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Porto Alegre, 09 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.125

  Emater divulga Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Estado

Divulgado nesta quinta-feira (4/12), o Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Rio Grande do Sul, referente a 2019, pontuou que o número de produtores de leite vinculados à indústria caiu 22% entre 2017 e 2019. A pesquisa, realizada entre maio e junho deste ano, também apontou que a produção, em 2019, ficou em 4,27 bilhões de litros por ano, sendo que desses, 91,86% (3,9 bilhões de litros) são destinados à indústria. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, o levantamento serve como base de orientação para que se possam tomar ações públicas e privadas em prol da cadeia. "De 2017 a 2019, tivemos uma redução de 22% de produtores que entregam o leite para as nossas indústrias. Mas, por outro lado, temos uma produção/dia por propriedade que cresceu de 136,5 litros para 213 litros", destacou. Guerra acredita que, para minimizar os impactos negativos da saída de produtores da atividade, é necessário que toda a cadeia una forças.

Segundo Guerra, o cenário do setor leiteiro no Estado é reflexo do que vem ocorrendo no mundo. "O mercado exige cada vez mais eficiência no que se faz e o Rio Grande do Sul está equipando as propriedades, aumentando a tecnologia do produtor e das indústrias. Essas mudanças servem para melhorar de uma forma contínua a qualidade do leite e a produtividade do setor, e assim continuarmos sendo referência a nível nacional", disse. 

O relatório é dividido em quatro partes: informações gerais sobre a produção de leite no Estado; perfil do produtor de leite vinculado às indústrias; estrutura para processamento da cadeia; e mudanças ocorridas no setor no período de 2015 a 2019. Para o Secretário da Agricultura do RS, Covatti Filho, o governo está centrado em auxiliar o setor lácteo gaúcho, aumentando a produtividade. "Precisamos dessa cadeia no Estado, principalmente incrementando ela com políticas agrícolas. Para a Secretaria da Agricultura, a receita da cadeia do leite gera R$4 bilhões", afirmou.

Outro ponto que a Emater destacou é a comercialização informal de leite cru, que está presente em 335 municípios gaúchos. Em relação à venda de derivados lácteos de fabricação caseira, o número de cidades cresceu para 394. Conforme o relatório, esses dados representam "um risco à saúde dos consumidores, em função da falta de controle sanitário sobre tais produtos ofertados à população". Segundo o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, será realizada uma segunda parte mais extensa dessa coletânea de dados, que reunirá uma análise das regionais da Emater/RS e dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Confira o relatório completo aqui.


Crédito: Letícia Breda

Perspectivas globais para laticínios são positivas e vendas on-line de queijos crescem nos EUA

Uma atualização global sobre produtos lácteos, da Maxum Foods Pty Ltd, mostrou melhoria na expansão do suprimento de leite para dezembro de 2019, enquanto o comércio de leite em pó desacelera. Varejistas de queijo dos EUA estão contribuindo para isso com promoções de férias.

As perspectivas globais para o mercado de laticínios são positivas, mas o diretor de compras da Maxum Foods, Dustin Boughton, disse que pode haver enfraquecimento à medida que a oferta de leite cresce.

As projeções para os preços de commodities são variadas, uma vez que os valores de gordura da manteiga estão estabilizados, enquanto os de queijo podem cair, devido ao aumento da capacidade de produção e oferta na Europa.

O leite em pó desnatado teve alta, em consequência de uma menor produção na UE e EUA, enquanto a demanda de exportação se manteve. Boughton disse que este é um novo território a ser explorado e a categoria não é mais tão impulsionada pelos estoques da UE. Ele espera que os preços do leite em pó desnatado permaneçam firmes, mesmo com uma maior disponibilidade de novos produtos na Europa e nos EUA.

A demanda nos mercados asiáticos diminuiu, mas isso provavelmente será revertido. Em relação ao leite em pó integral, China e Hong Kong impulsionaram o crescimento e aumentaram o comércio no mês - um aumento de 69,4% em relação ao ano anterior, ou 14.000 t. Os embarques para a China aumentaram em 11 dos últimos 12 meses. Boughton disse que a demanda por leite em pó ainda é forte na região, "devido as mudanças no uso de leite na China".

Os preços da manteiga estão estáveis com a demanda doméstica sazonal aumentada na UE. O balanço da UE deve melhorar, mas o crescimento da demanda e da oferta estarão estreitamente alinhados. A UE expandiu as exportações de manteiga em setembro em 74%, apesar dos altos preço do item.

“A demanda geral nos mercados em desenvolvimento permanece sensível aos preços e pode continuar pressionando os valores da Nova Zelândia. As exportações de gorduras do País continuaram a diminuir, mas a uma taxa muito mais lenta”, disse Boughton.

Sobre o soro de leite, a UE aumentou os embarques em 3,2% e o comércio da Nova Zelândia cresceu14% em setembro em relação ao ano anterior. O País está vendendo mais para o mercado norte-americano e as exportações dos EUA ainda estão diminuindo, com uma queda de 13% em setembro. Contudo, os produtos americanos são competitivos, pois os preços diminuíram nos últimos meses, enquanto os da UE e na Oceania estão estáveis.

A grande disparidade nos preços do queijo deve diminuir, de acordo com Boughton. A UE teve os menores preços no terceiro trimestre deste ano e seus valores podem ser influenciados pelo retorno do leite em pó desnatado e do fluxo de manteiga. Contudo, o aumento na capacidade das fábricas desviará o leite e manterá os valores estáveis.

A Maxum observou que as exportações da UE aumentaram mais de 8.000 toneladas em relação ao ano anterior, em setembro, e seu crescimento mais recente foi impulsionado por maiores envios para os EUA e Coreia do Sul.

Nos EUA, a empresa de pesquisa de mercado IRI observou que o comércio eletrônico é um canal crucial para o crescimento do queijo. Até o final do ano, as vendas ultrapassarão US$ 440 milhões, uma taxa de crescimento anual de 54% nos últimos quatro anos. 

Suzanne Fanning, vice-presidente sênior da Dairy Farmers de Wisconsin (DFW), disse: "A pesquisa do consumidor mostra que o queijo está entre as preferências alimentares do momento, porque é repleto de proteínas e boas gorduras." 

Conveniência e variedade são atrativas para todas as categorias de comércio eletrônico e os consumidores estão começando a tirar proveito das compras digitais. A DFW está promovendo queijo produzido em seu estado com uma coleção de 12 cestas de presentes para a temporada de festas. Elas variam de amostras a US$ 50 a conjuntos de luxo a US$ 150. (Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Universidade dos EUA e cooperativas do RS farão mapeamento da safra de soja

Em projeto pioneiro no Brasil, a Universidade do Estado de Kansas (K-State, na sigla em inglês) e a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) farão o mapeamento da produção de soja no Rio Grande do Sul. Informações geradas por satélite serão cruzadas com dados que começarão ser colhidos a campo nesta safra. A iniciativa busca aumentar a acurácia das estimativas de colheita - a fim de ajudar na tomada de decisão na hora de vender o produto ou de planejar a logística, por exemplo.

O modelo trazido ao país é baseado em experiência semelhante realizada na região do corn belt (cinturão do milho, em inglês) nos Estados Unidos. Com imagens de satélite e dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), pesquisadores da K-State conseguiram chegar a um modelo de previsão das safras de milho e soja nos Estados de Iowa, Indiana e Kansas.

- Começamos o mapeamento em nível regional e depois chegamos nos condados (equivalente a município no Brasil), capturando boa parte da variabilidade da produtividade - explica Ignacio Ciampitti, professor do Departamento de Agronomia da K-State.

O formato validado nos Estados Unidos foi adaptado à realidade local. Com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e imagens de satélite, pesquisadores testaram o modelo com base em informações de safras passadas. O passo seguinte é cruzar com dados a serem colhidos nas lavouras por técnicos das mais de 30 cooperativas associadas à CCGL - que terá a propriedade das informações.

- Estamos desenvolvendo plataforma digital, na verdade um aplicativo, para rodar já nesta safra - explica Geomar Corassa, gerente de pesquisa e tecnologia da CCGL.
 

Áreas de soja do RS na safra passada, em janeiro de 2019KSUCrops / Divulgação

A partir do cruzamento de informações, de satélites e da lavoura, será criado um modelo mais assertivo e robusto de previsão de safra. 

- Queremos dois meses antes da colheita ter projeção confiável de quanto será colhido - completa Ciampitti.

A parceria entre a K-State e a CCGL conta com apoio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que começou a promover intercâmbios de alunos brasileiros na área de processamento de imagens na universidade americana em 2014. Para o professor Telmo Amado, da Faculdade de Agronomia da UFSM, o projeto será importante para fazer as atuais projeções avançarem do âmbito da amostragem para abrangência territorial maior.

- Ter dados precisos e de forma antecipada é uma questão estratégica para o agronegócio - indica Amado.

Idealizador do projeto de mapeamento da safra de grãos nos Estados Unidos, Ignacio Ciampitti esteve no Brasil, em setembro, no 5º Congresso Sul-Americano de Agricultura e Máquinas Precisas, realizado em Não-Me-Toque. (GauchaZH)

 
Importações/Chile
O último relatório do Departamento de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa, sua sigla em espanhol) registrou queda no valor das importações de lácteos. Um dos principais assuntos de debates no setor leiteiro, e que desperta inquietação entre os produtores nacionais é a importação de lácteos pela indústria. Entretanto, no último relatório de outubro do Odepa foi registrado baixa no valor das compras de outros países. Segundo o boletim, entre janeiro e outubro deste ano foram adquiridos no exterior, produtos lácteos no valor de US$ 259,4 milhões, queda de 10,2% em relação ao mesmo período de 2018. As importações foram lideradas pelos queijos com 37.402 toneladas ao custo de US$ 147,5 milhões, ma, que representou queda de 15% na comparação com janeiro-outubro do ano passado. O segundo produto mais internalizado foi o leite em pó desnatado, 11.920 toneladas por US$ 28,2 milhões, 22,9% a mais em comparação com os mesmos dez meses de 2018. O leite em pó integral, por outro lado, registrou queda de 67,2%. Em relação aos mercados de importação, os Estados Unidos continua sendo a origem principal para adquirir lácteos, representando 25,9% das compras, no valor de US$ 67,2 milhões. Em seguida vem a Argentina com US$ 41,1 milhões, e a Nova Zelândia - que foi retirada da primeira posição nos últimos anos - ficou em terceiro lugar, ao embarcar produtos lácteos no valor total de US$ 38 milhões. (Mundo Agropecuário - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 06 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.124

  Festa de 50 anos do Sindilat reúne autoridades e representantes do setor lácteo em Porto Alegre
 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) completou, em 2019, meio século de história, muito trabalho e dedicação ao setor lácteo gaúcho. A festa em comemoração, realizada na noite desta quinta-feira (05/12), no Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), reuniu representantes de diferentes entidades ligadas à atividade leiteira no Rio Grande do Sul, além de autoridades, como o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray, que representou o governador do Estado na cerimônia, o deputado federal Jerônimo Goergen e os deputados estaduais Ernani Polo e Eric Lins. 

Em seu discurso, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, destacou a dedicação dos ex-presidentes do sindicato, ao longo dos 50 anos, em prol do crescimento do setor no RS e agradeceu a confiança e o trabalho desenvolvido pelas indústrias associados ao Sindilat. “Como de costume, esse ano foi repleto de desafios. Entre eles, elevar o padrão de qualidade do leite (INs 76 e 77) a um patamar diferenciado, que deverá abrir novos mercados, como ocorreu com a China e Egito”, disse, ressaltando que para o setor conquistar o mercado externo é preciso garantir competitividade, redução de custos, isonomia tributária, sanidade do rebanho e eficiência.

Guerra citou dados da produção leiteira no Estado e salientou que o RS está entre os três principais Estados produtores de leite do Brasil, sendo responsável por 12,5% da produção nacional, com 4,25 bilhões de litros/ano. “Somos líder em produtividade, cerca de 3.400 litros por vaca/ano, e temos mais de 50 mil produtores ligados à indústria”, frisou. Para obter tais resultados, o Sindilat investe diariamente na informação ao homem do campo e seus técnicos, em seminários e fóruns itinerantes pelo interior gaúcho, a fim de sanar dúvidas e capacitar produtores e indústrias.

Na ocasião, o deputado estadual Ernani Polo afirmou que a evolução do setor ocorre a partir do trabalho realizado pelo Sindilat, em parceria com as indústrias e cooperativas, com o objetivo de levar a assistência técnica até o campo. “Ao longo dos anos é possível acompanhar essa evolução e a busca por novos mercados”, contou. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado, Ruy Irigaray, é de suma importância que a indústria esteja indo bem, pois são os empresários que geram emprego e renda ao País, tornando-o mais competitivo. “Os bancos de fomento estão aí para auxiliar o crescimento das empresas”. Fechando os discursos, o deputado federal Jerônimo Georgen, representando a Câmara dos Deputados, ressaltou a importância da criação do Conseleite e do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).

A noite de comemoração contou com homenagem a todos os ex-presidentes do Sindilat: Helmut Mayer (in memorian), Zildo de Marchi, Frederico Dürr, Arno Kopereck, Gilberto Piccinini, Carlos Feijó e Wilson Zanatta, ao atual presidente, Alexandre Guerra e sua diretoria, e aos associados. Houve, também, a entrega de troféus para os finalistas do 5º Prêmio de Jornalismo do Sindilat, iniciativa que valoriza o trabalho da imprensa que cobre o setor lácteo no RS. Confira os vencedores de cada categoria:
 
IMPRESSO
1º lugar: Cristiano Vieira / Revista Press Agrobusiness – Reportagem: “Com saúde e sabor: os caminhos do leite”
2º lugar: Fernanda Mallmann / Informativo do Vale – Reportagem: “A colônia é High Tech”
3º lugar: Juliana Bevilaqua dos Santos / Pioneiro- Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”
 
ELETRÔNICO
1º lugar: Bruno Pinheiro Faustino / TV Cultura – Reportagem: “Leite: uma vocação
2º lugar: Gabriel Garcia / RBS TV- Reportagem: “Tecnologia no campo melhora o bem estar animal” gaúcha”
3º lugar: Ellen Bonow Bösel / Emater/RS  – Reportagem:  “Agroindústria Estrelat produz leite tipo A”
ONLINE
1º lugar: Juliana Bevilaqua dos Santos / Site Pioneiro - Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”
2º lugar: Joana Colussi / Zero Hora– Reportagem: “Bolsas estimulam educação em cooperativa agroindustrial”
3º lugar: Joana Colussi / Zero Hora - Reportagem: “Os motivos que fazem os jovens ficarem ou deixarem o campo no RS”
FOTO
1º lugar: Lidiane Mallmann / O Informativo do Vale
2º lugar: Marcelo Casagrande / Jornal Pioneiro
3º lugar: Antônio Valiente Samalea / Jornal Pioneiro
(Fonte: Assessoria de Imprensa Sindilat)


(Crédito: Dudu Leal)

Produção/AR 

Um boletim elaborado pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (Ocla) mostra dados que podem parecer paradoxais para as fazendas do país: em um deles, aparece o país na vanguarda ao nível mundial; mas, onde menos se paga.

De concreto, o Ocla criou um quadro com o preço que se paga pelo litro de leite ao produtor, nos principais países produtores.

Na Argentina, em outubro, o valor chegou a US$ 0,281, 21,6% acima dos US$ 0,231 do ano passado. Este salto interanual supera os 14,3% dos Estados Unidos, os 3% do Chile, e o 1,3% do Uruguai. Outros países, no entanto, sofreram quedas interanuais: no Brasil foi de -12,8%, e na União Europeia (UE), -7,5%.
 
Sem dúvida, este incremento interanual não conseguiu fazer com que a Argentina saia do último lugar no ranking do preço do leite ao produtor.

Seus US$ 0,281 estão abaixo dos US$ 0,301 do Uruguai, e dos US$ 0,322 da Nova Zelândia, que seriam os valores mais próximos dos preços locais.

De qualquer forma, vale ressaltar que os produtores argentinos reduziram a distância que tinha em relação aos seus pares no resto do mundo, uma vez que, no ano passado, a diferença entre o preço doméstico do leite e do preço internacional era muito maior. (Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)

Produção/Cone Sul

As vacas sofrem estresse com o calor, e reduzem a produção de leite, um fenômeno que na segunda quinzena de novembro afetou de forma particular as fazendas da Argentina, Chile e Uruguai.

O site especializado em informações do setor lácteo mundial, CLAL News publicou que o estresse pelo calor está afetando a produção de leite no Cone Sul, ou seja, Argentina, Chile e Uruguai.
 
As temperaturas diurnas continuam aumentando nesta região do mundo, o que aumenta o estresse por calor das vacas leiteiras.
A produção de outros países da região como Brasil, Peru e Equador, estão chegando ao pico sazonal.
 
De qualquer forma, o volume de leite produzido continua sendo suficiente para satisfazer as necessidades principais das indústrias de processamento nos principais países exportadores, Argentina e Uruguai, afirma o CLAL.

No entanto, a disponibilidade leite em pó integral e desnatado está diminuindo.
 
Os preços de exportação de leite em pó desnatado estão aumentando, em decorrência de produção muito limitada, já que as indústrias estão preferindo transformar o leite disponível em leite em pó integral para cumprir obrigações contratuais.
Assim, o leite em pó integral também está com preços de exportação pressionados, diante da forte demanda e dos maiores custos de processamento.
 
O mercado está se fortalecendo já que a produção não é suficiente para satisfazer a demanda a curto prazo dos compradores, conclui o relatório do CLAL News. (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva)

 
 
Queda na produção de leite da Austrália deve dar suporte a preços, diz USDA
A produção de leite da Austrália em 2020 deve alcançar o menor nível em 25 anos, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Isso pode oferecer mais suporte aos preços de lácteos no longo prazo, com produção mais restrita ao redor do mundo. O relatório do USDA afirma que a queda pode ser atribuída às condições de seca em partes do país e, consequentemente, elevação dos custos com ração e água. (As informações são do Dow Jones Newswires, publicadas no Estadão)

Porto Alegre, 05 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.123

  Meio século de avanços e inovação

O setor lácteo gaúcho avançou nos últimos 50 anos. Os tambos familiares se profissionalizaram e acompanharam o desenvolvimento do setor industrial, que hoje detém uma produção tecnificada, inovadora e internacional. O Rio Grande do Sul tem 232 laticínios, que processam 4,24 bilhões de litros ao ano, 12,5% da produção nacional. Essa evolução é resultado de um trabalho coletivo, que conta com o auxílio de muitos atores. Um desses atores é o Sindilat, entidade máxima representativa da indústria láctea e que completa, em 2019, 50 anos de trabalho pelo setor no RS. Não foram poucos os desafios enfrentados. O primeiro deles: unir a categoria. Depois, veio a batalha pela competitividade e crescimento das indústrias e da renda dos produtores rurais. Isso se materializou com a consolidação do UHT e do leite em pó, o que deixou o RS entre os três principais Estados produtores de leite, dando acesso a novos mercados.

O sindicato fortaleceu sua relevância ao buscar soluções para minimizar os efeitos da guerra fiscal e garantir isonomia tributária. Uma batalha que é um desafio constante, tendo em vista a assimetria fiscal no Brasil. O Sindilat esteve ao lado do setor público no trabalho que criou a Lei do Leite, uma inovação de transparência e rastreabilidade.

Preocupado com a competitividade, participa de diversas ações como missões ao exterior em busca de novas tecnologias e de programas e ferramentas pela qualidade do leite e a sanidade animal. Além disso, uniu esforços para o desenvolvimento do setor produtivo e ajudou a consolidar o Conseleite, que reúne, mensalmente, representantes do setor para avaliar tendências mercadológicas. Sem falar nos Fóruns Itinerantes, que levam ao interior do RS debates essenciais para o dia a dia rural.

Este ano foi marcado, mais uma vez, por muito trabalho. O Sindilat foi executor, com o Ministério da Agricultura e a Secretaria da Agricultura do Estado, de seminários no Interior do RS, sanando dúvidas e capacitando produtores e técnicos quanto às exigências das Instruções Normativas do Leite nº 76 e nº 77.

Em um ano com tantas mudanças e abertura de novos mercados, como o chinês e egípcio, nada melhor do que exaltar as conquistas e traçar novas metas. Nas próximas décadas, esperamos continuar agindo como um sindicato atuante, representativo e reconhecido pelo setor lácteo, sociedade e governo. (Por Alexandre Guerra, Presidente do Sindilat-RS/Jornal do Comércio)

Uruguai: captação de leite da Conaprole em novembro supera 2018, mas ano deverá fechar em baixa

O volume de leite captado pela cooperativa uruguaia Conaprole superou pela primeira vez, em novembro, a captação do mesmo mês de 2018, atingindo 139,6 milhões de litros, volume diminuído nos últimos dias do mês devido à falta de chuvas e à menor qualidade das pastagens.

O declínio sazonal usual foi acentuado e, entre 1 e 30 de novembro, a produção enviada para a fábrica caiu 14%, disse Alejandro Pérez Viazzi, vice-presidente da Conaprole.

Até agora este ano, a referência continua 5% abaixo em relação ao mesmo período do ano passado e, nos últimos doze meses móveis (dezembro de 2018 a novembro de 2019), foi registrada uma queda de 4% em relação ao ano anterior.

Pérez Vizzi estimou que a produção fechará 2019 em 5% abaixo do ano passado, muito semelhante - ou um pouco acima - da produção de 2017. (As informações são da Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Kantar: cresce retomada do brasileiro aos pontos de venda; produtos premium e saudáveis em destaque

O crescimento da frequência de compras em 7% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado significa uma visita a mais aos estabelecimentos no período. 

No segundo trimestre de 2019, o mercado brasileiro de bens de consumo massivo (FMCG) registrou índice positivo de frequência de compra. É a primeira vez que isso acontece desde o mesmo período de 2018, de acordo com o levantamento Consumer Insights da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria.

No período de julho a setembro deste ano, a quantidade de idas ao ponto de venda cresceu 7%, o que significa que, em média, as famílias fizeram uma visita a mais aos estabelecimentos para se abastecer. Além disso, o volume médio em unidades compradas também aumentou 2,1% e o gasto médio em 3,5% para consumo dentro do lar em relação ao trimestre anterior.

Fora do lar, a frequência também registrou crescimento de 3,5%. Este número indica que, nesse período, as famílias fizeram uma refeição a mais em restaurante, churrascaria ou outros estabelecimentos comerciais, por exemplo. Entre as regiões que se destacam estão Grande Rio de Janeiro, Leste e Interior do Rio de Janeiro, Centro-Oeste e Grande São Paulo, nesta ordem. No período analisado, quase todas as cestas se recuperaram, em especial as de perecíveis e mercearia doce.

No longo prazo, ou seja, nos últimos 12 meses terminados em setembro de 2019, em comparação ao mesmo período do ano anterior, o indicativo não é positivo, apesar de o pessimismo da população ter caído de 20% para 15%. Considerando consumo dentro do lar, a frequência de compra caiu 2% e o volume médio de unidades retraiu 4,1%. Fora do lar, a frequência baixou 7,4%, o que significa deixar de fazer seis almoços ou jantares na rua no intervalo citado.

Ou seja, nos últimos anos, devido à redução da renda e ao aumento do endividamento, os itens de FMCG passaram a pesar cada vez mais no bolso, obrigando os brasileiros a fazer escolhas e repensar o consumo na tentativa de manter o mesmo padrão. Com limitações financeiras, as famílias cortaram gastos e elegeram os itens que consideram indispensáveis para manter no carrinho.

No momento desta decisão, cada classe racionaliza de uma maneira. Em linhas gerais, a classe AB, que perdeu mais de 500 mil lares devido à crise, reduziu o volume médio comprado, enquanto as classes CDE diminuíram as visitas aos estabelecimentos.

Em relação às categorias, o brasileiro, independente de classe social, tem certo padrão de prioridades. Na hora de comprar, os shoppers buscam nos produtos qualidade, conveniência, valor e benefícios. "Neste cenário, para manter essas prioridades, nem sempre o carrinho fica com as opções mais baratas. Apesar de preço ser, sim, importante, ele pode não ser o fator primordial de decisão em diversas ocasiões de compra", analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Insights da Kantar. 

Este comportamento justifica, por exemplo, o crescimento de produtos premium, como água mineral saborizada, azeite extra virgem, sorvete e amaciante concentrado. Destaque também para produtos de limpeza, como limpador brilho e desengordurante de cozinha, que desempenham papel importante em um dia a dia mais conveniente nos cuidados com a casa. Vale ressaltar ainda que os mais de 9 milhões de lares seniores no País já são responsáveis por 16% dos gastos com FMCG e têm claras as suas necessidades, como busca por saudabilidade. (As informações são da Kantar)

CNA aposta que Ásia continuará sendo importante parceira; lácteos entre as prioridades de exportação

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que a Ásia continuará como “um importante parceiro do agronegócio brasileiro” em 2020, com aumento de exportações e inclusão de novos produtos na pauta de comércio, como frutas, lácteos, produtos apícolas, cafés especiais e pescados. Dos principais destinos de exportação do setor em 2019, três são asiáticos – China, Japão e Irã – e os outros são Estados Unidos e União Europeia. Esses cinco mercados responderam por 63% das vendas externas do setor.

O maior aumento observado foi para o Japão. De janeiro e outubro de 2019, o país importou do Brasil US$ 913,9 milhões a mais do que no mesmo período de 2018.

Outro destaque é a China, principal importador de carnes de frango, bovina e suína do Brasil. O país asiático enfrentou problemas de abastecimento, com a peste suína africana, e foi obrigado a importar proteínas animais de vários outras nações, principalmente do Brasil.

Com o aumento da demanda, os preços da arroba bovina tiveram um pico em novembro no Brasil, chegando ao recorde de R$ 230 em São Paulo. Além da demanda externa, a alta é atribuída à estiagem prolongada, que reduziu a oferta de pasto nas propriedades, e à recuperação do consumo doméstico.

Em 2019, a soja em grão liderou o ranking das exportações brasileiras, com US$ 23,2 bilhões em vendas. Em seguida vieram celulose (US$ 6,56 bilhões), milho (US$ 5,92 bilhões), carne de frango in natura (US$ 5,5 bilhões), e carne bovina in natura (US$ 4,98 bilhões).

Internacionalização
A CNA intensifica a atuação internacional com escritórios na China, já em funcionamento em Xangai, e em Cingapura, na busca pela ampliação de mais espaço no continente asiático para os produtos do agronegócio brasileiro. Entre as cadeias produtivas consideradas prioritárias estão: aquicultura, mel, lácteos, café, frutas, flores e hortaliças.

Também está prevista a abertura de quatro escritórios de promoção comercial do agronegócio brasileiro na Rede Agropecuária de Comércio Exterior (Interagro), que vão atuar em parceria com as representações da CNA na Ásia. A iniciativa é uma parceria com a Apex-Brasil para inserir cada vez mais produtores rurais no processo de exportação. (As informações são do Estadão)

 
Fonterra eleva estimativa de preço ao produtor a US$ 4,57
A companhia de lácteos Fonterra, da Nova Zelândia, elevou sua estimativa de preço ao produtor para a temporada 2019/20, que começou em 1º de junho. A projeção foi aumentada para uma faixa entre 7,00 e 7,60 dólares neozelandeses (US$ 4,57 e US$ 4,96) por quilo de leite em pó. O intervalo anterior era de 6,55 e 7,55 dólares neozelandeses (US$ 4,28 e US$ 4,93). O presidente do conselho de administração da companhia, John Monaghan, disse em comunicado que o preço mais alto reflete um mercado global de lácteos que está pendendo um pouco mais para a demanda. (As informações são do Dow Jones Newswires, publicadas no Estadão)

Porto Alegre, 04 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.122

  Importações de lácteos crescem 22% em novembro; incremento do leite em pó desnatado foi de 136%

Segundo dados da última terça-feira (03/12) divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), a quantidade importada de leite (em litros equivalentes) no mês novembro aumentou 22% em relação a outubro, com 87,5 milhões de litros em equivalente leite importados. Comparando nov/19 com o mesmo mês do ano passado, a quantidade ficou 41% menor.

Já em relação à exportação, também houve um aumento no mês de novembro: os 10,9 milhões de litros em equivalente leite exportados pelo Brasil representaram um acréscimo de 24% em relação a out/19 e uma queda de 5% em relação a nov/18. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea, que, em novembro, apresentou um déficit de -77 milhões de litros no gráfico abaixo.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil em equivalente leite (milhões de litros); elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.

Os leites em pó representaram 57,2% das importações totais brasileiras em novembro, no entanto, em comparação com outubro, o volume importado de leite em pó integral diminuiu 4% e as importações de leite em pó desnatado tiveram um incremento de 136%.

Apesar da desvalorização do real frente ao dólar no último mês, o aumento da demanda pelo leite em pó nacionalmente, principalmente desnatado, e a desvalorização da gordura, aliados à baixa disponibilidade de produtos aqui no Brasil, tornaram os preços internacionais do produto interessantes, culminando no aumento da importação do produto.

Queda no volume importado de manteiga
Em novembro ocorreu a segunda queda seguida no volume importado de manteiga, sendo 22% menor ao volume internalizado em outubro. Em contrapartida, as importações de queijos aumentaram 4% e as de soro permaneceram praticamente constantes, variando apenas -0,3%. Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos para o mês de novembro deste ano. (Milkpoint Mercado)

Tabela 2. Balança comercial láctea em outubro de 2019; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.

Mercado LTO 

A oferta de leite na União Europeia (UE) aumentou 1% em setembro, assim como no mês anterior. No acumulado do ano, até setembro, houve crescimento de 0,5%, em comparação com 2018. Alemanha, França e Holanda apresentaram novamente aumentos em setembro. Na Irlanda a produção ficou virtualmente inalterada no mês, findando o período de crescimento exponencial.  
 
Outras grandes regiões exportadoras mostraram desempenhos variados. A produção de leite na Argentina e nos Estados Unidos cresceu 1%. O volume caiu na Austrália 5%, na Nova Zelândia 1% e, no Uruguai 3%.
Em setembro, a taxa de crescimento conjunto das principais regiões exportadoras, incluindo a UE, foi levemente negativa, -0,1%.

Depois de alguns meses com leve aumento, o preço da manteiga ficou estabilizado, a partir da segunda quinzena de outubro. O mercado, no entanto, recuperou novamente no final de novembro, como resultado da boa demanda de manteiga, com vários destinos de exportação.

O mercado do leite em pó desnatado (SMP) permanece positivo. As cotações continuaram aumentando diante da firme demanda de países asiáticas, e oferta limitada.

Um pouco menos ativo está o mercado de leite em pó integral (WMP). As cotações acompanham a evolução do mercado da manteiga e do leite em pó desnatado. Ainda assim as cotações crescem desde a segunda quinzena de agosto. (LTO Nederland – Tradução livre: Terra Viva)

União vai ajudar Estado a rever benefícios fiscais

Nesta terça-feira (3), a Secretaria de Avaliação de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e Loteria, vinculada ao Ministério da Economia, e o governo do Estado assinaram termo de cooperação técnica para avaliação das políticas de incentivo fiscal implementadas no Rio Grande do Sul. O documento foi assinado, em Brasília, com a presença do secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, e do secretário de Avaliação de Políticas Públicas, Alexandre Manoel Angelo da Silva.

A parceria com o Rio Grande do Sul é a primeira firmada pelo Ministério da Economia. O plano de trabalho prevê entregas ao longo do ano de 2020, incluindo a avaliação econométrica de impacto dos benefícios estaduais de ICMS, um estudo comparativo dos benefícios de impostos federais e estaduais que são aplicados no Estado e um panorama macro fiscal do Estado considerando a estrutura de benefícios do ICMS.

Esse trabalho conjunto se soma às iniciativas iniciadas em janeiro, com destaque para a criação do Grupo Técnico de Avaliação Econômica do Incentivos. Entre os trabalhos já em elaboração, estão o diagnóstico das isenções, um panorama atual do Rio Grande do Sul comparado a outros Estados, a construção de indicadores de efetividade e redesenho das estratégias.

Segundo estimativas da Secretaria de Fazenda, as desonerações totais de ICMS somaram R$ 9,7 bilhões no ano de 2018. O fim dos incentivos, no entanto, não resultaria em aumento proporcional da arrecadação, já que esse valor engloba desonerações nacionais via Conselho Nacional de Política Fazendário (Confaz) - como as desonerações que incidem sobre a cesta básica -, a redução do Simples Nacional, compras de órgãos públicos e outros benefícios meramente operacionais.

Apenas uma parte, estimada em R$ 2,9 bilhões de créditos presumidos, é de efetivo incentivo econômico concedido, sendo que tais valores englobam também contratos assinados com prazo definido que não podem ser cancelados unilateralmente. Assim, decisões sobre as isenções devem ser tomadas com base em avaliações sobre a efetividade e eficácia desses benefícios. (Jornal do Comércio)

 
HackatAgro
Foram escolhidas as 15 startups que participarão, de 13 a 15 deste mês, do hackathon agro. O anúncio foi feito ontem, por representantes da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do RS (Senar-RS), à frente da maratona tecnológica. As startups buscarão soluções em quatro áreas: custos de produção, segurança, comercialização e doenças invasoras e pragas. Gedeão Pereira, presidente da Farsul, diz que o papel da iniciativa é descobrir startups do agronegócio e ajudá-las a se desenvolver. (Zero Hora)

Porto Alegre, 03 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.121

  GDT - 03/12/2019


 
(Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat)

LEITE/CEPEA: oferta limitada resulta em leve queda nos preços em novembro

O preço pago ao produtor em novembro (referente ao volume captado em outubro) foi de R$ 1,3493/litro na "Média Brasil" líquida, leve queda de 1,04% frente ao mês anterior. O movimento de desvalorização do leite no campo está atrelado ao aumento da produção, devido ao período sazonal de maior disponibilidade de forragens na primavera. No entanto, o atraso das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste - que limitou a recuperação da produção - e a competição entre indústrias por matéria-prima neste período evitaram que as cotações não despencassem, assim como observado em anos anteriores.

O Índice de Captação de Leite (ICAP-L) subiu apenas 0,55% na "Média Brasil" de setembro para outubro, muito abaixo do esperado para o período. Além do atraso das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste, agentes consultados pelo Cepea destacaram que a saída de produtores da atividade e a maior cautela em realizar investimentos, somado ao aumento dos preços dos grãos, diminuíram o potencial de crescimento da oferta nesse período.

Com oferta limitada no último trimestre, o comportamento dos preços neste ano segue atípico. O intenso recuo que sazonalmente se observa no final do ano pode não ocorrer. Segundo agentes do setor, há grandes chances de a captação de novembro, cujo pagamento será feito em dezembro, ficar praticamente estável. Deve-se levar em conta que a produção do sul do país tende a cair a partir de novembro. Ademais, os preços atrativos no mercado de corte têm incentivado o abate de vacas e podem, nos próximos meses, levar à destinação de parte da produção de leite para a alimentação de bezerros. (Fonte: Cepea-Esalq/USP)

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de outubro/19) - "Média Brasil".
 

PIB confirma alta de 0,6% no 3º tri; agropecuária é responsável pela maior alta

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 0,6% no 3º trimestre de 2019 na comparação com o primeiro trimestre de 2019. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 1,842 trilhão. Na comparação com igual período de 2018, o PIB subiu 1,19%.

A expectativa, de acordo com mediana das projeções de economistas consultados pela Bloomberg, era de um crescimento de 0,4% na comparação trimestral e de alta de 1% na comparação anual.

O instituto ainda revisou o PIB de 2018 para cima, de 1,1% para 1,3%. O IBGE ainda revisou o resultado do PIB do 2º trimestre, para uma alta 0,5%, ante leitura de avanço de 0,4% feita anteriormente. Já o resultado do 1º trimestre foi revisado para uma estabilidade, em vez de queda de 0,1%.

Na base trimestral, a maior alta foi da agropecuária, com crescimento de 1,3%, seguida pela indústria (0,8%) e pelos serviços (0,4%).

Conforme aponta o IBGE, o crescimento na indústria se deve às indústrias extrativas (alta de 12,0%, puxada pelo crescimento da extração de petróleo) e à construção (1,3%). Recuaram no trimestre eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,9%) e indústrias de transformação (-1,0%).

Nos serviços, os resultados positivos foram em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,2%), comércio (1,1%), informação e comunicação (1,1%), atividades imobiliárias (0,3%) e outras atividades de serviços (0,1%). Já os recuos foram nas atividades de transporte, armazenagem e correio (-0,1%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,6%).

Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo (2,0%) e a despesa de consumo das famílias (0,8%) tiveram variação positiva. Já a despesa de consumo do governo (-0,4%) recuou em relação ao trimestre imediatamente anterior. No setor externo, as exportações de bens e serviços recuaram 2,8%, enquanto as importações de bens e serviços cresceram 2,9% na mesma comparação. (As informações são do InfoMoney)

 
Uruguai: captação de leite se recupera e encurta distância com 2018
A produção de leite continua seu caminho de recuperação no Uruguai. Embora a captação permaneça abaixo dos volumes do ano passado, a diferença ano a ano diminuiu novamente em outubro. A produção foi de 214,2 milhões de litros, apenas 0,7% abaixo do recorde de 215,8 milhões do ano passado, segundo dados do Instituto Nacional do Leite (Inale). Este é o terceiro melhor outubro da série, que começa em 2002. Em relação a setembro, a captação deu um salto de 9%. bservado o acumulado do ano (janeiro a outubro), a captação foi de 1,602 bilhão de litros, 5,3% inferior aos 1,692 bilhão enviados à indústria no mesmo período de 2018. Nos últimos doze meses (novembro de 2018 a outubro de 2019), foram adicionados 1,973 bilhão de litros, 4,3% abaixo dos 2,062 bilhões acumulados no mesmo período anterior (novembro de 2017 a outubro de 2018). (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 02 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.120

  Sindilat comemora 50 anos de dedicação ao setor lácteo gaúcho

Trabalhando pelo desenvolvimento do setor lácteo gaúcho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) completa 50 anos de história em 2019. O evento já tem data marcada e será nesta quinta-feira (05/12), a partir das 19h, no Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS). A noite contará com homenagens a todos os ex-presidentes e associados que atuam e atuaram no fortalecimento do sindicato neste meio século de vida.

De acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a festa dos 50 anos busca exaltar a trajetória dos associados e ex-presidentes . “Será uma noite para celebrarmos a história e a credibilidade que o Sindilat conquistou ao longo dos anos”, diz, ressaltando que nada é mais gratificante do que dar o devido reconhecimento a quem realizou um trabalho sério e ético pelo desenvolvimento das indústrias lácteas no RS.

Na ocasião, ocorrerá a cerimônia de entrega de troféus para os finalistas do 5º Prêmio de Jornalismo do Sindilat, iniciativa que valoriza o trabalho da imprensa que acompanha o setor lácteo no RS através de quatro categorias: impresso, online, eletrônico e fotografia. Confira os finalistas:

IMPRESSO
Cristiano Vieira / Revista Press Agrobusiness – Reportagem: “Com saúde e sabor: os caminhos do leite”
Fernanda Mallmann / Informativo do Vale – Reportagem: “A colônia é High Tech”
Juliana Bevilaqua dos Santos / Pioneiro- Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”

ELETRÔNICO
Bruno Pinheiro Faustino / TV Cultura – Reportagem: “Leite: uma vocação gaúcha”
Ellen Bonow Bösel / Emater/RS  – Reportagem:  “Agroindústria Estrelat produz leite tipo A”
Gabriel Garcia / RBS TV- Reportagem: “Tecnologia no campo melhora o bem estar animal”

ONLINE
Joana Colussi / Zero Hora– Reportagem: “Bolsas estimulam educação em cooperativa agroindustrial”
Joana Colussi / Zero Hora - Reportagem: “Os motivos que fazem os jovens ficarem ou deixarem o campo no RS”
Juliana Bevilaqua dos Santos / Site Pioneiro - Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”

FOTO
Antônio Valiente Samalea / Jornal Pioneiro
Lidiane Mallmann / O Informativo do Vale
Marcelo Casagrande / Jornal Pioneiro
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

FrieslandCampina 

O preço do leite cru garantido pela FrieslandCampina para o mês de dezembro de 2019 foi de € 36,41/100 kg, [R$ 1,73/litro]. O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru convencional subiu 0,91 em relação ao mês anterior. A expectativa das principais indústrias de referência é de que o preço do leite suba.
 


O preço garantido do leite orgânico para dezembro de 2019 foi estabelecido em € 45,74/100 kg [R$ 2,18/litro], caindo 1,26 euros em relação ao leite orgânico garantido do mês anterior (47,00). O novo preço garantido incluiu uma correção de 2,01 para menor, devido a preços superestimados do leite pelas empresas de referência, em meses anteriores.  

  
O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores de leite convencional e que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano.

O preço garantido para o leite orgânico segue os mesmos parâmetros do leite convencional em relação ao teor de sólidos, mas, a base do volume de entrega é acima de 600.000 quilos anuais.

O preço garantido da FrieslandCampina faz parte do preço do leite que a FrieslandCampina paga, anualmente, aos seus produtores de leite. Mensalmente, o preço garantido é estimado com base no desenvolvimento dos preços do leite publicados pelas principais indústrias de referência.

Até 2016 o volume era de 600.000 quilos para o leite convencional. A alteração do volume que serve de base para bonificações e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)

Câmara Temática do Mercosul 

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) realiza na próxima terça-feira (3) a reunião inaugural da Câmara Temática do Mercosul e Comércio Exterior. O evento ocorrerá na Sala Diplomata do Hotel Embaixador, no centro de Porto Alegre, a partir das 14h.

A apresentação da Câmara Temática ficará a cargo do diretor do Departamento de Políticas Agrícolas e de Desenvolvimento Rural da Seapdr, Ivan Bonetti. O secretário da Agricultura, Covatti Filho, vai falar sobre as relações de comércio exterior da agropecuária gaúcha. E o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai ser representado pelo embaixador Orlando Leite Ribeiro, secretário de Comércio e Relações Internacionais.  Ele vai abordar a política de comércio exterior do agronegócio brasileiro.
 
“A Câmara Temática do Mercosul vai ser um importante fórum de discussão, identificando gargalos nas importações e exportações e debatendo de forma permanente as transações comerciais de produtos agropecuários entre os países do Mercosul e também de outros mercados”, afirma o secretário Covatti Filho.
 
A Câmara Temática Mercosul e Comércio Exterior foi criada pelo Decreto nº 54.770, de agosto de 2019, e tem entre seus objetivos subsidiar políticas públicas em âmbito estadual e federal, estimular a prospecção de novos mercados, avaliar situações problemáticas, buscar soluções e antecipar-se para evitar crises e reduzir assimetrias existentes na produção, comercialização e industrialização de produtos agropecuários.

O Rio Grande do Sul é o quarto estado brasileiro nas exportações do agro com R$ 46,4 bilhões. Entre os produtos mais exportados estão as carnes, couros, animais vivos (exceto pescados), o complexo soja e os produtos florestais. 
 
Serviço
O que: Reunião Inaugural da Câmara Temática Mercosul e Comércio Exterior
Quando: 3 de dezembro
Horário: 14h
Onde: Sala Diplomata do Hotel Embaixador, na Rua Jerônimo Coelho, 354, Centro de Porto Alegre
Contato: (51) 3288-6364
(Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr))
 
Produção/Chile 
A principal bacia leiteira do Chile, Los Lagos, ao contrário do país como um todo, terminou outubro com queda de 1,2% em sua produção de leite. A captação nacional de leite cru mostrou em outubro, quebra da tendência e acabou aumentando 1,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, 232,3 milhões de litros. Isso interrompeu seis meses consecutivos de baixa na comparação interanual, segundo dados do Escritório de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa). No acumulado entre janeiro e outubro de 2019, a captação chilena de leite cru continua no terreno negativo, -2%, chegando a 1.670,2 milhões de litros. Na Região de Los Lagos, a principal região produtora de leite do país, a captação de leite cru, em outubro, terminou com queda de 1,2%. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, Los Lagos totalizou 752,3 milhões de litros, o que representou queda de 5,6% no volume, em relação ao mesmo período de 2018. A Região de Los Rios, a segunda maior região produtora de leite, a captação de leite em outubro totalizou 73,5 milhões de litro, registrando aumento de 5,5% em relação ao exercício anterior. No entanto, entre janeiro e outubro de 2019, a recepção de leite cru em Los Rios teve queda de 0,7%. (Mundo Agropecuário – Tradução livre: Terra Viva)

 

 

Porto Alegre, 29 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.119

  Novo conceito do AVISULAT quer mostrar resultados positivos do setor lácteo
 

Durante o lançamento do AVISULAT 2020, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado (Sindilat) reforçou que o congresso mostrará os resultados de ações que o setor leiteiro vem desenvolvendo nos últimos anos. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a sexta edição do evento trará cases positivos e visão de mercado, focando principalmente na importância das exportações e ações de sanidade. Atualmente, o setor sofre com a diferença entre o que importa e exporta, que varia de 5% a 8% ao ano para importados e menos de 1% para exportados. “Essa imprevisibilidade acaba prejudicando o nosso avanço, mas o Rio Grande do Sul está no caminho certo para obter sucesso. O novo formato está alinhado com a visão de futuro e planejamento que precisamos fomentar para o crescimento do setor”, destacou Palharini. O lançamento ocorreu na manhã desta sexta-feira (29/11), no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. O AVISULAT acontecerá entre os dias 23 e 25 de novembro de 2019, no Centro de Eventos da Fiergs.

A novidade desta edição contará com um espaço dedicado para mostra de projetos e trabalhos científicos de Universidades e Instituições de Pesquisa e uma Central de Startups, voltada para tecnologia e inovação no agronegócio. “Os setores e a população precisam de um Estado mais firme e que dê condições e segurança para investimentos, desenvolvimento e aperfeiçoamento nas mais diversas áreas, como sanidade, sustentabilidade, comércio interno e externo e meio ambiente”, afirmou o diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), José Eduardo Santos, entidade que ao lado do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (SIPS) e Sindilat, promove o evento.

Para Palharini, os laticínios não podem andar atrás dos avanços de competitividade que estão sendo sentidos em outros setores do País, como bovinocultura, suinocultura e avicultura. “Também precisamos entrar nessa corrente exportadora, como já acontece nos setores de proteína. A abertura de mercado externo vai trazer ao setor lácteo gaúcho um status diferenciado em relação aos outros estados da federação”, refletiu. O congresso ainda trará debates em torno da economia global e nacional, buscando entender os efeitos sentidos na transição de governo e abertura de comércio em 2019. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Crédito: Letícia Breda

Câmara do Leite aponta desafios e oportunidades para o setor em 2020
Reunindo representante de entidades e indústrias do setor lácteo brasileiro, a Câmara do Leite apresentou dados do cenário nacional e mundial e as perspectivas para o setor em 2020. O encontro, realizado na tarde desta quinta-feira (28/11) em Porto Alegre (RS), é uma iniciativa do Sistema OCB, em parceria com a Fecoagro e Sindilat RS, que tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento da atividade leiteira, através de discussões acerca do custo, preço pago ao produtor, produção, consumo, oferta e demanda.
Trazer para o Rio Grande do Sul um evento que, normalmente, ocorre no Centro-Sul mostra a importância que o Estado tem para a produção leiteira no país. De acordo com o coordenador da Câmara do Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira Netto, a entidade entende que, pelo dinamismo da atividade leiteira no Sul do Brasil, com força no RS, é necessário levar o debate para os locais onde a atividade econômica ocorre. “A Câmara do Leite da OCB é o fórum que reúne as cooperativas do país inteiro”, disse, ressaltando que o foco do encontro é proporcionar um diálogo franco entre as indústrias a partir de dados de especialistas.
Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho destacou que a dificuldade do setor é que os preços ao consumidor não estão aumentando, ou seja, os preços de derivados, que a indústria poderia repassar ao consumidor, não estão sendo repassados. “No geral, para os produtores, 2019 foi um ano bom, mas, para a indústria, foi um ano bastante complicado, principalmente para aquelas que têm produtos mais comoditizados”, afirmou, referindo-se ao UHT padrão, que possui menor valor agregado e margens menores.
Durante o encontro, Carvalho também salientou que a produção mundial de leite está muito fraca em termos de expansão, mas que a demanda chinesa segue firme e tem puxado o mercado internacional. “Os preços de leite estão mais altos lá fora e com uma taxa de câmbio mais valorizada no Brasil, isso segura a importação e acaba sustentando um pouco mais as cotações aqui dentro”. Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o setor precisa unir esforços a fim de conquistar novos mercados dentro do país e fora. “A expectativa é que, para o próximo ano, possamos ter recuperação de preços devido à melhora da economia, associada ao câmbio elevado, que segura a importação, nos  favorecendo para pensarmos no mercado externo”. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Foto: Stéphany Franco

Fundo de Sanidade do RS paga R$ 4,8 mi em indenizações até setembro de 2019 

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Estado do Rio Grande do Sul aplicou R$ 4.852.788,84 para o pagamento dos pedidos de indenização de produtores de leite. As indenizações se referem aos meses de janeiro a setembro de 2019. No período, foram 485 pedidos, totalizando 3.071 animais, com testes positivos para tuberculose ou brucelose, destinados ao abate sanitário. 
O resultado obtido até setembro de 2019 é consequência do trabalho realizado a partir dos fóruns itinerantes acerca das mudanças com a chegada das INs 76 e 77 e do fortalecimento do Programa Mais Leite Saudável, que certifica as propriedades livres de brucelose e tuberculose. Em 2017, foram 393 solicitações de indenização e 2.662 animais abatidos, somando R$ 3.786.683,48.  Já em 2018, foram 416 pedidos e 3.123 animais positivos para essas zoonoses, destinando R$ 4.270.754,18 para o pagamento de indenizações. Um crescimento de 12,78%.
Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, os resultados divulgados mostram que o produtor rural está cada vez mais consciente. “2019 ainda nem acabou e o montante destinado ao pagamento de indenizações, até setembro, já ultrapassa o valor do ano de 2018”, reflete, ressaltando os valores pagos não são somente para vacas em  lactação, mas, também, para terneiras a partir do seu nascimento e para o vazio sanitário da propriedade, onde poderá ser pago até seis meses de receita líquida da propriedade rural, levando em conta a comprovação de venda e quantidade de litros via nota fiscal. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
 
Exportações
A Secretaria de Comércio Exterior informou, por meio de nota, que os dados de exportação referentes às primeiras quatro semanas de novembro "sofreram alteração significativa". Com isso, as exportações do acumulado at´a quarta semana do mês somaram US$13,498 bilhões. O dado divulgado originalmente era de US$9,681.

 

Porto Alegre, 28 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.118

  Comunicação eficiente aliada à tecnologia traz bons resultados

Em 2019, o Dairy Vison, fórum promovido pela AgriPoint e Zenith, apostou na inovação como tema central do encontro dos líderes. O evento, que reuniu cerca de 350 representantes de indústrias de laticínios do Brasil e do mundo, foi realizado nos dias 26 e 27 de novembro, em Campinas (SP) e contou com a apresentação de cases, painéis e debates acerca do presente e futuro da atividade leiteira. Temas como indústria 4.0, inteligência artificial e comunicação eficiente para fazer bons negócios ganharam espaço na programação. 

Para o fundador e CEO da AgriPoint, Marcelo De Carvalho, o setor lácteo precisa se adaptar constantemente para acompanhar a inovação tecnológica. "Os painelistas mostraram como a tecnologia pode ser usada a favor da indústria, através da inteligência artificial, que é uma aliada para entender o comportamento do consumidor, e da realidade aumentada nas embalagens, por exemplo". De acordo com Carvalho, essa tecnologia permite que, com o auxílio do celular, o consumidor veja hologramas explicando a origem do leite.

É preciso estar atento às mudanças e acompanhar as tendências de mercado, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. "O evento apresentou dados mundiais do setor lácteo e nos fez repensar alguns aspectos para conseguir explorar novos negócios, visando o mercado interno e externo", destacou Guerra, ressaltando que outra questão importante abordada no encontro foi a rastreabilidade para garantir a origem dos produtos para o consumidor, que está adquirindo cada vez mais hábitos saudáveis e isso reflete na busca por informação seja através da internet, seja com a leitura dos rótulos e embalagens.


Foto: Darlan Palharini

Entidades dos Setores de Aves, Suínos e Laticínios definem o 6º AVISULAT 2020 - NC 
Na manhã desta sexta-feira (29/11) as Entidades ASGAV, SIPS e SINDILAT realizarão café de apresentação do AVISULAT 2020 NC - Novo Conceito - Congresso e Central de Negócios Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios que será realizado de 23 à 25 de Novembro de 2020 na FIERGS em Porto Alegre/RS.  
Novamente, encarregado para coordenar o evento que entra em sua sexta edição e a terceira vez em Porto Alegre/RS, Eduardo Santos executivo da ASGAV, tem por objetivo desenvolver um novo conceito do AVISULAT, focando em fóruns de planejamento setoriais, visando o desenvolvimento e soluções para determinados gargalos e desafios a curto, médio e longo prazo nas áreas vitais e estratégicas para os setores envolvidos.  
O novo conceito do AVISULAT deverá contar algumas novidades que serão apresentadas amanhã e que envolverão além dos setores produtivos, as Universidades e Instituições de Pesquisa; Central de startups com tecnologias e soluções para o agronegócio e participações de Instituições, Bancos, empresas, investidores e importadores.  
AVISULAT 2020 NC seguirá proposta de evento com foco em planejamento e busca de segurança e condições de competitividade para os setores. 
 

O evento é promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura - Asgav; Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do RS - SIPS e Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do RS - Sindilat.  (Asgav)

Produtores têm até sábado para vacinar o rebanho contra a febre aftosa
No próximo sábado (30), termina a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa em 25 unidades da federação. A meta da campanha é imunizar mais de 100 milhões de bovinos e bubalinos.  

Por causa de condições climáticas  como o excesso de chuvas e das queimadas que ocorreram em algumas regiões do país, haverá a prorrogação de 15 dias para que os produtores realizem a vacinação nos estados do Espírito Santo, Maranhão e alguns municípios de Mato Grosso do Sul (Aquidauana, Corumbá, Ladário, Miranda e Porto Murtinho).  Em outros estados, o processo corre dentro do previsto.   
"A etapa está transcorrendo dentro das expectativas. Estamos monitorando os dados e devemos, mais uma vez, ter um índice de cobertura vacinal acima de 98%", diz a auditora fiscal federal agropecuária da Divisão de Febre Aftosa, Alba Said. 
Os produtores de Santa Catarina e do Paraná não vacinam seus animais e apenas necessitam atualizar o cadastro de seus rebanhos (nascimentos, mortes e evolução de rebanho) eletronicamente ou pessoalmente junto às unidades veterinárias locais dos seus Estados.  
A aplicação da vacina, a nota fiscal de compra e a declaração de vacinação são necessárias para a comercialização de produtos como carne e leite e para a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que autoriza o produtor a circular com seus animais. A declaração de vacinação e a nota de compra do produto devem ser entregues no Serviço Veterinário Oficial do Estado. 
Atualização
O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa (PNEFA) está em processo de atualização de suas diretrizes, e irá ficar em consulta pública até 16 de janeiro de 2020, para receber propostas de todos os envolvidos com o programa (produtores, transportadores, empresas, instituições públicas e privadas). O link da consulta pode ser acessado no site do Ministério da Agricultura. (Mapa)
 
Governo libera 100% do orçamento para o seguro rural em 2019
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa nesta quarta-feira (28) que foi liberada a parcela que faltava para execução integral do orçamento previsto, para 2019, do Programa de Subvenção do Seguro Rural (PSR), totalizando R$ 440 milhões.
Em março deste ano, o orçamento foi contingenciado em R$ 70 milhões, o que reduziu a disponibilidade inicial para R$ 370 milhões. No final do mês de outubro, houve o desbloqueio de R$ 50 milhões, e agora foram liberados os R$ 20 milhões restantes.
Com esse orçamento de 2019, será possível atender em torno de 100 mil apólices, 58% a mais que no ano anterior, quando os produtores tiveram acesso à subvenção em 63.241 apólices.
Para o diretor do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Pedro Loyola, o governo federal tem dado sinais consistentes de que o seguro rural será um dos principais instrumentos da política agrícola nos próximos anos.
"A execução de 100% do orçamento previsto na Lei Orçamentária deve ser comemorada por todo o setor, pois isso não acontecia desde 2013. Isso demonstra o comprometimento com as políticas de gestão de riscos agropecuários", disse. 
 
"Para o próximo ano, está previsto o recurso de R$ 1 bilhão para o PSR, que depende ainda de aprovação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020, em tramitação no Congresso Nacional", complementa. O valor previsto para 2020 será o maior para subvenção desde a criação do programa, em 2004. (Mapa)
Santa Clara lança queijo estepe fatiado e produtos para food service
Já estão nos supermercados os novos produtos da Cooperativa Santa Clara. Um dos destaques é a nova versão do queijo estepe, que passa a ser comercializado também na versão fatiada, em embalagem de 120g. O produto já é vendido em cunhas e em forma de 5kg. Outra novidade são os novos produtos voltados à linha food service: molho lácteo branco e molho lácteo 4 queijos, cujo preparo é rápido, prático e não exige outros ingredientes. Além disso, também neste segmento, chega às gôndolas o cream cheese, produto bastante utilizado na elaboração de sushis e doces, como a famosa cheesecake. As três variedades são oferecidas na versão bisnaga 1,8kg. (Santa Clara)

 

Porto Alegre, 27 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.117

  Entidades solicitam mudanças na distribuição de recursos do Fundoleite

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado (Sindilat) defendeu o envio de uma minuta sugestiva com propostas de mudanças na Lei Fundo Setorial da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite). O documento foi enviado neste mês à Secretaria da Agricultura do Estado. A minuta foi construída em conjunto pelo Sindilat e entidades como Famurs, Apil, Fecoagro, AGL, Gadolando, entre outras. O projeto prevê mudanças na distribuição de recursos do fundo, considerando 70% para atendimento das exigências previstas nas Instruções Normativas (INs) 76 e 77, 20% aos projetos desenvolvidos em conformidade com a atual Lei do Fundoleite e 10% ao custeio administrativo da entidade conveniada. “Queremos encontrar alternativas para que o produtor de leite se adeque às INs. Essas soluções efetivas servem para fortalecer a cadeia em todo o Estado”, destacou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat, que participou de audiência pública nesta manhã na Assembleia Legislativa. 

De acordo com o representante da Secretaria da Agricultura, Gabriel Fogaça, a secretaria vem somando forças com as entidades e produtores a fim de aumentar o incentivo no setor. “A Secretaria da Agricultura se mantém de portas abertas a todos os representantes do setor para juntos construírmos o melhor modelo para destravar os recursos do Fundoleite”, ponderou.

Atualmente, o Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do País, com 4,24 bilhões de litros ao ano. Conforme o último levantamento da Emater, o Estado possui 65.016 mil produtores que vendem leite regularmente para indústrias com inspeções municipais, estaduais e federais. A audiência pública, presidida pelo deputado Zé Nunes (PT), vai elaborar um documento com uma série de sugestões para a melhor aplicação dos recursos do Fundoleite, que será encaminhado ao secretário Covatti Filho. “Nosso objetivo como parlamento é trabalhar em prol dessa cadeia que necessita arduamente de nossa atenção”, ressaltou. (Assessoria de imprensa Sindilat)

 
 Crédito foto: Letícia Breda 

Dairy Vision 2019: "o consumidor mudou mais rápido que a percepção da indústria"
O primeiro painel do Dairy Vision 2019, evento que está ocorrendo entre os dias 26 e 27/11 na Expo Dom Pedro, em Campinas/SP, teve como tema central a “Visão geral do mercado regional”. As discussões giraram em torno de dois assuntos principais: tendência de consumo de lácteos e perspectivas de mercado para o produtor e indústria. O público conferiu apresentações feitas por grandes nomes no assunto: Thiago Torelli, da Nielsen; Ariel Londinsky, da Fepale; Rami Goldfajn, da McKinsey; Valter Galan, do MilkPoint Mercado e Andrés Padilla, do Rabobank.
É consenso que o ano de 2019 foi bastante desafiador para a indústria láctea, visto que as expectativas eram altas e a economia do país não foi correspondente, impactando diretamente no consumo. Produtos lácteos com valor agregado (como requeijão, cream cheese, leite fermentado, entre outros), que são extremamente elásticos, logo, foram responsáveis pela retração na cesta de lácteos. Mas essa retração não foi necessariamente apenas em volume consumido, mas também em valor. Ou seja, forçados pela economia ruim, os consumidores acabaram experimentando marcas mais baratas e viram que estas ofereciam uma qualidade satisfatória, e, mesmo com a economia se recuperando, não voltaram para os produtos mais caros. Assim, foi observada uma grande queda na fidelidade às marcas, com os consumidores bem mais abertos a experimentar produtos diferentes.
 
Essa abertura não se restringiu apenas às marcas novas, mas também a produtos diferenciados e que apresentassem um melhor custo benefício, como embalagens com volume menor para as famílias, por exemplo. Na onda de produtos diferenciados, tem sido observado no Brasil e no mundo uma constante busca por saudabilidade. Segundo dados de pesquisa da McKinsey, 47% dos brasileiros buscaram ter uma alimentação mais saudável no último ano. Além disso, observou-se um aumento na leitura de rótulos, busca por produtos orgânicos, menos processados, locais e rastreáveis. Essas mudanças no consumo foram muito repentinas e observa-se uma dificuldade da indústria em acompanhá-las, como foi salientado por Marcelo Pereira de Carvalo, CEO da AgriPoint e moderador do painel, e por Andrés Padilla.
Em relação aos lácteos, especificamente, observa-se um considerável número de pessoas experimentando possíveis substitutos. Dentre os motivos que as levam a fazer isso, destaca-se, surpreendentemente, a curiosidade e a necessidade de uma experiência nova. Então, fica a questão: será que essa experiência não pode ser proporcionada pelos próprios lácteos? Outras motivações para o consumo de substitutos são saúde, preocupação com meio ambiente, bem-estar animal e intolerância à lactose.
Essa grande mudança no comportamento do consumidor foi atribuída à busca por informação, sobretudo na internet, por meio dos aparelhos mobiles (celulares). Apesar disso, destacou Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da AgriPoint e moderador do painel, “o consumidor nunca teve tanta informação disponível, mas paradoxalmente nunca esteve tão mal informado”.
Sobre perspectivas para o mercado de 2020, Valter Galan expôs que as previsões são de ligeira recuperação da economia. Por outro lado, o preço dos grãos (milho e soja) estará mais elevado no próximo ano, aumentando o custo de produção de leite. Ainda assim, prevê-se um incremento de 3% na produção do país e o cenário é de uma breve recuperação da demanda. Andrés Padilla, contudo, acredita que o mercado lácteo continuará desafiador e que, mesmo com a recuperação da economia, o consumo não deve acompanhar esse aumento linearmente. (Milkpoint)
 
 
Exportações/AR
As exportações de lácteos de janeiro a outubro de 2019 registram queda interanual de 10,8% em volume. 
De acordo com o boletim do Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA), as divisas obtidas com as vendas de 226 mil toneladas de lácteos chegaram a US$ 689,9 milhões, cifra 11,8% menor do que a registrada entre janeiro e outubro de 2018.
Segundo dados oficiais, a produção de leite acumulada até outubro de 2019 foi de 8.435 milhões de litros, e 18,4% desta produção foi destinada ao mercado externo.  
Segundo o OCLA, “o incremento de outubro manteve a tendência de crescimento iniciada em julho, depois de cinco meses de queda interanual ininterrupta”.
 
“As exportações – acrescentou o boletim do OCLA – permaneceram em níveis elevados nos meses seguintes, mas, estão sendo comparadas com grandes volumes exportados no final do ano passado. A previsão é de que este ano o comportamento seja similar. Segundo estimativas, a tendência é de que a balança comercial tenha queda entre 9 e 10% nas exportações de 2019, quando comparadas com 2018”, informa o boletim. (Infortambo – Tradução livre: Terra Viva)
 
 
 
 
 
Reforma Tributária
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) foi uma das entidades participantes do seminário “Reforma Tributária, Perdas e Ganhos", realizado na terça (26), na Câmara dos Deputados. No evento, convocado pela Subcomissão Especial da Reforma Tributária, o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, apresentou os principais pontos da entidade considerados fundamentais para um novo sistema tributário. “A gente espera que a reforma saia e atenda às necessidades da sociedade brasileira no que diz respeito à redução da burocracia e melhoria da segurança jurídica dos contribuintes”, disse. Conchon afirmou que as propostas que tramitam no Congresso Nacional não levam em consideração a realocação da carga tributária por bases de incidência. “No Brasil, o tributo incidente no consumo é mais elevado se comparado aos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Então é preciso ter muito cuidado para não aumentar ainda mais a carga tributária incidente sobre bens e serviços”. Renato também enfatizou que, para uma reforma justa, seria necessária uma mudança significativa nos seguintes tributos: Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Por fim, citou a importância do setor agropecuário para a economia brasileira. “São mais de 5 milhões de estabelecimentos rurais no país, que correspondem a 21% do Produto Interno Bruto (PIB) e empregam um terço da mão de obra. Então não faz sentido exigir uma tributação excessiva para um setor que gera riquezas e divisas para o país”. (CNA)
 

 

Porto Alegre, 26 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.116

  EUA: produção de leite cresce 1,3% em outubro e produtividade é a principal responsável

A produção de leite em outubro nos Estados Unidos cresceu 1,3%, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos nesta semana. Nos 24 principais estados leiteiros, a produção subiu ainda mais, 1,7%.

A maior parte do aumento da produção ocorreu como resultado de mais leite produzido por vaca e o relatório sugere que os animais americanos estão produzindo 4 milhões de quilos a mais de leite por dia do que faziam há um ano. O número de vacas ainda está atrás do ano anterior em 40.000 cabeças, porém, o USDA relata que as fazendas dos EUA adicionaram cerca de 5.000 em setembro.

A Califórnia, o principal estado leiteiro do país, aumentou 2,8% a sua produção em outubro, enquanto o número de vacas ainda está com 5.000 cabeças abaixo em relação ao ano passado. O estado número 2, Wisconsin subiu 1%, embora o número de vacas tenha caído 6.000 cabeças em relação ao ano anterior.

Os dois maiores ganhos de leite ocorreram nos Estados do Texas e Colorado: aumento de 9,3%, com 31.000 vacas a mais que no ano passado e expansão de 6%, com 11.000 vacas a mais, respectivamente. Os estados com os maiores declínios de produção foram Virginia, 7%; Arizona, 5,6%, e Pensilvânia, 3,5%. (As informações são do Farm Journal & MILK Magazine, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Bem estar animal/NZ 

Novo regulamento sobre o cuidados com as vacas enquanto elas estiverem fora das pastagens entrou em vigor.

Elaborado pelo Comitê Nacional de Bem Estar Animal (NAWAC) depois de consulta a pecuaristas e outros, as novas regras tratam das necessidades comportamentais quando as vacas estão em superfícies duras, incluindo superfícies macias durante a alimentação, apoio, no inverno e ambientes de espera.
 
O governo concordou em alterar o código de bem-estar para as vacas de leite, seguindo recomendações do NAWAC. Manter as vacas longe dos pastos, especialmente por longo tempo, pode apresentar riscos ao bem-estar, e os novos padrões tratam disso.

O presidente do NAWAC, Gwyneth Verkerk disse que a partir de agora, se os animais ficarem mais de três dias fora das pastagens deverá ter um área de superfície bem drenada, macia ou camas e abrigos. Ele também quer que o gado de leite alojado por longo tempo tenha acesso ao ar livre, mas, os agricultores afetados terão um prazo para adaptação.
 
“O ministro concordou em adiar a adoção das medidas até que os funcionários e os agricultores sejam treinados”, disse Verkerk. “O principal da medida é encorajar todos os responsáveis no bem-estar do rebanho para adotar elevados padrões de criação, cuidado e manuseio”.
 
A DairyNz diz que trabalhou na revisão. “A liberdades das vacas de expressar seus comportamentos naturais em nossos sistemas baseados em pastagens é amplamente reconhecida como benéfica, no entanto, tempos desafios associados à manutenção de nossas fora das pastagens. Esses padrões mínimos ajudam a proteger as vacas que desejam expressar esses comportamentos naturais, como ruminar confortavelmente, e terem a saúde e o bem-estar garantidos, onde quer que estejam na fazenda, e em qualquer estação”.
 
Em algumas circunstâncias, as instalações fora das pastagens podem ser boas para o meio ambiente e a saúde animal. Cerca de 40% das fazendas têm algum tipo de instalação para o rebanho, mas, a maioria delas é usada para alimentar as vacas quando não há capim. E, as vacas passam algumas horas comendo na pastagem, geralmente após a ordenha, para suprir suas necessidades diárias.
 
Não mais pisos duros
- Se os produtores estiverem invernando seus animais em superfícies duras como pedra ou concreto, eles precisarão oferecer uma superfície macia para as vacas repousarem.
- Se as vacas parem em superfícies duras, como concreto ou pedras, os criadores devem providenciar uma superfície seca, anti-derrapante e macia, e administrar o acúmulo de efluentes.
- Se os agricultores criarem vacas em instalações fora do pasto, as vacas devem ter espaço suficiente para se afastar do grupo principal. Esta é uma consideração da taxa de lotação.
- Se os agricultores utilizam pisos de madeira, sem cobertura que molhe a ponto de ficarem encharcados, e com lama, a drenagem deve ser feita para minimizar os efeitos do clima úmido e permitir o máximo de espaço e conforto para as vacas.
- Isso afetará os agricultores que usam pisos de concreto durante o tempo chuvoso, quando as vacas são mantidas confinadas a maior parte do tempo. Nessa situação, as vacas devem ter algum acesso a piquetes mais secos durante o dia, ou passarelas de borracha.

Os padrões mínimos definiram um tempo máximo em superfícies duras ou inadequadas, como 16 horas por dia. (Rural News – Tradução livre: Terra Viva)

Alta do PIB dobra em2020, mas emprego reage devagar, diz Ibre

O crescimento econômico deve praticamente dobrar entre 2019 e 2020, mas o desemprego terá uma queda muito lenta e permanecerá em dois dígitos no próximo ano, avalia o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Com o mercado de trabalho ainda fraco e inflação de alimentos mais

pressionada, o consumo das famílias terá dois entraves a uma expansão mais robusta no próximo ano. Na edição de novembro do Boletim Macro, divulgada com exclusividade ao Valor, o Ibre elevou a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, de 1,8% para 2%. A projeção para 2019 foi mantida em 1,1%. Segundo a entidade, os dados de atividade divulgados para o terceiro trimestre confirmam a visão de que está em curso uma recuperação gradual da economia. “Sem dúvida, os principais fatores por trás da aceleração da atividade econômica são a queda da taxa de juros e a retomada do crédito privado”, afirmam os economistas Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos na abertura do boletim. Há, ainda, o impulso dos saques das contas do FGTS, efeito temporário que deve ajudar o PIB a crescer 0,9% no último trimestre de 2019, após alta de 0,4% nos três meses anteriores. Pinheiro e Silvia ponderam, no entanto, que o instituto não espera reação mais forte do crescimento no ano que vem. Um dos motivos para isso é o cenário externo mais adverso, com mais um ano de recessão na Argentina, quadro que dificulta recuperação mais expressiva da indústria. Mesmo o consumo das famílias, que deve aumentar 2,6% em 2020, não terá desempenho tão exuberante, destacam eles. Metade da expansão prevista para a demanda das famílias será resultado da herança estatística deixada por 2019, observam os economistas. “Isso reflete o fato de que, mesmo com a recuperação econômica, a taxa de desemprego continuará elevada.” 

Nos cálculos do Ibre, a fatia de desempregados em relação à força de trabalho vai cair somente 0,2 ponto percentual entre 2019 e 2020, para 11,8%. Já a massa salarial real - que combina o crescimento da população ocupada com a variação da renda real dos trabalhadores - deve ter alguma acomodação na passagem anual, ao crescer 2% no próximo ano, ante alta de 2,3% este ano, estima a entidade. Com a recuperação da atividade, mais pessoas devem voltar a buscar uma ocupação no próximo ano, o que torna a queda do desemprego mais lenta, diz Silvia, que é coordenadora técnica do boletim. Com oferta ainda elevada de pessoas ocupadas, o poder de barganha do trabalhador fica reduzido e, por isso, os aumentos salariais serão fracos, acrescentou. Do lado da inflação, o choque de alimentos é outro fator que deve moderar os ganhos de renda no próximo ano e, consequentemente, tornar a expansão do consumo um pouco mais modesta, observa a economista. Devido ao impacto da peste suína na China sobre a oferta doméstica de proteínas, o Ibre já trabalha com alta de 3,8% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2020, taxa parecida com a previsão para 2019 (3,7%). 

Na seção sobre inflação do boletim, André Braz, especialista no tema do Ibre, aponta que a alta dos preços não chamou atenção por cinco meses, mas deve “despertar” no último bimestre de 2019. Nos índices do atacado, afirma Braz, a perda de fôlego da deflação de alimentos in natura e o aumento mais forte de alimentos processados vão pressionar o IPCA nos próximos meses. O pesquisador menciona, ainda, que a inflação ao consumidor também ficará mais pressionada devido aos preços administrados. Juntos, a vigência da bandeira tarifária vermelha nas contas de luz e o reajuste de loterias devem responder por mais de 0,3 ponto do IPCA de novembro, calcula Braz. Mesmo com a inflação mais elevada, o cenário para a Selic foi mantido, afirma o economista. O Ibre espera mais um corte de 0,5 ponto na taxa básica de juros, que deve encerrar 2019 em 4,5% ao ano. “Temos dúvida em relação ao ano que vem, mas, dada essa aceleração da inflação, tendemos a ser conservadores e projetar manutenção da Selic em 2020”, disse Silvia. (Valor Econômico)

 
 
Seapdr cria nova câmara temática
A Secretaria da Agricultura promove no dia 3 a reunião inaugural da Câmara Temática do Mercosul e Comércio Exterior, criada em agosto. No ato, em Porto Alegre, serão abordadas as relações de comércio exterior da agropecuária gaúcha. Um dos objetivos é identificar gargalos e buscar soluções para evitar crises setoriais entre produções agropecuárias do Mercosul e de outros países. (Correio do Povo)