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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.108


3º Prêmio Referência Leiteira está com inscrições abertas na categoria “Cases de Sucesso”

As melhores práticas da produção leiteira gaúcha já podem ser inscritas para participarem das categorias de “Cases de Sucesso”, do 3º Prêmio Referência Leiteira. O prazo para o protocolo da documentação vai até 14/06 de 2024. O regulamento completo e Ficha de Inscrição podem ser baixados pelo link (https://www.sindilat.com.br/site/2024/03/19/3o-premio-referencia-leiteira-cases-de-sucesso/) e também estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS. 

Lançado oficialmente na manhã desta quarta-feira (20/03) durante o seminário: Pecuária de Leite do RS na Expoagro Afubra realizada no Parque de Exposições em Rincão Del Rey, município de Rio Pardo (RS), a premiação está dividida entre seis categorias de Cases: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. 

Podem participar propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul que comercializam leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria, explica o presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, o zootecnista Jaime Eduardo Ries, da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica (Emater/RS).  “O concurso significa um reconhecimento pelo esforço que os produtores fazem no dia a dia, nesta atividade que exige bastante dedicação, ao longo de todo o ano. É importante valorizar estas pessoas que se destacam e que, apesar de todas as dificuldades, continuam fazendo o seu trabalho com afinco para produzir um alimento de extrema qualidade para a população gaúcha”, assinala Ries.

Pelo regulamento, é possível se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br), explica o vice-coordenador do 3° Prêmio Referência Leiteira, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS).  A ação tem o apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).

Na primeira parte do processo de inscrições para esta 3ª Edição da premiação, as fazendas se credenciaram para disputar nas categorias: Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento. As três que atingirem os melhores índices em cada processo, assim como as melhores em cada Case, serão conhecidas durante evento na Expointer 2024. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Raquel Aguiar Emater/RS-Ascar)


'Minas grita pelo leite': por que os pecuaristas estão protestando?

Os produtores brasileiros de leite enfrentam anos de dificuldades financeiras, que se agravaram em 2023. A crise reflete um problema estrutural de ineficiência e falta de competitividade nas fazendas, além do aumento nas importações de produtos lácteos, principalmente da Argentina e do Uruguai.No ano passado, as compras do exterior saltaram 68,8%, para 2,2 bilhões de litros. O setor chegou a pagar R$ 1,80 por litro, abaixo do custo de produção, estimado entre R$ 1,80 a R$ 2,25 por litro, dependendo da região, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).

Em Minas Gerais, maior bacia leiteira do país, com produção de 9,4 bilhões de litros por ano, a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) decidiu lançar o movimento “Minas grita pelo leite” para sensibilizar o governo e a sociedade sobre a situação do setor.

O movimento cobra do governo federal medidas de salvaguarda para os produtores de todo o país. Também pretende alertar a população sobre a crise enfrentada pelos pecuaristas leiteiros. Na segunda-feira (18/3), foi realizado um evento em Belo Horizonte com cerca de 7 mil produtores de leite de Minas Gerais para pedir ao governo federal medidas para barrar a importação.

O presidente da Faemg, Antônio de Salvo, e o governador mineiro, Romeu Zema (Novo), assinaram um manifesto que foi enviado a Brasília.Também foi instalado um relógio — batizado de “gritômetro” — na porta da Faemg para medir quanto tempo o governo federal levará para anunciar medidas de apoio ao setor.

Não foi o primeiro protesto do setor contra as atuais condições de produção e mercado. Em agosto de 2023, quando uma comitiva de produtores e representantes do setor lácteo foi a Brasília falar com deputados e governo federal para pedir medidas para frear as importações de produtos lácteos.

Como as importações afetam os produtores brasileiros?
As importações de produtos lácteos ajudam a compor a oferta para consumo no país. quando há um forte aumento tende a gerar uma oferta de produtos maior do que a demanda. Os produtores locais são pressionados a reduzir os preços para conseguir vender.

Outro fator é o preço do importado. De acordo com o presidente da Faemg, Antônio de Salvo, o leite em pó principalmente da Argentina chega ao Brasil a valores mais baixos porque a produção é subsidiada, derrubando os preços no varejo e ao produtor.

A situação tem desmotivado parte dos produtores, que reduzem o número de vacas ou deixam de vez a atividade. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o número de propriedades de pecuária de leite caiu de 84,2 mil em 2015 para 33 mil em 2023.

Pode faltar leite no Brasil?
No curto prazo, o excesso de oferta causado pelo aumento das importações deixa a oerta maior e os produtos lácteos mais baratos para o consumidor. Os representantes do setor leiteiro arguentam, no entanto, que, se o excesso de oferta se mantém por um longo período, produtores podem desistir da ativiade e a produção local pode cair.
Com isso, o mercado brasileiro se tornaria mais dependente de importações e, consequentemente, mais exposto às variações de preços internacionais do leite. Além disso, qualquer variação no câmbio afeta o preço que os produtos podem atingir nas gôndolas.

De acordo com a Abraleite, uma vaca demora em torno de quatro anos para produzir leite de forma competitiva. Por conta disso, a saída de produtores do setor afeta a oferta no longo prazo, sendo mais difícil a recuperação do setor. A associação considera que, ainda não há risco de falta de leite no mercado. Mas, se não forem adotadas medidas para amparar os pecuaristas leiteiros, o risco aumenta para o futuro.

Por que o leite importado consegue ser mais barato?
O leite importado, principalmente da Argentina, chega no Brasil mais barato que o leite produzido internamente no país por alguns fatores. Um deles foi uma espécie de subsídio concedido no ano passado. O governo criou um programa que pagava de 10 a 15 pesos por litro produzido por pequenos pecuaristas. A medida estimulou a produção na Argentina e as exportações de lácteos para o Brasil.

Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat RS) acrescenta que o leite argentino é mais competitivo que o do Brasil. A logística é mais barata porque as distâncias são menores. E a produtividade é superior.

“A Argentina produz 10 bilhões de litros de leite por ano, com 10 mil produtores. Minas Gerais, que produz 9,4 bilhões de litros anualmente, tem 216 mil produtores. No Uruguai, 2 mil produtores produzem 2 bilhões de litros por ano. Só isso já dá diferença na competitividade”, afirma Palharini.

Segundo ele, o preço do leite ao produtor na Argentina gira em torno de US$ 0,35 por litro. No Brasil, é de US$ 0,45.

Qual a previsão do preço do leite para 2024 no Brasil?
A expectativa da Central de Inteligência do Leite (CILeite) da Embrapa é que os preços pagos ao produtor de leite em 2024 fiquem acima do valor registrado no ano passado. Em 2023, o preço médio ao produtor teve média anual de R$ 2,4680 por litro, 14% abaixo da média de 2022. Em janeiro deste ano, o valor aumentou 5% em relação a dezembro, para R$ 2,13 o litro na média nacional. Em comparação com janeiro do ano passado, no entanto, está 19,8% mais baixo.

Glauco Carvalho, economista e pesquisador do CILeite, disse que a produção domésticafoi menor neste início de ano, o que ajudou a elevar os preços. Outro fator é a proximidade da entressafra no país. “A partir de março, abril vai ter produção de leite caindo na maior parte dos Estados. Isso traz pressão altista. Há incertezas, no entanto, em relação ao volume de importação”, afirmou Carvalho.

Medidas de ajuda ao setor
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o governo vai prorrogar as dívidas de crédito rural que vencem neste ano, incluindo as dívidas dos produtores de leite. Os investimentos que vencem em 2024 serão prorrogados de acordo com os contratos.

Outra medida é a liberação de uma linha voltada para capital de giro para quitar dívidas do dia a dia. Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) trabalha para criar uma linha de Cédulas de Produto Rural (CPR) de capital de giro.

Em Minas Gerais, o governo retirou as empresas importadoras de leite em pó do Regime Especial de Tributação. Com isso, passarão a pagar 18% de ICMS na venda dos produtos importados.

Na semana passada, o deputado federal Zé Silva (SD-MG) propôs ao governo federal o direcionamento de R$ 1 bilhão para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para atender a modalidade de compra de leite em pó. Também sugeriu a inclusão do produto na merenda escolar em todos o país por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Em fevereiro deste ano, entrou em vigor o Decreto nº 11.732, assinado em outubro passado pelo governo federal, para desestimular a importação de lácteos. O texto estabelece que apenas empresas que não compram lácteos de países do Mercosul e participam do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, possam aproveitar até 50% do crédito presumido de PIS e Cofins da compra do leite in natura de produtores brasileiros. Os importadores têm o índice reduzido para 20%.

A expectativa era que a medida pudesse conter as importações. Em fevereiro, foram 180 milhões de litros, com queda de 12,7% em relação a janeiro, mas ainda 18,9% acima do volume registrado no mesmo mês do ano passado.

O governo também lançou no ano passado uma linha de capital de giro de R$ 700 milhões para cooperativas de produtores de leite, considerada por muitos insuficiente para amenizar os problemas do setor. (Globo Rural)

Aumento da renda faz brasileiro reduzir pontos de venda, diz Kantar 

O aumento da renda em 2023 fez com que o brasileiro precisasse acessar menos pontos de vendas para abastecer a sua despensa. Se até 2022 o consumidor recorria a oito ou mais varejistas, no ano passado, ele passou a visitar em média 7,5 pontos de vendas, de acordo com levantamento feito pela Kantar Consumer Insights. Pode parecer uma diferença sutil, mas é reflexo de uma mudança no hábito de consumo. É que, pela primeira vez desde a crise econômica mais recente, o consumidor está conseguindo suprir as necessidades de casa com uma compra maior — e eventualmente mais cara —, sem ter de percorrer tantas gôndolas. 

Não à toa, alguns canais perderam e outros ganharam a lealdade dos compradores. O atacarejo ficou do lado menos privilegiado dessa balança. O segmento recuou 2 pontos percentuais entre a base de consumidores, para uma penetração de 80,8%. Trata-se da primeira queda desde 2015, segundo Rafael Couto, diretor de análises avançadas da Kantar, divisão Worldpanel. Do outro lado está o e-commerce, que manteve sua trajetória de alta, apesar de não apresentar o mesmo fôlego visto durante a pandemia. 

A penetração dos canais digitais aumentou 1 ponto percentual em 2023, para 22,2%, com destaque para a venda de unidades de mercearia doce (alta de 32,9%), bebidas (44,9%) e itens de higiene e beleza (24,5%). A expectativa é que o consumo de bens massivos no Brasil continue em alta em 2024. Isso se deve à recuperação das “compras do mês”, que passaram de uma queda 3% em 2022 para uma alta de 9% em 2023. Isso não exclui as ocasiões fragmentadas de compras, que tiveram aumento de 4% e de 8%, respectivamente. “É claro que esse cenário descreve a realidade principalmente das classes A e B, que têm maior poder de escolha. Os consumidores das classes D e E acabam limitados ao mercadinho perto de casa, que costuma ser mais caro do que os grandes varejistas. Isso acontece porque essas pessoas muitas vezes não têm carro para transportar as compras”, explica. 

O levantamento também aponta que promoções têm permitido aos consumidores equilibrar melhor o orçamento. “Muitos preferem comprar itens do dia a dia de marcas mais baratas para ter dinheiro para gastar em uma cerveja premium, por exemplo”, diz o diretor da Kantar. (Valor)

 

Jogo Rápido

Indústria reduziu produção, mas emprego teve avanço
As grandes indústrias tiveram um desempenho mais positivo em comparação com as pequenas e as médias em fevereiro de 2024. De acordo com a Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada ontem, o índice de evolução da produção industrial atingiu 48,5 pontos, resultado abaixo dos 50 pontos, o que indica redução da produção frente a janeiro. No entanto, o indicador está 1,8 ponto acima da média dos meses de fevereiro da série. A queda mais suave da produção industrial se deu devido ao desempenho positivo das grandes indústrias. A evolução no número de empregados atingiu 50,3 pontos em fevereiro deste ano, impulsionada pelo indicador de número de empregados para grandes empresas, que ficou em 51,7 pontos no período. O indicador de nível de estoques atingiu 49,7 pontos, abaixo dos 50 pontos, o que indica uma redução. Esta foi a quarta queda consecutiva apontada nos estoques. (Correio do Povo)


 
 
 

As inscrições encerram-se, impreterivelmente, às 23:59h do dia 14 de junho de 2024.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O REGULAMENTO

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A FICHA DE INSCRIÇÃO

 

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Porto Alegre, 19 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.107


GDT 19/03/2024

(Fonte: GDT)


Grupo Piracanjuba anuncia aquisição da empresa Emana, de Rodrigo Hilbert

O Grupo Piracanjuba dá início à expansão dos negócios para o setor de alimentos com a aquisição da Emana, empresa de suplementos voltada para nutrição e bem-estar, fundada pelo empresário e apresentador Rodrigo Hilbert. Trata-se da primeira aquisição do Grupo, que já conta com as marcas Piracanjuba e LeitBom, além das licenciadas Almond Breeze, Ninho e Molico (leite longa vida). Para o presidente do Grupo Piracanjuba, Luiz Cláudio Lorenzo, “a Emana chega como uma oportunidade de desbravar novos mercados e será determinante em nossos planos de ser uma das melhores marcas de nutrição do país”.

Ainda segundo o presidente, “ao unir a capilaridade do Grupo Piracanjuba à variedade do portfólio Emana, damos mais um passo em direção à nossa missão de levar o cuidado que alimenta a vida para todos os brasileiros. Com a aquisição, também, iniciamos nossa estratégia de ir além do segmento lácteo, sempre atentos ao consumidor do futuro, sem perder de vista o foco em qualidade”, reforça Lorenzo.

“Foi um encontro de propósitos. Sempre quis que as pessoas se alimentassem melhor e soubessem o que estão comendo. Então, a Emana nasce quase que de forma natural, a partir dessa influência de vida saudável, que começou com minha família, expandiu para meus amigos e foi crescendo até tomar proporções inimagináveis”, destaca Rodrigo Hilbert, que permanece no negócio. “A Emana é uma marca para quem se cuida, se ama, se respeita. Queremos estimular a criação de hábitos mais saudáveis e, para isso, é preciso nos conectar genuinamente com as pessoas. Chegar na casa de todo mundo e levar informações que façam a diferença no dia a dia: é para isso que a Emana existe. E encontramos, no Grupo Piracanjuba, um parceiro com valores alinhados aos nossos, capaz de manter nossa essência”, completa o empresário.

Atualmente, o mix de produtos Emana é composto por vitaminas, encapsulados, proteínas, shots funcionais, gomas, entre outros. O portfólio será assinado pela Emana e pela marca corporativa Grupo Piracanjuba. As opções podem ser encontradas no site  www.souemana.com.br  e em lojas de produtos saudáveis e de suplementos. Em breve, também estarão disponíveis em farmácias, lojas de varejo alimentar e parceiros de e-commerce, em todo o Brasil.
 
Sobre o Grupo Piracanjuba
Com origem no interior de Goiás, o Grupo Piracanjuba nasce forte e presente na vida das famílias de todo o Brasil. Hoje, reúne as marcas Piracanjuba, LeitBom, Emana e as licenciadas Almond Breeze, Ninho e Molico (leite longa vida), com mais de 200 produtos no portfólio. Com quase quatro mil colaboradores, sete unidades fabris e 15 postos de recepção de leite, possui capacidade de processar até 6 milhões de litros de leite por dia, além de fazendas de eucalipto e programas de educação continuada. Grupo Piracanjuba. Cuidado que alimenta a vida.

Sobre a Emana
Emana é uma marca de suplementos com foco em nutrição e bem-estar. Criada em 2021 pelo empresário e apresentador Rodrigo Hilbert, juntamente com o sócio, Eduardo Cama, a Emana tem no portfólio uma ampla linha de produtos, entre vitaminas, encapsulados, proteínas, shots funcionais e gomas. Em 2024, a marca passa a integrar o rol de negócios do Grupo Piracanjuba. O propósito da Emana é alcançar cada vez mais pessoas que buscam informação sobre saúde e acreditam na transformação de seu dia a dia a partir das boas escolhas alimentícias. (As informações são da Assessoria de imprensa do Grupo Piracanjuba, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Mais cortes de despesa colapsariam o RS, diz Sefaz

A titular da Secretaria da Fazenda (Sefaz) do Rio Grande do Sul, Pricilla Santana, defendeu, durante audiência pública realizada ontem na Assembleia Legislativa, o corte de benefícios fiscais promovidos pelo governo Eduardo Leite (PSDB) no Estado. Para ela, medidas alternativas como redução no ritmo de investimentos seria como “abrir mão do futuro” e cortar mais despesas iria “colapsar o Estado”. “Nos últimos cinco anos, o Estado fez o maior ajuste previdenciário (do País), congelou salário como nenhum outro estado, a fadiga fiscal se faz presente. Chega um momento que não adianta eu esgarçar o tecido do lado da despesa que ele vai rasgar, romper e colapsar o Estado”, afirmou Pricilla. “Não tem mais espaço para cortar do lado da despesa, sob pena de tornar insustentável a convivência no estado do Rio Grande do Sul, a prestação de serviços na saúde, educação, segurança. Eu preciso redeterminar o patamar de arrecadação do Rio Grande do Sul”, completou a titular da Fazenda. 

Ela também reforçou uma posição que já havia externado o líder do governo no Parlamento, deputado Frederico Antunes (PP), em recente entrevista ao Jornal do Comércio: o governo não vê como alternativa a redução da capacidade de investimento para gerar receita a fim de cobrir déficit orçamentário. “Não gostaria que a opção fosse fazer uma adequação via redução de investimento. Além de ser insuficiente, pois hoje estamos investindo algo como R$ 1,5 bilhão por ano, significa, de novo, abrir mão do nosso futuro. Não sei se essa casa (Assembleia Legislativa) gostaria de ter uma resposta como essa”, disse a economista. 

Pricilla reiterou essas posições durante audiência pública promovida pelas comissão de Finanças e de Economia do Legislativo gaúcho, na qual estavam presentes deputados estaduais, além de representantes dos mais diversos setores da economia gaúcha, personificados na mesa na figura do presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Rodrigo Sousa Costa. Na ocasião, a secretária também revisou a estimativa de corte de benefícios, após as mudanças anunciadas pelo governador Eduardo Leite (PSDB) na semana passada. Se inicialmente havia previsão de corte de 40% dos incentivos fiscais, após as alterações, a Fazenda estima em menos de 20% essa redução. “Estamos manejando menos de 20% de todos os incentivos fiscais concedidos pelo estado do Rio Grande do Sul”, afirmou a economista. 

Há a expectativa de, ainda nesta semana, uma nova reunião entre a cúpula do Palácio Piratini, incluindo a Fazenda, e os representantes de entidades empresariais e setores da economia. São esperadas novas mudanças nos decretos, principalmente em relação ao Fator de Ajuste de Fruição (FAF). Há o entendimento de que alguns setores têm mais dificuldade de adquirir insumos produzidos internamente no Estado - fator pelo qual o FAF condiciona parte da concessão de benefícios fiscais. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

Balança comercial tem superávit de US$ 1,503 bilhão 
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,503 bilhão na terceira semana de março (dias 11 a 17). De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados ontem o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,455 bilhões e importações de US$ 4,951 bilhões. No mês de março, o superávit acumulado é de US$ 3,576 bilhões e, no ano, de US$ 15,518 bilhões. (Jornal do Comércio)


 
 

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Porto Alegre, 18 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.106


Lançamento da segunda fase do 3° Prêmio Referência Leiteira acontecerá durante a Expoagro Afubra na quarta-feira

Será lançada, nesta quarta-feira (20/03), a segunda fase da etapa de inscrições para o 3° Prêmio Referência Leiteira. A apresentação da disputa na categoria Cases, será concomitante ao Seminário: Pecuária de Leite do RS - Principais informações e indicadores, durante a Expoagro Afubra. O encontro será realizado no Auditório Central, a partir das 9h, que ocorre no Parque de Exposições em Rincão Del Rey, no município de Rio Pardo (RS). 

A apresentação do regulamento ficará a cargo do presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, o zootecnista Jaime Eduardo Ries, da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica (Emater/RS), que também fará a palestra da manhã. Ele estará acompanhado do vice-coordenador do 3° Prêmio Referência Leiteira, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), e de Ronaldo Santini, secretário estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). As três entidades são as promotoras da distinção.

Assim como na edição passada, a premiação para os melhores Cases será dividida em seis categorias: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Na primeira parte do processo de inscrições para a 3ª Edição da premiação, as fazendas se credenciaram para disputar nas categorias: Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento. As três que atingirem os melhores índices em cada processo, assim como as melhores em cada Case, serão conhecidas durante evento na Expointer 2024. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 

Rabobank prevê 'ano melhor' para produtores de leite

As margens devem se fortalecer devido ao aumento da produção e dos preços das commodities lácteas, embora as preocupações com as importações da China permaneçam e a produção da Argentina continue baixa.

Os produtores de leite da maioria dos principais países produtores globais poderão ver um retorno à lucratividade, já que os preços mais altos do leite na fazenda, os custos mais baixos dos insumos e o aumento dos preços das commodities lácteas devem se materializar ao longo de 2024 e no início de 2025, de acordo com o Rabobank.
A oferta de leite nos maiores produtores, chamados pelo Rabobank de Big 7 - UE, EUA, China, Brasil, Argentina, Nova Zelândia e Austrália - deve se tornar positiva no segundo semestre de 2024, embora o banco avise que a expansão da produção "levará tempo".

Mesmo na América do Sul, onde os produtores de leite brasileiros têm enfrentado um clima quente e seco fora de época e as margens de produção mais apertadas dos últimos anos, e o setor argentino tem lutado para reverter as quedas na produção de leite, há sinais de positividade.

No Brasil, o Rabobank prevê melhores margens à medida que o ano avança, uma demanda crescente dos consumidores por produtos lácteos e custos de produção favoráveis com custos de ração mais baixos. De acordo com as previsões do banco, a produção deve aumentar 0,5% acima dos níveis de 2023.

Na Argentina, os preços do leite ao produtor já estão começando a acompanhar a inflação, e um clima mais favorável pode ajudar na recuperação da produção de leite a partir do segundo trimestre de 2024. No entanto, o setor de laticínios do país continua em "um doloroso período de transição".

Preços do leite devem aumentar
Os preços do leite ao produtor devem se recuperar das baixas observadas em 2023 e se firmar em todas as regiões, prevê o Rabobank.

Nos EUA, os preços da Classe IV manterão um prêmio sobre a Classe III durante todo o ano, com os preços da manteiga permanecendo "firmemente elevados" e os preços do cheddar devendo se estabilizar, já que a produção de queijo provavelmente aumentará devido à expansão da capacidade. As exportações terão novamente dificuldades para superar os recordes observados em 2022, com a demanda global permanecendo mais branda. A previsão do Rabobank para o crescimento da produção de leite é de 0,5%, levemente inferior à perspectiva de 0,7% do USDA.

A Austrália deve fornecer uma forte oferta de leite e prevê-se que termine a temporada 2,6% maior, com crescimento para 2024/25 na faixa de 3-4%. O clima favorável, com chuvas recordes a partir do outono e até janeiro de 2024, e padrões climáticos mais típicos até maio de 2024 ajudarão na produção. "Os produtores de leite desfrutarão de um 2024 forte", prevê o banco, com preços elevados do leite e preços favoráveis às margens a partir de 1º de julho.

A Nova Zelândia também gerou uma produção mais forte do que o esperado, que, apesar de ser 0,5% menor em volume, retornou coletas de sólidos do leite 0,8% maiores; a previsão é de que a produção no final da temporada diminua 0,7%, de acordo com o Rabobank. No entanto, espera-se que a nova temporada "tenha um início melhor".

As fracas perspectivas econômicas da China podem prejudicar o crescimento do consumo de lácteos, embora o Rabobank espere "uma melhoria contínua no equilíbrio entre oferta e demanda, com níveis de estoque em 2024 mais baixos do que em 2023". Com relação à produção de leite, o Rabobank prevê um crescimento de 2% em relação ao ano anterior e uma desaceleração no primeiro semestre de 2025 devido às margens fracas a negativas. O banco observa que as principais empresas de laticínios da China relataram avisos de perda de lucro líquido ou um declínio acentuado no lucro líquido para seus resultados de 2023.

Quanto às importações, o banco prevê um crescimento de 1,1% em relação ao ano anterior, incluindo uma melhora de 6% nas importações de leite em pó integral, para 460.000 toneladas, devido ao acesso livre de tarifas da Nova Zelândia e ao efeito de base baixa de 2023. A escala do aumento ainda é 20% menor do que a média de 10 anos, observou o banco, destacando uma tendência que tem visto um declínio consistente das importações de leite em pó para a China.

Na UE, a perspectiva de demanda também é positiva, à medida que os compradores recuperam a confiança e a inflação se contrai. Os preços do leite, do queijo e da manteiga caíram de acordo com o índice de preços ao consumidor de lácteos da UE-27, enquanto os maiores volumes de vendas de manteiga e queijo se materializaram nos últimos meses de 2023 na Alemanha, o maior mercado consumidor doméstico da Europa. Mas, em toda a região, os consumidores "são seletivos com seus gastos", observa o banco, alertando que "não devemos prever grandes mudanças na recuperação da demanda em 2024". O banco prevê um crescimento anual de 0,4% na demanda.

As fracas margens de lucro das fazendas melhorarão no primeiro semestre de 2024 graças ao fortalecimento dos preços do leite, com o banco prevendo que os preços nas principais regiões produtoras permanecerão próximos a €50-US$ 54/100 kg até o pico sazonal. De acordo com a análise, os preços básicos do leite ao produtor em 2024 ficarão em média em torno de €47,5-US$ 51,70/100 kg.

A produção de leite em todo o bloco deve permanecer negativa até o quarto trimestre de 2024, quando se prevê um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

Exemplo que inspira o futuro nos tambos

A trajetória de Tiago Pires Oliveira, 34 anos, é um exemplo de como os produtores de leite gaúchos podem avançar em produtividade e eficiência e se tornarem mais competitivos. Ele e a esposa, Louise Tainá Contri, 32 anos, transformaram uma propriedade rural estagnada em um modelo que impressionou o presidente da cooperativa CCGL, Caio Vianna, e deve inspirar outros produtores desalentados pelas provações geradas pela importação de lácteos do Mercosul, que achatou a renda dos produtores brasileiros. Com assistência técnica adequada nas questões agronômicas, zootécnicas e econômicas, Tiago e Lousie apostaram em melhora das pastagens, genética, sanidade e bem-estar animal, além de planejar cada passo nas finanças e na atividade leiteira. 

O casal vive em uma área de 30 hectares em Carajazinho, localidade rural de Eugênio de Castro, município onde a maioria dos menos de 3 mil habitantes se dedica à agricultura e à pecuária de corte e de leite. Aos 18 anos, Tiago decidiu sair da terra dos pais, Clóvis e Antônia Terezinha. Na cidade, viveu em uma república e ficou dois anos percorrendo 600 quilômetros semanais, visitando diferentes de moto para tirando pedidos de refrigerantes. Em 2010, Clóvis decidiu se aposentar do tambo, que no auge rendia de 3 mil a 4 mil litros ao mês, numa média produtiva de 10 litros ao dia por animal. Clóvis e a esposa rumaram para a cidade e deixaram um encarregado pela ordenha. Tiago e Louise fizeram o caminho inverso e se bandearam para Carajazinho, a 30 quilômetros do centro, para assumir a propriedade, à época com 17 hectares. “Vi que era uma oportunidade de ser dono do meu negócio”, lembra Tiago. “Bastante gente dizia que não ia dar certo”, completa Louise. As irmãs Ana Cláudia e Aline também já tinham deixado a colônia. A realidade nas terras do pai era desafiadora. “A propriedade estava parando, tinha de 8 a 10 vacas, em fim de ciclo”, lembra Tiago, que logo se associou à cooperativa CCGL e passou a receber orientação do assistente técnico André Tomaz Steffler, à época técnico agrícola e formado em Agronomia nesta semana. “O Tiago pegou uma propriedade totalmente descapitalizada. Tinha apenas as vacas em lactação, não tinha novilhas e apenas um touro”, recorda Steffler. Com obstáculos evidentes, começaram a trabalhar. “Começamos do zero, desde fertilidade do solo, escolha de materiais, manejo da pastagem e adubação. Batalhamos para recuperar as áreas, fazer produzir, com foco em ter menos área, mas melhor cuidadas para gerar renda”, revela o agrônomo. “Eram desafios grandes. Tínhamos área, mas não tinha manejo. Fomos fazendo seleção de terneiras, criando a partir das próprias matrizes, comprando animais”, comenta Tiago. 

No começo, a gestão “era conforme dava”. Hoje, o casal ainda toma notas, mas tem o suporte das funcionalidades da plataforma SmartCoop para a gestão e tomada de decisões. Os recursos que arrecadavam com o leite eram canalizados para a subsistência e investimentos. Para qualquer dilema, fosse sobre agronomia, nutrição ou finanças, buscavam a opinião do assistente técnico. “Pensamos em desistir várias vezes, por imprevistos e pela pouca renda”, recorda o produtor. A assistência técnica da CCGL abriu caminho para o crescimento em qualidade e produtividade. O casal perseverou, tecnificou a propriedade e cuidou de cada detalhe. “De acordo com as possibilidades, fomos reinvestindo, analisando onde daria mais resultado, melhorando pouco a pouco cada ponto”, conta. Um dos investimentos foi em inseminação artificial. “Agora os frutos estão sendo colhidos”, revela Steffler. “Nos últimos anos, fechamos uma média anual de 26 litros/dia por vaca”, conta Tiago. “Isso que pegamos duas secas que nos arrebentaram e a todo o Rio Grande”, completa o agrônomo. Diante do clima severo e da queda do preço do leite, buscaram alternativas. “Tentamos produzir mais para diluir os custos”, destaca. No ano passado, o casal resolveu aplicar em um galpão de alimentação e em uma nova sala de ordenha. Instalou sistema de extração automática que faz medição da produção individual das vacas. Para a nutrição, buscou as melhores variedades para a pastagem e faz suplementação de silagem com orientação do profissional da cooperativa. “E fazemos as contas para ver se é viável”, ressalta Steffler.

A melhoria dos processos produtivos foi acompanhada pelo aumento da área. Quando largou a moto para voltar ao tambo, eram os 17 hectares pertencentes ao pai e que faziam parte de um todo maior que o avô de Tiago legou aos filhos. Ao longo do tempo, Tiago e Louise adquiriram uma gleba de um tio, outro naco de um vizinho. Também já compraram quatro hectares do pai e pretendem comprar mais. Eles estão em grupo seleto de produtores de leite que acreditaram na tecnificação para se manter e evoluir no segmento. Nos arredores da propriedade, alguns vizinhos estão bem, outros desmotivados e desistindo, evidenciando que a tendência é de enxugamento da bacia leiteira, restando os mais eficientes. Quando Tiago decidiu voltar ao campo, a propriedade tinha um trator antigo e uma plantadeira que se desmancharia se fosse colocada a rodar no campo. Agora, o casal conta com duas plantadeiras, de inverno e verão, dois tratores, sistema de irrigação, guincho, roçadeira, lancer, carreta basculante e ensiladeira. Construiu uma nova estrutura para comportar 60 animais em lactação, em dois anos, e investiu em aspersores para o conforto térmico do gado leiteiro. Também mantém um funcionário para não deixar o tambo parar. E ainda uma boa caminhonete para passear com a filha Isabela, de cinco anos. Tudo conquistado com a renda do leite, extraída com boa gestão, controle e determinação e o acompanhamento técnico.

“É bonito ver o que eles conseguiram fazer e que inspira outros produtores da cadeia”, elogia Caio Vianna, dirigente de uma cooperativa gaúcha que exporta, conquista nichos de mercado e valoriza o produtor gaúcho, sem nunca importar lácteos. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Por que compramos 1,2 bilhão de litros de leite argentino em 2023?
Enquanto o preço médio por litro de leite no Brasil, durante o ano de 2023, foi de USD 0,49 por litro, na Argentina este valor foi de USD 0,39 por litro. O resultado desta diferença está na importação – o Brasil comprou dos argentinos o equivalente a 1,2 bilhão de litros de leite, 53,7% do volume total comprado de outros países. Embora medidas governamentais possam ser remédios paliativos para esta dor, a cura certamente está no aumento da competitividade da cadeia produtiva brasileira, começando pela produção de leite, a partir de mais eficiência e menos custos. Assim, uma pergunta passa a ser importante: o que os nossos “hermanos” argentinos fazem na produção de leite para se manter rentáveis com um pagamento pelo leite 20% menor do que o brasileiro? A 16ª edição do Fórum MilkPoint Mercado trará esta resposta para você. No 2º bloco, uma das atrações é Gonzalo Berhongaray, do CREA Argentina, com a apresentação “Destrinchando a competitividade da Argentina”. O evento acontece no dia 20 de março, em Campinas, presencialmente, ou de onde estiver, online. Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. (Milkpoint)


 
 
 

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Porto Alegre, 15 de março de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.105


Declaração de Rebanho em 2024 terá novo prazo, com início em abril

A Declaração Anual de Rebanho em 2024 terá um prazo diferente dos últimos dois anos: vai se iniciar em 15 de abril e terminar em 14 de junho. As novas datas foram publicadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) nesta quarta-feira (13/3) no Diário Oficial do Estado.

Conforme a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, Rosane Collares, a alteração acata solicitações das entidades representativas dos produtores para que o período de declaração de rebanho seja o mais próximo possível do antigo prazo, de janeiro a maio.

"Nos últimos anos, passamos a declaração para o segundo semestre devido a ajustes no Sistema de Defesa Agropecuária, para implantar a declaração online. A ideia agora é retomar e permanecer em um período mais próximo ao que era habitualmente estabelecido", explica.

A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. "Além do atendimento à legislação vigente, os dados nos dão embasamento para que tenhamos uma radiografia da distribuição das populações animais, das faixas etárias. Com isso, podemos ser mais assertivos em nossas políticas públicas de saúde animal", detalha Rosane. 

Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores.

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, entre outros. No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros. 

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Um tutorial ensinando a realizar o preenchimento pode ser consultado aqui. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online.  

Para mais informações: www.agricultura.rs.gov.br/declaracao

SEAPI


Uruguai – Quanto foi o faturamento com as exportações de lácteos e quais destinos?

Produção/UR – O faturamento com as exportações de lácteos pelo Uruguai, em 2023, foi de US$ 855 milhões e caiu 8% em relação ao recorde do ano anterior - US$ 925 milhões. Ainda assim é um desempenho de destaque e trata-se do segundo maior valor dos últimos cinco anos.

Outra leitura positiva é que o faturamento de 2023 é 51% superior ao valor mínimo do último decênio, de US$ 568 milhões, em 2016.

Segundo mostra a análise do Instituto Nacional do Leite (Inale) sobre o comércio de lácteos, e considerando a situação e as perspectivas da leiteria uruguaia em 2023 – a queda de 8% pode ser atribuída, principalmente, pelo recuo dos preços.

Em equivalente litros de leite (EqL), foram 1.537 milhões de litros, praticamente o mesmo volume de 2022 (1.545 milhões de litros), e 33% acima do valor mínimo (1.154 milhões de litros em 2014).

Analisando a evolução da última década, o faturamento caiu a uma taxa acumulada anual de 0,6% com um volume que cresceu a uma taxa anualizada de 0,9% e redução de 1,5% nos preços obtidos em litro EqL.

Em 2023 o faturamento mensal ficou melhor na comparação interanual, em quase todos os meses, exceto em janeiro.

Foram embarcados 1.537 milhões de litros de leite. O maior volume, 155 milhões de litros em novembro, e o menor, 111 milhões de litros, em fevereiro.

O preço médio recebido pelos produtos lácteos exportados em 2023 (determinado a partir do faturamento e do volume em EqL total), foi de US$ 056 por litro, 7% inferior ao obtido no ano anterior, US$ 0,60 por litro. O valor mínimo foi registrado em novembro (US$ 0,48) e o máximo em fevereiro (US$ 0,61).

Os 88 destinos: Durante o último ano houve exportação para 88 destinos mas, 70% do faturamento ficou concentrado no Brasil, Argélia, México, Argentina e Rússia. Caiu a posição da China como destino de produtos do Uruguai. Em 2022 ocupou o posto 3, representando 10% das exportações uruguaias, e em 2023 caiu para o posto 6, representando 3%. O Brasil cresceu como destino, gerando 49% do faturamento, o que corresponde ao aumento de 60% em relação a 2022. O segundo posto foi ocupado pela Argélia e concentra 14% do total faturado, apresentando queda de 42%. Com menores percentuais encontram-se México e Rússia (4% e 4%), os quais mostraram um aumento de 21% no caso do México e queda de 15% no caso da Rússia. Analisando as exportações por regiões, o Mercosul é responsável por 53% do faturamento, seguido pela África (21%), o resto da América Latina (11%), Ásia (10%) e Rússia (4%).

Principais Produtos : A cesta dos principais produtos exportados inclui leite em pó integral (LPE), leite em pó desnatado (LPD), queijos e manteiga. Estes produtos representam US$ 780 milhões e 1.529 milhões de litros de leite, ou seja, 91% do faturamento total e, 99% do total de litros de leite exportados.

Leite em pó integral: O LPE constitui o principal de exportação e é responsável por 66% do faturamento. Registrou aumento de 3% em relação ao ano anterior. Isto se deve ao crescimento das quantidades colocadas (+15%) que compensou a queda do preço (-11%). Em 2023 as exportações em valor e volume de LPE bateram os recordes dos últimos dez anos (apesar da queda no preço) chegando a US$ 569 milhões e 160 mil toneladas. É preciso mencionar que, as exportações de LPE estão crescendo a uma taxa acumulada de 5% ao ano, com crescimento de 8% em volume e queda anual de 2% no preço. Entre os principais destinos de LPE se encontram Brasil (55%), Argélia (21%), China (3%), Nigéria (3%) e Emirados Árabes Unidos (2%).

Queijo: O queijo constitui o segundo produto lácteo exportado, representando 14%. Teve aumento de 4% no faturamento em relação ao ano anterior, sendo o aumento de preços (+8%) determinante para esse resultado, já que em volume teve queda de 4%. O faturamento final de 2023 foi de US$ 116 milhões, que se encontra 54% abaixo do pico registrado em 2013 de US$ 255 milhões. Entre 2013 e 2023 o faturamento caiu a uma taxa anualizada acumulada de 8%, com queda de 7% no volume e -1% nos preços. Por destino, o Brasil encabeça o ranking (25%), seguido pelo México (20%), Rússia (14%), Argentina (12%) e Chile (9%).

Leite em pó desnatado: O LPD é o terceiro item mais exportado e representou 5% do faturamento. Teve queda de 59% em relação ao ano anterior. Isto se deve, principalmente, à queda das quantidades embarcadas (-56%) e dos preços (-6%). É o segundo valor mais baixo dos últimos dez anos. Entre 2013 e 2023 o faturamento desceu a uma taxa anual acumulada de 11%, com redução de 10% no volume e, preços 1% menores. O Brasil lidera como principal destino das vendas, 79%, seguido pela Bolívia e Rússia com uma menor participação (8% e 6%, respectivamente).

Manteiga: O quarto posto é ocupado pela manteiga, em ordem de faturamento. Representou 6% do faturamento com as exportações de lácteos e registrou queda de 39% em relação ao ano anterior. Esta queda se deveu ao menor volume (-34%) e aos preços (-7%), respectivamente. Entre 2013 e 2023 o faturamento desceu a uma taxa anual acumulada de 6%, com redução de 8% no volume, mas aumento de 1% dos preços. A Rússia foi responsável por 22% do faturamento com manteiga, seguida pela Arábia Saudita (14%), Brasil (13%), Barein (8%) e Egito (6%).

Importações de lácteos: As importações do Uruguai são pouco significativas. Em 2023 foram equivalentes a 3,4% das exportações em faturamento (US$ 29 milhões, 15% a mais que em 2022) e 1,6% em EqL (24,33 milhões de litros, 24% a mais que em 2022). Isto denota que a composição da cesta de produtos importados tem um preço médio maior em EqL do que os exportados. Os principais produtos importados no ano foram queijos (33%), seguido por sorvetes (21%), leite UHT (13%), fórmulas infantis (6%) e outros (30%). A Argentina se destaca como principal origem dos queijos, sorvetes e outros produtos (iogurtes, pastas e outros) e o Brasil fica em destaque na venda de leite UHT. As importações cresceram a uma taxa anual acumulada de 3,9%, em valor, nos últimos dez anos, com um comportamento díspar segundo o ano: em 2013, 2015, 2017, 2020, 2021 e 2023, cresceram em relação ao ano anterior. Mas houve queda nos outros anos. Em valor, o crescimento mais importante se deu em 2021 (94%) e a queda mais significativa em 2022 (-34%). A Argentina é o principal fornecedor de lácteos importados em valor, 63%, seguido pelo Brasil com 22%, a União Europeia com 10% (Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Países Baixos, Itália e Polônia), México e Estados Unidos foram responsáveis, igualmente por 2%, e outros países enviaram 1%. Fonte: El Observador - Tradução livre: www.terraviva.com.br

 

Informativo Conjuntural 1806 de 14 de março de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE
As temperaturas mais amenas têm beneficiado os animais, reduzindo o estresse térmico e melhorando seu desempenho no pastejo. Os produtores estão atentos ao aumento da incidência de mosca-dos-chifres, berne e carrapato, realizando tratamentos estratégicos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a prolongada estiagem está impactando negativamente na produtividade das matrizes, além de aumentar os problemas relacionados a carrapato, mosca-dos-chifres e miíase nas propriedades locais.

Em Hulha Negra, um levantamento realizado nas empresas do município indicou queda de 5% no
volume de leite coletado nos últimos 20 dias, devido à redução na oferta e na qualidade da forragem, além do estresse causado pelas altas temperaturas.

Na de Caxias do Sul, a produção de leite foi afetada pelo vazio forrageiro outonal, levando os produtores a utilizar suas reservas de forragem conservada. As pastagens anuais de inverno terminaram seu ciclo; as de verão não foram implantadas ou estão em fase inicial de crescimento.

Na de Erechim, o rebanho apresenta condições sanitárias adequadas, mas observou-se queda na produção de leite.

Na de Frederico Westphalen, as condições ambientais seguem adequadas para o bem-estar do rebanho.

Na de Passo Fundo, a redução na qualidade das forrageiras, devido à transição de estações, tem demandado maior uso de silagens e melhoria na qualidade nutricional das rações para manter a produção de leite.

Na de Pelotas, em Capão do Leão e Santa Vitória do Palmar, segue o registro de bom desenvolvimento das pastagens anuais e perenes de verão.

Na de Santa Maria, as condições sanitárias estão dentro do esperado para o verão, e as matrizes estão sendo manejadas diariamente para facilitar a manutenção da saúde, incluindo controle de
mastite.

Na de Santa Rosa, o volume total de alimentos necessário continua sendo complementado com silagem de milho. Os indicadores de qualidade do leite têm oscilado devido às temperaturas elevadas, mas permanecem dentro dos valores aceitáveis, exigindo atenção na higienização dos utensílios. (EMATER ADAPTADO PELO SINDILAT)


Jogo Rápido

Estado terá altos volumes acumulados de chuva nos próximos dias
Os próximos dias deverão apresentar altos volumes acumulados de chuva no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 11/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (15/3), as temperaturas ainda permanecerão elevadas; porém, a aproximação de uma área de baixa pressão vai provocar maior variação de nuvens, com pancadas de chuva na maioria das regiões e possibilidade de temporais isolados. No sábado (16/3) e domingo (17/3), a atuação de uma área de baixa pressão no continente e o deslocamento de uma frente fria no oceano manterá a nebulosidade e a chuva em todo o Estado. Na segunda (18/3) e terça-feira (19/3), o calor seguirá predominando, com pancadas de chuva em todas as regiões. Na quarta-feira (20/3), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva generalizada, com possibilidade de temporais isolados. Os totais esperados deverão oscilar entre 35 e 50 mm na Serra do Nordeste. No restante do Estado, os valores deverão oscilar entre 70 e 100 mm, podendo superar 200 mm na Campanha, Fronteira Oeste e Alto Uruguai. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia


 
 

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Porto Alegre, 14 de março de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.104


Aquisição de leite volta a crescer, após dois anos de recuo

Em 2023, os laticínios que atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária captaram 24,52 bilhões de litros, com aumento de 2,5% frente a 2022.

Na comparação mensal, com exceção de fevereiro, todos os demais meses apresentaram variação positiva em relação à 2022, sendo que a variação mais significativa foi constatada em junho (120,80 milhões de litros). Os preços competitivos de fornecedores externos, como Argentina e Uruguai, levaram ao aumento das importações para atender à demanda das indústrias. Este fato, associado ao aumento da produção interna, influenciou na redução do preço pago ao produtor ao longo do ano de 2023. Somou-se a esse cenário uma demanda incipiente dos consumidores pelos derivados lácteos.

Houve acréscimo de 604,02 milhões de litros de leite, em nível nacional, no comparativo 2023/2022, relacionado ao aumento no volume captado em 19 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações positivas absolutas mais consideráveis ocorreram em Santa Catarina (+215,37 milhões de litros), Paraná (+189,36 milhões de litros), Sergipe (+64,31 milhões de litros) e Ceará (+53,56 milhões de litros). Em contrapartida, ocorreram decréscimo em sete estados, sendo que os mais expressivos foram verificados em São Paulo (-117,70 milhões de litros), Minas Gerais (-37,22 milhões de litros) e Pará (-22,03 milhões de litros). Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 23,8% da captação nacional, seguido por Paraná (14,8%) e Santa Catarina (13,1%).

A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária no 4º trimestre de 2023 foi de 6,46 bilhões de litros. O valor correspondeu ao aumento de 2,2% em comparação ao volume registrado no 4º trimestre de 2022 e aumento de 2,6% em comparação ao obtido no trimestre imediatamente anterior. (IBGE)




Governo da Argentina anunciou empréstimos para setor leiteiro e leasing de máquinas agrícolas usadas

Além dos anúncios de créditos do Banco Nación para a compra de máquinas agrícolas, o governo da Argentina acrescentou duas linhas de financiamento para a agricultura, uma para a pecuária leiteira e outra para implementar um sistema de leasing (locação/arrendamento) para a compra de máquinas agrícolas usadas.

De acordo com o Secretário de Desenvolvimento Produtivo, Juan Pazo, na Expoagro, as linhas para a produção de leite são créditos de capital de giro pagáveis em litros de leite, que serão implementados por meio do Banco Argentino de Desenvolvimento (BICE).

"Os produtores de leite precisam de um instrumento para não ficarem sem uma lacuna entre o que investem e o que vendem", disse ele e explicou que poderia ser usado para capital de giro. Nessa semana, o BICE dará detalhes sobre os valores disponíveis, mas, de acordo com fontes da Secretaria de Agricultura, eles podem ser usados para investimentos em equipamentos (fazendas leiteiras robotizadas, por exemplo) ou para melhorar as instalações para adaptá-las às exigências do bem-estar animal.

Quanto ao leasing de máquinas agrícolas usadas, Pazo explicou que servirá para estimular o mercado em um nicho de produtores que encontram, dessa forma, uma possibilidade de renovar os equipamentos. Ele também explicou que os detalhes da instrumentação serão informados pelo BICE nessa semana.

"Não havia dinheiro e começamos a pensar em quais instrumentos de crédito poderiam ser oferecidos à agricultura", disse Pazo durante uma coletiva de imprensa na qual elogiou o campo. "É o motor da economia", enfatizou, e lembrou que ele próprio costumava visitar a exposição em outros anos como produtor agrícola.

"Há entusiasmo entre as pessoas, há um vislumbre de esperança e há um desejo de que as coisas corram bem", disse o membro da equipe do Ministro da Economia, Luis Caputo.

No entanto, ele disse que a situação de emergência econômica herdada do governo anterior, caracterizada pelas reservas negativas do Banco Central, a dívida com os importadores e a necessidade de pagar as organizações internacionais de crédito, ainda continua.

Isso, explicou, dificulta a intenção do governo de reduzir os impostos, como disse quando  lhe foi perguntado se poderia haver uma redução das tarifas de exportação do trigo, cuja semeadura começa em dois meses e é afetada por uma relação insumo/produto negativa.

Em relação à possibilidade de reduzir a carga tributária de alguns insumos, como fertilizantes, Pazo respondeu que o governo planeja deixar o imposto PAIS em zero por cento até o final do ano, que hoje tem uma taxa de 17,5%. "Quando a emergência acabar, os impostos cairão, temos que ter um pouco de paciência", disse ele.

Após os anúncios de Pazo, Flavio Mastellone, diretor da Mastellone Hermanos, a empresa que fabrica os produtos La Serenísima, tomou a palavra. O empresário expressou sua satisfação com o anúncio, pois ele "gera expectativas positivas", tanto para o setor quanto para os produtores de leite.

Por sua vez, Vilella destacou que houve um aumento nas exportações de leite e queijo nos primeiros meses deste ano devido ao impacto das medidas de liberalização das exportações.

As informações são do La Nación, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

Consumo de iogurte é associado a redução do risco de diabetes tipo 2

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA anunciou neste mês de março que reconhece uma possível ligação entre o consumo regular do iogurte e a redução do risco de diabetes tipo 2. A alegação recém-aprovada estipula que o consumo regular de pelo menos duas xícaras (três porções) de iogurte por semana pode diminuir o risco de diabetes tipo 2, com base em evidências científicas limitadas.

O anúncio surge após quase cinco anos de revisão pela FDA, período durante o qual foram analisadas pesquisas envolvendo mais de 300 mil indivíduos. Os resultados indicaram que a inclusão do iogurte na dieta americana típica pode trazer benefícios significativos para a saúde pública.

A Danone North America desempenhou um papel crucial nesse processo, liderando os esforços para que a FDA tomasse essa decisão histórica.

Miguel Freitas, Ph.D., Vice-Presidente de Saúde e Assuntos Científicos na Danone América do Norte, comentou: “Sabemos que um crescente corpo de pesquisas sugere que o consumo regular de iogurte pode diminuir o risco de desenvolver uma das doenças de saúde mais significativas e de rápido crescimento nos Estados Unidos. É por isso que decidimos apresentar uma petição para esta alegação de saúde qualificada, inédita. Nossa esperança é que este anúncio capacite os consumidores com informações simples e práticas que eles possam usar para ajudar a reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 por meio de uma modificação dietética realista e fácil de fazer.”

A diabetes tipo 2 é uma das principais causas de morte nos EUA, afetando mais de 37 milhões de americanos, com 1,4 milhões de novos casos diagnosticados anualmente, segundo a Danone.

Além de reduzir o risco de diabetes tipo 2, o iogurte é reconhecido como parte de um padrão alimentar saudável, proporcionando nutrientes essenciais como cálcio, vitamina D e proteínas, associados à saúde óssea e muscular. O cálcio e a vitamina D são identificados nas Diretrizes Dietéticas para Americanos como nutrientes essenciais muitas vezes subconsumidos.

Amanda Blechman, nutricionista registrada e Diretora de Saúde e Assuntos Científicos da Danone North America, ressaltou: “O iogurte não é apenas uma fonte valiosa de nutrientes importantes, mas também é incrivelmente versátil. Isso torna mais fácil incorporá-lo à sua rotina diária de uma forma que atenda às suas necessidades e preferências exclusivas. O iogurte é um alimento básico no carrinho de compras da minha família e gostamos de apreciá-lo com frutas, misturá-lo em smoothies, molhos e molhos, e até mesmo usá-lo como ingrediente para cozinhar ou assar.”

A International Dairy Foods Association (IDFA) elogiou a decisão da FDA, destacando os benefícios do iogurte não apenas como fonte de nutrientes essenciais, mas também como um contribuinte significativo para a saúde pública, incluindo a redução do risco de diabetes tipo 2. A IDFA enfatizou a importância de considerar essa decisão em futuras diretrizes dietéticas e destacou o papel dos produtos lácteos em dietas saudáveis e equilibradas.

As informações são do BHB Food, adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Argentina – O preço do leite chegou a 35 centavos de dólar
Preços/AR – De acordo com dados publicados pelo Sistema Integrado de Gestão da Lecheria Argentina (SIGLeA) sobre o mês de fevereiro, o preço pago ao produtor de leite foi de 291,69 pesos por litro, o que significa aumento de 18% em relação a janeiro e quase 300% na comparação com fevereiro do ano passado. Medido em dólar oficial, o valor é pouco menos de US$ 0,35. Embora ainda não estejam disponíveis informações sobre os custos para apurar a renda das fazendas, está claro que a queda internacional do preço de grãos está dando uma ajuda aos produtores de leite, já que a relação milho e soja melhorou notavelmente e se aproximou nos níveis necessários para a economia leiteira. Com a soja custando 250.000 pesos e o milho 150.000, a relação leite/soja ficou em 1,2 e leite/milho 2 para 1. Esta melhora na equação econômica das fazendas obedece a diferentes questões e é conjuntural. Os problemas de fundo do setor, como a falta de transparência na comercialização, continuam. Um dos motivos que justificou a recomposição do preço ao produtor está relacionado à forte queda de produção. O recuo foi de 12,5% em janeiro, em relação a dezembro e em comparação com o mesmo mês de 2023. Outro fator foi a exportação que permitiu se beneficiar de um melhor preço em um cenário cambial mais favorável ao vivido nos últimos anos, já que ao se desvalorizar, diminuiu a defasagem do dólar oficial e o setor deixou de pagar os direitos de exportação. O terceiro fator foi a queda internacional dos preços dos grãos. A baixa foi acentuada, em torno dos 100 dólares por tonelada. Além disso, a expectativa é de que haverá uma oferta de grãos muito maior este ano, com a possibilidade de fazer silos. Tudo isso favorecerá a produção de forragens para o inverno. Finalmente, os produtores encontram uma boa notícia. Não é suficiente para sair da crise, mas pelo menos acalma os nervos e é um cenário melhor do que o que foi vivido nos últimos anos. Fonte: Bichos de campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br


 
 

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Porto Alegre, 13 de março de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.103


Piracanjuba: patrocinadora das transmissões dos jogos Olímpicos Paris 2024 na TV Globo

Acreditar no esporte como agente transformador é um dos motivos que levou a marca a se unir ao maior evento esportivo do mundo

São mais de 40 modalidades, disputadas por 10.500 atletas, durante 17 dias de competição. Porém, o que mais chama a atenção é que, para além das disputas, o evento envolve sentimentos e desafios que inspiram. 206 países estão representados por pessoas de diferentes classes sociais, unidos em uma missão patriota e de vida, pois cada profissional carrega, além do orgulho da origem, o desejo da superação. São atletas com garra, disciplina, esforço e altas performances, ou seja, valores autênticos, os mesmos que levam as grandes marcas a serem reconhecidas. Dentro desse cenário, a Piracanjuba tem orgulho de anunciar que é patrocinadora das transmissões dos jogos Olímpicos Paris 2024 na TV Globo.

“Participar da transmissão do maior evento esportivo do mundo coloca a Piracanjuba em outro patamar, pois agrega valor e visibilidade à marca. Já era um sonho antigo, que concretizamos num momento em que a empresa está crescendo e focada no seu bem maior, que são as pessoas. Isso reforça nosso propósito: gostamos de fazer bem o que te faz bem, e, sobretudo, nos une nessa grande festa em torno do esporte”, comenta a Diretora de Marketing, Lisiane Campos.

O projeto contará também com entregas nas redes sociais, contemplando os perfis Globo, de talentos e creators, por meio da ViU Hub - área da Globo responsável por projetos comerciais em mídia social e marketing de influência. Ambos terão formatos dinâmicos e divertidos, levando ao público tudo o que acontece durante os jogos, proporcionando mais interatividade e engajamento com as audiências e resultados para a marca.

Além das comunicações preparadas especialmente para esses momentos, a Piracanjuba vai contar com uma série de ações durante o ano, que envolve comerciais, campanha de vendas e ações para o público interno. Vale destacar que as iniciativas publicitárias da Piracanjuba ficam a cargo da agência Good Brands, no offline, e Ampfy, no digital. (As informações são do Grupo Piracanjuba)


'Um relacionamento azedou': como Yoplait planeja reverter uma tendência de declínio do iogurte

A categoria de iogurte infantil no Reino Unido está em declínio a longo prazo. Depois de pesquisar as causas profundas, a grande empresa de laticínios Yoplait agora quer reverter a tendência.

A demanda por iogurte infantil está aumentando (e não no bom sentido). De acordo com dados da Kantar, na última década o volume de iogurte e queijo fresco caiu 11%, com a penetração e o consumo também sofrendo um impacto.

A Yoplait, que é detida a 100% pela cooperativa de laticínios francesa Sodiaal, depois da General Mills ter desistido da JV na Europa, investigou a razão pela qual a procura está azedando e, talvez mais importante para a grande empresa de laticínios, como revigorar a procura.

Nos últimos dez anos, a penetração doméstica do iogurte infantil caiu 2,6 pontos. A investigação destas descobertas revela que as famílias jovens estão contribuindo para este declínio, mas as próprias crianças também estão optando por comer menos e, entre os oito e os nove anos de idade, estão mesmo abandonando completamente esta categoria. 

A investigação sugere que, quando se tornam adolescentes, o iogurte “perdeu principalmente a sua relevância”.

A Yoplait UK é conhecida por suas marcas de iogurte infantil e queijo fresco, incluindo Petits Filous, Frubes, Wildlife e Yop. Todos os produtos de iogurte infantil fortificado da Yoplait UK são compatíveis com HFSS.

A empresa faz uma distinção clara entre iogurte para adultos e iogurte para crianças. “Ao contrário da maioria dos iogurtes para adultos, os iogurtes infantis não são apenas repletos de produtos lácteos, mas também foram enriquecidos com nutrientes essenciais, como vitamina D.

Embora a categoria de iogurte infantil esteja em declínio há muito tempo, a tendência acelerou desde a pandemia da COVID-19. Segundo dados da Kantar, o consumo caiu 12% em relação aos níveis pré-COVID.

Yoplait atribui o declínio dos últimos dez anos a três fatores, sendo o primeiro o fato de, em vez de iogurte, as crianças estarem a recorrer a biscoitos e outros alimentos com baixo teor de nutrientes. 

Enquanto o iogurte infantil está em declínio, os biscoitos de uso diário, os confeitos de chocolate e os salgadinhos estão em alta.

Quando os cuidadores cujos filhos comem iogurte menos de duas vezes por semana foram questionados por que isso acontecia, eles responderam que seus filhos não gostam do sabor e da textura do iogurte. O segundo motivo mais comum, embora bem atrás, é que os pais estão preocupados com o teor de açúcar na categoria.

Isto enquadra-se no segundo fator que suscita preocupação para a Yoplait: os consumidores têm a impressão de que os iogurtes infantis contêm uma quantidade excessiva de açúcar. “O iogurte infantil foi demonizado e colocado no mesmo balde que o açúcar”, disse Ewa Moxham, chefe de marketing da Yoplait UK, ao FoodNavigator. Aos olhos dos consumidores, o iogurte infantil tem sido associado à categoria HFSS (alto teor de gordura, açúcar e sal), continuou ela.

Mas, como parte do Programa de Redução de Açúcar do governo, a categoria de iogurte registou uma redução de 14% no açúcar nos últimos anos e contribui para uma pequena proporção do consumo livre de açúcar entre os jovens dos 4 aos 18 anos. Para essa faixa etária, a maior parte do açúcar grátis vem de doces e confeitos (21%); bolos, biscoitos e tortas (19,5%); e bebidas açucaradas (12,4%). O açúcar livre do iogurte representa apenas 4,5%.

Finalmente, Yoplait acredita que a conscientização sobre os benefícios do iogurte para a saúde está em declínio. “Como revelam os dados da pesquisa encomendada pela Yoplait, a maior razão pela qual os compradores adultos perdidos desistem de comer iogurte é porque acreditam, erroneamente, que não há benefícios para a saúde”, observou a empresa de laticínios. “É também a terceira maior razão apresentada pelos pais que adiam a compra de iogurte para os filhos.”

Tendo identificado os fatores que contribuem para o declínio da categoria, como é que a Yoplait planeia virar a maré?

O declínio da categoria no Reino Unido não se reflete em toda a Europa. Na França, por exemplo, o iogurte é consumido regularmente durante o dia – inclusive como sobremesa, disse Moxham, da Yoplait, a esta publicação.

Se a tendência puder ser invertida no Reino Unido, os retalhistas poderão reivindicar uma potencial oportunidade de vendas de 150 milhões de libras (176 milhões de euros).

Yoplait trabalhando  para “dissipar o mito” de que o iogurte infantil é uma categoria com alto teor de açúcar, com a própria empresa a cortar o açúcar acima e além do Programa de Redução de Açúcar do Reino Unido de 20% - para alcançar uma redução de perto de 25% nos seus produtos sem o auxílio de adoçantes artificiais.

E não se trata apenas do que não está no produto, mas também do que está: o iogurte infantil fortificado contém nutrientes que muitas vezes faltam na dieta das crianças, por exemplo, cálcio e vitamina D.

“O cálcio, o iodo e especialmente a vitamina D devem ser classificados como nutrientes preocupantes, pois são essenciais para o crescimento ideal das crianças”, observou a nutricionista e autora do relatório, Dra. Carrie Ruxton. “No entanto, a ingestão tem estado estagnada durante anos e, no caso da vitamina D, foi permitido chegar a um ponto crítico. “É preciso fazer mais para incentivar as famílias a suplementar e usar alimentos fortificados, como iogurtes e cereais matinais, uma vez que existem tão poucas fontes naturais da vitamina e o sol do verão – outra forma de obter vitamina D – é insuficiente para prevenir a deficiência em todas as crianças."

Embora o iogurte ofereça outros benefícios nutricionais óbvios, incluindo proteínas e bactérias amigas do intestino, a Yoplait reconhece que não pode “sobrecarregar” os consumidores com informações nutricionais na embalagem e, em vez disso, concentra-se no conteúdo de cálcio e vitamina D nas suas ofertas fortificadas.

A ingestão diária de vitamina D no Reino Unido continua muito aquém das recomendações mais elevadas atualizadas de 10 microgramas. Atualmente o consumo atinge cerca de um quinto da ingestão necessária. A ingestão de cálcio pelas crianças tem diminuído desde 2008/9. De acordo com dados pós pandemia do Inquérito Nacional sobre Dieta e Nutrição, 25% das crianças entre os 11 e os 18 anos estão agora em risco de deficiência de cálcio – acima dos 15% em 2008/9.

O que a indústria pode fazer para ajudar a aumentar as vendas de iogurte infantil ?

Yoplait acredita que a indústria alimentar, incluindo fabricantes e retalhistas, pode desempenhar um papel ativo no revigoramento da procura de iogurtes infantis. 

Procurar uma redução consistente do açúcar e, ao mesmo tempo, manter o sabor também deveria ser uma prioridade principal, disseram-nos. Se um fabricante cortar o açúcar das suas formulações muito rapidamente, em vez de gradualmente ao longo do tempo, as crianças podem achar os produtos muito ácidos. Isto pode já estar a contribuir para o declínio da categoria, sugere a empresa de laticínios: “É possível que uma consequência não intencional das políticas de redução de açúcar da última década possa estar a encorajar as crianças a trocar iogurtes saudáveis por junk food”. Manter sabores artificiais, adoçantes, corantes e agentes de volume fora das formulações dos produtos também ajudará a atender melhor os pais que desejam “ingredientes de origem natural, do tipo cozinha”, acredita Yoplait. (Dairy Jornal)

Consumo das famílias via cartões cresce para 57%, e inadimplência cai a 5,5%

A maior parte do consumo de brasileiros é feita via cartões, aponta levantamento da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). No quarto trimestre de 2023, 56,8% do consumo das famílias foi feito por meio de cartões. No mesmo período de 2022, o indicador era de 55,3%.

Já a inadimplência caiu para 5,5% entre pessoas físicas em janeiro deste ano, de 5,6% em dezembro de 2023. Ao fim de 2022, era 5,9%.

Segundo a entidade, o programa Desenrola contribuiu para a redução nos atrasos, assim como a desaceleração da inflação e dos juros. Como a perspectiva para 2024 é que este cenário avance ainda mais, a associação espera uma inadimplência ainda menor ao fim de 2024.

Tal cenário irá contribuir para um crescimento de entre 10% e 12% no volume transacionado via cartão de crédito. Para a Abecs, o crescimento deve ser puxado por um crescimento no consumo e nos limites concedidos, e não por mais emissões de cartões.

"Tivemos uma oferta de cartões muito grande nos últimos anos e, em 2023, bancos tomaram medidas para deixar sua carteira mais saudável. Este ano, eles serão ainda mais cirúrgicos [na concessão de crédito]", disse Giancarlo Greco, presidente da Abecs.

Os meios eletrônicos de pagamento como um todo, o que inclui crédito, débito e pré-pago, devem crescer entre 8,5% e 10,5% neste ano, diz a Abecs, para a faixa de entre R$ 4,05 trilhões e R$ 4,12 trilhões.

Ainda segundo a entidade, o limite de 100% no teto do rotativo implementado pelo governo ao fim de 2023 não deve impactar o crescimento do crédito.

Isso porque o rotativo, que é acionado quando há atraso no pagamento da fatura, representa apenas 2,3% do endividamento dos brasileiros. 87% dos clientes liquidam a fatura do cartão de crédito até o vencimento, diz Ricardo Vieira, vice-presidente da Abecs.
No entanto, a entidade trabalha em alternativas para diversificar as formas de pagamento do brasileiro. Segundo a Abecs, o objetivo é reduzir a inadimplência no parcelado sem juros - embora não haja estudos independentes que relacionem essa modalidade com a falta de pagamentos.

Entre as opções em estudo está um novo crediário padronizado entre todas as bandeiras de cartão. Ele se assemelharia às linhas de parcelamento oferecidas por varejistas, de longo prazo, chegando a 60 vezes.

A Abecs, porém, ainda não esclareceu qual seria a faixa de juros praticada pela modalidade, que poderia ser acessada pelo cartão de crédito, sendo mais uma opção de pagamento disponível.

A entidade pretende apresentar a proposta ao Banco Central ainda neste mês. A autoridade segue conduzindo discussões com o setor sobre a redução do uso do parcelado sem juros.

Folhapress via Jornal do Comércio


Jogo Rápido

Técnicos, é hora de ir além do convencional
Vivemos num cenário onde de um lado há uma enxurrada de informações e do outro desafios crescentes. Na criação de bezerras não é diferente! É hora de ir além. No dia 07 de maio, em Chapecó/SC, você poderá participar de um workshop que vai além do básico e aprofunda-se no que é o futuro do seu negócio leiteiro. Não se trata apenas de bezerras; é sobre moldar o destino da sua fazenda de leite. Em um contexto em que a criação de bezerras se destaca, é vital para técnicos de fazendas, ir além dos padrões e checklists. Você sabe: bezerras saudáveis não são apenas a reposição do rebanho, são as responsáveis pelo volume de leite e número de partos nos próximos três anos. Neste workshop, oferecemos uma oportunidade única para ampliar seus horizontes e se destacar na sua abordagem técnica. Investir em conhecimento é investir no futuro, e não há melhor maneira do que aprender com os melhores. Este workshop não é apenas uma aula; é uma imersão em práticas avançadas e conhecimentos profundos, conduzidos por um renomado veterinário da Califórnia, Dr. Sérgio Pereira, que tem nada menos do que 100 mil animais sob seus cuidados. Faça o melhor investimento em você mesmo e para os seus clientes. Participe deste workshop e esteja à frente, no caminho para o sucesso na criação de bezerras e no seu negócio leiteiro. Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. (Milkpoint)


 
 

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Porto Alegre, 12 de março de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.102


Custo na produção de leite teve forte queda em fevereiro

O custo de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, registrou uma queda de -3,3% no mês de fevereiro, interrompendo uma sequência altista que vinha desde julho de 2023. Isso ocorreu num momento em que os preços internacionais e os preços de leite pago ao produtor estão em crescimento, sinalizando uma melhoria nas margens da atividade. O primeiro bimestre do ano fechou acumulando uma deflação de custos de produção (-2,3%). Numa comparação entre fevereiro/2024 e fevereiro/2023, houve uma retração de -3,4% nos custos.

A alimentação do rebanho puxou o custo para baixo - O custo da alimentação foi responsável pela expressiva deflação em fevereiro, dada a sua importância na formação de custos da atividade e, também, pela intensidade com que ocorreu.

Em fevereiro, o grupo Concentrado teve retração de -7,6%, com queda generalizada de preço de ração, farelos de soja, milho e trigo, e caroço e farelo de algodão. Adubos e defensivos também registram queda de preço e levaram à redução do custo de produção do grupo Volumosos, que foi de -2,1%. Também o grupo Minerais registrou queda, ainda que restrita (-0,2%).

Num outro extremo, apresentando comportamento altista, o grupo que se destacou foi o de Sanidade e reprodução, com elevação de 2,3% em fevereiro. O grupo Energia e combustível registrou alta de 0,7%, enquanto que o grupo Mão de obra não registrou variação, o mesmo tendo ocorrido com Qualidade do leite.

O custo de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, neste primeiro bimestre do ano, registrou queda de -2,3%, em função dos grupos que compõem a alimentação do rebanho, em que todos os grupos apresentaram queda significativa de preços. O grupo Minerais retraiu -22,2%, seguido pelos grupos Volumosos (-13,3%) e Concentrado (-9,9%). Em sentido contrário, foram registrados acréscimos nos custos com o grupo Energia e combustível (20,3%), seguido por Mão de obra (17,7%), Qualidade do leite (12,3%) e Sanidade e reprodução (7,2%).

Na comparação em doze meses, a variação dos custos de produção foi de -3,4%, com os três grupos de alimentação registrando variações negativas de dois dígitos. O grupo Minerais teve queda expressiva, de -20,6%, seguido por Volumosos (-11,6%) e Concentrado (-10,1%).

Por outro lado, quatro grupos apresentaram crescimento significativo de custos. O de maior intensidade foi o de Energia e combustível (19,6%), enquanto que o de maior impacto, pelo seu peso relativo, foi o de Mão de obra (10,9%). Os grupos Sanidade e reprodução e Minerais, respectivamente acumularam aumento de 7,0% e 3,5% no período de doze meses. (As informações são do CILeite)


3 tecnologias para deixar suas vacas mais produtivas

Os produtores de leite mais bem sucedidos e sustentáveis ​​estão à procura de formas de identificar a rentabilidade, e talvez uma das maiores oportunidades que temos pela frente esteja na tecnologia que pode prever com ainda maior precisão quais as vacas que são verdadeiramente as mais rentáveis ​​do rebanho.

Kyle O'Brien, proprietário da Michigan Dairy Tech e da Western Dairy Tech, vê os desafios da volatilidade do mercado e das margens apertadas que os produtores estão enfrentando, bem como as oportunidades de automação, dados e aprendizado de máquina para capacitar decisões no nível individual da vaca que levar à capacidade geral de administrar um melhor negócio de produção leiteira.

“Eles precisam encontrar as vacas mais lucrativas”, diz O'Brien. “E provavelmente não é a vaca que produz mais sólidos.” Com experiência em tecnologia informática, O'Brien trabalhou diretamente com produtores de laticínios por mais de duas décadas para trazer redes, software e automação para a fazenda. Ele acredita que ainda temos que aproveitar as possibilidades do que a integração pode alcançar.

“Quando você combina todos esses dados de vacas com computadores que automatizam as decisões de como lidar com cada vaca, isso se torna poderoso”, acrescenta O'Brien.

Estas são as três tecnologias que ele acredita abrigarem o potencial inexplorado de lucratividade por vaca: 

Automação – “A automação deve controlar as coisas que você pode controlar. Isso faz sentido em um ambiente de produção”, afirma O'Brien. “Um dos benefícios da automação é usar dados de dois sistemas ‘burros’ para tomar uma decisão inteligente em outro lugar.”   

Big data  – “Big data é a capacidade de coletar dados sobre todos os aspectos da sua operação”, acrescenta. “Quanto mais pontos de dados você tiver, mais decisões informadas poderá tomar.”   

Aprendizado de máquina  – O aprendizado de máquina leva a automação e o big data para o próximo nível. “A automação costumava ser uma operação binária. Com o aprendizado de máquina, agora é possível fazer inferências em tempo real”, explica. Da mesma forma, o aprendizado de máquina simplifica o big data. “Big data sem aprendizado de máquina é apenas uma pilha de dados”, acrescenta. “Há muita informação para o cérebro humano analisar e encontrar padrões.  

Então, o que seria possível para uma vaca mais lucrativa com o poder combinado da automação, big data e aprendizado de máquina? Decisões baseadas em dados biológicos em tempo real, como usar o balanço energético individual da vaca como um indicador para reprodução versus um período de espera voluntário padrão. Ou informações precisas sobre a ingestão de matéria seca para estimular a movimentação do grupo do grupo fresco para o grupo de alta produção, em vez de movimentações feitas em dias pré-determinados no leite (DIM).

“Se os humanos puderem confiar nas máquinas, sinto que poderão fazer melhor pelas vacas”, diz O'Brien. “É nosso trabalho no setor de tecnologia fabricar um produto em que possam confiar.” (Dairy Herd)

Walmart anuncia planos para terceira fábrica de processamento de leite

O varejista abrirá no Texas uma terceira instalação própria e operada em 2026, expandindo a área de processamento de leite da empresa além de Indiana e Geórgia.

A nova instalação será construída em Robinson, Texas, e criará cerca de 400 novos empregos quando estiver operacional. Representa mais um movimento estratégico para o retalhista, que procura fortalecer a sua cadeia de abastecimento, melhorar a eficiência e tornar o abastecimento mais transparente. O plano faz parte do compromisso do Walmart de investir US$ 350 bilhões em produtos fabricados, adquiridos, cultivados ou montados nos EUA ao longo de uma década.

A empresa abriu sua primeira instalação de processamento de leite em Fort Wayne, Indiana, em 2018, e anunciou planos para uma segunda, a ser inaugurada em Valdosta, Geórgia, em 2025. Um porta-voz do varejista nos disse na época que, como a instalação estava sob controle, De propriedade do Walmart, “teremos a capacidade de controlar todo o processo de engarrafamento e embalagem para garantir que atenda aos nossos rigorosos padrões de qualidade para nossas ofertas de marca própria e siga os regulamentos apropriados definidos pela indústria”.

Melhorar a transparência a este nível também está em consonância com as atitudes dos consumidores e com as exigências de compreender como os seus alimentos são obtidos. “Compreendemos a evolução das lojas dos nossos clientes nos últimos anos e cada vez mais clientes procuram uma maior consciência da origem dos seus alimentos, com expectativas mais elevadas em relação à qualidade e origem”, acrescentou o porta-voz.

Bruce Heckman, vice-presidente de produção do Walmart, comentou: “Estamos entusiasmados por poder fornecer ao Texas e aos estados vizinhos leite de alta qualidade proveniente principalmente de produtores de leite do Texas. 

“Essas novas instalações dão continuidade ao nosso compromisso de construir uma cadeia de suprimentos mais resiliente e transparente e garantir que as necessidades de nossos clientes sejam atendidas neste produto básico do dia a dia.” (Dairy Reporter)


Jogo Rápido

Contas do setor público têm recorde de superávit
Após um resultado negativo em dezembro, as contas públicas fecharam o mês de janeiro com superávit primário recorde, de R$ 102,1 bilhões. A informação foi divulgada ontem pelo Banco Central (BC). O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público consolidado (governo federal, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras), antes do pagamento dos juros da dívida pública. Em dezembro, o déficit havia sido de R$ 129,5 bilhões. O saldo de janeiro, que foi o melhor para o mês na série histórica do BC, iniciada em 2001, foi composto por um superávit de R$ 81,3 bilhões do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 22,5 bilhões. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 19,7 bilhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 2,8 bilhões. Já as estatais registraram déficit de R$ 1,7 bilhão no mês. Se observado o resultado nominal (que representa a diferença entre receitas e despesas após o pagamento dos juros da dívida pública), o superávit foi de R$ 22,2 bilhões em janeiro. As informações são de Zero Hora.


 
 

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Porto Alegre, 11 de março de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.101


Previsão global: produção e comércio de leite em 2024

O relatório Dairy Global Market Analysis do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) apresenta a previsão para 2024 da produção de leite e do comércio de produtos lácteos, com foco nos principais produtores e exportadores. 

Espera-se que as quedas de preços com relação ao ano anterior e o crescimento "apenas moderado" nos volumes de exportações de vários produtos lácteos dos EUA persistam em 2024, contraindo os valores totais de exportação de produtos lácteos. No entanto, prevê-se uma demanda mais forte por produtos desnatados na segunda metade do ano, à medida que a competitividade de preços dos EUA melhora.

Prevê-se que o leite em pó desnatado e o soro de leite, essenciais para as exportações, apresentem preços mais baixos sustentados com relação ao ano anterior no primeiro semestre de 2024, e os volumes deverão ser fracos devido à baixa demanda do Leste e Sudeste Asiático. Aqui, os consumidores têm enfrentado a alta inflação dos alimentos, a desvalorização substancial da moeda em relação ao dólar americano, forçando o aumento dos preços dos alimentos importados, o que prejudica o poder de compra do consumidor.

A produção de leite fluido aumentará em 1% em 2024. Quanto ao queijo, foram feitos investimentos significativos na expansão da capacidade de processamento para atender à crescente demanda doméstica e global por queijo; em 2024, espera-se que essa capacidade expandida e o crescimento acelerado da produção de leite impulsionem um aumento de 2% na produção de queijo, levando a um salto de 8% nas exportações para 466.000 toneladas. Espera-se uma maior demanda de importação do Japão, China, México, Coreia do Sul e Filipinas.

Prevê-se que a produção de leite em pó desnatado cresça 11% em 2024, para 1,30 milhão de toneladas, refletindo a maior produção de leite. As exportações devem crescer 3%, chegando a 838.000 toneladas, uma reversão do modesto declínio nas exportações em 2023, refletindo o aumento da oferta exportável e a recuperação dos embarques para mercados sensíveis a preços no Leste e Sudeste Asiático.

Em geral, a previsão é de que o ano fiscal de 2024 se assemelhe a grande parte dos dados mensais do ano fiscal de 2023, em que os sinais de crescimento em algumas categorias são invariavelmente superados por quedas em outras.

Austrália: disponibilidade de mão de obra é fundamental para a produção de leite

Prevê-se que a produção de leite fluido aumente em 1%, para 8,5 milhões de toneladas em 2024, uma vez que os preços do gado de corte caíram e a escassez de mão de obra diminuiu. Ambos os problemas foram os principais fatores que contribuíram para o declínio da produção de leite nos últimos três anos. Embora a escassez de mão de obra continue sendo um problema para os produtores de leite australianos, isso melhorou, pois o número de trabalhadores temporários retornou aos níveis pré-pandêmicos e os trabalhadores que entram como parte do esquema de Mobilidade Trabalhista da Austrália Pacífica estão em níveis recordes. Espera-se que os fortes preços do leite ao produtor continuem em 2024, proporcionando mais ventos favoráveis para o aumento da produção de leite.

Prevê-se que a produção de queijo aumente em 5%, para 445.000 toneladas em 2024, dando continuidade à tendência de todo o setor de que os processadores de leite direcionem o maior volume de leite para o queijo e não para outros produtos processados. Prevê-se que as exportações de queijo se recuperem significativamente em 2024, depois de um 2023 fraco, apoiadas pela melhoria da demanda de importação e pela recuperação da competitividade no Japão, na China, na Coreia do Sul e nas Filipinas. Um declínio previsto de 3% na produção de leite em pó desnatado limitará os suprimentos exportáveis.

Nova Zelândia resiste aos padrões climáticos do El Niño

Em 2024, a produção de leite da Nova Zelândia deverá sofrer um declínio marginal para 21,2 milhões de toneladas, já que os produtores de leite enfrentam vários desafios. Os fatores que mais contribuem para essa perspectiva são o impacto dos padrões climáticos do El Niño, a redução dos preços do leite ao produtor, a inflação persistente nas fazendas e o encolhimento do rebanho leiteiro.

A previsão é de que a produção de queijo permaneça inalterada, apesar da redução da produção de leite. Prevê-se que as exportações de queijo diminuam em 2024, pois o aumento da competitividade da Austrália e da UE deve pressionar a participação em mercados como China e Japão.

A produção de manteiga aumentará 3%, uma vez que os volumes de leite deverão ser direcionados para a produção de produtos com alto teor de gordura láctea, já que a demanda por leite em pó integral permanece deprimida nos principais mercados, incluindo China, Indonésia, Bangladesh e Singapura. Por outro lado, prevê-se que a produção de leite em pó integral diminua para pouco menos de 1,4 milhão de toneladas em 2024, refletindo um pool de leite menor e uma rentabilidade mais baixa para a produção de leite em pó integral em relação a outros produtos. Essa redução na produção de leite em pó integral e a demanda de importação mais fraca da China e a demanda estagnada da Argélia e da Indonésia farão com que as exportações diminuam em 2%.

O desafio de redução do rebanho leiteiro da União Europeia

Na União Europeia, prevê-se um declínio marginal na produção de leite, com uma redução de 200.000 toneladas, elevando o total para 144,6 milhões de toneladas. Uma melhora modesta na produtividade das vacas é insuficiente para compensar as reduções adicionais no rebanho leiteiro. As quedas persistentes nos preços do leite ao produtor, aliadas aos custos de produção consistentemente altos, continuam exercendo pressão sobre os produtores de leite, principalmente nos principais estados-membros produtores, como Alemanha, França, Espanha e Polônia.

O limite de emissões de nitrogênio do governo holandês e o esquema de pagamento voluntário proposto pelo governo irlandês para incentivar o abate de vacas leiteiras aumentam ainda mais a complexidade, pois se espera que esses fatores levem a uma maior consolidação do mercado e ao fechamento de pequenos produtores.

Prevê-se que a produção de queijo aumente marginalmente em 2024, apesar da produção de leite mais fraca, já que a lucratividade deve permanecer mais alta em comparação com a manteiga e o leite em pó. Além disso, a desaceleração da demanda de leite em pó na China pode incentivar um maior foco na produção de queijo. No âmbito doméstico, espera-se um aumento no consumo, impulsionado pelo aumento da renda, pela recuperação econômica e pelo ressurgimento do setor de hospitalidade e do turismo aos níveis anteriores à Covid. Estima-se que as exportações de queijo da UE aumentem em 1% em 2024, impulsionadas por um aumento global na demanda de queijo.

Prevê-se que a produção e as exportações de manteiga e leite em pó desnatado diminuam em 2024, uma vez que a menor produção de leite e a demanda mais fraca da Ásia incentivam os processadores a transferir o processamento de leite para a produção de queijo.

Argentina enfrenta desvantagem da desvalorização da moeda

Na Argentina, a previsão é de que a produção de leite caia mais de 2% em 2024, para 11,5 milhões de toneladas. As margens do produtor sofreram uma pressão substancial devido à desvalorização da moeda, que aumentou o custo da ração e dos insumos importados para os produtores; espera-se que esses aumentos de preços reduzam o crescimento da produção por vaca no próximo ano.
 
As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Balança comercial de lácteos: importações recuam em fevereiro, mas permanecem em alto patamar

Durante o mês de fevereiro de 2024 o saldo da balança comercial de lácteos passou por uma importante recuperação em relação ao mês anterior. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês de fevereiro chegou a -164 milhões de litros em equivalente-leite, registrando uma recuperação mensal de 35 milhões de litros em relação a janeiro, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
As exportações brasileiras de lácteos apresentaram um salto durante o último mês. Ao todo foram exportados 16,51 milhões de litros em equivalente-leite, atingindo o maior patamar registrado desde maio de 2022, um resultado 110,7% acima do registrado no mês de janeiro e 152,9% acima do registrado em fevereiro de 2022, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
As importações passaram por um importante recuo mensal, no entanto, se mantiveram em um resultado ainda bastante alto para um mês de fevereiro. Ao todo, foram importados no último mês 180,2 milhões de litros em equivalente-leite, ficando 12,7% abaixo do registrado no mês anterior e 18,9% acima do mês de fevereiro de 2022, como pode ser observado no gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Dentre as principais categorias importadas, os leites em pó, que juntos representaram 73% das importações brasileiras, apresentaram recuos mensais, de -10% para o leite em pó integral e -41% para o leite em pó desnatado.

Em contrapartida, outra importante categoria nas importações, os queijos, encerrou o mês de fevereiro com um expressivo avanço em seu volume importado em relação ao mês anterior, de +20%, mas ficando ainda abaixo de resultados observados no último trimestre de 2023, como ocorreu no mês de novembro, por exemplo, quando foram importadas 270 toneladas a mais de queijos quando comparado com o resultado de fevereiro/24.

Entre os produtos de menor relevância dentro das importações, os iogurtes, soro de leite e manteigas também passaram por recuos em seus volumes importados mensais, enquanto os volumes importados de leites modificados e o doce de leite avançaram no último mês.
Sobre as exportações, algumas categorias obtiveram destaques, como o leite em pó integral, leites modificados e outros produtos lácteos, que apresentaram importantes avanços em seus volumes exportados no mês de fevereiro, com as exportações do leite em pó integral também atingindo o maior patamar desde maio de 2022, sendo essa a categoria de maior relevância dentro das exportações brasileiras, representando cerca de 37% do total.

Os iogurtes, o leite em pó semi-desnatado e as manteigas também avançaram em seus volumes exportados no último mês, enquanto recuos nas exportações foram observados no creme de leite, leite condensado, leite em pó desnatado e leite UHT.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de fevereiro e janeiro de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em fevereiro de 2024

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em janeiro de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

O que podemos esperar para os próximos meses?
As expectativas sobre os preços dos principais produtos importados pelo Brasil, com destaque para os leites em pó, que são majoritariamente produtos do Mercosul, são de que os leites em pó importados se mantenham mais competitivos em relação aos produtos locais, o que, caso ocorra, manteria as importações brasileiras estimuladas.

No entanto, a disponibilidade dos principais países do Mercosul, com destaque para a Argentina, segue sendo um limitante para as importações de lácteos. No mês de janeiro a produção de leite argentina ficou 12% abaixo da produção registrada em janeiro de 2023, e, mesmo com um cenário que indica um menor consumo interno no país, essa menor produção mostra uma menor disponibilidade para as exportações ao Brasil neste ano.

Desta forma, para os próximos meses as importações devem apresentar recuos mensais, mas ainda devem permanecer em patamares altos, como ocorreu agora no mês de fevereiro.

Consumidores que aprendem sobre os benefícios nutricionais do leite compra e consomem mais lácteos

Leite – Embora a maioria dos estadunidenses consuma laticínios e a popularidade de alguns segmentos esteja crescendo, o consumo de leite fluido registrou um declínio significativo entre os consumidores dos Estados Unidos da América (EUA), desde a década de 1960.  

Para reverter esta tendência – e assegurar que a população inclua quantidades adequadas de lácteos em suas dietas – o setor lácteo desenvolveu material educacional para concientizar os consumidores através de infográficos, anúncios em TV e cartazes, que também são divulgados nas redes sociais. Mas será que essas mensagens educativas fazem alguma diferença? Um novo estudo da JDS Communications demonstrou que os consumidores conscientes dos benefícios do leite e produtos lácteos consomem e compram mais – incluindo queijo, sorvete, iogurte e especialmente leite.

A líder da pesquisa, Stephanie Clark, PhD, que recentemente se aposentou do Departamento de Ciências dos Alimentos e Nutrição Humana, da Universidade do Estado de Iowa, explicou. “Nosso objetivo é educar aqueles que consomem quantidades inadequadas (menos de 3 porções por dia, conforme recomendado pelas Diretrizes Dietéticas para os Norte-Americanos). Aumentar o conhecimento sobre as motivações que devem ser observadas pelos consumidores e compradores de produtos lácteos”.  

Clark e a equipe de pesquisadores realizaram o estudo em três fases: uma pesquisa preliminar, foco em um grupo específico, e finalmente uma pesquisa com participantes adultos voluntários. Quatro infográficos foram desenvolvidos para ajudar a conscientizar os participantes da pesquisa sobre rótulos de alimentos e conceitos de laticínios: painéis de informações nutricionais, má digestão da lactose, 9 nutrientes essenciais, bem como prebióticos e probióticos.

Os resultados do estudo mostraram que a participação do grupo específico teve um efeito positivo significativo na compra e consumo de produtos lácteos, antes e depois da pesquisa de acompanhamento de um mês. “A compra média de laticínios aumentou para 4,4 porções por semana, um crescimento de 26%. O consumo médio de cada produto lácteo também aumento – 23% para queijo; 20% para sorvete; 26% para iogurte e, surpreendentemente, 53% para o leite”

No total, o consumo geral de laticínios pelos participantes aumentou para 8 porções por semana, um saldo de 35%. “O resultado do consumo de leite foi o destaque em nossos resultados”, disse Clark, “com todos os grupos aumentando para pelo menos uma porção de leite por semana”.

Apesar dos resultados positivos, a equipe de pesquisadores observou de imediato que os participantes não atingiram as 21 porções semanais de lácteos recomendadas. Eles reafirmaram a importância de pesquisas adicionais para entender os impactos de longo prazo da educação sobre os lácteos na dieta, ou se a melhora no material educacional ou ainda sua distribuição pode aumentar o impacto.

De um modo geral, o estudo demonstrou que mensagens educativas elaboradas cuidadosamente sobre os benefícios e atributos nutricionais do leite e derivados podem influenciar positivamente o hábito de consumo, levando a aumentar a compra e o consumo de produtos lácteos. Fonte: The Dairy Site


Jogo Rápido

Governo federal aumenta rigor na fiscalização de leite importado
Confira a entrevista do Secretário Executivo do SINDILAT/RS para o Canal AgroMais sobre a nova portaria do Ministério da Agricultura que irá aumentar o rigor na fiscalização de leite importado clicando aqui. (AgroMais via youtube)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de março de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.100


Caixinhas de leite abrem denúncias de violência no Interior do Brasil

Projeto recebe pedidos de socorro de alta gravidade e é relançado

Os QR Codes estampados em caixinhas de leite das marcas Elegê, Itambé, Batavo e Parmalat resultaram em 225 denúncias de violência à mulher nos últimos 12 meses. Destas, 80,9% tratavam-se de ocorrências de média ou alta gravidade e 38% foram cadastradas como primeiro contato dessas vítimas com um sistema de apoio. Muitos dos pedidos de socorro têm origem em municípios do Interior do Brasil, áreas onde não há delegacias especializadas em crimes contra a mulher em operação. Houve, inclusive, caso de mulher que encontrava-se em situação de cárcere privado e foi socorrida por meio da caixinha.

Ao completar um ano do projeto e 365 milhões de embalagens produzidas com o canal de denúncia, Lactalis Brasil e Justiceiras anunciam, nesta sexta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher, a prorrogação do uso do “botão de pânico” nas embalagens de leite UHT. “Os resultados indicam que há um grupo de mulheres brasileiras sofrendo em silêncio e que encontraram nas caixinhas um canal aberto de apoio no seu dia a dia”, destaca Patrick Sauvageot, presidente da Lactalis para o Brasil e Cone Sul.

Segundo a advogada especialista nos Direitos das Mulheres, ex-promotora de Justiça e idealizadora do projeto, Gabriela Manssur, os dados mostram a força democrática do leite, que atinge locais onde o sistema formal de denúncias não chega. “As caixinhas são acesso à Justiça. Seja no interior, seja na cidade, a caixa de leite está na cesta básica e agora também está na casa de milhares de mulheres brasileiras, milhares de famílias como uma estratégia de luta, prevenção, conscientização e combate à violência contra mulheres. A violência contra as mulheres existe, sim, e você pode pedir ajuda! O projeto Justiceiras estará ao seu lado", disse Gabriela Manssur.

O QR Code estampado nas caixinhas dá acesso a um canal de denúncias exclusivo e que aciona uma rede de apoio multidisciplinar. Segundo o levantamento, 92% das vítimas têm filhos e 44,9% sofreram a violência em casa. O estudo indicou ainda que 28% das vítimas residem com o agressor. Os tipos de violência mais relatados foram a psicológica (35,6%), a física (27,1%) e a ameaça (15,1%). O canal funciona sete dias por semana, 24 horas por dia e recebeu 70 mil acessos no período. Os pedidos de ajuda são recebidos por uma equipe multidisciplinar especializada do projeto Justiceiras. Com a autorização das vítimas, as denúncias são encaminhadas para as autoridades competentes.

O projeto Justiceiras está alinhado com a razão de agir da Lactalis Brasil, anunciada na comemoração de seus 90 anos em 2023. Focada em Nutrir o Futuro, a empresa está disposta a transformar a realidade das comunidades onde atua, levando desenvolvimento, qualidade de vida e sustentabilidade. “Estamos comprometidos com o Brasil. Queremos fazer do progranismo que temos no setor do leite um exemplo transformador para toda a sociedade”, frisou Sauvageot.

Sobre a Lactalis

A Lactalis é uma empresa familiar francesa criada em 1933 por André Besnier. O Grupo Lactalis é líder no mercado de lácteos, com presença industrial em 52 países, mais de 270 fábricas e 85.500 funcionários. Iniciou suas atividades no Brasil em 2014 com a aquisição da indústria de queijos da Balkis. Ampliou sua atuação em 2015, com a incorporação de ativos selecionados da LBR e Elebat e marcas como Elegê, Parmalat e Batavo. A Lactalis adquiriu, em 2019, a Itambé e, em 2021, a Confepar. Recentemente, fechou aquisição também da DPA. A Lactalis do Brasil oferece aos consumidores produtos lácteos saborosos e de alta qualidade em uma seleção de marcas consagradas, incluindo Batavo, Président, Elegê, Cotochés, Poços de Caldas, Itambé e Parmalat. Atualmente, a Lactalis do Brasil é líder em captação de leite no Brasil. Em constante expansão, a Lactalis mantém 23 unidades fabris espalhadas por oito estados (RS, SC, PR, MG, SP, PE, GO, RJ).


CONSELEITE MINAS GERAIS CONSELHO PARITÁRIO DE PRODUTORES E INDÚSTRIAS DE LEITE DE MINAS GERAIS

RESOLUÇÃO DE FECHAMENTO DO MÊS DE FEVEREIRO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 7 de Março de 2024, atendendo os dispositivos 

disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo 

Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

  1. a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2024 a ser pago em Março/2024

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA

O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.

Governo vai fiscalizar se laticínios usam leite importado

Agroindústrias podem ficar três meses sem o benefício do Programa Mais Leite Saudável (PMLS)

Os serviços oficiais de inspeção de produtos de origem animal do Ministério da Agricultura vão fiscalizar se os laticínios e as cooperativas participantes do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) estão cumprindo as regras de não utilizar produtos importados para ter acesso ao benefício tributário.

As empresas devem utilizar apenas leite nacional no beneficiamento para que possam aproveitar até 50% de créditos presumidos de PIS e Cofins da aquisição do produto in natura.

Para as indústrias que importam lácteos, a compensação do tributo será limitada a 20%. Em caso de descumprimento, as agroindústrias podem ficar três meses sem o benefício.

A iniciativa ataca as altas importações de leite em pó de países do Mercosul que afetaram o setor leiteiro nacional em 2023. O decreto que instituiu a limitação no benefício, publicado em outubro do ano passado, começou a valer em fevereiro.

Portaria publicada nesta quinta-feira (7/3) pelo Ministério da Agricultura diz que os serviços oficiais de inspeção de produtos de origem animal vão fiscalizar a origem e a conformidade dos insumos utilizados nos processos de beneficiamento e elaboração dos produtos pelas pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, beneficiárias do Programa Mais Leite Saudável.

"As pessoas jurídicas ou cooperativas que estejam habilitadas no Programa Mais Leite Saudável deverão cumprir o requisito de somente elaborar produtos lácteos a partir de leite in natura ou de derivados lácteos, ficando sujeitas, em caso de descumprimento desta Portaria, à suspensão pelo prazo de três meses da apuração com a alíquota de cinquenta por cento dos créditos presumidos", diz o texto da portaria.

Em caso de constatação de descumprimento, os serviços oficiais devem informar as superintendências estaduais de agricultura em até dez dias. Essas unidades, então, deverão comunicar a Receita Federal sobre as ocorrências e das irregularidades verificadas, para alteração no regime tributário, e também aos responsáveis pelo projeto no âmbito do PMLS. (Globo rural via Valor)


Jogo Rápido

Umidade e chuva marcam a próxima semana no RS
A próxima semana deverá ter muita umidade e chuva no Rio Grande do Sul. É o que indica o Boletim Integrado Agrometeorológico 10/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. No decorrer da sexta-feira (8/3), a aproximação de uma área de baixa pressão manterá maior variação de nuvens, com pancadas de chuva na maioria das regiões. Entre o sábado (9/3) e domingo (10/3), o deslocamento de uma frente fria provocará chuva, com possibilidade de temporais isolados em todas as regiões. Na segunda (11/3) e terça-feira (12/3), o tempo firme, com temperaturas amenas vai predominar em todo Estado. Na quarta-feira (13/3), a aproximação de uma nova frente fria provocará chuva em todo Estado. Os volumes previstos deverão oscilar entre 35 e 50 mm na maioria das localidades da Metade Sul. Na Fronteira Oeste, Missões, Alto Uruguai e Planalto, os totais oscilarão entre 50 e 70 mm, e poderão alcançar 100 mm na Serra do Nordeste, Campos de Cima da Serra e no Litoral Norte. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia (SEAPI)