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08/03/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de março de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.611


Competitividade do setor lácteo gaúcho será pauta de reunião da Comissão da Agricultura da ALRS
 
A Comissão da Agricultura da Assembleia Legislativa debaterá os impactos do Decreto 56.177, que instituí o Fator de Ajuste de Fruição (FAF) e que afeta ainda mais a competitividade do setor lácteo gaúcho frente a outros Estados, em reunião na quinta-feira (10/3). O encontro ocorrerá na Sala José Lutzenberger (4° andar da ALRS), a partir das 9h, em formato híbrido (presencial + virtual). Além dos deputados, outras 10 pessoas poderão participar de forma presencial. Os demais interessados poderão acompanhar o evento clicando aqui. A pauta foi proposta pelo deputado Zé Nunes (PT) a pedido do setor.  
 
Na ocasião, o Sindilat/RS, a Apil e o Conseleite, que representam o setor industrial e dos produtores do Estado, apresentarão o agravamento dos impactos causados com a entrada em vigor do decreto. “Medidas precisam ser tomadas para que o RS deixe de ficar atrás de outros Estados, perdendo a sua competitividade. Em 2017, perdemos a segunda colocação na produção brasileira para o Paraná e, ano após ano, vemos diminuir a distância com Santa Catarina, que ocupa a quarta colocação”, alerta o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ressaltando a importância de os associados e conselheiros das entidades participem do encontro. (Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)


As estrelas femininas no universo lácteo
 
As mulheres sempre estiveram envolvidas com a arte de transformar o leite em diferentes produtos. Na Idade Média, a produção de lácteos era restrita a elas, que dominavam todas as etapas da mágica conversão do leite, um líquido branco, de sabor suave, em produtos marcantes como queijos, manteiga e iogurte. A tarefa de produzir lácteos era passada de mãe para filha, fazendo com que os produtos comercializados tivessem a identidade das mulheres daquela família ao longo de gerações.
 
Com a chegada do período pré-industrial, as mulheres foram essenciais para a comercialização, em larga escala, de produtos lácteos entre países, visto que elas dominavam os protocolos da produção dos derivados do leite. Portanto, as mulheres foram as primeiras funcionárias dos primeiros laticínios do mundo.
 
O desenvolvimento da Ciência do Leite, no século XVIII, concomitantemente com o baixo acesso ao ensino pelas mulheres da época, deu início ao afastamento do núcleo feminino das indústrias lácteas. Nesta mesma época, o processo de industrialização, com produção em grande escala (e o consequente desenvolvimento de grandes equipamentos que tornavam necessário o uso extensivo da força braçal), culminou com a quase extinção das mulheres nas indústrias de laticínios.
 
Mas, nem por isso, a participação feminina no universo lácteo deixou de existir... As mulheres foram indispensáveis para a introdução da cultura dos queijos artesanais no Brasil e em outros países do mundo. Afinal, a produção desses produtos (cada vez mais apreciados pelos consumidores), que garantem o sustento das famílias em várias propriedades rurais, era e ainda é feita por mãos femininas.
 
Atualmente, no Brasil e no mundo, as mulheres vêm ganhando cada vez mais espaço no cenário lácteo. O empreendedorismo feminino, de uma forma geral, vem crescendo a cada ano no Brasil. Segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2021, o Brasil é o oitavo país com maior número de mulheres empreendedoras. Ainda segundo o GEM, o Brasil somava, até 2020, mais de 30 milhões de mulheres empreendedoras. Esse total corresponde a quase metade do mercado empreendedor (48,7%), e cresceu 40% só em 2020.
 
No campo e no cenário lácteo, essa realidade não é diferente. No campo, a presença das mulheres se destaca, principalmente, na pecuária leiteira. Como exemplo, no setor de produção de queijos, as mulheres já constituíam, até 2017, 50% dos produtores cadastrados, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
 
Exemplos do sucesso de mulheres à frente da produção de queijos incluem a história de uma jovem empresária do ramo de queijarias artesanais do interior de Minas Gerais, premiada em um dos principais concursos de queijos do mundo, o Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, da França, em 2019, pela produção de seu queijo.
 
Na edição de 2019 do Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB), uma pesquisa revelou que 30% das fazendas com melhor desempenho contam com mulheres em posições importantes, como na administração ou assistência técnica. Elas também exercem funções como veterinárias, zootecnistas, gestoras e trabalhos relacionados à ordenha, alimentação do rebanho etc.
 
Apesar de um crescimento significativo da presença de mulheres nesse setor, ainda há desafios que são enfrentados por haver dificuldades para serem ouvidas ou uma certa resistência à liderança feminina. Contudo, há por parte delas, uma visão positiva do futuro como pensamentos de se aprimorar tecnicamente.
 
Podemos ressaltar outras áreas em que as mulheres empreendedoras são sucesso absoluto: a confeitaria e a sorveteria, que utilizam muitas vezes leite e derivados (como leite condensado, doce de leite, leite em pó, dentre outros) como ingredientes para o sucesso. Este mercado movimenta globalmente mais de US $2 bilhões.
 
O empreendedorismo feminino, que nasce muitas vezes de uma necessidade, como uma saída de obter renda ou para aproveitar uma oportunidade de mercado, vem destacando mulheres fortes e capazes, que reconhecem o seu protagonismo.
 
Por exemplo, uma empresária de 22 anos criou uma marca em que picolés são recheados na hora de acordo com a escolha do cliente. A jovem empreendedora, mesmo durante a pandemia, conseguiu faturar, em 2020, R$ 6 milhões com suas franquias difundidas em vários estados do país. Vale ressaltar que tanto na base quanto nos recheios, leite e derivados fazem parte dos ingredientes e opções disponíveis!
 
A academia também vem contribuindo para aumentar a “constelação feminina” na indústria de laticínios mundialmente. Nos Estados Unidos, na década de 1980, apenas 25% dos graduados em Ciência do Leite eram mulheres. Hoje, a cada ano, mais da metade dos formandos corresponde às mulheres. No Brasil, este cenário não é diferente!
 
Dos estudantes matriculados atualmente no curso de Ciência e Tecnologia de Laticínios, da Universidade Federal de Viçosa, 63% são mulheres. As mulheres também representam 58% dos docentes na pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, área que abrange e forma profissionais em Ciência e Tecnologia do Leite.
 
É notório que as mulheres vêm ganhando destaque e conquistando um espaço importante nas diversas vertentes do setor lácteo! Não poderíamos deixar de mencionar que nós, autoras desse artigo, temos orgulho de atuar neste universo lácteo. É uma honra contribuir para a divulgação do trabalho feminino na ciência, tecnologia e mercado que envolvem o leite e seus derivados.
 
Parabéns a todas as “estrelas do leite”!

Artigo Milkpoint


MILHO: Fórum aponta as vantagens e potencial que a cultura tem
 
Com reflexões sobre produtividade, técnicas de manejo que fazem a diferença na lavoura e mercado internacional, o 13° Fórum Nacional do Milho abriu ontem o tradicional ciclo de fóruns da Expodireto Cotrijal. O evento foi promovido pela cooperativa Cotrijal e pela CCGL e reuniu três palestrantes.
 
O professor do Instituto de Ciências Agronômicas (Incia) Bernardo Tisot destacou as vantagens do uso do cereal no sistema de rotação de culturas. Com base em dados de trabalhos científicos sobre a contribuição do milho para a produtividade da soja e do trigo, explicou que o cereal traz melhores resultados no combate a pragas, doenças e plantas daninhas. “Temos uma grande chance, com o milho, de produzir mais utilizando um sistema equilibrado e principalmente sustentável”, ressaltou.
 
O pesquisador da CCGL Tiago Hörbe enfatizou a importância de se construir o perfil do solo para o alcance de altas produtividades, assim como do impacto da semeadura no potencial das lavouras, tanto no plantio de sequeiro quanto no irrigado. “A irrigação é um mitigador de estiagem, mas os processos de agronomia vêm antes”, comparou.
 
O corretor Dirceu Thomasio, da JF Corretora, lembrou que o Brasil vem produzindo apenas metade de seu potencial para a cultura. (Correio do Povo)

Jogo Rápido 

Inscrições para o Selo Mais Integridade 2022/2023 estão abertas
Selo Mais Integridade - A partir desta segunda-feira (7), estão abertas as inscrições para o Selo Mais Integridade edição 2022/2023.  A premiação reconhece empresas e cooperativas dedicadas à agropecuária, que adotam práticas de integridade com enfoque na responsabilidade social, sustentabilidade ambiental e ética. O período de inscrição vai até o dia 3 de junho de 2022. Podem participar empresas e cooperativas do agronegócio, instaladas no país, dedicadas às práticas agropecuárias e pesqueiras de qualquer natureza. As organizações interessadas devem realizar a inscrição diretamente no site oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), preenchendo o formulário disponível clicando aqui. (Mapa) 

 

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