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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.583


Pressão sobre os derivados de leite

Na produção de leite, atividade presente em 451 das 497 cidades gaúchas, a elevação de custos e a redução da oferta devem encarecer os laticínios. Levantamento da Emater contabiliza que 1,6 milhão de litros deixam de ser captados, por dia, no Estado, em razão da estiagem. 
 
Significa R$ 200 milhões em dinheiro que deixarão de circular pelos municípios do Estado, estima o secretário-executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini. O cenário, afirma, ganha complexidade nas propriedades menores - aquelas com captação diária de 300 litros a mil litros de leite. Esse tipo de área responde por quase 60% da produção. Nas maiores, acima de 2 mil litros, a reserva de alimentação, armazenada para o inverno, tem sido usada, agora, para compensar perdas, o que amplia as incertezas. 
 
Com a quebra na safra de milho, estimativas apontam que a saca (60 quilos) do grão, comercializada, hoje, acima de R$ 95, supere com folga os R$ 100. Isso demandaria, segundo Palharini, medidas emergenciais. Entre os exemplos, o dirigente cita a necessidade de disponibilizar acesso ao "milho balcão" aos produtores. Essa modalidade, com preços fixados pelo governo federal, ajudaria a garantir a silagem (ração) para o gado leiteiro, bem como a continuidade da cadeia produtiva. 
 
Outra situação diz respeito à entressafra no Sul. No período, derivados de Minas Gerais e Goiás costumam ganhar escala no mercado. O problema é que por lá, em razão de condições opostas às daqui, o excesso de chuva prejudica o setor, diminui a oferta e pressiona ainda mais a alta nos preços. (Zero Hora)
 
 

Antibióticos: Resistência antimicrobiana agora é a principal causa de morte em todo o mundo, segundo estudo
 
Análise do Lancet destaca a necessidade de ação urgente para lidar com infecções bacterianas resistentes a antibióticos
 
A resistência antimicrobiana representa uma ameaça significativa para a humanidade, alertaram os líderes da saúde, pois um estudo revela que se tornou uma das principais causas de morte em todo o mundo e está matando cerca de 3.500 pessoas todos os dias.
 
Mais de 1,2 milhão – e potencialmente milhões mais – morreram em 2019 como resultado direto de infecções bacterianas resistentes a antibióticos, de acordo com a estimativa mais abrangente até o momento do impacto global da resistência antimicrobiana (RAM).
 
A análise rigorosa que abrange mais de 200 países e territórios foi publicada no Lancet. Diz que a RAM está matando mais pessoas do que HIV/Aids ou malária. Muitas centenas de milhares de mortes estão ocorrendo devido a infecções comuns anteriormente tratáveis, diz o estudo, porque as bactérias que as causam se tornaram resistentes ao tratamento.
 
“Esses novos dados revelam a verdadeira escala da resistência antimicrobiana em todo o mundo e são um sinal claro de que devemos agir agora para combater a ameaça”, disse o coautor do relatório, professor Chris Murray, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade. de Washington.
 
“Precisamos aproveitar esses dados para corrigir o curso da ação e impulsionar a inovação se quisermos ficar à frente na corrida contra a resistência antimicrobiana”.
 
Estimativas anteriores do impacto da RAM na saúde foram publicadas para vários países e regiões, e para um pequeno número de combinações de agentes patogênicos em uma ampla variedade de locais. No entanto, até agora nenhuma estimativa cobriu todos os locais ou uma ampla gama de patógenos e combinações de drogas.
 
O novo relatório Global Research on Antimicrobial Resistance (Gram) estima mortes relacionadas a 23 patógenos e 88 combinações patógeno-droga em 204 países e territórios em 2019. A modelagem estatística foi usada para produzir estimativas do impacto da RAM em todos os locais - incluindo aqueles com sem dados – usando mais de 470 milhões de registros individuais obtidos de revisões sistemáticas da literatura, sistemas hospitalares, sistemas de vigilância e outras fontes de dados.
 
A análise mostra que a RAM foi diretamente responsável por cerca de 1,27 milhão de mortes em todo o mundo e associada a cerca de 4,95 milhões de mortes em 2019. Estima-se que o HIV/Aids e a malária tenham causado 860.000 e 640.000 mortes, respectivamente, em 2019.
 
Embora a RAM represente uma ameaça para pessoas de todas as idades, as crianças pequenas correm um risco particularmente alto, com uma em cada cinco mortes atribuíveis à RAM ocorrendo em crianças menores de cinco anos.
 
O relatório destaca a necessidade urgente de ampliar as ações para combater a RAM e descreve ações imediatas para os formuladores de políticas que ajudariam a salvar vidas e proteger os sistemas de saúde. Isso inclui otimizar o uso de antibióticos existentes, tomar mais medidas para monitorar e controlar infecções e fornecer mais financiamento para desenvolver novos antibióticos e tratamentos.
 
A enviada especial do Reino Unido para a resistência antimicrobiana, Dame Sally Davies, disse que a RAM é “um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta”. Ela acrescentou: “Por trás desses novos números estão famílias e comunidades que estão sofrendo tragicamente o peso da silenciosa pandemia de RAM. Devemos usar esses dados como um sinal de alerta para estimular a ação em todos os níveis”.
 
Regionalmente, as mortes causadas diretamente por RAM foram estimadas como mais altas na África Subsaariana e no sul da Ásia, com 24 mortes por 100.000 habitantes e 22 mortes por 100.000 habitantes, respectivamente.
 
Em países de alta renda, a RAM levou diretamente a 13 mortes por 100.000 e foi associada a 56 mortes por 100.000. Na região da Europa Ocidental, que inclui o Reino Unido, mais de 51.000 pessoas morreram como resultado direto da RAM.
 
Outros especialistas disseram que o Covid-19 demonstrou a importância dos compromissos globais com medidas de infecção e controle, como lavagem das mãos e vigilância, e investimentos rápidos em tratamentos.
 
Tim Jinks, chefe do programa de infecções resistentes a medicamentos do Wellcome Trust, disse: “A pandemia de Covid-19 destacou a importância da colaboração global: líderes políticos, a comunidade de saúde, o setor privado e o público trabalhando juntos para enfrentar um problema ameaça global à saúde.
 
“Como o Covid-19, sabemos o que precisa ser feito para lidar com a RAM, mas agora devemos nos unir com um senso de urgência e solidariedade global se quisermos ter sucesso”. (THE GUARDIAN)
 




Iogurtes: conheça os benefícios e veja como escolhê-los
 
Produtos lácteos, como leites, queijos e iogurtes, são alimentos essenciais para o bom funcionamento do organismo, além de ajudarem a fortalecer nosso sistema imune. Os iogurtes, em especial, devem ultrapassar os US$ 100 bilhões de valor global, conforme indica o Innova Market Insights – um número inédito.
 
Esse produto versátil é oriundo da fermentação do leite, adicionado a fermentos lácteos que por meio desse processo se transformam em iogurte, uma rica fonte de proteínas de elevado valor biológico com todos os aminoácidos essenciais que o nosso corpo precisa, além de minerais como cálcio, fósforo, magnésio e potássio, e vitaminas como as do complexo B.
 
O cálcio, por exemplo, é fundamental para a mineralização e formação óssea, sendo de extrema importância durante a gravidez, lactação, infância e menopausa. O fósforo e magnésio são também importantes para a formação óssea e reparação de tecidos; potássio participa na contração muscular e regulação da pressão sanguínea.
 
Com tantas opções no mercado, escolher um iogurte requer os mesmos cuidados que os demais alimentos: evitar aqueles que tenham edulcorantes ou corantes artificiais, aditivos químicos, excesso de açúcar e amido, preferindo os que contenham ingredientes naturais, feitos de uma matéria-prima de qualidade.
 
Os iogurtes naturais, que não são artificialmente adoçados (ou seja, com aquele gostinho azedo), podem ser consumidos com frutas in natura, misturados com mel, geleias naturais, açúcar de maçã, pastas de mix de castanhas, chocolate extra amargo derretido, entre tantas outras opções.
 
Uma alternativa saudável são os iogurtes com o whey protein na composição, em especial para praticantes de atividades físicas, uma vez que esse suplemento à base da proteína do soro do leite tem todos os aminoácidos essenciais que o nosso corpo precisa na regeneração e recuperação muscular, bem como na construção de tecidos. Além disso, o whey protein tem potencial antioxidante, protege nossas células, atua na imunidade e ainda estimula a redução do peso corporal, sendo então uma ótima opção de suplemento não apenas para atletas ou para momentos de práticas esportivas.
 
Outra questão envolvendo iogurtes é a lactose. De acordo com o Instituto Datafolha, cerca de 70% da população tem algum grau de intolerância ao açúcar do leite, abrindo espaço para um nicho de mercado: bebidas lácteas sem lactose (que contém a enzima lactase adicionada ao produto).
 
Por fim, aqui estão 5 dicas para escolher o iogurte que mais se adequa às suas necessidades:
 
Leia atentamente o rótulo. É uma forma de conhecer o produto que vai consumir, verificando a composição nutricional, a lista de ingredientes e a presença de possíveis alergênicos.
 
 Quando for ao supermercado, deixe para pegar os iogurtes só no final. Como eles são produtos refrigerados, quanto menor o tempo que ficam expostos a temperaturas superiores, melhor.
 
Armazene os iogurtes sempre na geladeira, colocando na frente os que têm um prazo de validade menor.
 
O líquido transparente que muitas vezes aparece na superfície dos iogurtes ou coalhadas é o soro de leite que se separou dos demais componentes do iogurte. A presença desse líquido não indica que o iogurte está estragado. Inclusive, o soro do leite é a matéria-prima do whey protein e é riquíssimo em aminoácidos essenciais.
 
Você pode incluir o iogurte em diversas refeições ao longo do dia, como café da manhã, lanches ou ceia, consumindo com frutas, granolas, cereais, shakes, smoothies, sorvetes, ou em refeições mais robustas, em forma de molho.
Os iogurtes são alimentos bastante benéficos e que se adequam a diversos momentos. São práticos, saborosos e você ainda pode personalizar e consumir da forma que mais agrada sem perder os valores nutricionais.
 
Autora: Liz Galvão - Nutricionista - As informações são da NB Press Comunicação, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

Jogo Rápido 

Santa Catarina estima perdas de mais de 40% na safra de milho
A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Cepa) estima que as chuvas irregulares e mal distribuídas em dezembro e janeiro podem provocar perdas de 43% na safra de milho e de 30% na produção de soja do Estado. Como a seca e as altas temperaturas persistem, os produtores catarinenses ainda podem sofrer mais prejuízos. De acordo com a Epagri/Cepa, a estiagem começou quando as lavouras de milho estavam em fase de floração, período sensível à falta de umidade no solo. O Estado previa colher 2,79 milhões de toneladas do cereal na primeira safra nos cerca de 330 mil hectares de cultivo, mas, agora, a estimativa é de produção de 1,59 milhão de toneladas, uma quebra de 43% em relação à projeção inicial. No início da colheita, a produtividade média está entre 120 e 130 sacas por hectare nas áreas cultivadas mais cedo. A maior parte das lavouras foi plantada mais tarde e sofreu mais, segundo Haroldo Tavares Elias, engenheiro agrônomo da Epagri/Cepa. "A redução da produtividade varia muito, sendo estimada entre 20% a 80% entre as diferentes microrregiões geográficas e também dentro delas. Em várias regiões, o efeito da estiagem gera perdas na produção de mais de 40%", explica. As regiões Oeste, Extremo-oeste e Planalto Norte são as mais afetadas pela falta de chuvas. Para a soja, a estimativa inicial era de produção de 2,63 milhões de toneladas em 698 mil hectares. Com cerca de 30% de perdas, a colheita deve ficar agora em 1,7 milhão de toneladas. Segundo a Epagri/Cepa, os prejuízos são bastante diferentes entre as regiões em função do calendário de plantio. A soja de ciclo precoce, em que as cultivares têm menos tempo de recuperação, foi a mais afetada. As altas temperaturas potencializaram os danos, provocando queima das folhas e encurtamento do ciclo da planta. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

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Porto Alegre, 20 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.581


Margens apertadas e pouco leite no campo

O título desse artigo ilustra um pouco das dificuldades enfrentadas pela cadeia produtiva do leite no Brasil ao longo de 2021.

Foi um ano de margens apertadas, de difícil repasse de preços entre indústria e varejo e, ao mesmo tempo, com pouco leite no campo devido a um aperto nas margens do produtor.

Essa dificuldade toda foi oriunda de um consumo mais fraco, em que uma parcela dos consumidores das classes mais baixas, que ajudaram na demanda no ano passado, não tiveram fôlego e nem bolso para sustentar seu próprio consumo.

E isso ocorreu por vários motivos, principalmente econômicos, como alto desemprego, o menor aporte de recursos em programas de assistência à renda e a alta da inflação. No caso específico da inflação, que já não incomodava por vários anos, atingimos índices anualizados no patamar de 10%, o que prejudica o poder de compra das famílias. Além disso, a política monetária para seu controle envolve aumento de juros, o que encarece o crédito, o investimento e acaba afetando a retomada da economia.

O aperto de margem que recaiu sobre o produtor de leite veio inicialmente com uma elevação de preços dos concentrados a base de milho e farelo de soja. Em seguida a alta dos fertilizantes também encareceu o alimento volumoso. Por outro lado, o baixo consumo acabou induzindo um recuo nos preços do leite ao produtor de agosto de 2021 em diante.

Esse conjunto de fatores afetou a oferta de leite, com recuo de 4,9% no terceiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo trimestre do ano passado; no ano, a queda acumulada é de 1,2%.

O cenário mais difícil de rentabilidade tem levado produtores a repensar a atividade, com alguns projetos em aceleração e outros em situação de vulnerabilidade. O fato é que existem dois movimentos em curso no campo, sendo um de elevados investimentos em tecnologia e escala e outro de produtores deixando a atividade.

No mercado de derivados lácteos, o leite UHT tem enfrentado dificuldades para trabalhar diferenciação, agregação de valor e, consequentemente, margens. Especialmente após a recessão brasileira, em 2015 e 2016, as margens pioraram e a absorção de preços pelo consumidor tem sido mais difícil.

Historicamente, o spread  da indústria sobre o produtor, representado pela diferença de preços entre eles, ficou em R$1,88/litro, deflacionado pelo IGP-DI (Gráfico 1). Em 2021, esse spread recuou para R$1,24, o que colocou as margens industriais em situação complicada, dado que desse valor ainda é necessário deduzir os custos industriais, logística, embalagens, além dos custos fixos. O leite UHT está em um mercado onde a agregação de valor e a diferenciação precisam ser pensadas constantemente.

Existe uma parcela da população disposta a pagar mais por esse leite, mas esse consumidor tem de perceber o diferencial do produto, seja em rastreabilidade, pagada de carbono, saudabilidade, ou outras características físicas ou mesmo de percepção do consumidor.




No caso do queijo muçarela, a situação também foi difícil. Apesar do retorno gradativo do foodservice, a indústria de muçarela não conseguiu repassar os aumentos de custo que tiveram e o spread médio sobre o produtor também recuou em 2021. Em média, esse spread está em torno de R$8,61/kg, mas em 2021 caiu para R$6,03/kg (Gráfico 2).

No ano passado, o spread industrial foi um pouco acima da média histórica, mostrando que os repasses de preços aconteceram e o consumidor absorveu. Inclusive, as vendas de queijos pelos supermercados registraram bom volume e classes mais baixas de renda tiveram forte presença no consumo. Este ano, uma parcela dessa população não conseguiu manter suas compras.



Finalmente, no caso do leite em pó, a situação foi ainda mais adversa, por ser um produto que historicamente consegue manter uma margem sobre a matéria prima em torno de R$7,60/kg. Mas em 2021, esse valor recuou para R$4,35/kg (Gráfico 3), mesmo com uma menor concorrência com o produto importado.

Isso ilustra bem como algumas regiões de maior consumo de leite em pó como a Norte e a Nordeste sentiram o impacto negativo da pandemia sobre a economia e a renda das famílias.



Portanto, foi um ano com margens apertadas em determinados produtos. Obviamente que nem todos os derivados lácteos e laticínios sentem da mesma forma. O mix de vendas faz diferença na rentabilidade da empresa e as margens dos produtos também são variáveis. O direcionamento para nichos específicos e diferenciais de agregação de valor ao produto ajudam muito a atenuar as baixas margens na negociação de commodities.

Por outro lado, em grandes plantas industriais essas commodities são fundamentais para diluir os custos fixos, mas ganhos de eficiência e produtividade precisam ser incorporados quase que constantemente na rotina das empresas.

Uma lição importante deste cenário é de que a sustentação da cadeia do leite depende do consumidor, de seus gastos. É preciso entender suas preferências, suas demandas e o seu orçamento. Mas também é possível influenciar suas decisões. (Autor Glauco Rodrigues Carvalho - Pesquisador - Embrapa Gado de Leite)

Conseleite/MG: Queda de 0,77% no preço do leite a ser pago em fevereiro

Conseleite/MG - A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 19 de Janeiro de 2022, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga: 



a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2021 a ser pago em Dezembro/2021. 

b) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2021 a ser pago em Janeiro/2022. 

c) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2021 a ser pago em Janeiro/2022 e valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2022 a ser pago em Fevereiro/2022. Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA: O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite padrão, maior e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 





2020 TERMINOU COM A MAIOR PRODUÇÃO MUNDIAL DE LEITE DA HISTÓRIA

Pela primeira vez na história, a produção mundial ultrapassou 900 milhões de toneladas de leite por ano, um crescimento de 3% em relação ao ano anterior.

O ano de 2020 fechou como um bom ano para a indústria láctea mundial e, apesar das complicações geradas pela pandemia, a produção estabeleceu um recorde histórico de mais de 900 milhões de toneladas, um aumento de cerca de 3% ao ano.

O volume atingiu 910 milhões de toneladas e, segundo o Observatório da Cadena Láctea Argentina (OCLA), “o crescimento se deve principalmente à tendência dinâmica da produção de leite de vaca e búfala na Índia”.

Enquanto o leite de vaca representa mais de 80% da produção mundial total de leite (735 milhões de toneladas em 2020), a taxa de crescimento do leite de búfala é duas vezes maior.

As entregas globais de leite de vaca aumentaram significativamente em 2020, com um aumento médio de 2,5%, depois de um ritmo um pouco mais lento em 2019. A OCLA destaca ainda que todos os países, com exceção da Ucrânia e dos países da África Subsaariana, mostraram um aumento nas entregas de leite.



Como pode ser visto no gráfico abaixo, um dos principais problemas enfrentados pela atividade leiteira no mundo todo é que enquanto a produção está aumentando, e em alguns casos o rebanho, o número de produtores (produtores leiteiros) trabalhando está diminuindo ano a ano.



Finalmente, vale mencionar que durante 2020 nosso país ficou em décimo primeiro lugar no ranking dos principais produtores mundiais de leite, aumentando sua produção em 7,5% em relação a 2019. (Edairy)


Jogo Rápido 

Próximos dias serão de calor intenso em todo o Rio Grande do Sul
Nos próximos sete dias, o calor seguirá intenso no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 03/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Até sábado (22), a presença do ar quente manterá as temperaturas próximas de 40°C na maioria das regiões, condição que favorecerá a ocorrência de pancadas de chuva e trovoadas isoladas, associadas com o forte calor. No domingo (23), a aproximação de uma área de baixa pressão manterá maior variação de nuvens, o que deverá provocar pancadas de chuva e trovoadas, típicas de verão, na maioria das regiões. Na segunda-feira (24), o tempo firme e muito quente seguirá predominando e somente na Zona Sul e na faixa Leste deverão ocorrer pancadas de chuva de verão. Na terça (25) e quarta-feira (26), a atuação de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em grande parte do Estado, com possibilidade de temporais isolados. Os totais previstos deverão oscilar entre 15 e 35 na maioria das áreas. Nos setores Norte e Nordeste, os volumes oscilarão entre 35 e 50 mm, podendo superar 60 mm em alguns municípios. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos clicando aqui. (SEAPDR)

 

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Porto Alegre, 20 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.581


Balança comercial de lácteos foi a melhor em seis anos, diz consultoria

A balança comercial brasileira de lácteos registrou déficit de US$378,84 milhões em 2021, o melhor resultado registrado desde 2015

A balança comercial brasileira de lácteos registrou déficit de US$378,84 milhões em 2021, segundo dados da Secex.

De acordo com a Scot Consultoria, apesar do saldo negativo, foi o melhor resultado registrado desde 2015. O número está 22,9% melhor que em 2020 e 8,9% melhor frente a 2019.

Segundo a analista de mercado Sophia Honigmann, a melhoria se deu em decorrência da diminuição da importação e do aumento da exportação.

Importação de lácteos
No acumulado do ano, a importação caiu 21,7% em volume e 16% em gastos em relação a 2020. Foi o menor volume registrado nos últimos sete anos (137,7 mil toneladas).

No primeiro semestre, o volume importado aumentou 36,4% comparado ao mesmo período do ano anterior. Já no segundo semestre o volume foi 48,6% menor.

De acordo com Honigmann, a captação brasileira de leite no acumulado do ano, de acordo com o Índice de Captação da Scot Consultoria, foi 1,1% menor que a registrada em 2020.

Em um texto assinado pela consultora, ela explica que o volume adquirido de leite cru de janeiro a setembro (últimos dados disponíveis) diminuiu 1,4% na comparação com 2020.

“Tal fator indica que houve menor disponibilidade de matéria-prima no mercado, no entanto, a economia brasileira fragilizada e a consequente demanda fraca, somadas ao dólar em altos patamares, impediram que as importações aumentassem”, escreve.

Países e produtos
Os maiores fornecedores em volume foram a Argentina e o Uruguai, respondendo por 55,4% e 33,9% do volume importado. Ou seja, 89,3% do total veio dos nossos vizinhos.

O principal produto importado foi o leite em pó (75,7 mil toneladas), seguido dos queijos (31,9 mil toneladas) e do soro de leite (20,2 mil toneladas).

Considerando o leite em pó, o preço médio do produto importado em 2021 foi de US$3.252,00 por tonelada, alta de 9,7% na comparação com a média de 2020, cuja cotação fora de US$2.963,00/tonelada.

“Para uma comparação, o quilo no mercado doméstico em 2021 ficou cotado, em média, em R$23,57, ou US$4.372,69 por tonelada, considerando o câmbio médio no ano passado em R$5,39 por dólar. O produto importado custou 25,6% menos que o nacional”, complementa.

Exportação
A exportação de produtos lácteos em 2021 subiu em volume e faturamento, 18,5% e 1,3%, respectivamente, na comparação com 2020.

O país embarcou 38,8 mil toneladas, o melhor volume embarcado desde 2016, em grande parte devido à demanda interna frouxa e ao câmbio elevado.

O principal produto exportado foi o leite em pó, perfazendo 40,5% do total de lácteos embarcados. Em 2021, a Venezuela foi a principal compradora dos produtos lácteos brasileiros.

Expectativas para 2022
Para o primeiro semestre, os preços futuros do leite em pó no mercado internacional estão entre US$3.846,00 e US$3.941,00/tonelada, segundo a plataforma Global Dairy Trade.

Se os preços futuros se consolidarem, estes ficarão, em média, 0,4% menores que em igual período de 2021.

Com relação ao câmbio, o dólar é um fator de desincentivo às importações. No último Boletim Focus do Banco Central, de 7 de janeiro, a estimativa é de que a cotação média do dólar seja de R$5,60 para 2022.

A produção nacional deverá crescer moderadamente em 2022. As expectativas de custos menores com a alimentação concentrada podem dar fôlego ao mercado, mas as expectativas com relação ao escoamento dos lácteos não são positivas, já que a economia brasileira ainda deve sofrer com os impactos da pandemia de covid-19 e inflação ao longo do ano. Com isso, a projeção é de que a balança comercial de lácteos brasileira seja negativa. (Canal Rural)

Auxílio Brasil deve injetar, no mínimo, R$ 84 bilhões na economia

Auxílio Brasil - Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado hoje (19), analisa que o programa Auxílio Brasil deverá injetar na economia, ao longo deste ano, pelo menos R$ 84 bilhões, dos quais 70,43%, ou o equivalente a R$ 59,16 bilhões, deverão se transformar em consumo imediato, enquanto 25,74% (R$ 21,62 bilhões) se destinarão para quitação ou abatimento de dívidas e 3,83%, ou R$ 3,21 bilhões, serão poupados para consumo futuro.

O programa Auxílio Brasil substituiu o Bolsa Família, extinto no ano passado, e teve suas primeiras parcelas mensais pagas aos beneficiários em 2022 a partir de ontem (18).

Em entrevista à Agência Brasil, o economista da CNC, Fabio Bentes, explicou que o valor de R$ 84 bilhões foi apurado tomando por base o benefício mínimo de R$ 400. “Como a gente não sabe quanto cada brasileiro vai receber, porque depende de outras variáveis, a gente fez a conta por baixo. Como o benefício mínimo é de R$ 400 pago a 17,5 milhões de famílias, durante 12 meses, isso perfaz R$ 84 bilhões”. Esse será o valor que o programa vai disponibilizar, no mínimo, em 2022. Entretanto, como o benefício é variável, a estimativa pode ser ainda mais otimista: R$ 89,9 bilhões.

A estimativa da CNC é que 70% desse montante se destinará ao consumo imediato, mas não ao consumismo, até porque os elegíveis do antigo Bolsa Família estão na pobreza extrema ou na pobreza, afirmou Bentes. “Há necessidades de curtíssimo prazo, por conta da pandemia e da letargia da economia, e as famílias vão ter que fazer frente a esses gastos com alimentação, com medicamentos, serviços do dia a dia, transportes”, indicou.

Do total de R$ 59 bilhões que deverão ir para o consumo imediato, a CNC estimou que pela estrutura de gastos do brasileiro, cerca de 47% são consumo no comércio e no setor de serviços. “A gente estima que R$ 28 bilhões devem chegar ao comércio”. Isso significa um impulso de 1% a 1,5% no faturamento anual do varejo nacional.

Bentes advertiu, entretanto, que isso não vai salvar as vendas do comércio em 2022. “Mas pode ajudar o comércio a ter um ano menos amargo no momento em que a expectativa para a economia, este ano, tem sido corrigida para baixo. A expectativa é que a economia cresça 0,3% este ano. Então, ajuda no sentido de disponibilizar um pouco mais de recursos para consumo, o que acaba aliviando um pouco mais o ano difícil que o comércio vai ter pela frente”.

Endividamento
Diante do grau de endividamento da população, o percentual de recursos destinado ao pagamento de dívidas tende a ser relativamente alto dessa vez. Segundo dados do Banco Central (BC), 30,3% da renda média dos brasileiros estavam comprometidos com dívidas no terceiro trimestre do ano passado, maior patamar da série histórica iniciada em 2005. “Mas a gente sabe que, por conta da inflação, dos juros mais altos, o comprometimento da renda seguramente deve aumentar um pouco, pelo menos nessa primeira metade de 2022”. (Agência Brasil)






Taxa do Fundesa será de 0,00145 por litro em 2022

O recolhimento para o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) pela cadeia produtiva da bovinocultura de leite neste ano foi definido em R$ 0,00145 por litro industrializado. Assim, o valor a ser pago será de R$ 0,00072 para produtores e 0,00072 para a indústria no Rio Grande do Sul. A nova taxa passou a valer em 1º de janeiro de 2022.

Toda a arrecadação do Fundesa é destinada a indenizar os proprietários de animais com zoonoses como tuberculose e brucelose, bem como promover ações de prevenção contra doenças infectocontagiosas, sob controle e erradicação, reconhecidas nos programas de sanidade animal.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, destaca a importância do Fundesa: “Sempre lembramos aos associados e produtores que apenas os contribuintes terão direito às indenizações pelo Fundo, que é de extrema relevância para o crescimento do setor lácteo”, afirma.

A taxa de contribuição com o Fundesa é calculada anualmente, considerando a Unidade Padrão Fiscal (UPF), que corrige as taxas e tributos cobrados pelo Estado. O valor da UPF-RS, relativo ao exercício de 2022 foi reajustado em 10,42%, ficando R$ 23,3635 pela Instrução Normativa RE Nº 107, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 24 de dezembro. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Jogo Rápido 

Dia Mundial do Queijo - Por que eles são os queridinhos dos produtos lácteos?
 Dia Mundial do Queijo – O queijo é o queridinho dos produtos lácteos, e você sabe por quê? Ele combina saúde e nutrição com conforto e praticidade, além de ser delicioso!  Os queijos trazem consigo a tradição, a cultura e as raízes da região onde foram criados. Além de deliciosos são fontes de proteínas, vitaminas e cálcio. É um alimento aconchegante e combina com tudo: doces, salgados, quente, frio. - São versáteis, você pode comê-lo a qualquer hora e em qualquer lugar. Os queijos são produtos lácteos feitos à base de leite e são produzidos em uma variedade de formas, texturas e sabores.  O queijo é uma excelente fonte de proteína. Uma fatia grossa de queijo mussarela (30g) pode conter cerca de 6,7g de proteína e que já representam 30% das necessidades diárias recomendadas para uma dieta equilibrada de 2.000 calorias. Os queijos estão entre as mais ricas fontes alimentares de cálcio, mineral que desempenha um papel essencial na saúde óssea, no desenvolvimento dos dentes, na prevenção de cáries e na prevenção da osteoporose. Neste dia do queijo se delicie com uma fatia de queijo de sua preferência e torne seu dia mais nutritivo e saboroso!  (Fonte: ABIQ)

 

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Porto Alegre, 19 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.580


Petróleo atinge maior cotação desde 2014 por receio com oferta
 
O barril do Brent, referência internacional nas negociações, chegou a ser cotado a US$ 87,63; cenário ameaça alimentar novas altas na inflação mundial
 


Os preços do petróleo atingiram seu maior patamar em sete anos nesta terça-feira, impulsionado pelas apostas de que a demanda poderia superar a oferta ainda em 2022, um cenário que também ameaça alimentar novas altas na inflação mundial.
 
O barril do tipo Brent, referência internacional nas negociações da commodity energética, subiu 1,3%, para US$ 87,63 [nas negociações do meio do dia], maior patamar desde outubro de 2014, quando a cotação chegou superou os US$ 115.
 
Tanto o Brent quanto o West Texas Intermediate (WTI), referencial para o mercado americano do petróleo, acumulam valorização em torno a 13% desde o início do ano. A cotação do WTI chegou a US$ 85,74. [No fim do dia, Brent e WTI fecharam cotados a US$ 86,74 e US$ 84,83 o barril, respectivamente, nas bolsas de Londres e Nova York]
 
Alguns analistas preveem que os referenciais do petróleo poderiam superar os US$ 100 por barril neste ano, a menos que ocorra um aumento na oferta.
 
Paul Horsnell, estrategista de commodities no Standard Chartered, disse que alguns operadores vêm apostando que a oferta terá dificuldades para acompanhar a demanda, uma vez que a economia mundial continua recuperando-se da desaceleração iniciada em 2020 em decorrência da pandemia da covid-19.
 
“O júri ainda está deliberando sobre qual seria a capacidade ociosa [de produção], mas quando se materializa uma percepção de que seria bem fininha, isso pressiona os preços para cima”, disse.
 
Os Estados Unidos defendem que os principais produtores de petróleo do mundo, representados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), aumentem a produção mais rapidamente para ajudar a controlar a inflação. Os preços ao consumidor nos EUA, na comparação anual, subiram 7% em dezembro, a maior elevação desde 1982.
 
Até agora, no entanto, a Opep e seus aliados mantiveram o plano acordado em julho, de retomar apenas gradualmente a produção cortada no início da pandemia, elevando-a em 400 mil barris diários a cada mês.
 
A estratégia ajudou os preços do petróleo a subir desde agosto, mas nem todos os membros do grupo Opep+ (que inclui a Rússia desde 2016) conseguiram atingir suas cotas mensais, aumentando os temores de que a capacidade de produção extra no mercado seria limitada.
 
“Os operadores sempre vão querer se antecipar a qualquer história”, disse Horsnell. Ele acrescentou, porém, que os cálculos do Standard Chartered indicam que nenhum déficit real de oferta se materializaria antes de 2024.
 
“Acho que há capacidade ociosa suficiente na Arábia Saudita, no Iraque, nos Emirados [Árabes Unidos] e em um ou outro lugar por aí, indicando que não há circunstâncias neste ano, a não ser por alguma grande interrupção geopolítica no fornecimento, em que capacidade ociosa possa cair abaixo de 3 milhões de barris por dia e comece a ficar um pouco estreita.” (Valor Econômico)

Conselheiros aprovam contas do Fundesa-RS de 2021
 
Em Assembleia Geral Ordinária, integrantes do Conselho Deliberativo do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram sem ressalvas o parecer do Conselho Fiscal sobre a prestação de contas relativa a 2021. A reunião foi realizada no formato virtual na tarde desta segunda-feira (17/01). O saldo atual do fundo é de R$ 105,1 milhões, um crescimento de mais de 9,2% em relação ao exercício de 2020 que finalizou em R$ 95,8 milhões.
 
A receita, ao longo de 2021 foi de pouco mais de R$ 17 milhões, entre arrecadação e rendimentos financeiros. As despesas do fundo no exercício foram totalizadas em R$ 7,4 milhões. Deste valor, R$ 6,7 milhões foram destinados a investimentos setoriais e indenizações por abate sanitário aos produtores, em especial da cadeia do leite. O volume de recursos aportado nas indenizações para a pecuária leiteira, entretanto, foi menor do que o registrado em 2020: R$ 3,7 milhões ante R$ 6,4 milhões no exercício anterior. "Acreditamos que os efeitos da pandemia possam ter prejudicado o bom andamento dos procedimentos de testagem dos animais a campo", justificou o presidente do Fundesa-RS, Rogério Kerber.
 
Na reunião também ficou definido o calendário de assembleias de prestação de contas do fundo, que acontecem todos os trimestres, em abril, julho, outubro e em janeiro de 2023 já a apresentação das contas referentes ao atual exercício. As informações ficam disponíveis no site do Fundesa (www.fundesa.com.br). Toda a documentação apreciada será encaminhada à Secretaria Estadual da Fazenda, Contadoria e Auditoria Geral do Estado (Cage), Assembleia Legislativa e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. (Assessoria de imprensa Fundesa-RS)







Argentina – A onda de calor agravou a queda sazonal da produção de leite
 
Produção/AR – O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) realizou um levantamento no qual apurou que a queda da produção de leite nos primeiros dias de janeiro é, em média, 11% em relação a dezembro passado, com extremos individuais de 7% a 13%.
 
Deste modo, se confirma que a onda de calor teve efeito sobre a produtividade das vacas, pois, normalmente, a queda sazonal da produção é de 9,5% nos primeiros dias de cada ano.
 
Em 2016 (-15,0%); 2017 (-10,7%); 2018 (-4,9%); 2019 (-10,0%); 2020 (-8,3%); 2021 (-8,0%); Média (-9,5%).  
 
“Evidentemente, as escassas precipitações até o dia 16 e os altíssimos valores de ITH (Índice de Temperatura e Umidade) geraram quedas acima da queda sazonal normal. Seguramente todas as melhorias relativas ao bem-estar animal em muitas instalações mitigaram em parte o estresse térmico ao que foram submetidas as vacas na onda de calor”, analisou o OCLA.
 
Neste marco, ao realizar a comparação em termos interanuais, janeiro está 1,5% abaixo do mesmo mês em 2021. “Agora, é preciso ver os impactos das precipitações na captação de leite e como seguem as temperaturas para determinar se a queda de janeiro supera esse 1,5%”, acrescentou o OCLA.
 
Metodologia
 
Esses dados foram obtidos de consultas realizadas a uma dezena de indústrias que compram mais de 40% de leite que se ordenha na Argentina.
 
A mostra de empresas consultadas, segundo o OCLA, é altamente representativa já que se refere ao leite captado nas quatro principais províncias e proveniente de uma estratificação de fazendas por tamanho, muito similar à estratificação da população total. (Fonte: infocampo.com.br – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Jogo Rápido 

Piracanjuba está entre as 100 maiores empresas do agro pela Forbes 
100 maiores - A revista de edição número 92 da Forbes, trouxe a lista das 100 Maiores Empresas do Agro. A Piracanjuba encontra-se classificada nesta lista na colocação de número 33 dentre as 100 maiores empresas do agronegócio do Brasil.  A Lista Forbes Agro 100 traz as maiores empresas de capital aberto no país e quem está por trás de algumas delas. Sua elaboração teve como base informações de demonstrativos financeiros das empresas, além de dados compilados pela agência Standard & Poor’s. Foram consideradas empresas (incluindo holdings e cooperativas) com faturamento no Brasil de pelo menos R$ 1 bilhão em 2020. Quando indicado, o levantamento considerou o faturamento consolidado das holdings. Foram considerados também o tipo e o grau de atuação de cada companhia ou grupo no agronegócio brasileiro, mesmo nos casos em que a relação da atividade principal com o agronegócio seja indireta. (Terra Viva com informações da Forbes)

 

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Porto Alegre, 18 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.579


Global Dairy Trade - GDT 
 
 
 As informações são do Global Dairy Trade adaptadas pelo Sindilat/RS

Gado de corte e de leite sofrem com estiagem
 
Prejuízo no engorde de bovinos de corte e falta de reposição do gado leiteiro estão entre os maiores problemas
 
Os impactos no gado de corte são preocupantes, mas não tão graves quanto está sendo para o gado leiteiro. “A estiagem eleva consideravelmente o preço da produção do litro porque você não tem uma pastagem adequada”, explica o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Marcos Tang. A produção de silagem representa 70% do que é consumido pela vaca, o restante é suplementação. E está escassa nas propriedades dos produtores. Nem nas dos vizinhos e está cada vez mais longe para mandar buscar, relata Tang.
 
A alimentação impactando no resultado da produção e no processo reprodutivo do rebanho leiteiro são fatores que devem gerar impactos a longo prazo para o setor leiteiro. “O ideal é repor 20% do rebanho anualmente para manter a produção”, explica o dirigente, que relata a janela de 24 meses para que um
Terneiro comece a produzir leite, relata Tang. 
 
Estiagens recorrentes pedem soluções a longo prazo
 
A média de chuvas no Rio Grande do Sul para o período atual está em torno de 1800 milímetros anuais, contudo, nos últimos anos, existem regiões registrando um volume de 1000 mm a 1100 mm por ano, abaixo do esperado, explica o diretor e coordenador da Comissão do Meio Ambiente da Farsul, Domingos Antônio Lopes. “O cenário é muito preocupante. Cada dia que passa aumenta o prejuízo do produtor, problemas graves nas lavouras de milho e de soja e gravíssimo na pecuária leiteira”, lamenta.

Lopes relata que a situação é complicada porque as entidades não veem uma solução a curto prazo, e que por isso, vêm alinhando, com o governo estadual e com os parlamentares gaúchos, através de audiências públicas, medidas que possam ajudar nos momentos de crise. Ações de longo prazo, como a de preservação de água nas propriedades, esbarram na legislação federal que prevê a interferência em área de preservação permanente somente nos casos de interesse social, utilidade pública ou impacto ambiental. “A ideia é que a irrigação se torne algo de interesse social ou de utilidade pública. Reservar água a nível de propriedade levará a uma perda ambiental no curto prazo, mas a médio prazo, trará ganho de fauna e de flora.” (Jornal do Comércio)




Volta da chuva é um alento, mas ainda faltam volume e distribuição
 
A chuva voltou, mas ainda não é uma realidade em todos os municípios do Rio Grande do Sul. Dados da rede de 64 estações meteorológicas do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro) e do Inmet mostram que, no acumulado entre as 9h de domingo e de ontem, as precipitações variaram de zero a 38,4 milímetros. Ou seja, há pontos onde não choveu e outros onde o volume é considerado muito bom.
 
— A chuva ficou concentrada mais ao sul e ao leste — completa Flávio Varone, meteorologista da Secretaria da Agricultura e coordenador do Simagro.
 
Em Cambará do Sul, por exemplo, foram 36,6 milímetros, e em Bento Gonçalves, cinco. Já em Vacaria, Santo Augusto e Alegrete, não caiu uma gota. Diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri reforça o 
que mostram os índices pluviométricos: houve irregularidade na distribuição.
 
— A chuva foi muito variada, mas veio, isso já ajuda. A única forma de começar a enxergar uma luz é a retomada da precipitação — pondera Rugeri. Na primeira quinzena de dezembro, Maiquel Junges, produtor de Não-Me-Toque, no norte do Estado, e coordenador regional dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais do Alto Jacuí, havia relatado e registrado em vídeo as perdas que se acumulavam nas lavouras de milho. Perguntado sobre os últimos dias, desabafou:
— Não choveu nada. A soja está indo pelo mesmo caminho do milho, que perdeu grande parte, mais de 90%. Presidente da Cotrijal, cooperativa que tem sede em Não-Me-Toque, Nei César Mânica afirma que a situação segue complicada na região:
 
- É preciso normalizar a chuva para que ainda se possa ter uma safra razoável na soja. Há áreas que ainda não puderam sequer ser semeadas e outras que precisaram ser replantadas em razão das condições climáticas desfavoráveis. Presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado, Décio Teixeira diz que a medição feita da temperatura na superfície do solo indicou 50 0C. 
 
— Na região de Uruguaiana tem regiões onde a soja torrou, lavouras grandes, caprichadas — descreve o dirigente. Coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Júlio César Rocha Lopes observa que a chuva foi importante para apagar focos de incêndio no Interior. Ressalva, no entanto, que são irregulares: — A estiagem continua. (Zero Hora)

Jogo Rápido 

Estiagem afeta produção de leite no Sul do país, diz Sindilat
 A estiagem tem causado muitas revisões nas projeções de safra de milho e soja em estados do Sul do Brasil. A situação não é diferente nas principais regiões produtoras de leite, que também amargam perdas que resultam das intempéries. No Paraná, a estimativa é de que quase 200 milhões de litros deixem de ser produzidos, com prejuízo aos produtores de R$ 400 milhões, segundo a Secretaria da Agricultura do Estado. No Rio Grande do Sul, a Emater projetou, até a semana anterior, redução de 1,6 milhão de litros captados ao dia no estado – em algumas regiões, uma queda de quase 10%. Segundo Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS, que representa a indústria, a tendência é que o prejuízo aumente nos próximos meses. “Temos duas realidades. Nós temos os pequenos produtores, que estão sofrendo mais, por falta de infraestrutura. E os médios e grandes produtores, que até não está sofrendo tanto com a perda da produção, mas está assustado com a elevação dos custos. O elevado custo de produção, aliás, vai ser o grande desafio da atividade leiteira. Nós estamos com os preços muito achatados. Para que a produção não cai mais, vai depender de como o mercado vai reposicionar os preços”, explica. Clique aqui e assista a entrevista de Palharini para o Canal Rural. (Canal Rural)

 

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Porto Alegre, 17 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.578


Produtor celebra bom resultado alcançado com sistema de irrigação no município de Relvado

Apostar em alternativas e em tecnologias que possam mitigar os efeitos da estiagem, este tem sido um dos objetivos da Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado - que destinará mais de R$ 200 milhões em projetos de reservação de água e qualificação da irrigação. "Apresentar aos agricultores políticas públicas e tecnologias diversas que possam compensar a escassez de água em tempos de seca é, afinal, uma das metas da Instituição", resume o gerente regional da Emater/RS-Ascar Cristiano Laste.

O que parece ser um grande dilema, explica Laste, pode muitas vezes ser encaminhado por meio de iniciativas não tão complexas, sustentáveis e de menor investimento, como é o caso da construção de cisternas ou a preservação de fontes. Aliás, foi justamente uma fonte protegida, que alimenta um açude de 1,5 hectares, que possibilitou ao produtor aposentado Alexandre Perin, de Relvado, ter acesso à água necessária para que não houvesse perdas nos cinco hectares de milho plantados na propriedade, que fica na Linha Carlos Gomes.

Perin salienta que a reflexão sobre a necessidade de irrigação da lavoura já surgiu junto com a implantação desta, há cerca de dois anos. "Lembro que na época fui conhecer uma experiência de um agricultor de Encantado, que já adotava o sistema de irrigação por aspersão, que minimizava as perdas pela estiagem", recorda. Não por acaso, o produtor procurou a Emater/RS-Ascar logo depois, para que o projeto de crédito já pudesse ser encaminhado com este investimento, discutindo ainda quais os caminhos para proteger uma fonte de forma legal, sem comprometer o meio ambiente.

Para o extensionista da Emater/RS-Ascar Marcelo Figueiredo Ramos, a experiência vivida por Perin garantirá não apenas a safra como a safra com qualidade, já que ele não precisará de terceiros para comprar milho para a silagem dos cerca de 15 animais que mantém na propriedade. Tanto é que a expectativa é de que ele colha mais de 120 sacos de milho por hectare, podendo fazer mais adiante a rotação para o plantio de milho safrinha. "Isso sem deixar de estar atento a outros aspectos importantes, caso da análise de solo", observa Ramos.

"Muitas vezes temos a impressão de que essas tecnologias para a irrigação são complexas e que envolvem uma grande burocracia, mas não", reforça o extensionista, que reafirma que a importância de linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) como um dos caminhos. "A gente mora em um Estado que possui uma boa abundância pluviométrica, devendo os gestores públicos - com o apoio das prefeituras, da extensão rural - apoiar os agricultores para iniciativas do tipo", finaliza.

As informações são da assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Lajeado.


Estiagem já prejudicou 207 mil propriedades

Levantamento da Emater também indica que prejuízos são maiores nas regiões Norte e Noroeste e podem chegar a 60% na cultura do milho

Os efeitos da estiagem que assola o Rio Grande do Sul desde novembro do ano passado já foram sentidos em pelo menos 207 mil propriedades rurais de 8 mil localidades do Estado. Além de perdas nas lavouras, pastagens, pomares, hortas e na produção de leite, 10,5 mil famílias estão com dificuldades para ter acesso à água. Os dados são do primeiro Informe de Evento Adverso, divulgado ontem pela Emater/RS-Ascar. O boletim será atualizado semanalmente.

As novas informações mostram a evolução do quadro em apenas duas semanas. Em levantamento anterior, levado pela instituição a uma reunião de secretarias do governo do Estado em 3 de janeiro, o número de propriedades que enfrentavam algum tipo de problema em relação ao fenômeno era de 140 mil, entre as quais estavam 6 mil que apontavam insuficiência no abastecimento de água.

Segundo a Emater, os dados foram consolidados a partir de informações dos extensionistas rurais das suas 12 regiões administrativas. Até a primeira quinzena de dezembro de 2021, os impactos da estiagem nas atividades agrícolas foram maiores em Ijuí, Frederico Westphalen e Santa Rosa. A partir de então, os
efeitos da estiagem se espalharam para as demais áreas do Rio Grande do Sul.

O levantamento revela que 77,7 mil lavouras de soja sofreram algum tipo de dano por falta de água e admite que o plantio pode ficar em 95% do que era estimado inicialmente por falta de condições de avançar em terra muito seca. As perdas estão estimadas entre 3% e 26,5% nas diferentes regionais da Emater.

No cultivo de milho, 90,1 mil plantações sofrem com a estiagem. Os prejuízos, que não são homogêneos, são maiores nas lavouras das regiões de Erechim, Frederico Westphalen, Ijuí, Passo Fundo, Santa Rosa e Soledade, onde podem chegar a 60% da produção estimada.

Em função dos impactos da estiagem, a Emater confirmou que vem sendo demandada para atendimento de inúmeras solicitações de comprovações de perdas nos cultivos que sofreram os maiores prejuízos. As regiões de maior incidência de comunicados são as de Ijuí, Santa Rosa e Frederico Westphalen. Além disso, há uma tendência crescente em Erechim e Passo Fundo.

EMERGÊNCIA EM MAIS DA METADE DOS MUNICÍPIOS: O número de municípios gaúchos que decretaram situação de emergência chegou a 262 ontem, com a inclusão de mais 23 na relação feita pela Defesa Civil do Estado. Com isso, a medida foi adotada por mais da metade das prefeituras – 52,7% de um total de 497. Dos decretos emitidos até ontem, 123 já foram homologados pelo governo gaúcho. Desse total, 60 municípios já tiveram o status de emergência reconhecido pela União e a partir de agora poderão solicitar recursos ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

As informações são do Jornal Correio do Povo.




Uruguai: produção de leite caiu, custos subiram e há preocupação com a falta de água

A produção de leite no Uruguai caiu em janeiro, e a disponibilidade de água nas fazendas leiteiras é diferente dependendo da área. Os custos de produção aumentaram devido as pastagens já estarem sofrendo com déficit hídrico e em várias fazendas está sendo utilizada a forragem reservada para o inverno ou concentrados, o que permitiu que os animais tivessem uma boa condição corporal.

Nas fazendas da região de Canelones "a situação é complexa porque a água não está regularizada", disse Justino Zavala, líder da Associação de Produtores de Leite de Canelones. Nas fazendas leiteiras da região de Santa Lucía e algumas próximas a Canelones, “onde a quantidade de água era impressionante”, espera-se que o sorgo forrageiro e o milho possam ter uma importante rebrota; mas no resto das fazendas leiteiras "é muito complicado", alertou.

Em áreas como Aguas Corrientes, onde as últimas chuvas registraram recorde de 3 mm, o crescimento das pastagens fica comprometido. “Temos aguentado com alfafa e um pouco de sorgo forrageiro, mas a partir de agora vai ficar complicado”, disse o produtor de leite. 

A captação do leite caiu 2%

Na Flórida, onde existem várias regiões declaradas como emergência agrícola devido ao déficit de água, "as coisas estão um pouco complicadas", disse Fabián Hernández, presidente da Sociedade de Produtores de Leite da Flórida.

Segundo ele, vários produtores que têm suas fazendas em áreas onde não há emergência agropecuária "estão indo muito mal", e as reservas de forragem que haviam sido feitas para o inverno estão comprometidas, porque em muitos casos começaram a ser usadas em outubro, quando geralmente são tomados como opção alimentar a partir da segunda quinzena de dezembro. O sorgo ainda mostra potencial de crescimento, mas o milho de primeira classe vem reduzindo, porque a maioria deles não tinha água na época de floração, explicou.

Hernández explicou que o número de animais em produção vem diminuindo e, com isso, a quantidade de leite vendida. Na Conaprole, a captação dos primeiros dias de janeiro mostra um decréscimo em relação ao que havia no mês passado.

Alejandro Pérez Viazzi, vice-presidente da Conaprole, disse que embora dezembro de 2021 tenha fechado com captação de leite de 134,4 milhões de litros, 3% acima do que foi dezembro de 2020, nos primeiros dias de janeiro a produção média diária caiu 2%.

A queda na captação é esperada nesta época do ano, quando menos ordenha é feita porque "as vacas estão próximas ao período de parto e diminuem a produção", explicou ele. As porcentagens de sólidos no leite caíram, mas a qualidade ainda é boa, disse.

“Os custos aumentaram porque as reservas ou concentrados estão sendo usados. A seca está tendo um efeito importante na produção, é muito complicado pelas altas temperaturas, falta de chuvas, qualidade e quantidade de pastagens”, concluiu.

As informações são do El Observador, adaptadas pela equipe MIlkPoint. 

Jogo Rápido 

Falta de chuva afeta fortemente produção de leite no RS
As principais regiões produtoras de leite do país também amargam perdas que resultam das intempéries. Os rebanhos dos três Estados do Sul – que, juntos, respondem por 12 bilhões de litros – estão sofrendo com a seca e as altas temperaturas, enquanto em Minas Gerais, que produz 9,7 bilhões de litros e lidera o ranking nacional, o problema é o excesso de chuvas. A estiagem severa no Rio Grande do Sul já afeta os produtores de leite pelo quarto ano seguido. O clima ruim impactou o milho e os pastos, afetando a alimentação dos animais. No Sul, onde o gado é de origem europeia, a alimentação desbalanceada e o calor reduzem o volume de produção e a qualidade da bebida. “O leite pode ficar mais ácido e não serve para produzir derivados”, explica Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat-RS, que representa a indústria, em entrevista à nossa reportagem. A seca soma-se à alta de custos como um elemento de redução da produção de leite no país. Ele estima que o volume produzido no último trimestre foi de 5% a 7% menor do que em 2020.   Segundo o dado mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção caiu 4,9% no terceiro trimestre, para 6,19 bilhões de litros.   A Emater-RS projetou até agora redução de 1,6 milhão de litros captados ao dia no Estado – em algumas regiões, a queda se aproxima de quase 10%. Para Darlan Palharini, do Sindilat, a questão do preço pago ao produtor e consumidor será impactada. Ouça a entrevista de Palharini clicando aqui. (Rádio Planetário)

 

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Porto Alegre, 14 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.577


Calor extremo e baixos volumes de chuva previstos para os próximos sete dias no RS
 
A próxima semana terá novamente calor extremo e volumes baixos de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 02/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga.
 
Na sexta-feira (14), a presença do ar quente manterá a onda de calor em todo o Estado,
com tempo seco e temperaturas superiores a 40°C em algumas regiões. Ainda no decorrer deste dia, há possibilidade de pancadas de chuva e trovoadas isoladas nos setores Norte e Nordeste.
 
No sábado (15) e domingo (16), o tempo firme e muito quente seguirá predominando e o ingresso de ar úmido favorecerá o aumento da nebulosidade, o que deverá provocar pancadas de chuva e trovoadas, típicas de verão, na maioria das regiões.
 
Entre a segunda (17) e quarta-feira (19), o ar quente e úmido seguirá predominando e o deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em grande parte do Estado, com possibilidade de temporais isolados na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul.
 
Os volumes esperados deverão oscilar entre 15 e 35 na maioria das regiões. Na Serra do Nordeste, Campos de Cima da Serra e no Litoral Norte, os valores poderão alcançar 50 mm em alguns municípios. Já na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul, os totais oscilarão entre 50 e 65 mm, podendo alcançar 80 mm em algumas localidades.
 
O documento também aborda a situação atual das culturas de soja, milho e arroz. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos clicando aqui. Calor extremo e baixos volumes de chuva previstos para os próximos sete dias no RS (SEAPDR)


Seca na região Sul: orientações emergenciais aos produtores de leite
 
Perguntas e respostas:

1. Não tenho mais pasto nem silagem. O que posso fornecer aos animais?
O alimento sólido principal do ruminante (bovino, ovino, caprino) é fibra vegetal (celulose). Qualquer fibra vegetal que não seja tóxica é potencialmente um alimento. Em condições extremas, os microrganismos do rúmen conseguem transformar até papel em energia para sobrevivência, desde que forneçamos, também, nitrogênio e enxofre (explicado mais abaixo).

Alternativas a serem consideradas:
● Negociar acesso a áreas de vizinhos com pastos, áreas de banhados, restevas de culturas de inverno que não foram plantadas etc. Mesmo o famigerado capim-annoni será útil neste momento. Barba-de-bode, capim-caninha, não importa.
● Permitir acesso dos animais aos corredores e estradas locais (usar arame eletrificado para impedir acidentes e atropelamentos e contato com gado vizinho por questões sanitárias). Se necessário, consulte a autoridade responsável.
● Cuidado!!! As plantas de milho colhidas sem granar, podem ser usadas em qualquer estágio que estiverem, mas faça adaptação dos animais, fornecendo pouco e aumentando a cada dia, pois estarão com altos teores de nitratos.
● Palha de qualquer cereal de inverno, seja enfardada ou ainda na lavoura é alimento.
● Galhos de algumas árvores, desde que abundantes em folhas e de espécies seguras.

Todos os salsos e o vime são seguros, assim como todos os álamos (não confundir com plátano, este não é recomendado). Aroeiras NÃO. Na dúvida, evitar arbustos e árvores de espécies leitosas ou que produzam resinas, aromas fortes, ou espinhos.


2. Como e quando devo fornecer esse nitrogênio e enxofre?
Com qualquer fibra de baixa qualidade. No caso do milho planta, se estiver verde, não adicione nitrogênio extra, neste caso.

Palhas, pastos passados, encanados, canas etc. devem receber nitrogênio e enxofre. Para todos os detalhes, clique aqui e baixe o pdf onde explicamos a mistura e quantidades seguras de nitrogênio e enxofre:

3. Qual seria o preço justo para adquirir uma tonelada de um milho que não granou?
Se fosse um caso isolado, a metade do valor de uma silagem boa já seria caro. No entanto, neste momento, vai depender de quão apertado você está e da procura na sua região.

4. Como posso estimar o rendimento de uma área de milho planta, sem granar? Meu vizinho plantou para grão e está oferecendo. Botou preço na lavoura como está, mas preciso ter uma ideia da quantidade de comida que estarei comprando.

Obtenha o número médio de plantas por metro linear e a distância entrelinhas, em metros. Conte as plantas em 10 metros, dentro da lavoura. Corte umas 3-5 plantas que representem a maioria da lavoura e pese estas plantas. Divida pelo número de plantas para dar kg/planta. O peso normal de um planta granada, bem adubada é 0,9 a 1,1 kg.

O rendimento esperado vai ser: Número de plantas por metro dividido pelo espaçamento em metros x 10.000 x peso médio da planta.

Exemplo: 4 plantas/m; 0,50 m de espaçamento; 0,3 kgMN/planta

Então: 4 / 0,50 = 8 x 10.000 = 80.000 plantas/ha x 0,3 = 24.000 kg de matéria natural/ha
 5. Qual a quantidade máxima de grão, concentrado ou "ração" que posso dar para as vacas?
Está difícil a situação: concentrado caríssimo e volumoso faltando! Como regra geral, considere que o limite seguro é 50% do total de MS (matéria seca) ingerida, podendo chegar até 60%. Próximo a 60% já ocorrerão problemas de laminite, acidose e possíveis casos de torção de abomaso, também.

 6. Posso usar casca de arroz?
Pode, com restrições. Ela é basicamente celulose, porém rica em oxalatos (o que NÃO é bom). Serve para uma emergência como esta, mas é um alimento de baixíssima qualidade. Não use em outras épocas. Obrigatório o nitrogênio + enxofre explicado no boletim acima.

Importante: em todos os casos citados, faça uma adaptação do rúmen, fornecendo quantidades pequenas no primeiro dia e aumentando até o 5° ou 7° dia. (Milkpoint)





Valor da Produção Agropecuária de 2021 atinge R$ 1,129 trilhão

O valor total do ano representou crescimento de 10,1% na comparação com o resultado de 2020

Em 2021, o  Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) atingiu R$ 1,129 trilhão, 10,1% acima do valor alcançado em 2020 (R$ 1,025 trilhão). De acordo com levantamento da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, as lavouras somaram R$ 768,4 bilhões, o equivalente a 68% do VBP e crescimento de 12,7% na comparação com 2020; e a pecuária, R$ 360,8 bilhões (32% do VBP) e alta de 4,9%.

A nota técnica informa que o bom desempenho do agro ocorreu mesmo diante da falta de chuvas, seca e geadas em regiões produtoras. 

Os produtos com melhores resultados no VBP foram: soja, R$ 366 bilhões; milho, R$ 125,2 bilhões; algodão, R$ 27,6 bilhões; arroz, R$ 20,2 bilhões; cacau, R$ 4,2 bilhões; café, R$ 42,6 bilhões; trigo, R$ 12,5 bilhões; carne bovina, R$ 150,9 bilhões; carne de frango, R$ 108,9 bilhões; e leite, R$ 51,8 bilhões. Juntos, responderam por 76% do VBP do ano passado.



“Três fatores podem ser citados como impulsionadores desse crescimento - preços favoráveis, quantidades produzidas e o mercado internacional que em geral tem sido favorável para vários desses produtos. O mercado internacional e os preços foram os mais relevantes desses fatores”, destaca a nota técnica.

VBP 2022: Para este ano, as perspectivas de produção do agro permanecem positivas, com valor estimado de R$ 1,162 trilhão, 2,9% acima do obtido em 2021. “Continuam boas as chances para algodão, café, milho, soja, trigo e produtos da pecuária, especialmente carnes bovina e de frango. Também não devemos ter problemas de abastecimento interno e externo, pois como mencionado as previsões são de safra elevada de grãos e oferta satisfatória de carnes”, avaliam os técnicos.

O que é o VBP: O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais. O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês. (MAPA)

Jogo Rápido 

Pecuária Leiteira
O Mercado em Destaque desta quinta-feira (13) recebe o Secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini para conversar sobre o impacto da estiagem na produção e comercialização do leite. Clique aqui e assista. (Destaque Rural)

 

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Porto Alegre, 13 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.576


"Não viemos dar falsas esperanças"
 
Ministra da Agricultura esteve na região noroeste do RS, conferiu a situação da estiagem e prometeu resposta a pedidos
 
Com 200 municípios em situação de emergência no Rio Grande do Sul, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, desembarcou ontem no Estado para conferir os prejuízos causados pela estiagem. Em Santo  ngelo, nas Missões, visitou uma propriedade rural e se reuniu com entidades do agronegócio para ouvir as reivindicações. — Não viemos dar falsas esperanças. Viemos ouvir para depois ver o que podemos fazer. O que não podemos ter é gente saindo da produção — disse Tereza Cristina. 
 
Acompanhada por técnicos do Banco do Brasil, do Banco Central e de órgãos ligados ao ministério, como a Embrapa e a Conab, Tereza Cristina fez sua primeira parada em solo gaúcho numa propriedade castigada pela estiagem. Caminhando pelos 25 hectares em que o agricultor Dirceu Segatto produz soja, milho e leite, presenciou os efeitos perversos da falta de chuva. Segundo Segatto, as perdas no milho já são irreversíveis. As produções de soja e de leite enfrentam quebras de 50%.
 
— O que a gente espera, ministra, é milho da Conab para pelo menos alimentar as vacas, porque se morrerem os bichinhos a gente vai junto — conclamou Segatto.
 
Agachada diante da rala pastagem que serve de comida ao gado, Tereza Cristina pegou na mão as plantas de capim-sudão com 10 centímetros de altura. Com um regime normal de chuvas, as plantas deveriam ter entre 30 e 40 centímetros.
 
— Não vou dizer que vou resolver tudo, porque não consigo. Mas a gente tem de dar alguns caminhos. Tem comissão vendo o que é possivel fazer — disse ela. Da propriedade, a comitiva oficial — na qual estava ainda o vice governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Jr., a secretária estadual da Agricultura, Silvana Covatti, e parlamentares — seguiu para o campus da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Missões (URI). Em frente a um auditório lotado de produtores rurais, prefeitos, vereadores e entidades do agronegócio, Tereza Cristina recebeu um diagnóstico atualizado da situação e reivindicações.
 
As prioridades apresentadas pela platéia foram a suspensão por 180 dias de todas as cobranças de financiamentos federais, a abertura de crédito emergencial e novos empréstimos para manutenção das propriedades diante da perda de renda.
 
Em 18 minutos de discurso, Tereza Cristina reafirmou a preocupação com os efeitos da estiagem. Disse que não estava trazendo nenhuma "fórmula mágica" e que em breve espera poder anunciar medidas de curto, médio e longo prazos pam amenizar os prejuízos da falta de chuva.
 
— Não viemos com solução pronta. Anotei várias questões para levar a Brasília e agora vou dar um prazo à equipe. Produtor rural não é caloteiro. Ele paga a conta. Temos de arrumar maneiras para que ele não fique cada vez mais enterrado — afirmou a ministra.
Em Santo  ngelo, as perdas causadas pela falta de chuva já alcançam R$190 milhões, cifra próxima do orçamento da prefeitura para 2021, que totaliza R$230 milhões. Do município, a ministra seguiu para Chapecó, no oeste de Santa Catarina, onde também iria verificar perdas em razão da estiagem.
 
Municípios
No mesmo dia, o Rio Grande do Sul atingiu a marca de 200 municípios quejá decretaram situação de emergência, desde o ano passado, em razão da estiagem. Ao todo, o Estado possui 497 prefeituras. Conforme dados da Defesa Civil, os municípios mais recentes a ter o status reconhecido pelo Estado são Cerro Largo, na Região das Missões, e Candiota, na Campanha. Esse número ainda deve aumentar, já que outras 26 prefeituras já registraram a solicitação de homologação e aguardam o aval do governo estadual. Do total, 52 já tiveram a situação homologada também pela União.
 
Com a emergência decretada, municípios ganham direito a benefícios para o combate à estiagem. Uma delas, em âmbito estadual, é a anistia dos produtores no programa Troca-Troca Sementes de Milho da safra 2021/2022.Com isso, o Executivo irá subsidiar 100% das sementes adquiridas pelos produtores — para cidades que não oficializaram o decreto, o benefício é de 280/0. Devido ao agravamento da estiagem no RS, ao menos 5,4 mil famílias estão sem acesso a fontes de abastecimento de água. (Zero Hora) 


Neutralidade de carbono e sustentabilidade são objetivos possíveis na cadeia industrial do leite
 
É possível ser mais sustentável na indústria alimentícia brasileira? Os especialistas no assunto asseguram que sim.
 
Durante o workshop “Neutralidade do carbono e sustentabilidade no setor lácteo”, promovido pela Associação Brasileira de Lácteos (Viva Lácteos) em dezembro, as principais empresas do setor de laticínios abordaram temas como neutralidade de carbono e sustentabilidade e trouxeram medidas já adotadas para diminuir o impacto ambiental da indústria.
 
A Unium, marca institucional das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, foi uma das convidadas para ministrar palestras, representada pelo coordenador ambiental da cooperativa Frísia, Francis Bavoso. “A sociedade e os futuros consumidores do produto sempre estão buscando mais informações sobre os produtos comprados/consumidos e a rastreabilidade e responsabilidade da cadeia, sendo assim, o setor já de forma voluntária discutiu quais são os principais gargalos na emissão de CO² e quais são as ações que estão sendo realizadas para minimizar e neutralizar essa emissão de carbono. Plantio direto, gestão do consumo de água, gestão do dejeto e redução do uso de fertilizantes químicos, rotação de cultura, melhoramento genético, maior eficiência na conversão alimentar são apenas alguns exemplos do que temos adotado na Unium”, explica o coordenador ambiental.
 
Segundo ele, o mercado está se desenhando para três escalas: Leite Pro Carbon, Leite Low Carbon e Leite Netzero. “Com isso, mostramos as principais ações sustentáveis que o grupo Unium realiza no campo, para buscar a maior eficiência em kg de leite produzido por CO² emitido”, acrescenta.
 
Sustentabilidade
Além de contar com sua indústria de lácteos no Paraná e em São Paulo, a Unium ainda possui atuação no mercado de farinha de trigo e na pecuária suína.
 
Por isso, desenvolve com programas como a gestão de estrume e aplicações de tecnologia, que prevê uma redução de 14 milhões de CO²; o fomento de reflorestamento de mudas nativas em áreas de mais de 3 mil hectares e um programa de preservação, redução e uso consciente de recursos hídricos. “Carbono é nosso componente-chave em vários atributos do solo, como aumento da porosidade, melhor infiltração e retenção de água”, finaliza Francis Bavoso.  (As informações são da Assessoria de Imprensa Central Press, adaptadas pela equipe MilkPoint)
 



 
Os municípios mais ricos do agronegócio - Nota nº 01-2022/CGPLAC/DAEP/SPA/MAPA
 
Esta Nota procura identificar os municípios mais ricos do agronegócio do país. Esta análise será feita tendo por base os dados da produção Agrícola Municipal – PAM, referente a 2021, divulgada em setembro de 2021. Duas classificações foram utilizadas: pelo valor da produção das lavouras permanentes e temporárias, e pelo Produto Interno Bruto dos Municípios. Foram classificados 100 municípios, a partir do total levantado pelo IBGE, e verificada a posição de cada um em relação ao valor da produção e ao PIB. Como a informação mais recente sobre o PIB municipal é de 2019, usou-se essa referência para fazer algumas classificações. 
 
As informações que podem ser obtidas a partir desses dados permitem observar as áreas mais ricas da agricultura, e alguns fatores relacionados a esse processo. Lembramos o leitor que o ano de 2021, principal referência utilizada nesta Nota foi recorde na produção no país. O IBGE destaca a produção de algodão, soja, milho, café e cana-de-açúcar. Segundo a Conab, a safra de grãos foi de 257,0 milhões
de toneladas. 
 
Municípios mais ricos
A maior parte dos municípios com maior valor da produção situa-se em Mato Grosso. Mas os estados de Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul, contém a maioria dos municípios classificados entre os 100 mais ricos. O Mato Grosso tem 35 municípios, Bahia 9, Goiás 10, Mato Grosso do Sul 13, Minas Gerais 8, São Paulo 6. Os demais municípios estão distribuídos em Pernambuco (1), Maranhão (2) Pará (4), Brasília (1), Piauí (2), Paraná (4), Tocantins (1) e Rio Grande do Sul (2). 
 
Os 100 municípios classificados geraram em 2021 um valor da produção de R$151,2 bilhões, 32,0% do total, estimado em R$ 470,5 bilhões. O destaque desses municípios se dá pelo elevado valor da produção agropecuária e pelo valor do PIB municipal. Principalmente em Mato Grosso, a Agropecuária tem participação relevante no PIB do estado, estimada em 21,36%. Sorriso, que é o líder na geração de valor, a agropecuária representa 26,65% do PIB do município, e Sapezal, líder na produção de algodão representa 53,17% do valor do PIB municipal. Nesse exemplo, mais da metade do PIB municipal provem da Agropecuária. Nos estados da região Norte do país, também a agropecuária tem participação elevada no PIB – em Rondônia de 13,9% e em Tocantins 14,17%.
 
Soja, algodão e milho são os principais produtos responsáveis pelo sucesso desses municípios, pois carregam elevados níveis de tecnologia e de produtividade. Do valor da produção obtido pelo município de Sorriso em 2021, 52,0 % foi obtido pela soja e 35,0% pelo milho. São Desidério (BA), segundo maior produtor de algodão herbáceo, teve 38,3 % de seu faturamento proveniente desse produto. O município
de Sapezal, maior produtor de algodão herbáceo do país, teve 35,5 % de seu faturamento vindo da soja e 54,4 % do algodão herbáceo. E assim, essa observação estende-se a outros municípios. 50 municípios de maior valor da produção.



Outros trabalhos mostram que esses municípios têm apresentado taxas de crescimento do emprego acima da média do estado correspondente, e também renda per capita superior à média. Do mesmo modo, outro indicador como o IDH dos municípios analisados, é considerado elevado. (MAPA)


Jogo Rápido 

Estiagem: seca prejudica produção de leite no RS
200 cidades gaúchas já decretaram situação de emergência por conta da estiagem. E a seca já atinge a produção de leite no estado. A falta de chuva prejudica as plantações de milho. O grão é base da ração das vacas. Sem o alimento, os animais, é claro, produzem menos leite. Clique aqui e assista a entrevista do Secretário-Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, sobre o tema. (Record TV) 

 

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Porto Alegre, 12 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.575


Governo do Estado entrega ofício com demandas do RS à ministra Tereza Cristina

Para acompanhar a visita da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (12/1), o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior esteve em Santo Ângelo, um dos municípios atingidos pela estiagem.    

Demandas apresentadas no ofício entregue à ministra Tereza Cristina:

Viabilização de recursos federais para o fortalecimento do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper), bem como para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Viabilização de recursos federais para subsidiar juros das operações de crédito rural na agricultura familiar.

Viabilização de recursos federais por meio do crédito rural para as cooperativas agropecuárias que necessitam reprogramar os vencimentos dos produtores que financiaram seus empreendimentos por meio do sistema de troca.

Concessão de bônus adimplência para a liquidação da parcela de custeio pecuário vincenda em 2022.

Disponibilização de grãos de milho via Programa de Vendas em Balcão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Aquisição de leite emergencial via Conab para impedir a queda do preço pago ao produtor.

Ampliação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático da soja para permitir que o produtor que ainda não conseguiu realizar a semeadura possa se enquadrar no Proagro e no Seguro Rural.

Revisão da legislação ambiental de modo a interpretar a reservação de água como de relevante interesse social em partes das áreas de preservação permanente e com devida mitigação e recuperação e/ou ampliação de área protegida.

Regulamentação da Lei Federal 14.275, de 23 de dezembro de 2021, que dispõe sobre medidas emergenciais de amparo à agricultura familiar para mitigar os impactos socioeconômicos da Covid-19, como linhas de crédito com taxa de juros 0%, fomento produtivo com assistência técnica e flexibilização de garantias aos produtores de leite.

Medidas anunciadas pelo governo do Estado para mitigar efeitos da estiagem Programa Troca-troca

Ainda na semana passada, o governador autorizou ampliar o subsídio do programa Troca-Troca de Sementes de Milho de 28% para 100%. O programa é voltado à agricultura familiar e cumpre a função de incentivar o plantio de milho, um dos grãos que o RS tem déficit de produção.

Para ter acesso ao benefício, o produtor rural deve residir em município que tenha o decreto de situação de emergência homologado pelo governo do Estado por causa da estiagem. O valor aportado pelo Estado pode alcançar até R$ 15 milhões.

O prazo para que o produtor possa quitar os valores devidos ao Troca-Troca termina em abril. Até lá, o governo do Estado terá um panorama mais preciso sobre quais municípios decretaram situação de emergência e quais tiveram seus decretos homologados para poder orçar o valor total que será destinado ao subsídio.

Programa Sementes Forrageiras

É um programa de fomento para a agricultura familiar que serve para incentivar o plantio de pastagens, principalmente para atender o gado leiteiro.

No ano passado, os contratos somaram R$ 5 milhões e beneficiaram cerca de 11 mil famílias de agricultores familiares, que tiveram parte dos custos com as sementes forrageiras abatidos pelo Estado.

Na semana passada, Leite autorizou que o valor seja duplicado, caso haja necessidade. Ou seja, o aporte de recursos pode chegar a R$ 10 milhões. O programa paga até R$ 500 por CPF de agricultor familiar para a compra de sementes forrageiras. O produtor tem que pagar 70% deste financiamento às cooperativas e sindicatos até fevereiro do ano seguinte (até fevereiro de 2023, no caso). Os outros 30% são abatidos pelo Estado. O prazo para que os sindicatos e as cooperativas manifestem interesse em aderir ao programa segue até 15 de janeiro.

Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural

Os recursos para a execução do programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural devem ser liberados na próxima semana. Neste momento, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) vem concluindo os termos de referência necessários aos processos licitatórios das obras relacionadas à reservação de água no Rio Grande o Sul, os quais deverão ser conduzidos via Central de Licitações (Celic), vinculada à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

Em um primeiro momento, a Seapdr concentrará os trabalhos na viabilização de quatro licitações para concretizar a perfuração de 750 poços, a implantação das 750 torres metálicas e caixas d’água, a escavação de 6 mil microaçudes e a implantação de 1,5 mil cisternas. (SEAPDR)

 


MPT-RS pede que empresas não sigam orientação do Ministério da Saúde para reduzir tempo de isolamento de funcionários com covid-19

Segundo procuradora, alteração no Guia de Vigilância Epidemiológica serve como recomendação para a população geral, mas não tem validade para ambientes de trabalho

Anunciada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (10), a redução do tempo de isolamento para pessoas positivadas para covid-19 serve, por enquanto, apenas como orientação para a população geral, mas não deve ser seguida por empresas, segundo especialistas. A procuradora Priscila Dibi Schvarcz, do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) recomenda que empregadores não sigam a mudança, uma vez que duas portarias de junho 2020 prevendo um período de quarentena de 14 dias continuam em vigor.

As alterações constam na quarta versão do Guia de Vigilância Epidemiológica Covid-19. Na terceira versão, de março de 2021, a recomendação já era de quarentena de 10 dias, o que também não implicou em mudanças nas portarias.

Com a mudança, pessoas com quadro leve ou moderado se isolariam por, no mínimo, uma semana. Porém, se ao quinto dia completo o paciente estiver sem febre e sem uso de medicamento antitérmico há pelo menos 24 horas, ele poderia realizar o teste RT-PCR, o mais indicado, ou o antígeno. Se o resultado for negativo, poderia sair do isolamento, evitando aglomerações, viagens e contatos com pessoas com comorbidades até o décimo dia. Se for positivo, deveria manter o isolamento até completar o décimo dia.

A procuradora, que é a responsável regional pela Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho do MPT, ressalta que o anúncio do Ministério da Saúde se baseia em uma recomendação do Center of Disease Control, órgão regulador dos Estados Unidos, que já havia sido muito criticada por especialistas em infectologia.

— Não há hoje segurança de que a pessoa pode retornar depois de cinco dias sem estar transmitindo, tanto que a orientação do Ministério da Saúde é de que do sexto ao décimo dia se siga adotando medidas como o uso de máscara bem ajustada ao rosto. A base dessa mudança é a necessidade econômica. Mas esse retorno antecipado pode se tornar um risco para o restante dos trabalhadores, porque pessoas assintomáticas também transmitem — analisa Priscila.

Integrante do grupo de trabalho nacional montado pelo MPT para estudar respostas aos riscos da pandemia, a procuradora avalia que uma redução no tempo de isolamento deveria ocorrer aliada a uma política de controle efetiva, com testagem adequada e atestado médico pós-contaminação, assegurando que não ha sintomas respiratórios que justifiquem a manutenção do afastamento. Como isso não costuma ocorrer, a orientação aos empregadores é de que respeitem os períodos estabelecidos nas portarias, de 14 dias.

— Recomendamos que se preserve o período hoje em vigor e caso o empregado apresente atestados médicos com previsão de afastamento por um tempo inferior, que a empresa complemente o período, para que não haja transmissão durante o trabalho. Não podemos esquecer que reduzir o tempo de isolamento pode repercutir em afastamentos posteriores de outros trabalhadores contaminados — adverte Priscila.

Advogado trabalhista e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Gilberto Stürmer afirma que, do ponto de vista trabalhista, nada muda com o anúncio do Ministério da Saúde – conforme o docente, o tempo de afastamento seguirá sendo determinado pelo médico.

— Tanto para covid-19 quanto gripe ou outro tipo de doença, o trabalhador precisa consultar um médico e receber uma declaração dele dizendo que ele precisa se afastar por X dias. A orientação do Ministério da Saúde e as diretrizes trabalhistas legais são duas coisas diferentes — resume Stürmer.

No caso da covid-19, muitas empresas dispensam a apresentação de atestado médico para o afastamento, a fim de evitar a circulação do indivíduo e contaminação de terceiros. De acordo com o advogado, é questão de bom-senso. (Gaúcha ZH)

 

 


Leite UHT Santa Clara ganham novas embalagens

Às vésperas de comemorar 110 anos de história, a Cooperativa Santa Clara renova suas embalagens de leites UHT. Acompanhando as tendências do mercado, o produto passa a ser acondicionado em embalagens com o design clean, visual agradável, leve e elegante seguindo o conceito minimalista no qual menos é mais.
Atualmente, a industrialização do leite UHT está centralizada na Laticínios localizada em Casca/RS, inaugurada pela Cooperativa em 2019. A matéria-prima é proveniente de 2.505 produtores associados de 135 municípios gaúchos.
Nas versões Integral, Semidesnatado e Desnatado, os Leites Santa Clara podem ser encontrados em diversos pontos de venda no País. A marca fechou o ano de 2021 como o maior share de mercado em volume de leite no Rio Grande do Sul. Além disso, foi eleita a Melhor Fornecedora de Leites pelo no Carrinho Agas 2021, prêmio promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). (Assessoria de Imprensa Santa Clara)


Jogo Rápido 

Emergência em 200 municípios
As prefeituras de Bento Gonçalves, Farroupilha, Cachoeira do Sul e Protásio Alves anunciaram ter decretado situação de emergência por estiagem, ontem. A razão apontada são prejuízos na produção agropecuária, que vão de R$ 13 milhões em Protásio Alves, a R$ 302 milhões em Cachoeira do Sul. Os quatro municípios se somarão aos 200 que, segundo a Defesa Civil, já adotaram a mesma medida. Nos municípios serranos, a preocupação maior é com a fruticultura, milho e produção de leite. Em Cachoeira do Sul, é com soja, arroz e milho. (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 11 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.574


RS estima perda de R$ 20 bi com seca

As perdas financeiras nas lavouras de soja e milho causadas pela estiagem no Rio Grande do Sul podem chegar a R$ 19,8 bilhões. A estimativa é da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) e leva em conta o Valor Bruto da Produção (VBP) na temporada 2021/22.

Na soja, estima-se que os produtores deixarão de comercializar o equivalente a R$ 14,4 bilhões. Para as lavouras de milho, a estimativa é de R$ 5,41 bilhões.

O cálculo levou em consideração a expectativa inicial de produção informada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de perdas divulgado pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) e pela FecoAgro/RS e o preço médio recebido pelos produtores de soja e milho do Estado nos primeiros dias deste ano.

Na semana passada, a FecoAgro/RS divulgou dados mostrando que a quebra de safra no milho sequeiro estava em 59,2% e em 13,5% no irrigado. Na soja, a estimativa de perdas ficou em 24%. De acordo com o cálculo inicial do IBGE, a produção de soja no Rio Grande do Sul será de 20,9 milhões de toneladas e a de milho, de 6,09 milhões de toneladas.

E o “clima extremo” deve persistir no Estado. Para os próximos dias, a previsão do tempo indica que haverá uma forte onda de calor na Argentina, no Uruguai e no Rio Grande do Sul, de acordo com a Metsul Meteorologia. No Estado, as temperaturas poderão se aproximar ou até passar de 43ºC, o que, caso se confirme, seria um novo recorde absoluto. A maior temperatura no Estado até hoje foi 42,6ºC, registrada nos municípios de Alegrete e Jaguarão nos anos de 1917 e 1943, respectivamente. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint)


Armazenamento de água gera bons resultados para agricultores de Teutônia

Em tempos de estiagem praticamente não há outro assunto no meio rural que não seja a necessidade de ampliar os sistemas de reservação de água nas propriedades, para que estes possam, justamente, compensar a escassez em períodos de seca. Atenta a isso, a Emater/RS-Ascar, que atua em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado, tem auxiliado os agricultores no acesso não apenas a políticas públicas e a projetos de crédito, mas também a tecnologias que possam contribuir nesse sentido.

E quando se fala em tecnologias não se está referindo a algo necessariamente complexo. Muitas vezes são iniciativas relativamente simples, que partem de bons projetos da Emater/RS-Ascar, em parceria com prefeituras e empresas da iniciativa privada. É este o caso da família Jacobs, da Linha São Jacó, em Teutônia. Bovinocultores de leite e suinocultores, os Jacobs necessitam, diariamente, de cerca de 40 mil litros de água por dia para conseguir dar conta das demandas da produção.

Somente em área cultivada são 32 hectares plantados com milho em rotação com soja, além de pasto de tífton e jiggs – sendo boa parte do plantio destinado à alimentação do rebanho de mais de 120 animais, fora os 500 suínos. “Nesses dias extremamente secos, chegou a deixar o sistema de irrigação da lavoura ligado por cerca de seis horas seguidas”, salienta Osmar Jacobs. Aos 70 anos e com quase 50 anos de experiência como agricultor, seu Osmar mantém a tranquilidade ao explicar a importância de um olhar mais atento para os recursos naturais e para aquilo que há à disposição na terra.

Sempre aberto a conhecer novas ferramentas tecnológicas que possam fazer com que sua lavoura evolua, o agricultor conta a história que originou o debate sobre a importância de guardar a água que, muitas vezes, cai em abundância no meio do ano. Foi numa viagem para conhecer uma estação experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Eldorado do Sul, no ano de 2012”, relata. Aquele foi um ano de muita seca, por sinal, e a lavoura daquela unidade estava com ótima sanidade, relembra o extensionista da Emater/RS-Ascar, Michael da Silva Serpa.

Depois dessa visita, seu Osmar procurou a Emater/RS-Ascar para realizar um trabalho que viria a proteger uma fonte existente na propriedade e que mais adiante abasteceria boa parte do microaçude de pouco mais de um hectare do local. Na visita à experiência ficamos fascinados com a possibilidade de evoluir em produtividade, recorda o agricultor, que comenta que as iniciativas da família fizeram o rendimento do milho saltar de cem sacos por hectare para mais de 200 sacos na mesma área. Fora o fato de, assim, termos a garantia da qualidade, já que não há a necessidade de adquirir alimento de terceiros, analisa.

Na visão de Serpa, a família Jacobs foi estratégica ao apostar a sua capacidade de investimento em linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que possibilitam acesso a sistemas de irrigação. Talvez eles pudessem, à época, ter comprado mais terras que ampliaram a área plantada, avalia o extensionista. Mas sem acesso à água ou uma atenção para esse tipo de necessidade, onde a família chegaria?, pondera. O resultado de tudo isso pode ser observado também na consolidação da própria agroindústria de queijos, que conta com o apoio dos filhos Samuel e Jackson. É a qualidade do nosso leite chegando diretamente ao consumidor, lembra seu Osmar.

O gerente regional da Emater/RS-Ascar, Cristiano Laste, lembra que o Governo do Estado está empenhado em destinar políticas públicas a este setor só o Irriga + RS destinará mais de R$ 200 milhões em projetos de reservação da água e qualificação da irrigação - e que, além dessas, iniciativas de menor complexidade, como reservação de fontes ou construção de cisternas, podem ser acessadas diretamente na Emater/RS-Ascar, de forma mais rápida. Conservar a água, preservando-a, utilizando-a de forma racional e sustentável também é uma das metas da Instituição, finaliza. (Emater/RS)

 

Balanço Tributário de 2021: O protagonismo do STF

A definição da carga tributária é consequência de atos produzidos pelos três poderes. O protagonismo é sempre do Legislativo, decorrência do princípio da legalidade previsto na Constituição Federal. O Executivo também possui relevante função nessa engrenagem, tanto na elaboração quanto na sanção (ou veto) de propostas de alteração do ordenamento jurídico. O Judiciário corre por fora, seja por interferir na aplicação das leis previamente aprovadas, seja porque, ao exercer o importante papel de proteção da Constituição, funciona como legislador negativo, expulsando do sistema normas inconstitucionais.

O ano de 2021 foi marcado por muitos debates e nenhum avanço da reforma tributária no âmbito dos poderes Executivo e Legislativo. Chegou-se, ao final do ano, com cinco propostas mais ou menos analisadas e debatidas: a PEC 45/19, a PEC 110/19 (e seu substitutivo), o PL 3887/20 e o PL 2337/21 (sem dúvida, o pior de todos). A quantidade de distintas iniciativas fala por si e retrata o lamentável quadro de indeterminação vivido.

Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal proferiu decisões que materializaram, talvez, uma das maiores alterações promovidas no sistema tributário brasileiro. Em uma delas, encerrou julgamento no qual definiu o conceito constitucional de receita bruta, espinha dorsal dos tributos federais. Em outra decisão, mais recente, reconheceu que a alíquota de ICMS incidente sobre a energia elétrica e as telecomunicações não pode ser superior à alíquota geral aplicada pelos Estados. Essa decisão atinge em cheio os cofres fazendários estaduais e, por esse motivo, valerá a partir de 2024.

No enredo político brasileiro de 2021, marcado pela inércia legislativa no aprimoramento do sistema tributário, o Poder Judiciário assumiu o protagonismo e não só dirimiu controvérsias sobre eixos tributários centrais como, ao que parece, encaminhou o país para uma inevitável reforma tributária, empurrada pelos Estados, que perderão arrecadação significativa a partir de 2024. (Zero Hora, por Rafael Pandolfo - Advogado, doutor em direito tributário - Advogado, doutor em direito tributário)


Jogo Rápido 

Seapdr fará mutirão de licitações
A titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Silvana Covatti, aguarda a liberação, pela Secretaria da Fazenda, do Orçamento Estadual de 2022 para dar andamento aos processos de aplicação de verbas em ações de enfrentamento à estiagem, que já levou 175 municípios gaúchos a decretarem situação de emergência. A essa lista serão acrescentados os decretos de Uruguaiana, Rolante e Westfália, já emitidos, mas que a Defesa Civil não havia recebido até a tarde de ontem. Silvana afirma que tão logo sejam disponibilizados os recursos do Programa Avançar Agropecuária, de R$ 279 milhões, a pasta fará um mutirão para encaminhamento de licitações destinadas à perfuração de poços, construção de microaçudes e compra de cisternas. “Reforçamos que os municípios façam seus decretos de emergência para ter acesso à ajuda”, destacou a secretária. (Correio do Povo)