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01/02/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.587


Estiagem amplia crise da área leiteira do RS

Produção das vacas cai por causa das pastagens secas e criador considera preço que recebe insuficiente para cobrir custos

A estiagem que assola o Estado desde novembro preocupa a pecuária leiteira. Além de ter comprometido o desenvolvimento das pastagens, a falta de água devastou as plantações de milho, dificultando a estocagem de silagem para a alimentação das vacas. A produção caiu, os custos subiram e o preço pago pelo leite é considerado baixo para fazer frente às dificuldades do setor.

De acordo com o boletim divulgado na terça-feira passada (24) pela Emater/Ascar-RS, a estiagem reduziu em 2,2 milhões de litros a produção diária de leite no Estado, com uma perda média de 82,5 litros por propriedade. Os danos da seca podem ser verificados não apenas nas pastagens anuais de verão, mas também nas perenes, que são mais resistentes à falta de água, segundo o gerente técnico da Emater, Jaime Ries. “Associado a isso, há o efeito do estresse calórico, que contribui para que o animal consuma menos”, explica.

O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Marcos Tang, diz que, na falta de pasto e milho, os produtores recorrem a alternativas inusitadas, como bagaço de uva e laranja, e à suplementação alimentar para manter as vacas. Essas medidas, porém, acabam impactando a produtividade. “A maioria pega esse milho raquítico (afetado pela seca) e guarda no silo para ter alguma coisa”, constata Tang. O pecuarista lembra que, no Rio Grande do Sul, a base da nutrição dos animais é silagem de milho. “E nós não produzimos o suficiente desde a safra 2019/2020”, recorda.

Segundo o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Eugênio Zanetti, em alguns municípios do Médio e Alto Uruguai, como Alpestre, a produção de leite caiu 50%. “Temos um preço médio de R$ 1,80 a R$ 1,90 para o litro, e o quilo da ração custa de R$ 2,50 a R$ 2,80”, compara. Sem comida para os animais e pressionados pelos custos, muitos pecuaristas abandonam a atividade. “Esse movimento está se acentuando (com a estiagem) e não atinge só o pequeno (produtor); o médio e o grande também estão desistindo”, diz.

A indústria também sente o efeito da seca. As empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS), que captam em torno de 85% da produção de leite no Estado, recebem nesta época de 11 milhões a 11,5 milhões de litros diários de leite. Nas empresas monitoradas, estima-se uma queda de 1 milhão de litros por dia nos volumes recebidos dos produtores, segundo o secretário executivo da entidade, Darlan Palharini. (Correio do Povo)

GDT - Global Dairy Trade 



Fonte: Global Dairy Trade - Adaptado Sindilat/RS





Geraldo Sandri assume diretoria de Administração e Finanças da Piá 

Após passagens pela gerência do Banco do Brasil e pela presidência da Emater/RS-Ascar, Geraldo Sandri assume a diretoria de Administração e Finanças da Piá.  

O executivo pretende utilizar a expertise adquirida durante sua carreira na Cooperativa de Nova Petrópolis. “Quero usar meu know-how na geração de resultados positivos à Piá, que é uma referência no setor lácteo, no mercado e também no desenvolvimento da região”, explica.  

Sandri informa que a empresa já está realizando um planejamento para os próximos cinco anos, consultoria interna, auditoria com alinhamento técnico com a diretoria, reavaliação da parte administrativa e do mix de produtos, além de trabalho com ferramentas de Gestão e Governança Corporativa. “O objetivo é fortalecer a marca fantástica que é a Piá, um patrimônio de Nova Petrópolis e de todo o Estado”.  

O executivo destaca que 2020 e 2021 foram anos difíceis para todo o setor lácteo por causa da pandemia da Covid. “Entre as dificuldades enfrentadas pela indústria estão o aumento de custos, margens operacionais  apertadas, sendo que determinados produtos estão sendo trabalhados com prejuízo na hora de repassar para o varejo. Estes e outros fatores trouxeram dificuldades grandes para o fluxo de caixa das empresas em geral”, diz. 

Sandri destaca também os custos elevados para o produtor rural, que vem sofrendo com a estiagem, redução da quantidade de leite gerada no campo, alta dos preços do milho e do farelo de soja, entre outros. “Alguns conseguem realizar investimentos em tecnologia, novas técnicas de manejo no campo para aumentar a produção e escala, visando melhorar o resultado para a família do meio rural. Outros não conseguem investir e acabam deixando a propriedade”, lamenta.  

Com positivismo, o executivo afirma que, para vencer os desafios, é preciso coragem, conhecimento e técnica. “A Piá é referência, seus produtos são reconhecidos no mercado pela excelência e a marca tem muita força”, explica, e completa: “Estou à disposição das lideranças da região, da comunidade e dos produtores para interações. Eu estou 100% engajado em trabalhar por resultados na Piá. E o resultado virá para todos!”.  
 
Geraldo Sandri é formado em Administração pela Universidade de Caxias do Sul - UCS, com pós-graduação em Administração Financeira também pela UCS, mestrado em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e MBA em Gestão Empresarial em Agronegócios pela Unijuí. (Cooperativa Piá)

Jogo Rápido 

País tem saldo com 2,7 milhões de admissões
Após o fechamento de 191.455 vagas em 2020 (dado revisado ontem pelo governo federal), o mercado de trabalho formal no Brasil registrou saldo positivo de 2.730.597 carteiras assinadas em 2021, de acordo com o Caged. O resultado do ano passado decorreu de 20.699.802 admissões e 17.969.205 demissões. O desempenho anual foi puxado pelo setor de serviços, com a criação de 1.226.026 postos formais em 2021, seguido pelo comércio, que abriu 643.754 vagas. Já a construção civil gerou 244.755 vagas no ano, enquanto houve um saldo de 475.141 contratações na indústria geral. Na agropecuária foram abertas 140.927 vagas em 2021. Como é comum para os meses de dezembro, o mercado de trabalho formal registrou saldo negativo de 265.811 vagas no mês passado. Apenas duas unidades federativas apresentaram saldos positivos no último mês de 2021: Alagoas (615 postos de trabalho) e Paraíba (61 postos). (Zero Hora)

 

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