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12/03/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 12 de março de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.102


Custo na produção de leite teve forte queda em fevereiro

O custo de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, registrou uma queda de -3,3% no mês de fevereiro, interrompendo uma sequência altista que vinha desde julho de 2023. Isso ocorreu num momento em que os preços internacionais e os preços de leite pago ao produtor estão em crescimento, sinalizando uma melhoria nas margens da atividade. O primeiro bimestre do ano fechou acumulando uma deflação de custos de produção (-2,3%). Numa comparação entre fevereiro/2024 e fevereiro/2023, houve uma retração de -3,4% nos custos.

A alimentação do rebanho puxou o custo para baixo - O custo da alimentação foi responsável pela expressiva deflação em fevereiro, dada a sua importância na formação de custos da atividade e, também, pela intensidade com que ocorreu.

Em fevereiro, o grupo Concentrado teve retração de -7,6%, com queda generalizada de preço de ração, farelos de soja, milho e trigo, e caroço e farelo de algodão. Adubos e defensivos também registram queda de preço e levaram à redução do custo de produção do grupo Volumosos, que foi de -2,1%. Também o grupo Minerais registrou queda, ainda que restrita (-0,2%).

Num outro extremo, apresentando comportamento altista, o grupo que se destacou foi o de Sanidade e reprodução, com elevação de 2,3% em fevereiro. O grupo Energia e combustível registrou alta de 0,7%, enquanto que o grupo Mão de obra não registrou variação, o mesmo tendo ocorrido com Qualidade do leite.

O custo de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, neste primeiro bimestre do ano, registrou queda de -2,3%, em função dos grupos que compõem a alimentação do rebanho, em que todos os grupos apresentaram queda significativa de preços. O grupo Minerais retraiu -22,2%, seguido pelos grupos Volumosos (-13,3%) e Concentrado (-9,9%). Em sentido contrário, foram registrados acréscimos nos custos com o grupo Energia e combustível (20,3%), seguido por Mão de obra (17,7%), Qualidade do leite (12,3%) e Sanidade e reprodução (7,2%).

Na comparação em doze meses, a variação dos custos de produção foi de -3,4%, com os três grupos de alimentação registrando variações negativas de dois dígitos. O grupo Minerais teve queda expressiva, de -20,6%, seguido por Volumosos (-11,6%) e Concentrado (-10,1%).

Por outro lado, quatro grupos apresentaram crescimento significativo de custos. O de maior intensidade foi o de Energia e combustível (19,6%), enquanto que o de maior impacto, pelo seu peso relativo, foi o de Mão de obra (10,9%). Os grupos Sanidade e reprodução e Minerais, respectivamente acumularam aumento de 7,0% e 3,5% no período de doze meses. (As informações são do CILeite)


3 tecnologias para deixar suas vacas mais produtivas

Os produtores de leite mais bem sucedidos e sustentáveis ​​estão à procura de formas de identificar a rentabilidade, e talvez uma das maiores oportunidades que temos pela frente esteja na tecnologia que pode prever com ainda maior precisão quais as vacas que são verdadeiramente as mais rentáveis ​​do rebanho.

Kyle O'Brien, proprietário da Michigan Dairy Tech e da Western Dairy Tech, vê os desafios da volatilidade do mercado e das margens apertadas que os produtores estão enfrentando, bem como as oportunidades de automação, dados e aprendizado de máquina para capacitar decisões no nível individual da vaca que levar à capacidade geral de administrar um melhor negócio de produção leiteira.

“Eles precisam encontrar as vacas mais lucrativas”, diz O'Brien. “E provavelmente não é a vaca que produz mais sólidos.” Com experiência em tecnologia informática, O'Brien trabalhou diretamente com produtores de laticínios por mais de duas décadas para trazer redes, software e automação para a fazenda. Ele acredita que ainda temos que aproveitar as possibilidades do que a integração pode alcançar.

“Quando você combina todos esses dados de vacas com computadores que automatizam as decisões de como lidar com cada vaca, isso se torna poderoso”, acrescenta O'Brien.

Estas são as três tecnologias que ele acredita abrigarem o potencial inexplorado de lucratividade por vaca: 

Automação – “A automação deve controlar as coisas que você pode controlar. Isso faz sentido em um ambiente de produção”, afirma O'Brien. “Um dos benefícios da automação é usar dados de dois sistemas ‘burros’ para tomar uma decisão inteligente em outro lugar.”   

Big data  – “Big data é a capacidade de coletar dados sobre todos os aspectos da sua operação”, acrescenta. “Quanto mais pontos de dados você tiver, mais decisões informadas poderá tomar.”   

Aprendizado de máquina  – O aprendizado de máquina leva a automação e o big data para o próximo nível. “A automação costumava ser uma operação binária. Com o aprendizado de máquina, agora é possível fazer inferências em tempo real”, explica. Da mesma forma, o aprendizado de máquina simplifica o big data. “Big data sem aprendizado de máquina é apenas uma pilha de dados”, acrescenta. “Há muita informação para o cérebro humano analisar e encontrar padrões.  

Então, o que seria possível para uma vaca mais lucrativa com o poder combinado da automação, big data e aprendizado de máquina? Decisões baseadas em dados biológicos em tempo real, como usar o balanço energético individual da vaca como um indicador para reprodução versus um período de espera voluntário padrão. Ou informações precisas sobre a ingestão de matéria seca para estimular a movimentação do grupo do grupo fresco para o grupo de alta produção, em vez de movimentações feitas em dias pré-determinados no leite (DIM).

“Se os humanos puderem confiar nas máquinas, sinto que poderão fazer melhor pelas vacas”, diz O'Brien. “É nosso trabalho no setor de tecnologia fabricar um produto em que possam confiar.” (Dairy Herd)

Walmart anuncia planos para terceira fábrica de processamento de leite

O varejista abrirá no Texas uma terceira instalação própria e operada em 2026, expandindo a área de processamento de leite da empresa além de Indiana e Geórgia.

A nova instalação será construída em Robinson, Texas, e criará cerca de 400 novos empregos quando estiver operacional. Representa mais um movimento estratégico para o retalhista, que procura fortalecer a sua cadeia de abastecimento, melhorar a eficiência e tornar o abastecimento mais transparente. O plano faz parte do compromisso do Walmart de investir US$ 350 bilhões em produtos fabricados, adquiridos, cultivados ou montados nos EUA ao longo de uma década.

A empresa abriu sua primeira instalação de processamento de leite em Fort Wayne, Indiana, em 2018, e anunciou planos para uma segunda, a ser inaugurada em Valdosta, Geórgia, em 2025. Um porta-voz do varejista nos disse na época que, como a instalação estava sob controle, De propriedade do Walmart, “teremos a capacidade de controlar todo o processo de engarrafamento e embalagem para garantir que atenda aos nossos rigorosos padrões de qualidade para nossas ofertas de marca própria e siga os regulamentos apropriados definidos pela indústria”.

Melhorar a transparência a este nível também está em consonância com as atitudes dos consumidores e com as exigências de compreender como os seus alimentos são obtidos. “Compreendemos a evolução das lojas dos nossos clientes nos últimos anos e cada vez mais clientes procuram uma maior consciência da origem dos seus alimentos, com expectativas mais elevadas em relação à qualidade e origem”, acrescentou o porta-voz.

Bruce Heckman, vice-presidente de produção do Walmart, comentou: “Estamos entusiasmados por poder fornecer ao Texas e aos estados vizinhos leite de alta qualidade proveniente principalmente de produtores de leite do Texas. 

“Essas novas instalações dão continuidade ao nosso compromisso de construir uma cadeia de suprimentos mais resiliente e transparente e garantir que as necessidades de nossos clientes sejam atendidas neste produto básico do dia a dia.” (Dairy Reporter)


Jogo Rápido

Contas do setor público têm recorde de superávit
Após um resultado negativo em dezembro, as contas públicas fecharam o mês de janeiro com superávit primário recorde, de R$ 102,1 bilhões. A informação foi divulgada ontem pelo Banco Central (BC). O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público consolidado (governo federal, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras), antes do pagamento dos juros da dívida pública. Em dezembro, o déficit havia sido de R$ 129,5 bilhões. O saldo de janeiro, que foi o melhor para o mês na série histórica do BC, iniciada em 2001, foi composto por um superávit de R$ 81,3 bilhões do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 22,5 bilhões. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 19,7 bilhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 2,8 bilhões. Já as estatais registraram déficit de R$ 1,7 bilhão no mês. Se observado o resultado nominal (que representa a diferença entre receitas e despesas após o pagamento dos juros da dívida pública), o superávit foi de R$ 22,2 bilhões em janeiro. As informações são de Zero Hora.


 
 

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