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Porto Alegre, 11 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.106

 O que é uma propriedade da agricultura familiar

O IBGE utiliza como base a Lei 11.326/2006, que estabeleceu a Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais, e o decreto 9.064/2017, que instituiu o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar. Neste sentido, são levados em consideração quatro aspectos:

A área da propriedade deve ter até quatro módulos fiscais. No Rio Grande do Sul, cada módulo pode equivaler de cinco a 40 hectares, dependendo do município. Os valores exatos para cada localidade são determinados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

- No mínimo, metade da força de trabalho utilizada na produção e na geração de renda deve ser familiar.

Pelo menos metade da renda familiar deve ser proveniente de atividades desenvolvidas na propriedade rural.

A gestão do estabelecimento precisa ser estritamente familiar. (Zero Hora)

Preços/UE

O preço médio do leite pago ao produtor da União Europeia (UE) em setembro passado foi de € 0,3439/kg, o que representa 2,3% mais do que agosto, mas é menor do que o pago um ano atrás, € 0,3483/kg, segundo o Observatório Lácteo da UE.
 
Conforme está no gráfico seguinte, o preço de setembro é menor do que o valor de setembro de 2017, mas, é maior do que o preço de 2016, que foi realmente muito baixo.  
 
 
Na análise por países observa-se que os preços aumentaram nos Estados Membros em comparação com agosto de 2019, salvo na Dinamarca que diminuiu, e na Holanda que ficou estável. A perspectiva é de que em outubro de 2019 o preço médio na UE caia para € 0,3439/kg.

No caso da Espanha, o preço em setembro foi de € 0,3165/kg, ou seja, 3 centavos mais que em agosto. Para outubro o preço deverá ser igual ao de setembro.
 
O preço do leite nos Estados Unidos vem subindo desde o início do ano e agora está em € 0,417/kg, que é o mesmo valor alcançado no final de 2014. Na Nova Zelândia o preço do leite subiu em setembro, € 0,294/kg, mas é 14% menor do que em julho de 2017. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)


Austrália 

O relatório sobre as Perspectivas do Setor Lácteo da Austrália para o primeiro trimestre da temporada, encerrado em outubro, mostra que os altos preços do leite nas fazendas continuam a ser afetados pelos elevados custos de insumos e um clima seco persistente. Outro inverno quente e seco afetou o custo e a disponibilidade de alimentos, enquanto o preço da água para irrigação continuou aumentando para os agricultores da região de Murray. A expectativa é de que a alimentação animal continuará restrita, e de que o resto do ano seja de seca, para algumas regiões. A produção de leite da Austrália caiu 6,9% até agosto, como resultado de pressões ao custo, baixa pluviosidade e redução do tamanho dos rebanhos. 

A Dairy Australia mantém a previsão de queda entre 3 e 5% da produção nacional de leite nesta temporada, em comparação com a anterior. “Os produtores de leite australianos entraram em uma temporada de preços recordes, mas a produção de leite continuou a se contrair devido os elevados custos de produção e a seca em muitas áreas”, disse o analista do setor lácteo, John Droppert. “A percepção dos agricultores em todo país são divergentes. No Sul da Austrália, as boas chuvas no início da temporada proporcionaram boas pastagens e estoque suficiente de forrageiras, e há otimismo. No Norte, a seca que persiste pela segunda temporada consecutiva provoca desânimo”. O elevado preço do leite ao produtor é sustentado pelas voláteis cotações internacionais das commodities lácteas, e intensa concorrência entre as indústrias, principalmente as exportadoras, diante da baixa oferta de matéria-prima. 

O diretor da Dairy Australia, David Nation, disse que as perspectivas de clima seco para o restante da temporada são preocupantes: “As condições climáticas continuarão pressionando os custos. Mesmo que o clima seja favorável em algumas áreas, estamos pedindo aos agricultores que monitorem cuidadosamente e façam o planejamento da alimentação contando com os recursos locais disponíveis”. (The Dairy Site – Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Agronegócio 
O volume de produtos do agronegócio exportado pelo Brasil de janeiro a setembro deste ano cresceu 6% frente ao mesmo período de 2018, atingindo quantidade recorde, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Esse aumento esteve atrelado ao crescimento das vendas de carnes, milho, algodão, etanol e café. (Fonte: Notícias Agrícolas)

Porto Alegre, 08 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.105

 Alterações nas regras são voto de confiança para produtor de leite que melhorou qualidade

Ministério da Agricultura atendeu parte das solicitações por mudanças nas instruções normativas 76 e 77

Parte das solicitações de produtores de leite em relação às regras que trazem parâmetros de qualidade do leite — as instruções normativas 76 e 77 — foi atendida. O Ministério da Agricultura publicou na quinta-feira (7) modificações no texto.

Uma das principais é a do critério para exclusão quando os parâmetros para contagem de células bacterianas não forem atingidos. Na versão anterior, a indústria deveria deixar de recolher o leite quando a média geométrica trimestral ficasse acima das 300 mil unidades formadoras de colônia por mililitros. Isso mesmo se o produtor atingisse a meta no último mês de análise.

— Se a última coleta foi boa, tecnicamente, é porque o produtor melhorou. Então não tem razão para que seja excluído — observa Leonardo Werlang Isolan, chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da superintendência regional do Ministério da Agricultura.

Mas é preciso ficar atento. Porque terá de manter o resultado abaixo do padrão até a próxima média. Para a indústria, as mudanças trazidas são positivas.

— Dão segurança para o produtor permanecer com a indústria, sem prejudicar a continuidade da entrega do leite — explica Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado (Sindilat-RS).

A medida deve ajudar sobretudo pequenos produtores. Para Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), embora não atendam a todas as solicitações feitas, mas devem reduzir a quantidade de agricultores que não terão condições de se adequar às regras:

— Nessa questão da contagem das células bacterianas, a situação ficou melhor.

As  novas instruções normativas foram publicadas no ano passado e entraram em vigor no final de maio de 2019. Antes, foram submetidas a consultas públicas para o recebimento de sugestões. O chefe da Divisão de Defesa Agropecuária do ministério reforça que as regras são “de inclusão, e não de exclusão”.

— Vêm para dar padrão mínimo de qualidade do leite. E as alterações feitas mostram que o ministério está aberto para modificações — completa Palharini.

No mês passado, o tema foi debatido em audiência pública na Assembleia Legislativa e também motivou protesto em frente ao Piratini, na Capital. (Zero Hora)

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Europa
A menor produção sazonal de leite na União Europeia (UE) ocorre em novembro. Um fator que pode reduzir a queda é o menor abate do rebanho leiteiro, já que a demanda por lácteos e os preços do leite estão incentivando a produção.

Alguns produtores aumentaram a suplementação alimentar do rebanho para elevar a produção de leite.
 
 
 
Os fabricantes de queijo estão se esforçando para atender os pedidos já confirmados, especialmente na Alemanha. Novos pedidos estão sendo recusados. A maioria dos estoques de queijos em maturação estão abaixo do limite desejável. O lado positivo é que a forte demanda junto com os baixos estoques estão sustentando os preços e a lucratividade.

Na Polônia, o maior produtor de leite do Leste Europeu até setembro de 2019, o volume aumentou 2% em relação ao ano passado. No entanto, no mesmo período a produção de manteiga caiu 0,2%, a de leite em pó desnatado -3,2%. A produção de queijo, no entanto, aumentou 1,1%. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva) 

 
  
 
Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul
Depois de atingir o pico da primavera a produção de leite ficou estabilizada nas principais bacias leiteiras da América do Sul. 
 
Chuvas irregulares nas duas últimas semanas ajudaram a melhorar a qualidade das pastagens, o que, por sua vez, ajudou os produtores a obter melhores lucros e margens, ao reduzir os custos da alimentação. Ao nível industrial, os volumes de leite e creme estão adequados na maioria dos países do Cone Sul, excluindo o Brasil.  
 

 
O engarrafamento de leite, produção de queijo e iogurte, bem como a fabricação de leite condensando estão muito ativos, pois as festas de fim de ano se aproximam, e o consumo desses produtos aumentam.
No varejo, alguns supermercados sofreram queda nas vendas de produtos lácteos, como reflexo da debilidade econômica em alguns países do continente. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
Leite Minas Gerais
O estado de hoje da Série Terra Viva Dados Estaduais é Minas Gerais. Liderando o ranking brasileiro da produção de leite 2018 com 26,4% da produção nacional. Para a criação do panorama foram analisados os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal - IBGE e Censo Agropecuário 2017 (IBGE). Confira aqui o panorama completo do leite em Minas Gerais. (Terra Viva)
 

 

 

Porto Alegre, 07 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.104

   Indenizações do Fundesa somam R$ 1,7 mi para o setor leiteiro no 3º trimestre 

Em Assembleia Geral Ordinária de Prestação de Contas do 3º trimestre, realizada em outubro, o Conselho Deliberativo do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Estado do Rio Grande do Sul (FUNDESA), divulgou o valor aprovado para pagamento dos pedidos de indenização de produtores de leite. As indenizações se referem aos meses de julho, agosto e setembro. Ao todo, são 212 pedidos de indenização, totalizando 1.113 animais, com testes positivos para tuberculose ou brucelose, destinados ao abate sanitário, no valor de R$ 1.780.031,76 (um milhão, setecentos e oitenta mil, trinta e um reais e setenta e seis centavos). O acumulado no ano de 2019, até setembro, totaliza R$ 4.652.761,89.

No ano de 2018, o montante das indenizações pagas aos produtores foi de R$ 4.252.814,15, o que significa que os produtores rurais do Estado estão trabalhando no controle das zoonoses. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, isso mostra que os produtores e indústrias do Rio Grande do Sul estão se preparando para os novos mercados, porém, a principal preocupação ainda é o mercado brasileiro. "O nosso mercado é responsável por 99% do destino da produção brasileira", aponta.

Segundo Palharini, o que dá segurança ao produtor de leite é que as indenizações não são somente para vacas em lactação, mas, também, para terneiras a partir do seu nascimento e para o vazio sanitário da propriedade. "É preciso lembrar que, no caso de indenização por tuberculose, o produtor ainda recebe uma complementação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)". (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Exportações e Importações brasileiras de lácteos NCM 04 – setembro de 2019

As exportações brasileiras de produtos lácteos NCM 04 no acumulado do ano até outubro de 2019 caíram ligeiramente em valores (-0,08%), embora tenha crescido mais de 10% em volume. 
 
As variações de outubro 2019 em relação a outubro de 2018 foram pequenas.    

As exportações, em outubro, representaram 13% das importações, em valores, e 18,7% em volume. No acumulado do ano, os percentuais foram, respectivamente 11,8% e 16,2%.
Em valores, as importações de outubro deste ano caíram 76% em relação a outubro do ano passado, e 89% em volume.  No acumulado do ano a queda é de 4% em valores, e 2,8% em volume. O leite em pó é o maior produto importado, tanto em valores como em volumes, vindo a seguir os queijos. Mantendo a tendência de queda, 2019 poderá ser o ano com menor valor importado de lácteos NCM 04, desde 2010.


A Argentina (37,7%) e o Uruguai (22,6%) continuam dominando o mercado brasileiro de lácteos importados, totalizando 60,3% em divisas, e 71% em volume, principalmente com leite em pó e queijos. O terceiro país colocado é a Nova Zelândia, que participa com 3,4% em valores, e 2,8% em volume. 

 
O Paraguai vem ocupando, paulatinamente, o mercado brasileiro, e, no acumulado de 2019 já é responsável, por 1,4% de nossas importações, em divisas, e 1,7%. Um feito notável, para um país sem tradição no setor laticinista, e que até 2 anos atrás nem aparecia entre os 20 fornecedores de lácteos para o Brasil, e agora já ocupa a 5ª posição, logo depois da França. (MDIC)
 
 

Preços/NZ 

Ainda é bastante cedo, mas as chances estão aumentando de que a cooperativa de laticínios, Fonterra, possa pagar, confortavelmente, aos produtores mais de NZ$ 7/kgMS, [R$ 1,37/litro], nesta temporada.  

Este preço seria o quarto maior valor já pago. A própria Fonterra aumentou, recentemente, a faixa de preço de NZ$ 6,25-NZ$ 7,25 no início da temporada, para NZ$ 6,55-NZ$ 7,55.
 
Em termos globais as notícias tendem a melhorar cada vez mais, e o mais recente GlobalDairyTrade mostrou isso.
O Índice GDT atingiu o maior nível desde maio deste ano. O preço do leite em pó integral (WMP) subiu para US$ 3.254 a tonelada, a mais alta cotação desde abril deste ano. O preço do leite em pó desnatado (SMP) subiu para US$ 2.924 a tonelada, o maior valor desde março de 2015. 
Também vale a pena lembrar que o dólar da Nova Zelândia caiu 5% em relação à moeda norte-americana – aumentando ainda mais os retornos na moeda local.
 
Economistas dos quatro grandes bancos estão prevendo preços entre NZ$ 6,80 a NZ$ 7,15/kgMS.
O maior preço pago pela Fonterra, NZ$ 8,40, [R$ 1,64/litro], foi em 2014, enquanto que os preços também superaram os NZ$ 7,50/kgMS, [R$ 1,46/litro], em 2008 e 2011.
 
Qualquer preço desta temporada acima de NZ$ 7, seria, portanto, o quarto maior valor pago pela Fonterra. Isso dará à cooperativa um tempo para respirar, e adotar sua estratégia de retornar ao básico, se livrando das dívidas contraídas para a expansão global. 
A Fonterra não pagou dividendos para o exercício financeiro encerrado em julho e suas chances de pagar dividendos neste novo exercício, provavelmente, estarão condicionadas às amortizações de ativos que estão sob pressão  no decorrer do ano, principalmente na China, América do Sul e Austrália.
 
Desde que anunciou o prejuízo de NZ$ 605 milhões para o exercício financeiro encerrado em julho, em 26 de setembro de 2019, a Fonterra viu o preço de suas ações se recuperarem rapidamente, saindo de NZ$ 3,24 para NZ$ 4,30, no último dia de outubro.
Os economistas do banco ASB estão entre os mais otimistas (corretamente). No momento, suas previsões para a temporada estão em NZ$ 7,00.
 
O economista do ASB, Nathan Penny, continua cauteloso, diante das incertezas acerca da demanda global de lácteos, da volatilidade do ambiente geopolítico, além da desaceleração do crescimento global. Ele diz, no entanto, que a oferta permanece “apertada” e o crescimento da produção na Nova Zelândia, anteriormente firme, começa a diminuir.
 
“A produção desta temporada até setembro está 2% acima da temporada anterior, mas até agosto o volume era 3,8% maior. Além disso, avaliações preliminares mostram desaceleração da produção em outubro e novembro. A projeção inicial era de aumento zero nesta temporada, em relação à anterior. Se o crescimento da produção continuar desacelerando, como previsto, os preços globais dos lácteos se manterão firmes pelo menos até o final de 2019”.
 
Penny diz que o ASB agora colocou, oficialmente, sua previsão de preço do leite para 2019/20 de NZ$ 7,00/kgMS em revisão.
“De fato, existe potencial de revisarmos para mais nossas previsões se os preços continuarem subindo nos próximos leilões. Existe esta probabilidade”. (interest.co.nz – Tradução livre: Terra Viva)
 
 
 
Grupo de teatro da Santa Clara se apresenta durante Feira do Livro
O Grupo de Teatro da Cooperativa Santa Clara subiu ao palco principal da Feira do Livro de Carlos Barbosa, na tarde de terça-feira, 05, para apresentar a sua nova peça, intitulada “A outra história de Cachinhos Dourados”. Dezenas de crianças de escolas do município acompanharam o espetáculo realizado em três sessões, munidos de um livro de colorir com receitas saudáveis e que valorizam o aproveitamento de alimentos, incluindo o preparo mencionado na história infantil. Com duração aproximada de 20 minutos, o enredo conta com a participação de 10 funcionários da Santa Clara: Angélica de Souza (Longa Vida), Gisele Canal de Farias (Laticínios), Juliana Inês da Silva (Laticínios), Leandro Pinheiro do Nascimento (Frigorífico), Loreci Ebeling (Laticínios), Marcos Fernando Zaro (Marketing), Priscila Rodrigues da Rosa (Laticínios), Rafael Schafer Rommel (Longa Vida), Renata M. Penna (Laticínios) e Vinícius Moiano Caceres (Laticínios). A direção é de Marcelo Bulgarelli. Na noite de segunda-feira, 04, a mesma encenação também foi realizada no Memorial Santa Clara, em Carlos Barbosa, para funcionários e público em geral. Cerca de 70 pessoas prestigiaram o evento. A montagem da peça integra o projeto Plantando o Bem, que é desenvolvido desde 2016 pela Santa Clara com o intuito de promover a compreensão da agricultura familiar especialmente nas escolas, estimular hábitos saudáveis e habilidades sensoriais nos participantes, além de incentivar a alimentação saudável. (Santa Clara) 
 

 

Porto Alegre, 06 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.103

   Uruguaia Conaprole fechou venda de 500 ton de leite em pó para a China

A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite (Conaprole), do Uruguai, fechou a exportação de 500 toneladas de leite em pó com uma das três principais indústrias de produção de laticínios da China, a Bright Dairy & Foods, confirmou Enzo Benech, Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca.

O acordo se concretizou no âmbito de uma visita oficial, liderada pelo Ministério da Pecuária do Uruguai, por países da Ásia (China, Mongólia e Vietnã) com o objetivo de visitar laticínios, indústrias frigoríficas e aprofundar os laços comerciais. A visita aos laticínios contou com a presença de várias empresas privadas nacionais, incluindo Conaprole, Claldy, Estancias del Lago e Granja Pocha.

O ministro Benech enfatizou a importância dos negócios e que era um caso "privado" em que o governo "acompanhava, fornecia a estrutura e assegurava aspectos de segurança, qualidade e saúde" dos produtos.

Nesse sentido, Benech destacou o potencial de produção de laticínios do Uruguai, embora tenha reconhecido que "é necessário vender para mais mercados" e ele não duvida que "é uma oportunidade de aumentar o comércio na China".

Por fim, explicou que o Uruguai tem uma "possibilidade de explorar" o país asiático, que ano após ano aumenta o consumo de laticínios e há uma produção relevante e de qualidade de leite fluido, iogurte, sorvete e queijo. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Manual orienta sobre processo para avaliação de inovações tecnológicas de produtos de origem animal

Está disponível no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o Manual para Submissão de Requerimento de Inovações Tecnológicas ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria de Defesa Agropecuária.

Ao adotar novos métodos, as empresas devem submeter ao Mapa o pedido de aceitação dos processos. Para conceder ou não o certificado, o Ministério avalia a adequação aos requisitos de inocuidade, identidade e qualidade dos alimentos, podendo acompanhar o seu desenvolvimento e suspendê-lo, caso não atenda aos requisitos previstos.

A avaliação de uma nova tecnologia é estabelecida pela Instrução Normativa SDA nº 30/2017, que define os critérios para análise de proposta, avaliação, validação e implementação de inovações na fabricação de produtos de origem animal em estabelecimentos sob Serviço de Inspeção Federal (SIF).

São consideradas inovações aquela que é inédita em relação ao produto no qual é aplicada ou à finalidade proposta; aplicada em algum outro país, mas ainda não têm respaldo na legislação nacional e que não se sabe exatamente como se comportaria nas condições de produção dos estabelecimentos brasileiros; amparada legalmente e utilizada no país para um processo de fabricação ou produto específico, diferente daquele no qual se deseja aplicar; e utilizada no país, mas que sofreu adaptação, alteração ou aperfeiçoamento, ao ponto de modificar significativamente as características esperadas para o processo de fabricação ou do produto acabado. 

Com esse serviço, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal pretende valorizar e estimular parcerias entre as indústrias de alimentos e as instituições de pesquisas e universidades, visando o desenvolvimento de tecnologias de produção inovadoras, seguras, e que possam aumentar a oferta de alimentos e a competitividade das empresas brasileiras. (MAPA)

Mercado financeiro prevê leve crescimento da economia este ano

A previsão de instituições financeiras para o crescimento da economia neste ano subiu levemente. A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 0,91% para 0,92%.

As projeções para os anos seguintes não foram alteradas: 2% em 2020; e 2,50% em 2021 e 2022. Essas estimativas são de pesquisa a instituições financeiras, elaborada semanalmente pelo Banco Central (BC). De acordo com o boletim Focus, instituições financeiras mantiveram a previsão para a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 3,29% em 2019, 3,60%, em 2020, 3,75%, em 2021, e 3,50% em 2022.

As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Taxa Selic
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Para o mercado financeiro, a Selic deve terminar 2019 e 2020 em 4,50% ao ano.

Para 2021, a expectativa é que a Selic termine o período em 6% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 6,50% ao ano. A previsão para a cotação do dólar segue em R$ 4 para o final de 2019 e 2020. (Agência Brasil) 

 
A CNA busca ampliar exportações do agro para a China
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) terá nesta semana na China uma série de reuniões com representantes do governo e setor privado chinês com o objetivo de prospectar mercados para produtos do agro brasileiro. A superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, e a assessora técnica Camila Tabet, participam de encontros em Pequim e Xangai. Na segunda (4), primeiro dia de compromissos, a agenda foi na capital chinesa. Elas se reuniram com dirigentes do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT) e com representantes da Embaixada do Brasil no país asiático. Também se encontraram com executivos de empresas de comércio chinesas. Na terça, as representantes da Confederação têm programação em Xangai, por meio de encontros no consulado brasileiro naquele país e reuniões com o setor privado chinês. A China é o principal parceiro comercial do Brasil para produtos do agro, sendo um importante comprador de soja, carne de frango e outros itens brasileiros. Uma das propostas da CNA é diversificar a pauta e, em um primeiro momento, o foco é voltado para cinco cadeias produtivas: lácteos, peixe, mel, café e fresh (frutas, flores e hortaliças). (CNA)

                               

Porto Alegre, 05 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.102 

Sindilat estuda integrar Programa de Exportação da Apex- Brasil

 
Crédito: Letícia Breda

O Sindilat vem estudando a possibilidade de integrar o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) oferecido pela Apex-Brasil, responsável por auxiliar empresas no processo de exportação de forma planejada e segura. O programa oferece um consultor especializado que acompanha, durante seis meses, os processos internos das empresas na adequação necessária para integrar esse mercado. O projeto foi apresentado nesta terça-feira (05/11) pelo assessor da Gerência de Gabinete da Presidência da Apex-Brasil, Márcio Rodrigues, e pelo coordenador de operações, Márcio Guerra, em reunião com a diretoria do Sindilat. 

De acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a competitividade do setor é um dos fatores que influencia a baixa demanda de exportação de laticínios. "Possuímos diversos desafios que devem ser trabalhados para melhorar a produtividade da cadeia do leite no mercado, que começa na propriedade. Temos condições de crescer e imprimir qualidade ao nosso produto, mas ainda não somos competitivos o suficiente para nos colocarmos à frente no mercado", destacou.

A Apex-Brasil atua para promover produtos e serviços brasileiros no exterior, movimentando cerca de US$ 100 milhões ao ano. Segundo Rodrigues, a agência vem trabalhando com o intuito de incluir de forma mais ativa o mercado lácteo nesse contexto. "Nós entendemos essa demanda e queremos trabalhar junto com as entidades representativas e indústrias do setor", afirmou.

O tema voltará a ser debatido na próxima reunião de associados do Sindilat. O objetivo é iniciar um processo de inclusão no PEIEX através da região de Passo Fundo e São Leopoldo, cidades onde a agência já possui uma equipe de consultores. Além de Guerra, estiveram presentes no encontro o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini e o diretor-secretário do sindicato, Angelo Paulo Sartor. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

GDT

Mercado LTO - A oferta de leite na União Europeia (UE) aumentou 1% em agosto em comparação com o mês anterior. 
 
No acumulado, do ano, até agosto, houve crescimento de 0,4%, em comparação com 2018. Alemanha, França e Holanda apresentaram volumes maiores de leite depois de um longo tempo.  

Pelo segundo mês consecutivo a oferta de leite holandês melhora. Em setembro, o volume aumentou quase 2% em relação ao ano anterior, quando o suprimento de leite foi influenciado, negativamente, pelas grandes secas.  

A Oferta de leite na Irlanda aumentou também, embora, o crescimento de 2% tenha sido significativamente menor do que nos primeiros sete meses de 2019. A produção de leite em outras regiões exportadoras foi mista em agosto. A oferta de leite na Argentina cresceu 2%, e na Nova Zelândia 1%. Enquanto isso o volume de leite, em agosto, nos Estados Unidos permaneceu no mesmo nível do registrado no ano anterior. Na Austrália houve queda de 6% e no Uruguai de 4%. As taxas de crescimento de valor agregado nos maiores exportadores, (incluindo a União Europeia) continuou no campo negativo, 0,2%, no período, embora a diferença em relação ao ano anterior venha sendo reduzida, gradualmente.
 
Os preços da manteiga começaram a subir lentamente a partir da segunda quinzena de agosto, para se estabilizarem na segunda metade de outubro. Apesar os produtos europeus estarem com preços favoráveis no mercado mundial, isso não resultou em crescimento adicional de demanda por exportações. A cotação do leite em pó desnatado (SMP) aumentou nos últimos meses dado à demanda consistente e oferta limitada. O mercado é positivo e estável. Mesmo com o aumento da competição com a América do Norte, especialmente na Ásia, um possível aumento de preços no curto prazo é pouco provável. Os negócios no mercado de leite em pó integral (WMP) estão fracos. As cotações, no entanto, acompanham a evolução do mercado da manteiga e do SMP, e estão em crescimento desde meados de agosto. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

Sindilat participa do 10º Encontro Baiano de Laticinistas
O 10º Encontro Baiano de Laticinistas reuniu diversas entidades, entre elas o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), a fim de debater o cenário lácteo brasileiro e a abertura de novos mercados. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou da cerimônia de abertura, ao lado do vice-governador, João Leão, e do secretário da Agricultura da Bahia, Lucas Costa, e do presidente do Sindileite, Paulo Cintra. Na ocasião, Guerra se manifestou sobre a importância dos sindicatos de todo o país estarem trabalhando de forma integrada, visto que todos buscam o mesmo objetivo. 
"As Instruções Normativas (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), estão aí para melhorar a qualidade do leite, primar pela saúde dos rebanhos e assistência técnica, além de visar a exportação de lácteos", afirmou o presidente do Sindilat. Para Guerra, é primordial que tais temas sejas discutidos para que eles contribuam nos resultados positivos de todas as entidades. "Foram dois dias de muito trabalho, dedicação e troca de conhecimento, que contou com a participação de sindicatos e empresas associadas", disse, ressaltando que a reforma tributária também foi pauta do encontro. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

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Porto Alegre, 04 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.101 

O papel da indústria na produção de lácteos é tema de debate na Ufrgs


Crédito: Stéphany Franco

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) marcou presença durante o painel "O papel da indústria na produção de lácteos", promovido pelo Programa de Pós-graduação em Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), na tarde da última sexta-feira (01/11), em Porto Alegre (RS). Na oportunidade, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, apresentou dados sobre qualidade, consumo, exportação e cenário lácteo mundial. "O trabalho realizado pela cadeia busca um resultado futuro. É importante investir na qualidade para que possamos nos tornar mais competitivos em outros mercados", disse.
O produtor rural enfrenta muitos desafios no dia a dia da atividade leiteira, principalmente no que se refere à eletrificação e qualidade das estradas. Para Palharini, as Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77 servem para dividir a responsabilidade entre a cadeia e o poder público. "Precisamos achar uma válvula de escape para escoar a produção de leite excedente, do contrário, não adianta abrir novos mercados". Na mesma linha, o supervisor técnico da Cooperativa Santa Clara e presidente da Associação Gaúcha de Laticínios, Amado Mendes, ressaltou que a indústria faz questão da melhoria do leite, pois para concorrer no mercado internacional é preciso ter matéria prima de boa qualidade. 

A sanidade dos rebanhos também foi alvo de discussão no encontro, visto que o estado do RS, tem intensificado o controle e a certificação de propriedades livres de  tuberculose e brucelose, e o valor investido em indenizações tem aumentado e totalizado, até 30/09/2019, o montante de R$ 4.652.761,89. De acordo com Mendes, a assistência técnica é fundamental. "A indústria precisa oferecer o suporte necessário para que os produtores consigam produzir mais e melhor", refletiu. Segundo Palharini, as INs 76 e 77 garantem o que nenhuma outra instrução normativa assegurava, que as empresas tenham um plano de qualificação ao fornecedor. 

Para a aluna do PPG em Zootecnia da Ufrgs, Tatiana de Souza, as palestras serviram para mostrar o outro lado da moeda. "Não temos a visão da indústria no nosso cotidiano. Temos apenas o feedback que vem dos produtores, através da assistência técnica, e é importante ver que existe uma parceria entre ambos para alcançar o mesmo objetivo, a qualidade do leite". A professora Vivian Fischer, coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Pecuária Leiteira e Comportamento Animal (NUPLAC) da Ufrgs, acredita que o principal objetivo do evento é compartilhar conhecimento. "Esses temas normalmente não são debatidos em sala de aula e, por isso, criamos o painel para que os nossos alunos tenham um conhecimento geral, pois eles serão formadores de opinião e precisam explorar todas as vertentes". (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Encantado recebe a 13ª edição do Fórum Tecnológico do Leite
A 13ª edição do Fórum Tecnológico do Leite, evento com caráter itinerante, será realizado na cidade de Encantado (RS) no dia 13 de novembro. O encontro, que tem o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) como um dos apoiadores, ocorrerá no Auditório Itália, na sede da prefeitura de Encantado. Entre as atividades estão a apresentação de cases, palestras e debates voltados à cadeia leiteira.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o encontro busca promover discussões e trocas de experiência entre os participantes. “Neste evento o público poderá entender um pouco mais sobre o atual mercado lácteo, as oportunidades com abertura dos novos mercados, como exportar e voltar a crescer a produção no campo", conta.

De acordo com o diretor do Colégio Teutônia, Jonas Rückert, um dos responsáveis pela organização do evento, a instituição forma técnicos em agropecuária e, desta forma, o ensino sempre foi pensado para além dos muros. "Nossa região é uma grande produtora de alimentos e a atividade leiteira é bastante intensa, por isso a extensão rural é tão importante", afirma Rückert, ressaltando que o objetivo do Fórum é gerar conhecimento e estreitar laços com a comunidade.

Na oportunidade, o assistente técnico rural da área de Bovinocultura de Leite da Emater de Lajeado Martin Schmachtenberg,  apresentará uma pesquisa com o panorama do leite no RS. "Esse levantamento é atualizado todos os anos e o resultado será divulgado durante o evento". Segundo Schmachtenberg, a ideia é que o Fórum siga de maneira itinerante, sendo realizado nos anos pares em Teutônia (RS) e nos anos ímpares nas demais cidades do Estado.

Interessados devem se inscrever até o dia 08 de novembro, no site www.colegioteutonia.com.br/forumdoleite ou diretamente nos escritórios municipais da Emater.

Confira a programação completa:

08h às 09h – Recepção com degustação de lácteos;
09h – Palestra “Produtor de leite: um estilo de vida!”, palestrante Vilnei Varzim;
10h20min – Debate com foco na sanidade animal – “Programa Nacional de Combate e Erradicação da Febre Aftosa”, com Fernando Groff, e “Panorama da Brucelose e da Tuberculose Bovina no RS”, com Ana Cláudia Groff;
11h30min – Apresentação do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite dos Vale do Taquari e do Caí, com Martin Schmachtenberg;
11h45 -  Cenário  lácteo atual e como exportar, com Darlan Palharini 
12h – Almoço e Concurso do Leite em Metro (valor do almoço com direito a buffet livre para inscritos no Fórum: R$ 10,00);
13h30min – Abertura Oficial do Fórum Tecnológico do Leite – 13ª Edição;
14h – Cases de modelos e realidades de produção leiteira apresentados por produtores, com painéis sobre Compost Bar, Free Stahl e Produção à Base de Pasto, tendo a mediação de Jaime Eduardo Ries;
15h –  Debate sobre os sistemas de produção apresentados;
15h30min – Encerramento.

Preço do leite em pó brasileiro no mercado asiático é até 40% mais alto
A exportação de laticínios pode crescer, mas para isso é preciso aumentar a competitividade do produto brasileiro. A afirmação foi feita pelo representante da Associação Brasileira de Laticínios, Marcelo Costa Martins, na audiência pública da Subcomissão Permanente do Leite, da Comissão de Agricultura da Câmara, nesta terça-feira, 29. O evento debateu o acordo com os chineses e a situação dos produtores lácteos brasileiros. Segundo Marcelo Martins, a expectativa é de aumentar as exportações de queijos, leite em pó e leite condensado em R$ 17 milhões.

“Recebemos semanalmente demandas de traders que querem importar produtos lácteos brasileiros e, quando as empresas passam os valores de cotação de leite em pó, o nosso não é competitivo”, diz ele.

O mercado de leite e derivados tem 1,4 bilhão de consumidores. Só de leite em pó, a China importa 800 milhões de toneladas por ano – mais do que toda a produção brasileira, que é de 600 milhões de toneladas. Havia um acordo com os chineses, fechado há 12 anos, para negociar produtos lácteos, mas só em julho deste ano, 24 produtores brasileiros tiveram permissão da China para exportar. Mas, na prática, o Brasil ainda não começou a enviar os produtos aos chineses.

O Representante da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, lamentou a ausência do Ministério da Economia no debate. Segundo ele, o leite em pó brasileiro custa, no mercado asiático, 20% a 40% mais caro.

Controle de preços
Para Paulo do Carmo Martins, da Embrapa, as políticas de controle do preço do leite em governos anteriores levaram a uma estagnação dos investimentos no setor. Na avaliação dele, o acordo de exportações também pode ajudar a controlar os preços no mercado interno, gerando mais estabilidade ao produtor e à indústria na hora de definir seus investimentos.

Recém-chegado de uma viagem à Ásia, o representante do Ministério da Agricultura Leandro Diamantino Feijó disse que os chineses estão atentos à qualidade do produto brasileiro. Segundo ele, não houve questionamentos da China sobre a situação ambiental do Brasil.

“A gente não pode se enganar que nós vamos produzir de qualquer jeito e colocar isso no mercado chinês. Eles estão de olho no nosso trabalho. Então, se faz necessário que o governo brasileiro e que o setor privado se mantenham vigilantes no cumprimento daquilo que foi acordado”, disse Feijó. 

Papel da Câmara
O autor do pedido para a realização da audiência, o deputado Celso Maldaner (MDB-SC), acredita que a Câmara tem papel importante na melhoria de competitividade. “Temos que sensibilizar o governo para ter uma política de mais apoio, principalmente na área de assistência técnica e infraestrutura, e dar mais apoio ao nosso produtor de leite.”

Outras oportunidades
Outra janela de oportunidade está no acordo entre Mercosul e União Europeia, que, embora só deva ser assinado no segundo semestre do ano que vem, serve de horizonte para a preparação de diferentes setores econômicos.

Para o representante do Ministério das Relações Exteriores Alexandre Ghisleni, com o devido investimento e apoio governamental, quando o acordo estiver plenamente válido, o setor lácteo poderá estar muito diferente e talvez até ter subido na posição entre os maiores produtores e consumidores de laticínios. Hoje, estamos entre os cinco maiores. (Canal Rural)

Milk Day
O Canal Terraviva realizou o “Milk Day”. O programa que foi ao ar na última quinta-feira (31), surgiu com propósito de levar informações corretas para o público, sobre o setor leiteiro no país. Assista o programa com a participação do Secretário Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, clicando aqui. (Uol)
 

 

Porto Alegre, 01 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.100

Audiência trata do Fundoleite

Uso dos recursos parados preocupa deputados estaduais e o governo, que busca consenso.

O Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite) será objeto de audiência pública, no dia 27, na Assembleia Legislativa. O fundo possui hoje R$ 603 mil depositados. Os recursos estão parados, sem destinação para o fomento do setor leiteiro. 

Proponente da audiência, o deputado Zé Nunes questiona por que os recursos não estão sendo repassados ao Instituto Gaúcho do Leite (IGL), entidade que foi conveniada para desenvolver projetos de apoio ao segmento. “Temos que abrir esta discussão com a sociedade”, defende. O parlamentar argumenta ainda que, enquanto os valores do Fundoleite não são utilizados, milhares de famílias encontram dificuldades para permanecer na atividade leiteira e estão obrigadas a se adequar às instruções normativas do Ministério da Agricultura, em vigor desde maio, sob ameaça de exclusão da cadeia. “O Rio Grande do Sul perdeu neste ano o posto de segundo maior produtor de leite do país para o Paraná”, destaca o deputado. “Isto evidencia o enfraquecimento da cadeia no Estado”, enfatiza. 

O secretário da Agricultura, Covatti Filho, relata que, nas últimas semanas, esteve reunido com entidades ligadas ao setor leiteiro para buscar um consenso sobre a utilização dos recursos do fundo. Ele lembra que, por discordarem da forma como este instrumento vinha sendo gerido nos últimos anos, muitas indústrias passaram a contestar o repasse de valores e têm feito os depósitos em juízo. “Estamos dialogando com todos, porque entendemos que o fundo é, sim, objeto de grande importância, só que a falta de consenso dificulta a execução de ações”. 

Desde 2017, um projeto de lei do Poder Executivo tramita na AL buscando modificar o Fundoleite. A proposta também divide o setor. (Correio do Povo)

Segunda etapa da vacinação contra febre aftosa começa nesta sexta-feira

Começa nesta sexta-feira (1º de novembro) a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul. Até o próximo dia 30, devem ser imunizados bovinos e bubalinos na faixa etária de zero a 24 meses, o que contabiliza cerca de 4,3 milhões de animais em 240 mil propriedades. “Os pecuaristas gaúchos já deram forte demonstração de responsabilidade e preocupação com a sanidade de seus rebanhos na primeira etapa da vacinação, e agora precisamos manter a mobilização”, afirma o secretário da da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho.
 


Crédito: Fernando Dias

De acordo com o coordenador do Programa de Controle e Erradicação da Febre Aftosa da Seapdr, Fernando Groff, a meta nesta etapa de novembro é ultrapassar os 90% de animais imunizados e de 90% de propriedades cobertas. A primeira etapa, em maio, envolveu 288.875 propriedades rurais com 12,6 milhões de bovinos e búfalos. Foram imunizados 12,5 milhões de animais, correspondendo a 99% do rebanho, em 279.879 estabelecimentos, que representam 96,89% das propriedades no Estado.

Este ano, a vacina teve alterações na formulação, com redução na dosagem de aplicação, de 5 para 2 ml - a vacina passou a ser bivalente, permanecendo a proteção contra os vírus tipo A e O (removido tipo C) e as apresentações comercializadas agora serão de 15 e 50 doses. A composição do produto também foi modificada com o intuito de diminuir os nódulos.

As vacinas podem ser adquiridas em uma das 600 casas agropecuárias credenciadas na Secretaria para a comercialização deste produto. Após imunizar seu rebanho, o produtor terá até 6 de dezembro para comprovar a vacinação junto à Inspetoria de Defesa Agropecuária local, apresentando a classificação do rebanho, por sexo e idade, e a nota fiscal de compra das doses aplicadas.

Status sanitário
Atualmente, o Rio Grande do Sul, que é considerado zona livre de aftosa com vacinação, busca evoluir seu status sanitário. Em setembro, o Estado passou por auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a retirada da vacinação. A Seapdr ainda aguarda a divulgação do relatório do ministério - enquanto a retirada não é confirmada, as etapas de vacinação ocorrem normalmente. (SEAPDR)

Conseleite/PR atualiza o valor de referência

Câmara técnica do Conselho atualizou parâmetros utilizados no cálculo do valor de referência que baliza as vendas de leite entre produtores e agroindústrias do Paraná. 

O valor de referência para o preço do leite no Paraná está sendo atualizado. No dia 22 de outubro, o Conseleite- -PR (conselho paritário que reúne produtores e indústrias de laticínios do Paraná) esteve reunido, na sede da FAEP, em Curitiba, para discutir a atualização dos parâmetros utilizados para o calcular o valor de referência do produto. Mensalmente, o Conseleite-PR divulga o valor do leite padrão, que serve como base nas negociações entre produtores e indústrias de laticínios. O sofisticado modelo de cálculo do Conseleite-PR, elaborada por professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), não mudou, nem os itens analisados. A rigor, a mudança decore da atualização dos índices zootécnicos das propriedades modais (aquelas representativas para os cálculos nos quatro sistemas de produção característicos das propriedades paranaenses), dos custos de produção dentro da porteira e dos custos de captação e de comercialização de leite e derivados. Também os custos de fabricação dos derivados passaram por atualização. Vale lembrar que essa atualização deve ser feita naturalmente de tempos em tempos, para que o valor apresentado reflita a realidade diária das propriedades rurais e das agroindústrias. 

A medida tem como objetivo aproximar o valor de referência daquilo que é de fato praticado pelo mercado. “Esse modelo [do Conseleite-PR] tem dois conjuntos. O primeiro com variáveis que são os preços e volumes de vendas das indústrias, que mudam toda semana. O segundo conjunto são os parâmetros, que em geral, não mudam. Nesse caso, nós revisamos um destes parâmetros, que é a participação da matéria-prima”, explica a professora da UFPR Vânia Guimarães, responsável pelos trabalhos técnicos do Conseleite-PR. No dia 22 de outubro, o conselho divulgou nota técnica informando a aprovação dos estudos da Câmara Técnica do Conseleite-PR para a atualização dos parâmetros. “Essa revisão traz o valor de referência para mais próximo daquilo que é praticado no mercado. Então, ele está mais ‘colado’ aos preços efetivamente recebidos pelos produtores. Isso tem um aspecto de credibilidade, dá mais confiança”, pontuou Vânia. Segundo ela, a proposta é que futuramente estes parâmetros sejam atualizados a cada dois anos. De acordo com o presidente do Conseleite-PR, Ronei Volpi, a atualização é bem-vinda. “Traz bastante tranquilidade, melhora a credibilidade do Conselho. A Universidade continuou com o pilar importante que é a confiabilidade da indústria, no que se refere ao uso de dados sigilosos para estes cálculos”, afirma. O vice-presidente do Conselho, Wilson Thiesen, ratifica a atualização, além de destacar a necessidade de divulgar essas informações. “Seria importante promover uma ampla divulgação, para que o setor conheça a profundidade, a seriedade e a transparência deste trabalho que foi feito”, diz. 

Para que produtores e indústrias não sejam surpreendidos com esta atualização, a mudança será gradual. Nos últimos três meses do ano (outubro, novembro e dezembro) serão divulgados valores conforme os novos parâmetros e também de acordo com os parâmetros anteriores, para que aqueles que utilizam o valor de referência possam aos poucos se ajustar. A partir de janeiro de 2020, será divulgado apenas o valor atualizado. Segundo Vânia, a atualização é importante para corrigir algumas distorções que se agravam ao longo do tempo. “Nesses 10 anos, os custos do lado dos produtores rurais cresceram mais do que os das indústrias. Também colaborou para a entrada de novas empresas neste mercado”, observa. Estabilidade após queda Entre os meses de agosto e setembro, o valor de referência do leite no Paraná caiu 4 centavos. Esta queda foi puxada por três itens: o leite UHT, cujo valor sofreu queda de 5,6% em relação ao mês anterior; o leite em pó, que caiu 6,3% no período; e do queijo muçarela, cuja queda registrada foi de 1,6%. Já de setembro para outubro, o valor de referência ficou praticamente estável. O leite UHT caiu mais 3,2%, porém, o leite em pó se recuperou, subindo 2,2%, e o queijo prato também registrou alta de 2,3%, mantendo o valor de referência no nível da estabilidade. (FAEP)

Consulta
Foi publicada nesta sexta-feira (1º) do Diário Oficial da União a Portaria 220, que abre consulta pública, pelo prazo de 75 (setenta e cinco) dias, para elaboração de Instrução Normativa destinada a atualizar as diretrizes gerais para a vigilância da febre aftosa com vistas à execução do PNEFA.
A nova instrução deverá incluir as mudanças necessárias às atualizações realizadas no Código de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). As sugestões, tecnicamente fundamentadas, deverão ser encaminhadas por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos - SISMAN, da Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA/Mapa, por meio do link. Para ter acesso ao SISMAN, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso - SOLICITA, do MAPA, por meio do link. (MAPA)

 

 

Porto Alegre, 31 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.099

Relator da Lei Kandir diz que agronegócio continuará isento de ICMS

Os produtos do agronegócio continuarão isentos de imposto sobre exportações, afirmou o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), que participou da reunião semanal da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), em Brasília (DF). O parlamentar é o relator da Proposta de Emenda Constitucional 42/2019, que revoga a Lei Kandir.

Em nota, a FPA afirma que Vital do Rego explicou que apresentará uma emenda substitutiva em que retira os produtos primários e semielaborados do setor agropecuário da revogação da Lei Kandir. Desde 1996, a medida desonera de ICMS esses produtos, e a proposta em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado prevê o retorno da tributação.

“Tem sido o agronegócio, ao longo desses últimos anos, o viés com o qual a economia brasileira tem se salvaguardado, do ponto de vista dos números de sua balança comercial e também dos efeitos a todos aqueles que produzem. Onerar esse setor seria um retrocesso”, declarou Vital do Rego na nota, na qual afirma que o autor da PEC, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), também está comprometido com a retirada.

O presidente da FPA, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), afirmou que a posição do colegiado é não permitir que seja cobrado nenhum imposto a mais sobre a produção rural brasileira. Segundo ele, a carga tributária que incide sobre o setor tira sua competitividade. E que o diálogo está aberto para discutir qualquer possibilidade de redução de impostos.

A FPA, juntamente com a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados, vai realizar audiência pública no próximo dia 6 de novembro para discutir os impactos da revogação da Lei Kandir para o setor agropecuário brasileiro. Segundo o deputado Neri Geller (PPMT), autor do requerimento, a PEC 42/19 trouxe preocupação para o setor, por isso a realização do debate. (Valor Econômico)

UE: produção de leite aumenta 0,9% em agosto

As entregas de leite na União Europeia (UE) aumentaram 0,9% em agosto passado em comparação com o ano anterior, o que resultou em mais 116 mil toneladas de leite, de acordo com os dados mais recentes do Observatório de Lácteos da UE.

Os países com os maiores aumentos absolutos foram Polônia (+22.000t), Alemanha (+20.000t), França (+19.000t), Irlanda (+19.000t) e Bélgica (+15.000t). Em porcentagem, os maiores aumentos foram de Chipre, Luxemburgo e Letônia, acima de 5%. Na Espanha, as entregas em agosto aumentaram 2,5%, o que significou 14.000t a mais.

As entregas cumulativas de janeiro a agosto tiveram comportamentos variados, dependendo do país, como pode ser visto na figura abaixo. As maiores reduções foram registradas na Holanda, Áustria, Eslovênia e Croácia. Os maiores aumentos no Reino Unido e na Irlanda. Na Espanha, houve um aumento de 0,7%.

Figura 1 - Produção de leite na UE em comparação com o ano anterior (%) - (Jan-ago 2019/Jan-ago 2018) (Agrodigital tradução Equipe MilkPoint.)

Confiança volta a aumentar no campo

O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), subiu no terceiro trimestre deste ano em relação ao período imediatamente anterior e voltou a se aproximar do recorde do fim de 2018.

Segundo levantamento divulgado ontem, o indicador encerrou o período em 115,1 pontos, 3,8 a mais que entre abril e junho. A escala do IC Agro vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro. O resultado é dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas.

“Cresceu o entusiasmo em todos os segmentos pesquisados. Pesaram para isso o ressurgimento de boas expectativas para a economia brasileira e fatores diretamente associados ao agronegócio, como o aumento nos preços das commodities e as melhores condições de crédito”, informaram Fiesp e OCB em nota. (Valor Econômico)

Terra Viva irá desenvolver um panorama por semana dos 10 primeiros estados produtores de Leite no Brasil
Já foram publicados dados da Bahia (clique aqui para acessar), com um panorama do leite do estado e com alguns dados específicos do Oeste Baiano e de Goiás (clique aqui para acessar), estado que está em 4° Lugar em produção de Leite no Brasil produzindo 9,1% do leite brasileiro e que tem uma taxa de informalidade de 18% menor do que a média do país e a produtividade anual de 1.597,5 L/Vaca. O panorama também mostra dados estaduais sobre assistência técnica, que durante essa série será possível verificar que é de suma importância à quantidade/produtividade de leite nos estados. Para os estudos foram analisados dados da Pesquisa da Pecuária Municipal - IBGE e Censo Agropecuário 2017 (IBGE). (Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 30 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.098

Senado aprova crédito de US$ 195 milhões para investimentos em defesa agropecuária

Ministra Tereza Cristina, que comemorou a notícia, anunciou a medida ao Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Agricultura 


Crédito: Antonio Araujo/Mapa

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) anunciou nesta quarta-feira (30), durante a reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), a aprovação pelo Senado de um empréstimo de US$ 195 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para investimentos no sistema brasileiro de defesa agropecuária.

“Ontem eu tive a boa notícia, sofrida, suada, mas conseguimos finalmente aprovar um financiamento no Senado de US$ 195 milhões para ajudar a defesa sanitária brasileira”, informou aos secretários estaduais reunidos na sede do Mapa, em Brasília. “Não é a fundo perdido, mas é a juros baratos, e isso é importantíssimo para organizar o sistema sanitário como um todo”, completou a ministra. “Vamos agora lutar no Ministério da Economia para esse dinheiro vir (logo) para cá”. Tereza Cristina pediu aos secretários de Agricultura que alertem os  governadores sobre a importância da questão sanitária. “Precisamos  trabalhar na mesma régua. Não podemos ter dois Brasis em sanidade”, alertou a ministra.  “Está na nossa mão trazer renda e novos investimentos. Temos de pensar grande”, afirmou, referindo-se à possibilidade de todos os estados brasileiros exportarem seus produtos agropecuários, em especial para a China, hoje nosso principal parceiro comercial.

Crescer mais  
“Estamos montando aqui no Ministério um núcleo China que vai trabalhar num fuso meio de dia e meio de noite para atendê-los, para a gente ter o que entregar”, informou. Tereza Cristina relatou que, durante a reunião na semana passada, em Pequim, o presidente da China, Xi Jinping, pediu ao presidente Jair Bolsonaro para ajudar a resolver o problema deles (de abastecimento de proteína animal, causado pela dizimação de parte do rebanho atingido pela peste suína africana).

“Ele (o presidente chinês) pediu para o Brasil habilitar mais plantas para exportar carne para a China; nós conseguimos habilitar 25 frigoríficos; eles querem mais”, destacou. ”Nós podemos crescer muito mais, em outras cadeias, além de carne, soja, milho, algodão - e não só para a China”, acrescentou Tereza Cristina. A ministra informou ainda que os chineses querem importar café do Brasil. “Nos ajudem a trazer mais café para a China. Foi o que ouvi”, relatou.

“Está na nossa mão ser proativos”, alertou a ministra. “Não adianta pensar que os chineses precisam da nossa proteína animal e vegetal, se não tivermos sanidade. Não adianta ter boa produção e boa higiene, se não respondermos os questionários (sanitários, exigidos para exportação). Deixaremos espaço para outros que sabem preencher papel melhor do que nós; me ajudem nisso”, apelou aos secretários de Agricultura.

A autorização do Senado para o governo brasileiro contratar operação de crédito externo, no valor total de até US$ 195 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) foi publicada no Diário Oficial da União de hoje. Os recursos da operação de crédito destinam-se a financiar parcialmente o Programa de Modernização e Fortalecimento da Defesa Agropecuária - ProDefesa. (MAPA)

Preço-Cepea 
Após apresentarem reação em setembro, os preços do leite no campo voltaram a registrar tendência de queda em outubro. De acordo com a pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o preço pago ao produtor em outubro, referente ao leite captado em setembro, foi de R$ 1,3635/litro na “Média Brasil” líquida, ligeira queda de 0,68% em relação ao mês anterior, mas forte recuo de 7,6% em relação à de outubro/18, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro/19).

De um modo geral, os preços do leite pagos ao produtor apresentam tendência sazonal de queda a partir de setembro, devido ao aumento da produção no Sul do País e ao retorno das chuvas no Sudeste e no Centro-Oeste. No entanto, em 2019, o movimento do mercado está atípico para o período, tendo em vista a lenta retomada da produção nesta primavera – que se deve, em parte, ao atraso das chuvas no Sudeste e no Centro-Oeste, mas também às incertezas dos produtores em realizar investimentos de médio e longo prazos.
 
De agosto para setembro, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) registrou alta de 2,9%, sendo que a expectativa, no início daquele mês, era de que essa variação fosse substancialmente maior. Por conta disso, os preços do leite spot (negociado entre indústrias) caíram e as indústrias cederam à pressão de atacadistas para reduzir as cotações dos derivados lácteos. Em Minas Gerais, o preço do leite spot caiu 6,3% de agosto para setembro, chegando a R$ 1,4433/l. O UHT e a muçarela negociados no atacado paulista se desvalorizaram 2,41% e 3,59%, respectivamente.
 
Mesmo com a queda nos preços de derivados e do spot em setembro, os laticínios não conseguiram impor quedas intensas no campo, por conta da competição por matéria-prima, já que os estoques estiveram justos em setembro.

É importante lembrar que os preços do leite no campo são influenciados pelos mercados de derivados e spot, com certo atraso de um mês nesse repasse de tendência. Dessa forma, os preços de novembro (captação do mês anterior) irão depender das negociações de spot e derivados de outubro.

Em outubro, o mercado de leite spot registrou alta de 1,7% em Minas Gerais, chegando a R$ 1,4306/litro. Já o leite UHT comercializado no atacado paulista registrou muita oscilação nas negociações de outubro, com queda de 0,75% no acumulado do mês, chegando a média de R$ 2,39/litro – recuo de 3,5% em relação ao preço médio de setembro. Agentes consultados pelo Cepea relataram dificuldades em negociar com atacadistas, que estão pressionando por cotações mais baixas para atrair consumidores.
 
Por outro lado, o queijo muçarela negociado no atacado paulista registrou alta acumulada de 4,56% em outubro, registrando média de R$ 17,10/kg, alta de 0,9% em relação à média de setembro. Os estoques da muçarela estiveram mais enxutos durante o mês (o que corrobora, inclusive, a perspectiva dos agentes de que a oferta de leite no campo seguiu controlada em outubro). Apenas nesta última semana do mês, colaboradores relataram que os estoques começaram a se elevar, em virtude do aumento da captação.
Levando-se em conta o retorno das chuvas em outubro, é possível que a captação seja favorecida e os preços de novembro caiam – mas a intensidade da queda vai depender, justamente, da capacidade de crescimento da produção.

NOTA: Cepea manterá a divulgação dos preços brutos e líquidos em 2020

Cumprindo sua missão de gerar conhecimento para apoiar decisões estratégicas que contribuam para o desenvolvimento da agropecuária brasileira, o Cepea atendeu aos pedidos do setor lácteo e continuará calculando os preços brutos do leite ao produtor em 2020.

O Cepea pretendia divulgar apenas os preços ao produtor líquidos, sem frete e impostos, a partir de janeiro de 2020, a fim de facilitar a comparação e análise das informações.

No entanto, cooperativas e indústrias de laticínios reiteraram que o cálculo do preço bruto é importante justamente para evidenciar a disparidade dos preços líquidos entre regiões, por conta da grande heterogeneidade nas condições de frete no Brasil. Assim, a captação em determinadas regiões é mais custosa que outras, o que influencia a formação do preço no campo. Desse modo, a informação do frete, embutida no preço bruto, é estratégica e necessária para as negociações com produtores. Nesse sentido, o Cepea manterá a divulgação dos preços brutos e líquidos, como o faz desde 2005.

De acordo com Natália Grigol, pesquisadora da Equipe Leite, “o episódio reforça a importância do Cepea para o setor lácteo. E também relembra que o compromisso do Cepea, firmado com a sociedade desde quando iniciou os estudos da cadeia do leite, em 1986, é de trabalhar com transparência, neutralidade e de portas abertas para aqueles que quiserem construir com essa instituição informações úteis”.
 
 

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de setembro/19) - “Média Brasil”
Fonte: Cepea-Esalq/USP.
  

 
Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em outubro/19 referentes ao leite captado em setembro/19 nos estados que compõem a “Média Brasil”
Fonte: Cepea-Esalq/USP.
  


Tabela 2. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em outubro/19 referentes ao leite captado em setembro/19 nos estados que não estão incluídos na “Média Brasil” – RJ, MS, ES, CE e PE
Fonte: Cepea-Esalq/USP.
Nota 1: em janeiro de 2017, o CESSR (ex-Funrural) foi reajustado para 1,5%.
Nota 2: O sinal * indica que há informações, mas que o dado não pode ser divulgado por questão de amostra limitada. O sinal - indica que não houve informação coletada. Para o cálculo da média estadual são consideradas todas as informações obtidas. (CEPEA)

Combate do desperdício
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou o Projeto de Lei 211/19, que incentiva o empresariado a doar alimentos com prazo de validade próximo, desde que estejam próprios para consumo. O texto altera o Código de Defesa do Consumidor (CDC) com o objetivo de evitar desperdícios. A proposta foi aprovada na forma do substitutivo apresentado pelo relator, deputado Enéias Reis (PSL-MG), ao texto original do deputado Roberto de Lucena (Pode-SP). O substitutivo refere-se apenas a alimentos, pois a comissão entendeu que a parte do projeto original sobre medicamentos deve ser tratada em separado, por meio de outra proposta. “A rejeição da parte relacionada à doação de medicamentos não significa carência de mérito, trata-se apenas de algo que decorre de normas legais e regimentais”, explicou Enéias Reis. “Assim, podemos dar celeridade à proposta relacionada à doação de alimentos, a fim de conseguir incentivar essas ações solidárias”, disse. O substitutivo em tramitação na Câmara dos Deputados refere-se a alimentos in natura, industrializados ou preparados e servidos, acondicionados ou embalados de forma adequada. Deverá ser informado do beneficiário o motivo da doação, e o doador deverá respeitar as obrigações legais relacionadas ao controle sanitário. O projeto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário. (Agência Câmara)

 

Porto Alegre, 29 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.097

Acordo União Europeia/Mercosul pauta debate na Comissão de Agricultura da Câmara

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara realizou audiência pública ordinária na manhã desta terça-feira (29) sobre o tema 'O mercado chinês e o acordo comercial com a UE para o mercado lácteo'.  Diversos integrantes de entidades ligadas à cadeia produtiva láctea participaram do debate com mais de duas horas de duração sobre os impactos da abertura do mercado lácteo no Brasil. 


Foto: Vinícius Loures / Agência Câmara 

A abertura do mercado chinês para produtos lácteos brasileiros e o acordo comercial com a União Europeia estabeleceu cotas para entrada de produtos lácteos do bloco europeu no Brasil com isenção de tarifas de importação. O debate atendeu a pedido dos deputados Celso Maldaner (MDB-SC) e Jerônimo Goergen (PP-RS).

Maldaner explica que informações dão conta que os chineses habilitaram 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos como leite em pó e queijos. "Essa abertura pode gerar impacto positivo para a cadeia produtiva do leite, que atualmente passa por um momento de enormes dificuldades, e envolve, aproximadamente, 1,2 milhão de pequenos produtores", avalia. No entanto, o parlamentar acrescenta que o acordo com a União Europeia vai facilitar a entrada de produtos lácteos europeus no País e "exigir da cadeia de produção brasileira um salto de qualidade e competitividade jamais visto, e poderá demandar um grande investimento em tecnologia e desenvolvimento de novas técnicas de produtivas", afirma.

Em sua apresentação, Alexandre Peña Ghisleni, diretor do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores, lembrou que o acordo foi anunciado em junho deste ano e haverá, no mínimo, o prazo de um ano para a revisão jurídica desse texto. A partir do momento em que a revisão estiver concluída, vamos passar para a assinatura, o que deve ocorrer no segundo semestre de 2020. A ratificação do acordo, no entanto, deve levar em torno de dois anos. "Precisará ser ratificado por todos os 4 parlamentos dos países do Mercosul, pelo Parlamento Europeu e por todos membros da UE no que diz respeito à parte política", afirmou.  De acordo com o diretor, depois de ratificado vamos passar pelo processo de 10 anos de desgravação, com redução de tarifas e ampliação das cotas. "Na hipótese de nada dar errado, não haverá uma transformação radical no comércio entre os blocos no prazo de até 15 anos", informou. 

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, destacou que o Brasil apresenta características positivas em relação ao leite, especialmente no que toca ao consumo, e que ainda possui grande potencial de crescimento no mercado interno, enquanto na outra ponta, estão volatilidade de preços e custo de produção como entraves. Segundo ele, o tempo perdido no passado com ausência de políticas para proteger e dar competitividade ao setor precisa agora ser recuperado com essa perspectiva de abertura do mercado ao produto do Brasil, o terceiro maior produtor de leite do mundo. 

Fernando pinheiro, analista técnico da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), reforçou que a China constitui uma grande oportunidade ao leite brasileiro, por ser um mercado em constante expansão e demandando cada vez mais fontes de proteína. "Precisamos estudar esse mercado e neste processo, ganhar confiança do chinês é fundamental. Para isso, também será necessária uma adequação àquele mercado. Sem isso, não entraremos lá", disse. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS) 

Rússia e Quênia passam a fazer parte da Federação Internacional de Lácteos

A Federação Internacional de Lácteos (IDF), representante do setor global de laticínios e fonte de conhecimento científico nessa área, recebeu a Rússia e o Quênia como seus mais novos membros oficiais, elevando o número total de estados da federação para 43.Segundo a IDF, a associação agora representa mais de 75% da oferta mundial de leite, indicando a crescente conscientização dos países sobre a sua importância e valor.

Desde 1903, a IDF fornece um mecanismo para o setor de lácteos alcançar consenso global a respeito de políticas, práticas e regulamentos para garantir que os laticínios do mundo sejam seguros e sustentáveis.

Como membros da IDF, o Quênia e a Rússia se beneficiarão por fazer parte da rede de especialistas em lácteos colaborando com os demais países em questões e oportunidades importantes que a indústria global de laticínios enfrenta, promovendo parcerias e o diálogo sobre políticas.

O comitê nacional da IDF na Rússia será liderado por Belov Artyom, CEO da União Nacional de Processadores de Lácteos da Rússia, enquanto Margaret Kibogy, diretora-gerente do Conselho de Lácteos do Quênia, chefiará o comitê nacional no Quênia.
Kibogy disse: "A indústria de laticínios do Quênia é uma importante atividade socioeconômica que beneficia uma ampla gama de partes interessadas. Com essa associação, o país se beneficiará do engajamento e do compartilhamento de conhecimento por meio da plataforma global. Também desempenharemos um papel ativo na discussão na plataforma, juntamente com outros players do setor."

A presidente da IDF, Dra. Judith Bryans, disse: "Estamos muito felizes em receber a Rússia e o Quênia na associação. Esperamos trabalhar com eles nas principais questões que o setor de laticínios global enfrenta atualmente. Ter esses países é incrivelmente importante e acrescenta ainda mais força à nossa voz, conhecimento e experiência globais".

Bryans acrescentou: "Ao acolher esses dois novos membros em sua comunidade, a IDF está demonstrando ainda mais seu valioso e crescente alcance, ambição e influência no setor global de lácteos". (FoodBev.com tradução Equipe MilkPoint)

Espanha: Lactalis assina contrato de energia renovável com a Engie

O Grupo Lactalis assinou um acordo com a fornecedora de energia Engie Espanha, para que suas fábricas, armazéns e escritórios sejam supridos com energia renovável.  O acordo entrará em vigor em 1 de janeiro de 2020 e a Engie fornecerá cerca de 70 GWh de eletricidade por ano, cobrindo pelo menos 50% da demanda de eletricidade da Lactalis na Espanha. 

A Lactalis estima que isso reduzirá as emissões de carbono em suas fábricas em aproximadamente 10%, cerca de 26.950 toneladas de CO2 por ano, o equivalente a remover 11.000 veículos da estrada por um ano. Ignacio Elola, CEO do Grupo Lactalis, disse: "Este acordo representa mais um passo em nossa estratégia de reduzir o impacto de nossa atividade no meio ambiente e contribui com os esforços que já realizamos em termos de consumo de água, gestão de resíduos e sustentabilidade de nossas embalagens".  Loreto Ordóñez, CEO da Engie Espanha, acrescentou: "Nossos serviços têm grande valor agregado ao ajudar cada cliente a desenvolver sua própria estratégia de descarbonização, fazendo isso ser rentável e consistente com suas ambições sustentáveis. 

Portanto, esse desafio nos envolve nos mais diversos aspectos das empresas, de acordo com as necessidades de cada cliente, tanto no fornecimento de energia financeira, como operacional, tecnológica ou renovável". (FoodBev.com, tradução Equipe MilkPoint)

CNA discute avanços para a erradicação da febre aftosa

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na sexta (25), de uma reunião do Grupo Gestor do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A CNA é integrante do colegiado. O encontro tratou das ações definidas para o setor privado desenvolver dentro do PNEFA e discutiu a possibilidade de se adequar a análise dos serviços veterinários estaduais. 

"Vamos também fazer uma proposta de capacitação do produtor em relação à notificação de doença e diagnóstico de febre aftosa para apresentar na próxima reunião. Seria uma ação conjunta entre CNA e Senar", disse a coordenadora de Produção Animal da CNA, Lilian Figueiredo. Durante o encontro também foi debatida a criação de um plano de comunicação nacional que atenda produtores rurais, profissionais e transportadores. (CNA)

Queijo Gruyère Santa Clara ganha versão fatiada
Já está à disposição dos consumidores nos supermercados, a nova versão do Queijo Gruyère Santa Clara. O produto nobre ganha a versão fatiada, em embalagem prática, com 120 gramas. O Queijo Gruyère Santa Clara é vendido atualmente na versão forma, de aproximadamente 4,5kg, e fracionado em embalagem Skin Pack, com cerca de 180g. (Assessoria de Imprensa da Santa Clara)