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23/06/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.688


Observatório do Consumidor mostra maior interesse dos consumidores por lácteos da cesta básica

Lácteos da cesta básica - Em meio ao cenário da inflação de alimentos, esta edição do Observatório do Consumidor, elaborado pela Embrapa Gado de Leite, mostra que o interesse dos consumidores por lácteos aumentou no primeiro semestre de 2022, mas os produtos da cesta básica estão sendo priorizados.

A quarta edição da Newsletter do Observatório do Consumidor analisa o perfil dos tweets sobre produtos lácteos no primeiro semestre de 2022, que foi marcado por altas taxas de desemprego, guerra na Ucrânia e aumentos significativos da pandemia de COVID-19 no cenário mundial. Nesse estado de insegurança, a demanda não tinha muito espaço para crescer. 

O ano de 2022 começou com um interesse crescente dos usuários do Twitter em laticínios e produtos lácteos. Já em  fevereiro, a pesquisa mostra  que ocorreram 218 mil tweets sobre os produtos lácteos, o maior número de publicações até o momento. A partir da segunda semana de fevereiro, o número de postagens segue uma tendência de queda. Em maio, o número de publicações começou a aumentar novamente. Curiosamente, esse comportamento também ocorreu em 2021, o que sugere o movimento circular ou sazonal da indústria de laticínios. 

A pesquisa também mostra um aumento de 26% de tweets em 2022 em relação a 2021, pressupondo que no primeiro semestre de 2022 possa registrar maior consumo de laticínios do que no primeiro semestre de 2021, pois o conteúdo da maioria das publicações envolvem produtos lácteos.

A análise dos dados do OC mostra que, em particular, os sentimentos expressos nos tweets sobre o leite em 2022 foram positivos, indicando que, em geral, os consumidores têm uma visão positiva dos produtos.

Produtos que apresentaram a maior percentagem de feedback positivo, através deste programa: gelados (82%), queijos (76%) e iogurtes (73%). O menor percentual de tweets com conteúdo positivo  foi  o de bebidas lácteas (46%).

Os que tiveram o maior percentual de postagens com conteúdo negativo foram: leite desnatado (20%), leite (19%) e iogurte (19%).

Comparado ao primeiro semestre de 2021, não há diferença significativa na análise emocional. É interessante notar que o mês de junho é o mais brilhante em ambos os anos com cerca de 80% dos tweets.

Mais falado sobre leite ,de janeiro a junho de 2022, são contabilizados 4.000 tweets sobre leite e laticínios. Assim como ocorreu durante o acompanhamento da OC no Twitter, os produtos mais citados foram: queijo (35,55%), sorvete (24,03%) e manteiga (15,46%). Esses três produtos representam 75% da produção de leite até 2022.

A análise feita da nuvem de palavras também mostra uma tendência de consumo de produtos mais baratos e acessíveis, devido ao constante aumento de preços de alimentos.

Para acessar essas análises e outras realizadas pela pesquisa da Embrapa Gado de Leite, acesse Observatório do Consumidor na íntegra. (CILeite/Embrapa)      


Argentina – La Niña reduz a oferta de pasto e acentua a elevação dos custos

La Niña/AR – A Câmara dos Produtores de Leite da Bacia Oeste de Buenos Aires (Caprolecoba) informou em seu Panorama Lechero mensal, que a falta de chuvas a as sucessivas geadas ocorridas no outono, em decorrência da presença do fenômeno La Niña, está impactando na produção de leite.

“Do ponto de vista da umidade, o outono termina pior do que no começo: com pouquíssimas chuvas no oeste e apenas a esperança de alguns milímetros no final de junho. A terra está seca em cima, e tem uma reserva respeitável de umidade mais embaixo”, diz o boletim.

Acrescentou que houve várias geadas, e que o fenômeno La Niña deverá permanecer até o final do ano, com chuvas entre junho e agosto, de acordo com o prognóstico do Serviço Nacional de Meteorologia, mas em volumes abaixo do normal.

Cai a produção
Segundo a Caprolecoba, em maio o volume de leite começou a crescer, mas o solo seco e as geadas reduziram o volume de leite nas fazendas. 

“O pasto acabou e não teve como fazer a rotação de pastagens. Isto obrigou ao uso antecipado das reservas e concentrados, acentuando a elevação dos custos de produção. A produtividade das vacas por dia caíram e subiram os sólidos”, destacou o boletim

Preços, a esperança
No entanto, o panorama traçado pela Caprolecoba inclui análise otimista: é possível pensar em maior recuperação do preço do leite ao produtor.

“A conversa entre a indústria de laticínios e o Secretário de Comércio Interior estaria dando alguns frutos, para poder flexibilizar com mais lógica a atualização dos “preços controlados”. Isto, junto com a persistência da demanda no mundo, que projeta bons preços para o leite em pó integral (nosso principal produto de exportação), é importante para os produtores argentinos. Porque, explica, em boa medida, a “capacidade de pagamento” que as indústrias teriam para competir pelo leite das fazendas”, diz o documento.  (Fonte: Infocampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Cadeia leiteira cobra governo do Estado por falta de competitividade

O valor de referência do leite projetado para o Rio Grande do Sul em junho é de R$ 2,6551 o litro, segundo indicador divulgado pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite).

De acordo com o coordenador do Conseleite, Eugênio Zanetti, a projeção reflete o momento de entressafra do leite no Sul do Brasil e a elevação de custos de produção no campo e na indústria, principalmente em função do reajuste de itens como o óleo diesel, o frete, as embalagens, e do próprio milho utilizado na ração do gado. "Os preços tiveram uma reposição necessária para garantir a rentabilidade da atividade leiteira", ponderou.

O momento, alertou ele, é de estreitar o diálogo com o governo do Estado para tentar encontrar um ponto de equilíbrio. Nos últimos meses, o setor lácteo vem enfrentando perda de competitividade com o impacto tributário do novo Fator de Ajuste de Fruição (FAF), já que Santa Catarina e Paraná não têm esse aumento de carga tributária e ainda possuem fábricas de embalagens acartonadas e embalagens secundárias mais desenvolvidas que o Rio Grande do Sul. Essa perda de competitividade, aliada ao alto custo de produção, tem contribuído para a diminuição do número de produtores e do volume de leite ofertado no campo.

Para o diretor-executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini, o caminho é o diálogo com o Palácio Piratini para que a cadeia dos lácteos retome competitividade perante os outros estados do Sul.

"Temos que mostrar ao governo e à Secretaria da Agricultura (Seapdr) que precisamos fazer uma discussão política e de Estado para que comece a se recuperar a produção. Santa Catarina e Paraná não tiveram redução de produção tão grande quanto aqui. Alguma questão está desequilibrada", afirma ele. "O principal motivo para a redução de rebanhos e produção é a política tributária, por conta de incentivos que outros estados acabam dando aos produtos, seja com uma tarifa elétrica diferenciada, seja por taxas juros investimento diferenciadas", conclui Palharini. (Jornal do Comércio)


 

Jogo Rápido 

Para além da loja física
Já imaginou comprar um trator em um site como o Mercado Livre, por exemplo, tal qual se compra uma televisão? É assim que os produtos da Languiru poderão ser adquiridos a partir de agora. A cooperativa, com sede em Teutônia, no Vale do Taquari, fechou uma parceria com a plataforma de marketplace e e-commerce Campear. Na prática, qualquer pessoa, independentemente de ser associada, pode comprar sementes, fertilizantes, defensivos, medicamentos veterinários, máquinas e implementos agrícolas da cooperativa pelo Campear.com. - Nós queríamos atingir mais pessoas, ampliar o leque de clientes, que, até então, se restringiam às regiões onde estão situadas as nossas lojas - explica o gerente de máquinas e equipamentos da Agrocenter Languiru, Neodi Elias Tischer. A ideia é que a plataforma digital complemente as vendas das lojas físicas. O site fornece informações dos produtos, como fotos, características e valores, e o contato do vendedor para realização da compra. Ainda não há a opção de pagamento via plataforma. Assim como a venda, a entrega é negociada diretamente com o comprador. Atualmente, a Languiru conta com lojas ou seções de Agrocenter em nove municípios no Estado. - A nossa ideia de criar um marketplace voltado somente para o agro surgiu pela necessidade do setor de ter outras formas de comercialização. O produtor rural tinha poucos lugares para fazer pesquisa de preço, por exemplo - justifica Jean Michel Fuchs, um dos sócios da iniciativa. Inaugurada em 2019, a plataforma conta atualmente com mais de 40 empresas. E, fundada há 66 anos, a Languiru é a primeira cooperativa a participar do negócio. (Zero Hora)
 

 
 
 
 
 

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