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O valor de referência do leite projetado para maio com base nos primeiros dez dias do mês é de R$ 1,5260 no Rio Grande do Sul. O indicador foi divulgado na manhã desta terça-feira (25/05) durante reunião virtual do Conseleite e já foi calculado com base nos novos parâmetros de custo aprovados pela Câmara Técnica.  O valor indica elevação em relação ao consolidado divulgado para abril (R$ 1,4509). O coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra, explicou que a alta justifica-se basicamente pela mudança de parâmetro, que impactou em 6% o valor de maio uma vez que, se calculado nos padrões anteriores (2016), o litro ficaria em R$ 1,4393.

Até abril, o Conseleite trabalhava com parâmetros de custo de 2016. A partir de maio, o colegiado passa a utilizar indexadores referentes a 2019. O professor da UPF Marco Antonio Montoya salientou que a mudança no valor de referência ocorreu na segunda casa decimal. Contudo, no acumulado do ano, as oscilações se mantêm em estabilidade. “Foi um trabalho árduo de recálculo aprovado por unanimidade na Câmara Técnica”, ponderou Montoya.

A tendência do mercado lácteo gaúcho é de recuperação. “A volta às aulas presenciais, o pagamento do auxílio emergencial e a redução da produção nacional são fatores que, somados, ajudaram a retomada”, ponderou Guerra. No campo, também há sinais de recuperação com elevação da captação no Rio Grande do Sul. Apesar do otimismo com o clima que vem favorecendo as pastagens, a situação da pandemia ainda exige atenção para possíveis instabilidades no consumo.
 
Foto: Carolina Jardine

Aspectos da Reforma Tributária de interesse da cadeia produtiva do leite foram detalhados pelo diretor executivo da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) e consultor técnico da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Marcelo Martins, na segunda tarde do Fórum MilkPoint Mercado Online, na quarta-feira (14/10). Ele destacou que a desoneração da cesta básica e das exportações, crédito presumido e o fato dos produtores contribuírem ou não com a Contribuição de Bens e Serviços (CBS) são algumas das especificidades do setor. Por isso, enfatizou a importância de se discutir ativamente esses pontos de interesse, como já vem sendo feito por representantes do segmento.

Segundo Martins, os itens da cesta básica devem ser sujeitos à alíquota zero como estão hoje e não isentos, além de ser necessário manter os produtores rurais como não contribuintes do IBS/ CBS. “Esse processo de débito e crédito será extremamente oneroso para o produtor, não só do ponto de vista financeiro, mas também do ponto de vista operacional”. O profissional ressaltou ainda que haja garantia de utilização de todos os créditos na aquisição de insumos e serviços e crédito presumido com alíquota que garanta a não cumulatividade na cadeia produtiva.

O pesquisador da Embrapa Gado de Leite Glauco Carvalho discorreu sobre a sensibilidade à renda e lácteos. E em sua fala, afirmou que queijos, requeijão e manteiga tiveram gastos aumentados pelos brasileiros. Também reforçou que o auxílio emergencial disponibilizado pelo governo à população teve um impacto importante no momento vivido no Brasil. Sobre o consumo, alertou que algumas tendências que já eram esperadas e observadas devem ganhar velocidade, mas não haverá grandes rupturas no comportamento do consumidor. Qualidade, rotulagem, rastreabilidade e bem-estar animal têm sido alguns dos pontos analisados pela população na hora de escolher o produto.

O último dia do fórum, promovido pela Milkpoint, também reuniu profissionais e analistas do segmento que falaram sobre inovação e automação para embalagens no setor de queijos, e-commerce para alimentos, transformações no varejo, desenvolvimento de novos canais de venda em função da pandemia e o comportamento dos consumidores com a chegada da Covid-19. O evento ocorreu nos dias 13 e 14 de outubro com o objetivo de debater o futuro do setor de lácteos.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) participa nesta sexta-feira (2/10) da abertura oficial da Expointer Digital 2020, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O presidente da entidade, Alexandre Guerra, vai acompanhar a solenidade, agendada para às 11h, na Tribuna de Honra da Pista Central, que contará com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do governador do Estado, Eduardo Leite, do secretário da Agricultura, Covatti Filho, e demais convidados.

Na cerimônia, a Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) fará a entrega da medalha Paulo Brossard a lideranças que se dedicaram ao agronegócio neste ano. Os homenageados serão a ministra Tereza Cristina, o presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira, o ex-secretário da Agricultura Odacir Klein e os pecuaristas Eduardo Macedo Linhares e Antonio Martins Bastos Filho.

Para Guerra, apesar da pandemia de Covid-19, que tem assolado os planejamentos do ano, a Expointer Digital tem demonstrado a força e organização do agronegócio brasileiro. "O evento está sendo um sucesso, mesmo com todos os obstáculos enfrentados ao longo deste ano. Isso prova a grandiosidade do agronegócio no país, tendo ao seu lado o apoio do setor lácteo para fortalecer essa união", reforça.

Crédito: Arte sobre foto de Fernando Dias - Ascom/Seapdr

 

A projeção para o valor de referência do leite no Rio Grande do Sul em julho é de R$ 1,4244, alta de 1,82% em relação ao consolidado de junho (R$ 1,3989). A estimativa foi apresentada na reunião virtual do Conseleite/RS nesta terça-feira (28/07) e indica estabilidade de mercado, com recomposição do preço dos queijos. O professor da UPF Marco Antônio Montoya pontuou que, com a concentração do consumo dentro das residências em função quarentena, o que se vê é uma valorização dos alimentos. Segundo o levantamento do Conseleite, a maioria dos derivados lácteos no primeiro semestre de 2020 está acima dos valores praticados no mesmo período de 2019. Contudo, com o avanço da safra e o típico aumento de produção no segundo semestre do ano, a tendência é que os preços se mantenham nesse patamar.

O presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, reforçou que a estabilidade do leite no Rio Grande do Sul segue tendência também verificada em outros itens da cesta básica, mas alertou que o momento é de cautela. “A variação cambial tem ajudado. Estamos vivendo um bom momento, mas é preciso atenção com investimentos”, alertou.

A posição foi reforçada pelo vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, que informou que o câmbio no atual patamar deixou o leite importado pouco competitivo no mercado nacional, favorecendo a produção local. De acordo com Guerra, a estabilidade do mercado nos meses de junho e julho traz alento a um setor que enfrentou muita pressão ao longo dos últimos anos. “Deixamos para trás a volatilidade registrada em março e abril e entramos em um cenário de estabilidade em junho e julho, um patamar necessário para o setor se manter”, completou.

Outro fator citado pelo Conseleite para fomento ao consumo de alimentos foi o auxílio emergencial concedido pelo governo federal às famílias de baixa renda. “Esse valor de R$ 600,00 tem sido revertido para consumo de alimentos em casa”, destacou Rizzo.

O Conseleite também debateu a Reforma Tributária proposta pelos governos estadual e federal. As entidades ligadas ao Conseleite estão estudando o tema e as possíveis contribuições.

Crédito: Carolina Jardine

Instituído pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) em 2001, o Dia Internacional do Leite é comemorado em 24 de junho com o objetivo de mostrar à sociedade a importância dos lácteos para uma alimentação saudável e equilibrada. Considerado um dos mais nobres alimentos, o leite desempenha uma função essencial em todas as fases do desenvolvimento humano. Na infância, ajuda na formação e no desenvolvimento do organismo como fonte de proteína, sais minerais e gordura; na adolescência oferece condições para o crescimento rápido com boa constituição muscular óssea, e endócrina; e para pessoas da terceira idade, é fonte de cálcio, essencial na manutenção da integridade dos ossos. Por todos esses benefícios, figura no calendário anual de datas comemorativas pela organização internacional.

Além de ser fonte de nutrição para milhares de famílias no mundo, o leite também é matéria-prima principal de vários outros produtos e ingredientes de preparações da culinária, desde queijos, requeijão, creme de leite, natas, iogurtes e muitos outros.

No Brasil, o leite tem um peso importante na economia brasileira, sendo um dos quatro produtos principais da agropecuária, considerando o Valor Bruto da Produção (VBP): a cadeia somou R$ 55,7 bilhões no ano passado. A atividade também é responsável pelo sustento de milhares de famílias no Brasil e, para muitos, a principal fonte de renda na propriedade.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, leite é o alimento mais completo que existe e seus derivados são fontes inesgotáveis de energia, cálcio e outros elementos essenciais para a saúde. Além disso, Guerra reforça que o produto tem papel fundamental na economia de milhares de famílias de pequenos produtores gaúchos. “Queremos homenagear todas as pessoas envolvidas neste setor, responsáveis pelo trabalho diferenciado que se inicia na casa dos produtores, passando pelos cuidados e inovação da indústria, até chegar diariamente na mesa dos consumidores”, destacou Guerra.

Crédito: Carolina Jardine

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) indicou recuperação no valor de referência do leite em junho. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (23/06), a projeção para o litro considerando os primeiros dez dias do mês é de R$ 1,3721, 8,63% acima do consolidado de maio (R$ 1,2630).  Responsável pelo estudo, o professor da UPF Marco Antônio Montoya informa que a variação percentual reflete a recuperação de parte da queda atípica registrada em função da pandemia de Covid-19. O levantamento também constata que o valor real do litro (descontada a inflação) em junho de 2020 está acima da média histórica para o período. 

Montoya explica que a projeção dos primeiros dez dias do mês não espelha exatamente o consolidado, mas indica uma tendência a ser seguida. O presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo,  frisa a importância do colegiado, que traz mensalmente dados essenciais para nortear o mercado gaúcho e a relação entre produtores e indústrias. “Trabalhamos com projeções que podem ser confirmadas,ou não, ao final de cada período”. 

O vice-presidente do Conseleite e presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, indica que o mercado está incerto, o que vem se refletindo em alta volatilidade nos últimos meses. No entanto, junho vem tendo oscilação menor e uma certa recuperação. “O desempenho do setor lácteo também depende agora da manutenção dos programas sociais do governo e da recuperação da economia”, projeta Guerra. Um fator positivo verificado em 2020, citou o representante das indústrias, é a redução de importações em função da desvalorização cambial, o que torna os produtos importados (leite em pó) pouco competitivos para internar no Brasil.

O Conseleite vem estudando formas de agregar ao estudo dados relacionados ao custo de produção dos produtores. Uma das possibilidades já encaminhadas é a de utilização de informações compiladas pela Emater a campo. A ideia, explica o presidente Rodrigo Rizzo, é que a instituição de assistência técnica passe a integrar o quadro do Conseleite com cadeira fixa. Atualmente, a Emater participa como convidada e no suporte à Câmara Técnica do colegiado. 

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Maio de 2020.

Matéria-prima Valores Projetados Maio /20 Valores Finais

Maio /20

Diferença

(Final – projetado)

I – Maior valor de referência 1,3902 1,4525 0,0623
II – Valor de referência IN 76/771 1,2089 1,2630 0,0542
III – Menor valor de referência 1,0880 1,1367 0,0487

(1)   Valor para o leite “posto na propriedade” o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência IN 76/77 está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência IN 76/77, em R$ – Junho de 2020.

Matéria-prima Junho /20*
I – Maior valor de referência 1,5779
II – Valor de referência IN 76/77 1,3721
III – Menor valor de referência 1,2349

* Previsão

Crédito: Bruna Karpinski

O valor de referência projetado para o leite em maio é de R$ 1,2089 no Rio Grande do Sul. A estimativa, divulgada nesta terça-feira (26/05) pelo Conseleite e que leva em conta os primeiros dez dias do mês, representa uma retração de 7,56% em relação ao consolidado de abril, que fechou em R$ 1,3077. Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya, os números refletem o impacto da pandemia de coronavírus no consumo e na produção. Depois de seis meses de alta de preços e de um pico ocasionado pelo movimento das famílias ao estocarem leite no início da pandemia, agora, verifica-se consumo mais comedido. “Essa pandemia alterou muito o mercado. Estamos em um período de incertezas absurdas e que não acontece apenas no RS, mas nos outros estados também”, pontuou. 

O cenário preocupa produtores. Apesar da profissionalização na gestão dos tambos e do trabalho pela redução de custos, a atividade vem se tornando pouco atrativa com margens muito ajustadas, gerando descontentamento no meio rural. Segundo o presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, o mercado retraído agrava as dificuldades no campo,  onde se vem operando com custos impactados pela variação cambial e muitas incertezas.  “Precisamos trabalhar no Conseleite pelo entendimento entre indústrias e produtores”, frisou.  

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra,  pontua que as dificuldades se estendem à indústria, que também enfrenta custos elevados em função da pandemia e depende da negociação dos produtos junto ao varejo. Guerra citou as oscilações de mercado e a necessidade de se ver o setor lácteo como um todo, composto por um vasto mix de produtos. “Estamos todos juntos em um mesmo setor. O mercado está passando por grande volatilidade, subindo e baixando dentro de um mesmo período. O Conseleite nos dá uma referência nos primeiros dez dias do mês, mas as empresas precisam avaliar o cenário ajustado dos 30 dias”, frisou. Guerra lembrou que, apesar do aumento do consumo doméstico, o que se verifica é uma queda gigante na comercialização para hotéis, restaurantes e bares.  

Crédito: Carolina Jardine