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15/03/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de março de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.105


Declaração de Rebanho em 2024 terá novo prazo, com início em abril

A Declaração Anual de Rebanho em 2024 terá um prazo diferente dos últimos dois anos: vai se iniciar em 15 de abril e terminar em 14 de junho. As novas datas foram publicadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) nesta quarta-feira (13/3) no Diário Oficial do Estado.

Conforme a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, Rosane Collares, a alteração acata solicitações das entidades representativas dos produtores para que o período de declaração de rebanho seja o mais próximo possível do antigo prazo, de janeiro a maio.

"Nos últimos anos, passamos a declaração para o segundo semestre devido a ajustes no Sistema de Defesa Agropecuária, para implantar a declaração online. A ideia agora é retomar e permanecer em um período mais próximo ao que era habitualmente estabelecido", explica.

A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. "Além do atendimento à legislação vigente, os dados nos dão embasamento para que tenhamos uma radiografia da distribuição das populações animais, das faixas etárias. Com isso, podemos ser mais assertivos em nossas políticas públicas de saúde animal", detalha Rosane. 

Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores.

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, entre outros. No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros. 

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Um tutorial ensinando a realizar o preenchimento pode ser consultado aqui. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online.  

Para mais informações: www.agricultura.rs.gov.br/declaracao

SEAPI


Uruguai – Quanto foi o faturamento com as exportações de lácteos e quais destinos?

Produção/UR – O faturamento com as exportações de lácteos pelo Uruguai, em 2023, foi de US$ 855 milhões e caiu 8% em relação ao recorde do ano anterior - US$ 925 milhões. Ainda assim é um desempenho de destaque e trata-se do segundo maior valor dos últimos cinco anos.

Outra leitura positiva é que o faturamento de 2023 é 51% superior ao valor mínimo do último decênio, de US$ 568 milhões, em 2016.

Segundo mostra a análise do Instituto Nacional do Leite (Inale) sobre o comércio de lácteos, e considerando a situação e as perspectivas da leiteria uruguaia em 2023 – a queda de 8% pode ser atribuída, principalmente, pelo recuo dos preços.

Em equivalente litros de leite (EqL), foram 1.537 milhões de litros, praticamente o mesmo volume de 2022 (1.545 milhões de litros), e 33% acima do valor mínimo (1.154 milhões de litros em 2014).

Analisando a evolução da última década, o faturamento caiu a uma taxa acumulada anual de 0,6% com um volume que cresceu a uma taxa anualizada de 0,9% e redução de 1,5% nos preços obtidos em litro EqL.

Em 2023 o faturamento mensal ficou melhor na comparação interanual, em quase todos os meses, exceto em janeiro.

Foram embarcados 1.537 milhões de litros de leite. O maior volume, 155 milhões de litros em novembro, e o menor, 111 milhões de litros, em fevereiro.

O preço médio recebido pelos produtos lácteos exportados em 2023 (determinado a partir do faturamento e do volume em EqL total), foi de US$ 056 por litro, 7% inferior ao obtido no ano anterior, US$ 0,60 por litro. O valor mínimo foi registrado em novembro (US$ 0,48) e o máximo em fevereiro (US$ 0,61).

Os 88 destinos: Durante o último ano houve exportação para 88 destinos mas, 70% do faturamento ficou concentrado no Brasil, Argélia, México, Argentina e Rússia. Caiu a posição da China como destino de produtos do Uruguai. Em 2022 ocupou o posto 3, representando 10% das exportações uruguaias, e em 2023 caiu para o posto 6, representando 3%. O Brasil cresceu como destino, gerando 49% do faturamento, o que corresponde ao aumento de 60% em relação a 2022. O segundo posto foi ocupado pela Argélia e concentra 14% do total faturado, apresentando queda de 42%. Com menores percentuais encontram-se México e Rússia (4% e 4%), os quais mostraram um aumento de 21% no caso do México e queda de 15% no caso da Rússia. Analisando as exportações por regiões, o Mercosul é responsável por 53% do faturamento, seguido pela África (21%), o resto da América Latina (11%), Ásia (10%) e Rússia (4%).

Principais Produtos : A cesta dos principais produtos exportados inclui leite em pó integral (LPE), leite em pó desnatado (LPD), queijos e manteiga. Estes produtos representam US$ 780 milhões e 1.529 milhões de litros de leite, ou seja, 91% do faturamento total e, 99% do total de litros de leite exportados.

Leite em pó integral: O LPE constitui o principal de exportação e é responsável por 66% do faturamento. Registrou aumento de 3% em relação ao ano anterior. Isto se deve ao crescimento das quantidades colocadas (+15%) que compensou a queda do preço (-11%). Em 2023 as exportações em valor e volume de LPE bateram os recordes dos últimos dez anos (apesar da queda no preço) chegando a US$ 569 milhões e 160 mil toneladas. É preciso mencionar que, as exportações de LPE estão crescendo a uma taxa acumulada de 5% ao ano, com crescimento de 8% em volume e queda anual de 2% no preço. Entre os principais destinos de LPE se encontram Brasil (55%), Argélia (21%), China (3%), Nigéria (3%) e Emirados Árabes Unidos (2%).

Queijo: O queijo constitui o segundo produto lácteo exportado, representando 14%. Teve aumento de 4% no faturamento em relação ao ano anterior, sendo o aumento de preços (+8%) determinante para esse resultado, já que em volume teve queda de 4%. O faturamento final de 2023 foi de US$ 116 milhões, que se encontra 54% abaixo do pico registrado em 2013 de US$ 255 milhões. Entre 2013 e 2023 o faturamento caiu a uma taxa anualizada acumulada de 8%, com queda de 7% no volume e -1% nos preços. Por destino, o Brasil encabeça o ranking (25%), seguido pelo México (20%), Rússia (14%), Argentina (12%) e Chile (9%).

Leite em pó desnatado: O LPD é o terceiro item mais exportado e representou 5% do faturamento. Teve queda de 59% em relação ao ano anterior. Isto se deve, principalmente, à queda das quantidades embarcadas (-56%) e dos preços (-6%). É o segundo valor mais baixo dos últimos dez anos. Entre 2013 e 2023 o faturamento desceu a uma taxa anual acumulada de 11%, com redução de 10% no volume e, preços 1% menores. O Brasil lidera como principal destino das vendas, 79%, seguido pela Bolívia e Rússia com uma menor participação (8% e 6%, respectivamente).

Manteiga: O quarto posto é ocupado pela manteiga, em ordem de faturamento. Representou 6% do faturamento com as exportações de lácteos e registrou queda de 39% em relação ao ano anterior. Esta queda se deveu ao menor volume (-34%) e aos preços (-7%), respectivamente. Entre 2013 e 2023 o faturamento desceu a uma taxa anual acumulada de 6%, com redução de 8% no volume, mas aumento de 1% dos preços. A Rússia foi responsável por 22% do faturamento com manteiga, seguida pela Arábia Saudita (14%), Brasil (13%), Barein (8%) e Egito (6%).

Importações de lácteos: As importações do Uruguai são pouco significativas. Em 2023 foram equivalentes a 3,4% das exportações em faturamento (US$ 29 milhões, 15% a mais que em 2022) e 1,6% em EqL (24,33 milhões de litros, 24% a mais que em 2022). Isto denota que a composição da cesta de produtos importados tem um preço médio maior em EqL do que os exportados. Os principais produtos importados no ano foram queijos (33%), seguido por sorvetes (21%), leite UHT (13%), fórmulas infantis (6%) e outros (30%). A Argentina se destaca como principal origem dos queijos, sorvetes e outros produtos (iogurtes, pastas e outros) e o Brasil fica em destaque na venda de leite UHT. As importações cresceram a uma taxa anual acumulada de 3,9%, em valor, nos últimos dez anos, com um comportamento díspar segundo o ano: em 2013, 2015, 2017, 2020, 2021 e 2023, cresceram em relação ao ano anterior. Mas houve queda nos outros anos. Em valor, o crescimento mais importante se deu em 2021 (94%) e a queda mais significativa em 2022 (-34%). A Argentina é o principal fornecedor de lácteos importados em valor, 63%, seguido pelo Brasil com 22%, a União Europeia com 10% (Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Países Baixos, Itália e Polônia), México e Estados Unidos foram responsáveis, igualmente por 2%, e outros países enviaram 1%. Fonte: El Observador - Tradução livre: www.terraviva.com.br

 

Informativo Conjuntural 1806 de 14 de março de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE
As temperaturas mais amenas têm beneficiado os animais, reduzindo o estresse térmico e melhorando seu desempenho no pastejo. Os produtores estão atentos ao aumento da incidência de mosca-dos-chifres, berne e carrapato, realizando tratamentos estratégicos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a prolongada estiagem está impactando negativamente na produtividade das matrizes, além de aumentar os problemas relacionados a carrapato, mosca-dos-chifres e miíase nas propriedades locais.

Em Hulha Negra, um levantamento realizado nas empresas do município indicou queda de 5% no
volume de leite coletado nos últimos 20 dias, devido à redução na oferta e na qualidade da forragem, além do estresse causado pelas altas temperaturas.

Na de Caxias do Sul, a produção de leite foi afetada pelo vazio forrageiro outonal, levando os produtores a utilizar suas reservas de forragem conservada. As pastagens anuais de inverno terminaram seu ciclo; as de verão não foram implantadas ou estão em fase inicial de crescimento.

Na de Erechim, o rebanho apresenta condições sanitárias adequadas, mas observou-se queda na produção de leite.

Na de Frederico Westphalen, as condições ambientais seguem adequadas para o bem-estar do rebanho.

Na de Passo Fundo, a redução na qualidade das forrageiras, devido à transição de estações, tem demandado maior uso de silagens e melhoria na qualidade nutricional das rações para manter a produção de leite.

Na de Pelotas, em Capão do Leão e Santa Vitória do Palmar, segue o registro de bom desenvolvimento das pastagens anuais e perenes de verão.

Na de Santa Maria, as condições sanitárias estão dentro do esperado para o verão, e as matrizes estão sendo manejadas diariamente para facilitar a manutenção da saúde, incluindo controle de
mastite.

Na de Santa Rosa, o volume total de alimentos necessário continua sendo complementado com silagem de milho. Os indicadores de qualidade do leite têm oscilado devido às temperaturas elevadas, mas permanecem dentro dos valores aceitáveis, exigindo atenção na higienização dos utensílios. (EMATER ADAPTADO PELO SINDILAT)


Jogo Rápido

Estado terá altos volumes acumulados de chuva nos próximos dias
Os próximos dias deverão apresentar altos volumes acumulados de chuva no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 11/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (15/3), as temperaturas ainda permanecerão elevadas; porém, a aproximação de uma área de baixa pressão vai provocar maior variação de nuvens, com pancadas de chuva na maioria das regiões e possibilidade de temporais isolados. No sábado (16/3) e domingo (17/3), a atuação de uma área de baixa pressão no continente e o deslocamento de uma frente fria no oceano manterá a nebulosidade e a chuva em todo o Estado. Na segunda (18/3) e terça-feira (19/3), o calor seguirá predominando, com pancadas de chuva em todas as regiões. Na quarta-feira (20/3), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva generalizada, com possibilidade de temporais isolados. Os totais esperados deverão oscilar entre 35 e 50 mm na Serra do Nordeste. No restante do Estado, os valores deverão oscilar entre 70 e 100 mm, podendo superar 200 mm na Campanha, Fronteira Oeste e Alto Uruguai. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia


 
 

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