Autor: Sindilat
07/12/2023
Porto Alegre, 07 de dezembro de 2023 Ano 17 - N° 4.040
Representante do Sindilat e Embrapa Gado de Leite de MG Visitam instalações da CCGL durante Workshop
A COOPERATIVA CENTRAL GAÚCHA LTDA (CCGL) recebeu a visita do representante do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Leite), como parte do Workshop promovido pelo Sindilat, Embrapa e Emater, denominado “Workshop Sistemas Típicos de Produção de Leite do Rio Grande do Sul”.
Na CCGL, o grupo foi recebido pela diretoria e gerência, conheceu a Rede Técnica Cooperativa (RTC), a plataforma Smartcoop e o Tambo Experimental com ordenha robótica. Em seguida, visitaram duas propriedades localizadas em Boa Vista do Incra e Fortaleza dos Valos.
O objetivo do workshop é realizar uma imersão nos Sistemas Típicos de Produção de Leite (STPL) do Rio Grande do Sul. Durante o evento, pesquisadores, técnicos, consultores, extensionistas, especialistas do setor, representantes de cooperativas, associações e órgãos de assistência técnica compartilham informações sobre a identificação de modelos, estimativa e avaliação de indicadores de eficiência técnica e econômica na produção de leite.
Durante o workshop, são conduzidos processos guiados por técnicos e especialistas, incluindo dinâmicas práticas para identificação e caracterização dos sistemas e seus coeficientes técnicos. Ao final do evento, o trabalho se consolidará com a validação e análise dos resultados.
A coordenação técnica do evento é realizada pela Embrapa Gado de Leite, por Lorildo Aldo Stock, Luiz Antonio Aguiar de Oliveira, José Luiz Bellini Leite, e pelo Sindilat/RS, por Darlan Palharini. O evento conta ainda com o apoio da Embrapa Trigo e da Emater/RS. (CCGL)
IBGE: Trimestrais da pecuária
Aquisição de leite sobe 1,3% no ano e 8,6% no trimestre
A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária no 3º trimestre de 2023 foi de 6,23 bilhões de litros. O valor correspondeu a um aumento de 1,3% em comparação ao volume registrado no 3º trimestre de 2022 e de 8,6% frente ao obtido no trimestre imediatamente anterior.
Balança comercial de lácteos: novembro mantém avanço nas importações
Por conta de um aumento nas importações, o saldo da balança comercial de lácteos em novembro passou por mais uma queda. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês de novembro chegou a -193 milhões de litros em equivalente-leite, uma queda de 12 milhões em relação a outubro de 2023, conforme pode ser observado no gráfico 1.
Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
As exportações voltaram a registrar queda no último mês e atingiram o menor volume exportado desde agosto/19. Com um volume total de 4,54 milhões de litros em equivalente-leite exportados no último mês, a variação mensal obtida foi de -41% (-3,13 milhões de litros de leite) nas exportações, como mostra o gráfico 2. Com este resultado, os primeiros 11 meses de 2023 configuram uma queda de 51% quando comparado com o volume exportado no mesmo período de 2022.
Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
Enquanto as importações continuaram enfrentando avanço no mês de novembro. Com o total de 197,9 milhões de litros em equivalente-leite importados, o último mês passou por uma alta de 5% em relação ao mês anterior (+9,4 milhões de litros), se tornando o 4º maior mês para as importações de 2023 até então, como mostra o gráfico 3. Nos primeiros 11 meses do ano as importações registram uma variação positiva de 71% em relação ao mesmo período de 2022, já sendo o ano de maior volume nas importações de lácteos na série histórica iniciada em 2000.
Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
A categoria de maior relevância dentro das importações, o leite em pó integral, passou por uma variação mensal de -1% em seu volume total importado, enquanto outras categorias de relevância dentro das importações enfrentaram aumento, como os queijos (+17%) e o leite em pó desnatado (+8%).
Além disso, outras categorias de menor relevância enfrentaram importantes avanços neste último mês, como os iogurtes, que passaram por um avanço mensal de 99% em seu volume importado, os leites modificados, com um avanço de 48%, e outros produtos lácteos, que avançaram aproximadamente 39% no último mês.
Já dentro das exportações, a categoria de maior relevância seguiu sendo o leite condensado, que enfrentou uma queda de 26% em novembro, bem como os queijos, que passaram por um recuo de 32% em seu volume exportado no último mês.
Em contrapartida, a segunda maior categoria dentro das exportações, o creme de leite, enfrentou um avanço mensal de cerca de 14%, enquanto outras categorias de menor relevância apresentaram importantes saltos percentuais nas exportações, como o leite em pó semi-desnatado (+206%) e os iogurtes (+110%).
As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de novembro e outubro deste ano.
Tabela 1. Balança comercial de lácteos em novembro de 2023.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
Tabela 2. Balança comercial de lácteos em outubro de 2023.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
O que podemos esperar para os próximos meses?
Apesar dos preços internacionais dos lácteos, incluindo os preços praticados no Mercosul, demonstrarem firmeza nas últimas semanas, algumas empresas que exportam lácteos para o Brasil relataram uma maior procura dos compradores brasileiros neste último mês, como um movimento de antecipação das compras, visto o avanço nos preços internacionais que é esperado para o início de 2024.
Desta forma, os meses de dezembro e janeiro ainda devem apresentar um alto patamar nas importações brasileiras de lácteos, porém, frente ao aumento esperado nos preços internacionais e em virtude das recentes medidas governamentais que visam frear as importações no ano que vem, no primeiro semestre de 2024 as importações devem apresentar queda quando comparado com o primeiro semestre de 2023. (Milkpoint)
Jogo Rápido
Enfraquecimento do crescimento econômico da China afeta os lácteos
As importações chinesas de produtos lácteos, dos Estados Unidos e de outros países, continuam deprimidas, e o que acontece na China tem um grande impacto sobre os preços do leite e dos produtos lácteos nos EUA, especialmente porque as exportações representam uma parcela crescente da produção total de leite dos EUA. Sarina Sharp, analista do Daily Dairy Report, disse que os recentes problemas econômicos da China já estão tendo um impacto sobre as importações de leite e produtos lácteos do país. Embora a recuperação econômica da China após a pandemia não tenha sido tão robusta quanto alguns previram, a previsão para o futuro parece muito mais sombria. As estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2023 apontam para um crescimento de 5,4% do produto interno bruto (PIB) em relação ao ano anterior, o que é apenas um crescimento moderado para a segunda maior economia do mundo. Olhando para o futuro, o FMI espera que o crescimento econômico da China desacelere. A contínua fraqueza do mercado imobiliário chinês e a fraca demanda pelas exportações da China podem pressionar o crescimento do PIB em 2024 para apenas 4,6% e, em 2028, o crescimento da China deve desacelerar para cerca de 3,5%, à medida que a população do país envelhece, de acordo com o FMI. "Os preços dos suínos na China estão em baixa, já que o setor luta contra um excesso de oferta e uma demanda lenta por carne suína. Em meio ao alto índice de desemprego entre os jovens e um setor imobiliário endividado, espera-se que a economia da China não seja tão boa, o que sugere que os preços da carne suína chinesa poderão permanecer baixos até 2024", disse Sharp. " A China importou 53,93 milhões de quilos de soro de leite de todas as origens em outubro, uma queda de 3,6% em relação ao ano anterior. As importações anuais de produtos de soro de leite dos EUA também caíram pelo quinto mês consecutivo, 12,8%, de acordo com dados do USDA. No acumulado do ano até outubro, as importações de leite em pó integral da China ficaram 38% abaixo do período comparável em 2022, e as importações de janeiro a outubro foram as mais baixas desde 2016. A demanda deprimida por leite em pó integral pesou sobre as importações totais de lácteos da China em outubro; a China comprou apenas 18,5 milhões de quilos de leite em pó integral no mês passado, o que foi 32% menor do que em outubro de 2022 e o menor volume para qualquer mês em mais de cinco anos. "Isso foi suficiente para arrastar as importações agregadas de lácteos chineses bem abaixo dos volumes de 2022, apesar dos modestos ganhos ano a ano nas importações de leite em pó desnatado, leite fresco UHT e queijo", observou Sharp. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)
06/12/2023
Porto Alegre, 06 de dezembro de 2023 Ano 17 - N° 4.039
FIL/IDF e EDA promoveram evento na COP28 - Sobre importância Leite
COP28 - Preocupadas com a necessidade de garantir agrossistemas sustentáveis, paralelo à COP 28 a Federação Internacional de Lacticínios (IDF) e a Associação Europeia de Lacticínios (EDA) promoveram no dia 05/12/2023 um Evento Oficial online com o seguinte tema: “Como os alimentos de origem animal nutrem o mundo em tempos de alterações climáticas”.
Desde 30 de novembro de 2023, representantes de quase 200 países estão reunidos em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para coordenar ações globais climáticas na 28ª Conferência do Clima da ONU (COP 28).
Tal abordagem é fundamental nos tempos atuais visto que assim como uma das metas da COP 28 é “Colocar a natureza, as pessoas e as comunidades no centro das ações climáticas, incluindo o auxílio para que os mais vulneráveis se adaptem às mudanças que já estão ocorrendo” a discussão deste evento paralelo tem como um dos objetivos explorar o papel dos alimentos territoriais de origem animal na segurança nutricional e na ação climática, em particular no caso de populações vulneráveis, incluindo mulheres e crianças.
Os objetivos deste evento foram fornecer uma abordagem holística e equilibrada sobre nutrição, sustentabilidade econômica e social e ação climática dentro dos sistemas agroalimentares, destacar a importância dos alimentos de origem animal terrestre para dietas nutritivas saudáveis, apoiar a sustentabilidade alinhada com os objetivos da ação climática e enfatizar a inclusão de alimentos de origem animal láctea e terrestre nos programas de alimentação escolar.
Os sistemas alimentares existentes são incapazes de satisfazer as necessidades de bem-estar da humanidade. Hoje, aproximadamente 9% da população mundial experimentam fome e 30% experimentam desnutrição, ao mesmo tempo em que dietas não saudáveis são a maior ameaça à saúde humana por doenças relacionadas ao estilo de vida. Com o planeta precisando alimentar e nutrir mais 1,2 bilhão de pessoas até 2040, enfrentar as questões que envolvem os sistemas alimentares tornou-se um dos desafios mais críticos e complexos para a humanidade. Esse desafio deve ser enfrentado em condições ecológicas, socioeconômicas e geopolíticas cada vez mais desafiadoras.
Sendo assim discussões como as que estão ocorrendo na COP 28 e eventos como esse da Federação Internacional de Lacticínios (IDF) e a Associação Europeia de Lacticínios (EDA), são fundamentais para implementação dos objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e Acordo de Paris no que se refere aos sistemas sustentáveis. Acesse o artigo na íntegra, clicando aqui. (Elaboração Terra viva)
EUA – O amor pelos lácteos continua, e o consumo de queijo atinge o máximo histórico em 2022
Queijo/EUA – Os americanos estão escrevendo um novo capítulo de amor pelos produtos lácteos, de acordo com os novos dados do Departamento de Agricultura (USDA), mostrando que o consumo per capita atingiu 653 libras por pessoa, [aproximadamente 296,20 quilos per capita], em 2022, 63 pounds acima da média histórica iniciada em 1975, quando o USDA começou monitorar o consumo por pessoa.
O consumo de queijo atingiu o maior valor de todos os tempos em 2022, 42 pounds por pessoa, [19,05 quilos], um aumento de 220 gramas em relação ao ano anterior. A título de comparação, a média do consumo de queijo dos estadunidenses em 2000 foi de 32,2 libras, e de 21,9 libras em 1980. O consumo de sorvetes também aumentou em 2022, na comparação com o ano anterior, enquanto que outros produtos lácteos, incluindo iogurte e manteiga mantiveram as altas consistentes de anos recentes.
“Os norte-americanos estão recorrendo aos laticínios como nunca, por compreenderem que além de ser parte de uma dieta saudável, são servidos para comemorar eventos com a família e os amigos, ou ainda para variar as refeições e lanches diários. Os dados do USDA demonstram como os consumidores continuam escolhendo produtos lácteos, mesmo quando fazem compras conscientes dos preços, ilustrando como os produtos lácteos permanecem acessíveis e baratos para todas as pessoas. Os laticínios são mais do que um alimento ou uma bebida – eles se tornaram parte essencial de nossas vidas, em mais de 95% dos lares dos EUA em qualquer dia. O crescimento do consumo dos lácteos é uma prova de que as indústrias de laticínios disponibilizam produtos saudáveis, deliciosos e acessíveis para pessoas de todas as idades, durante todo o ano”.
Somente na última década, o consumo doméstico de queijo per capita aumentou 17,1% e o consumo per capita de manteiga cresceu 9%.
No geral, os dados do USDA mostram que o consumo per capita de produtos lácteos nos EUA vem aumentando consistentemente a cada ano, com aumento de 7,5% nos últimos 15 anos e de 16,1% nos últimos 30 anos.
Os gráficos ilustram o crescimento consistente do consumo per capita de produtos lácteos nos EUA. O consumo geral de produtos lácteos , em 2022, foi o segundo maior já registrado. (Fonte: Dairy Herd – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
Mapa participa de debate sobre modelos de desenvolvimento de baixo carbono
A comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participa da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), em Dubai, desde o dia 1º de dezembro. No domingo (3), a agenda contemplou o painel intitulado “Pecuária e Mudanças Climáticas nas Américas: Rumo a Modelos de Desenvolvimento de Baixo Carbono”, promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), que reuniu especialistas e autoridades para discutir estratégias que promovam soluções sobre o tema.
A secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda, representou o Brasil no debate que abordou as crescentes preocupações globais sobre as mudanças climáticas. Para ela, é importante ter o olhar voltado não apenas para a mitigação, mas também promover a adaptação às mudanças climáticas e garantir a eficiência na produção de alimentos, por meio de sistemas mais resilientes: "Temos que reconhecer a vulnerabilidade da agropecuária frente às mudanças climáticas e devemos acelerar a adoção de tecnologias que promovem resiliência. É um compromisso com resultados econômicos, sociais e de mitigação”, enfatizou.
Renata também ressaltou a importância de ter atenção aos maiores emissores do planeta e compreender seus resultados no clima. "Mais de 75% das emissões de gases de efeito estufa são provenientes de combustível fóssil. Precisamos exigir ações imediatas dos maiores emissores e sobre os impactos que eles têm nas mudanças climáticas. Somente assim poderemos fazer uma defesa adequada do setor agropecuário”, concluiu.
As discussões giraram em torno das temáticas de mitigação das emissões de carbono e de modelos de produção sustentáveis. Um aspecto importante destacado no evento foi o papel da pecuária não apenas na produção de alimentos, mas também na regeneração ambiental, especialmente em áreas onde a agricultura convencional não é viável.
O painel foi composto, também, pelo pesquisador do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet) e membro da Academia Nacional de Agronomia e Veterinária da Argentina, Ernesto Viglizzo; e pelo ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Fernando Mattos. Os participantes ofereceram uma análise abrangente e atualizada sobre os desafios e oportunidades para um desenvolvimento sustentável na pecuária das Américas. (MAPA)
Jogo Rápido
LEITE PARA MELHOR QUALIDADE DO SONO
onsumir leite de forma regular pode aprimorar a qualidade do sono e promover noites mais tranquilas e restauradoras. Esse efeito se deve à alta concentração de triptofano no leite, o qual desempenha um papel essencial na síntese e liberação da melatonina, conhecida como o hormônio do sono. 📌 Fonte: The Effects of Milk and Dairy Products on Sleep: A Systematic Review. Int. J. Environ. Res. Public Health, 2020. DOI: https://doi.org/10.3390/ijerph17249440
05/12/2023
Porto Alegre, 05 de dezembro de 2023 Ano 17 - N° 4.038
GDT - Global Dairy Trade
Fonte: GDT adaptado SINDILAT
UR – Outubro, a um passo do recorde mensal de captação de leite
Leite/UR – A captação de leite no Uruguai subiu em outubro de 2023, com crescimento de 2%, alcançando 221 milhões de litros (em outubro do ano passado foram 216 milhões de litros).
O dado, divulgado pelo Instituto Nacional do Leite (Inale), se complementa com outros registros, ambos positivos.
Um é o aumento de 1% a mais quando se compara a captação total nos últimos 12 meses em relação ao ano móvel anterior, totalizando 2,106 bilhões de litros.
O outro, uma pequena melhora no acumulado de janeiro a outubro de 2023, que alcançou 1,732 bilhões de litros, 1% a mais em relação ao mesmo período de 2022.
A um passo de um recorde
Nos registros de 2023 a captação de outubro (221 milhões de litros) é a maior com base em medições mensais, superando os 207 milhões de setembro. O menor volume foi verificado em fevereiro, 121 milhões de litros.
Tudo isto com a primavera totalmente em curso, que é quando ocorrem as maiores produções; em 2022 o recorde de outubro foi de 216 milhões de litros, depois dos 211 milhões de setembro.
Na série histórica, a maior captação mensal foi registrada em outubro de 2020, com 222 milhões de litros, muito próximo do volume deste ano.
Em termos de sólidos do leite, em outubro, o teor de matéria gorda foi de 3,87% e de proteína 3,51%. Os melhores registros de 2023 ocorreram em abril com 4,05% e setembro 3,59%, respectivamente, os percentuais de matéria gorda e proteína.
Fonte: El Observador – Tradução livre: www.terraviva.com.br
Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa reabre para análises
O Laboratório de Qualidade do Leite (Lableite), da Embrapa Clima Temperado, reabre sua agenda para realização de análises de qualidade do leite para os produtores da região. O Laboratório não ofereceu atendimento ao público durante o período da pandemia do Covid-19 por condições sanitárias exigidas na época, agora está de portas abertas, atendendo os requisitos do programa oficial de melhoria de qualidade do leite cru do Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Ele fica localizado na Estação Experimental Terras Baixas (ETB), no Capão do Leão.
A pesquisadora e responsável técnica (RT), Rosângela Silveira Barbosa, disse que no final do mês de agosto recebeu o último parecer final, resultado das avaliações metrológicas realizadas no primeiro semestre deste ano pelo Laboratório de Referência do LFDA - MG /MAPA e pela Cgcre/Inmetro. ““No mês de setembro foi realizado treinamento sobre o novo instrumento jurídico Carta-Proposta que é um modelo que parece contemplar de maneira mais adequada a relação existente entre a demanda do setor lácteo e a concretização da viabilização do Lableite para seu atendimento, e no mês de outubro, o Laboratório iniciou a divulgação e contato com os clientes”, disse.
Além disso, conforme a pesquisadora, o Lableite poderá realizar Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com os laticínios e cooperativas. Além das análises oficiais poderá contribuir com apoio técnico por meio de palestras, dias de campo, ministrar cursos e treinamentos aos produtores e aos técnicos, dentre outras ações.
Atuação do Laboratório
O Laboratório foi fundado em 15 de outubro de 2005, está credenciado no MAPA e incluído na Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL), integrando o Sistema de Pesquisa e Desenvolvimento em Pecuária Leiteira (SISPEL). A estrutura atende os requisitos da NBR/ISO 17025 e atua na pesquisa e prestação de serviços na área da qualidade do leite. É o único laboratório público do Rio Grande do Sul credenciado na RBQL.
O Lableite possui equipamentos para análise de composição química do leite e contagem de células somáticas (CCS) e equipamentos para realização de análises de contagem padrão em placa (CPP). São realizadas análises de gordura, proteína, lactose, sólidos totais, contagem de células somáticas, contagem padrão em placa e pesquisa de resíduos de antibióticos em leite por métodos qualitativos (Kits comerciais) e quantitativos (teste confirmatório por meio de análises de cromatografia).
Suas análises avaliam a qualidade do leite visando adequar aos padrões previstos na Instrução Normativa 76 e 77 (IN 76 e 77). A regulamentação federal exige que, na avaliação da matéria prima, pelo menos duas amostras de leite de cada produtor passem por avaliações a cada mês.
Os interessados em enviar amostras de leite para a análise no Lableite devem entrar em contato com o laboratório pelo telefone (53) 3275-8440 ou pelo email cpact.lab.leite@embrapa.br para receber as informações de coleta e envio de amostras, bem como, o custo por amostra.
Obras para ampliação
Atualmente a estrutura passa por uma ampliação, onde está sendo construída uma base física para alojar os equipamentos de cromatografia, os quais realizam pesquisa qualitativa e quantitativa de resíduos, como por exemplo antibióticos, micotoxinas, etc em leite e derivados. O recurso orçado em cerca de 1,6 milhões para a obra, advém do Projeto Leite Seguro, que tem como financiador o Fundo dos Direitos de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. A previsão de conclusão é março de 2024.
As informações são da Embrapa, adaptadas pela equipe MilkPoint.
Jogo Rápido
PIRACANJUBA ANUNCIA NOVA DIRETORA DE MARKETING
A Piracanjuba, indústria de laticínios, anuncia a promoção de Lisiane Guimarães da Silva Campos como sua nova diretora de Marketing. A colaboradora, com mais de 26 anos de experiência no mercado de alimentos, atua estrategicamente à frente das áreas de Publicidade, Comunicação Corporativa e Digital, Relacionamento com Consumidores, Embalagens, Regulatório, Produtos e Insights, Eventos e Patrocínios. Na Piracanjuba há 18 anos, Lisiane participou de importantes marcos da companhia, como a expansão nacional da marca, lançamento de produtos inovadores e pioneiros no mercado, como a linha zero lactose e o leite A2 de caixinha. “Com mais de 68 anos no mercado, a Piracanjuba tem uma trajetória de sucesso e importantes conquistas. Vislumbramos um cenário de crescimento pela frente e nossa meta é dobrar o atual faturamento até 2028. Para isso, a atuação estratégica da área de marketing é essencial e já estamos trabalhando em diferentes frentes de expansão, como ampliação de portfólio e projetos de branding”, comenta Lisiane. Formada em Administração pela Faculdade Cambury e com MBA em Marketing, pela FGV, Lisiane tem experiência no desenvolvimento e execução de planos integrados de marketing e comunicação, branding e trade marketing. (Edairy News)
04/12/2023
Porto Alegre, 04 de dezembro de 2023 Ano 17 - N° 4.037
"Não há solução a curto prazo", diz presidente do Sindilat-RS
Diretor da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella acaba de ser reconduzido à presidência do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), para o triênio 2024-2025. Ele falou sobre os desafios do setor em entrevista ao Campo e Lavoura, na Rádio Gaúcha. Leia abaixo trechos da conversa.
Depois de um ano de intensificação da crise no setor, o que é possível projetar para 2024?
Passamos por uma conjuntura muito complexa em 2023. O setor de lácteos sofreu muito com a diminuição do consumo interno mas, também, com o ingresso de grande volume de leite em pó importado, que acabou pressionando o nosso mercado, e ainda sofre os efeitos disso no campo. Para 2024, apostamos em uma retomada da economia, para que possamos fortalecer o consumo e recuperar o espaço perdido em 2023.
Como lidar com questões que fogem ao controle do setor em uma atividade de ciclo longo?
Não há solução de curto prazo. Embora o Brasil seja o terceiro maior produtor de leite do mundo, historicamente, importa, cerca de 5% do volume consumido. Isso se dá por fatores conjunturais mas, especialmente, por uma baixa competitividade frente aos principais players globais. Normalmente, produz um leite entre US$ 0,05 e US$ 0,06 mais caro do que o de países vizinhos. Neste ano, chegamos a estar, em alguns meses, a US$ 0,14 acima do leite da Argentino, por exemplo. Temos de avançar em competitividade.
O que daria ao Brasil maior competitividade?
Podemos pensar em uma série de fatores, como a produtividade da vaca. Na Argentina hoje, em média, uma vaca produz, em média, 7,57 mil litros por ano. No Brasil, 2,7 mil. Precisamos aproximar isso para conseguir diminuir custos, atendendo um valor dentro de uma escala global. Automaticamente, estaremos protegidos das importações, podendo pensar, de maneira mais efetiva, nas exportações. Não é uma receita simples, precisamos pensar a muitas mãos, indústrias e produtores, com o governo, para que se criem políticas públicas de transformação para cadeia do leite no Brasil, para que possamos atingir um nível de competitividade que nos permita brigar por terceiros mercados.
Nas questões de competitividade, entrou muito em debate o subsídio que países como a Argentina concedem aos seus produtores de leite. Isso não traz condições desiguais de competição?
Com certeza. Desde a pandemia, a Argentina tem dado um bônus em dinheiro, direto aos produtores. Isso é um fator importantíssimo dentro dessa discussão de competitividade, é um deles, tem outras questões conjunturais, inclusive concentração e eficiência na cadeia produtiva. De fato, isso tem de ser ouvido e atendido pelo governo. É necessário criar uma condição competitiva aqui, no Brasil criando, no mínimo, paridade para que a gente possa competir com Argentina e Uruguai. Isso é fato, temos discutido setorialmente com o governo estadual, mas também com o federal. O governo tem procurado criar alternativas, refinar algumas coisas trazidas pelos produtores rurais para que, enquanto setor, a gente possa avançar.
Dados do Cepea apontam a sexta queda consecutiva no valor mensal da média Brasil e de 24,8% no acumulado do ano. Isso não é um desestímulo ao produtor? Como ele vai buscar uma melhor produtividade e competitividade diante desse cenário?
Temos de pensar sempre que o produtor tem de ser remunerado de maneira justa, essa tem de ser uma briga da indústria. Não existe produtor sem indústria, nem indústria sem produtor. O preço na gôndola tem caído. E aí, a gente pode trazer de novo a questão das importações. À medida que se importa produto com um custo muito abaixo do Brasil, força todo o mercado pra baixo. Ao mesmo tempo que se fala da queda, que é verdadeira, quando se analisa o preço do leite que é pago em outros países do mundo, o do Brasil, ainda é um dos mais altos. Por isso, a necessidade de voltar para a questão da competitividade, para conseguir produzir mais, com mas eficiência, remunerando o produtor de forma justa pelo árduo trabalho, mas que nos coloque em condição de competir. Só conseguiremos mudar esse ciclo quando tivermos um custo em escala global. Essa globalização exige que todas as atividades consigam sobreviver e competir nos mesmos parâmetros praticados em todos os mercados do mundo.
Quais os principais nessa nova gestão à frente do Sindilat?
Acho que temos um grande desafio, que é essa questão da competitividade. E melhorar ainda mais essa união do setor. Precisamos nos abraçar para criar um mecanismo que de fato funcione e para que a gente consiga melhorar a produtividade, reduzir os custos do setor, remunerando o produtor de maneira justa. Isso é muito importante. Fazendo com que as empresas e as cooperativas consigam sobreviver, melhorem suas escalas, sua produção. E não se faz isso sozinho. Precisamos avaliar como dar previsibilidade ao produtor, como trazer eficiência, e o governo é parte importantísssima nesse processo, precisa nos ajudar a direcionar políticas públicas corretas para que vençamos essa batalha e façamos com que o leite brasileiro, especialmente o gaúcho, vire um produto de exportação. (GZH)
Argentina: produção de leite teve sua pior queda em mais de quatro anos
Em outubro, a produção nacional de leite da Argentina foi de 1,066 bilhão de litros, de acordo com o Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA). Esse volume representa uma queda de 3,1% em relação ao mês anterior e de 4,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.
É também a pior queda em mais de quatro anos.
De modo geral, a produção em outubro costuma apresentar um crescimento - em sua média diária - de 1% a 2%, mas, nessa ocasião, caiu 0,2%. O principal motivo é a seca generalizada e prolongada sofrida, em graus variados, em todas as regiões produtoras.
Esse cenário de falta de água se refletiu em uma redução na disponibilidade de pastos e reservas de forragem que ainda persiste em muitas áreas. Ao mesmo tempo, os produtores de leite também estão sofrendo com as relações desfavoráveis entre os preços do leite e alguns insumos básicos, especialmente os concentrados.
Se a análise for estendida para o período de janeiro a outubro, a produção foi 1,2% menor na comparação anual.
Como será o fechamento de 2023
Faltando pouco mais de um mês para o encerramento do ano, a OCLA projetou como as fazendas leiteiras argentinas encerrarão 2023 em termos de produção.
"É certo que a produção dos meses restantes do ano permanecerá com taxas anuais negativas em relação ao ano anterior (entre 5 e 7%), resultando em uma taxa anual acumulada de -2% em relação a 2022", calcularam.
Além de analisar o número de fazendas leiteiras, em seu relatório a OCLA também estudou a evolução dos chamados "sólidos úteis", como gordura e proteína.
Entre janeiro e outubro, esse indicador caiu 1,4%, contra uma queda na produção de 1,2%. Isso mostra que houve uma pequena deterioração no conteúdo de sólidos do leite.
"Como de costume, a produção a partir do pico em outubro cai a uma taxa de 5% ao mês até março/abril, e então começa a se recuperar novamente em outubro", concluíram.
As informações são do Infocampo, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.
No combate ao carrapato há quase duas décadas
Rovaina Doyle, cientista do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), acredita que cenário para a pesquisa melhorou no último ano, mas que falta ainda celeridade para chegar ao produtor
Um dos grandes problemas da pecuária, do ponto de vista do bem-estar animal e das perdas econômicas, é o carrapato. O parasita é o foco dos estudos da pesquisadora Rovaina Laureano Doyle, lotada em Eldorado do Sul, no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF).
Rovaina, com 45 anos, está há pelo menos 18 anos a serviço do Estado, tendo ingressado em 2005 pela porta da Fundação de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). Doutora em parasitologia, ela reside dentro do centro de pesquisas, com o marido, Mauro Peres Ferreira, e os filhos João, de 15 anos, e Gabriel, de 8 anos.
Dedicada à investigação das doenças ocasionadas pelo carrapato − entre as quais a tristeza bovina, com alto índice de mortalidade − e endoparasitoses, Rovaina é o que se define como mãe atípica. João, o filho mais velho, se enquadra em transtorno do espectro autista, exigindo atenção multidisciplinar.
“Trabalhar no Estado e morar dentro do centro me permite acompanhar o desenvolvimento dele com mais conforto, já que posso reduzir minha carga horária entre 30% e 50%. Além disso, conto com a parceria do meu marido.
Ele é o grande motivo de eu conseguir cumprir minhas atividades no laboratório. Porque ele cuida dos meninos e da casa durante o dia e trabalha à noite”, elogia.
Rovaina , com um bom humor invejável para o que ela diz ser um cotidiano “se virando nos 30”, tem como hobby a confecção de simpáticos carrapatos de pelúcia. Ela avalia que o momento da pesquisa no Rio Grande do Sul e no Brasil começa a dar sinais de melhora, com mais aporte de recursos e abertura de frentes de financiamento. Segundo ela, entretanto, nos últimos anos a atividade foi permeada pelo descrédito, em grande parte fomentado por governos que a consideraram menos importante.
”O resultado disso é que temos cada vez menos profissionais interessados em investir na carreira de pesquisador, pelas dificuldades que se apresentam para conseguir recursos e pela defasagem salarial. Aqui no IPVDF (o centro oferece curso de mestrado), temos visto sobrarem vagas nos processos seletivos”, relata ela.
A pesquisadora ressalta ainda que, mesmo com a ampla dedicação dos cientistas do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa em Agropecuária (DDPA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), ainda existe um descompasso entre o conhecimento produzido e a chegada deste a seu destinatário final: o produtor. “Todo o nosso trabalho é feito com o objetivo de melhorar o desempenho das propriedades e da produção, mas ainda demora um pouco para chegar na ponta." conclui Rovaina.
Jogo Rápido
Chuva e umidade persistem no Estado pelos próximos dias
Os próximos sete dias permanecerão com umidade e chuva no Rio Grande do Sul, conforme o Boletim Integrado Agrometeorológico 48/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (01/12), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firma na maioria das regiões. Somente no Oeste poderão ocorrer pancadas isoladas de chuva. No sábado (02/12) e domingo (03/12), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Entre segunda (04/12) e quarta-feira (06/12), a aproximação de uma nova área de baixa pressão manterá a nebulosidade, provocando pancadas de chuva e trovoadas em todo o Estado. Os volumes esperados deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maior parte do Rio Grande do Sul. No Alto Uruguai, Litoral, Zona Sul e Campanha, os totais previstos são mais elevados e deverão oscilar entre 50 e 65 mm - podendo superar 80 mm em várias localidades, especialmente na fronteira com o Uruguai. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)
01º/12/2023
Porto Alegre, 01º de dezembro de 2023 Ano 17 - N° 4.036
Sindilat e Embrapa Gado de Leite promovem workshop focado nos Sistemas Típicos de Produção de Leite
Realizar uma imersão nos Sistemas Típicos de Produção de Leite (STPL) do Rio Grande do Sul é o objetivo do workshop que será promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Leite) e Emater/RS Ascar.
No decorrer do evento, pesquisadores, técnicos, consultores, extensionistas, especialistas do setor, representantes de cooperativas, associações e órgãos de assistência técnica irão receber informações sobre como identificar modelos, estimar e avaliar indicadores de eficiência técnica e econômica na produção de leite.
No dia 07, a partir das 8h30min, o encontro será realizado na Sala de Reuniões 02 da Embrapa, na Rodovia BR-258, no km 294, em Passo Fundo (RS). Através de processos guiados por técnicos e especialistas, serão realizadas as dinâmicas práticas para identificação e caracterização dos sistemas e seus coeficientes técnicos nos tipos A, B, C e D. Ao final, o trabalho irá se consolidar com a validação e análise dos resultados.
A coordenação técnica do evento é feita pela Embrapa Gado de Leite, por Lorildo Aldo Stock, Luiz Antonio Aguiar de Oliveira, José Luiz Bellini Leite, e pelo Sindilat/RS, por Darlan Palharini. O evento conta ainda com apoio da Embrapa Trigo e da Emater/RS.
Dia 07/12/2023 - Embrapa Trigo em Passo Fundo (RS)
08:30 – 09:00 - ABERTURA - Darlan Palharini, Sindilat/RS. Jorge Lemainski, Chefe–Geral da Embrapa Trigo. Dartanha Luiz Vecchi, Gerente Regional da Emater/RS.
09:00 – 10:00 - Identificação e caracterização dos sistemas típicos. Lorildo Aldo Stock, Embrapa Gado de Leite
10:00 – 10:30 - Intervalo
10:30 – 11:30 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico A. Lorildo Aldo Stock, Embrapa Gado de Leite
11:30 – 12:30 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico B. Lorildo Aldo Stock, Embrapa Gado de Leite
12:30 – 14:00 - Intervalo
14:00 – 15:00 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico C. José Luiz Bellini Leite, Embrapa Gado de Leite
15:00 – 16:00 - Coeficientes técnicos do Sistema Típico D. Luiz Antonio A. de Oliveira, Embrapa Gado de Leite
16:00 – 17:30 - Validação e análise dos resultados. Lorildo Aldo Stock, Embrapa Gado de Leite
17:30 – 18:00 - Encerramento
Darlan Palharini – Sindilat/RS. Jorge Lemainski, Chefe–Geral da Embrapa Trigo. Dartanha Luiz Vecchi, Gerente Regional da Emater/RS.
Como presidente de empresa do grupo Randon busca alcançar receita de R$ 1 bi
Desde 2005 na posição de CEO da RAR, Sergio Barbosa assumiu a presidência da empresa idealizada por Raul Anselmo Randon na década de 1970
Com uma trajetória iniciada na década de 1990 no grupo Randon, Sergio Barbosa assume agora o desafio de ser presidente da RAR. A empresa que carrega no nome as iniciais do idealizador, Raul Anselmo Randon, começou com a maçã, na Serra, e hoje tem um portfólio diversificado. Desde 2005 como CEO da marca, Barbosa mira no objetivo de chegar a R$ 1 bi em faturamento. Confira trechos da entrevista à coluna no Campo e Lavoura da Rádio Gaúcha.
Uma das metas da RAR é chegar a R$ 1 bilhão em faturamento. De que forma?
Esse projeto todo vem de uma visão nossa. O seu Raul sempre falava: se a gente não cresce, é engolido. Então, tem de crescer, e de que maneira? Gerando caixa e, principalmente, através das pessoas. O que faz a diferença são as pessoas. Vamos ampliar portfólios. Na maçã, são 80 mil toneladas em 1,2 mil hectares, e a gente exporta. Queremos crescer 50% na quantidade de maçã. O queijo, da mesma forma, queremos dobrar a produção, e dobrando, tem de ter mercado. Já exportamos para Chile, Paraguai, África do Sul e de estamos olho nos Estados Unidos. Prospectamos também os canais de venda. Inauguramos a sétima franquia. Nos próximos cinco anos, queremos colocar 20, e chegar a 50 nos próximos 10.
Para quando se pretende chegar a esse resultado?
Temos uma visão de curto prazo, de cinco anos, e de longo, 10 anos. Estamos em 2023, então, seria até 2033 para chegar a R$ 1 bi. Podemos chegar antes? Até podemos. Dependerá das parcerias que fizermos e da evolução do mercado, interno e externo. Além dos produtos, tem todo um processo de ESG, que estamos muito empenhados, não só de agora. Já faz algum tempo que trabalhamos a parte do ambiente, de ações sociais e de governança.
Ainda há espaço para ampliar a diversificação de produtos?
Procuramos sempre olhar nosso propósito, que é o prazer de comer e beber bem, ter produtos de qualidade, premium, que complementam a linha. Estamos de olho em outros tipos de queijo, como o do mofo branco, que cabem no nosso portfólio e principalmente nos canais de venda. Tem o food service, os restaurantes, a questão também das franquias. Nas frutas, as que fazem linha com o que produzimos e trazemos de fora. Estamos fazendo algumas parcerias de trazer frutas de Portugal, que complementam o mercado interno, porque temos produção. Trazemos da Itália mais de duzentas toneladas de queijos duros. Uma variedade de portfólio para satisfazer o cliente.
Ouça a entrevista completa clicando aqui.
As informações são de GZH
EMATER/RS: Informativo Conjuntural nº 1791 – 30 nov. 2023
As condições climáticas favoráveis impactaram positivamente a oferta de forragem e as condições de pastejo, reduzindo o acúmulo de barro. O conforto animal melhorou devido às chuvas moderadas e às temperaturas médias, porém a infestação de carrapato e moscado-chifre é preocupante em várias propriedades e exige controle.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, muitos produtores ainda estão implantando pastagens anuais de verão, enquanto as propriedades com pastagens perenes e campo nativo de qualidade já apresentam produção satisfatória. O uso de áreas de cereais de inverno, como feno, silagem e grãos (aveia e trigo), é uma alternativa acessível para suplementar a dieta animal. As infestações de carrapato e mosca-do-chifre atingem várias propriedades e devem ser controladas.
Na de Caxias do Sul, em decorrência da escassez de pastagens, a alimentação tem se baseado na silagem de milho, complementada com ração proteica. No entanto, os estoques desses insumos estão baixos nas propriedades. A sanidade permaneceu dentro da normalidade, e o estado corporal dos animais se manteve estável, sem restrições alimentares.
Na de Frederico Westphalen, o extenso período de alta umidade segue comprometendo o manejo dos animais tanto no pasto quanto nas proximidades da sala de ordenha.
Na de Ijuí, a persistente umidade tem provocado um aumento de mastites devido ao contato do úbere com o solo molhado durante o descanso dos animais.
Na de Passo Fundo, os preços reduzidos do produto têm desestimulado investimentos e levado os produtores a adotarem medidas de contenção de custos. A apreensão persiste entre os produtores em razão da remuneração limitada pelo litro de leite em suas propriedades.
Na de Pelotas, em Pedras Altas, os produtores enfrentam redução na oferta de forragem em função do término do período de produção de feno de culturas de inverno e transição para pastagens de verão.
Em Pedro Osório, os índices de produção estão estáveis, e os animais têm sido direcionados ao pastejo para reduzir os custos.
Na de Santa Rosa, a sequência de dias ensolarados resultou em melhora nas condições das instalações e das pastagens. A luminosidade e a umidade favoreceram o rebrote das pastagens, aumentando a oferta de pasto. Com isso, muitos produtores puderam reduzir a oferta de silagem, feno e ração para diminuir os custos.
Na de Soledade, a umidade excessiva está favorecendo o surgimento de enfermidades, como mastite.
As informações são da EMATER/RS
Jogo Rápido
Chuva e umidade persistem no Estado pelos próximos dias
Os próximos sete dias permanecerão com umidade e chuva no Rio Grande do Sul, conforme o Boletim Integrado Agrometeorológico 48/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (01/12), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firma na maioria das regiões. Somente no Oeste poderão ocorrer pancadas isoladas de chuva. No sábado (02/12) e domingo (03/12), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Entre segunda (04/12) e quarta-feira (06/12), a aproximação de uma nova área de baixa pressão manterá a nebulosidade, provocando pancadas de chuva e trovoadas em todo o Estado. Os volumes esperados deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maior parte do Rio Grande do Sul. No Alto Uruguai, Litoral, Zona Sul e Campanha, os totais previstos são mais elevados e deverão oscilar entre 50 e 65 mm - podendo superar 80 mm em várias localidades, especialmente na fronteira com o Uruguai. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)
30/11/2023
Porto Alegre, 30 de novembro de 2023 Ano 17 - N° 4.035
STF dá vitória aos Estados e permite cobrança do Difal do ICMS desde abril de 2022
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por seis votos a cinco, que os Estados podem cobrar o diferencial de alíquota (Difal) do ICMS desde abril de 2022. Os ministros entenderam que o recolhimento não precisa respeitar os princípios da anterioridade anual (espera de um ano para incidência), apenas a nonagesimal (espera de 90 dias).
O resultado frustrou a expectativa favorável aos contribuintes. No plenário virtual, onde o julgamento começou, o placar estava em cinco a três para as empresas.
O Difal do ICMS é um tributo que incide sobre operações interestaduais e visa equilibrar a arrecadação entre os Estados. O valor é calculado a partir da diferença entre as alíquotas de ICMS do Estado de destino do produto e de origem da empresa.
A lei que regulamentou o recolhimento foi sancionada em janeiro de 2022. A partir de então, instalou-se um impasse sobre o momento de início da cobrança. Setores da indústria e do varejo alegaram que a instituição do Difal equivale à criação de tributo e, por isso, deveria se sujeitar às anterioridades previstas em lei. Já os Estados argumentaram que o Difal não é um novo imposto, pois não aumenta a carga tributária e apenas muda a sistemática de distribuição do ICMS.
O voto de desempate coube ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, que destacou que a questão trata de "justiça fiscal". "O tributo foi criado por lei ordinária dos Estados, e não pela lei complementar federal que o STF instituiu como condição. Uma vez vigente a lei complementar federal, as leis estaduais que tinham eficácia suspensa voltam a produzir seus efeitos. A meu ver, nem se exigiria anterioridade nonagesimal, mas a lei complementar previu", disse o ministro.
A definição da data de início da cobrança tem implicação bilionária para Estados e empresas de e-commerce. De acordo com o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), a discussão tem impacto de R$ 14 bilhões para a arrecadação estadual.
Embora os Estados aleguem que o Difal não gera aumento de tributo, o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) disse em manifestação ao Supremo que empresas como Magazine Luiza, Carrefour, Assaí Atacadista e Renner "tiveram grande redução da margem bruta de lucro" devido ao Difal. O tema levou a empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza, a procurar ministros do STF para defender a posição do varejo.
O voto vencedor foi o do relator, Alexandre de Moraes. Ele foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Kássio Nunes Marques, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Barroso.
A divergência foi aberta pelo ministro Edson Fachin e foi seguido pelos ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, André Mendonça, Rosa Weber e Cármen Lúcia. No entendimento desses magistrados, a cobrança deveria iniciar apenas em abril de 2023.
3 cenários
A demora em bater o martelo sobre o assunto causou três situações: há quem pague o tributo desde 2022, quem realizou depósito judicial e quem não pagou e reduziu os preços das mercadorias.
O STF não discutiu a possibilidade de modular os efeitos da decisão para impedir a Receita Federal de cobrar valores não pagos no passado.
Esse ponto ainda pode ser questionado na Corte por meio de embargos de declaração, um tipo de recurso que visa corrigir erros, contradições ou omissões nas decisões do Supremo.
Decisão alivia impacto de R$ 14 bilhões para os estados
Em comunicado no final da tarde de ontem, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) informou que sua atuação junto ao STF evitou que o Estado do Rio Grande do Sul tenha que devolver aos contribuintes o imposto cobrado em 2022. A tese foi defendida pela PGE-RS em nome dos estados e do Distrito Federal.De acordo com o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), a discussão possui impacto de R$ 14 bilhões para as Fazendas Públicas Estaduais.
"Nas ações, discutia-se a necessidade de se observarem as regras de anterioridade de exercício e nonagesimal desde a edição da Lei Complementar nº 190, sancionada em 5 de janeiro de 2022, que estabeleceu as normas gerais para a cobrança do DIFAL." Segundo a nota, a corrente vencedora reconheceu que as alterações promovidas pela Emenda à Constituição nº 87/2015 visaram a garantir maior justiça fiscal e a repartir adequadamente o imposto entre os Estados da Federação.
"Os ministros observaram que os estados cobram o Difal desde a edição da referida emenda, de modo que as leis estaduais instituidoras do imposto, que cumpriram as anterioridades de exercício e nonagesimal, são válidas, mas permaneceram com a eficácia suspensa até a edição da Lei Complementar nº 190/2022. Como o art. 3º da Lei Complementar nº 190/2022, por uma deliberação do Congresso Nacional, estabeleceu a observância da anterioridade nonagesimal (art. 150, III, "c", CF/88), o Tribunal firmou o entendimento de que seria possível a cobrança a partir de 05 de abril de 2022, e não somente a partir do exercício de 2023, como pretendiam os contribuintes", diz o comunicado. (Jornal do Comércio)
Cepea divulga valores do leite captado em outubro
O preço do leite captado em outubro se estabeleceu em R$ 1,9675/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Os dados refletem um recuo de 4,3% frente ao mês anterior e 30,4% de outubro/22 a outubro/23.
Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo último IPCA disponível).
O movimento de queda tem sido influenciado principalmente pela maior disponibilidade interna de lácteos – tanto pelo aumento da produção doméstica quanto pelo crescimento das importações. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea registrou alta de 1,4% de agosto para setembro. No acumulado do ano, o índice aponta um avanço na captação de 8,4% e, somado a isso, dados da SECEX mostram que, em outubro, as importações aumentaram 26,1% em relação ao mês anterior, aumentando o volume interno de leite disponível.
Do outro lado, o consumo não cresceu na mesma magnitude, ocasionando em pressão de baixa dos preços.
A perspectiva para os próximos meses é que o ciclo de baixa se encerre, trazendo estabilidade para os preços aos produtores.
Obs.: vale lembrar que a partir da divulgação dos dados de janeiro, o CEPEA passou a divulgar o resultado de preços com o nome referente ao mês que o leite foi captado. Dessa forma, a série anterior passa a ter ajuste de -1 mês na nomenclatura do mês.
As informações são do Cepea, adaptadas pela equipe do MilkPoint.
Rabobank espera melhores perspectivas para lácteos brasileiros
Pelas previsões da consultoria Rabobank sobre a indústria láctea brasileira em 2024, a oferta continuaria com crescimento lento e o equilíbrio entre oferta e demanda deveria melhorar, mostrando uma demanda mais consistente que ajudaria a indústria a preservar suas margens.
Este ano foi desafiador para a indústria láctea brasileira, com demanda abaixo do esperado e oscilações na disponibilidade de matéria-prima, o que impossibilitou a sustentação de margens em diversos itens lácteos.
O primeiro semestre do ano foi marcado por uma produção inferior ao esperado no primeiro trimestre, o que impulsionou parcialmente os preços no produtor, face à tendência sazonal de redução da produção no inverno. Porém, a partir do segundo trimestre, a produção no campo começou a reagir gradativamente com melhores margens para o produtor. Ao mesmo tempo, o fortalecimento dos preços reais e a queda dos preços internacionais impulsionaram as importações de leite em pó, aumentando a disponibilidade de leite e limitando a recuperação dos preços grossistas e retalhistas.
No segundo, o aumento sazonal da produção no campo, aliado à alta disponibilidade de leite por meio de importação, provocou correção nos preços ao produtor.
De acordo com a análise do Rabobank, apesar das quedas nos preços de produção, a rentabilidade manteve-se em níveis positivos ao longo do ano.
Os custos mais baixos de grãos, energia e fertilizantes ajudaram a sustentar as margens médias, com diferenças relevantes dependendo do tamanho e da eficiência do produtor.
A consultora disse esperar que no próximo ano haja um aumento na migração de pequenos produtores para outras atividades e a consolidação da base produtiva num número menor de produtores ativos . A rentabilidade dos grandes produtores tende a permanecer superior à dos pequenos produtores. Os incentivos da indústria para pagar pela qualidade e pelo volume continuam a impulsionar as margens e os investimentos (em tecnologia e eficiência) por parte dos maiores produtores estão a avançar mais rapidamente do que a média.
Na sua análise, o Rabobank considerou que haverá uma recuperação moderada dos preços internacionais dos lácteos, acentuando a tendência no quarto trimestre do corrente ano, depois de o leite em pó integral ter atingido o nível mais baixo em 5 anos (USD 2.548 /ton.) no Global Dairy Trade (GDT), em Agosto de 2023, o abrandamento da oferta internacional e a procura reprimida já estão a impulsionar os preços na Oceania. A oferta internacional está a perder dinamismo, com queda dos preços ao produtor, problemas climáticos e margens mais baixas
Para o Brasil, os preços internacionais mais elevados deverão reduzir parcialmente a competitividade do leite importado em 2024 . Porém, vale lembrar que o câmbio e o preço interno, bem como a competitividade do leite do Mercosul nas demais regiões, serão os fatores determinantes para definir o nível de importações no próximo ano. Por enquanto, o Rabobank projeta o dólar em R$ 5,15 no final de 2024 e o preço do leite em pó integral em torno de US$ 3,7 mil/t no Mercosul no segundo semestre de 2024.
A oferta de leite agrícola deverá ter melhor início de ano em 2024 , com recuperação dos preços ao produtor no início do ano e margens positivas. Os preços dos insumos deverão ser ligeiramente inferiores em relação ao primeiro semestre de 2023, principalmente por conta do farelo de soja.
As informações são do El País, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.
Jogo Rápido
Perda de ICMS é um motivo da alta
Como apontavam os analistas que acompanham a situação financeira dos Estados, a onda de aumento na alíquota de ICMS não se deve apenas à reforma tributária. Ainda na segunda-feira, o governador Eduardo Leite, admitiu que há dois motivos para propor elevação da alíquota modal de 17% para 19,5%: a reforma e as perdas impostas à arrecadação no ano passado, ainda não totalmente recompostas. Duas medidas provisórias editadas em julho de 2022 pelo governo Bolsonaro determinaram corte na cobrança de ICMS de todos os Estados em combustíveis, energia e telecomunicações. Para o Rio Grande do Sul, a perda de julho a dezembro do ano passado foi estimada em R$ 5,6 bilhões, que só será compensada em parte até 2025. Era inconstitucional: o governo federal, não pode decidir sobre impostos estaduais. Por isso, foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que a União compense as unidades federativas pelas perdas impostas. Como essa discussão se estendeu ao longo de 2022, coube ao governo Lula pagar a maior parte das perdas impostas pela gestão Bolsonaro. Leite foi elegante ao descrever o episódio: - Foi um evento político em circunstância eleitoral. No caso da gasolina, a perda foi parcialmente reposta pela mudança na cobrança de ICMS que passou a vigorar em abril deste ano. Em vez de um percentual, vale um valor fixo para cada litro do combustível. Segundo Leite, atualmente equivale a um percentual ao redor de 20%. Então, resta perda de 5%. Em julho de 2022, vigorava alíquota de 25%, reduzida para 17% como no caso de energia e comunicações. Esses segmentos representam os maiores nacos da arrecadação estadual. Conforme a Secretaria da Fazenda, o acordo com o governo federal se restringe às perdas de 2022. Parte foi compensada com desconto de R$ 880,1 milhões na dívida do RS com a União, ainda no ano passado. Estão previstas transferências de R$ 994,9 milhões neste ano, R$ 1,348 bilhão em 2024 e R$ 674,5 milhões só em 2025. Parte da perda foi definitiva, porque a arrecadação de energia e telecomunicações ficou em 17%. Esse é um dos principais objetivos dos Estados ao elevar a alíquota modal - a mais empregada -, porque uma decisão do STF determina que as cobranças sobre esses segmentos não podem ser maiores. Antes da redução, eram de 25% no RS. A proposta de Leite e dos governadores do Sul e do Sudeste é passar para 19,5%. Conforme o governo do Estado, embora seja a mais empregada, a alíquota modal impacta apenas 24% dos produtos, inclusive porque boa parte tem algum tipo de desoneração embutida - onde entra o plano B de Leite, de cortar incentivos. (Zero Hora)
29/11/2023
Porto Alegre, 29 de novembro de 2023 Ano 17 - N° 4.034
Conseleite/PR divulga projeção para o leite entregue em novembro
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Novembro de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Outubro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.
Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Novembro de 2023 é de R$ 4,2778/litro.
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana.
As informações são do Conseleite-PR.
Arrecadação tem alta real em outubro e soma R$ 215,602 bilhões
Recolhimento de tributos soma R$ 1,907 trilhão no ano
Após quatro meses de queda na comparação anual, a arrecadação de impostos e contribuições federais cresceu em outubro. O recolhimento de tributos somou R$ 215,602 bilhões no mês passado, um alta real (descontada a inflação) de 0,10% na comparação com o resultado de outubro de 2022, quando o recolhimento de tributos somou R$ 205,475 bilhões, em termos nominais.
Em relação a setembro deste ano, a arrecadação cresceu 23,39%. De acordo com a Receita, esse é o melhor resultado para meses de outubro, em termos reais, na série histórica iniciada em 1995.
O Fisco apontou que houve em outubro um crescimento real de 3,28% na arrecadação da Contribuição Previdenciária, em razão do crescimento da massa salarial. O órgão destacou ainda o crescimento real de 8,20% da arrecadação de PIS/Cofins devido ao avanço de vendas e de serviços, além da reoneração da gasolina.
Por outro lado, a Receita citou a redução real de 12,98% na arrecadação de IRPJ e CSLL e a queda real de 12,25% nos recolhimentos do balanço trimestral."Ressalta-se que em outubro de 2022 foram registradas arrecadações atípicas, no valor de R$ 3 bilhões", completou o órgão.
De janeiro a outubro de 2023, a arrecadação federal somou R$ 1,907 trilhão. O volume acumulado no ano é o pior para o período desde 2021 (R$ 1,776 trilhão), em valores corrigidos pelo IPCA. O montante representa um recuo real de 0,68% na comparação com os primeiros dez meses de 2022. (Correio do Povo)
Sem aumento de ICMS, Eduardo Leite prevê rever benefícios fiscais
Estudo já foi solicitado à Secretaria da Fazenda
Diante da discussão e pressão de deputados e de empresários contrários ao projeto do Executivo que prevê aumento da alíquota modal do ICMS, o governador Eduardo Leite (PSDB) projeta como alternativa, com a rejeição do texto, a revisão dos benefícios fiscais. Segundo Leite, um estudo já foi solicitado à Secretaria da Fazenda, uma vez que abrange diferentes setores da economia.
O governador encaminhou há dez dias um projeto de lei à Assembleia Legislativa aumentando a alíquota modal de ICMS dos atuais 17% para 19,5%. A argumentação de Leite é a queda da arrecadação dos bluechips e a perspectiva da aprovação do atual texto da reforma tributária no Congresso.
Leite disse nao estar preocupado com o impacto político negativo da proposta. Ao mesmo tempo, considera essa medida a mais "inteligente" no cenário atual. Em função disso, o governador também ressaltou estar otimista com a discussão no Legislativo e a possível aprovação. Reforçou ainda que a ausência de receita impactará nos serviços públicos. (Correio do Povo)
Jogo Rápido
Associados do Sindilat estão entre os vencedores do Carrinho AGAS
As associadas do Sindilat/RS, Cooperativa Santa Clara e Lactalis estão entre os grandes vencedores do tradicional troféu Carrinho AGAS de 2023. A Santa Clara foi reconhecida nas categorias de melhor fornecedor de queijos e de leite, enquanto a Lactalis venceu na de iogurtes nesta 40ª edição da premiação. Promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), a cerimônia de premiação foi realizada no dia 27/11, em Porto Alegre (RS). Ao todo, foram 36 premiados, eleitos por representantes das 250 maiores companhias supermercadistas do Rio Grande do Sul. Na avaliação, foram considerados critérios como share de mercado, cumprimento de prazos de entrega, relacionamento com o varejo, capacidade de inovação e baixos índices de ruptura. (Assessoria de imprensa do SINDILAT *Com informações de agas.com.br)
28/11/2023
Porto Alegre, 28 de novembro de 2023 Ano 17 - N° 4.033
Guilherme Portella é reeleito no Sindilat e prevê ação conjunta pela competitividade
Em votação na tarde desta terça-feira (28/11), o diretor da Lactalis do Brasil Guilherme Portella foi reconduzido à presidência do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) para o triênio 2024/2026. Atual presidente da entidade, ele foi aclamado em chapa única, que tem Alexandre Guerra, da Cooperativa Santa Clara, como 1º vice-presidente. A nova diretoria ainda conta com Alexandre dos Santos (Deale) como 2º vice-presidente, com Caio Vianna (CCGL) como diretor secretário, e Angelo Sartor (RAR) como diretor tesoureiro. A eleição ocorreu durante a reunião mensal de associados transmitida em formato híbrido da sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS).
Segundo Portella, uma das principais frentes de ação será a busca por maior competitividade para o setor lácteo gaúcho. “Nosso objetivo é manter uma defesa firme das indústrias e cooperativas de leite do Rio Grande do Sul em busca de melhores condições para o desenvolvimento da atividade. Precisamos trabalhar a cadeia de produção junto com as entidades de produtores rurais e Governo em ações que fomentem a produtividade, reduzam custos e aumentem o consumo interno. Dessa forma, em médio prazo, conseguiremos produzir um leite competitivo em escala mundial, aumentando nosso volume de vendas interestaduais e exportações, o que deverá ajudar no desenvolvimento de todo o Estado”, frisou, lembrando que a cadeia leiteira gera renda em 493 dos 497 municípios gaúchos.
Para o executivo, que acompanhou a eleição diretamente de Laval, na França, é essencial que se garanta condições de o setor produtivo manter-se produzindo em igualdade competitiva entre os estados da federação, mas que também ganhe força no mercado internacional, turbinando as exportações hoje ainda incipientes. “Só superaremos o impacto das importações se formos competitivos o suficiente para enfrentar os produtos que vem de fora”, indicou. E disse mais. Portella acredita que o setor lácteo brasileiro tem muito a amadurecer. “Precisamos unir esforços e ganhar competitividade, mas, para isso, precisamos de ações concretas que transformem o esforço produtivo da cadeia em rentabilidade para as indústrias e para o campo”.
Entre as ações práticas a serem implementadas na nova gestão está o aprofundamento de estudos científicos que comprovem que o leite é uma atividade de baixo impacto ambiental e capaz de fixar carbono no solo. “O leite gaúcho tem uma qualidade diferenciada e merece ser reconhecido tanto dentro do Rio Grande do Sul quanto no resto do Brasil e no mundo”, reforçou. (Jardine Comunicação)
Foto: Carolina Jardine
Conseleite/MG projeta valor de referência do leite a ser pago em dezembro
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 24 de Novembro de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2023 a ser pago em Outubro/2023. O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2023 a ser pago em Novembro/2023. A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2023 a ser pago em Dezembro/2023.
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela.
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.
As informações são do Conseleite-MG.
Farm Kids defendendo a indústria que os criou
“Os líderes não nascem, eles são feitos”, disse certa vez o lendário técnico de futebol americano Vince Lombardi. “E eles são feitos como qualquer outra coisa, através de muito trabalho.”
Não é por acaso que os jovens agricultores costumam ser bons líderes. Eles testemunham habilidades de liderança demonstradas diariamente na fazenda.
Não muito tempo atrás, dois dos meus filhos tiveram a oportunidade de ministrar uma aula de laticínios 'Da fazenda para a comida, para você' na escola secundária do meu filho mais novo, para a aula de artes linguísticas da oitava série. O currículo da turma tem lido O Dilema do Onívoro, que pinta uma história um tanto falsa e muito opinativa de como os alimentos são produzidos.
Perguntei a Jacob se ele concordava comigo vindo e ensinando esta lição para sua classe, e ele disse com segurança que achava que poderia ensiná-la sozinho. Sua irmã mais velha, Cassie, perguntou se ela poderia ajudar a ensinar também, já que ela não pôde fazer esse workshop quando estava no ensino fundamental, pois era o ano do COVID.
Sabendo o quão impressionáveis são os alunos do ensino médio, peguei meu Rolodex e entrei em contato com a Domino's para me ajudar a contar minha boa história sobre laticínios. Queria unir o cuidado incrível que é necessário na produção dos alimentos que eles comem e, quando se trata de adolescentes, você fala com eles com pizza. Não consegui pensar num parceiro melhor do que a Domino's devido à sua incrível parceria com os produtores de leite.
Observei Cassie e Jacob passarem o dia conversando sobre o conforto das vacas, cuidados com a terra e contando aos alunos como não há antibióticos na carne e no leite que consomem. Isso não era algo para o qual meus filhos realmente tivessem que se preparar. Foi uma conversa natural sobre algo muito próximo de seus corações. Eles até fizeram uma sessão de perguntas e respostas e fizeram perguntas triviais, e todos os alunos ficaram muito envolvidos.
Muitas vezes penso que nós, produtores de leite, falamos tanto sobre sermos defensores que às vezes nos esquecemos de perguntar se os nossos filhos gostariam de ser defensores de uma indústria que ajudou a criá-los e que eles também aprenderam a amar.
No início de cada aula, os alunos assistiam a uma apresentação de slides de 3 minutos com fotos de nossa família e da fazenda, enquanto tocavam o hit de Luke Bryan, “Hear's to the Farmer”. Todas as crianças estavam sorrindo, mas então olhei para Jacob, cujo sorriso era largo. Ele ficou muito orgulhoso de seus colegas verem de onde ele era. Ele tinha orgulho de ser filho do Fazendeiro. Você sabe do que estou orgulhoso? A capacidade do meu filho de se levantar e dar uma lição com paixão e conhecimento.
Eu encorajaria mais de vocês a olhar para os líderes natos que ajudaram a criar para ajudar a contar a boa história dos laticínios e a serem defensores da indústria. (Dairy Herd)
Jogo Rápido
Uruguai: captação de leite cresceu 2% em outubro e bateu recorde
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional do Leite do Uruguai (Inale), 221 milhões de litros de leite foram processados nas diversas plantas industriais em outubro, um volume 2% maior (+5 milhões de litros) em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi também um recorde histórico para outubro, superando o recorde anterior de 220 milhões de litros em 2021. Da mesma forma, a referência conseguiu se recuperar do retrocesso (-1,6%) registrado em setembro na comparação anual, como resultado do impacto da falta de água no início da primavera em várias áreas do país. No acumulado janeiro-outubro, a produção de leite acumula uma taxa de expansão de 1%, enquanto nos 12 meses até outubro atinge 2.106 milhões de litros (+1%). (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)
Porto Alegre, 27 de novembro de 2023 Ano 17 - N° 4.032
Crise do leite pode mudar forma como produtores e indústria fazem negócios
Leite - A produção de leite no país carece de políticas públicas de longo prazo, que aumentem a previsibilidade do negócio, avalia Caio Rivetti, vice-presidente da Comissão do Leite da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg). Por incrível que pareça, a atual crise pode ter dado o empurrão que faltava para o segmento.
Segundo Rivetti, a forte queda dos preços no campo obrigou produtores rurais e representantes da indústria a sentarem para discutir o problema e traçar caminhos para interromper ciclos ruins cada vez mais frequentes.
A volatilidade é intrínseca à atividade. Mas esta ocorreu em meio a um monte de coisas e problemas externos [ao setor]”, afirma Rivetti, que mantém 60 vacas em lactação, produzindo diariamente 900 litros, no município de Guaranésia. Ele fala com propriedade: desistiu da atividade em 2009 porque a conta não fechava, mas retornou em 2013.
Rivetti afirma que o setor ainda é desorganizado e desunido.
O produtor vê a indústria como inimigo, mas quando ele bate na indústria, ela bate de volta
Não é bom para ninguém. A crise fez todo mundo sentar para encontrar uma solução conjunta”, diz.
Um dos pontos que precisa mudar é a previsibilidade dos preços ao produtor. “Ainda tem fazenda que só vai saber o preço do leite 60 dias depois de entregar. Existe na legislação a obrigação de os laticínios falarem o preço antes do início do mês. Mas, no Brasil, tem leis que pegam e outras que não”, afirma.
Rivetti fornece leite exclusivamente à Danone Brasil, que mantém os produtores informados sobre os preços com antecedência, além de fazer contratos de médio e longo prazo.
Ano passado, quando o preço estava subindo, o produtor não queria fazer contrato. Agora, reclama que a indústria não quer. Eu [se eu fosse a indústria] também não iria querer”, afirma
Redução de produtores
O pecuarista Maurício Coelho, de Passos (MG), concorda que a relação do produtor com a indústria precisa avançar. “Boas empresas, dos dois lados, precisam ter visão de parceria de longo prazo. O setor ainda é desunido, e tem muito oportunismo. Produtor que não cria relacionamento e não entende que está ruim para todo mundo”, afirma.
Coelho diz que a crise deve enxugar o número de produtores no país, tirando do jogo principalmente aqueles que deixaram de investir por não acreditar na atividade. “Eles têm sistemas de produção desatualizados e não conseguem mais acompanhar”, afirma.
Segundo o produtor, vão sobrar apenas os produtores mais eficientes — e eficiência não é determinada, necessariamente, pelo tamanho da fazenda, afirma. Coelho tem 2 mil vacas em lactação, produzindo 50 mil litros por dia. A produção média, de 25 litros, supera em muito a média nacional, de 6 litros.
Diante da debandada de produtores, Coelho projeta uma queda na captação de leite, que pode provocar uma reação nos preços ao longo de toda a cadeia no próximo ano. “Crise não dura para sempre, e as consequências desta vão vir muito rápido”, afirma. (Fonte: Globo Rural)
Sinais de que a demanda da China por lácteos está se recuperando
Todos os meses, o Milk Monitor mergulha na indústria de laticínios e nos dá informações sobre o bom, o ruim, o feio e tudo mais. O ano está se encerrando, restando mais três leilões do Global Dairy Trade para 2023.
Os preços caíram 0,7% após o leilão de 8 de novembro e 2,7% para o leite em pó integral, encerrando a sequência de quatro altas consecutivas. O economista sênior de agro da Westpac, Nathan Penny, diz que, nessa perspectiva, os preços deveriam ter uma pausa.
Os preços do leite em pó integral subiram 20% nesse período, embora com uma queda acentuada. Após a queda de 8 de novembro, eles moderaram esse aumento para 17%. Penny diz que há sinais de que a demanda na China está se recuperando.
Os dados econômicos recentes têm sido mais positivos do que o esperado, então isso pode se traduzir em maior demanda ao longo do tempo. Além disso, os Contratos 4 e 5 de leite em pó integral (para entrega em quatro e cinco meses) foram 8% e 9% maiores, respectivamente, do que o Contrato 1.
"Este é o sinal mais claro até agora de que a retirada da tarifa de 10% a partir de janeiro impulsionará a demanda chinesa", diz ele no Agri Update do banco.
A Fonterra deixou sua previsão de preços do leite para 2023-2024 inalterada em sua reunião anual de meados de novembro – NZ$ 6,50-NZ$ 8 por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,53-NZ$ 0,66 (US$ 0,32 - US$ 0,40) por quilo de leite] com um ponto médio de NZ$ 7,25 por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,60 (US$ 0,36) por quilo de leite].
Isso reflete a contínua redução da demanda por leite em pó integral, embora tenha havido um fortalecimento nos preços recentemente à medida que a dinâmica de oferta e demanda melhora, disse o presidente-executivo da Fonterra, Miles Hurrell, em seu discurso na reunião.
"Prevê-se que a produção de leite da Nova Zelândia seja levemente menor do que na temporada passada, enquanto o crescimento agregado do leite nos principais mercados de exportação também deve ficar abaixo da média. Do lado da demanda, ainda não está claro se a demanda mais forte vista nos recentes eventos do Global Dairy Trade será sustentada, então estamos cautelosos em nossas perspectivas."
Ele reconheceu que o forte resultado financeiro apresentado pela cooperativa foi devido à queda do preço do leite devido à redução da demanda e que os produtores estão enfrentando pressão dos altos custos de insumos.
Os olhos agora estarão voltados para o quão seco o país ficará até dezembro. Tem sido uma primavera razoavelmente decente até agora, com a chuva chegando nos momentos certos para manter o pasto crescendo após o inverno frio e úmido. Penny diz que a produção da primavera começou com firmeza, indicando que isso pode explicar a recente queda de preços, com a produção subindo 1,3% em comparação com setembro do ano passado.
"Os mercados de lácteos já vinham considerando o risco de seca devido ao padrão climático El Niño. Em nossa opinião, isso foi exagerado, já que os lençóis freáticos da Nova Zelândia são geralmente muito altos e a maioria dos agricultores tem bastante ração disponível. Isso ajudará a mitigar ou atenuar qualquer impacto da seca. Além disso, esperamos uma produção firme contínua em termos de variação anual durante o restante da primavera", diz ele.
Há também um sinal positivo para os preços dos fertilizantes, com a estabilidade de preços esperada para o início do Ano Novo, embora com um alerta sobre o conflito em Israel. O analista agrícola do Rabobank para insumos agrícolas, Vitor Pistóia, diz na atualização de novembro do banco que há um pequeno potencial de baixa nesse mercado, supondo que não haja interrupção das cadeias de suprimentos ou dos preços do petróleo bruto da guerra Israel-Hamas.
"Para os próximos cinco meses, prevemos que os preços internacionais da ureia caiam 11% em termos de dólar em comparação com o período entre novembro de 2022 e março de 2023, com os preços do fosfato diamônico (DAP) caindo 26% e o potássio caindo 41%." Em termos de dólar, isso equivale a 4%, 19% e 35% para ureia, DAP e potássio, respectivamente, diz ele.
Mas fundamental para que esses preços permaneçam baixos é o que acontecerá na guerra Israel-Hamas. O conflito está longe de onde Israel extrai fosfato e potássio e não houve suspensão da atividade portuária até agora, disse ele.
"Não só o fornecimento de fertilizantes está ameaçado, mas também petróleo bruto e gás natural e, portanto, fertilizantes nitrogenados. O Egito é um ator pesado neste setor. Uma escalada de conflito envolvendo o Egito viraria o mercado."
As informações são do Farmers Weekly, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.
Produção de Leite no Nordeste: Uma Ascensão Impressionante
Leite no Nordeste - Nos últimos três anos, a região Nordeste tem solidificado sua presença no mapa leiteiro do Brasil. Os números revelam um aumento significativo na produção, com a Bahia se destacando como líder regional.
Detalhando o Crescimento
Ao analisar a produção de leite na região Nordeste, nota-se um crescimento robusto:
Em 2020, a produção na Região Nordeste foi de 4.558.992 litros de leite. Já no ano seguinte, 2021, houve um aumento notável para 4.985.741 litros. E o crescimento não parou por aí: em 2022, a produção alcançou impressionantes 5.223.391 litros.
Os Grandes Produtores do Nordeste
Em 2022, no Nordeste, a Bahia liderou a produção de leite com 1.278.109 litros, seguida por Pernambuco com 1.178.998 litros e pelo Ceará, que produziu 1.063.705 litros.
O Rebanho Nordestino em Expansão
O crescimento na produção de leite está diretamente relacionado à expansão do rebanho na região.
Paralelamente ao aumento na produção, o número de vacas ordenhadas também demonstrou crescimento. Em 2020, foram ordenhadas 3.308.399 vacas. O ano de 2021 viu esse número subir para 3.557.503, e em 2022, a contagem chegou a 3.710.840 vacas ordenhadas.
Análise da Produtividade
Assim como a produção e o rebanho tenham crescido, a produtividade média, expressa em litros por vaca por ano, apresentou melhoras significativas.
Em 2020, os registros apontavam uma produtividade de 1.378 (litros/vaca/ano) , no entanto, 2021 viu esse número crescer, atingindo 1.401,5 (litros/vaca/ano). Mantendo esse crescente, em 2022, houve mais uma elevação nos dados apresentados, com a produtividade chegando em 1.407,6 (litros/vaca/ano).
A região Nordeste demonstra, através de seus números, a capacidade de crescimento e adaptação no setor leiteiro. Com investimentos contínuos e uma visão estratégica, o Nordeste pode se consolidar ainda mais como um dos principais polos produtores de leite do país.
Fonte: IBGE/Elaboração www.terraviva.com.br
Jogo Rápido
Whey protein fermentado para prevenção da atrofia muscular
Estudiosos destacaram as propriedades do whey protein fermentado, mediado por Lactobacillus gasseri IM13, na prevenção da atrofia muscular induzida pela dexametasona. Isso significa que, ao impulsionar a formação muscular, promover a síntese proteica e desencadear processos benéficos como autofagia, o whey protein fermentado revelou ser um aliado promissor na preservação da massa muscular. (Fonte: BEBA MAIS LEITE - ESTUDO: Preventive effect of fermented whey protein mediated by Lactobacillus gasseri IM13 via the PI3K/AKT/FOXO patwhway in muscle atrophy. 2023; p. 1-14. DOI:Preventive effect of fermented whey protein mediated by Lactobacillus gasseri IM13 via the PI3K/AKT/FOXO pathway in muscle atrophy)