], quando houve recuperação nas cotações das commodities lácteas no mercado mundial. No início da temporada, 01 de junho, a previsão era de NZ$ 5,25/kgMS [R$ 1,05/litro]. Em agosto, no entanto, a estimativa foi reduzida para NZ$ 3,85 [R$ 0,77/litro].

O aumento em setembro, refletia as melhoras nos preços internacionais, justificou a Fonterra na época. O Índice Geral do GlobalDaiyTrade (gDT), a média ponderada das variações percentuais dos preços da commodities lácteas na plataforma da Fonterra, aumentou 52,1% em quatro leilões de agosto, setembro e outubro. O Índice gDT, no entanto, caiu 10,5% nos últimos dois eventos, (-3,1%) em 20 de outubro, e (-7,4%) em 3 de novembro. (Dairy Reporter/Tradução Livre:Terra Viva)

 
 
O novo leite fresco
Nem todas as redes gaúchas de supermercados aderiram ao novo leite fresco em garrafas plásticas e novos prazos de validade, bem mais nutritivo que o longa vida. O leite Santa Clara vale por oito dias e o Piá por 12. (Jornal do Comércio)

    

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 13 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.146

 

 Começam os testes com medidores no RS

Um grupo de autoridades e representantes do setor lácteo, como o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, e o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acompanhou, nesta quinta-feira (12), os primeiros testes com medidores de coleta automatizada e de vazão do leite. A pesquisa está sendo realizada na unidade da Cosulati, em Capão do Leão, resultado de uma parceria entre o Sindilat e a Embrapa Clima Temperado, de Pelotas.

A intenção da pesquisa é verificar o funcionamento dos medidores, levando em consideração a realidade dos produtores gaúchos e brasileiros. O segundo passo será a utilização desses equipamentos para melhorar a qualidade da matéria-prima, que chega até a indústria. Atualmente, a coleta das amostras é realizada manualmente pelo próprio transportador.

O secretário ressaltou a importância dos equipamentos por auxiliar no combate às fraudes. "Essa parceria possibilita avançarmos no controle do leite, é um compromisso do Estado e precisamos ampliar a qualidade do leite", explicou Polo. Nesta mesma linha, ele recordou que na quarta-feira, o governo do Estado e as entidades do setor encaminharam à Assembleia Legislativa o PL do Leite, que se aprovada, ampliará o rigor no transporte do leite.

Para o secretário-executivo, os equipamentos representam um avanço tecnológico importante e que já está consolidado internacionalmente, como na Europa. "Agora é preciso avaliar as adaptações necessárias para viabilizar a sua implantação", afirmou Palharini.

Os equipamentos podem funcionar em conjunto ou separadamente, montados em módulos. Se os resultados forem satisfatórios, a entidade buscará regulamentação de uso e isenção fiscal para importados e benefícios para os nacionais. O custo é de até R$ 60 mil. A previsão é que até o final de dezembro deste ano, cinco transportes tenham estes equipamentos para análises do leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Darlan Palharini, do Sindilat, e Ernani Polo, da Seapa, durante visita a Cosulati
Crédito: Gabriel Munhoz/Seapa
 
 
Sindilat presta homenagem à Languiru

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, entregou ao presidente da Languiru, Dirceu Bayer, e ao vice-presidente, Renato Kreimeier, placa em homenagem aos 60 anos de atuação da cooperativa, comemorados em evento na manhã desta sexta-feira (13/11), em Teutônia.  O ato também contou com a presença de políticos, autoridades e do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

A agenda de festividades pelo aniversário da Languiru foi dividia em dois dias de atividades. Na quinta-feira (12/11), foi realizada exposição de máquinas e equipamentos, além de palestras voltadas aos associados e suas famílias. Nesta sexta, foi a vez da Languiru entregar homenagens aos associados fundadores e das apresentações artísticas e culturais, além do lançamento do Hino da Cooperativa Languiru. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Darlan Palharini
Ação orienta sobre produção do leite nas escolas

 
 
Ação orienta sobre produção do leite nas escolas

Teve início nesta sexta-feira (13/11) a segunda etapa do projeto Dia do Leite na Escola. Depois do lançamento da revistinha "Pedrinho & Lis - A origem do Leite" durante a Expointer, foi a vez da equipe que coordena a ação junto à Secretaria da Agricultura (Seapi) visitar a primeira escola para falar a crianças entre 6 e 12 anos. A ação ocorreu na Escola Professor Oscar Pereira, na Vila da Cascata, Zona Sul de Porto Alegre. Segundo o coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcante Gomes, foi realizada uma explanação lúdica para detalhar a forma de produção, transporte e processamento do leite que chega à mesa dos consumidores. Após a apresentação foi servida merenda à base de produtos lácteos, como leite e iogurte achocolatados. A ação teve apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).

A ideia é dar sequências às visitas aos colégios, intensificando o calendário em 2016. "Queremos visitar uma escola por semana", prevê Gomes, lembrando que, inicialmente, o projeto está mais focado no meio urbano. Em seguida, já estão previstas novas edições da revistinha que abordarão temáticas mais voltadas ao meio rural.

Escolas interessadas em participar do projeto devem entrar em contato com a equipe do Dia do Leite na Escola por meio do email fundoleite@agricultura.rs.gov.br ou pelo telefone (51) 3288-6305 e solicitar a realização da oficina. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Fernando Dias
 
 
Banco Central da Nova Zelândia prevê riscos pela crise do leite

Os produtores de leite que estão enfrentando uma segunda estação de preços fracos e um desequilíbrio regional devido ao aumento no mercado de propriedades de Auckland (maior cidade da Nova Zelândia), são um risco crescente para a economia do pais, disse o banco central neozelandês.

Houve um aumento substancial em empréstimos no setor de lácteos nos últimos dois anos devido aos altos níveis de dívidas e queda nos preços do leite, disse o Reserve Bank of New Zealand (RBNZ) em seu relatório semestral de estabilidade financeira. "Achamos que a dívida no setor leiteiro aumentou em cerca de NZ$ 3 bilhões (US$ 1,95 bilhão) nos últimos 12 meses e cerca de metade dos produtores de leite estão passando por uma segunda estação consecutiva de fluxos de caixa negativos", disse o diretor do banco, Graeme Wheeler.

Após aumentar firmemente desde 2008 e alcançar recordes em 2013, os preços globais caíram muito devido à queda no crescimento econômico do principal mercado da Nova Zelândia, a China, e ao excesso de oferta global de produtos lácteos. Os preços caíram levemente em agosto à medida que a desaceleração da oferta pressionou os preços, oferecendo esperança que o mercado de lácteos estava estabilizando, mas declinaram novamente nos dois últimos leilões globais.

 
 
O RBNZ está também cada vez mais preocupado com o aumento dos preços das casas em Auckland, que está se refletindo nas regiões vizinhas. "Pela primeira vez, o RBNZ reconhece o recente fortalecimento em alguns mercados regionais", disseram analistas do ANZ. "Embora não acreditemos que uma mudança está pendente, está claro que se a força nesses mercados persistir, o RBNZ não hesitará em voltar a apertar as restrições de empréstimos nesses mercados".

O RBNZ já estreitou as regras de empréstimo para lidar com o aumento dos preços das casas em Auckland. O banco central disse que é muito cedo para dizer se isso foi eficaz, mas novas restrições a investidores são esperadas com o intuito de reduzir os preços das casas em Auckland de 2 a 4% no próximo ano.

O RBNZ também disse que a recente queda no dólar neozelandês foi um amortecedor significante para a economia e sistemas financeiros. Em sua última reunião em outubro, o RBNZ falou sobre as preocupações com o aumento do dólar neozelandês. O banco manteve taxas de 2,75% após três cortes consecutivos, mas sugeriu que poderá cortar taxas novamente na próxima reunião em dezembro.
Em 12/11/15 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,65311 
1,53055 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são da Reuters)

 
Padarias resistem mais à crise que lanchonetes
Mais da metade dos restaurantes, lanchonetes e padarias de cinco capitais do país (55,78%) tiveram queda no faturamento de janeiro a setembro deste ano. A retração superou 10% para 38,19% deles e o segmento mais afetado foi o de lanchonetes, que têm na classe C seu principal público. Com a crise econômica, os consumidores dessa faixa de renda são os que mais deixaram de fazer refeições fora de casa. (Fonte: Valor Econômico)
 

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 12 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.145

 

 Abertas inscrições para o 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Já estão abertas as inscrições para o 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo. A iniciativa, que busca valorizar o trabalho da mídia especializada no agronegócio e a produção de reportagens sobre o setor lácteo, recebe trabalhos até o dia 30 de novembro. A entrega da premiação será realizada durante a festa de fim de ano do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, a ser realizada no dia 10 de dezembro, no Hotel Plaza São Raphael, em Porto Alegre.

O 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo é dividido em quatro categorias: mídia impressa, mídia eletrônica, on line e fotografia. Todas as peças devem ter data de publicação/veiculação entre 1º/01/2015 e 29/11/2015.  Os trabalhos serão avaliados por uma comissão julgadora, e os primeiros colocados de cada categoria receberão troféu e premiação, que consiste em um Iphone 6-16GB para o primeiro colocado de cada uma das categorias e troféus para o segundo e terceiro colocados.

Para participar, basta enviar os trabalhos e a documentação necessária para o Sindilat por e-mail (imprensasindilat@gmail.com). Além da produção (PDF para texto e foto, e link para vídeo/áudio e web), também devem ser anexados cópias de um documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida. Os trabalhos que não tiverem expressa identificação do autor deverão remeter um atestado de autenticidade. Os finalistas serão divulgados até o dia 5 de dezembro.

O concurso tem caráter exclusivamente cultural, não está vinculado à compra de nenhum tipo de produto e não está subordinado ou vinculado a qualquer modalidade de sorte ou jogo, nem tampouco ao pagamento de qualquer valor, conforme a Lei 5.768 de 20/12/71 e o Decreto de Lei 70.951 de 09/08/72 (texto do Artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71: "Independe de autorização, não se lhes aplicando o disposto nos artigos anteriores: I- a distribuição gratuita de prêmios mediante sorteio realizado diretamente por pessoa jurídica de direito público, nos limites de sua jurisdição, como meio auxiliar de fiscalização ou arrecadação de tributos de sua competência; II- a distribuição gratuita de prêmios em razão do resultado de concurso exclusivamente cultural, artístico, desportivo ou recreativo, não subordinado a qualquer modalidade de álea ou pagamento pelos concorrentes, nem vinculação destes ou dos contemplados à aquisição ou uso de qualquer bem, direito ou serviço"). (Assesssoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Brasil deve assumir liderança na exportação de produtos agrícolas a partir de 2024

O Brasil deverá assumir a liderança mundial na exportação de produtos agrícolas a partir de 2024, quando a área plantada será de 69,4 milhões de hectares, segundo estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), comentado em nota pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Grande parte do crescimento da área plantada se dará nas culturas de cana-de-açúcar, com aumento de 37%; algodão (35%) e oleaginosas, especialmente soja (23%).

Esse aumento da área plantada, segundo a CNA, é resultado do avanço da produção agrícola sobre áreas de pecuária degradada, áreas de abertura (aquelas de primeiro plantio) e principalmente do aumento do plantio da segunda safra no Centro-Oeste e no Matopiba (região produtiva nos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

A CNA estima que, até o fim de 2015, as vendas externas do setor agropecuário brasileiro deverão atingir US$ 88,3 bilhões. O desempenho é inferior ao de 2014, mas, ainda assim, a entidade considera o resultado bom, diante de estimativas de queda ao redor de 3% do Produto Interno Bruto (o PIB é a soma da produção de bens e serviços do país).

O campo brasileiro já avançou bastante, tendo em vista que o Brasil saiu da posição de importador de alimentos até metade da década de 1970 para ocupar lugar entre as potências agrícolas do mundo. De acordo com a CNA, esse feito é resultado de uma produtividade agrícola que cresceu nos últimos 25 anos, mantendo medidas de preservação ambiental, e do uso de tecnologia moderna. Assim, o país se tornou o terceiro maior exportador mundial de grãos, perdendo só para a Comunidade Europeia e os Estados Unidos.

A FAO observou no estudo que a soja deverá permanecer como líder na produção agrícola exportada pelo Brasil, que, hoje, se mantém no segundo lugar nos embarques mundiais, depois dos Estados Unidos. As exportações do produto dentro de nove anos tendem a atingir US$ 22,8 bilhões. A receita estimada, no entanto, deve ser menor que a atual, em razão do esperado aumento do consumo interno, de 27% nos próximos 10 anos, o que implicará diminuição do volume exportado pelo país.

De janeiro a setembro deste ano, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 67 bilhões e o setor contribuiu com 46% do total das vendas externas do país. A CNA destaca que a receita cambial no balanço deste ano promete apresentar queda ao redor de 9%, a despeito do recorde de 160,5 milhões de toneladas de produtos agropecuários que o Brasil vai exportar. Em volume, a instituição estima 13,9% de acréscimo na comparação com o ano passado.

Blocos comerciais
O Brasil quer definir a troca de ofertas entre Mercosul e União Europeia (UE) na última semana deste mês ou na primeira de dezembro. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizada, que atualmente ocupa a presidência do Mercosul, viajará para a Bélgica ainda em novembro para se reunir com autoridades da Europa e acordar uma data específica para a troca.

"Ele vai à Bélgica se reunir com a comissária de Comércio, Cecilia Malmström, e outras autoridades para estabelecer uma data. Do ponto de vista do Mercosul e do Brasil, nosso interesse é que o encontro para troca de ofertas se realize ainda este ano", afirmou Vieira. O chanceler brasileiro informou ter expressado a Cecilia Malmström o apoio do Brasil ao esforço do Mercosul. "Tive contato faz umas três semanas. Disse que estávamos prontos para a troca de ofertas", declarou Mauro Vieira. (As informações são do Estado de Minas)

Valor pago aos produtores de leite em Minas Gerais cai 1,24%

Os preços pagos pelo litro de leite em outubro, referente à produção entregue em setembro, voltaram a recuar, em função do aumento de 3,74% no volume captado em Minas Gerais. De acordo com os dados levantados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no Estado, o preço médio líquido por litro de leite retraiu 1,24%, enquanto a média bruta caiu 0,32%, com o litro do produto negociado a R$ 1,07. Para este mês, a expectativa é que os preços recuem novamente.

Segundo os pesquisadores do Cepea, a chegada das chuvas nas principais regiões produtoras de leite, em setembro, fez com que a produção aumentasse. Com o maior volume e a demanda não acompanhando a oferta, o valor pago ao produtor em outubro teve a segunda queda consecutiva em Minas.

A queda nos preços também foi verificada na média Brasil, composta pelos resultados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Goiás e Bahia. O preço líquido (sem frete e impostos) recebido pelo produtor recuou 1,15% de setembro para outubro, com a média caindo para R$ 0,973 por litro de leite.

Na comparação com outubro de 2014, o preço está 9,2% menor em termos reais, deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Ipca) de setembro de 2015. Ainda na média Brasil, o preço bruto médio (inclui frete e impostos) pago pelos laticínios e cooperativas foi de R$ 1,058 por litro, redução de 0,73% em relação ao mês anterior.

Em setembro, o Índice de Captação do Cepea (IcapL/Cepea) registrou novo aumento, de 3,26%, em relação a agosto e de 8,1% na comparação com setembro de 2014. Somente em Minas Gerais houve aumento de 3,74% na captação, o terceiro maior índice do País, atrás somente de São Paulo, cuja captação ficou 4,66% superior, e Goiás, com alta de 4,55% no volume.

Em Minas Gerais, o preço líquido do leite, R$ 0,99 por litro, recuou 1,24% quando comparado com o valor praticado no mês anterior. A média bruta estadual encerrou o período a R$ 1,07 por litro, retração de 0,32% frente aos valores praticados em setembro. (ClicFolha)

Preços/Europa 

Os produtores de leite da União Europeia receberam em média 29,91€/100 kg, [R$ 1,37/litro], 0,6% mais que no mês anterior. Comparado com o ano passado, a média ponderada dos preços caiu 6,54 €/100 kg, ou 17,9%, representando queda de 7.15 ppl, [R$ 0,43/litro] no ano. No Reino Unido o produtor recebeu em média € 31,37/100 kg [R$ 1,43 /litro], o sexto maior preço dentre as nações que compõem a UE-15, depois da Grécia, Finlândia, Itália, Áustria e França.

A média de preço na UE-15 foi de € 30,55/100kg, [R$ 1,40 /litro], em setembro, aumento de 0,6%, em relação a agosto, mas, 6,92 €/100 kg, ou 18,5% menos quando comparada com setembro de 2014. Entre os cinco maiores produtores de leite do bloco os preços foram: Alemanha (€ 28,83/100kg) [R$ 1,30/litro], França (€ 32,23/100kg) [R$ 1,47/litro], Reino Unido (€ 31,37/100 kg) [R$ 1,44/litro], Holanda (€ 28,50/100kg) [R$ 1,30/litro], e Polônia (€ 26,56/100kg) [R$ 1,22/litro], com a média geral de €29,41/100kg, [R$ 1,34/litro], com aumento de 0,1% em relação ao mês anterior. (DairyCo - Tradução Livre: Terra Viva)

Produção/NZ  

Algumas chuvas na Ilha Norte ajudaram a aliviar a seca por um ou dois meses mais, no entanto, ao leste Ilha Sul muitas áreas sofrem com déficit de umidade no solo e os irrigadores enfrentarão restrições futuras. Frente a esse clima de baixos rendimentos, investimentos pesados em irrigação apenas com absoluta falta de água, e cálculos rígidos sobre o retorno econômico dessas despesas.

As taxas de crescimentos das pastagens serão variadas na próxima quinzena, conforme previsões, quando surgem mais brotos, e a qualidade dependerá do manejo. O período de monta atinge seu pico nessas três semanas, esperando que 90% das matrizes sejam enxertadas, havendo uma nova onda de abate de animais atrasados. As cotações no mercado lácteo caíram, novamente, - 7% no leilão na semana passada e os preços voltam ao patamar de dois meses atrás, confirmando a expectativa de que não haverá recuperação até o final do ano. (Interest.co.nz - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Lácteos e Saúde 
Lácteos e Saúde é o tema do Simpósio do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) a ser realizado em Campinas (SP), nos dias 17 e 18 de novembro, para discutir assuntos relacionados ao consumo de produtos lácteos e suas implicações na saúde humana, do ponto de vista médico, nutricional e tecnológico. As inscrições pelo sistema já foram encerradas, mas, inscrições remanescentes poderão ser solicitadas pelo email: eventos@ital.sp.gov.br. Os temas abordados são de grande importância para o setor lácteo de um modo geral, mas, especialmente para as indústrias de laticínios. Vão desde a importância nutricional do cálcio lácteo, até proteínas lácteas: ingredientes sinérgicos em sistemas protéicos. (ITAL)

 
 

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 11 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.144

 

 Lei do Leite é entregue na Assembleia Legislativa

Representantes do setor lácteo e do governo do Estado entregaram oficialmente, na manhã desta quarta-feira (11/11), à Assembleia Legislativa o projeto de lei que prevê a regulamentação da cadeia produtiva do leite. A iniciativa, que foi construída em conjunto pelo setor e o Executivo, busca coibir possíveis fraudes do produto e garantir a responsabilização em caso de irregularidades. Na entrega, o presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum, destacou a importância da regulamentação. "É imprescindível que exista uma punição sob quem insiste em fraudar a qualidade do leite. Trata-se de uma questão de saúde pública", pontuou. 

O projeto que prevê a regulamentação em todas as etapas de produção, comercialização e transporte de leite no Estado foi encaminhado em regime de urgência e deve ser votado dentro de 30 dias, caso contrário trancará a pauta de votações na Assembleia. Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a chamada Lei do Leite vem em um momento importante para o controle da qualidade do produto gaúcho. Durante o debate da elaboração do PL, o Sindilat apresentou sugestão que previa a punição dos transportadores, que foi incluída no texto final. Guerra também destacou o aspecto social do projeto, uma vez que as irregularidades prejudicam toda a nossa indústria, que tem mais de 100 mil famílias envolvidas na produção, além da saúde do consumidor.

Com o projeto, o transportador deverá atender a uma série de requisitos e, assim como já ocorre com a indústria, ficará sujeito a penalização monetária. O secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, enalteceu o pioneirismo da proposta. "É um projeto construído em conjunto com diversas entidades do setor lácteo e que contempla todo o processo da cadeia produtiva do leite", destacou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Wilson Cardoso
 
 
Sindilat integra missão do MAPA à China
 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) integrará a missão internacional, organizada pelo Ministério da Agricultura (MAPA), à China na próxima semana. Na ocasisão deverão ser tratadas condições sobre as exportações de produtos lácteos brasileiros para o país chinês. A comitiva, que é comandada pela ministra Kátia Abreu, saiu do Brasil na sexta-feira (06/11) da semana passada e passa ainda pela Arábia Saudita e Índia. Porém, a representante do Sindilat e a CCGL, Michele Muccillo Selbach, e o diretor da Lactalis, Guilherme Portella, se integrarão ao grupo apenas nos compromissos na próxima terça-feira (17) e quarta-feira (18).

Em Pequim, na China, a comitiva participará de encontro no ministério da Administração de Qualidade, Supervisão, Inspeção e Quarentena (AQSIQ). Já na quarta-feira (18), haverá reunião no Ministério da Agricultura (MOA). Também integra a programação, encontros no Ministério do Comércio (MOFCOM), com executivos da COFCO, e o CEO do China Investment Corporation - CIC, Sr. Ding Xuedong. Ainda na agenda de compromissos da missão, haverá reunião organizada pela Abrafrigo, com empresários da Cadeia de Proteínas.

A presença do Sindicato nestes encontros empresariais é fundamental, uma vez que em setembro deste ano, a China abriu pela primeira vez mercado para receber lácteos brasileiros. As projeções do MAPA são de que as exportações poderão ter incremento de cerca de US$ 45 milhões por ano.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Câmara Setorial do Leite promove a 1ª Reunião do Regulamento Técnico e Identidade e Qualidade do Queijo Colonial Gaúcho

Na última segunda-feira (9), a Secretária de Agricultura, Pecuária e Irrigação sediou 1ª reunião da criação do Regulamento Técnico e Identidade e Qualidade do Queijo Colonial Gaúcho. O encontro teve como objetivo avançar as discussões que ocorreram no 1º Seminário do Queijo Colonial, realizado na Expointer deste ano. A reunião contou com grande participação de entidades, universidades, servidores da Seapi e referências técnicas do setor. O estagiário da Câmara Setorial do Leite, Pedro Nery, fez uma breve apresentação resgatando os temas gerados no Seminário do Queijo Colonial Gaúcho.

Alguns conceitos puderam ser definidos neste encontro, bem como encaminhamentos para a próxima reunião que acontecerá dia 07/12, em que serão apresentados pelo Dipoa, Emater e SDR levantamentos a respeito da produção de queijo colonial no Estado. (Fonte: Seapi/RS)


 

Importantes importadores de lácteos impulsionam compras em 2015

Quando se discute demanda global, a China e a Rússia receberam a maior parte da atenção no ano passado. Porém, embora esses dois países tenham se retraído, as importações de outros importantes países aumentaram em 2015. Na primeira metade do ano, as importações mundiais da China e da Rússia aumentaram em mais de 10% com relação ao ano anterior.

As compras de outros importantes compradores, como Japão, México, Malásia, Egito e Filipinas deverão aumentar em valores de duplos dígitos esse ano. Em muitos casos, os importadores que foram pressionados para fora do mercado em 2013-14 por causa dos preços altos foram capazes de voltar e comprar com um desconto significativo.

 

Entretanto, embora o aumento nas importações desse segmento de compradores seja encorajador, acredita-se que uma parte dessas compras foi para a construção de estoques. Em muitos casos, os compradores estão agora confortavelmente cobertos até 2016, o que pode mitigar a necessidade de comprar tão agressivamente nos próximos meses. (As informações são do blog do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC)

Queijaria

A prefeitura de Teutônia prometeu doar área de 4,6 hectares para que a Cooperativa Languiru instale uma queijaria junto a sua atual indústria. Agora, depende da Câmara de Vereadores. A previsão é de faturamento de até R$ 50 milhões por ano. (Jornal do Comércio)

 
Greve fiscais
Por enquanto, os fiscais federais agropecuários não devem retomar a greve. Ficou acertado com o Ministério da Agricultura que um grupo de trabalho será formado para acompanhar o andamento das reivindicações feitas. (Zero Hora)

 

         
 

 
 


 

Porto Alegre, 10 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.143

 

 Liminares garantem transporte do leite 


O Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat) informa seus associados que há cinco liminares judiciais obtidas pela assessoria jurídica vigentes para garantir o transporte do leite pelas estradas gaúchas. As decisões valem para os municípios de Passo Fundo (BR 285), Santo Ângelo (BR 285 e BR 344), Palmeira das Missões (BR 468 e BR 386), Santa Rosa (BR 472) e Carazinho (BR 285 e BR 386). Tais determinações foram obtidas ainda no primeiro semestre de 2015 quando da Greve dos Caminhoneiros e chegaram a ter pedido de efeito suspensivo encaminhado à Justiça em função do fim dos bloqueios. Agora, frente ao novo movimento e à não-apreciação da desistência pela Justiça, elas seguem valendo. A Assessoria Jurídica do Sindilat já peticionou nos processos solicitando que se desconsidere pedido anterior e se mantenha as liminares.

Por isso, alerta o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, empresas que estiverem enfrentando problemas nessas regiões para transportar o leite podem valer-se das liminares para solicitar a retomada das atividades à força policial. "Esta greve está mais amena. As liminares estão nos ajudando a manter o fluxo do leite dentro do controle", pontuou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Ficou lento, mas não parou
Dizer que o primeiro dia da greve dos caminhoneiros não teve nenhum efeito no transporte da produção gaúcha seria um erro. Mas mesmo entre os representantes das indústrias ligadas ao agronegócio, a percepção é de que o fluxo, apesar de retardado, não foi estancado. Nos pontos de bloqueio, cargas perecíveis ganharam passagem.

- No primeiro dia, ainda deu para operacionalizar o transporte. Mas como o movimento não tem um líder, é preciso negociar a passagem em cada parada - afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS).

Em muitos locais, as empresas buscaram rotas alternativas para garantir o transporte de itens processados e também de matéria-prima. O grupo anticrise esteve reunido ontem e hoje, no início da tarde, volta a fazer uma avaliação dos efeitos da paralisação. Estão envolvidos nessa discussão representantes de entidades de RS, SC, SP e MG. Em outros Estados, a preocupação com os efeitos da parada é grande, sobretudo em Minas Gerais.

- Como já existe todo um sistema de liminares, os movimentos estão sendo mais cuidadosos - pondera José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura, sobre a liberação das cargas perecíveis.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que reúne as indústrias de suínos e aves, garante que as liberações judiciais obtidas em fevereiro contra os bloqueios seguem valendo. É o caso da liminar da 1ª Vara Federal de Joaçaba (SC), que concede às empresas associadas trânsito livre nas rodovias federais. O alerta é de que a passagem tem de ser concedida para caminhões carregados ou que estejam buscando carga. Em fevereiro, os prejuízos foram de mais de R$ 700 milhões.

- Novembro será crucial para o setor recuperar perdas com a primeira greve dos caminhoneiros, além da paralisação dos trabalhos dos fiscais federais agropecuários, entre setembro e outubro. Neste mês, grandes importadores, como a Rússia, elevam suas importações visando a formação de estoques para enfrentar o inverno, quando a atividade de portos é suspensa devido ao frio e ao gelo - reforça Francisco Turra, presidente da ABPA. (Zero Hora)

 

Aftosa

Segue até 30 de novembro a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul. Deverão ser imunizados bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade, que somam 5 milhões no Estado, segundo a Secretaria da Agricultura. Para esta etapa, 2 milhões de doses de vacinas serão doadas a produtores inscritos no Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (Pronaf) ou no Prorama Estadual de Desenvolvimento da Pecuária de Corte Familiar (Pecfam) que tiverem até 30 animais. Os demais deverão adquirir as doses em casas agropecuárias credenciadas. (Zero Hora)

Faemg debate criação do Conseleite

A Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) se reuniu em Belo Horizonte, no dia 4, para debater as perspectivas e desafios do setor para 2016. Os principais temas abordados no encontro foram a criação de um Conseleite, recuos no preço do leite e os custos de alimentação do gado em meio a estiagem.

Para o presidente da comissão, Eduardo de Carvalho Pena, "É unânime o entendimento de que, para o mercado de lácteos, a criação do Conseleite é indispensável. E urgente. Não adianta debatermos os problemas do setor, custos e preços, se não conseguimos um diálogo racional com a indústria, que no final é sempre quem dita o ritmo, com ou sem justificativas, Temos que correr atrás para torná-lo realidade".

A comissão também discutiu a Resolução conjunta SEMAD-IGAM 2249/2014, que estabelece critérios para implantação e operação dos equipamentos hidrométricos no estado, e a degradação das pastagens mineiras. Segundo estudo do Inaes, cerca de 75% das pastagens do Estado estão em condições ruins, interferindo na rentabilidade do setor. (Fonte: Portal DBO, com informações da FAEMG)

Laticínios apostam no potencial do mercado árabe

A indústria brasileira de lácteos aposta na retomada das exportações e está de olho no potencial do mercado árabe. Representantes do setor participaram do Fórum Empresarial América do Sul-Países Árabes, encontro que ocorre neste domingo (08) e na segunda-feira (09) em Riad, e que antecede a Cúpula América do Sul Países-Árabes (Aspa), reunião de governos das duas regiões que será realizada esta semana, também na capital da Arábia Saudita.

"O mercado [árabe] é grande consumidor de produtos como leite condensado, evaporado, em pó e manteiga", disse o CEO do laticínio Itambé, Alexandre Almeida.

O Brasil não exporta lácteos em grande quantidade de forma constante, pois o mercado interno é muito grande, o que resulta em pouco excedente. Quando os preços estão baixos no mercado internacional o produto brasileiro perde competitividade e diminui o interesse dos exportadores.

O consumo interno, no entanto, já é relativamente alto, de cerca de 170 litros por habitante por ano, então a tendência é que a produção, que cresce em média 4% ao ano, avance mais do que a demanda brasileira, liberando mais produto para exportação. "Não tem jeito de não exportar", afirmou o assessor técnico da Associação Brasileira de Laticínios, Gustavo Beduschi.

Além disso, o setor espera que, a partir de meados do ano que vem, os preços internacionais do leite em pó voltem a patamares favoráveis às exportações brasileiras, de US$ 3 mil a US$ 3,5 mil por tonelada, segundo Almeida.

Diretor de Relações Institucionais do laticínio Piracanjuba, Cesar Helou acrescentou que a desvalorização do real frente ao dólar dá ainda mais impulso às exportações. "Nós acreditamos que o câmbio, no patamar que está, abre caminho para [o País] ser exportador", declarou.

Na década passada, o Brasil chegou a ser grande fornecedor de lácteos para países árabes. A Argélia, por exemplo, foi o maior mercado dos laticínios nacionais por um curto período. As maiores vendas ocorreram em 2008. Mas esta oportunidade ocorreu em função de questões conjunturais, como a seca que atingiu a Nova Zelândia, a maior produtora mundial, e que reduziu a disponibilidade de produto no mercado, elevando os preços.

Agora, as empresas estão se preparando para voltar a vender em grande escala. A Itambé, por exemplo, está reativando uma fábrica de leite evaporado que estava parada. "A retomada vai ser rápida", disse Almeida.

Helou, por sua vez, disse que a Piracanjuba retomou contatos que tinha no Oriente Médio e que toda a linha de produtos da companhia tem certificação halal, que atesta que o alimento foi preparado de acordo com preceitos muçulmanos.

Beduschi observou que hoje a Venezuela é o maior mercado dos lácteos brasileiros no exterior, mas a Arábia Saudita já aparece em segundo lugar, com importações de US$ 10,2 milhões de janeiro a outubro deste ano. Ele acrescentou que a associação, que é nova, vai firmar um acordo de promoção comercial com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e que dos sete mercados prioritários, quatro são árabes: Arábia Saudita, Argélia, Egito e Emirados Árabes Unidos.

Além do mundo árabe, o setor está na expectativa da abertura do mercado Chinês. A China não importa do Brasil, mas a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que está na Arábia Saudita, vai visitar também o país asiático e existe a expectativa de liberação das importações. (Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe, adaptado pela Equipe Milknet)
 

No radar
Será protocolado amanhã, na Assembleia Legislativa, o projeto de lei para regulamentação de venda e transporte de leite no Estado. O novo texto, com contribuições de entidades do setor, será entregue pelo Executivo em regime de urgência, o que faz com que tenha de ser avaliado dentro de um mês. Ou seja, com tempo hábil para ser votado ainda em 2015. (Zero Hora)