Autor: isaacnb
10/01/2017
Porto Alegre, 10 de janeiro de 2017. Ano 11- N° 2.419
Até 2016, pelo menos 70 empresas já se instalaram no país e a previsão é que neste ano, mais 10 companhias invistam por aqui. Grande produtor de laticínios, ovinos, lãs e frutas como o kiwi e a maçã, a Nova Zelândia, país localizado na Oceania, deve investir mais no Brasil em 2017 e o agronegócio é o setor que deve puxar grande parte destes investimentos.
De acordo com Ralph Hays, cônsul da Nova Zelândia em São Paulo e comissário da New Zealand Trade & Enterprise (NZTE), agência que promove as relações entre os dois países, são as empresas de tecnologia agrícola que devem aportar com mais força no país neste ano. "Temos observado uma crescente demanda por novas tecnologias capazes de ampliar a capacidade produtiva", diz Hays. "É um cenário de grandes oportunidades, especialmente no segmento de agronegócios".
Ele também destaca que a crescente pressão para que empresas adotem padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar podem gerar negócios no Brasil, já que a Nova Zelândia é reconhecida por desenvolver tecnologias seguras e sustentáveis na agricultura e pecuária. "Com o aumento da demanda global por alimentos e a escassez dos recursos naturais, é fundamental encontrar soluções que contribuam para o aumento da produtividade com menor impacto possível para o meio ambiente".
Até o ano passado, cerca de 70 empresas neozelandesas chegaram no Brasil e, segundo as projeções de Hays, neste ano pelo menos 10 novas companhias devem se instalar por aqui. Além de tecnologia, elas seriam dos setores de alimentos e bebidas, equipamentos de gerenciamento de fazendas (a cerca elétrica, por exemplo, foi criada na Nova Zelândia), medidores de leite, genética, semeadoras, e identificação eletrônica de animais.
A Nova Zelândia foi considerada pelo Banco Mundial como o melhor país do mundo para fazer negócios ("Doing Business Report 2017"). Hoje, é o maior exportador mundial de laticínios e carne ovina. Na América Latina, destaca-se o intenso comércio agrícola com o Chile.
Há alguns anos, pecuaristas neozelandeses investiram no Brasil e hoje, são uns dos maiores produtores de leite do país. A Fazenda Leitíssimo, localizada em Jaborandi (BA) investiu primeiramente em pastagens para posteriormente criar gado. Na Nova Zelândia, essa é a premissa para que o rebanho seja produtivo, o investimento em pastagens. Em Minas Gerais, a LivestockImprovement Corporation (LIC), maior cooperativa de produtores de leite do mundo também já está presente e atua no setor de genética. (Globo Rural - POR VIVIANE TAGUCHI)
A França colocou em execução seu teste de dois anos de rotulagem obrigatória do país de origem (COOL, da sigla em inglês) para carnes e lácteos em alimentos preparados, neste mês. A iniciativa se refere a refeições prontas com certa quantidade de carne ou leite nelas. Se o prato contém mais de 8% de carnes e 50% de leite, suas origens precisam ser mencionadas no rótulo. Somente refeições com 100% de carne e leite da França podem conter o rótulo "Produit d'origine Française".
A Interbev, associação comercial francesa que representa os processadores de carne e os pecuaristas do país, disse que está satisfeita com "os avanços significativos feitos", dando aos consumidores "informações claras e transparentes" sobre os produtos que compram.
A associação vem fazendo campanha pela rotulagem da origem de carnes frescas e processadas desde o escândalo "Horsegate", de 2013, quando testes de DNA mostraram a presença de carne de cavalo em alimentos pré-preparados, como lasanha com carne bovina - disseminando uma crise de confiança entre os consumidores.
Entretanto, nem todos estão felizes com a decisão de fazer esse teste; a FoodDrinkEurope (FDE) disse que o piloto terá um efeito negativo na cadeia de fornecimento, porque somente se aplica à França e "determina um precedente irreversível para a fragmentação do Mercado Único da UE para alimentos e bebidas".
A Associação Europeia de Lácteos (EDA) também afirma que as indústrias de lácteos em regiões da fronteira serão afetadas, à medida que têm até cinco Estados Membros da UE em sua área de captação de leite. "A Comissão Europeia falhou claramente em proteger o princípio do mercado único, que é de um ponto de vista político o pior cenário para a União", disse o secretário geral da EDA, Alexander Anton.
Em sua defesa, a diretora geral da organização de direitos dos consumidores, BEUC, Monique Goyens, disse que o secreto francês está de acordo com a Regulamentação de Informações de Alimentos (FIC), à medida que seu principal objetivo é proteger os consumidores e responder à sua demanda por informações sobre a origem de seus alimentos.
A legislação do FIC diz que os Estados Membros podem introduzir rotulagens obrigatórias adicionais se houver evidências de que a maioria dos consumidores acham que essa informação é importante.
De acordo com uma pesquisa do Eurobarometer de 2013, 90% dos respondentes concordaram que é importante que a origem da carne usada em alimentos processados seja rotulada, enquanto 84% eram favoráveis à rotulagem da origem do leite nos produtos lácteos.
O presidente do grupo de direitos do consumidor francês, Que Choisir, Alain Bazot, está fazendo campanha pela rotulagem obrigatória da origem há vários anos, junto com a associação agrícola, FNSEA e outras e lançou uma petição on-line no ano passado pedindo a rotulagem obrigatória para carnes processadas.
Essa não é a primeira vez que a COOL é testada na França; no ano passado, o país lançou quatro programas piloto de rotulagem de alimentos em quatro regiões, incluindo 60 Casino, Carrefour Market, and Simply Market stores in Île-de- France, Hauts-de-France, Rhône-Alpe e Haute Normandie.
Esses testes viram mais de 2 milhões de rótulos colocados em quase 1.200 alimentos, usando: o sistema Nutri-Score que tem um logo com cinco cores que classifica o alimento de A (bom) até E (ruim); sistema Sens, que usa uma mistura de cores e um logotipo para indicar o quão frequentemente um certo alimento pode ser consumido de forma saudável; o logotipo Nutri-Repère, que explica os componentes, como gordura, açúcar, sais e mostra quantas calorias contém; e uma réplica do sistema Traffic Lights, usado no Reino Unido, similar ao Nutri-Repère, que quebra um produto em componentes, bem como indica o quanto da quantidade diária recomendada esse produto tem.
A Comissão Europeia enviará um relatório sobre os efeitos dos esquemas de "rotulagem visual" ao Conselho e o Parlamento em dezembro de 2017, mas nenhuma decisão sobre sua legalidade é esperada até então. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Mapa fecha 26 unidades técnicas para melhorar gestão e economizar recursos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União uma portaria, na última sexta-feira (30), extinguindo 26 das 84 Unidades Técnicas Regionais (Utras). A decisão foi baseada em estudos técnicos que levaram em consideração o valor bruto de produção agropecuária, o número de estabelecimentos registrados e fiscalizados e demandas de atividades em cada unidade.
O fechamento das 26 unidades representa economia de cerca de R$ 1,1 milhão por ano, gastos atualmente apenas com a manutenção do patrimônio e do material de expediente. Os cerca de 100 servidores serão realocados em outras unidades do Ministério da Agricultura nos estados, onde há maior necessidade da mão de obra, formada principalmente por auditores.
O estudo inicial, concluído no primeiro semestre deste ano, recomendava o fechamento de 54 unidades. Nesta primeira etapa, no entanto, serão fechadas 26 unidades. As demais poderão ser extintas no segundo semestre de 2017, após nova atualização e detalhamento dos dados já levantados.
A atualização do estudo foi feita por meio de sistema de avaliação das demandas de trabalho nas áreas de inspeção e de fiscalização, em conjunto pelas Secretarias Executiva, de Defesa Agropecuária e de Política Agrícola do ministério.
O secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, explicou que será possível melhorar a gestão com o aproveitamento mais eficiente da força de trabalho. Novacki assegurou que não haverá prejuízos nem descontinuidade na prestação de serviços por parte do ministério. De acordo com a portaria, as Utras serão extintas a partir do dia 1º de janeiro de 2017, com prazo de 30 dias para o remanejamento dos servidores e o encerramento das atividades.
Serão fechadas as seguintes unidades: Passos, Muriaé, Governador Valadares, Almenara e Paracatu, em Minas Gerais; Barra Mansa, Nova Friburgo e Itaperuna, Bom Jesus e Macaé, no Rio de Janeiro; Blumenau, Joinville e Lajes, em Santa Catarina; Ouro Petro D'Oeste, Ji-Paraná, Cacoal, Ariquemes, em Rondônia; Campina Grande e Patos, na Paraíba; Colatina e Venda Nova do Imigrante, no Espirito Santo; Caruaru, em Pernambuco; Picos, no Piauí; Teixeira de Freitas, na Bahia, Jacarezinho, no Paraná, e Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul. (As informações são do Mapa)
De acordo com dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no pagamento de dezembro, referente à produção entregue em novembro, foi verificada queda nos preços em três das cinco regiões pesquisadas em Minas Gerais. Na média do Estado, o litro foi cotado a R$ 1,20, retração de 3,48%. A maior retração ocorreu no Triângulo e Alto Paranaíba, 4,52%. Nestas localidades, o litro de leite foi cotado, na média líquida, a R$ 1,24. Queda também na região Sul e Sudoeste, onde o produtor recebeu R$ 1,23 por litro negociado, valor 2,92% inferior ao praticado em novembro. Na Zona da Mata, o pecuarista recebeu 3,58% a menos pelo litro de leite, que foi vendido a R$ 1,19. Após três meses de retração, os produtores da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) registraram, em dezembro, pequena elevação nos valores, 0,9%, com o leite negociado a R$ 1,17, na média líquida. Já no Vale do Rio Doce, a alta chegou a 1,02% e o leite foi comercializado a R$ 1,13. (Diário do Comércio)
Proteína animal é aposta para incrementar o agronegócio gaúcho
Com o objetivo de auxiliar no incremento dos negócios no segmento, entidades focadas na produção de proteína animal vão elaborar um mapeamento do setor para identificar gargalos e elencar pontos que o Estado poderá atuar. A decisão foi tomada em reunião na última quinta-feira (05/01), no auditório Pery Pinto Diniz, no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), em Porto Alegre, com representantes do setor público e da iniciativa privada. O Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) esteve representado pelo presidente Alexandre Guerra.
Na ocasião, foram estabelecidos cinco Grupos de Trabalho (GT) que definirão metas para os setores de aves/ovos, suínos, lácteos, bovinos/ovinos e peixes. O grupo responsável pelo setor lácteo será conduzido pelo diretor das Câmaras Setoriais, da Secretaria da Agricultura Pecuária e Irrigação (Seapi), Rodrigo Rizzo, e terá relatoria do secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcisio Minetto. O objetivo é elaborar, em seis meses, um documento final que será apresentado no dia 1º de junho de 2017. Os grupos serão coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT) e pelo BRDE. O primeiro encontro está marcado para o dia 12 de janeiro, na Seapi, às 9h.
A reunião foi convocada pelo presidente do BRDE, Odacir Klein, com o objetivo de discutir aspectos que agreguem valor ao produto gaúcho e identificar obstáculos no segmento de carnes. Estiveram presentes também o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, a secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, e o secretário da SDECT, Fábio Branco, além de representantes da Emater, da Seapi e do Ministério da Agricultura.
09/01/2017
Porto Alegre, 09 de janeiro de 2017. Ano 11- N° 2.418
No último leilão GDT, ocorrido nesta terça-feira (03/01), houve queda de 3,9% nos preços médios dos lácteos, que fecharam a US$3.463/tonelada.
O leite em pó integral foi o lácteo que apresentou maior queda, com variação negativa de 7,7% e média final de US$3.294/tonelada. Já o leite em pó desnatado fechou a US$ 2.660/tonelada, subindo 2,3% em relação ao leilão anterior.
A quantidade de produtos lácteos vendidos aumentou 0,3%, sendo comercializadas 22.396 toneladas. Na comparação com o mesmo período do ano passado a quantidade vendida caiu 33%, 3.275 toneladas a menos.
Os preços futuros dos próximos leilões GDT também apresentaram queda e hoje apontam para um primeiro semestre com preços de leite em pó integral entre US$3.200/ton e US$3.400/ton. (GDT/Milkpoint)
Com o objetivo de auxiliar no incremento dos negócios no segmento, entidades focadas na produção de proteína animal vão elaborar um mapeamento do setor para identificar gargalos e elencar pontos que o Estado poderá atuar. A decisão foi tomada em reunião na última quinta-feira (05/01), no auditório Pery Pinto Diniz, no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), em Porto Alegre, com representantes do setor público e da iniciativa privada. O Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) esteve representado pelo presidente Alexandre Guerra.
Na ocasião, foram estabelecidos cinco Grupos de Trabalho (GT) que definirão metas para os setores de aves/ovos, suínos, lácteos, bovinos/ovinos e peixes. O grupo responsável pelo setor lácteo será conduzido pelo diretor das Câmaras Setoriais, da Secretaria da Agricultura Pecuária e Irrigação, Rodrigo Rizzo, e terá relatoria do secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcisio Minetto. O objetivo é elaborar, em seis meses, um documento final que será apresentado no dia 1º de junho de 2017. Os grupos serão coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT) e pelo BRDE. O primeiro encontro está marcado para o dia 12 de janeiro, na Seapi, às 9h.
A reunião foi convocada pelo presidente do BRDE, Odacir Klein, com o objetivo de discutir aspectos que agreguem valor ao produto gaúcho e identificar obstáculos no segmento de carnes. Estiveram presentes também o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, a secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, e o secretário da SDECT, Fábio Branco, além de representantes da Emater, da Seapi e do Ministério da Agricultura. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
O novo valor da Unidade Padrão Fiscal (UPF), que entrou em vigor dia 01/01/2017, está fixado em R$ 18,2722. A UPF serve como indexador para corrigir taxas e tributos cobrados pelo Estado e sofreu correção de 6,58% com base na variação do IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Para a correção de impostos, como IPVA e ITCD, o novo valor da UPF passou a valer já no primeiro dia útil do ano, no caso segunda-feira (2). Em relação ao valor de taxas, a nova referência passa a vigorar 30 dias após a data de publicação. A UPF/2017 foi fixada por instrução normativa da Receita Estadual publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) na edição da última sexta-feira (23). (SEFAZ)
Os processadores de lácteos podem esperar uma expansão na oferta de leite, um crescimento nas exportações e maiores preços em um futuro próximo. Para 2017, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) citou um crescimento mais lento no número de vacas, mas, um leve aumento na produção de leite por animal. A previsão do USDA também é de aumentos anuais na produção de leite até 2024.
O relatório de dezembro prevê um aumento nos preços do leite para US$ 37,15 a US$ 38,91 por 100 quilos em 2017. Até 2020, o departamento previu que os preços do leite alcançarão US$ 40,54 por 100 quilos. As exportações comerciais de produtos lácteos deverão aumentar em todos os anos, de 4,04 bilhões de quilos (em uma base de gordura do leite) nesse ano para 5,53 bilhões de quilos em 2024, mas nem todos os produtos lácteos se beneficiarão.
O USDA disse que em 2017, "as exportações deverão cair devido à maior competição nos mercados de queijos, mas a força nas exportações de lactose e leite desnatado deverão apoiar maiores vendas baseadas em sólidos desnatados do leite. As previsões de importação foram reduzidas com relação ao relatório do mês anterior, tanto para produtos baseados em gordura, como para os baseados em sólidos desnatados".
As exportações representam cerca de 14% de toda a produção de leite dos Estados Unidos, comparado com menos de 8% há uma década, de acordo com o CoBank, de Denver. Isso aumenta a quantidade de exposição que as companhias de lácteos dos Estados Unidos têm aos riscos monetários, eventos geopolíticos e outros fatores imprevisíveis. "A previsão para os próximos anos é positiva, mas precária", disse o economista sênior do banco, Ben Laine. A análise do CoBank, divulgada em dezembro, notou que "um desafio imediato" é a capacidade de processamento não ter acompanhado o crescimento na produção de leite.
"Novas plantas de processamento e expansões de plantas nos próximos dois anos fornecerão algum alívio. Ao mesmo tempo, a indústria de lácteos dos Estados Unidos precisa fazer tudo o que puder para manter e desenvolver a demanda doméstica e a relação com os clientes. Isso inclui o desenvolvimento de produtos inovadores para se adaptar às mudanças de gostos dos consumidores".
Embora o consumo de leite fluido esteja baixo, o número de plantas de processamento aumentou, de acordo com o USDA e com o FDA (Food & Drug Administration). Em 2015, havia 456 plantas de leite, enquanto em 2008, esse número era de 400. O volume médio por planta caiu para 49,67 milhões de quilos em 2015, de 61,78 milhões de quilos em 2008.
Os preços do açúcar, um ingrediente popular no leite, sorvete e iogurte, deverão cair, com a oferta total de açúcar de beterraba e de cana de açúcar de fontes domésticas e importadas devendo aumentar a cada ano.
No geral, a economia crescerá lentamente. O USDA assume que o Produto Interno Bruto (PIB) aumentará 2,3% em 2017, 2,2% em 2018 e 2,1% em cada ano de 2019 a 2026. A renda per capita disponível crescerá ainda mais lentamente. O governo prevê um crescimento de 1,7% em 2017 (melhor do que 2016) e então uma queda de 1,5% em 2018 e uma estabilidade de 1,4% de 2019 a 2026. Esses números vêm de previsões macroeconômicas do departamento.
A inflação permanecerá baixa, pairando em torno de 2%. O Índice de Preço ao Produtor para bens brutos deverá aumentar mais rápido do que o índice para bens terminados. Nos próximos quatro anos, o índice para bens brutos deverá ir de 3,6% em 2017 para 2,9% em 2020. O índice para bens terminados deverá ser de 1,5% em 2017 (após um decréscimo de 1,7% em 2016) e 2,2% em 2020. O preço do petróleo bruto deverá ser de US$ 49,70 o barril nesse ano, aumentando para US$ 74 o barril em 2020.
Os impostos sobre mão de obra aumentarão nesse ano e em médio prazo. O governo assume que a taxa horária de compensação não-agrícola subirá 3,9% este ano e ficará em uma faixa de 3,6% a 3,8% até 2020. A taxa de desemprego ficará em torno de 4,7% nos próximos quatro anos. A população total dos Estados Unidos crescerá lentamente. Os economistas assumem um aumento anual de 0,8% nos próximos cinco anos. Os processadores de lácteos dos Estados Unidos poderão ficar de olho em mercados foras do país, onde há mais população.
Laine disse que a indústria está pronta para se beneficiar da demanda externa na Ásia, América Latina e África, impulsionada pelo crescimento da população e pelo aumento do consumo da classe média. Estatísticas compiladas pelo USDA mostram que, enquanto as populações dos Estados Unidos e da região Ásia/Oceania deverão aumentar 0,8% em 2020, a diferença é de escala. Um aumento de 0,8% no mercado doméstico significa cerca de 26 milhões de pessoas a mais. A taxa de crescimento na Ásia/Oceania resulta em 318 milhões de indivíduos a mais. Prevê-se que o PIB nessa região aumente pelo menos 4,3% a cada ano entre 2017 e 2020. (As informações são da Dairy Foods, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Argentina perde 460 fazendas leiteiras em 2016
Em 2016, a Argentina perdeu 460 fazendas leiteiras em produção, o que representa uma queda de 4%, "dado que mais que duplica a taxa média dos últimos anos (entre 1,5% e 2%)", segundo dados do primeiro relatório do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA). Esse dado é considerado uma estimativa.
O relatório do OCLA indica também que ocorreu durante 2016 uma "forte queda no faturamento (por preço e volume) no final de 2015 e começo de 2016, estimada em 600.000 pesos (US$ 37.524,6) para uma fazenda média em 180 dias", o que "tem gerado uma complexa situação financeira para muitos produtores que aumentaram notavelmente seu endividamento e a taxas mais altas".
A produção de 2016 registraria uma queda entre 10% e 11% com relação ao ano anterior (totalizando 10,1 bilhões de litros de leite), com uma redução na ordem de 8% (considerando números constantes de fazendas leiteiras). O ano se apresentou com períodos nos quais a produção chegou a cair com relação ao ano anterior em mais de 20% - devido às chuvas ocorridas na bacia leiteira central.
Quanto à demanda agregada de lácteos, "a queda com relação ao ano anterior foi de 8% e, embora tenha exibido números vermelhos em seus dois componentes (mercado interno e exportações), a queda das exportações foi quatro vezes maior à registrada pelo consumo interno (20% versus 5,3%)".
Em consequência, a composição mercado interno/exportação passou de 80/20 nos dez primeiros meses de 2015 para 82/18 nesse ano, "bastante abaixo da média dos últimos 10 anos que foi de cerca de 24%".
O volume exportado em outubro foi de 23.200 toneladas, 16,6% a menos que em setembro e 42,3% a menos que no mesmo mês do ano anterior. "Algo pior ocorre quando se mede em valor, que subiu para US$ 65,8 milhões, 18,7% a menos que em setembro e 46% a menos que em outubro de 2015".
Nos 10 primeiros meses de 2016, as exportações alcançaram 247.000 toneladas, por um valor de US$ 655 milhões FOB e um preço implícito médio de US$ 2.644. "Esses números representaram quedas de 9% em toneladas, 32% em dólares e 25% em preço com relação ao mesmo período do ano anterior (janeiro-outubro)".
Com relação ao consumo, "no acumulado dos dez primeiros meses do ano, essa variável sofreu um retrocesso de 5,5% com relação ao mesmo período de 2015 (ajustado para o crescimento populacional, a queda é de mais de 6%)".
Em 05/01/17 - 1 Peso Argentino = US$ 0,06254
15,9728 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do portal Infortambo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Em 2017, a produção de leite no Uruguai aumentará entre 2% a 4%, segundo estimativas preliminares do Instituto Nacional do Leite (Inale). O crescimento esperado não permitiria recuperar uma contração de cerca de 10% na produção no ano de 2016. O gerente do Inale, Gabriel Bagnato, disse que a firmeza do mercado internacional permite melhores negócios para as indústrias locais - o que se transmitiria aos produtores. "O resultado é algo em torno de 9 pesos (US$ 0,30) por litro, podendo haver alguma alta mais para frente. O preço ao produtor poderia subir um pouco mais". Bagnato foi moderadamente positivo sobre a continuidade da recuperação de preços registrada no segundo semestre desse ano. "Começamos 2017 com possíveis altas moderadas no primeiro semestre do ano e um pouco menos na segunda metade". A oferta mundial de leite segue em queda. Bagnato destacou a queda de 3% em outubro para a captação de leite na União Europeia (UE). A isso, somam-se baixas em torno de 4% na Nova Zelândia e de cerca de 10% na Austrália e na Argentina com relação ao ano anterior. "Os analistas preveem que um aumento nos preços não mudará a oferta no primeiro semestre. Para esse período, se manteria uma inércia para seguir ajustando um pouco os preços dos lácteos, ainda que em menor porcentagem". Para o segundo semestre, a tendência seria mais estável ou com algum ajuste para baixo sobre os valores do primeiro semestre. O endividamento, somado a uma redução do rebanho, mantém um cenário de desaceleração da produção". Em 02/01/17 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03360. 28,6230 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Estado publica normativa sobre a Lei do Leite

Pesquisa busca dados sobre setor lácteo
A professora da PUCRS e pesquisadora responsável pelo Projeto para a Cadeia Produtiva do Leite do RS, Danielle Pozzo, realizou apresentação, durante a reunião do Conseleite na terça-feira (20/12), sobre pesquisa desenvolvida no âmbito da universidade sobre o setor leiteiro. O trabalho iniciou em 2012 e integra pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e União Europeia e visa ter mapeamento do setor e de seus diferentes elos. Atualmente, pontuou ela, o estudo está em fase de coleta de dados no Brasil junto com os produtores, para, em seguida, buscar informações entre as indústrias e o varejo.
O levantamento também será realizado na França e nos Estados Unidos de forma a desenvolver uma pesquisa espelho, comparando a realidade em diferentes países. O objetivo é apontar pontos importantes a serem aprimorados, principalmente em relação ao relacionamento entre os integrantes da cadeia e a segurança alimentar dos produtos. “Minha expectativa é gerar resultados que possam ser implementados e contribuam para dar mais competitividade à cadeia leiteira gaúcha”, explicou a pesquisadora.
Os dados fazem parte da tese de doutorado da pesquisadora que garante sigilo absoluto quanto às informações prestadas. Produtores que quiserem colaborar devem acessar o link e preencher o formulário on line (https://pucrs.qualtrics.com/SE/?SID=SV_3UiLHoRBWgn5wEd)
Foto: Carolina Jardine
Lei do Leite: Texto ainda aguarda normativa
A partir desta semana, toda a cadeia leiteira do Rio Grande do Sul começa a ser fiscalizada dentro das exigências da Lei do Leite. O decreto que regulamentou a lei, assinado em junho, deu aos segmentos do setor um prazo de 180 dias para adequação às novas disposições, o qual se encerrou ontem. No entanto, ainda é aguardada a publicação de uma Instrução Normativa que irá trazer detalhes referentes ao transporte e à captação do leite. O texto deveria ter sido publicado antes do prazo de adequação à lei terminar, mas, segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ernani Polo, a elaboração do documento atrasou e a publicação deve acontecer até dia 4 de janeiro. O atraso foi motivado, conforme Polo, pela necessidade de maior discussão de pontos da normativa na área técnica da secretaria. “Naqueles quesitos que não necessitam da normativa, os entes da cadeia já estão sujeitos a multa”, lembra o secretário.
O coordenador da Câmara Setorial Estadual do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes, explica que a IN deve detalhar o procedimento que as empresas necessitam adotar para o treinamento dos funcionários que vão captar e transportar o leite das propriedades para a indústria. “A normativa vai trazer um novo prazo de adequação das transportadoras para que realizem a qualificação de seu pessoal”, destaca. Ele ressalta, porém, que em questões como documentação e enquadramento nas normas sanitárias exigidas na lei e que não dependem da normativa, as multas- que variam de R$ 7.740 a R$ 309.600- já podem ser aplicadas.
Enquanto isso, os fiscais estaduais agropecuários, que estão em greve, avaliam a possibilidade de iniciar operação padrão em todas as atividades da categoria, incluindo a fiscalização do leite, segundo a presidente da Afagro/RS, Ângela Antunes. Uma reunião com outras categorias, marcada para hoje, deve colocar o tema em discussão. (Fonte: Correio do Povo- 27/12/16)
Focada na qualificação, Neila Richards assume presidência da AGL
Após 25 anos, a presidência da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) tem novo comando. A professora e pesquisadora Neila Richards tomou posse na presidência da Associação no dia 27 de novembro e exercerá a função no biênio que vai de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. Apesar de reconhecer as dificuldades em substituir Ernesto Krug, que desde a fundação esteve à frente da entidade, Neila destaca que a sua atuação terá como alvo a qualificação dos profissionais. “É um desafio muito grande. Isso porque o (Ernesto) Krug, além de ter fundado a AGL, está há 25 anos como presidente. Fico um pouco mais tranquila porque ele permanecerá na diretoria, como vice-presidente. Então, assumi, mas ele segue me dando todo o apoio”, confidencia.
Sobre a questão da qualificação, a nova presidente afirmou ser necessária a renovação e a aproximação com os técnicos laticinistas gaúchos. “Queremos retomar aquela que é a proposta inicial da AGL, que é a de atender as demandas dos técnicos laticinistas”, enaltece. Segundo ela, isso passa por treinamentos, cursos de reciclagem e qualificação aos profissionais que atuam tanto no campo como na indústria. “Precisamos saber o que esses profissionais, que estão espalhados pelo Rio Grande do Sul, estão pensando, qual é a demanda, suas angústias, o querem fazer de diferente e, principalmente, o que esperam da AGL”, afirma. Ao mesmo tempo, ela aponta como sendo fundamental saber o que as indústrias estão demandando, uma vez que que os investimentos em novos produtos tem sido constante.
Neila Richards assumiu na última gestão como diretora da área científica dentro da AGL. Segundo ela, esse foi um fator que colaborou para a sua indicação para o cargo de presidente. “Por estar na área de pesquisa dentro da UFSM e muitas vezes desenvolvendo produtos específicos para as indústrias acabo tendo uma aproximação maior com empresas e isto facilita o diálogo empresa/universidade”, comenta.
Foto: Carolina Jardine
Lactalis detalha projeto de expansão no RS
O diretor de Relações Institucionais Lactalis, Guilherme Portella, detalhou os projetos da multinacional francesa para o Rio Grande do Sul durante evento, na Sede Acadêmica da Unijuí, na tarde desta quinta-feira (22/12). Conforme recente anúncio, o grupo investirá mais de R$ 100 milhões. "Precisaremos captar 500 milhões de litros de leite, além do 1 bilhão que já captamos", afirmou a grupo composto por estudantes, professores, produtores e autoridades. Portella afirmou que o investimento em Ijuí será destinado para a ampliação de produção de composto lácteo, expansão da área de estocagem e criação de novas de linhas de produção de queijos. "A empresa está criando um programa para se aproximar do produtor rural e aumentar a estabilidade no fornecimento", afirmou Portella. Com isso, o objetivo é elevar em 32% a produção de queijo. "Nossa missão é que o produtor consiga produzir mais com um preço menor", salientou o dirigente.
Durante o evento, o vice-presidente da Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação no Noroeste do Estado (Fidene), Martinho Luís Kelm, reiterou a disponibilidade da Universidade em realizar parceria com a Lactalis para o desenvolvimento de pesquisas e projetos visando a melhoria da cadeia produtiva do leite na região.
23/12/2016
Porto Alegre, 23 de dezembro de 2016 . Ano 10- N° 2.417
O diretor de Relações Institucionais Lactalis, Guilherme Portella, detalhou os projetos da multinacional francesa para o Rio Grande do Sul durante evento, na Sede Acadêmica da Unijuí, na tarde desta quinta-feira (22/12). Conforme recente anúncio, o grupo investirá mais de R$ 100 milhões. "Precisaremos captar 500 milhões de litros de leite além do 1 bilhão que já captamos", afirmou a grupo composto por estudantes, professores, produtores e autoridades. Portella afirmou que o investimento em Ijuí será destinado para a ampliação de produção de composto lácteo, expansão da área de estocagem e criação de novas de linhas de produção de queijos. "A empresa está criando um programa para se aproximar do produtor rural e aumentar a estabilidade no fornecimento", afirmou Portella. Com isso, o objetivo é elevar em 32% a produção de queijo. "Nossa missão é que o produtor consiga produzir mais com um preço menor", salientou o dirigente.
Durante o evento, o vice-presidente da Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação no Noroeste do Estado (Fidene), Martinho Luís Kelm, reiterou a disponibilidade da Universidade em realizar parceria com a Lactalis para o desenvolvimento de pesquisas e projetos visando a melhoria da cadeia produtiva do leite na região. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
A partir de agora, os recursos da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) passarão também a contemplar os financiamentos de investimento, além do custeio rural. A normativa foi autorizada pelo CMN. As instituições financeiras que operam com o crédito rural devem obrigatoriamente direcionar 14% dos recursos que captarem via LCA para custeio rural a uma taxa de até 12,75% ao ano. Com a resolução, elas poderão direcionar os recursos também para financiamentos de investimento rural, com a mesma taxa. (Jornal do Comércio)
Setor mobilizado contra PL 214
P ode ficar para 2017 a apreciação d o P L 214/2015, que contingencia benefícios concedidos por meio de créditos fiscais presumidos de ICMS, que integra as medidas do ajuste fiscal encaminhado pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa. Apesar de ter entrado na pauta do dia ontem, o que provocou a mobilização do setor agropecuário, um acordo entre os deputados deslocou a matéria para o fim da pauta. As atividades econômicas que recebem os incentivos fiscais alegam que perderão competitividade em relação aos demais estados se o projeto for aprovado, estabelecendo redução de até 30% nos créditos fiscais presumidos. A Secretaria da Fazenda diz que estudará caso a caso ao fazer a revisão. Em 2015, as desonerações fiscais do ICMS por créditos presumidos alcançaram R$ 2,5 bilhões, segundo a Fazenda. Se o projeto for aprovado na AL, o governo estima o aumento de R$ 300 milhões na arrecadação ao ano, entre 2016 a 2018.
O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, defende que o Estado faça os ajustes necessários levando em conta as características de cada setor. "A suinocultura entende que não tem possibilidade nenhuma de sofrer cortes de créditos presumidos porque já está fragilizada na questão da isonomia perante os outros estados, especialmente o Paraná, que vem registrando crescimento na produção em cima dos incentivos concedidos pelo governo", diz. O diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, também alega que a redução dos incentivos fiscais impacta na competitividade. "Há cinco anos, 50% da carne avícola vinha de outros estados para abastecer o nosso.
Depois, conquistamos um equilíbrio, mantendo certa isonomia, e tivemos condições até de atender o mercado externo. Os créditos presumidos não são benefícios, são mecanismos para competirmos e para gerarmos empregos", defende. O mesmo entendimento tem o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat), Darlan Palharini. Para ele, a indústria de queijo é um exemplo de quem utilizou bem a desoneração. "Há dois anos, quando não havia esse incentivo, era normal as gôndolas dos mercados estarem cheias de queijos de Santa Catarina e Paraná. Hoje em dia, temos queijos nossos preenchendo as gôndolas", cita. Palharini acrescenta que, ao conceder benefício fiscal, o Estado preserva empregos no campo. "O custo social é muito alto. É muito mais barato o governo dar incentivo fiscal do que ter que arcar com desempregos e com o êxodo rural", enfatiza. O presidente da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil), Wladimir Dall'Bosco, lembrou que, nas últimas três semanas, diversos setores se reuniram com secretários estaduais. Ele acredita que o Estado levará em conta o impacto econômico. (Correio do Povo)
Leite longa vida parou de cair no mercado atacadista
O preço médio do leite longa vida ficou estável no atacado na primeira quinzena de dezembro, em relação a quinzena anterior. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, o litro ficou cotado, em média, em R$2,37. Com estoques menores, o varejo aumentou as compras e esta maior movimentação deu sustentação aos preços do produto que vinham em queda desde julho deste ano. Alguns fatores nos mostram que o mercado do leite deverá seguir mais firme nos próximos meses: no mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as empresas, os preços foram de estáveis a ligeira alta na primeira metade dezembro.
Nova Zelândia prevê crescimento dos lácteos em 2018
O último relatório do Ministério da Indústria de Base (MPI) da Nova Zelândia sobre o panorama para os próximos anos (SOPI) diz que a receita com exportações de lácteos deve crescer em 2018. As perspectivas para todo o setor primário são estáveis durante esse ano, mas, a indústria de laticínios começa a se recuperar. O diretor de política setorial do MPI, Jarred Mair, diz no relatório que as receitas com exportações do setor primário da Nova Zelândia deverão aumentar em uma média de 5,4% ao ano, atingindo NZ$ 47,9 bilhões (US$ 47,5 bilhões) até o final do ano fiscal encerrado em junho/2021.
Previsão de grande crescimento dos lácteos
A receita de exportação de lácteos deverá aumentar 3% em 2017, após um declínio em 2016, mas espera-se um aumento de 24% em 2018, chegando a NZ$ 17 bilhões (US$ 12,3 bilhões). A produção de leite deverá retornar aos níveis anteriores após dois anos de queda. A previsão é de que os recentes aumentos nos preços internacionais dos produtos lácteos sejam sustentáveis até 2018, aumentando o preço do leite ao produtor da queda de NZ$ 4,24/kgMS (quilos de sólidos do leite), em 2016, para NZ$ 7,94/kgMS em 2021, embora fique distante do recorde de NZ$ 8,40/kgMS atingido em 2014.
Fatores por trás do declínio
Receitas com exportações do setor lácteo, 2013-2021 |
|||||||||
Ano |
Atual |
Previsão |
|||||||
2013 |
2014 |
2015 |
2016 |
2017 |
2018 |
2019 |
2020 |
2021 |
|
NZ$ milhões |
13.139 |
17.791 |
14.050 |
13.289 |
13.690 |
17.030 |
18.300 |
19.450 |
20.650 |
Valores até 30 de junho de cada ano |
|||||||||
Leite em pó integral |
5.104 |
8.393 |
5.385 |
4.609 |
4.820 |
6.490 |
7.010 |
7.450 |
7.920 |
Manteiga, AMF e cremes |
1.910 |
2.699 |
2.219 |
2.378 |
2.810 |
3.520 |
3.770 |
4.010 |
4.250 |
Leite desnatado & Manteiga em pó |
1.832 |
2.285 |
1.762 |
1.347 |
1.510 |
1.930 |
2.080 |
2.210 |
2.340 |
Caseína & proteínas |
1.674 |
1.925 |
2.129 |
1.834 |
1.570 |
1.800 |
1.930 |
2.050 |
2.180 |
Cheese |
1.441 |
1.482 |
1.557 |
1.720 |
1.640 |
1.790 |
1.920 |
2.040 |
2.160 |
Fórmulas infantis |
555 |
401 |
415 |
685 |
680 |
740 |
800 |
850 |
900 |
Outros produtos lácteos |
623 |
607 |
582 |
716 |
660 |
750 |
800 |
850 |
900 |
Total |
13.139 |
17.791 |
14.050 |
13.289 |
13.690 |
17.030 |
18.300 |
19.450 |
20.650 |
Variação % |
-1,8 |
35,4 |
-21 |
-5,4 |
3 |
24,4 |
7,5 |
6,3 |
6,2 |
© Ministry for Primary Industries Situation and Outlook for Primary Industries - Dezembro de 2016 |
Demanda chinesa crescente
A demanda da China continua crescendo, diz o relatório. Um volume recorde de produtos lácteos foi importado durante o ano móvel que terminou em setembro de 2016, apesar da queda das importações de leite em pó. A China está importando volumes maiores de manteiga, queijo e leite líquido da Europa, bem como mais leite líquido da Nova Zelândia. A tendência de forte demanda global por manteiga deve continuar devido a opção dos consumidores ocidentais pelo natural ao invés de gorduras processadas.
Melhores notícias para os produtores
O Dairy NZ estima que o preço médio de equilíbrio para os produtores de leite da Nova Zelândia é de NZ$5,05/kgMS (US$3,64). Os autores do relatório dizem esperar que a maioria dos produtores esteja tendo lucro na temporada 2016/17 depois da última revisão de pagamentos. (edairynews)
Ao ampliar a fábrica de leite em pó em Cruz Alta, com investimento de R$ 120 milhões, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) pretende dobrar a capacidade de processamento em três anos - de 1 milhão de litros diários para 2,2 milhões de litros. Desde junho, quando inaugurou a nova estrutura, a cooperativa aumentou em 23% a captação de leite - por meio de novos produtores e também pelo incremento da produtividade nas fazendas. Em seis meses, foram criadas 150 novas vagas de trabalho. O incremento de produção resultou em 20% de aumento no faturamento de 2016, na comparação com o ano passado. (Zero Hora)