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14/03/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de março de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.104


Aquisição de leite volta a crescer, após dois anos de recuo

Em 2023, os laticínios que atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária captaram 24,52 bilhões de litros, com aumento de 2,5% frente a 2022.

Na comparação mensal, com exceção de fevereiro, todos os demais meses apresentaram variação positiva em relação à 2022, sendo que a variação mais significativa foi constatada em junho (120,80 milhões de litros). Os preços competitivos de fornecedores externos, como Argentina e Uruguai, levaram ao aumento das importações para atender à demanda das indústrias. Este fato, associado ao aumento da produção interna, influenciou na redução do preço pago ao produtor ao longo do ano de 2023. Somou-se a esse cenário uma demanda incipiente dos consumidores pelos derivados lácteos.

Houve acréscimo de 604,02 milhões de litros de leite, em nível nacional, no comparativo 2023/2022, relacionado ao aumento no volume captado em 19 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações positivas absolutas mais consideráveis ocorreram em Santa Catarina (+215,37 milhões de litros), Paraná (+189,36 milhões de litros), Sergipe (+64,31 milhões de litros) e Ceará (+53,56 milhões de litros). Em contrapartida, ocorreram decréscimo em sete estados, sendo que os mais expressivos foram verificados em São Paulo (-117,70 milhões de litros), Minas Gerais (-37,22 milhões de litros) e Pará (-22,03 milhões de litros). Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 23,8% da captação nacional, seguido por Paraná (14,8%) e Santa Catarina (13,1%).

A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária no 4º trimestre de 2023 foi de 6,46 bilhões de litros. O valor correspondeu ao aumento de 2,2% em comparação ao volume registrado no 4º trimestre de 2022 e aumento de 2,6% em comparação ao obtido no trimestre imediatamente anterior. (IBGE)




Governo da Argentina anunciou empréstimos para setor leiteiro e leasing de máquinas agrícolas usadas

Além dos anúncios de créditos do Banco Nación para a compra de máquinas agrícolas, o governo da Argentina acrescentou duas linhas de financiamento para a agricultura, uma para a pecuária leiteira e outra para implementar um sistema de leasing (locação/arrendamento) para a compra de máquinas agrícolas usadas.

De acordo com o Secretário de Desenvolvimento Produtivo, Juan Pazo, na Expoagro, as linhas para a produção de leite são créditos de capital de giro pagáveis em litros de leite, que serão implementados por meio do Banco Argentino de Desenvolvimento (BICE).

"Os produtores de leite precisam de um instrumento para não ficarem sem uma lacuna entre o que investem e o que vendem", disse ele e explicou que poderia ser usado para capital de giro. Nessa semana, o BICE dará detalhes sobre os valores disponíveis, mas, de acordo com fontes da Secretaria de Agricultura, eles podem ser usados para investimentos em equipamentos (fazendas leiteiras robotizadas, por exemplo) ou para melhorar as instalações para adaptá-las às exigências do bem-estar animal.

Quanto ao leasing de máquinas agrícolas usadas, Pazo explicou que servirá para estimular o mercado em um nicho de produtores que encontram, dessa forma, uma possibilidade de renovar os equipamentos. Ele também explicou que os detalhes da instrumentação serão informados pelo BICE nessa semana.

"Não havia dinheiro e começamos a pensar em quais instrumentos de crédito poderiam ser oferecidos à agricultura", disse Pazo durante uma coletiva de imprensa na qual elogiou o campo. "É o motor da economia", enfatizou, e lembrou que ele próprio costumava visitar a exposição em outros anos como produtor agrícola.

"Há entusiasmo entre as pessoas, há um vislumbre de esperança e há um desejo de que as coisas corram bem", disse o membro da equipe do Ministro da Economia, Luis Caputo.

No entanto, ele disse que a situação de emergência econômica herdada do governo anterior, caracterizada pelas reservas negativas do Banco Central, a dívida com os importadores e a necessidade de pagar as organizações internacionais de crédito, ainda continua.

Isso, explicou, dificulta a intenção do governo de reduzir os impostos, como disse quando  lhe foi perguntado se poderia haver uma redução das tarifas de exportação do trigo, cuja semeadura começa em dois meses e é afetada por uma relação insumo/produto negativa.

Em relação à possibilidade de reduzir a carga tributária de alguns insumos, como fertilizantes, Pazo respondeu que o governo planeja deixar o imposto PAIS em zero por cento até o final do ano, que hoje tem uma taxa de 17,5%. "Quando a emergência acabar, os impostos cairão, temos que ter um pouco de paciência", disse ele.

Após os anúncios de Pazo, Flavio Mastellone, diretor da Mastellone Hermanos, a empresa que fabrica os produtos La Serenísima, tomou a palavra. O empresário expressou sua satisfação com o anúncio, pois ele "gera expectativas positivas", tanto para o setor quanto para os produtores de leite.

Por sua vez, Vilella destacou que houve um aumento nas exportações de leite e queijo nos primeiros meses deste ano devido ao impacto das medidas de liberalização das exportações.

As informações são do La Nación, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

Consumo de iogurte é associado a redução do risco de diabetes tipo 2

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA anunciou neste mês de março que reconhece uma possível ligação entre o consumo regular do iogurte e a redução do risco de diabetes tipo 2. A alegação recém-aprovada estipula que o consumo regular de pelo menos duas xícaras (três porções) de iogurte por semana pode diminuir o risco de diabetes tipo 2, com base em evidências científicas limitadas.

O anúncio surge após quase cinco anos de revisão pela FDA, período durante o qual foram analisadas pesquisas envolvendo mais de 300 mil indivíduos. Os resultados indicaram que a inclusão do iogurte na dieta americana típica pode trazer benefícios significativos para a saúde pública.

A Danone North America desempenhou um papel crucial nesse processo, liderando os esforços para que a FDA tomasse essa decisão histórica.

Miguel Freitas, Ph.D., Vice-Presidente de Saúde e Assuntos Científicos na Danone América do Norte, comentou: “Sabemos que um crescente corpo de pesquisas sugere que o consumo regular de iogurte pode diminuir o risco de desenvolver uma das doenças de saúde mais significativas e de rápido crescimento nos Estados Unidos. É por isso que decidimos apresentar uma petição para esta alegação de saúde qualificada, inédita. Nossa esperança é que este anúncio capacite os consumidores com informações simples e práticas que eles possam usar para ajudar a reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 por meio de uma modificação dietética realista e fácil de fazer.”

A diabetes tipo 2 é uma das principais causas de morte nos EUA, afetando mais de 37 milhões de americanos, com 1,4 milhões de novos casos diagnosticados anualmente, segundo a Danone.

Além de reduzir o risco de diabetes tipo 2, o iogurte é reconhecido como parte de um padrão alimentar saudável, proporcionando nutrientes essenciais como cálcio, vitamina D e proteínas, associados à saúde óssea e muscular. O cálcio e a vitamina D são identificados nas Diretrizes Dietéticas para Americanos como nutrientes essenciais muitas vezes subconsumidos.

Amanda Blechman, nutricionista registrada e Diretora de Saúde e Assuntos Científicos da Danone North America, ressaltou: “O iogurte não é apenas uma fonte valiosa de nutrientes importantes, mas também é incrivelmente versátil. Isso torna mais fácil incorporá-lo à sua rotina diária de uma forma que atenda às suas necessidades e preferências exclusivas. O iogurte é um alimento básico no carrinho de compras da minha família e gostamos de apreciá-lo com frutas, misturá-lo em smoothies, molhos e molhos, e até mesmo usá-lo como ingrediente para cozinhar ou assar.”

A International Dairy Foods Association (IDFA) elogiou a decisão da FDA, destacando os benefícios do iogurte não apenas como fonte de nutrientes essenciais, mas também como um contribuinte significativo para a saúde pública, incluindo a redução do risco de diabetes tipo 2. A IDFA enfatizou a importância de considerar essa decisão em futuras diretrizes dietéticas e destacou o papel dos produtos lácteos em dietas saudáveis e equilibradas.

As informações são do BHB Food, adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Argentina – O preço do leite chegou a 35 centavos de dólar
Preços/AR – De acordo com dados publicados pelo Sistema Integrado de Gestão da Lecheria Argentina (SIGLeA) sobre o mês de fevereiro, o preço pago ao produtor de leite foi de 291,69 pesos por litro, o que significa aumento de 18% em relação a janeiro e quase 300% na comparação com fevereiro do ano passado. Medido em dólar oficial, o valor é pouco menos de US$ 0,35. Embora ainda não estejam disponíveis informações sobre os custos para apurar a renda das fazendas, está claro que a queda internacional do preço de grãos está dando uma ajuda aos produtores de leite, já que a relação milho e soja melhorou notavelmente e se aproximou nos níveis necessários para a economia leiteira. Com a soja custando 250.000 pesos e o milho 150.000, a relação leite/soja ficou em 1,2 e leite/milho 2 para 1. Esta melhora na equação econômica das fazendas obedece a diferentes questões e é conjuntural. Os problemas de fundo do setor, como a falta de transparência na comercialização, continuam. Um dos motivos que justificou a recomposição do preço ao produtor está relacionado à forte queda de produção. O recuo foi de 12,5% em janeiro, em relação a dezembro e em comparação com o mesmo mês de 2023. Outro fator foi a exportação que permitiu se beneficiar de um melhor preço em um cenário cambial mais favorável ao vivido nos últimos anos, já que ao se desvalorizar, diminuiu a defasagem do dólar oficial e o setor deixou de pagar os direitos de exportação. O terceiro fator foi a queda internacional dos preços dos grãos. A baixa foi acentuada, em torno dos 100 dólares por tonelada. Além disso, a expectativa é de que haverá uma oferta de grãos muito maior este ano, com a possibilidade de fazer silos. Tudo isso favorecerá a produção de forragens para o inverno. Finalmente, os produtores encontram uma boa notícia. Não é suficiente para sair da crise, mas pelo menos acalma os nervos e é um cenário melhor do que o que foi vivido nos últimos anos. Fonte: Bichos de campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br


 
 

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