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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.690


Riscos aumentam, mas cenário para o agro até 2032 segue favorável

Elevações das taxas de juros e escalada inflacionária, em meio à invasão russa na Ucrânia, trazem turbulências no curto e médio prazo

Com isso, o Ministério da Agricultura reviu suas projeções para o setor na próxima década, como faz com regularidade, e projetou que a colheita de grãos do Brasil, por exemplo, aumentará 25,4% até a safra 2031/32, para 338,9 milhões de toneladas — para este ciclo 2021/22, as contas indicam 270,2 milhões.
Obviamente, previsões desse tipo não levam em conta eventuais quebras provocadas por problemas climáticos, mas contemplam perspectivas para área plantada e produtividade, calculadas a partir do histórico recente e de investimentos e transformações tecnológicas em curso.

Para a área plantada de grãos, o ministério projeta um incremento de 19,5% até 2031/32, para 87,7 milhões de toneladas — graças sobretudo à conversão de pastagens degradadas em lavouras. A diferença entre os percentuais de aumento do volume e da área é explicada pela produtividade.

Se espera um crescimento de quase 70 milhões de toneladas na colheita anual de grãos do país na próxima década, para a produção de carnes em geral, o ministério calcula um aumento de 6,8 milhões de toneladas. Na temporada 2031/32, serão 35,4 milhões de toneladas, ante as 28,6 milhões estimadas para 2021/22. E se nos grãos o avanço será puxado por algodão em pluma (36%) e soja (32,3%), nas carnes, os destaques deverão ser o frango (27,8%) e os suínos (24,2%).

O cenário traçado também realça que o Brasil manterá seu reinado na produção e na exportações de produtos como café, açúcar e suco de laranja e prevê um novo patamar de produção para algumas das frutas frescas que mais exporta. No caso do melão, por exemplo, a expectativa é de crescimento de 29,8% da produção até 2031/32; no da uva, de 27,6%.

É o que apontam novas projeções do Ministério da Agricultura para grãos e carnes, entre outros produtos. (Valor Econômico)


A agenda ambiental: oportunidades e desafios
 
A preocupação com o meio-ambiente é crescente e pulsante em todo Planeta. A sustentabilidade deixou de ser um futuro distante e nichado, e tornou-se uma realidade crescente e cada vez mais disseminada entre os consumidores.
 
A cadeia de produção de leite é sempre citada quando as pautas são de preservação ambiental, produção sustentável e redução da emissão de gases de efeito-estufa. Inclusive, muitas vezes, colocam em xeque o papel da atividade em prol do meio-ambiente.
 
Por outro lado, o que vemos, tanto no Brasil, quanto no mundo, é um número crescente de fazendas de leite que adotam ao menos uma prática sustentável. Este ano, por exemplo, o levantamento dos 100 maiores produtores de leite do Brasil em 2021, realizado pelo MilkPoint, apontou que todas as propriedades adotam alguma medida de sustentável.
 
Dialogar com agenda ambiental, ser cada vez mais atuante em práticas sustentáveis, entender os desafios e explorar as oportunidades é o caminho para trilhar o futuro de uma cadeia láctea cada vez mais sustentável. Para isso, o Interleite Brasil 2022, trará o painel “A agenda ambiental: oportunidades e desafios,” no dia 04 de agosto. O Interleite Brasil 2022 será sediado pela primeira vez em Goiânia, nos dias 03 e 04 de agosto. Com a correalização do Sistema Faeg/Senar - GO, do Sebrae-GO e do Governo de Goiás e demais apoiadores, o evento chega sua 20ª edição para fazer desta a melhor e maior da história!
 
Com a temática “As mudanças no mercado e as oportunidades para quem quer se preparar,” o Interleite Brasil 2022 abordará o futuro do leite no Brasil, sem se esquecer de analisar o cenário atual da cadeia do leite nacional.
 
Antecedendo o Interleite Brasil, 02 de agosto, também em Goiânia, ocorrerão três eventos paralelos: Jantar dos Top 100, Fórum MilkPoint Mercado e workshops temáticos exclusivos ministrados por especialistas para seletos grupos de participantes. Além disso, o Interleite Brasil 2022, também será transmitido ao vivo em plataforma exclusiva para os participantes, que poderão participar ativamente do evento.Associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) têm 20% de desconto na inscrição dos eventos, clicando aqui. (Milkpoint)

 

Uruguai – Governo devolverá 65 milhões de pesos a 850 produtores de leite

Reembolso/UR – Pela terceira vez, desde 2021, o Governo distribuirá o excedente gerado pelo Fundo de Financiamento e Desenvolvimento Sustentável da Atividade Leiteira, 65 milhões de pesos, a 850 produtores. 

Consultado a respeito pelo Comunicado Presidencial, o subsecretário do Ministério da Pecuária (MGAP), Juan Ignacio Buffa, destacou que toda medida que melhore a situação dos produtores de leite é boa para a cadeia e aumenta a produtividade.

“A terceira devolução, a ser realizada nos próximos dias, chega em um momento importante para o setor lácteo, que atravessou uma crise forte nos últimos 6 anos e que hoje está se recuperando, em virtude da competitividade e melhora na relação de preços. Qualquer coisa que melhore a situação dos produtores de leite é boa para o setor. Não há cadeia se não houver ordenha”, disse Buffa.

Buffa explicou que em 2021, a lei do fundo leiteiro foi modificada para compensar os produtores que nunca haviam tomado o crédito concedido por lei, ou aqueles que, tendo terminado de pagar sua dívida. Então os excedentes começaram a ser devolvidos. Os pagamentos aos produtores são feitos por meio de depósito bancário a cada três meses, disse ele.

Lembrou que o primeiro reembolso foi efetuado em dezembro de 2021 e beneficiou 610 produtores. O segundo, em março de 2022, foi distribuído para 711 agricultores. Juntas, essas três primeiras devoluções totalizam 4 milhões e meio de dólares. (Fonte: INALE – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 

Jogo Rápido 

Anuário Leite 2022: pecuária leiteira de precisão.
Produzido pela Texto, em parceria com a Embrapa Gado de Leite e o jornalista Nelson Rentero, a edição deste ano conta com 116 páginas e 37 artigos. Os destaques ficam por conta dos avanços em pecuária leiteira de precisão e o novo desafio de reduzir emissões de carbono na produção. Indicadores do atual cenário da pecuária de leite no Brasil e no exterior, além de análises de especialistas sobre temas atuais e tendências para o setor leiteiro também estão presentes no Anuário. Confira mais informações e faça o download em www.embrapa.br/gado-de-leite. (Embrapa e Texto)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.689


Arrecadação de R$165 bi é recorde para maio

Valor chega a R$ 908,5 bi no acumulado de cinco meses do ano e é também o maior resultado na série histórica iniciada em 1995

A arrecadação federal com impostos em maio atingiu o maior valor desde o ano 2000. Com um total de R$ 165,3 bilhões em maio, a arrecadação cresceu 4,13% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Além de impostos, também está dentro desse valor contribuições e outras receitas. O número já desconta a inflação no período e foi apresentado ontem pelo auditor-fiscal Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal. No acumulado de janeiro a maio deste ano as receitas federais somaram R$ 908,5 bilhões, 9,75% a mais na comparação com o mesmo período de 2021. Apesar da alta em vários setores, a arrecadação de impostos caiu na produção industrial, com 0,5% menos em maio frente a igual mês de 2021. O resultado, se comparado à leitura anterior, de abril, registra queda de 15,65% no recolhimento. Entretanto, esta leitura de maio, para o mês, representa o maior valor arrecadado desde o início da série histórica em 1995.

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em renúncia fiscal de R$ 39,630 bilhões nos cinco primeiros meses de 2022, valor superior ante igual período do ano passado, quando ficou em R$ 31,753 bilhões. Somente em maio as desonerações totalizaram R$ 10,138 bilhões, também acima do registrado no mesmo mês do ano passado, quando o valor era de R$ 7,271 bilhões. 

Os maiores destaques no recolhimento de impostos foram receitas previdenciárias com
R$ 43,521 bilhões, PIS/Pasep e Cofins com R$ 32,302 bilhões e rendimentos de capital com R$ 5,8 bilhões. No caso do PIS/Pasep, o resultado foi puxado por crescimento nas atividades do comércio e dos serviços, conforme levantamento do IBGE. Houve acréscimos reais de 1,50% no volume de vendas e de 9,40% no volume de serviços em maio de 2022 em relação a maio de 2021, além do bom desempenho da arrecadação no
setor de combustíveis e no comércio varejista. Entretanto, é registrado decréscimo de 10,47% no volume das compensações tributárias.

A Receita Federal informou ainda que os aumentos de preços de alguns produtos como minério, petróleo, combustíveis e chapas de aço influenciaram para cima a arrecadação na parcial deste ano. “Houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 20 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities”, destacou o Fisco em comunicado. (Correio do Povo)


Conseleite-Santa Catarina
 
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Junho de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Maio de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2022. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

 

China: produção de leite cru deve atingir 39,6 milhões de toneladas em 2022

De acordo com um relatório da Rede Global de Informações Agrícolas do Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos EUA, a produção de leite cru da China atingirá 39,6 milhões de toneladas em 2022.

De acordo com o relatório, o aumento de 4,5% em relação a 2021 se deve a um rebanho leiteiro maior e maior eficiência. No entanto, a queda no preço do leite cru, os custos mais altos da alimentação e a incerteza do mercado causada pelas políticas da China contra a COVID-19 prejudicarão a produção de leite em 2022.

A distribuição doméstica de leite fluido deve atingir 40,95 milhões de toneladas em 2022, impulsionada pela demanda do consumidor por produtos lácteos nos setores de varejo e processamento de alimentos.

Espera-se que o crescimento das importações diminua para 1,3 milhões de toneladas em 2022 devido aos preços globais mais altos e à concorrência da produção doméstica.

Espera-se também, que a produção de leite em pó integral aumente um pouco para 1,02 milhões de toneladas, à medida que os produtores convertem o leite cru excedente sazonal em leite em pó integral e que o setor de panificação e os fabricantes de bebidas de suplementos alimentares aumentem o consumo para quase 1,9 milhões de toneladas.

Seu uso como ingrediente em fórmulas infantis, no entanto, está diminuindo à medida que a taxa de natalidade declinante do país reduz a demanda por fórmulas infantis. A estimativa de importação para leite em pó integral em 2022 foi reduzida de 849 mil toneladas em 2021 para 820 mil toneladas em 2022.

A produção de leite em pó desnatado é estimada em 24 mil toneladas. Espera-se que a produção permaneça baixa, pois a China não produz creme ou manteiga suficiente para suportar um aumento significativo no leite em pó desnatado.

O consumo doméstico total deverá ser de 423 mil toneladas, uma queda de 5% ano a ano devido a uma maior oferta de leite em pó integral no mercado. Devido à menor demanda do mercado, as importações também são reduzidas para 400 mil toneladas.

À medida que os produtores locais expandem a produção na mesma taxa de 2021, espera-se que a produção de queijo da China atinja 20 mil toneladas em 2022. Devido ao impacto das restrições do COVID-19 da China, os funcionários dos correios reduziram as estimativas de consumo para 190 mil toneladas de 194 mil toneladas em 2021.

O serviço de alimentação é um importante canal para distribuição e consumo de queijo, e os lockdowns de 2022 e restrições contínuas ao serviço de alimentação, inclusive em cidades ricas como Xangai e Shenzhen, prejudicaram o consumo.

De acordo com o relatório, quaisquer lockdowns prolongados resultarão em novas quedas no consumo de queijo e nos gastos com HRI (hotéis, restaurantes e institucional) em 2022. A produção de manteiga da China é estimada em 12 mil toneladas, enquanto as importações são estimadas em 150 mil toneladas, um aumento de 8% em relação a 2021.

A produção doméstica de manteiga é mais cara do que a importada devido aos custos mais altos do leite cru, mas espera-se um crescimento em 2022, impulsionado pela necessidade imediata de manteiga como ingrediente em produtos de valor agregado. Estima-se que os setores de panificação e food service, que dependem de produtos de manteiga importados, consumam 160 mil toneladas de manteiga. Os dados da Alfândega da China são usados para calcular as importações de manteiga. (As informações são do Krishi Jagran, com dados do relatório USDA, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 

Jogo Rápido 

Umidade, chuva e frio persistem no Estado nos próximos dias 
Na próxima semana, o Rio Grande do Sul vai continuar a lidar com muita umidade, chuva e frio. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 24/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (24/06), a propagação de uma nova frente fria vai provocar chuva em todo o Estado. No sábado (25) e domingo (26), o ingresso de uma massa de ar frio vai provocar o declínio acentuado da temperatura, com grande variação de nuvens e períodos de céu encoberto em todas as regiões. Há possibilidade de chuviscos e garoas nos setores Leste, Nordeste e Norte. Entre segunda (27) e terça-feira (28), o deslocamento de uma área de baixa pressão e de uma frente fria provocarão aumento da nebulosidade e pancadas de chuva na maioria das regiões. Na quarta-feira (29), o ingresso de uma nova massa de ar seco e frio afastará a nebulosidade e provocará o declínio das temperaturas. Os volumes de chuva previstos deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maior parte do Estado. Na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul, os valores oscilarão entre 50 e 70 mm na maioria dos municípios. Acompanhe todas as edições do Boletim Integrado Agrometeorológico em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.688


Observatório do Consumidor mostra maior interesse dos consumidores por lácteos da cesta básica

Lácteos da cesta básica - Em meio ao cenário da inflação de alimentos, esta edição do Observatório do Consumidor, elaborado pela Embrapa Gado de Leite, mostra que o interesse dos consumidores por lácteos aumentou no primeiro semestre de 2022, mas os produtos da cesta básica estão sendo priorizados.

A quarta edição da Newsletter do Observatório do Consumidor analisa o perfil dos tweets sobre produtos lácteos no primeiro semestre de 2022, que foi marcado por altas taxas de desemprego, guerra na Ucrânia e aumentos significativos da pandemia de COVID-19 no cenário mundial. Nesse estado de insegurança, a demanda não tinha muito espaço para crescer. 

O ano de 2022 começou com um interesse crescente dos usuários do Twitter em laticínios e produtos lácteos. Já em  fevereiro, a pesquisa mostra  que ocorreram 218 mil tweets sobre os produtos lácteos, o maior número de publicações até o momento. A partir da segunda semana de fevereiro, o número de postagens segue uma tendência de queda. Em maio, o número de publicações começou a aumentar novamente. Curiosamente, esse comportamento também ocorreu em 2021, o que sugere o movimento circular ou sazonal da indústria de laticínios. 

A pesquisa também mostra um aumento de 26% de tweets em 2022 em relação a 2021, pressupondo que no primeiro semestre de 2022 possa registrar maior consumo de laticínios do que no primeiro semestre de 2021, pois o conteúdo da maioria das publicações envolvem produtos lácteos.

A análise dos dados do OC mostra que, em particular, os sentimentos expressos nos tweets sobre o leite em 2022 foram positivos, indicando que, em geral, os consumidores têm uma visão positiva dos produtos.

Produtos que apresentaram a maior percentagem de feedback positivo, através deste programa: gelados (82%), queijos (76%) e iogurtes (73%). O menor percentual de tweets com conteúdo positivo  foi  o de bebidas lácteas (46%).

Os que tiveram o maior percentual de postagens com conteúdo negativo foram: leite desnatado (20%), leite (19%) e iogurte (19%).

Comparado ao primeiro semestre de 2021, não há diferença significativa na análise emocional. É interessante notar que o mês de junho é o mais brilhante em ambos os anos com cerca de 80% dos tweets.

Mais falado sobre leite ,de janeiro a junho de 2022, são contabilizados 4.000 tweets sobre leite e laticínios. Assim como ocorreu durante o acompanhamento da OC no Twitter, os produtos mais citados foram: queijo (35,55%), sorvete (24,03%) e manteiga (15,46%). Esses três produtos representam 75% da produção de leite até 2022.

A análise feita da nuvem de palavras também mostra uma tendência de consumo de produtos mais baratos e acessíveis, devido ao constante aumento de preços de alimentos.

Para acessar essas análises e outras realizadas pela pesquisa da Embrapa Gado de Leite, acesse Observatório do Consumidor na íntegra. (CILeite/Embrapa)      


Argentina – La Niña reduz a oferta de pasto e acentua a elevação dos custos

La Niña/AR – A Câmara dos Produtores de Leite da Bacia Oeste de Buenos Aires (Caprolecoba) informou em seu Panorama Lechero mensal, que a falta de chuvas a as sucessivas geadas ocorridas no outono, em decorrência da presença do fenômeno La Niña, está impactando na produção de leite.

“Do ponto de vista da umidade, o outono termina pior do que no começo: com pouquíssimas chuvas no oeste e apenas a esperança de alguns milímetros no final de junho. A terra está seca em cima, e tem uma reserva respeitável de umidade mais embaixo”, diz o boletim.

Acrescentou que houve várias geadas, e que o fenômeno La Niña deverá permanecer até o final do ano, com chuvas entre junho e agosto, de acordo com o prognóstico do Serviço Nacional de Meteorologia, mas em volumes abaixo do normal.

Cai a produção
Segundo a Caprolecoba, em maio o volume de leite começou a crescer, mas o solo seco e as geadas reduziram o volume de leite nas fazendas. 

“O pasto acabou e não teve como fazer a rotação de pastagens. Isto obrigou ao uso antecipado das reservas e concentrados, acentuando a elevação dos custos de produção. A produtividade das vacas por dia caíram e subiram os sólidos”, destacou o boletim

Preços, a esperança
No entanto, o panorama traçado pela Caprolecoba inclui análise otimista: é possível pensar em maior recuperação do preço do leite ao produtor.

“A conversa entre a indústria de laticínios e o Secretário de Comércio Interior estaria dando alguns frutos, para poder flexibilizar com mais lógica a atualização dos “preços controlados”. Isto, junto com a persistência da demanda no mundo, que projeta bons preços para o leite em pó integral (nosso principal produto de exportação), é importante para os produtores argentinos. Porque, explica, em boa medida, a “capacidade de pagamento” que as indústrias teriam para competir pelo leite das fazendas”, diz o documento.  (Fonte: Infocampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Cadeia leiteira cobra governo do Estado por falta de competitividade

O valor de referência do leite projetado para o Rio Grande do Sul em junho é de R$ 2,6551 o litro, segundo indicador divulgado pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite).

De acordo com o coordenador do Conseleite, Eugênio Zanetti, a projeção reflete o momento de entressafra do leite no Sul do Brasil e a elevação de custos de produção no campo e na indústria, principalmente em função do reajuste de itens como o óleo diesel, o frete, as embalagens, e do próprio milho utilizado na ração do gado. "Os preços tiveram uma reposição necessária para garantir a rentabilidade da atividade leiteira", ponderou.

O momento, alertou ele, é de estreitar o diálogo com o governo do Estado para tentar encontrar um ponto de equilíbrio. Nos últimos meses, o setor lácteo vem enfrentando perda de competitividade com o impacto tributário do novo Fator de Ajuste de Fruição (FAF), já que Santa Catarina e Paraná não têm esse aumento de carga tributária e ainda possuem fábricas de embalagens acartonadas e embalagens secundárias mais desenvolvidas que o Rio Grande do Sul. Essa perda de competitividade, aliada ao alto custo de produção, tem contribuído para a diminuição do número de produtores e do volume de leite ofertado no campo.

Para o diretor-executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini, o caminho é o diálogo com o Palácio Piratini para que a cadeia dos lácteos retome competitividade perante os outros estados do Sul.

"Temos que mostrar ao governo e à Secretaria da Agricultura (Seapdr) que precisamos fazer uma discussão política e de Estado para que comece a se recuperar a produção. Santa Catarina e Paraná não tiveram redução de produção tão grande quanto aqui. Alguma questão está desequilibrada", afirma ele. "O principal motivo para a redução de rebanhos e produção é a política tributária, por conta de incentivos que outros estados acabam dando aos produtos, seja com uma tarifa elétrica diferenciada, seja por taxas juros investimento diferenciadas", conclui Palharini. (Jornal do Comércio)


 

Jogo Rápido 

Para além da loja física
Já imaginou comprar um trator em um site como o Mercado Livre, por exemplo, tal qual se compra uma televisão? É assim que os produtos da Languiru poderão ser adquiridos a partir de agora. A cooperativa, com sede em Teutônia, no Vale do Taquari, fechou uma parceria com a plataforma de marketplace e e-commerce Campear. Na prática, qualquer pessoa, independentemente de ser associada, pode comprar sementes, fertilizantes, defensivos, medicamentos veterinários, máquinas e implementos agrícolas da cooperativa pelo Campear.com. - Nós queríamos atingir mais pessoas, ampliar o leque de clientes, que, até então, se restringiam às regiões onde estão situadas as nossas lojas - explica o gerente de máquinas e equipamentos da Agrocenter Languiru, Neodi Elias Tischer. A ideia é que a plataforma digital complemente as vendas das lojas físicas. O site fornece informações dos produtos, como fotos, características e valores, e o contato do vendedor para realização da compra. Ainda não há a opção de pagamento via plataforma. Assim como a venda, a entrega é negociada diretamente com o comprador. Atualmente, a Languiru conta com lojas ou seções de Agrocenter em nove municípios no Estado. - A nossa ideia de criar um marketplace voltado somente para o agro surgiu pela necessidade do setor de ter outras formas de comercialização. O produtor rural tinha poucos lugares para fazer pesquisa de preço, por exemplo - justifica Jean Michel Fuchs, um dos sócios da iniciativa. Inaugurada em 2019, a plataforma conta atualmente com mais de 40 empresas. E, fundada há 66 anos, a Languiru é a primeira cooperativa a participar do negócio. (Zero Hora)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.687


Leite: Nota de conjuntura Emater/RS
 
Apesar do baixo desenvolvimento das pastagens devido ao frio e à baixa insolação, os rebanhos estão em bom estado sanitário e mantêm boas condições corporais. A volta da ocorrência de chuvas provocou a formação de lama nos corredores e ao redor das instalações, o que causou um aumento nas despesas com insumos e mão de obra para a higienização dos animais ordenhados. No aspecto sanitário, houve diminuição da presença de carrapatos nos rebanhos. 
 
Os produtores estão sendo sempre orientados a vacinar e a manter o monitoramento em caso de qualquer sinal de raiva dos herbívoros, devendo comunicar os serviços veterinários oficiais locais. Inicia o período de parições nas propriedades que concentram a temporada reprodutiva no final do inverno. Esse processo irá refletir em significativa elevação na produção de leite ao longo dos próximos meses. Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite apresentou um leve aumento devido ao incremento na oferta de pastagens de inverno na dieta das matrizes, além de uma pequena melhoria do clima, que favoreceu o seu desenvolvimento, especialmente no final do período com o retorno dos dias ensolarados. Em Uruguaiana, a suplementação dos animais é realizada com fardos de palha de arroz, que é um alimento útil para a manutenção do estado corporal, porém tem pouca participação no incremento da produção de leite devido à baixa qualidade. 
 
Em São Gabriel, onde o campo nativo tem participação importante na dieta do gado leiteiro, os produtores precisam aumentar a quantidade de ração e o fornecimento de silagem para garantir a produtividade do rebanho. Na regional de Caxias do Sul, com a ocorrência de temperaturas muito baixas, houve relatos de interrupção do fornecimento de água aos animais por congelamento. Também houve dificuldade de aquecimento da água para o manejo na ordenha. A implantação dos cereais de inverno para a silagem também está atrasada e deve ser intensificada na próxima semana. 
 
Na regional de Santa Rosa, o excesso de chuvas tem dificultado o pastejo, fazendo com que os animais tenham que permanecer muito tempo nas instalações. As chuvas excessivas também dificultam aos produtores o processo de desensilagem e de oferta da silagem no cocho. Além disso, aumentam os problemas de casco, casos de mamite e provocam o aumento da contagem de células somáticas.  Na regional de Soledade, os produtores encerram a ensilagem de milho.
 
Em propriedades localizadas no alto da Serra do Botucaraí, algumas lavouras tardias foram prejudicadas pelas geadas e por problemas fitossanitários. (Emater/RS)     


Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 21 de Junho de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Maio e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2022, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Junho de 2022 é de R$ 4,2448/litro. 

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite PR)

Consumo diário de leite superior a 260 ml reduz risco de morte por doenças cardiovasculares

Estudo da Faculdade de Medicina desenvolvido com base nos dados do Elsa Brasil resultou em artigo premiado pela American Heart Association

Tese defendida no Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG demonstrou a correlação entre o consumo de leite e a diminuição do risco de morte por doenças cardiovasculares. Parte dos resultados do estudo está publicada no European Journal of Nutrition.

A pesquisa, que se valeu de dados do Elsa-Brasil, levantamento longitudinal desenvolvido por seis instituições de ensino e pesquisa do país, incluindo a UFMG, resultou na tese de doutorado da nutricionista Fernanda Marcelina Silva, orientada pelas professoras do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina Sandhi Maria Barreto e Luana Giatti. Foram avaliados o grupo dos chamados laticínios totais (leite, queijos, iogurtes, requeijão, manteiga, sobremesas lácteas e sorvete), alguns subgrupos (fermentados e lácteos com alto e baixo teor de gordura) e componentes do leite em separado.

Os resultados mostram que o consumo de leite superior a 260 ml para homens e 321 ml para mulheres diminui em até 66% o risco de morte por doenças cardiovasculares. Resultados parecidos foram encontrados também para laticínios totais. Entretanto, os melhores resultados foram com o alimento in natura e revelaram diferenças importantes no consumo entre os sexos.

“Por muito tempo, o leite foi tratado como alimento nocivo à saúde, mas esses resultados mostram o contrário e corroboram outros estudos mais recentes realizados ao redor do mundo”, afirma Fernanda Marcelina, que é mestre em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto e doutora em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina da UFMG.

A pesquisadora explica que, nos últimos anos, os alimentos in natura vêm perdendo espaço na alimentação do brasileiro, o que despertou o interesse para o tema. “As Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF/IBGE) detectaram aumento significativo de alimentos prontos para consumo na dieta dos brasileiros, ao passo que há queda de produtos in natura, incluindo o leite. Essa mudança no padrão alimentar ao longo dos anos vem acompanhada do aumento das doenças crônicas não transmissíveis e do risco de morte por essas doenças”, aponta.

A maior parte dos estudos disponíveis sobre o tema é proveniente de países desenvolvidos, cujo padrão de consumo alimentar difere dos hábitos no Brasil. “O brasileiro consome relativamente pouco leite e seus derivados se comparado com habitantes de países desenvolvidos, embora sejamos um país com participação importante na produção mundial desse alimento. Em outros estudos, observamos que há relação entre a renda e o consumo de leite, então provavelmente há uma restrição no acesso a esse alimento no Brasil”, analisa.

Desenho do estudo
O estudo incluiu aproximadamente sete mil participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA Brasil), uma corte que acompanha cerca de 15 mil servidores públicos, com idade de 35 a 74 anos, desde 2008-2010. O Elsa-Brasil é realizado em seis capitais: Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS).

A tese defendida analisou dados coletados ao longo de oito anos de seguimento dos participantes do estudo. As informações sobre consumo alimentar habitual, incluindo leite de vaca e outros laticínios, foram obtidas por meio de questionário no início do estudo. Também foram coletados dados sociodemográficos, sobre comportamentos, como tabagismo e atividade física, e sobre a saúde em geral. As informações sobre óbitos foram obtidas durante as ligações telefônicas feitas anualmente para atualizar o estado de saúde dos participantes.

A análise feita contempla o uso de modelos estatísticos que possibilitam avaliar se o consumo de laticínios prediz o risco de morte no período do estudo e se a associação entre consumo de laticínios e risco de morte por doenças cardiovasculares independe de fatores sociodemográficos e comportamentais dos participantes, como idade, prática de atividade física, tabagismo, consumo de frutas e vegetais, entre outros.

O Elsa Brasil é a maior pesquisa latino-americana sobre o desenvolvimento de doenças crônicas, como as doenças cardiovasculares, câncer e doenças metabólicas (obesidade, diabetes, dislipidemia etc.), entre outras.

Novo artigo
Ainda será publicado um segundo artigo com base na tese de doutorado de Fernanda Marcelina. Os dados estão sob embargo, mas os resultados reforçam evidências anteriores sobre os efeitos nocivos do consumo de alimentos prontos, especificamente os ultraprocessados, e o risco de morrer de doenças crônicas não transmissíveis

Para Fernanda, o mais importante é priorizar uma alimentação saudável, balanceada e rica em alimentos in natura. Além disso, políticas públicas podem melhorar o acesso a alimentos saudáveis. “Nossos dados indicam a necessidade de se incentivar o consumo de leite e de reduzir a ingestão de alimentos ultraprocessados. O consumo de laticínios entre os brasileiros é baixo em comparação com países desenvolvidos. Esse incentivo pode contribuir para prevenção de mortes por doenças cardiovasculares. Precisamos também de políticas públicas mais rigorosas para controlar o consumo de alimentos ultraprocessados, com taxação de alimentos e restrição da publicidade, e, ao mesmo tempo, subsidiar e promover alimentos saudáveis”, conclui.

O trabalho foi premiado na Scientific Sessions 2021, da American Heart Association, com a referência Paul Dudley White International Scholar de melhor resumo brasileiro. A pesquisa também foi agraciada como o melhor tema livre oral na categoria Jovem Pesquisador do Congresso Brasileiro de Cardiologia, promovido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Financiaram a pesquisa o ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovações, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Saúde do adulto
O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto é uma investigação multicêntrica composta de 15 mil servidores de seis instituições públicas das regiões Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil. A pesquisa tem o propósito de investigar a incidência e os fatores de risco para doenças crônicas, em particular, as cardiovasculares e o diabetes.

Em cada centro integrante do estudo, os voluntários – com idade entre 35 e 74 anos – fazem exames e entrevistas quadrienais para avaliar a saúde e obter informações sobre aspectos como condições de vida, trabalho e comportamentos que podem afetar a saúde, como a dieta. Em Minas Gerais, o Centro de Pesquisa fica no Hospital Borges da Costa, anexo ao Hospital das Clínicas da UFMG. Ele é coordenado pelas professoras Sandhi Maria Barreto e Luana Giatti, da Faculdade de Medicina.

Tese: Consumo de laticínios e alimentos ultraprocessados e risco de morte: resultados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil)
Autora: Fernanda Marcelina Silva
Orientadora: Sandhi Maria Barreto
Coorientadora: Luana Giatti Gonçalves
Data da defesa: 26 de maio de 2022

Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG


 

Jogo Rápido 

Feras da Sustentabilidade: o meio-ambiente como protagonista de sucesso do seu negócio!
Nos últimos tempos, a sustentabilidade tem feito cada vez mais parte da vida das pessoas. Garantir recursos para as gerações futuras deixou de ser apenas uma ideia e vem determinando como se deve produzir e o que será consumido. No “futuro”, não haverá espaço para produções insustentáveis e um número cada vez maior de consumidores já escolhe os produtos se baseando neste conceito. A questão é: vamos esperar o “futuro” chegar para “nos mexermos” quanto a isso? A agropecuária, sobretudo a bovinocultura, já vem sendo alvo de diversas provocações neste sentido. Isso faz com que, além dos consumidores, as empresas olhem com mais critério para a matéria-prima que adquirem e, neste contexto, o pagamento por sustentabilidade passa a ser uma realidade tão distante assim. Contudo, por ser um tema ainda distante da realidade da maioria das fazendas, o conhecimento de muitas pessoas sobre sustentabilidade é raso. Muito se fala da importância do meio ambiente, de garantir recursos, mas, na prática, é possível que o produtor tenha também retorno financeiro que justifique o investimento? A resposta é sim! Não é à toa que todas as fazendas Top 100 — que sempre estão na vanguarda da inovação — aplicam pelo menos uma medida sustentável em suas propriedades. Mas como explorar este conceito na sua fazenda ou nas que atende? Descubra no MilkPoint Experts, Feras da Sustentabilidade! Nesta imersão online vamos explorar, de modo holístico, as formas como os produtores de leite brasileiros podem, dentro de suas realidades, adotar técnicas de sustentabilidade ambiental. Mas vamos além: falaremos como eles podem ganhar dinheiro com isso. O futuro vai chegar e ter um conhecimento superficial sobre este assunto não será o suficiente. Nós apostamos que a sustentabilidade será mais que um diferencial em pouco tempo, passando a ser um determinante para produzir alimentos. Quando este “futuro” chegar, como você, produtor de leite, vai estar? Através de um programa inédito, traremos o que há de mais atualizado no tema, indo bem além da superficialidade que normalmente acompanha esse assunto. Clique aqui para saber mais sobre o evento! Reuniremos o que você precisa saber hoje sobre o tema. Traduziremos na prática os conceitos. Associados Sindilat/RS tem 20% de desconto, clicando aqui. (Milkpoint)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 21 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.686


Diesel mais caro em vários países
 
No Brasil, os preços já estavam muito parecidos. Depois do aumento de 5,18% na gasolina e 14,26% no diesel, o resultado era previsível: o combustível que move ao redor de 60% da movimentação nacional de carga se tornou o mais caro dos disponíveis nos postos de revenda.
 
Há cerca de 45 dias, a coluna havia abordado o tema quando soube que o diesel havia ficado mais caro do que a gasolina nos Estados Unidos e alertado para o risco de que o mesmo poderia ocorrer no Brasil. Mas não imaginava que seria tão rápido.
 
Como boa parte da alta do petróleo no mundo, o fenômeno da valorização do diesel também é global. Mas assim como parte do aumento dos combustíveis tem componentes nacionais (a alta do dólar, por sua vez, em parte provocada por decisões de governo), a virada nas relações de valor dos combustíveis também tem.
 
A parte global começou antes da guerra da Ucrânia e envolve investimentos reduzidos em refino, atividade considerada pouco rentável, e a transição energética, com maior atenção para outras fontes de energia. Com o ataque russo, só se agravou. A Rússia responde por quase 25% das exportações globais de diesel e ainda fornece produtos complementares a refinarias europeias.
 
Além disso, para obter diesel com menor teor de enxofre, exigência ambiental em países mais desenvolvidos e em grandes cidades no Brasil, usa-se gás natural, que também disparou, o que deixou o processo mais caro.
 
A parte nacional da pressão vem da maior dependência de importação. Como a coluna já detalhou, o Brasil precisa importar cerca de 30% do diesel consumido aqui, mas menos de 10% no caso da gasolina.
 
Isso significa maior dificuldade de praticar preços de diesel mais baixos do que a referência internacional porque, nesse caso, os importadores não vão querer comprar diesel mais caro lá fora para vender mais barato no Brasil. Se venderem pelo preço que os remunere, ninguém vai querer comprar. Outro fator com menor impacto, mas que não pode ser desprezado, foi a redução na mistura de biodiesel, que provocou maior consumo do derivado de petróleo e elevou o risco de escassez.
 
No mundo, além dos Estados Unidos, o diesel está mais caro do que a gasolina na Suécia, na Alemanha e na França, considerando apenas a amostragem selecionada pela coluna. São países muito desenvolvidos, com logística que não depende desse combustível, por ter transporte de carga marítimo, fluvial e ferroviário.
 
Na Venezuela, onde há forte subsídio, o diesel "custa" o mesmo que a gasolina. E no Irã, outro caso de forte intervenção estatal, o valor em dólares é irrisório, mas o do diesel é cinco vezes maior.
 
No levantamento da GlobalPetrolPrices.com, o preço do diesel no Brasil ainda não foi atualizado, então segue mais barato do que o da gasolina. (Zero Hora)

                                          


GDT - Global Dairy Trade
 

 
As informações são GDT - Adaptado pelo Sindilat/RS

 

Novas tecnologias de produção com forrageiras no inverno trazem resultados a produtores de leite em Serafina Corrêa
 
Novos arranjos produtivos de forrageiras de inverno, além de tecnologias e técnicas para manejo da bovinocultura leiteira estão sendo testados e avaliados a campo em propriedades do Projeto Elite a Pasto, desenvolvido pela Emater/RS-Ascar em Serafina Corrêa. Algumas dessas técnicas já estão consolidadas e sendo aplicadas em propriedades, trazendo resultados para a produção de leite das famílias. Esse foi o tema apresentado pela Emater/RS-Ascar no Dia de Campo sobre Silagem de Inverno, realizado na tarde de quarta-feira (15/06), na propriedade da família do agricultor Nelson Pavoni, na comunidade de São Caetano. O evento também contou com a participação da Embrapa Trigo, com a Unidade de Referência Técnica (URT) em Trigo BRS Reponte, semeado na propriedade em 3 de março deste ano para fazer duas safras de silagem de inverno, além da Biotrigo, iniciando um trabalho de qualificação da ensilagem de inverno.
 
A propriedade, que já aplicou técnicas como o pastoreio rotatínuo, o aumento dos horários de pastejo no dia, além do ajuste da suplementação volumosa conforme a disponibilidade de pasto em horários em que não ocorrem pastejo e o uso de concentrados de alta energia e baixa proteína em condições de alta oferta de pasto, vem apresentando uma evolução ano após ano, medida com o controle de dados mensais através do app GT Leite, desenvolvido pela equipe municipal da Emater/RS-Ascar e disponível para os produtores do município. "Mesmo com o aumento do custo dos insumos, como o concentrado, sementes, fertilizantes, diesel e outros, a família elevou os resultados econômicos da propriedade em 2021, em comparação com 2020 e 2019, quando iniciaram o controle no aplicativo", ressalta o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar.
 
Ele explica que trabalhando com alto consumo de pasto de qualidade por dia, a propriedade trabalha com baixo custo operacional, que mesmo tendo passado de R$ 0,65 em 2020 para R$ 0,96 por litro produzido em 2021, com o aumento dos preços recebidos pela produção, a margem por litro de leite se manteve na faixa de R$ 1,10. "Com essa alta margem por litro mantida, mas aumentando a produtividade por vaca de 8,2 para 9,6 mil litros por ano, de 2019 para 2021, na mesma área - ou seja: mais leite com a mesma margem - o resultado é a elevação dos resultados econômicos da propriedade. Os resultados, somente com leite, já descontando as despesas, se equivalem a mais de 90 sacos de soja por hectare no ano, limpo", frisa o extensionista.
 
Além das técnicas e tecnologias aplicadas na propriedade, Ebert apresentou outras avaliações que estão ou já foram feitas em propriedades do Projeto Elite a Pasto, como parte do planejamento feito com os produtores. Dentre as avaliações em campo realizadas, está o cultivo sucessivo de duas safras de silagem de inverno feito na Unidade de Referência Técnica (URT) de Trigo BRS Reponte, para o verão e outono de 2022, em parceria com a Embrapa Trigo, que foi o tema da segunda estação, apresentada pelo pesquisador Osmar Conte.
 
Conte apresentou o trabalho feito com a Emater/RS-Ascar em seus 12 regionais, com URT’s implantadas entre 15 de fevereiro e 15 de março. De acordo com ele, o posicionamento desse material para implantação logo após a safra de verão, abre uma nova oportunidade para produção de massa de baixo custo com boa qualidade nutricional, aproveitando melhor as áreas, o que é ainda mais importante em pequenas propriedades. Na propriedade da família Pavoni, logo após a ensilagem do material semeado em 3 de março, o que deve ocorrer ainda no mês de junho, será implantado trigo novamente para a segunda safra de silagem.
 
Durante o evento, também foi dado início a um trabalho em parceria com a CATR e a Biotrigo, visando à melhoria da operação de ensilagem para obtenção de silagens de inverno de maior qualidade. O engenheiro agrônomo Luiz Henrique Michelon, supervisor comercial da Biotrigo, abordou os principais elementos do processo de ensilagem e as recomendações para as principais dificuldades que os produtores têm encontrado a campo.
 
De acordo com ele, como a maior parte dos produtores se utiliza de prestadores de serviço, há dificuldades em agendar para ensilar o trigo no ponto certo, bem como com equipamentos e no tempo disponível para compactar as camadas adequadamente enquanto os prestadores colhem as lavouras. Os técnicos da Biotrigo ainda fizeram uma prática de avaliação do teor de matéria seca para determinar o ponto de colheita com uma Airfryer, que pode ser feito na propriedade para melhorar a estimativa de data de colheita e acertar o ponto de corte do trigo.
 
O evento faz parte das atividades previstas no Projeto Elite a Pasto, realizado pela Emater/RS-Ascar com 12 famílias que produzem leite em Serafina Corrêa, o qual visa desenvolver um sistema de produção de leite que permita viabilizar a atividade leiteira para pequenas e médias propriedades com uso de pastagens. (Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul)

 

 

Jogo Rápido 

Sem trégua para o leite
Para explicar a alta no preço do leite, que a coluna avisou ontem que em breve chegará a R$ 6 para o consumidor, o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, falou no Gaúcha Atualidade que as pressões vêm de todos os lados. Além dos custos de produção, um dos motivos é a entressafra. Porém, ele disse que, mesmo passando o período, dificilmente o preço cairá. O principal argumento para essa resistência nas alturas é uma oferta menor do que a demanda nacional, diz Palharini, que acrescenta não haver excesso de produção também na Argentina e no Uruguai, o que poderia ajudar a suprir o mercado. - Talvez tenhamos estabilidade, mas é difícil haver redução. O contexto fez dobrar e triplicar petróleo e fertilizantes. Para a indústria, pesa também a alta exponencial das embalagens e, agora, o reajuste dos salários na faixa de 12%. (Zero Hora)
 

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 20 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.685


Por uma reforma tributária justa para todos
 
O Brasil corre o risco de ser um país campeão na produção de alimentos e, ao mesmo tempo, líder nos altos preços da comida
 
O sistema tributário brasileiro é complexo, burocrático e fonte permanente de insegurança jurídica. Não há dúvida que precisa ser reformado, simplificado, mas é fundamental que as mudanças não aumentem a carga tributária da sociedade e nem dos produtores de alimentos do país.
 
Para o setor agropecuário, e para a sociedade brasileira, que precisa comprar alimentos, as propostas de reforma tributária que visam alterar a legislação sobre o consumo não resolverão as questões da simplificação, tampouco reduzem a insegurança jurídica. E, ainda, deverão ampliar a carga de tributos sobre os alimentos ou sobre os produtores rurais. Após várias décadas debatendo e esperando um modelo justo, as atuais propostas preocupam.
 
Em diversos fóruns, audiências públicas e posicionamentos públicos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou, tecnicamente, todos os problemas das propostas de emendas constitucionais (PECs) em debate e, consecutivamente, apresentou sugestões de melhorias.
 
A PEC que tramita no Senado, por exemplo, substitui vários tributos federais por dois novos IVA’s (Impostos de Valor Agregado): um de responsabilidade federal, outro estadual e municipal. O problema dessa proposta está nos detalhes.
 
Caso a proposta seja aprovada da forma que se encontra, os produtores rurais pessoas físicas – que são 98% dos produtores brasileiros, segundo o último Censo Agropecuário do IBGE – não seriam contribuintes diretos do IVA-Federal. Entretanto, seriam contribuintes do IVA Estadual/Municipal, e obrigados a terem uma contabilidade mensal. Ou seja, na questão da simplificação para os produtores rurais, a PEC traz mais burocracia e dificuldade operacional do que o regime atual.
 
Adicionalmente, os insumos agropecuários (fertilizantes, sementes, mudas, medicamentos veterinários etc) seriam tributados com o IVA-Federal. Mas isso não daria crédito aos produtores, apenas para a agroindústria adquirente da produção agropecuária, com um crédito presumido em um percentual muito reduzido. Ou seja, a cumulatividade tributária será agravada na produção de alimentos.
 
De outro lado, a tão debatida alíquota única. Segundo estudo da OCDE realizado em 2020, de 35 países que se utilizam do modelo do IVA e que possuem uma produção agrícola relevante, a grande maioria dos países não têm alíquota única. Países como França, Itália, Espanha e Turquia possuem porcentagens diferenciadas para bens e serviços essenciais, incluindo alimentos. A proposta brasileira vai na contramão do mundo e busca tributar alimentos com a mesma taxa para produtos de luxo.
 
Defensores da proposta argumentam que a população carente consome mais bens do que serviços. Portanto, a maior alíquota sobre serviços seria mais justa, o que é verdade. Mas não tratam em público que a proposta traz consigo um brutal deslocamento da carga tributária de outros setores para os alimentos e que isso será repassado nos preços ao consumidor.
 
O Brasil corre o risco de ser um país campeão na produção de alimentos e, ao mesmo tempo, líder nos altos preços da comida cobrados de sua população. Sobre esse argumento, alguns dizem que o crescimento econômico advindo da reforma será suficiente para a elevação da renda. E o argumento é esse: confie que vai dar certo. (Globo Rural)


 Alimentos que auxiliam no bem-estar e humor, o Leite é um destes

Triptofano  -  Os alimentos ricos em triptofano são importantes para o nosso bem-estar, não existe um único alimento perfeito e ideal que sozinho possa desencadear essa sensação no corpo.

Especialistas defendem a prática de hábitos saudáveis associados a uma melhor compreensão do que devoramos, para que a alimentação nos ajude a sermos verdadeiramente “mais felizes”.

Neiva Souza, nutricionista e doutoranda em neurologia e neurociência da UNIFESP, explica que nenhum alimento sozinho traz felicidade.

O que acontece é que certos alimentos contêm certos nutrientes que estão envolvidos nos processos que regulam o humorismo em nosso cérebro. E o triptofano é um deles.

Para entender como funciona, precisamos lembrar que nossos neurônios, as células nervosas do corpo se comunicam, e todo esse processo de troca de informações se dá por meio dos chamados neurotransmissores, moléculas mensageiras que são liberadas de uma célula nervosa para outra.

Portanto, quando ingerimos alimentos que contêm uma boa quantidade de triptofano, aminoácido que estimula a síntese de serotonina (neurotransmissor associado ao bem-estar), repassamos uma mensagem ao encéfalo que nos faz sentir felizes.

Na lista de alimentos que são fonte desse aminoácido e também contém outras vitaminas e minérios envolvidos na produção de serotonina, os especialistas entrevistados pelo G1 citam um dos principais, o leite e seus derivados.

A dose diária de triptofano recomendada pelos especialistas para a dieta de um adulto de cerca de 80 kg vai de 278 a 476 mg.  

Elaboração Terra Viva com informações do g1

 

 

20ª EDIÇÃO DO INTERLEITE BRASIL
 
Últimos dias do primeiro lote com desconto para a 20ª edição do Interleite Brasil, evento que ocorrerá de forma híbrida, ou seja, presencial com transmissão online ao vivo, nos dias 03 e 04 de agosto, diretamente do Centro de Convenções de Goiânia.
 
Confira a programação completa do evento e não perca mais tempo, faça a sua inscrição! 
 
Confira alguns benefícios que você tem ao participar do Interleite Brasil:
 
1. Networking de alto nível, presencial: o Interleite Brasil é o ponto de encontro dos principais agentes da cadeia. Não pode faltar só você!
 
2. Evento presencial com transmissão online e ao vivo: para ver de onde estiver
 
3. 50% de desconto na tarifa balcão do Hotel Castro´s – hotel oficial do evento.
 
4. 3 meses grátis do App Milk Monitor: o mercado do leite na palma da sua mão! Um produto Milkpoint Mercado para você usar, com suporte do time que é líder em conhecimento do mercado lácteo nacional
 
5. Gravação completa disponível por 30 dias na plataforma oficial do evento
 
6. Materiais dos palestrantes e dos parceiros do evento disponíveis para download
 
7. 23 palestrantes
 
8. 5 painéis temáticos com o que há de mais relevante no momento da cadeia láctea
 
9. 14 horas de conteúdo exclusivo
 
10. Experiência: O Interleite Brasil é muito mais do que um evento, é uma verdadeira experiência do leite brasileiro: aprendizado, troca de ideias, evolução, visão futurista e profunda ótica da realidade da cadeia láctea.
 
11. Certificado de participação emitido pelo MilkPoint 
 
O Interleite Brasil conta com a excelência e a credibilidade do MilkPoint, que há mais de 22 anos entrega diariamente o melhor conteúdo do leite. Em 2022, realizaremos a 20ª edição do Interleite Brasil, e ela será histórica, traremos pautas relevantes pela primeira vez em Goiânia.
 
Falaremos sobre sistemas de produção, rentabilidade, mercado, índices de produtividade e eficiência técnica, tecnologia, gestão de processos e pessoas, integração pecuária leiteira e outras atividades agropecuárias, agenda ambiental e muito mais! Traçaremos, juntos, um panorama atual da produção leiteira nacional, mas sem esquecer o futuro do setor.
 
Com a correalização do Sistema Faeg/Senar - GO, do Sebrae-GO e do Governo de Goiás e demais apoiadores, o Interleite Brasil 2022 será sediado pela primeira vez em Goiânia, nos dias 03 e 04 de agosto. Para fazer desta a melhor e maior edição já realizada, o evento também será transmitido online ao vivo em plataforma exclusiva para os participantes.
 
No dia anterior, 02 de agosto, também em Goiânia, teremos três eventos paralelos: Fórum MilkPoint Mercado, Jantar dos Top 100 e workshop exclusivo da Agroceres Multimix com tema "Estratégias, manejo e ferramentas nutricionais com impacto no período pós-parto," ministrado pelo Prof. Felipe Cardoso e por Gilson Dias.
 

Jogo Rápido 

NESTLÉ ANUNCIA UM INVESTIMENTO DE USD 9 MILHÕES EM SUA FÁBRICA DA FIRMAT
 A multinacional suíça Nestlé anunciou que investirá 9 milhões de dólares na expansão de sua fábrica de alimentos na cidade vizinha de Firmat. Este investimento visa iniciar a produção de leite infantil na Argentina, para consumo local e para exportação para países como Chile e Brasil. A este respeito, deve-se lembrar que a Nestlé instalou sua fábrica na Firmat em 1959, onde atualmente produz leite em pó sob as marcas Nido, Svelty e La Lechera, e desde 2018 vem produzindo novamente leite condensado Nestlé. Agora será acrescentada a produção de fórmulas infantis. “Graças ao investimento de mais de 9 milhões de dólares que estamos fazendo na fábrica da Firmat, também começaremos a produzir fórmula infantil na Argentina, para consumo local e para exportação para países como o Chile e o Brasil, entre outros. Para isso, aplicaremos a mais recente tecnologia em biossegurança”, disse Verónica Rosales, diretora de Comunicações e Assuntos Públicos da Nestlé Argentina, Uruguai e Paraguai, em uma nota reproduzida no Ecos365. “Também a partir da fábrica da Firmat começaremos a fornecer nossas subsidiárias em 22 países da África Central e Ocidental com nossa marca de leite em pó Nido”, acrescentou ela. Esta operação entre empresas envolve um volume anual de mais de 10.000 toneladas de produtos acabados, com alto valor agregado, que serão embarcados diretamente do Porto de Rosário para o destino, evitando centenas de quilômetros de transporte rodoviário e reduzindo assim nossa pegada de carbono. Ao mesmo tempo, a empresa também anunciou que fará um importante investimento de 20 milhões de dólares em sua outra fábrica na província de Santa Fé, localizada na cidade de Santa Tomé. Ali, a capacidade instalada será aumentada em 20%, aumentando assim a exportação de ração balanceada. (Edairy News - traduzido com – www.deepl.com)
 

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 16 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.684


Planejamento possibilita férias para agricultores sem prejudicar atividade leiteira

A Bovinocultura de Leite foi a atividade escolhida pelos agricultores Marcelo Müller e Liege Schweikart para diversificar a produção da propriedade rural e garantir a melhoria de renda no orçamento da família. A aposta dos agricultores residentes em Venâncio Aires deu certo e o que começou com oito vacas, sendo algumas alugadas de um vizinho, hoje soma 22 vacas em lactação, com uma produção média acima de 30 litros de leite por vaca ao dia, o que tornou a produção de leite a única fonte de renda da família.
Marcelo e Liege não pararam por aí. A profissionalização da atividade e o gerenciamento da propriedade rural sempre estiveram no foco dos agricultores que contam com a Assistência Técnica da Emater/RS-Ascar. "A assistência técnica é importante porque eles buscam o conhecimento e estudam. E isso se torna útil quando eles conseguem trazer essas oportunidades para o produtor. Esse modelo de trabalho só é possível realizar com a assistência continuada tanto da Emater quanto da cooperativa que nos dão o suporte técnico com informações e tecnologias que nos permitem fazer com que o nosso sistema de produção funcione", avalia Marcelo.

Em 2015 a família passou a integrar o Programa de Dietas para Vacas em Lactação, desenvolvido pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), no município de Venâncio Aires. O programa consiste em organizar o manejo e a alimentação do rebanho leiteiro de forma em que os animais possam expressar o máximo do seu potencial produtivo sem descuidar da saúde.
Os agricultores conseguem melhor visualizar a atividade, avaliar as necessidades e adequar os investimentos de forma a reduzir custos de produção e aumentar a lucratividade a partir de ações, como o mapeamento e aptidão do solo agrícola para o cultivo de pastagens, planejamento das culturas para o fornecimento de alimento ao rebanho no ano todo, a fim de evitar os períodos de vazio forrageiro, melhoramento genético e controle do rebanho com planilhas de cálculo de dieta ajustadas com a demanda alimentar das vacas em lactação.

Com a produção organizada a família traçou um objetivo ousado para a bovinocultura de leite: 30 dias de férias sem a preocupação com a ordenha dos animais. Para isso, desde 2018, com a assistência técnica da Emater/RS-Ascar, a família começou a organizar o período reprodutivo do rebanho para concentrar os partos nos meses de abril, maio e junho. Desta forma, os animais estariam no período seco no mês de março, permitindo à família as tão esperadas férias. "Esse momento de folga foi uma sugestão do extensionista da Emater, o Diego, que percebeu os nossos pensamentos e a nossa realidade", lembra Marcelo. O extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Diego Barden dos Santos, explica que "concentramos as inseminações no inverno para que elas parissem no mesmo período. Com isso, a gente contribuiu com o manejo alimentar, ajudando mais na parte de inverno, quando as vacas precisariam entrar em protocolo de inseminação, com a nutrição bem balanceada".

Além de qualificar o manejo alimentar, o acompanhamento veterinário também foi fundamental. "É a união do trabalho de dietas feito pela Emater com a sanidade animal feito pelo veterinário, juntamente com a nutrição balanceada, e conseguimos tirar o máximo das vacas nesse período. Então, além de expressar uma excelente produção, uma excelente sanidade, a gente conseguiu expressar uma excelente reprodução dessas vacas também. Tanto que neste ano foi possível concentrar mais ainda os partos nesse período de inverno", frisa Santos.

A agricultora lembra que o trabalho constante com os animais, com duas ordenhas diárias, além dos demais manejos, torna a rotina do produtor cansativa e, por isso, o período de férias no qual a família possa viajar com tranquilidade se torna ainda mais importante. "Com as vacas não tem muito intervalo durante o dia. O trabalho é diário, não tem fim de semana ou feriado. A gente vinha de outra cultura e, como somos só nós dois, ou a gente mudava o sistema e dava um jeito de aproveitar a vida ou largava a atividade. Do jeito que era não estava funcionando. Então decidimos adensar todos os partos. Estamos tentando há três anos e em 2022 deu bem, praticamente 30 dias sem ordenha. Foi maravilhoso", comenta Liege.

Sem a rotina de ordenha, contratar mão de obra para cuidar dos animais enquanto a família viaja, se torna mais fácil. "A vaca é muito de rotina, ela precisa que a ordenha seja feita da mesma forma todos os dias. A mudança de pessoa para fazer a ordenha nos traria dificuldades. Além disso, é difícil encontrar uma pessoa que venha fazer a ordenha de madrugada e no final do dia. Quando tiramos fora a ordenha se facilita encontrar pessoas que possam fazer a alimentação das vacas e manejar elas para o campo, ou não, durante esse período", comenta Marcelo.

O extensionista explica que a concentração dos períodos de parto não gera prejuízos aos produtores quando é analisado o processo de produção e também fatores de mercado, como o preço pago pelo litro do leite no inverno. "Quando a gente entende que o leite é tirado no ano e não no mês, a gente vê que não há perdas, na verdade há um ganho. Toda vaca tem uma curva de lactação e necessita ficar dois meses sem produzir leite. Então, quando a gente concentra esse período de reprodução no período de inverno, não deixamos de produzir leite naquele ano, a gente só deixou de produzir leite em um certo período, que é o mês anterior ao início dos partos", explica Santos.

A produção de leite na propriedade de Liege e Marcelo tem aumentado a cada ano e espera-se que em 2022 supere 200 mil litros de leite, um recorde para a propriedade. "A gente tem uma condição de produzir muito mais leite no período de inverno, em comparação ao verão, se fosse a mesma vaca, com a mesma alimentação, pois temos uma condição de bem-estar animal melhor no inverno, com clima mais ameno e uma produção maior no inverno do que no verão", frisa Santos.

O extensionista ainda ressalta que "quando a gente consegue observar que os animais conseguem ter melhor alimentação no inverno, produzir mais leite nesse período, e a família entende isso, casando as duas oportunidades no processo, a gente conseguiu pensar e projetar um futuro onde a família possa ter em torno de 30 dias de férias, sem a obrigação tirar leite das vacas. Benefícios como bem-estar animal, alimentação adequada e o preço do leite ser mais vantajoso, tudo isso está a favor do produtor. Então, não tem porque não concentrar partos para o período de inverno", finaliza Santos.

Além da assistência técnica da Emater/RS-Ascar, a família conta com assessoria técnica do médico veterinário e zootecnista Eduardo Motta Caminha, que explica que o planejamento foi fundamental para o êxito do objetivo da família. "Esse trabalho exigiu planejarmos tanto a reposição quanto o descarte de animais, pois nem todos os animais se encaixavam nesse período. Então, eles se programaram com um número de animais jovens para repor o número de animais que estava fora desse objetivo" avalia Caminha.

O veterinário ainda ressalta que o acompanhamento e a realização das vacinas no período certo foram e são fundamentais. "Esse trabalho não envolve somente a reprodução. Os animais precisam estar bem nutridos, principalmente no pós-parto, para que volte a reproduzir e a ciclar o mais cedo possível. Na parte de sanidade temos o controle das vacinas, principalmente as doenças reprodutivas, que são as que mais acometem o rebanho. Estando tudo certo no calendário de vacinas, a parte sanitária está tudo certo também", avalia Caminha.

Para outros agricultores que também desejam tirar um período de folga, sem ordenha das vacas, Marcelo recomenda o acompanhamento técnico. "Qualquer decisão que forem tomar, primeiro busquem o máximo de informações possível para que, no momento da decisão, saiba definir o que é útil para a propriedade. Esse modelo funciona bem na nossa propriedade, mas cada produtor deve fazer sua avaliação. A realidade hoje é que eu trabalho de uma forma cansativa, mas eu vejo que em março do ano que vem eu terei o meu período de folga, como todo trabalhador que tem carteira assinada. É isso que nos estimula a trabalhar e fazer funcionar esse sistema de trabalho", destaca Müller.

Liege lembra que, além do planejamento do período reprodutivo dos animais, é fundamental a gestão e o planejamento de todas as atividades da propriedade rural. "Tem que saber que as vacas vão precisar ser inseminadas todas no mesmo período, que você terá os terneiros no mesmo período e precisa de um local para eles ficarem, que não terá entrada de dinheiro naquele mês e que você precisa se organizar. Mas, dá para fazer. Não é fácil, mas dá para fazer", conclui. (Emater/RS)


 
 
Após subir para 13,25%, Copom prevê novas altas
 
Desde o início do aperto monetário, são 11 elevações consecutivas 
 
Após elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 12,75% a 13,25% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou que o ciclo de aperto monetário não terminou e se estenderá nos próximos meses. A nova rodada do colegiado para decidir sobre a taxa básica de juros acontece nos dias 2 e 3 de agosto deste ano. 
 
          
 
Diante do cenário de incertezas e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, o Copom sinalizou que o aumento de juros se estenderá para a próxima reunião, quando prevê uma nova alta de igual ou menor magnitude. Isso significa um aumento de 0,5 ponto percentual ou de 0,25 ponto percentual.
 
“O comitê enfatiza que irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, afirmou.
 
Para justificar o movimento, o Copom citou “a crescente incerteza da atual conjuntura”, que, em conjunto com o “estágio avançado do ciclo de ajuste” e seus impactos futuros, exige “cautela adicional em sua atuação”
 
A Selic atingiu o patamar mais alto em quase cinco anos e meio. Em janeiro de 2017, a taxa de juros estava em 13,75% ao ano, durante o governo de Michel Temer (MDB). O Copom começou a subir os juros em março de 2021, quando a Selic partiu de seu piso histórico, em 2% ao ano. O Brasil foi um dos primeiros países entre as principais economias do mundo a fazer esse movimento. Desde o início do ciclo de aperto monetário, há mais de um ano, já são 11 altas consecutivas.
 
No encontro de quarta-feira, o colegiado do BC manteve o plano sinalizado na reunião anterior, em maio, de que faria um novo ajuste de menor intensidade depois de subir a taxa de juros em 1 ponto percentual. Entre outubro de 2021 e fevereiro deste ano, foram três altas de 1,5 ponto percentual.
 
O atual choque de juros, que desde o primeiro movimento acumula elevação de 11,25 pontos percentuais, já é o mais longo da série histórica e o mais forte desde a adoção do regime de metas para inflação, em 1999. Na época, a taxa básica saltou de 25% para 45% ao ano.
 
Com a taxa básica em dois dígitos e em território bastante contracionista, o BC responde a uma inflação persistente e disseminada e à deterioração das expectativas para 2023. Dada a defasagem dos efeitos da política monetária na economia, o colegiado já toma sua decisão sobre os juros olhando integralmente para a meta de inflação próximo ano - fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) em 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
 
“O comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2023”, afirmou.
 
Para Mauricio Oreng, superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander, o comunicado não traz muita clareza quanto à totalidade do plano de voo do BC e espera mais detalhes sobre os próximos passos na ata, que será divulgada na próxima terça-feira. (Jornal Comércio)

 
 
 
EFEITOS DA INFLAÇÃO: Argentina,Inglaterra e Suíça aumentam taxas de juros
 
Em meio à persistente escalada dos preços, o Banco Central da República da Argentina anunciou ontem o aumento da Letra de Liquidez (Leliq) de 28 dias, a taxa básica de juros, de 49% para 52%. A decisão ocorre no dia seguinte à divulgação dos dados de inflação ao consumidor do país, que atingiu mais de 60% na comparação anual de maio. Em comunicado, a autoridade monetária também informou que subiu os limites mínimos de taxas sobre depósitos a prazo fixo da poupança, para 53% ao ano. Segundo o Banco Central argentino, os números mensais de inflação recuaram no mês passado e devem continuar desacelerando gradualmente. Ainda assim, a instituição avalia que houve um aumento na percepção de risco financeiro no exterior. Também na Inglaterra e na Suíça as taxas subiram.
 
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu elevar a taxa básica de juros em 25 pontos-base pela quinta vez seguida, para 1,25%, em meio à persistência da inflação no Reino Unido, após concluir reunião de política monetária ontem. A decisão do BC inglês veio em linha com a expectativa de analistas. Segundo comunicado do BoE, seis de nove dirigentes de política monetária votaram pelo aumento do juro básico a 1,25%.
 
Os três dissidentes defenderam alta maior, para 1,50%. O BC inglês ainda sinalizou que aumentos mais agressivos do juro básico poderão ser necessários para domar a inflação. Também ontem o Banco Central da Suíça anunciou ontem seu primeiro aumento de juro desde setembro de 2007, elevando sua principal taxa em 50 pontos-base, de -0,75% a -0,25%, numa tentativa de conter a inflação doméstica.Economistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam juro inalterado. A inflação anual suíça acelerou para 2,9%
em maio, atingindo o maior nível em mais de uma década.
 
Na última quarta-feira o juro também foi aumentado nos Estados Unidos por causa da inflação. O Federal Reserve acrescentou 0,75 ponto à taxa que deve oscilar entre 1,50% e 1,75%. (Correio do Povo)


Jogo Rápido 

AUDITORES FISCAIS: Categoria suspende greve no Estado
A Delegacia do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) no Estado suspendeu a paralisação de 48 horas iniciada à meia-noite da última terça-feira. A decisão cumpre notificação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que obrigou a manutenção de 100% do efetivo nos serviços de vigilância, inspeção e certificação agropecuária. A suspensão do movimento atende também a orientação do Anffa Sindical, que, em comunicado, determinou a retomada de atividades no Vigiagro, na inspeção de produtos de origem animal e vegetal, na defesa sanitária animal e vegetal e nos laboratórios. (Correio do Povo)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.683


Emater/RS: produção de leite segue baixa, mas vazio forrageiro se encaminha para fim

A produtividade dos rebanhos segue baixa, porém os produtores já começam a usar com
mais intensidade as áreas de pastagens cultivadas com aveia e azevém, amenizando os efeitos do período de vazio forrageiro, que se encaminha para o final.

Porém, o aumento da umidade do solo devido às chuvas e à falta de luminosidade tem restringido o uso das áreas com espécies cultivadas de inverno como forma de evitar danos com pisoteio e arranquio das plantas. Esses problemas, somados às quedas de temperatura, que aumentam a demanda energética dos animais, estão sendo compensados com a suplementação regular de ração e silagem.

O acúmulo de barro nas áreas das criações segue dificultando as atividades de manejo, alimentação e ordenha dos rebanhos.

O estado sanitário do rebanho é considerado bom, e há boa redução das infestações de carrapatos devido às temperaturas mais frias. Os produtores estão realizando as vacinações preventivas, com destaque para a da raiva herbívora, conforme orientação das Inspetorias de Defesa Agropecuárias locais, devido ao aumento do número de casos no RS.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a diminuição das chuvas foi benéfica para os produtores de leite, que encontraram condições adequadas para a utilização das pastagens cultivadas de alta qualidade como aveia, azevém, trevos e cornichão.

Em São Borja, agroindústrias de derivados lácteos enfrentam dificuldades para a obtenção da matéria-prima devido ao período de vazio forrageiro.

Na região da Campanha, a produção está estável, mas há tendência de elevação nas propriedades com pastagens de inverno estabelecidas.

Na regional de Caxias do Sul, as chuvas excessivas atrasam a implantação dos cereais de inverno para a silagem, porém serão de grande importância para recuperar os estoques de forragem após o período de seca.

Na regional de Frederico Westphalen, o aumento da disponibilidade de pastos, principalmente das espécies anuais de inverno, assim como de água em quantidade e qualidade, levou a produção de leite a uma boa recuperação. Contudo, o excesso de chuva, neste período, dificulta o trabalho de manejo do rebanho, reduzindo o consumo e, consequentemente, a produção.

Na regional de Passo Fundo, as chuvas mais intensas e a alta umidade do ar têm causado efeitos negativos na atividade, como a redução das horas de pastoreio, o aumento da ocorrência de mamites em função do barro acumulado, a redução do desempenho das pastagens e o aumento do aporte de alimentos concentrados, o que eleva o custo de produção, resultando na diminuição do lucro da produção de leite.

Na regional de Pelotas, em Pedras Altas, as pastagens cultivadas estão com bom desenvolvimento, aumentando a oferta de forragem e, portanto, a produção de leite, estimulando os produtores com a melhora dos preços nos últimos meses.

Na regional de Santa Rosa, as pastagens de inverno não estão respondendo ao manejo e não crescem como o esperado. Além disso, em muitas propriedades, está faltando alimento verde para as vacas. Os produtores intensificaram o corte do milho para confecção de silagem, que está com boa produção e boa qualidade.

Na regional de Soledade, as lavouras de trigo e outros cereais de inverno destinados à silagem estão como crescimento atrasado por conta da falta de sol e do excesso de umidade no solo. A maioria das lavouras de milho tardio para silagem estão prontas para ensilar, no entanto há dificuldade de fazer a colheita por causa do solo muito encharcado. (As informações são da Emater-RS)


Balança comercial: O que podemos esperar para o próximo mês?
 
Conforme relatado, no artigo “GDT: preços internacionais dos lácteos voltam a subir” os preços no mercado internacional de lácteos voltaram a ganhar força no início do junho, e no último leilão os preços médios avançaram. Os preços futuros também estão com um cenário altista, frente ao retorno econômico da China após um período de lockdowns.
 
Este cenário está ocorrendo em grande parte por conta da retomada gradual da China. Historicamente, o primeiro trimestre do ano é um dos trimestres que a China mais importa derivados lácteos, e com o controle sanitário dos últimos meses, estas negociações foram prejudicadas. Desta forma, o país deve buscar suprir esta queda no volume negociado nos próximos meses. Esta elevação dos preços internacionais tende a diminuir a competitividade dos produtos internacionais, desestimulando as importações.
 
Fortalecendo este cenário, o dólar, que vinha sofrendo recuos consecutivos, voltou a ganhar força, impulsionando o desestimulo às importações, e favorecendo as exportações.
 
Um outro ponto de atenção que impacta negativamente nas importações nos próximos meses é a disponibilidade de produtos por parte do principal parceiro comercial brasileiro neste mercado, o Mercosul. Os países do bloco estão com parte de sua produção já comercializada, o que pode dificultar novos negócios e afetar o volume importado pelo Brasil.
 
Em contrapartida, os preços dos derivados lácteos no mercado interno estão operando em patamares elevados, devido ao cenário de baixa disponibilidade de leite no mercado, o que contribui para aumentar a competitividade dos produtos importados.
 
Nesse cenário, mesmo com alguns fatores jogando contra às importações (aumentos dos preços internacionais, baixa disponibilidade do Mercosul e elevação da taxa de câmbio) o produto importado ainda é competitivo, portanto, espera-se que as importações sigam ganhando força nos próximos meses e que a janela de exportações continue fechada. (Milkpoint)
 

 
Conseleite/MT: valor de referência do leite tem alta de 5,23%

Mato Grosso atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de Abril de 2022 a ser pago em Maio de 2022 e para o leite entregue no mês de Maio de 2022 a ser pago em Junho de 2022. 

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.

Períodos de apuração
Mês de Abril/2022: De 01/04/2022 a 30/04/2022
Mês de Maio/2022: De 01/05/2022 a 31/05/2022
OBS: (1) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural. (As informações são do Conseleite-MT)


Jogo Rápido 

AUDITORES FISCAIS: Categoria suspende greve no Estado
A Delegacia do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) no Estado suspendeu a paralisação de 48 horas iniciada à meia-noite da última terça-feira. A decisão cumpre notificação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que obrigou a manutenção de 100% do efetivo nos serviços de vigilância, inspeção e certificação agropecuária. A suspensão do movimento atende também a orientação do Anffa Sindical, que, em comunicado, determinou a retomada de atividades no Vigiagro, na inspeção de produtos de origem animal e vegetal, na defesa sanitária animal e vegetal e nos laboratórios. (Correio do Povo)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.682


Modelo de inspeção opõe indústrias a auditores
 
PL que cria programa de autocontrole sanitário às empresas é um dos motivadores da paralisação dos agentes federais por 48 horas
 
Tema de discórdia entre representantes do agronegócio e auditores fiscais agropecuários, o projeto de lei 1.293/2021 deverá ser votado no próximo dia 23 na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado. A proposta estabelece um novo modelo de fiscalização agropecuária, no qual indústrias do setor poderão adotar programas de autocontrole, com registros sistematizados e auditáveis de todo o processo produtivo, desde a matéria-prima ao produto final. 
 
O PL 1.293/2021 é um dos principais motivos da paralisação dos auditores fiscais federais, por 48 horas, a contar da meia-noite de hoje. Para a delegada do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários no Estado (Anffa Sindical-RS), Soraya Elias Marredo, ao transferir a responsabilidade pela fiscalização ao setor privado, a mudança proposta fragiliza a atividade dos auditores e dificultará a rastreabilidade do processo. “O
projeto põe em risco a saúde da população, ao colocar atribuições tão importantes na mão do interessado. Nossas auditorias terão intervalos longos, as etapas desse processo não foram acompanhadas, e vamos auditar o que foi feito nesse meio-tempo”, critica Soraya. A categoria também pede realização de concurso público, reforma em plano de carreira e recomposição salarial.
 
De autoria do Executivo, a matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados em maio. Na semana passada, teve votação adiada após pedido de vistas de senadores, que pedem discussão mais aprofundada e avaliação de outros colegiados.
 
O texto, que já obteve parecer favorável do relator, senador Luís Carlos Heinze, tramita em caráter conclusivo sem necessidade de análise em plenário. Entidades do setor de proteína animal argumentam que o Estado não acompanhou o crescimento das empresas, que saem prejudicadas pela falta de fiscais para atender às plantas. “Apesar da ociosidade nas plantas, quando há necessidade de um abate extra ou de horário estendido, há dificuldade de o Ministério disponibilizar profissionais”, diz o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Ronei Lauxen. 
 
Segundo ele, a maioria das indústrias adotam programas de autocontrole, com profissionais nos setores de responsabilidade técnica e de garantia de qualidade.

A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) considera que o projeto traz modernização ao sistema de inspeção, pois permitirá às indústrias produzirem dentro das normas com a agilidade. “As indústrias vêm crescendo a cada ano. E o serviço oficial, aguardando concursos, vê-se em dificuldades em atender a toda a demanda”, afirma o presidente da entidade, José Eduardo dos Santos. Ele explica que, com a aprovação do projeto,, as empresas serão orientadas e terão prazos para adaptação. (Correio do Povo)


Balança comercial de lácteos: exportações voltam a cair
 
Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (13/06) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -53 milhões de litros em equivalente-leite no mês de maio, uma diminuição de 33 milhões, ou aproximadamente 62% em comparação ao mês anterior. Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (maio/2021), o saldo foi mais negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -41 milhões de litros, representando uma diferença de aproximadamente 22%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.
 
Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
No mês de maio as exportações tiveram uma forte queda, de aproximadamente 48% em relação ao mês anterior, com um decréscimo de 10,7 milhões de litros no volume exportado. Ao se comparar com 2021, as exportações também foram inferiores em maio, com um decréscimo de -6,0 milhões de litros, representando um recuo de aproximadamente -34,5% no volume exportado. Dessa forma, após passar por um aumento expressivo nos volumes de lácteos destinados às exportações, no mês de maio as exportações voltaram a perder força.
 
Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.


 
Do lado das importações, o cenário também foi reverso do que o observado em abril. O mês de maio apresentou um aumento de 52% nas importações, com um acréscimo no volume de importações de 21,9 milhões de litros em equivalente-leite. Analisando o mesmo período do ano passado, também nota-se um aumento entre os volumes importados; em maio de 2021, 58,1 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2022 esse valor teve uma variação positiva de aproximadamente 10%, totalizando um aumento de 5,8 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos, o que pode ser observado no gráfico a seguir:
 
Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.


 
Esse aumento nos volumes importados e recuo das exportações acarretaram em um saldo mais negativo da balança comercial de lácteos para o mês de maio, recuando para os patamares observados em março.
 
Este cenário é consequência da dinâmica que vem sendo formada ao longo dos últimos meses, com o recuo dos preços internacionais, conforme indicado pelo leilão Global Dairy Trade, visto que os preços médios praticados na plataforma de comercialização internacional passaram por sucessivas quedas, em meio a menor demanda por parte da China. Este fato impulsionou uma disruptura do cenário que estava vigente, contribuindo para elevar a competitividade dos produtos internacionais.
 
O dólar, que vinha operando em patamares elevados, também registrou quedas ao longo do mês de maio, devido a políticas monetárias, tanto do Brasil, quanto dos Estados Unidos, associado ao retorno econômico da China e melhora no apetite por risco.
 
Outro fator que contribuiu para este cenário foi a ascensão dos preços dos derivados lácteos no mercado interno. A baixa disponibilidade de leite acarretou em sucessivos aumentos nos preços médios praticados, elevando a competitividade dos produtos internacionais e afetando a viabilidade das exportações, em alguns momentos tornou-se mais vantajoso comercializar no mercado nacional do que destinar às exportações, ocorrendo um desestimulo às exportações.
 
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em maio, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 89% do volume total importado. O leite em pó integral teve uma elevação de 31% em seu volume importado. Os produtos que tiveram maior variação com relação a importação foram o leite em pó desnatado, os queijos e as manteigas, com aumentos de 158%, 37% e 121%, respectivamente.
 
Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite em pó integral, o leite condensado, o leite UHT, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 75% da pauta exportadora. O leite em pó integral teve um recuo de 65% em seu volume exportado, e o leite condensado um recuo de 35%, sendo os dois produtos principais comercializados, representando juntos 40% da pauta exportadora.
 
A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de maio deste ano.
 
Tabela 1. Balança comercial láctea em maio de 2022.

 

Rabobank: preços elevados do leite não garantem margem e custos continuam desafiadores
 
A resposta do Rabobank para “Já chegamos lá?”, referindo-se aos picos de preços do leite em pó, é: sim. Parece que os preços globais do leite em pó atingiram o pico durante o primeiro semestre de 2022.
 
Embora a produção de leite esteja no meio de uma desaceleração significativa, que deve durar pelo menos quatro trimestres consecutivos (do terceiro trimestre de 2021 ao segundo trimestre de 2022), o enfraquecimento das expectativas de demanda está criando o cenário para algumas quedas moderadas nos preços das commodities lácteas durante o segundo semestre de 2022. 
 
O excesso de oferta na China está reduzindo as importações de lácteos

O forte crescimento da oferta doméstica de leite no primeiro trimestre de 2022 de 8% no comparativo anual e os altos estoques devido às fortes importações do ano passado estão colidindo com a demanda mais fraca devido aos lockdowns relacionados ao Covid. Isso está criando a condição perfeita para a redução das importações de lácteos chineses.
 
As importações totais LME (equivalente de leite líquido, excluindo soro de leite) já estão 4% mais baixas nos primeiros quatro meses do ano, com algumas categorias em queda acentuada (soro -40%). Olhando para o futuro, espera-se que a demanda de importação sem soro da China diminua 34% em relação ao ano anterior em 2022
 
A produção de leite deverá se recuperar modestamente nos próximos trimestres

Custos recordes de alimentação e problemas relacionados ao clima impactaram diretamente as margens dos produtores de leite nas regiões produtoras de leite chamada de Big-7 (que inclui União Europeia, EUA, Nova Zelândia, Austrália, Brasil, Argentina e Uruguai) há algum tempo.
 
Os rebanhos globais estão enfrentando barreiras para crescer, dificultando a recuperação da produção de leite após a atual queda. Se o enfraquecimento dos preços das commodities se traduzir em preços mais baixos ao produtor nos próximos trimestres, isso poderá resultar em uma recuperação menos impressionante.
 
Pela primeira vez desde 2016, a produção de leite nas regiões exportadoras de lácteos Big-7 contraiu com relação ao ano anterior por três trimestres consecutivos. E o Rabobank prevê que as regiões Big-7 estão a caminho de contrair pelo quarto trimestre consecutivo no segundo trimestre de 2022, algo que não acontecia desde 2012-2013. Espera-se que a produção de leite diminua 1,1% no segundo trimestre de 2022, após uma queda de 1,9% no primeiro trimestre de 2022.
 
Um crescimento anual positivo – versus um baixo comparável – é esperado no segundo semestre 2022, resultando em uma perda estimada de -0,5% para 2022. As previsões preliminares para 2023 sugerem um ganho abaixo da tendência de 0,5%.
 
Os preços mais altos do leite ao produtor na maioria das regiões não garantiram o crescimento da produção

Produtores de leite em todo o mundo estão enfrentando preços mais altos de milho e soja e problemas climáticos em certas regiões, principalmente na Oceania e na América do Sul. As pressões inflacionárias gerais no combustível energético e nos salários também estão impactando a lucratividade em todo o Big-7. Apesar dos preços mais altos do leite, o crescimento da produção de leite e o cenário de custos com ração continuam desafiadores.
 
Os custos de alimentação permanecerão elevados em 2022/23
O relatório mais recente sobre o mercado de commodities agrícolas do Rabobank – Agri Commodities markets monthly (ACMR Mensal de maio de 2022) – mostra que as previsões de preços para o milho CBOT tiveram uma leve queda em relação ao relatório anterior, mas ainda estão perto de níveis recordes.
 
O milho deve atingir o pico no segundo trimestre de 2022 e permanecer acima de 700 USc/bu pelo menos no segundo trimestre de 2023. Enquanto isso, as perspectivas para os preços da soja também permanecem desafiadoras para os produtores de leite, com as previsões sugerindo preços acima de 1500 USc/bu para a soja CBOT para os próximos 12 meses.
 
Pressões inflacionárias devem desencadear uma demanda menor em países ricos e pobres, já que os consumidores estão sendo atingidos por uma onda de inflação global não vista desde a década de 1970. Embora os consumidores dos países desenvolvidos sejam geralmente mais resistentes a preços mais altos, desta vez o impacto nos preços da energia e dos combustíveis é severo e está resultando em mudanças no comportamento do consumidor.
 
O consumo de lácteos dos EUA em março caiu 1,3% em relação ao ano anterior em uma base de sólidos totais. Alguns países, como o Reino Unido, já estão implementando medidas para proteger famílias de baixa renda com pagamentos únicos e descontos na conta de energia devido ao poder de compra diminuído.
 
Na maioria das regiões, os consumidores estão sentindo o impacto da inflação em seu poder de compra de forma significativa. Nos EUA e na UE, a inflação em alta em 40 anos é um choque para o consumidor e impacta desproporcionalmente as famílias de baixa renda. Nos mercados emergentes, a inflação não é nova, mas a gravidade do atual aumento dos preços, especialmente para os países importadores de commodities, foi amplificado pelos efeitos da guerra na Ucrânia e um dólar muito forte. Ainda assim, os altos preços do petróleo podem sustentar a demanda de importação de laticínios para alguns países exportadores de petróleo, como vimos em ciclos anteriores de commodities.
 
Brasil
Queda recorde na produção do primeiro trimestre de 2022 – Os desafios climáticos contínuos impactaram ainda mais a produção de leite nas principais regiões do Brasil durante o primeiro trimestre. Os preços dos grãos permaneceram elevados e há um alívio limitado à vista. Embora os preços do leite ao produtor tenham subido recentemente, as margens dos produtores continuaram sob pressão durante os primeiros meses do ano.
 
Como resultado, dados preliminares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam uma queda de 10% na produção de leite no primeiro trimestre de 2022 em relação ao primeiro trimestre de 2021.
 
A redução do rebanho ajuda a explicar o declínio – a produção de leite enfrentou obstáculos significativos desde o início da pandemia. Os altos custos sustentados dos grãos e dois anos consecutivos de chuvas irregulares afetaram a pecuária leiteira. Mas os preços da carne bovina também atingiram níveis recordes nos últimos trimestres, incentivando os produtores de leite a reduzir seus rebanhos ou a deixar o setor por completo. Embora a contagem oficial do rebanho leiteiro do Brasil seja publicada com um atraso significativo, evidências sugerem que é provável uma redução de 10% no rebanho leiteiro nos últimos 18 meses.
 
Os preços do leite ao produtor aumentaram com a baixa oferta – o declínio acentuado na produção de leite fez com que os preços do leite nas fazendas aumentassem significativamente nas últimas semanas. Os processadores tiveram que pagar preços mais altos do leite ao produtor, mesmo em um ambiente de fraca demanda do consumidor. Os preços de abril registraram um recorde nominal de R$ 2,43/litro médio e devem subir em maio. Os preços podem atingir o pico em julho, à medida que a produção de leite da temporada de fluxo do sul aumenta. 
 
A demanda do consumidor vai melhorar marginalmente – a inflação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) superou 11% nos últimos doze meses em abril, com alimentos e bebidas aumentando quase 13% no mesmo período. Os consumidores sentiram os impactos da alta inflação no Brasil desde o início de 2021, ajustando os padrões de consumo de acordo. As vendas de lácteos no varejo caíram cerca de 6%, segundo fontes do setor.
 
No entanto, a demanda deve começar a se estabilizar nos próximos meses, à medida que o desemprego diminui e a inflação começa a atingir o pico. Pode haver alguma recuperação da demanda no terceiro trimestre de 2022. As projeções econômicas foram revisadas recentemente para cima e o Brasil pode apresentar um crescimento mais forte do que o esperado no segundo semestre de 2022. No entanto, a demanda continuará tendo um desempenho inferior até que a inflação recue.
 
Uma moeda mais forte ajuda a aumentar as importações no segundo semestre 2022
As exportações devem se recuperar no segundo semestre do ano com o aumento dos preços domésticos do leite e a recuperação do Real com relação às baixas vistas no quarto trimestre de 2021. Se os preços do leite ao produtor continuarem altos no Brasil, algumas importações adicionais do Mercosul são esperadas.
 
A janela de exportação se fechou para o Brasil
Com os atuais preços internacionais e taxas de câmbio, as exportações brasileiras perderam competitividade e não devem contribuir para os fluxos comerciais globais de maneira significativa durante o terceiro trimestre de 2022. (As informações são do Rabobank)


Jogo Rápido 

Fazendo a tecnologia funcionar: a gestão no centro do negócio leiteiro
 A tecnologia está cada vez mais difundida nas mais diversas atividades e também nas fazendas de leite. O estoque de conhecimento e o entendimento técnico já são alicerces sólidos e com grau de amadurecimento. Por outro lado, como fazer a tecnologia funcionar? Como gerenciar para avançar? Neste cenário tecnológico, temos e sempre teremos, as pessoas. São elas que com ou sem tecnologia fazem a lida das propriedades, os processos funcionarem. Então, não basta mais ter domínio do conhecimento técnico e dispor de tecnologias, é preciso gerenciar pessoas! Sabendo da importância do desenvolvimento dos colaboradores e formação de times, bem como da crescente inserção da tecnologia no leite, o terceiro painel do Interleite Brasil 2022, “Fazendo a tecnologia funcionar: a gestão no centro do negócio leiteiro,” no dia 04 de agosto, trará dois casos de produtores de sucesso e uma palestra sobre gestão de pessoas. Se você pensou em gestão, tecnologia e pessoas, o terceiro painel do Interleite Brasil 2022 é para você! Este ano, o Interleite chega a sua 20ª edição e será sediado pela primeira vez no Brasil Central, em Goiânia, nos dias 03 e 04 de agosto. Com correalização do Sistema Faeg/Senar - GO, do Sebrae-GO e do Governo de Goiás e demais apoiadores, o Interleite Brasil abordará outras pautas importantíssimas para o leite brasileiro: sistemas de produção, sustentabilidade, índices de produtividade, rentabilidade e muito mais! No dia 02 de agosto, antes do primeiro dia do Interleite Brasil, ocorrerão três eventos paralelos: worskhops temáticos exclusivos ministrados por especialistas, Fórum MilkPoint Mercado e Jantar dos Top 100. Além disso, o evento contará com transmissão ao vivo em plataforma exclusiva os participantes que optarem por assistir online. Associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) têm 20% de desconto na inscrição dos eventos, clicando aqui. (Milkpoint) 
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.681


EUA: exportações de lácteos atingem o segundo maior valor mensal

As exportações de lácteos dos EUA cresceram 1% em base equivalente de leite em abril, estabelecendo um novo recorde de volume para o mês.

O crescimento foi modesto, mas o valor dessas exportações ultrapassou 200.000 toneladas em uma base equivalente de sólidos de leite. O valor dessas exportações, atingindo quase US$ 850 milhões, marca um aumento em relação a abril de 2021. Este é o segundo maior valor mensal de todos os tempos, superado apenas em março de 2022.

De acordo com Phil Plourd, chefe de inteligência de mercado da ever.ag, as exportações recordes refletem algumas coisas. Primeiro, ele diz que a produção de leite na UE e na Nova Zelândia vem caindo, deixando vazios na oferta global e criando oportunidades para as exportações dos EUA. “Além das restrições de oferta global, os preços são importantes, é claro, e no final do ano passado e no início deste ano, os preços nos EUA estavam bem abaixo dos valores em outras partes do mundo”, compartilha Plourd. “Várias circunstâncias têm dado aos EUA uma vantagem e os profissionais de marketing têm aproveitado a oportunidade. E, notavelmente, tudo isso aconteceu em um ambiente de logística desafiador.”

O queijo continua a ser a estrela das exportações dos EUA em 2022. Depois de enviar um recorde de 41.693 toneladas de queijo em março, os fornecedores dos EUA repetiram o desempenho em abril com 41.375 toneladas em exportações. Foi a primeira vez que os Estados Unidos exportaram mais de 40.000 toneladas em dois meses consecutivos.

As commodities individuais e seus volumes que sofreram alterações a partir de abril de 2021 incluem:

Leite em pó desnatado – queda de 6%
Produtos de soro de leite – queda de 1%
Queijo – até 2%
Lactose – até 12%
Gordura de manteiga – até 25%
Whey Protein Concentrado (WPC) 80 – até 5%
Leite em pó integral – queda de 14%
Leite e creme fluidos – queda de 7%

Cenário futuro

Plourd disse que as coisas não são tão claras daqui para frente. A produção de leite da UE e da Nova Zelândia não melhorou muito. A produção de abril na Holanda, por exemplo, ainda caiu 2,5% ano a ano. Além disso, a produção ano a ano na Nova Zelândia caiu 5,6%. “Portanto, não estamos lidando com muita oferta extra de grandes concorrentes de exportação”, diz Plourd. “Do lado negativo, as diferenças de preços não são tão grandes quanto no início deste ano. De fato, a manteiga da Nova Zelândia está cerca de 30 centavos de dólar por libra mais barata. Os preços dos queijos dos EUA, da UE e da Nova Zelândia estão todos dentro de 15 a 20 centavos um do outro, estreitando qualquer vantagem dos EUA.”

Erick Metzger, gerente geral da National All-Jersey, disse que os produtores vão aproveitar as verificações de leite de maio na próxima semana, quando chegarem. “Muitos produtores verão preços mais altos do que jamais viram antes.”

Plourd disse que os preços mais altos dos produtos lácteos, as pressões inflacionárias gerais e a deterioração do desempenho econômico significam que a demanda está mais vulnerável. “O resultado é que os EUA ainda estarão no mix de exportação nos próximos meses, mas os volumes podem se estabilizar ou até diminuir”, disse ele.

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Custo de produção de leite recuou -1,4% em maio
 
Produção de leite - A inflação de custos de produção de leite, que vinha apresentando desaceleração no crescimento a partir do mês de março, teve queda no mês de maio. 
 
Dos sete grupos que compõem o ICPLeite/Embrapa, quatro registraram queda de preços, enquanto dois grupos tiveram elevação de preços e um se manteve estável. O resultado no custo de produção de leite foi um forte recuo em maio, com deflação de -1,4%. Este fenômeno de deflação, que é o inverso da inflação, não acontecia desde maio de 2020 e foi a maior deflação registrada desde agosto/2019. Isso não alivia muito a condição do produtor, em função da ascensão inflacionária dos custos de produção, acumulada nos meses anteriores. Nos grupos com queda de preços os destaques foram para soja, milho, adubos e energia elétrica, demonstrando que a deflação não foi localizada em grupos de custos específicos e teve múltiplas explicações.
 
Vários fatores influenciaram a deflação no mês pelo segundo mês consecutivo o grupo
 
Concentrado, que representa a alimentação baseada em ração formulada com grãos, apresentou queda de preços. No mês de maio, foi - 1,7%, resultante da queda de preços de soja e milho. O custo de produção do grupo Volumosos também teve retração de -1,3% em maio, motivado pela queda dos preços de adubos. Milho, soja e adubos têm preços formados no mercado internacional e estavam inflados desde os primeiros dias do conflito na Ucrânia, dadas as elevadas incertezas geradas naquele momento, e agora recuam. Os grupos Concentrados e Volumosos respondem pelo custo da alimentação das vacas e, somados, pesam muito no resultado final do ICPLeite/Embrapa (61,7%). O grupo Qualidade do Leite também registrou retração no custo, resultante da queda de preço do material de limpeza. A maior queda de preços ocorreu no grupo Energia e Combustível, principalmente por conta da energia elétrica, que estreou redução de tarifa, com o fim do período de escassez hídrica e o retorno da tarifa de bandeira verde.
 
O grupo Sanidade e Reprodução, que engloba medicamentos, vacinas, sêmen e material de reprodução, teve elevação de custos expressiva (2,9%), mas foi o grupo Minerais que, pelo quarto mês seguinte, registrou variação positiva nos custos. Desta vez atingiu patamar de dois dígitos de elevação (11,7%). O Gráfico 1 reproduz a variação nos grupos que compõem os custos de produção, para o mês de maio.

Gráfico 1. ICPLeite/Embrapa. Variação em maio/22, por grupos de despesa (em %). Fonte: Embrapa (2022).

 

 

CCGL capacita corpo técnico sobre manejo nutricional para produção de sólidos 

Com o objetivo de capacitar os técnicos da CCGL e cooperativas com informações importantes da cadeia do leite, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda. – CCGL, através do setor de Difusão de Tecnologias, promoveu entre os dias 6 e 8 de junho, no auditório da CCGL em Cruz Alta, o treinamento Manejo Nutricional para Produção de Sólidos focado no Programa Mais Sólidos, Maior Valor.

O treinamento foi ministrado pelo zootecnista Renato Palma Nogueira, com os temas: introdução à formação de sólidos no leite; importância dos sólidos para saúde do rebanho; manejo alimentar com foco em saúde do rebanho e sólidos e de gerenciamento do estresse térmico; nutrição para alta produção de leite e de sólidos, do período seco e do período de transição; conforto para vacas secas e em lactação; consumo de matéria seca e curva de lactação; e sistemas de agrupamento para vacas em lactação.

O gerente da indústria de rações e médico veterinário da Cotripal, Rodrigo Chaves, entende que o treinamento vai ajudar no alinhamento do trabalho técnico com o programa Mais Sólidos, Maior Valor e visando melhorar a produtividade e rentabilidade do produtor — Primeiro é necessário um entendimento e compreensão da equipe técnica deste novo modelo para posteriormente, com credibilidade, levar informações e as soluções para os produtores, para que eles entendam quais os processos de manejo precisam ser seguidos para que o rebanho melhore os resultados — explica Rodrigo.

Para o médico veterinário da Coopermil Jair André Veit, o conteúdo adquirido no curso é fundamental para a cadeia do leite. — O que aprendemos aqui sobre nutrição, manejo, balanceamento de dietas, entre outros temas, será essencial para o produtor maximizar a produção de sólidos em suas propriedades — completa Jair.

O Projeto Mais Sólidos, Maior Valor inicia um novo momento no sistema de precificação do leite, com base na quantidade de gordura e proteína entregues pelos produtores à indústria. O treinamento foi exclusivo para a equipe de Difusão de Tecnologias da CCGL e área técnica das cooperativas associadas. (Rede Técnica Cooperativa)


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Fazendo a tecnologia funcionar: a gestão no centro do negócio leiteiro
 A tecnologia está cada vez mais difundida nas mais diversas atividades e também nas fazendas de leite. O estoque de conhecimento e o entendimento técnico já são alicerces sólidos e com grau de amadurecimento. Por outro lado, como fazer a tecnologia funcionar? Como gerenciar para avançar? Neste cenário tecnológico, temos e sempre teremos, as pessoas. São elas que com ou sem tecnologia fazem a lida das propriedades, os processos funcionarem. Então, não basta mais ter domínio do conhecimento técnico e dispor de tecnologias, é preciso gerenciar pessoas! Sabendo da importância do desenvolvimento dos colaboradores e formação de times, bem como da crescente inserção da tecnologia no leite, o terceiro painel do Interleite Brasil 2022, “Fazendo a tecnologia funcionar: a gestão no centro do negócio leiteiro,” no dia 04 de agosto, trará dois casos de produtores de sucesso e uma palestra sobre gestão de pessoas. Se você pensou em gestão, tecnologia e pessoas, o terceiro painel do Interleite Brasil 2022 é para você! Este ano, o Interleite chega a sua 20ª edição e será sediado pela primeira vez no Brasil Central, em Goiânia, nos dias 03 e 04 de agosto. Com correalização do Sistema Faeg/Senar - GO, do Sebrae-GO e do Governo de Goiás e demais apoiadores, o Interleite Brasil abordará outras pautas importantíssimas para o leite brasileiro: sistemas de produção, sustentabilidade, índices de produtividade, rentabilidade e muito mais! No dia 02 de agosto, antes do primeiro dia do Interleite Brasil, ocorrerão três eventos paralelos: worskhops temáticos exclusivos ministrados por especialistas, Fórum MilkPoint Mercado e Jantar dos Top 100. Além disso, o evento contará com transmissão ao vivo em plataforma exclusiva os participantes que optarem por assistir online. Associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) têm 20% de desconto na inscrição dos eventos, clicando aqui. (Milkpoint)