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07/02/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.592


Sindilat apoia evento sobre rentabilidade na produção de leite
 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) é um dos apoiadores do MilkPoint Experts: Feras da Rentabilidade, que será realizado entre os dias 14 de março e 18 de abril. O evento, promovido pelo portal MilkPoint, contará com palestras sobre qualidade do leite, produção de alimentos, índices zootécnicos, reprodução, genética, cria e recria, conforto e bem-estar, sempre enfatizando como cada um desses pontos influenciam no retorno financeiro das propriedades.
 
Ao todo, serão seis encontros on-line semanais com grandes nomes do setor e produtores. Os painéis debaterão os temas com uma abordagem exclusiva e voltada ao alcance da rentabilidade. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entende que o conteúdo é de extrema valia, uma vez que propriedades mais lucrativas são reflexos de ações efetivas e inovadoras dentro das porteiras. “Consideramos esse evento muito importante porque, a partir dele, o produtor poderá entender e visualizar de forma clara os pontos que precisa aprimorar e aqueles em que está acertando”, destacou, ressaltando que o sindicato preza por parcerias como essa junto a MilkPoint.  
 
Associados do Sindilat contam com 30% de desconto na inscrição. Além disso, a entidade irá sortear cinco ingressos. Para participar do sorteio, é necessário responder ao e-mail que será enviado em breve a todas as empresas associadas, ou clicar aqui. 
 
A programação completa e demais informações podem ser conferidas no site do evento.
 
14 de março
Painel 1: Índices de produtividade técnica e eficiência econômica x rentabilidade
21 de março
Painel 2: Reprodução, genética e rentabilidade
28 de março
Painel 3: Produção de alimentos x rentabilidade
04 de abril
Painel 4: Qualidade do leite x rentabilidade
11 de abril
Painel 5: Conforto, bem-estar x rentabilidade
18 de abril
 Painel 6: Criação de bezerras e novilhas x rentabilidade 

Balança comercial de lácteos: cenário positivo para o saldo segue vigente 
 
Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (04/02) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -51 milhões de litros em equivalente-leite no mês de janeiro, um aumento de 20 milhões, ou aproximadamente 28% em comparação ao mês anterior.
 
Comparando com o mesmo período do ano passado (jan/2020), o saldo foi ainda menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -142 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 64%.
 
Esse resultado é o menos negativo desde 2016 para o mês, quando teve um saldo de -48 milhões de litros, e representa o terceiro mês consecutivo de aumento. 
 
No mês de janeiro as exportações tiveram um aumento de aproximadamente 52% em relação ao mês de dezembro, com um acréscimo de 5,0 milhões de litros no volume exportado. Comparando com 2020, as exportações também foram maiores este ano, com um aumento de 7,2 milhões de litros, representando um acréscimo de aproximadamente 96% no volume exportado, ou seja, no mês de janeiro deste ano foi exportado quase o dobro do volume comparando-se com o mesmo período do ano de 2021.
 
Do lado das importações, o mês de janeiro apresentou diminuição de 15,3 milhões de litros no volume negociado, um valor aproximadamente 19% inferior ao mês de dezembro. Analisando o mesmo período de 2020, nota-se uma diminuição expressiva entre os volumes importados; em 2020, 149,1 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2021 esse valor teve um recuo de aproximadamente 56%, totalizando 83,6 milhões de litros.
 
Essa diminuição nos volumes importados e aumento nas exportações acarretou um saldo mais favorável para o mês de dezembro na balança comercial de lácteos. O resultado é o menos negativo desde o ano de 2016 para o período. Quando comparado com o ano de 2021 a diminuição drástica nos volumes importados gerou a disparidade dos valores dos saldos.
 
O menor volume de importações é consequência dos altos preços internacionais dos lácteos e da elevada taxa de câmbio (R$/dólar), observados nos últimos meses, conforme relatado no artigo publicado pela MilkPoint “GDT: preços internacionais de lácteos atingem maior valor desde 2014!”.
 
Dessa forma, o mercado brasileiro se viu em um cenário com baixa competitividade das importações, conforme demonstra o gráfico 4. Associada a uma demanda interna fragilizada,  essa dinâmica levou à diminuição do volume importado pelo Brasil.
 
Com relação ao câmbio, mesmo com uma leve desvalorização do dólar frente ao real nas últimas semanas de janeiro, a elevação dos preços internacionais praticamente anulou este efeito e manteve a competitividade dos importados baixa.
 
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em janeiro, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 79% do volume total importado. O leite em pó integral teve uma diminuição de 2% em seu volume importado.
 
Os produtos que tiveram maior variação com relação à importação foram a manteiga, com um recuo de 69%, os iogurtes com um recuo de 55% e o leite em pó desnatado, com um recuo de 26%. O doce de leite, apesar de não representar um grande volume importado no total, apresentou recuo de 70% com relação a dezembro.
 
Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite em pó integral, o leite condensado, o leite UHT, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 87% da pauta exportadora. Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de dezembro foram o leite em pó integral e o soro de leite que tiveram aumento de 1.477% e 717%, respectivamente.
 


 
O que podemos esperar para o próximo mês?
 
Conforme analisado em janeiro no artigo “Balança comercial de lácteos: exportações crescem e importações diminuem” o saldo da balança comercial de lácteos de janeiro foi realmente impactado pela dinâmica do câmbio e preços internacionais e observou-se no período as exportações se sustentando e um baixo volume importado.
 
Conforme demonstrado no gráfico 4. a competitividade dos produtos importados segue baixa, e por consequência as importações permanecem desestimuladas. Mesmo com um recuo do dólar frente ao real, os preços internacionais beirando a valores históricos de alta não mudaram este cenário que vem se estabelecendo há alguns meses.
 
O cenário de menor oferta mundial deve prevalecer para os próximos meses, refletindo nos valores praticados no mercado global. Dessa forma, os preços internacionais tendem a se manter altos, pelo menos em curto prazo, não alterando essa dinâmica e mantendo as importações não atrativas no país.
 
Por outro lado, esta mesma relação dos preços internacionais elevados reflete em uma maior competitividade dos produtos brasileiros em outros mercados, estimulando as operações de exportações, elevando os volumes destinados a esta negociação. Portanto, para os próximos meses o cenário deve se manter e o volume de exportações pode apresentar melhoras. (Milkpoint)





Seca e incêndios em Corrientes: são mais de 300 mil hectares afetados e denunciam a falta de ajuda do governo nacional
 
Claudio Anselmo, Ministro da Produção de Corrientes, disse que eles pediram colaboração e recursos da pasta do Meio Ambiente, a cargo de Juan Cabandié: "Eles nos disseram que não havia recursos", disse o responsável provincial. A opinião dos produtores
 
A seca e os incêndios continuam na província de Corrientes. São quase 335 mil hectares afetados pela situação, com prejuízos milionários para a pecuária, arrozais prestes a serem colhidos, estabelecimentos florestais, fazendas dedicadas à produção de cítricos, erva-mate e chá.Exige-se maior ajuda do Estado para lidar com uma situação cada vez mais dramática. As previsões não são animadoras para o que está por vir.
 
Do governo de Corrientes, a cargo de Gustavo Valdés, confirmaram a falta de assistência do Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Nação, a cargo de Juan Cabandié , além dos contatos que existem com a pasta de Julián Domínguez , seu par da Agricultura, para poder decretar a emergência e o desastre agrícola.
 
Além disso, as autoridades provinciais validaram relatórios feitos pelo Departamento de Recursos Naturais do INTA Corrientes, que indicavam a queima de 335 mil hectares de campos nesta província até 31 de janeiro. Lá, foi registrado o incêndio de 85.000 hectares de Malezales, mais de 115.000 ha. de pastagens, 108 mil ha. de zonas húmidas, estuários e pântanos.
 
A este respeito, Claudio Anselmo , Ministro da Produção de Corrientes, assegurou em declarações radiofónicas que "há 45 dias Corrientes vive uma seca de intensidade invulgar, que gerou incêndios e afetou as cadeias produtivas ligadas à pecuária, silvicultura, arroz, cereais , citricultura, erva-mate e chá, entre outros. A Província está empenhada em trabalhar em conjunto com a Nação”.
 
E acrescentou: “Houve uma comunicação telefônica entre Julián Domínguez e o governador Gustavo Valdés, que é importante para resolver problemas angustiantes. No caso da pasta a cargo de Juan Cabandié, em 13 de janeiro, tive uma reunião com a chefe de gabinete de seu ministério, María Soledad Cantero, pois o ministro não pôde comparecer por ter Covid: lá solicitamos colaboração, quatro hidrantes, avião de vigia e equipamentos para bombeiros. Eles nunca nos responderam formalmente e apenas nos disseram que não havia recursos.”
 
Perante este panorama, o Ministro da Produção de Corrientes afirmou que “ a província tomou a decisão de contratar com fundos próprios três aviões hidrantes que operam a partir de diferentes bases. Havia um avião hidrante nacional para toda a Mesopotâmia e, desde dezembro de 2021, fez oito intervenções a pedido da província”.
 
O decreto de emergência deverá ser publicado em breve com a assinatura do governador Valdés para ser apresentado com urgência à Nação. E também procurará acelerar a promoção de uma linha de créditos subsidiados para produtores afetados por meio do Banco de Corrientes no valor de 200 milhões de pesos. As que serão seguidas da montagem de outros créditos com recursos nacionais, provinciais e municipais.
 
Produtores se opõem à desatenção da Nação
 
Francisco Velar , diretor da Sociedade Rural Argentina em Corrientes e Misiones, comentou a situação "dramática" da produção agrícola em ambas as províncias. “As chuvas têm sido escassas e o fogo continua com grande magnitude. Isso é demonstrado pelo último relatório do INTA. O que é alarmante é que isso ainda está em processo. O desastre não acabou e continua. As previsões oferecem chuva apenas para meados de março ou início de abril."
 
“Em relação à resposta oficial –disse Velar-, diante da catástrofe e do drama, sempre se espera mais e mais diante das muitas perdas dos produtores. A província está acompanhando, há reuniões com os produtores e dado o baixo orçamento, houve a intenção de ajudar o governo provincial. No entanto, vimos com grande dor a notável ausência das autoridades nacionais. O manejo do fogo por meio de uma lei nacional é de competência exclusiva do ministro do Meio Ambiente, Juan Cabandié, e até agora ele não veio visitar a província. Nem Julián Domínguez, embora mantivesse contatos com o governador.
 
Eduardo Fernández Capurro , produtor com campos em Saladas, a 100 quilômetros de Corrientes Capital, sem perder animais, deve ter lamentado a queima de 90% de seu campo. “Para fevereiro, a previsão deixa um clima seco, com temperaturas altas. Tudo indica que a seca continua. O que aconteceu com o fogo é como o que acontece com o omicron, acreditamos que não chegará até nós e mesmo assim acaba nos atacando. Uma situação que não podíamos parar com nada. Quando olhamos as imagens de satélite, vemos que toda a província de Corrientes está sendo atacada por incêndios", disse.
 
“Os incêndios eram imparáveis ​​em toda a província. Os bombeiros com poucos recursos e muita vontade, adotados como prioritários, cobrem as casas e galpões, o resto deixaram para queimar. Os produtores sabem que temos que seguir em frente. Não podemos depender do Estado, pois estamos falando de um estado sem recursos, que não poderá nos ajudar. Todo mundo sabe disso", acrescentou.
 
Também Martín Rapetti, produtor de Corrientes e diretor das Confederações Rurais Argentinas (CRA), afirmou que “hoje a seca saiu desse cenário''. A água não falta apenas para as pastagens, que é necessária para os animais. Os riachos, os rios, as lagoas e até as barragens de arroz estão secas. Além disso, os níveis do lençol freático baixaram e ainda há poços para atingir um terceiro nível do lençol freático. Temos que esperar que chova." (INFOBAE - Tradução livre Sindilat)

Jogo Rápido 

Senador pede linhas de crédito 
O senador Lasier Martins (Podemos-RS) protocolou indicação do Senado para que o Conselho Monetário Nacional (CMN) viabilize abertura de linhas de crédito rural para investimentos e custeio de pequenos produtores de leite, demanda discutida em reunião com a Famurs. A abertura de linhas de crédito para o setor está prevista na Lei Federal 14.275/2021, que prevê ações emergenciais de amparo à agricultura familiar. (Correio do Povo)

 

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