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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.922


Balança comercial de lácteos: importações voltam a crescer em maio - Parte 02 de 02

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de abril e março deste ano.
 
Tabela 1. Balança comercial láctea em maio de 2023.

Tabela 2. Balança comercial láctea em abril de 2023.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

O que podemos esperar para o próximo mês?

Diferentemente do que era esperado no início de 2023, por conta das dificuldades climáticas causadas pela La Ninã, a produção de leite na Argentina (principal fornecedor das importações brasileiras) encerrou o mês de abril com uma variação anual positiva, deixando o resultado da produção no país nos primeiros quatro meses do ano praticamente em linha com o observado em 2022 no mesmo período.

Dessa forma, um dos principais fatores que impulsionava a expectativa de queda nas importações neste ano não se concretizou, permitindo esse aumento observado no mês de maio.

Portanto, para os próximos meses, ainda é esperada uma variação mensal negativa nas importações por conta da oferta interna que deve começar a aumentar com o fim da entressafra do leite, principalmente na região Sul (maior região produtora atualmente e que possui sua entressafra antecipada em relação às demais regiões). Porém, com o resultado visto na produção argentina até o momento, as importações devem encerrar o 1º semestre do ano ainda em alta quando comparado com 2022, com o resultado do 2º semestre ficando próximo do que foi visto no ano anterior.

Além disso, é preciso salientar que os preços internacionais ainda seguem competitivos frente aos preços praticados no mercado interno, mesmo com as recentes desvalorizações observadas nos principais derivados lácteos brasileiros desde a segunda quinzena de abril.

Já para as exportações, ainda não há evidências de uma abertura significativa de janela exportadora para o mercado brasileiro, dessa forma é esperado que o volume exportado se mantenha em linha com o observado recentemente. (Milkpoint)


Quem são os maiores consumidores de lácteos?

Mulheres são as maiores consumidoras de iogurte, enquanto os homens na faixa de 70 anos ou mais são os que mais bebem leite. Essas são algumas conclusões do estudo aqui apresentado.De acordo com os dados preliminares do Censo Demográfico/IBGE, de 2022, o Brasil tem cerca de 208 milhões de habitantes. Isso significa que o setor de leite e derivados tenha cerca de 208 milhões de possíveis consumidores, que diferem em credo, gênero, raça, idade, cultura etc. Além disso, esses consumidores estão cada vez mais informados o que faz com que sejam criteriosos nas suas escolhas alimentares num cenário de constantes oscilações econômicas. Portanto, pode-se afirmar que está cada vez mais difícil vender leite e derivados no Brasil e atender às necessidades desses consumidores. Diante disso, torna-se fundamental conhecer o mercado se a proposta é atender de forma adequada e eficiente às demandas desse público.

Estudos anteriores da Embrapa Gado de Leite, em parceria com a UFJF-Universidade Federal de 
Juiz de Fora, identificaram características específicas dos consumidores de leite e derivados no país. 

Nesse âmbito, as principais constatações das pesquisas foram:

• Quando se considera o total de lácteos, as crianças e adolescentes se destacam como os maiores consumidores
• Crianças e adolescentes são também os maiores consumidores de bebidas lácteas e 
leite fluido
• O consumo de queijos aumenta com o avanço da idade dos consumidores 
• Não há diferença significativa de consumo total de lácteos entre os gêneros
• Regiões de maior renda média têm maior consumo de leite e derivados

No entanto, seguindo a abordagem do marketing, são aqui analisadas as personas do leite brasileiro. 

Persona é a caracterização ou definição do perfil do consumidor ideal, ou seja, do maior consumidor de determinado produto. Para isso, foram empregados os microdados da mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. Essa pesquisa de consumo é realizada por meio do preenchimento de diários alimentares por parte de amostra significativa da população brasileira com mais de 10 anos. 

A tabela 1 apresenta a definição da persona de queijos, iogurte e leite. 

PESSOAS QUE CONHECEM A PRODUÇÃO DE LEITE SÃO OS MAIORES CONSUMIDORES

Para o leite, o modelo empregado utilizou apenas dados de consumo de leite puro, uma vez que o leite consumido combinado com outros alimentos é considerado em outra categoria na POF. As variáveis significativas no modelo de definição da persona foram: gênero, geração, classe de renda e local de moradia (zona urbana ou rural). Já as variáveis escolaridade, localização geográfica e raça não foram significativas e, portanto, foram retiradas da análise.

O modelo revelou que os homens da chamada geração ‘Silenciosa’, ou seja, aqueles nascidos antes de 1945, pertencentes à classe AB e residentes na zona rural, são os maiores consumidores de leite. 

Não se pode afirmar que sejam produtores de leite, mas são grandes fazendeiros, visto que vivem no meio rural e dispõem de renda elevada. Assim, esse resultado mostra que as pessoas que conhecem a produção de leite e, muito provavelmente, os benefícios do produto, são os seus maiores consumidores. 

Essa informação é relevante para posicionamento de mercado e orientação de campanhas de marketing do setor.

A persona do iogurte é mulher da geração Y (nascida entre 1981 e 1995), da classe AB e residente em zona urbana, o que indica perfil bem diferente da persona do leite. Quando se analisa cada variável individualmente, observa-se que o fato de ser mulher influencia muito o consumo de iogurte. As mulheres consomem, em média, 3,7 kg de iogurte por ano, enquanto os homens ingerem 2, 4 kg, ou seja, diferença de mais de 50% no consumo. Esse resultado está alinhado com trabalhos científicos que mostram que as mulheres tendem a buscar mais produtos com apelo de saudabilidade.

Outra variável que tem forte impacto no consumo de iogurte é a renda. Brasileiros da classe AB ingerem quase duas vezes mais iogurte que aqueles da classe C e mais de três vezes o consumo da classe DE.

No caso dos queijos, os maiores consumidores são do sexo masculino, pertencem à geração Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1960), classe AB e residem na zona rural. Nesse sentido, o maior consumidor de queijo se assemelha muito ao maior consumidor de leite, com exceção da geração a que pertencem. Na realidade, quando se refere ao consumo, estas duas gerações (Silenciosa e Baby Boomers) refletem indivíduos mais maduros, em muitos casos aposentados, com estabilidade financeira.

Dessa forma, essa análise dos maiores consumidores evidenciou que diferentes produtos lácteos 
apresentam diferentes personas, o que deve ser entendido e trabalhado no marketing do setor de forma a ampliar cada vez mais o consumo desses produtos.

Fonte: Kennya B. Siqueira, pesquisadora da Embrapa Gado de Leite; João Pedro Junqueira Schettino, mestrando em Modelagem da Universidade Federal de Juiz de Fora; Marcel de Toledo Vieira, professor de Estatística da Universidade Federal de Juiz de Fora; Ygor Martins Guimarães, estudante de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Juiz de Fora. Via Anuário do Leite 2023 - EMBRAPA

Seminário debate impactos da reforma tributária nesta quinta e sexta-feira

O Instituto de Estudos Tributários (IET) promoverá, nesta quinta e sexta-feira (15 e 16/6), um seminário para debater a reforma tributária. O evento será realizado de forma híbrida, sendo o presencial no Auditório Bill Hewllett da TECNOPUC (Avenida Ipiranga, 6681 - Prédio 99 A - térreo). A iniciativa visa aprofundar e esclarecer o processo a partir de temas apresentados por especialistas da área.  

Ainda serão abordadas pautas como a viabilidade constitucional das propostas em curso, as repercussões contábeis e os impactos nos diferentes setores, inclusive no agronegócio. 

Segundo o coordenador do seminário Arthur Ferreira, o intuito é debater a proposta que está em vias de ser levada à votação no Congresso Nacional, tendo em vista a profunda alteração que a mesma provocará no Sistema Tributário Brasileiro, caso aprovada. “Especialmente em razão dos riscos de oneração de determinados setores econômicos que sofrerão aumento de carga tributária - inclusive o setor agro-, bem como os riscos de abalos na nossa federação”, acrescenta. 

O valor da inscrição presencial para associados IET, IBDT, ABRADT, SESCON e CDEA é de R$ 360. Alunos da pós IET são isentos da taxa. Para estudantes de graduação o investimento é de R$ 280, de pós-graduação R$ 420 e demais profissionais de R$ 480. Na modalidade on-line, a taxa é de R$ 120 para IET, IBDT, ABRADT, SESCON e CDEA; de R$ 80 para alunos da graduação; R$ 160 pós-graduação; e R$ 240 para demais profissionais. As vagas são limitadas. As inscrições devem ser realizadas clicando aqui.  (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Inscrições para a etapa final do 2º Prêmio Referência Leiteira vão até o dia 30 de junho
As inscrições para a segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira se encerram no dia 30 de junho. O mérito tem como objetivo reconhecer o trabalho realizado por produtores que estão vinculados à indústria de laticínios do Rio Grande do Sul. Para participar, é necessário enviar o material de apresentação por e-mail para jries@emater.tche.br ou sindilat@sindilat.com.br. Os cases serão reconhecidos em seis categorias, sendo elas Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Os vencedores receberão um troféu, certificado e um notebook. A revelação dos resultados e a entrega dos prêmios acontecerão durante a Expointer que, neste ano, ocorre de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A iniciativa é promovida pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), pela Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O regulamento completo e a ficha de inscrição estão disponíveis no site do Sindilat.  (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 13 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.921


Balança comercial de lácteos: importações voltam a crescer em maio – Parte 01 de 02

Após a recuperação no saldo da balança comercial de lácteos obtida no mês de abril, maio encerrou com um novo recuo.

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo obtido no último mês chegou a -195,6 milhões de litros em equivalente-leite, ficando 60 milhões de litros abaixo do resultado do mês anterior, chegando ao segundo menor patamar de 2023, atrás somente do resultado obtido em março, como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações seguiram aumentando no mês de maio e chegaram a um volume total exportado de 7,10 milhões de litros em equivalente-leite, 1,27 milhão de litros acima do mês anterior, sendo esse o maior resultado obtido até o momento em 2023, como mostra o gráfico 2. Porém, o resultado obtido seguiu abaixo do observado em 2022. Em relação ao mês de maio de 2022 houve uma queda de 38% (4,32 milhões de litros em equivalente-leite), enquanto em relação ao total exportado nos primeiros cinco meses do ano, 2023 se encontra 48% abaixo do total exportado no mesmo período de 2022. 

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em relação às importações, o mês de maio encerrou obtendo o segundo maior resultado no ano, em cerca de 202,7 milhões de litros em equivalente-leite, ficando 60,8 milhões de litros acima do total importado em abril e somente 452 mil litros abaixo do mês que possui o maior resultado de 2023 até o momento, março. Quando comparado com o resultado de maio de 2022, o aumento obtido também foi muito significativo, em 217,1% (138,8 milhões de litros), como pode ser observado no gráfico 3. 

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Um dos fatores relacionados a esse forte aumento nas importações no último mês é a queda na oferta brasileira, que ocorre sazonalmente devido a entressafra do leite. Além disso, o baixo patamar dos preços internacionais e o real se valorizando frente ao dólar têm mantido os preços dos produtos importados competitivos frente aos nacionais (que passaram por aumento de janeiro até agora).

Sobre as categorias importadas, somente um produto registrou variação mensal negativa, o doce de leite, em cerca de -30%, sendo que no mês de abril, o doce de leite havia sido o único produto a obter variação mensal positiva.

Entre todos os demais produtos, que passaram por acréscimo na importação no último mês, o destaque em variação percentual foi obtido pelos leites modificados, que passaram por um aumento mensal de 464%, chegando ao maior volume importado em um mês em 2023, cerca de 15,15 toneladas.

Enquanto em relação aos produtos de maior representatividade nas importações, o soro de leite também passou por um aumento significativo nas importações de maio, obtendo uma variação mensal de 134%, também atingindo o maior volume importado de 2023 até o momento. E este mesmo resultado mensal recorde para este ano também foi observado no leite em pó integral, que passou por um aumento mensal de 51% (e seguiu sendo o principal produto importado), nas manteigas (+ 104%) e nos queijos totais (+27%).

Nas categorias exportadas, três produtos passaram por variações mensais negativas, sendo eles os leites modificados (-33%), o leite UHT (-26%) e a manteiga (-21%), enquanto os destaques positivos ficaram por conta do leite em pó desnatado, com um pouco mais de 600 quilos sendo exportados, 2.920% acima do exportado em abril/23, e por conta do leite em pó integral, com quase 108 toneladas exportadas, 1.362% acima do mês anterior. O principal produto exportado seguiu sendo o leite condensado, que também passou por variação mensal positiva, em 24%. (Milkpoint)


Anuário do Leite 2023

A Embrapa Gado de Leite, em parceria com a Texto Comunicação, lançam o Anuário Leite 2023. A publicação tem como temática principal, o leite baixo carbono, que se configura como uma demanda da sociedade, mas que também é uma grande oportunidade a ser explorada pelo setor. E o Anuário mostra que já temos muito conhecimento baseado em ciência gerado pela Embrapa e parceiros para respondermos a essa demanda. Além disso, a publicação traz os principais números do setor e análises dos mercados nacional e internacional, bem como outros temas de destaque como leite A2, queijos artesanais e novidades da pesquisa já disponíveis para a cadeia. Para baixar gratuitamente é só acessar o site da Embrapa Gado de Leite, clicando aqui.As informações são da Embrapa

Equipamento torna mais eficiente análise do leite

SondaLeite, desenvolvida pela Embrapa, oferece classificação segura da qualidade do produto captado nas propriedades e detecta o leite “lina” que, mesmo não sendo o padrão, pode ser aproveitado pela indústria

Uma das produções mais tecnificadas e com maior controle de qualidade é a do leite. Há anos, a atividade está submetida a uma série de normativas que aumentaram a segurança em relação à captação, à temperatura e ao trânsito do produto, de forma a garantir um alimento livre de impurezas ao consumidor. Neste âmbito, uma inovação criada pela Embrapa, o SondaLeite se soma ao esforço de sanidade e também oferece à indústria uma ferramenta de melhor aproveitamento das matérias-primas produzidas pelas fazendas. O equipamento, desenvolvido pelas unidades da Embrapa Instrumentação e Clima Temperado, detecta de forma precisa e rápida qual classificação define o leite coletado e levado à análise, se normal, lina (leite instável não ácido) ou ácido.

Atualmente, o teste do álcool é utilizado nas fazendas no momento de carregar o leite cru para os caminhões de transporte que vão levá-lo à indústria. Este exame é responsável por mostrar se o leite pode ser carregado ou não, garantindo que um leite ácido (inútil para o processamento), será descartado. A Embrapa pesquisou a utilização do SondaLeite como um teste alternativo a esse − e que deve entrar em execução nos próximos meses − que identificará composições do leite que podem ser aproveitados pela indústria mesmo que não estejam na categoria normal. Ou seja, a metodologia permite apontar dentro do leite que seria classificado como ácido, uma composição do líquido que pode ser aproveitada. Por meio de ondas luminosas, o equipamento conseguirá detalhar a composição em apenas 25 segundos. 

Segundo a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado Maira Balbinoti Zanela o teste “mede a reflexão de luz em vários comprimentos de onda no leite”, identificando o leite tipo “lina”. Esta alteração na qualidade se dá no desequilíbrio no sistema de produção, com a perda de caseína. No teste do álcool, esta característica define o lina erroneamente como ácido e, portanto, descartável. As pesquisas relacionadas ao lina começaram em 2002, conforme a pesquisadora, mas e o desenvolvimento do SondaLeite teve início em 2019, foi interrompido na pandemia e retomado no final do ano passado, com novos testes de detecção da estabilidade do leite cru. 

O teste do álcool, regulamentado pela Instrução Normativa nº 62, é obrigatório desde 2011. Foi escolhido por ser rápido e confiável para mostrar se o produto está plenamente apto a ser carregado. Contudo, composições de leite como o lina podem ser usados pela indústria, principalmente na alimentação animal ou em outros produtos que passem pelo processo de pasteurização.

Maira Zanela esclarece que o leite cru tem composição muito variável entre as regiões e os rebanhos do Estado do Rio Grande do Sul. Desta forma, neste momento a pesquisa está comparando os resultados obtidos pelo SondaLeite com outros testes semelhantes, como o próprio teste do álcool. Mesmo com toda essa tecnologia embarcada, Maira reforça que o equipamento deve ser de fácil e rápida operação, sem deixar de ser seguro. “Na verdade, ele faz a leitura sozinho: coloca-se o leite no equipamento e se dá o comando que pode ser feito pelo próprio celular. A ideia é que ele já te dê o resultado final, em uma forma de fácil visualização se o leite é normal, ácido ou lina”, explica a pesquisadora. 

Estudos relacionam o lina à problemas decorrentes da deficiência nutricional das vacas leiteiras, o que resulta num leite com essa formulação específica. 

De acordo com Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), esse problema já foi maior no Rio Grande do Sul, mas, neste momento, estima que cerca de 2% do leite produzido pelos gaúchos se enquadrem na categoria Lina. “A incidência é maior em produtores menores, com menos infraestrutura, mas não quer dizer que nos grandes não aconteça”. 

Segundo Darlan, houve um investimento dos produtores em complementos e aditivos para a nutrição das vacas leiteiras, o que pode ter reduzido a incidência. “Mas a pesquisa não deixa de ser relevante para diminuir ainda mais os prejuízos dos produtores. Como tivemos essas últimas estiagens, pode ter ocorrido um pouco mais”, reconhece o dirigente do Sindilat.

SondaLeite
Equipamento portátil, utiliza feixes de luz para classificar o leite como normal, lina ou ácido, no local em que é produzido;

É uma ferramenta capaz de eliminar a interferência humana, incertezas e minimizar os prejuízos da cadeia leiteira, especialmente para os pequenos produtores;

Permite a identificação do chamado lina (leite instável não ácido), cuja detecção ainda é um desafio pelos métodos convencionais;

Tecnologia aguarda parceria para licenciamento e comercialização;

Poderá ser utilizado diretamente no campo, acoplado em caminhões de coleta a granel, bem como no laboratório, ou instalado nos tanques de resfriamento, em laticínios e cooperativas. (Correio do povo)


Jogo Rápido

Pesquisa desenvolvida pela Embrapa trigo do Rio Grande do Sul comprovou que o trigo é capaz de sequestrar mais carbono do que emite para a atmosfera. E em tempos de agricultura de baixo carbono, essa é uma ótima notícia, como conta o chefe geral da Embrapa trigo, Jorge Lemainski. Assista aqui. (Youtube Agro+)


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.920


Conseleites avaliam integração nacional pelo desenvolvimento do setor

Os Conseleites brasileiros avaliam a integração de suas câmaras técnicas e grupos de debate de forma a buscar soluções conjuntas para os entraves do setor. A proposta surgiu durante o 1º Encontro Nacional dos Conseleites do Brasil, realizado na tarde desta quinta-feira (8/6) de forma inédita durante a Megaleite, em Belo Horizonte (MG). Atualmente, cada câmara técnica delimita sua metodologia de trabalho e parâmetros para obtenção do valor de referência do leite, mas as dificuldades vividas nos seis estados onde há colegiado são similares: margens de rentabilidade minimizadas, falta de estímulo à produção e concorrência ferrenha com os importados.

Foto: Mariana Mendes/ Assessoria de Comunicação - Sistema Faemg Senar

A troca de experiências foi tão rica que uma agenda de novos encontros já foi debatida com expectativa de reprises anuais com rodízios entre os seis estados: PR, RS, SC, MT, MG e RO. Outra proposição que surgiu para reforçar essa integração foi a de criação de um parâmetro de estoques nacionais de forma a quantificar o leite armazenado no país.

Reunindo lideranças de produtores e indústrias, o evento foi marcado por apresentação de conquistas e desafios pelos seis estados onde há colegiado, entre eles o Rio Grande do Sul, onde as reuniões estão temporariamente suspensas por falta de liberação de recursos do Estado (Fundoleite) - elo produtor - para arcar com o estudo. “O Conseleite faz falta. Produtores e indústrias estão no mesmo barco”, defendeu o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e coordenador do Conseleite/RS, Darlan Palharini. Segundo ele, o Conseleite/RS vive um divisor de águas no RS, mas segue sendo o melhor local para ter transparência de posição das partes. “É um setor onde a concorrência começa no campo e termina na gôndola. Temos dois grandes grupos de produtores: os que estão sobrevivendo com problemas de sucessão e financeiros e que senão houver ação conjunta de uma política de Estado devem sair da atividade e aqueles que estão investindo”, ressaltou, citando o aumento na aquisição de robôs para a ordenha do gado leiteiro. Confiante na retomada do grupo gaúcho, foi contundente: “Se é ruim com o Conseleite, será muito pior sem ele”.

 O primeiro Conseleite surgiu no Paraná em 2003, seguido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul (2007), Rondônia (2010), Minas Gerais (2019) e Mato Grosso (2021). Juntos, os Conseleites representam 68,3% do leite processado no Brasil, sendo que MG, PR e RS respondem por 24,5%, 14,40% e 13,30%, respectivamente.

Entre os principais ganhos constatados ao longo desses mais de 20 anos, está um estreitamento do diálogo na cadeia produtiva, consolidando-os como agentes de desenvolvimento do capital social. Para quantificar os ganhos advindos desse processo, já estuda-se, inclusive, a adoção de uma pesquisa objetiva para mensurar o impacto do Conseleite na construção do capital social dos estados. Avanço destacado também na fala do presidente da Federação de Agricultura do Estado de Minas Gerais, Antônio Pitangui de Salvo, ao abrir a reunião. “Tínhamos uma dificuldade gigantesca de conversar com as indústrias, diferentemente desse momento que estamos vivendo nos Conseleites. As coisas não são fáceis de serem construídas, mas precisamos estimular esse convívio entre os estados e as cadeias. Temos uma única saída: estarmos juntos dialogando, diminuindo as tensões políticas para que possamos avançar. Precisamos mostrar a cara do setor leiteiro. O agro precisa ser mais bem compreendido, e ninguém vai falar por nós senão nós mesmos.”

De Salvo reforçou que a solução para o impasse do setor é longa. “Não são só as importações. O problema da pecuária leiteira está dentro das porteiras, em gestão, em genética, em sanidade, em nutrição. Precisamos trabalhar da porteira para dentro e da porteira para fora”, disse, lembrando do tempo que uma vaca boa era a que produzia 15 quilos/dia, e hoje já atingimos marcas entre 20 e 30 litros/dia.

20 anos depois
Uma das fundadoras do projeto, a professora da UFPR Vânia Guimarães recordou que a instalação dos colegiados remonta a momentos de crise. Emocionada, ela agradeceu a todos os integrantes que dedicaram seu tempo e esforço nos diferentes estados. “O trabalho vai ficando mais difícil. As coisas não ficam mais fáceis, ficam mais difíceis”, frisou ela, lembrando dos impasses em volta do tema preço nas Câmaras Técnicas. “Valor de referência é valor de referência, não é preço. Preço só existe quando se faz negócio”, reforçou. 

O professor José Roberto Canziani explicou as diferenças de parâmetros definidas entre os Conseleites, citando que há variações de nível gordura, proteína, e até carga por propriedade no cálculo do valor de referência. Entre as tendências, citou os ganhos que devem surgir com a tecnologia da informação e o uso de plataformas inteligentes para pesquisa. No curto prazo, completou ele, o desafio é reduzir custos de revisões e fazer esforço para parametrizar as indústrias, assim como se fez com os produtores em relação a diferentes portes e ramos de atividades. “Conhecer, confiar e usar o Conseleite. Esse é o nosso desafio”. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Fundoleite será pauta da Assembleia Legislativa

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Estado confirmou que o convite feito aos representantes do Estado para explicar sobre os recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) foi realizado para reunião do próximo dia 22 de junho. A iniciativa do deputado Elton Weber (PSB) abrange a Secretária da Agricultura (Seapi), a Casa Civil e a Procuradoria Geral do Estado (PGE). 

Desde 2020, o Estado não libera recursos do fundo, estimados pela cadeia produtiva leiteira em R$ 30 milhões. 

O objetivo do Fundoleite é custear ações, projetos e programas de desenvolvimento da cadeia produtiva, mas a falta de repasse de recursos afeta o avanço de projetos e até a realização da pesquisa mensal do Preço de Referência do Leite, divulgada pelo Conseleite/RS, realizada pela última vez em janeiro deste ano.

O deputado lembra que a cadeia leiteira gaúcha registrou o abandono de mais de 50 mil produtores entre 2015 e 2023, segundo dados da Emater e do Sindilat. Atualmente, teriam restado 35 mil agricultores em atividade no Estado. (Correio do Povo)

 

Produtores de leite pedem urgência na taxação de produtos lácteos importados

Tema foi tratado pela Fetag-RS com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, durante abertura da 23ª Fenarroz

Os produtores de leite do Rio Grande do Sul solicitaram ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, providências urgentes para barrar a importação de lácteos pelo Brasil. O pedido foi feito pessoalmente pelo presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, durante a abertura da 23ª Fenarroz, cuja solenidade oficial ocorreu ontem em Cachoeira do Sul. “Vamos formalizar a sugestão de sobretaxar a importação dos produtos lácteos por um tempo específico até que possamos reequilibrar o mercado aqui dentro”, adiantou Silva. O documento formal, que atende solicitação do próprio ministro, pedirá a reedição de uma medida, segundo Silva, adotada na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. “Em 2011 ou 2012, os produtos foram sobretaxados em 17% por cinco ou seis meses para que os preços reagissem no mercado interno”, lembrou.

O pedido, que teve origem na Comissão Estadual do Leite da Fetag-RS, é justificado nos números Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Conforme a plataforma Comex Stat, nos cinco primeiros meses do ano, as aquisições de leite em pó, creme de leite e laticínios (exceto manteiga e queijo) de outros países cresceram 247,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. No intervalo, foram adquiridas 92,2 mil toneladas, resultado de 350,5 milhões de dólares, valor 292,8% maior que o despedido pelo país nos primeiros cinco meses de 2022. 

O secretário-executivo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS), Darlan Palharini, recorda que o alerta vem desde o início do ano. “Na Páscoa, o leite em pó usado pelas indústrias de chocolate do Brasil veio da Argentina e do Uruguai. Não há outra altenativa se não não cair o preço ao produtor”, ressaltou. Contudo, Palharini aguarda os movimentos de mercado que vão balizar a remuneração do leite em julho. “Vamos ver o que vai acontecer. O governo estadual e o federal não estão fazendo nenhuma equalização quanto aos benefícios recebidos pelos produtores da Argentina ou a incentivos para as exportações”, disse.
O Rio Grande do Sul figura, agora, como o segundo Estado que mais comprou lácteos de fora de janeiro a maio, atrás apenas de São Paulo. 

Gadolando defende regulação de mercado
Os números crescentes de importação de lácteos eleva a preocupação entre os produtores, como dos criadores da raça Holandesa. “Os números são dantescos, é gravíssimo, somos moeda de troca no Mercosul e esse comércio não vai parar, mas tem que ter uma regulação, seja em tonelada importada ou em taxação. É uma questão de soberania”, afirma o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês no RS (Gadolando), Marcos Tang. “Estamos comprando leite para nosso consumidor ter produto barato, mas não podemos matar o produtor em nome de alguns centavos a menos na gôndola do supermercado”, conta Tang, relatando que tem sido procurado diariamente por produtores que já não sabem o que fazer.

O dirigente conta um diálogo que teve com o pai há pouco dias sobre a crise do setor. “Meu pai tem 81 anos e falei pra ele que o preço do leite ia baixar, mas ele disse: não, nesta época, desde que sou produtor de leite, a vida inteira, o leite sempre aumenta”. Tang manifesta extrema preocupação com o cenário atual e diz que os números vão se refletir no campo, com mais desistências da atividade. “Nos últimos anos 22 mil famílias pararam de produzir leite. Na minha cooperativa, baixou em 17 centavos o preço pago ao produtor, outras baixaram 20, 30 até 40 centavos, e essa é uma época em que teríamos uma remuneração melhor pelo litro de leite”, diz o presidente da Gadolando. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Semana será de alternância entre calor e frio no Estado
A semana vai alternar entre calor e frio, com chuva expressiva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 23/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. A tendência para segunda-feira (12) é que ainda deverão ocorrer pancadas de chuva nas regiões Norte e Nordeste, e o ingresso de uma massa de ar frio vai provocar o declínio acentuado da temperatura em todo Estado. Na terça (13) e quarta-feira (14), o deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em todo Estado e a presença do ar frio manterá as temperaturas muito baixas, com valores próximos de 0°C em diversas regiões. Os totais esperados deverão oscilar entre 20 e 35 mm na maioria das regiões. Na Metade Leste os valores previstos deverão variar entre 40 e 60 mm, e poderão alcançar 80 mm em alguns municípios do Litoral Norte. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 07 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.919


Embrapa Gado de Leite em MG apresenta sistemas para produção e genética para leite A2A2

Iniciou na terça-feira (06/06) uma série de agendas em Minas Gerais que têm como objetivo capitalizar conhecimentos para fomentar a indústria leiteira do Rio Grande do Sul e incrementar o manancial curricular da Escola Técnica Laticinista gaúcha. As atividades se concentraram na visita à Embrapa Gado de Leite e foram acompanhadas por Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Carine Schwingel, secretária municipal de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade e por Tanara Schmidt, diretora do Departamento de Meio Ambiente, órgãos ligados à prefeitura de Estrela (RS) que capitaneiam a implantação do educandário.

Em desenvolvimento pela Embrapa Gado de Leite, o grupo pode conhecer, na cidade de Juiz de Fora (MG), o andamento das pesquisas de melhoramento genético para a produção de leite A2A2. O alimento se diferencia por conter apenas beta-caseína A2, mantendo as mesmas propriedades benéficas para o consumo, evitando reações para quem tem alergia à proteína e melhorando a digestão deste alimento. Entre as raças com maior frequência de presença destes alelos estão as zebuínas.

Já na parte da tarde, no Campo Experimental José Henrique Bruschi, na cidade de Coronel Pacheco, a comitiva acompanhou o sistema de produção Compost barn, pesquisado pela Embrapa, como uma alternativa para a produção em confinamento, tendo como característica a cama orgânica de materiais como serragem ou maravalha, em que a compostagem dos dejetos ocorre naturalmente. Entre os resultados aferidos estão a garantia do bem estar animal assim como a baixa incidência de mastite.

Conforme Carine Schwingel, a proposta é firmar parceria para incorporar o manancial de conhecimento da Embrapa à Escola Técnica Laticinista gaúcha. “Conseguimos identificar na prática a importância da pesquisa e das avaliações técnicas para o melhoramento da qualidade e da produtividade do leite. A Embrapa tem um espaço diferenciado com profissionais e setor acadêmico voltados ao desafio de se produzir mais com menos, desde a alimentação ao ambiente. Queremos levar essas tecnologias para os nossos produtores através da Escola”, aponta.

Darlan Palharini acrescenta que a incorporação de novas tecnologias, tanto no campo quanto na indústria, é uma realidade que vem se impondo a fim de garantir competitividade ao leite gaúcho. “Com conhecimento e investimento na formação técnica podemos levar nossa produção a patamares superiores. Confiamos que esta parceria do Sidilat, Embrapa e Escola Laticinista é um caminho viável para fazer isso acontecer”, reforça.



Fotos: William Fernandes Bernardo/Embrapa Gado de Leite

Assessoria de imprensa SINDILAT/RS com informações da Embrapa Gado de Leite


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1765 - BOVINOCULTURA DE LEITE

A entrada dos animais nas áreas de pastagens de aveia e azevém, devido às condições de tempo favoráveis ao bem-estar e ao consumo pelos animais, possibilita a recuperação da produtividade. Diversos produtores de leite já estão utilizando a silagem de milho feita durante o período de verão, melhorando a disponibilidade de alimentos volumosos para os rebanhos. 

A ocorrência de chuvas no final do período causou a formação de barro nos locais de acesso à ordenha, aumentando a necessidade de cuidados para não haver contaminação do leite nem aumento de casos de mastite nas matrizes em lactação. Nos rebanhos, seguem os problemas com as infestações de carrapatos, que tendem a reduzir conforme as temperaturas forem diminuindo. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Itacurubi, as matrizes em lactação apresentam gradativa melhoria de condição corporal e de produção de leite, à medida que aumenta a oferta e a qualidade das pastagens. preços melhores preços pagos pelo litro do leite para os produtores devem refletir em margem de lucro mais satisfatória, considerando que a maior oferta de pasto permite economizar na suplementação com concentrados.

Na de Caxias do Sul, diversos produtores iniciaram a implantação de cereais de inverno para ensilagem. Na de Frederico Westphalen, o preço dos alimentos concentrados teve uma pequena retração, reduzindo o custo de produção. A expectativa no preço do leite, segundo as empresas, é de estabilidade, porém houve melhora, se comparado ao mês anterior. 

Na de Ijuí, a produção segue em recuperação, aproximando-se dos patamares anteriores à estiagem. Na de Lajeado, em razão da redução da cotação dos grãos, os preços das rações comerciais também recuaram em média 15%. Já os preços dos adubos e da ureia continuam baixando. Na de Pelotas, o período é de preparo de silagens, e há poucas áreas ainda para colher.  O solo mais seco possibilitou melhor manejo dos animais nas pastagens em ponto de pastejo. 

Em Pedras Altas, a produção segue levemente em ascensão, e houve aumento de vacas em  parição. Na de Porto Alegre, as temperaturas amenas e a chuva leve no final de semana  favoreceram o desenvolvimento das pastagens. Na de Santa Rosa, houve registro de aumento na produção leiteira em função da  melhoria na oferta forrageira, pois as pastagens anuais de inverno já estão proporcionando  pastejo. Os produtores têm focado o manejo sanitário no controle de endo e ectoparasitos.  Na de Soledade, é período de intenso uso das pastagens de aveia. Em Rio Pardo, há  expectativa de aumento da área plantada de trigo para silagem. (Emater/RS)

Uruguai – O país produz leite para 20 milhões de pessoas

Leite/UR – O valor do setor lácteo uruguaio é de tal magnitude que, como destacou o Instituto Nacional do Leite (Inale), a cada ano produz leite suficiente para alimentar 20 milhões de pessoas, ou seja, seis vez mais que a população do Uruguai, utilizando apenas 5% do território nacional.

A propósito dos dados divulgados pelo Inale, o setor lácteo do Uruguai é o que gera maior receita média por hectare, com exportações.

O Uruguai é, além disso, o 7º maior exportador mundial de leite.

Da produção de leite (2,2 bilhões de litros por ano), 70% é exportado para mais de 60 mercados e o restante vai para o consumo interno.

Cerca de 90% da produção é processada em complexos industriais no Uruguai, onde existe uma melhora constante dos processos com crescente incorporação de tecnologia e padrões de qualidade que atendem aos mercados mais exigentes.  

O Brasil com 26%, a Argélia 27% e a Rússia com 14%, são os atuais principais mercados para o Uruguai.

Com base em blocos regionais, 37,8% tem como destino a América do Sul, 30% segue para a África e 14% para o mercado russo e 11% para o mercado asiático.

Com relação ao consumo anual no Uruguai, ele fica em torno de 230 litros de leite por pessoa, mais do dobro do consumo mundial médio.

O leite fresco pasteurizado, disponível diariamente para os consumidores, é livre de hormônios de crescimento, de antibióticos, de metais pesados e de contaminação radioativa.

Existem no Uruguai cerca de 3.300 produtores de leite. 73% deles enviam sua produção para a indústria e 27% produzem queijo artesanal no estabelecimento.

Uma fazenda média possui 150 vacas em ordenha, tem 250 hectares e uma produção média de 18 litros por vaca/dia.

Aproximadamente 20.000 pessoas são vinculadas ao trabalho do setor lácteo, e nas fazendas há o predomínio do trabalho familiar e na indústria a maioria é composta por trabalhadores permanentes.

O Inale destaca que o gado é alimentado em pastagens a céu aberto, o rebanho é 100% rastreado, atestando sua qualidade genética.

O setor é integrado por diversas organizações, que incentivam o trabalho associativo. Esta fortaleza tem sido um pilar fundamental para impulsionar o dinamismo do setor.

Os estabelecimentos entregam para as indústrias leite de qualidade e recebem assistência técnica e financiamento. Este vínculo é a base histórica do Uruguai leiteiro, conclui a análise do Inale. (Fonte: El Observador)


Jogo Rápido

OCDE eleva previsão para crescimento do PIB do Brasil em 2023 e 2024, com impulso do agro
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevou as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023 e 2024, seguindo impulso forte da produção agrícola no primeiro trimestre deste ano. No entanto, a tendência é de moderação no ritmo de expansão do PIB, à medida que taxas de juros restritivas e fraco crescimento do crédito limitam a demanda doméstica. A análise faz parte do relatório interino de perspectivas econômicas da OCDE, divulgado nesta quarta-feira, 7. Nele, a organização informou que elevou a projeção de crescimento do PIB brasileiro de 1,0% para 1,7% em 2023, enquanto a previsão para o próximo ano passou de 1,1% para 1,2%. Os números ainda representam uma desaceleração em comparação a 2022, quando a atividade econômica do país cresceu 3,0%, segundo o relatório. A OCDE analisa que este movimento ocorre devido ao consumo privado e às exportações mais fracas neste ano. No caso do consumo doméstico, a atividade deve ser limitada pelo baixo crescimento de empregos, inflação alta e condições de crédito restritivo. Já as exportações serão afetadas por preços menores das commodities e demanda global reduzida, enquanto o investimento privado deve crescer em ritmo mais lento, avalia a OCDE. A organização projeta que a inflação deve permanecer acima da meta definida pelo Banco Central do Brasil, o intervalo de 1,75% a 3,75%, em 2023, levando os dirigentes a manter a taxa Selic em 13,75% até pelo menos o terceiro trimestre deste ano. Porém, essas condições devem reduzir de forma sustentada o núcleo da inflação, permitindo cortes nas taxas brasileiras ainda em 2023, conforme o relatório. Em relação a pares globais, a OCDE destaca que a recuperação da atividade econômica no Brasil acompanhou a de outras economias, como China, Índia e Japão. Sobre o fluxo de investimento privado, a organização nota que o investimento estrangeiro direto permaneceu amplo o suficiente para cobrir déficits em contas correntes do Brasil e de diversos outros países latinos, apesar de demonstrar queda de 35% nas economias emergentes do G20 em 2022. (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 06 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.918


Volume crescente

A nova onda de importação de produtos lácteos de países do Mercosul pelo Rio Grande do Sul redobrou a preocupação tanto do produtor quanto da indústria gaúcha. Só do Uruguai, mais do que quintuplicaram as compras de leite em pó integral, de janeiro a abril deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Na avaliação do setor, o impacto será grande, principalmente considerando as já apertadas margens - com custo de produção em alta e prejuízos decorrentes da estiagem. O principal receio do presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, é de que os preços internos caiam ainda mais para o produtor nos próximos meses.

- Todos os dias sabemos de pessoas parando de produzir leite. Pessoas que empregavam em uma atividade que mantém a família no campo e estamos diante de uma avalanche de importação - acrescentou o dirigente.

Embora o Brasil não seja autossuficiente na produção, na avaliação do secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat-RS), Darlan Palharini, a situação exige a atenção das autoridades.

- Não conseguimos competir nesse momento com o valor da Argentina e do Uruguai - justifica, acrescentando que, enquanto o leite em pó é comercializado pela Argentina a R$ 22, o Brasil não consegue vender por menos de R$ 29 o quilo.

No caso da Argentina, o cenário foi acentuado com um decreto do governo argentino, que passou a conceder um subsídio para incentivar mais embarques. (Zero Hora)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado Sindilat/RS

Pesquisa Trimestral do Leite - 1º trimestre 2023: Aquisição de leite tem queda de 1,2% na comparação anual

No 1º trimestre de 2023, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,88 bilhões de litros, equivalente à redução de 1,2% em relação ao 1° trimestre de 2022, e decréscimo de 6,9% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

O decréscimo de 71,36 milhões de litros de leite captados em nível nacional se deve a reduções em 15 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações negativas mais significativas ocorreram em: Minas Gerais (-80,82 milhões de litros), Bahia (-15,45 milhões de litros), Pernambuco (-13,57 milhões de litros), Mato Grosso (-9,47 milhões de litros), Paraná (-8,66 milhões de litros) e São Paulo (-7,84 milhões de litros). Já as maiores altas foram em Santa Catarina (+31,57 milhões de litros), Sergipe (+23,42 milhões de litros), Ceará (+13,24 milhões de litros) e Rio de Janeiro (+8,65 milhões de litros).

Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,4% da captação nacional, seguida por Paraná (14,2%), Rio Grande do Sul (12,6%) e Santa Catarina (12,3%).Pesquisa Trimestral do Leite - 1º trimestre 2023.

Acesse os dados completos, divulgados na terça-feira, 6 de junho de 2023, clicando aqui. 

Fonte: IBGE


Jogo Rápido

Estão abertas as inscrições para a segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira
Está aberto o prazo para que produtores de leite do Rio Grande do Sul se inscrevam na segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira RS. O mérito será dividido em seis categorias de cases de sucesso: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Para participar, é necessário realizar o envio por correio eletrônico de todo o material de apresentação para jries@emater.tche.br ou sindilat@sindilat.com.br até o dia 30 de junho. Tanto o regulamento completo, quanto a ficha de inscrição podem ser acessados pelo site do Sindilat clicando aqui. Neste ano, as inscrições foram divididas em duas fases. Na primeira, 116 produtores se registraram para competir pelo prêmio de "Propriedade Referência em Produção de Leite". A novidade é a separação entre os que produzem em sistemas à base de pasto com suplementação e os que produzem em sistemas de semiconfinamento ou confinamento. O Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) realizam a premiação com o objetivo de reconhecer exemplos positivos na atividade leiteira. O propósito é que os cases de sucesso possam ser amplamente divulgados e reconhecidos, servindo assim como referência aos demais produtores na superação dos desafios do setor. Os produtores que estão vinculados à indústria de laticínios que adquire leite no Estado podem participar do prêmio, independentemente de sua produção ser individual ou coletiva. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2023, que acontece de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 05 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.917


Desenvolvimento do setor lácteo norteia roteiro do Sindilat em Minas Gerais

Nos próximos cinco dias, em uma intensa agenda de atividades e encontros, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) participará, entre outras atividades, da 18ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite (Megaleite). Quem representará a entidade no evento que acontece em Belo Horizonte (MG) é o secretário-executivo, Darlan Palharini.

Concomitante à feira, será realizado o 1º Encontro Nacional dos Conseleites, previsto para acontecer a partir das 14h de quinta-feira (08/06). “Vamos avaliar os 21 anos de história do Conseleite e trabalhar sobre as pautas que são importantes para o futuro do setor lácteo no Brasil”, destaca Palharini, que acompanhará ainda o 6º Encontro Regional do Conseleite Minas, na parte da manhã, no Auditório Expominas.

Nesta terça-feira (06/06) as atividades estarão concentradas na visita à Embrapa Gado de Leite. "Vamos ter a oportunidade de conversar sobre melhoramento genético para a produção de leite A2A2, produção de leite baixo carbono e sistema compost barn de produção”, explica Palharini.

E, na quarta-feira (07/06), a agenda será no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), onde Palharini e uma comitiva do Rio Grande do Sul vão conhecer o funcionamento de uma Escola Técnica Laticinista.

A 18ª Megaleite acontece de 7 a 10 de junho no Parque da Gameleira, na capital mineira. Ao todo, reúne mais de 1,5 mil exemplares de diversas raças leiteiras em competições de julgamento e torneio leiteiro, leilões, palestras técnicas, festival de queijo, mini fazendinha e outros eventos. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Adesão ao Programa Litígio Zero é prorrogada para 31 de julho

A Receita Federal prorrogou novamente o prazo de adesão ao Programa de Redução de Litigiosidade Fiscal, conhecido como Litígio Zero. O fim do programa já havia sido prorrogado de 31 de março para 31 de maio. Agora, foi estendido para 31 de julho. A medida, segundo a Receita, atende a um pedido apresentado por entidades representativas da classe contábil. O governo estima obter R$ 35 bilhões de receitas extraordinárias e um ganho permanente de R$ 15 bilhões pela diminuição dos conflitos.

Podem ser negociadas cobranças tributárias em discussão no âmbito das DRJ (Delegacias da Receita Federal de Julgamento), do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) ou débitos de pequeno valor no contencioso administrativo ou inscritos em dívida ativa da União.

A Receita Federal enviou aos contribuintes as informações sobre quais débitos podem ser negociados e qual a capacidade de pagamento de cada litigante. Com os dados, é possível simular em uma planilha do Fisco qual o desconto para pagamento, em caso de desistência do processo.
Para pessoas físicas, micro e pequenas empresas, o desconto será de 40% a 50% do valor total da dívida, incluindo o tributo que originou o passivo, além de juros e multa, para débitos até 60 salários mínimos (R$ 78.120).

Para dívidas acima de 60 salários mínimos, o desconto é de até 100% sobre o valor de juros e multas, no caso de valores irrecuperáveis ou de difícil recuperação. O governo ainda vai permitir o uso de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa para quitar de 52% a 70% do débito.

Em todos os casos, o percentual efetivo de desconto observará a capacidade de pagamento do contribuinte.

As dívidas que se enquadram nessa categoria representam mais de 30 mil processos no Carf, com valor total superior a R$ 720 milhões. Já nas delegacias da Receita Federal, são mais de 170 mil processos, totalizando quase R$ 1 bilhão, segundo o Ministério da Fazenda. (Jornal do Comércio)

O Índice FAO dos alimentos caiu em maio

Índices FAO – O Índice de referência dos preços internacionais dos alimentos caiu em maio em decorrência da queda nas cotações dos cereais, óleos vegetais e produtos lácteos, segundo o relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado hoje.

Índices

O FAO Food Price Index (FFPI), índice FAO que acompanha o preço mensal dos alimentos mais comercializados no mercado internacional, registrou a média de 124,3 pontos em maio de 2023.  

Índice FAO dos Preços dos Lácteos

O Índice FAO dos preços dos produtos lácteos atingiu 118,7 pontos em maio, caindo 3,9 pontos (3,2%) em relação a abril e ficando 25,5 pontos (17,7%) abaixo do índice de um ano atrás. O declínio em maio foi impulsionado pela acentuada queda internacional dos preços de queijo, principalmente diante da ampla disponibilidade exportável, incluindo os estoques, em meio a uma alta produção de leite no hemisfério norte. Após dez meses consecutivos de queda, as cotações internacionais dos preços do leite em pó tiveram recuperação, refletindo o aumento das compras no norte da Ásia e a queda sazonal da produção de leite na Oceania.

Os preços da manteiga subiram levemente, com a elevação das compras pelo Sudeste Asiático e redução da oferta na Oceania, decorrente da queda sazonal da produção de leite. Esse movimento compensou o declínio das cotações na Europa, provocado pelo aumento da produção sazonal de leite que possibilitou o crescimento das disponibilidades exportáveis.  

Fonte: FAO – Tradução livre: Terra Viva


Jogo Rápido

Mapa lança Consulta Pública para o Programa Carbono + Verde
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou, nesta segunda-feira (5), às 14h, consulta pública relativa ao Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas - Programa Carbono + Verde. O evento foi realizado em formato híbrido com transmissão ao vivo no canal do Mapa no Youtube, e teve a participação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O Programa Carbono + Verde terá por finalidade conferir credibilidade e transparência à produção primária agropecuária de baixa emissão de carbono, de maneira a criar um ambiente propício à promoção do desenvolvimento sustentável do setor. Para isso, é necessário viabilizar a participação e validação da sociedade brasileira no seu processo de construção, de forma a contribuir e legitimar a formalização desse importante programa. A Consulta Pública ficará disponível por 60 dias. Asista o evento clicando aqui. (MAPA)


 
 
 

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Porto Alegre, 02 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.916


Retenção do Fundoleite prejudica atividade leiteira

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa irá convidar a Secretaria da Agricultura, Casa Civil e Procuradoria Geral do Estado (PGE) para dar explicações a indústrias e produtores de leite. Há pelo menos três anos o setor lácteo não recebe recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite), o que compromete o custeio de ações, projetos e programas de desenvolvimento da cadeia.

A proposta partiu do deputado estadual Elton Weber (PSB), que destaca a importância do segmento para a geração de trabalho e renda nas propriedades rurais, nos municípios e no Rio Grande do Sul. Informações setoriais indicam que a falta de recursos afeta o avanço de projetos e até a realização da pesquisa mensal do Preço de Referência do Leite, divulgada pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS), realizada pela última vez em janeiro deste ano. Desde então, sem dinheiro para pagar pelo serviço prestado pela Universidade de Passo Fundo (UPF), o levantamento deixou de ser feito.

"Queremos explicações do governo do Estado de porque há tanta dificuldade, segundo as entidades, para a liberação de recursos do fundo para as ações da cadeia produtiva", frisou o parlamentar. Weber acrescenta ao cenário o agravante que a cadeia leiteira gaúcha registrou o abandono de mais de 50 mil produtores entre 2015 e 2023, segundo dados da Emater-RS e do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS). Atualmente, teriam restado 35 mil agricultores em atividade no Estado.

De acordo com o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Eugênio Zanetti, há cerca de R$ 30 milhões, em valores arrecadados junto à indústria e aos produtores, parados no fundo, que é gerido pelo Executivo estadual, enquanto o setor enfrenta grandes dificuldades. Zanetti sugere que, em caso de manutenção do fundo, que ele seja gerido pelas entidades do setor, e não pelo governo, aos moldes do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).

“Penso que devemos encontrar uma solução para essa situação ou então extinguir o fundo. Não podemos usar os recursos para desenvolvimento do setor, promoções, assistência técnica ou mesmo para investir na melhoria da imagem da cadeia. Por outro lado, enfrentamos uma crise sem tamanho e vemos a entrada de grande quantidade de lácteos importados”, diz o dirigente.

Conforme o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, os recursos são recolhidos pelas indústrias, após o processamento do produto, e totalizam R$ 500 mil mensais. A contrapartida do governo é a concessão de 50% do valor em créditos de ICMS. Pala ele, o fundo, que em dezembro completará 10 anos, é importantíssimo para o setor, mas seu aproveitamento é menor que o esperado. “Além disso, o Fundoleite deixa um legado pouco representativo para o setor. Hoje é o Dia Mundial do Leite. Temos projetos aprovados para trabalhar a importância do leite e seus derivados, mas o recurso está preso, apesar das contribuições de indústrias e produtores”.

Os projetos concebidos têm como objetivo melhorar a competitividade do leite gaúcho. Neste momento em que o produto enfrenta a competição dos importados subsidiados na Argentina e no Uruguai, a expectativa do Sindilat é de que o governo do Estado agilize a retomada do uso dos recursos do fundo.

Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria da Agricultura disse que o processo do Fundoleite tem evoluído e está seguindo todos os trâmites necessários para a liberação dos recursos, mas que alguns apontamentos técnicos e administrativos precisam ser superados. De acordo com a pasta, a assessoria jurídica está analisando e trabalhando para dar retorno o "mais breve possível, para que haja a liberação dos recursos". (Jornal do Comércio)


Associados Sindilat têm descontos para participar do 15º Milkpoint e do Interleite Brasil 2023
 
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm garantido desconto de 10% na inscrição para participar do 15º Fórum MilkPoint Mercado e de 15% no Interleite Brasil 2023. Os dois eventos serão realizados de forma virtual e presencial na cidade de Goiânia (GO).

O Fórum Milkpoint Mercado tem como tema “O mercado de lácteos no Brasil: o desafio está posto; como se preparar?”. Neste ano, o evento acontecerá no dia 1 de agosto, e será dividido em três blocos que vão abordar diversos temas relacionados à indústria láctea. O primeiro contempla os cenários de mercado; o segundo, mercados potenciais e o novo consumidor de lácteo; e, por fim, o futuro da indústria láctea no Brasil. A programação completa pode ser conferida abaixo e no site: www.forummilkpointmercado.com.br. Para realizar a inscrição com desconto, acesse o link: https://bit.ly/43x8aUK.  

Em dois dias de evento, 2 e 3 de agosto, o Interleite Brasil 2023 vai se concentrar em debater o tema: estratégia de negócios chegando à produção de leite. A programação se desdobra em quatro painéis: Melhorando o ambiente de negócios na atividade leiteira; as estratégias de negócio na produção primária; agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia: o que já está acontecendo e como a cadeia do leite pode se beneficiar e propriedades familiares podem ser rentáveis e sustentáveis?. A íntegra da programação está abaixo e no site https://www.interleite.com.br/. Para realizar a inscrição acesse o link: https://bit.ly/3oI9bdV

Temperaturas amenas e pouca chuva previstos para os próximos dias no RS

Os próximos sete dias terão temperaturas amenas e pouca chuva no Rio Grande do Sul. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 22/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga.

Até domingo (4/6), a presença de uma massa de seco manterá o tempo firme na maioria das regiões, com formação de nevoeiros ao amanhecer e grande amplitude térmica, com temperaturas mais baixas no período noturno e valores acima de 35°C durante o dia. Na Campanha e Zona Sul, a presença de um sistema frontal sobre o Uruguai manterá maior variação da nebulosidade, com possibilidade de pancadas isoladas de chuva.

Na segunda (5/6), o deslocamento da frente fria vai aumentar a cobertura de nuvens e provocará chuva em diversas regiões. Na terça (6/6) e quarta-feira (7/6), o ingresso de ar seco e frio manterá o tempo firme, com declínio das temperaturas em todo o Estado.

Os volumes de chuva previstos são baixos e inferiores a 10 mm na maioria das regiões. Somente entre a Campanha e a Fronteira Oeste os totais esperados deverão oscilar entre 10 e 20 mm.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


Jogo Rápido

Assista a entrevista que o Secretário-Executivo do SINDILAT/RS, Darlan Palharini, concedeu ao programa PODER RS da Ulbra TV, no Dia Mundial do Leite. Clique aqui. (via ULBRA TV youtube)


 
 
 

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Porto Alegre, 01º de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.915


Dia Mundial do leite
 
Hoje, 01/06, celebramos o Dia Mundial do Leite. Data instituída em 2001 pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para reconhecer a importância do leite como alimento universal.
 
Leite combina com café, chá e achocolatado e é ingrediente fundamental para fazer nosso queijo mineiro, canjica, arroz doce, entre tantas outras receitas. Na infância, ele é um alimento essencial para o desenvolvimento das crianças. E, no campo, é símbolo de emprego e renda para muitas famílias. Minas ocupa o primeiro lugar no ranking da produção nacional, segundo dados do IBGE (2021). E, no Sistema Faemg SENAR, o leite é pauta de eventos, projetos, programas de assistência técnica e gerencial, comissões e conselhos.
 
Por isso, para celebrar esse produto que é tão importante para o agro e fundamental na alimentação humana, compartilhamos mitos e verdades sobre o leite. Acompanhe:
 
1. A vaca produz leite só quando gera uma cria?
Verdade. Ela só inicia a lactação após o parto. De modo ideal, este período de lactação é de 10 meses, sendo recomendado que haja um período de descanso de, no mínimo, 60 dias entre uma lactação e outra, onde ela não produzirá leite respeitando a fisiologia do animal. 
 
2. O leite está cheio de antibióticos e hormônios?
Não. Os hormônios, quando utilizados na produção de leite, são metabolizados pelo organismo do animal e não deixam resíduo no leite. Já os antibióticos, usados somente para conter infecções nas vacas, decorrem em períodos de carência, durante os quais o leite NÃO pode ser comercializado.
 
3. Os humanos são os únicos mamíferos que bebem leite na vida adulta?
Sim. O desmame das outras espécies ocorre por duas razões: primeiro, o filhote passa a consumir outros alimentos; e segundo, a fêmea precisa poupar energia para um novo processo de gestação. Outra questão é que somos a única espécie que desenvolveu técnicas para criação de animais mamíferos.
 
4. Adultos não precisam tomar leite?
Um adulto precisa, no mínimo, de 1g de cálcio por dia, nutriente essencial para a saúde dos ossos e o estímulo neuromuscular. Os vegetais escuros têm quantidades bem menores de cálcio se comparados ao leite. Para se ter uma noção, 250ml de leite tem 1g de cálcio, uma porção de brócolis têm apenas 100mg, segundo o médico Drauzio Varella em reportagem ao site Viver Saúde.
 
5. O que é o leite A2A2?
É um leite obtido a partir de animais selecionados e capazes de produzir apenas a beta-caseína A2, uma das proteínas do leite. Esse leite não desencadeia reações inflamatórias no organismo que provocam a má digestão ou fermentação. O leite A2A2 é menos alergênico por causa da composição da sua proteína, porém não deve ser confundido com leite zero lactose, já que este é destinado para quem tem intolerância ao açúcar do leite, conhecida como lactose. Por isso, é fundamental que você procure um médico especialista, faça os exames solicitados e entenda suas condições de saúde na hora de escolher qual leite é mais adequado para a sua alimentação. (Terra Viva/FAEMG)


Weber cobra explicações do Estado sobre dificuldade de acesso a recursos do Fundoleite  

Preocupado com a dificuldade do setor lácteo em acessar recursos do Fundoleite - Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite, o deputado Elton Weber (PSB) solicitou nesta quinta-feira (1) que a Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa convide a Secretária da Agricultura, Casa Civil e Procuradoria Geral do Estado (PGE) para dar explicações a indústrias e produtores de leite. Desde 2020, o Estado não libera recursos do fundo.

O deputado enfatiza que a situação compromete o objetivo do Fundoleite, de custear ações, projetos e programas de desenvolvimento desta cadeia produtiva tão importante para a geração de trabalho e renda nas propriedades rurais, nos municípios e no Rio Grande do Sul.

Informações setoriais indicam que a falta de recursos afeta o avanço de projetos e até a realização da pesquisa mensal do Preço de Referência do Leite, divulgada pelo Conseleite/RS, realizada pela última vez em janeiro deste ano. "Queremos explicações do governo do Estado de porque há tanta dificuldade, segundo as entidades, da liberação de recursos do Fundoleite para as ações da cadeia produtiva", frisou Weber.

Weber acrescenta ao cenário o agravante que a cadeia leiteira gaúcha registrou o abandono de mais de 50 mil produtores entre 2015 e 2023, segundo dados da Emater e do Sindilat. Atualmente, teriam restado 35 mil agricultores em atividade no Estado. O pedido foi acatado pela Comissão e a data será marcada, provavelmente no dia 15 ou 22 deste mês. (Assessoria de imprensa Dep. Elton Weber)

Taxa de desemprego fica em 8,5% em abril e atinge 9,1 milhões de pessoas, segundo o IBGE

Número ficou abaixo do projetado pelo mercado, de 8,7%; no trimestre encerrado em março, desemprego era de 8,8%

RIO - A taxa de desemprego no País desceu de 8,8% no trimestre terminado em março para 8,5% no trimestre encerrado em abril, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi o mais baixo para esse período do ano desde 2015, ficando aquém da expectativa de especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que estimavam uma taxa mediana de 8,7%.

Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, o desemprego abaixo do esperado indica que a atividade econômica pode se manter mais forte no segundo trimestre, o que sugere uma nova rodada de revisões para cima nas expectativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023.

“No final, as expectativas podem caminhar para um crescimento entre 1,5% e 2%. Esse ainda não é o cenário básico, mas já é mais provável do que um PIB abaixo de 1%, como se esperava no início do ano”, diz o economista, que prevê crescimento de 1,3% para o PIB deste ano. No último relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, economistas indicavam uma expansão mediana de 1,26% para a atividade econômica em 2023.

Vale destaca que há elementos positivos que devem ajudar a economia este ano, como a provável aprovação do novo arcabouço fiscal, a possibilidade de manutenção das metas de inflação em 3% e o avanço da reforma tributária na Câmara. Esses fatores devem ajudar a ancorar as expectativas de inflação e, com isso, abrir espaço para um corte da taxa básica de juros, a Selic, no segundo semestre. (ESTADÃO)


Jogo Rápido

Petróleo fecha abaixo de US$70
Nova Iorque – Os contratos futuros de petróleo registraram queda ontem, piorando ao longo do dia. Em Nova Iorque o WTI para julho fechou em baixa de 4,42%, a 69,46 dólares o barril. O valor não ficava abaixo dos 70 dólares desde 4 de maio. Em Londres o Brent para agosto caiu 4,40%, para 73,71 dólares. Incertezas sobreoacordo para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos foram citadas por analistas, além de dúvidas também sobre o ritmo da demanda global mais adiante. Além disso, alguns especialistas mostravam ceticismo quanto à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) alterar o quadro de produção na semana que vem. (Correio do povo)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 31 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.914


Prazo para Declaração Anual de Rebanho inicia nesta quinta-feira (1º/6)

Inicia nesta quinta-feira, 1º de junho, o prazo da Declaração Anual de Rebanho, obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. O prazo para declaração se estenderá até 31 de outubro. Assim como no ano passado, a atualização cadastral conta com informações detalhadas sobre a propriedade rural e os sistemas de produção animal. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) espera receber 380 mil declarações, correspondentes ao número de estabelecimentos que trabalham com produção animal registrados no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA).

Os formulários estão disponíveis no link www.agricultura.rs.gov.br/declaracao e podem ser entregues de duas formas. Na primeira, o produtor comparece à Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária de referência e informa verbalmente os dados a serem lançados. Com uma opção fácil de geração de senha do Produtor Online, ele assina digitalmente a declaração. Na segunda opção, o produtor baixa os formulários no site da Seapi, preenche e os entrega na IDA ou EDA de referência.

"É de extrema relevância conhecer exatamente como está distribuída a população animal em nosso Estado, seja por espécie ou faixa etária. Um sistema robusto, com informações de qualidade, é a base para políticas públicas mais assertivas, em prol da sanidade de nossos rebanhos", destaca a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares.

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, entre outros. No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros. (SEAPI)


ICMS no quadrimestre cai R$1,4bi frente a 2022

Resultado das contas gaúchas de janeiro a abril de 2023 é positivo, mas registra recuo se comparado ao mesmo período do ano passado

A arrecadação bruta de ICMS no RS no primeiro quadrimestre de 2023 foi de R$ 13,8 bilhões, R$ 1,4 bilhão abaixo da receita de R$ 15,2 bilhões verificada no mesmo quadrimestre do ano anterior. Descontando-se as transferências para os municípios e para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), as perdas líquidas chegam a R$ 849 milhões.

Os números foram apresentados  ontem pela Secretaria da Fazenda do RS (Sefaz) em seu balanço sobre a situação das contas públicas gaúchas. De janeiro a abril, o Estado teve resultado orçamentário positivo de R$ 1,9 bilhão, reflexo,  segundo o governo, da gestão fiscal que vem sendo implementada nos últimos anos e que regularizou uma série de pagamentos que estavam em atraso.

O Regime de Recuperação Fiscal (RRF) também garantiu fôlego ao pagamento da dívida, segundo a Sefaz. Os números deste quadrimestre, embora positivos, são inferiores aos do mesmo período de 2022, quando as receitas somavam R$ 4,1 bilhões mais que as despesas. Segundo o secretário adjunto da Fazenda, Itanielson Cruz, a diferença, além de estar relacionada com as perdas líquidas do ICMS, tem ligação com os R$ 955 milhões da privatização da Sulgás, ocorrida em janeiro de 2022.

Pelo lado da despesa houve aumento de pessoal decorrente do reajuste geral de 2022, implantação do piso nacional domagistério e retomada parcial dos pagamentos da dívida no RRF. “O impacto na arrecadação foi tão profundo que levou o Rio Grande do Sul a solicitar à Secretaria do Tesouro Nacional a revisão do próprio Regime de Recuperação Fiscal, construído depois de um grande debate com a sociedade gaúcha e com a União mas que, hoje, não encontra mais amparo nas mesmas bases de quando foi assinado”, observou Cruz.

Como uma das alternativas para compensar a perda de arrecadação há os R$ 627 milhões referentes aos rendimentos do Caixa Único, que estavam no passivo do Poder Executivo e foram reconhecidos como receita após restituição de crédito efetuada pelos poderes e órgãos autônomos, que eram os credores originais dos rendimentos relativos a seus depósitos. (Correio do Povo)

USA: programa do USDA apoia produtores de leite orgânico

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) introduziu em 19 de maio um novo programa de assistência para produtores de leite orgânico para ajudar a mitigar os fatores desafiadores associados ao setor.

O Organic Dairy Marketing Assistance Program (ODMAP), por meio da Farm Service Agency (FSA) do USDA, está disponibilizando US$ 104 milhões para operações de leite orgânico para auxiliar nos custos de marketing projetados em 2023.

“Produtores de leite orgânico enfrentaram aumentos significativos e únicos em seus custos, agravados por aumentos nos custos de alimentação e transporte e pela disponibilidade limitada de grãos orgânicos e forragens”, disse Zach Ducheneaux, administrador da FSA. “Sem assistência, muitas fazendas orgânicas, principalmente as pequenas, interromperão a produção, o que afeta não apenas o abastecimento doméstico e o consumo de leite orgânico, mas também o bem-estar de muitas comunidades rurais em todo o país. Este programa manterá nossos pequenos produtores de leite orgânico em operação enquanto eles continuam enfrentando uma combinação de desafios fora de seu controle”.

A FSA anunciou que os pedidos de ODMAP serão aceitos a partir de 24 de maio, e os produtores qualificados incluem operações de leite orgânico certificadas que produzem leite de vacas, cabras e ovelhas.

Os custos de marketing projetados de um determinado produtor em 2023, disse a FSA, serão baseados em seus custos de 2022, com o ODMAP fornecendo um pagamento único de custos com base nos custos em quilos de leite orgânico comercializado em 2022.

De acordo com o USDA, o ODMAP foi desenvolvido para fornecer suporte imediato às operações de leite orgânico certificadas e mantê-las sustentáveis até que os mercados retornem a condições mais normais.

“Com custos de ração orgânica sem precedentes e pressões inflacionárias nos últimos dois anos, recursos como o ODMAP realmente serão importantes para os planos dos produtores para o restante deste ano”, disse Adam Warthesen, copresidente da Organic Trade Association (OTA) Organic Feedstuffs Relief Task Force e diretor sênior de assuntos governamentais e industriais da Organic Valley.

Britt Lundgren, diretor sênior de sustentabilidade e assuntos governamentais da Stonyfield, disse que se o USDA não tivesse entrado no setor, estaria perdendo produtores de leite orgânico. “Estamos ansiosos para trabalhar com o USDA para cobrir mais os custos reais que os produtorees de leite orgânico estão enfrentando”, disse Lundgren.

Lia Sieler, diretora executiva da Western Organic Dairy Producers Alliance, disse que os recursos “momentâneos” alocados por meio do ODMAP eram necessários. “Os produtores estão lutando para continuar produzindo um produto de qualidade, seguro e nutritivo com os custos atuais de fazer negócios”, disse Sieler. “Agradecemos ao USDA com a ajuda de muitos membros do Congresso por intervir, ouvir nossas vozes e trabalhar diligentemente para obter dinheiro o mais rápido possível para ajudar a aliviar um pouco dessa dor. Nosso trabalho não acabou, mas esta é uma grande vitória para nossa indústria em um momento de tanta incerteza.”

Os produtores de leite orgânico podem se inscrever entrando em contato com a FSA em seus centros de serviço locais do USDA entre 24 de maio e 24 de julho. O processo de inscrição do ODMAP inclui o envio da certificação da produção de leite de 2022 e a documentação da certificação orgânica.

A OTA aplaudiu a ODMAP, com o CEO Tom Chapman dizendo: “A necessidade é real e agora”, para produtores de leite orgânico. Chapman creditou a Força-Tarefa de Alívio ao Comércio de Alimentos da OTA por defender o Congresso e o USDA para superar os desafios enfrentados pelas fazendas orgânicas. “Os produtores familiares são a base do setor de laticínios orgânicos e estamos entusiasmados com o fato de o USDA ter reconhecido a urgência de levar os recursos aos necessitados”, disse Chapman. “Estamos ansiosos para trabalhar em parceria com o USDA para garantir total apoio ao setor de laticínios orgânicos.”

De acordo com a OTA, se todos os produtores de leite orgânico do país se candidatassem ao ODMAP, a organização previa que apenas US$ 30 milhões seriam gastos, portanto, a OTA também pediu ao USDA “que trabalhe com a indústria para liberar mais fundos em tempo hábil para garantir que os valores totais alocados cheguem aos produtores de leite que precisam.” (As informações são do Dairy Processing, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Entrevista TVE
Confira na íntegra a entrevista do Secretário-Executivo do SINDILAT/RS, Darlan Palharini, para o programa Redação, da TVE, que foi ao ar em 26/05/2023, sobre a entrada de grande número de produtos lácteos subsidiados que vêm do Uruguai e da Argentina, com destaque no impacto sobre a indústria. Clique aqui e assista. (TVE- via youtube)