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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.701


Após empate, governo tem derrota na Assembleia
 
Considerado o mais polêmico da pauta da última sessão deliberativa antes do recesso parlamentar, o projeto de lei 51/2022, que previa investimentos estaduais em rodovias federais, foi rejeitado por 26 votos contrários a 25 votos, ontem, em uma sessão tensa e com mais de cinco horas de discussão.
 
O resultado representou dura derrota para o governo, que tentava pela segunda vez aprovar o texto. Como a votação nominal terminou empatada, com 25 votos a favor e 25 contra, o voto de Minerva foi do presidente da Casa, Valdeci Oliveira (PT), que posicionou-se contrário ao texto. Encontrando restrição na oposição e também em bancadas que vinham votando em consonância com o governo, o texto recebeu críticas por não prever contrapartidas no valor de R$ 495,1 milhões destinados ao DNIT através do Daer para obras em estradas federais. O líder do governo, Mateus Wesp (PSDB), chegou a protocolar uma emenda afirmando que o Estado postularia esse ressarcimento, prevendo a possibilidade de abatimento da dívida do Estado, mas sem garantias. Mesmo assim, não foi suficiente. O projeto foi contestado também por prefeitos de municípios cortados por estradas estaduais carentes de duplicações e melhorias. 
 
Dada a importância do projeto, visto como estruturante, o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, compareceu à Casa. A presença foi vista como uma “pressão aos deputados” por alguns parlamentares, como Rodrigo Lorenzoni (PL), que se somou às críticas ao governo. “O RS não é um Estado com condições de fazer doações dessa magnitude”, criticou Tiago Simon (MDB), que pediu que os parlamentares não “cedessem à pressão”, posicionando-se contrário. Juvir Costella (MDB), que esteve à frente da secretaria de Logística e Transportes na atual gestão, fez defesa veemente do texto, cobrando “coerência com a responsabilidade ao povo gaúcho”, externando o racha na bancada emedebista. O líder da bancada do PL, Paparico Bacchi, chegou a sugerir a retirada da urgência. Fábio Ostermann (Novo) criticou o projeto, sendo contrário ao Estado assumir compromissos federais, além de cobrar clareza sobre a alocação dos recursos junto às empreiteiras. 
 
A oposição antecipou o voto contrário. A deputada Luciana Genro (PSol) defendeu que o RS tenha uma postura “altiva e não subserviente” com a União. Líder do PT, Pepe Vargas afirmou que o Executivo deveria ter dialogado com a União ao invés de aplicar recursos. VOTOS. No MDB, dos oito, três votaram com o governo: Beto Fantinel, Gilberto Capoani e Juvir Costella (que foi secretário de Transportes). Carlos Búrigo, Patrícia Alba, Tiago Simon e Vilmar Zanchin foram contrários. Gabriel Souza não votou. No PP, dos sete, dois foram contrários: Sérgio Turra e Silvana Covatti. Cinco foram favoráveis: Adolfo Britto, Ernani Polo, Frederico Antunes, Issur Koch e Vilmar Lourenço. No PL, dos cinco deputados, três foram contrários: Capitão Macedo, Paparico Bacchi e Rodrigo Lorenzoni. Eric Lins foi o único da bancada favorável. Kelly Moraes, que anunciou posição favorável ao texto, não compareceu devido ao nascimento da sua neta. A bancada tucana, Any Ortyz (Cidadania) e Gaúcho da Geral (PSD) foram favoráveis, assim como Luiz Marenco (PDT), único voto destoante da bancada. Foram contrários ao texto as bancadas do PT, Novo e PSol. Além de Gabriel e Kelly, Airton Lima (Podemos) e Dalciso Oliveira (PSB) não votaram. (Correio do Povo)


 

Comissão organizadora prepara 6° Avisulat

A 6ª edição do Congresso e Central de Negócios Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat) está sendo preparada para reunir conteúdo mais direcionado, compacto, estratégico e relevante, organizado em palestras e painéis. Na reunião do dia 06 de julho, os representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do RS (SIPS), além de entidades organizadoras do evento se reuniram na Sede da Asgav para debater os trâmites operacionais, organizacionais e programação prévia do evento que acontecerá de 28 a 30 de novembro na FIERGS em Porto Alegre (RS).

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destaca que o evento trará uma nova dinâmica para refletir o cenário atual e as perspectivas de cada setor. “Teremos uma programação para refletir e apontar novos caminhos”.

Participaram da reunião pela Asgav, o presidente executivo, José Eduardo dos Santos, e a gerente Administrativo/Financeiro Patricia Khamis. Representando o Sindilat estiveram o secretário-executivo, Darlan Palharini, e a gerente Administrativa, Julia Bastiani. O diretor executivo, Rogério Kerber, e a gerente Financeira, Rejane Kieling, representaram o SIPS. Confira aqui o vídeo de apresentação do evento. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Oportunidades: se você as desperdiça, alguém as aproveitará no seu lugar!

O mundo está de olho na sustentabilidade e não é diferente na pecuária de leite. A busca por uma produção de alimentos sustentável que permita a garantia de  recursos para as gerações futuras ao mesmo tempo que se produz alimentos em quantidade e qualidade suficiente para as pessoas de hoje tem sido um grande desafio. A sustentabilidade tem se adentrado nas nossas vidas de diversas formas, inclusive na cadeia do leite. Seja consumidores exigindo, ou laticínios e produtores se adequando, a adoção de manejos sustentáveis é uma realidade.

Dados da pesquisa realizada pela MilkPoint das Top 100 maiores fazendas brasileiras produtoras de leite, mostram que todas as propriedades que compõem o Top 100 adotam ao menos um manejo voltado para a sustentabilidade. Dentre os manejos empregados, o armazenamento de dejetos em esterqueiras para posterior utilização para adubação do pasto e lavouras, a utilização de fontes alternativas de energia, o controle do uso da água e armazenamento de água da chuva, são ações mais realizadas por esse grupo de fazendas.

Além dos manejos mais adotados pelas fazendas Top 100, outros podem e devem ser empregados no processo produtivo. Bioinsumos e adubação verde, por exemplo, são oportunidades ímpares para seu negócio se tornar mais sustentável e seu produto mais atraente para o mercado. Ainda, entender as oportunidades e possibilidades frente ao manejo de dejetos, gestão da água e uso de energias renováveis, permite encontrar o manejo mais adequado para a realidade da sua propriedade.

Conhecer o conceito e os pilares envolvidos na sustentabilidade é fundamental para entender a importância da visão holística da propriedade, aplicar estratégias e ter sucesso no seu negócio. É importante entender, por exemplo, que sistemas convencionais podem englobar manejos sustentáveis. Ao mesmo tempo, sistemas como ILPF, orgânico e a agricultura regenerativa podem ser a chave para o sucesso do seu negócio!

A sustentabilidade, hoje,  é uma possibilidade que em breve será obrigatória para a manutenção dos produtores na atividade. Por isso, a hora de entender o que é a sustentabilidade, suas oportunidades e desafios, é agora!

A oportunidade que você não pode perder é participar do MilkPoint Experts: Feras da Sustentabilidade! É a chance de aprender com especialistas quais são as possibilidades, as novidades do setor, aprender as ferramentas para aplicar na sua propriedade e muito mais. Vamos te ajudar a fazer do meio ambiente o protagonista do seu negócio! 

Encontros semanais a partir do dia 26 de agosto a 30 de setembro. Associados do Sindilat/RS têm 30% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)


Jogo Rápido 

Duas Safras
Mais de 620 pessoas participaram, em Pelotas, na Zona Sul, da terceira etapa do ciclo de seminários realizados pelo Senar-RS sobre programa Duas Safras. O roteiro contemplará 10 cidades até o final do ano. A próxima parada está marcada para 16 de agosto, em Alegrete, na Fronteira Oeste. - Todo mundo enxerga uma oportunidade no ar. Já se criou uma expectativa, uma curiosidade (sobre o programa) - observa Eduardo Condorelli, superintendente do Senar-RS.  As palestras abordam aspectos econômicos e técnicos do Duas Safras, lançado em abril, em esforço que reúne entidades e governo para ampliar a produção. Poderá gerar acréscimo de R$ 31,9 bilhões à economia. (Zero Hora)


 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 12 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.700


PESQUISA ANP: Queda no preço do combustível
 
O preço dos combustíveis voltou a registrar queda nos postos pela segunda semana seguida, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). 
 
Os valores refletem a redução de tributos do ICMS nos estados. 
 
O valor médio do litro de gasolina caiu 8,9%, de R$ 7,13 para R$ 6,49. O do etanol recuou 4,3%, de R$ 4,72 para R$ 4,52. 
 
Já o preço médio do diesel declinou de R$ 7,55 para R$ 7,52 (0,39%). O diesel continua superando o preço da gasolina após o último reajuste de 14,2% no óleo, autorizado pela Petrobras nas refinarias. 
 
De acordo com o IPCA de junho, no grupo de transportes a alta de 0,57% representa desaceleração ante o mês anterior, que havia registrado 1,34%. 
 
Lei sancionada no dia 23 de junho fixou um teto para a cobrança do imposto sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte urbano. Assim como o Rio Grande do Sul, outros 20 estados anunciaram redução. (Correio do Povo)


Prêmio Exportação RS anuncia empresas vencedoras da 50ª edição

O Conselho do Prêmio Exportação RS divulgou as empresas que serão reconhecidas na 50ª edição da premiação. Serão 67 empresas ao todo, o maior número da história do prêmio.

A distinção, que completa 50 anos, reconhece as empresas gaúchas que obtiveram os melhores resultados mercadológicos e desenvolveram estratégias inovadoras para expor e comercializar produtos no mercado internacional. Mais de 700 empresas já foram agraciadas na história do prêmio.  

A cerimônia de entrega das distinções está marcada para o dia 11 de agosto, na Casa NTX, em Porto Alegre. No evento também serão entregues a Distinção Especial de Exportador Diamante para a CMPC, por conquistar 10 edições, e também a Distinção Especial de Exportador Ouro para a Docile, Kuehne Nagel Serviços Logísticos, Rasip, Fante Bebidas, Sena Madeiras, FCC e Maria Pavan, por vencerem cinco vezes.  

O Conselho do Prêmio Exportação RS é formado por lideranças da ADVB/RS, ApexBrasil, Badesul, Banco do Brasil, Banrisul, BRDE, Farsul, Fecomércio, Federasul, FIERGS, Lide-RS, Portos RS, Sebrae-RS, Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Hub Transforma RS e UFRGS.  

Entre os agraciados do 50º  Prêmio Exportação RS em 2022, estão três associados do Sindilat/RS.

Destaque Setorial - Agropecuário

  • Vibra
  • CCGL
  • SLC Agrícola S.A.
  • Rasip

Destaque Setorial - Alimentos

  • Dubai Alimentos
  • Peccin
  • Conservas Oderich
  • Nutrire Indústria de Alimentos Ltda
  • Cooperativa Languiru Ltda

Confira a lista completa clicando aqui. (Zero Hora - adaptado Sindilat/RS)

 

Exportações de queijo são as maiores para um 1º semestre, desde 2013

Exportações – No 1º semestre de 2022, as exportações brasileiras de produtos lácteos NCM04, em valores, subiram 24,3% em relação ao mesmo período de 2021. 

Os queijos, NCM 0406, no mês de junho, tiveram o melhor desempenho desde 2013, em valores. Isto já havia ocorrido nos meses de janeiro e fevereiro, contribuindo para que as vendas do 1º semestre de 2022 fossem as maiores em dez anos. De acordo com as estatísticas semanais do Ministério da Economia, o preço médio de exportação dos queijos no mês de junho foi de US$ 5.399 a tonelada, superando em 13% o preço médio registrado em junho de 2021, que foi de US$ 4.773 a tonelada. 

Cabe ressaltar que em junho de 2021 o faturamento com a exportação de queijos representou 12,3% das divisas brasileiras de produtos lácteos, e pularam para 32,7% no mês passado. Em compensação, a categoria NCM 0402 que respondeu por 64,5% dos valores exportados em junho de 2021, caiu para 30% em junho de 2022. (Terra Viva)


Jogo Rápido 

Jornal da Pampa | 11/07/2022
Clique aqui e confira a entrevista do Secretário-Executivo do Sindilat/RS para o Jornal da Pampa, veiculada ontem, 11 de julho de 2022. (Youtube-Pampa)


 
 
 

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Porto Alegre, 11 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.699


UE – A captação de leite pode cair em 0,6% em 2022

Produção/UE –  De janeiro a abril de 2022, a captação de leite da União Europeia (UE) caiu 0,6%. Entre os principais países produtores, somente cresceram as entregas na Polônia, Itália e Dinamarca (2,4%, 0,4% e 0,6%, respectivamente), enquanto na Alemanha, França e Holanda houve queda de -1,7%, -1,3%, e -2,3%, respectivamente. 

A captação de leite na Irlanda também caiu (-0,7%) em comparação com o excepcional nível do ano passado, de acordo com os últimos dados do boletim de previsões de curto prazo dos mercados agrários que acaba de ser publicado pela Comissão Europeia (CE).
O clima quente e seco durante a primavera, que provocou estresse térmico nas vacas e afetou o desenvolvimento das pastagens e cultivos, combinado com altos custos da alimentação animal e as dificuldades para obter alimentos livres de transgênicos na Alemanha, provocou uma diminuição da disponibilidade de proteína e matéria gorda. Entre janeiro e abril a queda de ambos foi de 0,8%.

As perspectivas meteorológicas para os próximos meses seguem sendo negativas para a evolução dos pastos na Europa Central e Oriental, assim como na Itália. Este fato, junto com os altos preços dos cultivos destinados à alimentação podem afetar negativamente a economia das explorações e conduzir a uma maior redução do rebanho (-1%) em 2022, e um menor crescimento da produtividade (+0,4% em comparação com 1% no ano passado).

Como resultado, espera-se que em 2022, a captação de leite na UE possa cair 0,6%, como consequência da redução de -1% no segundo trimestre e de -0,6% no terceiro e quarto trimestre, o que contribuirá para uma oferta mundial de leite mais apertada em 2022.

Produtos lácteos
Os preços dos produtos lácteos na UE se encontram em níveis recordes. As margens dos produtores continuam justas devido aos elevados custos dos insumos (alimentos e energia em particular) e de logística.

A produção de queijo da UE poderá crescer 0,5% graças aos preços competitivos no mercado mundial, o que se traduz em fluxos crescentes para os Estados Unidos. Quanto à manteiga, espera-se que a produção da UE caia 1%, com um consumo interno estável. A produção de leite em pó desnatado poderá também cair 1,5% e as exportações 5% em consequência da menor disponibilidade de proteína láctea decorrente da redução da captação de leite, do custo de energia para funcionar. (Fonte: Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Por que participar do Interleite Brasil 2022?

O Interleite Brasil, maior simpósio sobre a cadeia do leite nacional, chega a sua 20ª edição este ano! Pela primeira vez sediado no Brasil Central, nos 03 e 04 de agosto, em Goiânia, proporcionaremos uma verdadeira imersão do leite brasileiro, uma experiência para quem quer fazer parte do futuro do setor! 
 
Edição histórica: Com pautas relevantes, a 20ª edição do Interleite Brasil será marcada pela maior e melhor edição já realizada do evento. Abordaremos sistemas de produção, rentabilidade, agenda ambiental e sustentabilidade, gestão de processos e pessoas, tecnologia, índices de produtividade e eficiência, e muito mais! Analisaremos detalhadamente o cenário atual da produção de leite nacional, mas não deixaremos de olhar para o futuro. O que nos trouxe até aqui é o que continuará nos levando adiante?
 
Networking: Após a restrição dos eventos presenciais, está na hora de voltarmos! O evento é o ponto de encontro dos principais envolvidos na cadeia do leite do país. O Interleite Brasil é uma excelente oportunidade de networking, pois tem a melhor feira de negócios do setor e os principais agentes da cadeia presentes no evento. Não pode faltar só você! Experiência:  Mais do que um evento, uma verdadeira experiência do leite brasileiro. Aprendizados, trocas de ideias, evolução, visão futurista e profunda ótica da realidade da cadeia do leite brasileira. O leite que produzimos hoje é o mesmo de ontem? 
 
Conteúdo diferenciado: A excelência e a credibilidade de mais de 22 anos do MilkPoint na entrega do melhor conteúdo do leite, traz no Interleite Brasil os melhores palestrantes e os temas mais relevantes. Para isso, contaremos com 2 palestras ministradas por técnicos, especialistas e produtores. Ao todo serão 14 horas de conteúdo.  Eventos Paralelos e Complementares Workshops Temáticos: quatro temas trazidos por especialistas em suas áreas apresentando um conteúdo aprofundado para seletos grupos. Nosso tradicional Fórum MilkPoint Mercado e o Jantar dos Top 100, todos realizados no dia 02 de agosto. 
 
Transmissão ao vivo: O Interleite Brasil 2022 será híbrido. Os participantes que não estiverem no evento presencialmente, poderão acompanhar as palestras ao vivo e interagir com os palestrantes através do chat, envio de perguntas e participação nas enquetes.
 
Ver e rever: Todo conteúdo ficará disponível por mais 30 dias na plataforma oficial do evento, tanto para quem for presencialmente quanto para aqueles que assistirem o evento online. Ainda teremos os conteúdos extra, trazidos pelos parceiros do evento, e os materiais dos palestrantes. 
 
Certificado: Individual e intransferível, emitido pelo MilkPoint. Você estará junto com pessoas que desejam aprender, engajadas na troca de experiências e ainda dará um up no currículo!
 
O Interleite Brasil, idealizado pelo MilkPoint. Acesse o site, confira a programação completa e se inscreva. Associados do Sindilat/RS tem 20% de desconto. (Milkpoint)

 

 

Inflação é a mais alta para junho em 4 anos

Taxa acelerou para 11,89% no acumulado e está nos dois dígitos há 10 meses seguidos. Alimentos pesaram no bolso

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o
mês de junho com alta de 0,67%, ante um avanço de 0,47% em maio, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 5,49% e o resultado apurado em 12 meses alcançou 11,89%. A elevação de 0,67% registrada no mês passado foi a variação mais alta para o período desde 2018, quando o índice havia marcado 1,26%. O acumulado em 12 meses está no patamar de dois dígitos há dez meses consecutivos. A inflação somente havia ficado tanto tempo em dois dígitos pela última vez no período entre novembro de 2002 e novembro de 2003.

“De fato, está mais alta do que tinha se observado nos últimos anos”, observou Pedro Kislanov, gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,5% e limite até 5%.

O grupo de alimentação e bebidas saiu de aumento de 0,48% em maio para elevação de 0,80% em junho. Contribuiu com 0,17 ponto porcentual para a taxa. A alimentação no domicílio aumentou 0,63%. As famílias pagaram mais pelo leite longa vida (10,72%) e feijão carioca (9,74%). Houve recuos nos preços da cenoura (-23,36%), da cebola (-7,06%), da batata-inglesa (-3,47%) e do tomate (-2,70%).

        

No quadro ao lado está a lista com 50 produtos que mais encareceram no semestre. Os alimentos para consumo fora do domicílio subiram 1,26% em junho, sendo que a refeição fora de casa foi reajustada em 0,95% e o lanche, em 2,21%. Já os gastos das famílias com transportes passaram de alta de 1,34% em maio para 0,57% em junho.

Esta desaceleração no ritmo de alta entre maio e junho foi influenciada pela queda de 1,2% nos combustíveis. Os preços da gasolina caíram 0,72%, enquanto o etanol recuou 6,41%. O diesel, porém, subiu 3,82% e o gás veicular, 0,3%. As passagens aéreas aumentaram 11,32% em junho e acumulam 122,4% de elevação no período de 12 meses. (Correio do Povo)


Jogo Rápido 

Globo Rural | Produtores de leite do RS estão com dificuldades de equilibrar contas
Clique aqui e confira a entrevista do Secretário-Executivo do Sindilat/RS para o Globo Rural, veiculada no último domingo, 10 de julho de 2022.  (Globoplay)


 
 
 

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Porto Alegre, 08 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.698


Reino Unido: com a elevação dos custos de produção, produtores de leite consideram deixar atividade

Os temores sobre o aumento dos custos de alimentação, combustível e fertilizantes levaram quase um quarto dos produtores de leite na Inglaterra e no país de Gales a considerar cessar a produção de leite nos próximos 2 anos.

A pesquisa da National Farmer’s Union (NFU) com 610 produtores de leite descobriu que 15% disseram estarem pensando em encerrar a produção de leite, enquanto outros 7% disseram planejarem interromper a produção de leite. Se 7% deixarem a indústria nacionalmente, isso pode significar 840 produtores deixando a indústria.

Preocupações com os preços dos alimentos

Nos dois anos seguintes, os produtores de leite estavam mais preocupados com os preços dos alimentos (93%), combustível (91%), energia (89%) e fertilizantes (88%).

Os pequenos produtores de leite, que produzem menos de 1 milhão de litros, constituem a maioria dos que pretendem interromper a produção de leite e também compõem o maior grupo daqueles com maior probabilidade de não ter certeza de continuar.

Custos na pecuária leiteira

Minette Batters, presidente da NFU, disse que o clima da Grã-Bretanha é perfeito para cultivar uma gama diversificada de alimentos, mas nunca foi tão importante quanto antes garantir isso.

“Os custos estão subindo rapidamente nas fazendas em todo o país e em todos os setores. Isso já está causando impacto nos alimentos que estamos produzindo como nação, além de levar a uma crise de confiança entre os produtores da Grã-Bretanha. Esses resultados da pesquisa definem claramente o que temos a perder se nada for feito.”

“Os produtores estão prontos para o desafio e fazem sua parte na solução, mas o investimento e o compromisso do governo são cruciais ao longo da jornada, principalmente quando estão lutando contra os custos como nunca antes.”

“A agricultura sempre foi um negócio volátil, mas com os preços dos fertilizantes dobrando, os preços dos alimentos e dos combustíveis subindo e o papel variável do clima, as decisões que os produtores estão tomando agora parecerão mais uma aposta do que nunca. Agora precisamos que o governo coloque palavras em ação e garanta que a nação possa continuar desfrutando de comida britânica de alta qualidade”, acrescentou Batters.

Preocupações reais

O presidente do conselho de laticínios da NFU, Michael Oakes, acrescentou que os laticínios também estão sentindo a pressão e expressaram “preocupações reais”, apesar de oferecer preços mais altos por não conseguirem cumprir os compromissos nos próximos meses.

Oakes disse que a produção também estava caindo na Europa e se movendo mais para o leste, então havia uma oportunidade real para o Reino Unido estar lá e atender a alguns desses mercados, acrescentando que a NFU estava conversando com o Defra e o Departamento de Comércio Internacional para explorar mais oportunidades. (As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Petróleo: Recessão Mundial e seus Efeitos sobre a Demanda Ditarão os Preços
 
Os preços do petróleo WTI e Brent, que servem de referência para o mercado, ficaram abaixo da marca de US$ 100 nas sessões de 6 e 7 de julho, após recuos significativos em 5 de julho, quando o Brent afundou 9% e o WTI despencou 8%.
 
A questão agora é saber se os preços continuarão caindo.
 
1. Temores de uma recessão
A principal razão para a desvalorização do petróleo nesta semana são os temores de uma recessão mundial. Tudo indica que os EUA já estejam em recessão, mas só teremos uma confirmação depois que os dados oficiais forem divulgados. Os indicadores econômicos das maiores economias do mundo não estão positivos.
 
A Alemanha, por exemplo, estuda restringir a atividade industrial, em razão da falta de gás natural. Os preços elevados da energia ao redor do mundo, sobretudo na Europa e EUA, estão fazendo com que os consumidores reduzam seus gastos. Muito embora as viagens estejam fortes no momento, graças à demanda reprimida gerada pelos bloqueios sanitários contra o coronavírus, o temor é que os consumidores fiquem muito mais cautelosos para viajar em vista dos preços elevados, assim que o verão no Hemisfério Norte acabar.
 
O profundo declínio da terça-feira foi intensificado por um relatório do Citibank prevendo que o barril poderia atingir US$ 65 até o fim do ano caso o cenário de recessão mundial se concretizasse. Se, de fato, entrarmos em território recessivo até o fim do verão e a demanda petrolífera cair mais do que os níveis sazonais esperados, tudo leva a crer que veremos o fim do bull market (mercado de alta). Uma recessão e a queda subsequente da demanda serão os vetores mais importantes para a desvalorização do petróleo.
 
2. Alta demanda pelo petróleo russo
Quando as primeiras sanções ao petróleo russo foram anunciadas, a Administração de Informações Energéticas dos EUA chegou a prever que 3 milhões de barris por dia da Rússia sairiam do mercado.
 
Em abril, os dados mostraram um declínio na produção petrolífera russa, na medida em que parte da extração foi interrompida devido à falta de clientes para os exportadores. No entanto, esse cenário rapidamente se reverteu após as autoridades do país encontrarem novos compradores na China e na Índia para substituir os clientes europeus.
 
É natural que os preços tivessem uma queda assim que o mercado percebesse que um volume menor de petróleo russo saiu do mercado.
 
Os investidores devem ficar atentos ao fato de que parte das sanções ao petróleo da Rússia só entrará em vigor a partir do fim do ano, portanto é possível que as exportações do país sejam impactadas até o fim de 2022, provocando a alta dos preços. Contudo, também pode ocorrer que, até essa data, as empresas petrolíferas russas já tenham estabelecido relações com novos clientes, de modo que o efeito das sanções talvez não seja tão significativo no mercado.
 
3. Descontos ao petróleo sancionado
Assim que a Europa e os EUA impuseram sanções ao petróleo da Rússia, muitas refinarias pararam de comprar o óleo proveniente do país, mesmo com as sanções só entrando em vigor a partir do fim do ano.
 
Para atrair novos clientes em outras regiões, as empresas russas começaram a oferecer bons descontos para o seu petróleo. O Irã e a Venezuela também vendem seus barris com descontos significativos, na medida em que seu petróleo também está sob sanção dos EUA.
 
Há tanto petróleo russo disponível que acabou surgindo uma concorrência de preços entre a Rússia, o Irã e a Venezuela, fazendo com que os preços do mercado sob sanção caíssem ainda mais. Isso também pode afetar as cotações de referência do petróleo mundial, ainda que não vejamos o pleno efeito disso até que os produtores do Golfo comecem a reduzir seus preços oficiais de venda para a Ásia. Até o momento, isso não aconteceu, mas não se pode descartar essa medida, especialmente se uma recessão mundial causar uma contração na demanda da Europa e dos EUA.
 
Vários analistas acreditam que os fundamentos do mercado petrolífero (oferta e demanda) indicam que as atuais quedas de preço não serão sustentadas nos próximos meses e que veremos a volta da cotação de três dígitos.
 
Grande parte desse cenário depende da entrada efetiva da economia global em recessão e da consequente extensão dos declínios de demanda. É pouco provável que a oferta de petróleo no mundo aumente a ponto de fazer os preços caírem com os níveis atuais de demanda, portanto o foco de atenção dos investidores deve estar voltado à estabilidade, crescimento ou declínio do consumo. (Investing)

 

Produção de leite registrou queda na Nova Zelândia

O ano de produção de leite da Nova Zelândia abrange o período de 1º de junho a 31 de maio. Assim, já são conhecidos os dados do exercício de 2021-2022. De acordo com estatísticas da DCANZ (Dairy Companies Association of New Zealand), o ano fechou com um volume de 21.393 milhões de litros de leite, valor 4,2% inferior ao volume do exercício 2020-2021. 
Mais uma vez, o clima aparece como a principal causa da queda na produção, além dos problemas de disponibilidade de mão de obra estrangeira. Os dados de produção para 2021-2022 apenas reafirmam a tendência da produção da Nova Zelândia, que não cresce há 8 anos. A produção do último ano fiscal foi 2,3% inferior à do ano fiscal 2014-2015.
O que torna os dados de produção de leite da Nova Zelândia particularmente importantes é que eles são a origem de 91% do leite em pó integral importado pela China (2021), país cuja demanda por laticínios não para de crescer além de ter problemas conjunturais como o Covid, atualmente.

Até agora, esse crescimento da demanda, dada a falta de aumento da produção, é suprido pela Nova Zelândia, renunciando a outros mercados. Os gráficos a seguir mostram a evolução da participação da China nas exportações da Nova Zelândia.

A falta de crescimento da produção na Nova Zelândia e a crescente demanda de seu principal cliente criam oportunidades em outros mercados para os demais países exportadores. (As informações são do Economía Láctea, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 26/2022 – SEAPDR 
A previsão é de que nos próximos cinco dias, uma grande circulação anticiclônica que ocorre em praticamente todo território brasileiro, irá bloquear a chegada de frentes-frias e consequentemente de massas de ar frio no Rio Grande do Sul. Este bloqueio atmosférico deve se findar na noite de segunda-feira (11/7) quando está previsto a entrada de uma frente-fria que atingirá todo o estado provocando ventos fortes durante a noite e madrugada de segunda para terça-feira e chuva até a tarde de terça-feira (12/7) principalmente na Zona Sul e em toda região Central do Rio Grande do Sul. Na quarta-feira (13/7) a previsão é de tempo firme com vento sul baixando as temperaturas em todo o Estado. As rajadas mais fortes de ventos devem ocorrer em toda Costa Leste na Laguna dos Patos e Litoral Gaúcho. E os maiores acumulados de chuva previstos devem ocorrer em Dom Pedrito e Bagé (100 mm), Jaguarão e Santana do Livramento (80 mm), Rio Grande (75 mm), Canguçu (65 mm) e Capão do Leão e Quaraí (50 mm). Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)  


 
 
 

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Porto Alegre, 07 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.697


Você sabe o que são os probióticos lácteos? E quais são os seus efeitos para a saúde de quem os consome? 

Preparamos um post te explicando tudo sobre esse assunto. Confira

                  

                   

As informações são do Beba Mais Leite 


Balança comercial de lácteos: importações seguem ganhando força: O que podemos esperar para o próximo mês?
 
Conforme relatado, no artigo “GDT: cenário baixista persiste e importações lácteas seguem competitivas” o cenário para os preços dos derivados lácteos segue baixista, frente a sinalização de intensificação da política de tolerância zero da covid-19 na China e temores de uma recessão econômica mundial.
 
A província de Xangai na China voltou a realizar testagem em massa em 9 distritos da região, o que ascende um alerta para a retomada dos lockdowns, e tende a prejudicar a demanda do país asiático. Além disso, o cenário baixista foi impulsionado pelos temores de uma recessão econômica mundial, frente a elevação da inflação dos Estados Unidos, e entraves na Europa, reforçados por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia. Este cenário impactou negativamente nos preços dos produtos internacionais, estimulando as importações.
 
Em contrapartida, o dólar voltou a ganhar força, frente aos entraves na economia mundial e a atenção voltada aos riscos ficais no Brasil em meio a anúncios do governo federal de novos auxílios, o que tende a agir no sentido contrário e desfavorecer as importações.
 
Fortalecendo o estímulo às importações, têm-se os preços dos derivados lácteos no mercado interno, que estão operando em patamares elevados, devido ao cenário de baixa disponibilidade de leite no mercado, o que também desestimula as exportações, visto que pode ficar mais viável comercializar os produtos no mercado interno em detrimento de negociar no mercado internacional. Este cenário altista para os produtos lácteos ainda persiste e poderemos observar novos aumentos nos preços, pelo menos a curto prazo.
 
Nesse cenário, mesmo com alguns fatores atuando contra às importações, como a elevação na taxa de câmbio, o produto importado ainda é competitivo, e espera-se que as importações sigam ganhando força nos próximos meses e que a janela de exportações continue fechada. (Milkpoint)

Preços mínimos de produtos da safra de verão são atualizados
 
Os preços mínimos para os produtos da safra de verão e culturas regionais estão atualizados. Os novos valores foram publicados nesta quarta-feira (6), na Portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento n.º 452 no Diário Oficial da União (DOU). 
 
Os reajustes tiveram variação de 9,09% a 107,35%, a depender do produto e região. Os novos valores valem para a safra 2022/23 e são fixados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de acordo com a proposta enviada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para as sugestões dos novos preços, foram considerados custos variáveis de produção, além de outras condições de mercado. 
 
O aumento dos custos com fertilizantes foi o principal fator que influenciou na elevação dos custos. Com isso o preço mínimo para o algodão, por exemplo, teve um reajuste de 45,82%, com o valor para a pluma de R$ 120,45. Já para o milho o acréscimo varia de 67,67% nos estados de Mato Grosso e Rondônia a 107,35% nos estados de Roraima, Amazonas, Amapá, Acre e Pará. 
 
Já para a soja, o reajuste chega a 74,1%. No caso do arroz longo fino em casca cultivado no Rio Grande do Sul, principal estado produtor, a elevação é de 44,53%, saindo de R$ 45,30 para R$ 65,47; enquanto que para o feijão cores a correção chega a 78,95% e o feijão preto chega a 66,47%.  A Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) é uma importante ferramenta cujo objetivo é diminuir a variação de renda dos produtores rurais e assegurar uma remuneração mínima, funcionando, assim, como um seguro de preços para o produtor. Uma vez que estimula o agricultor a produzir, a política também promove a regularidade do abastecimento nacional. Nessa política, caso o preço do produto no mercado fique abaixo do mínimo, o governo, por meio da Conab, deve agir de forma a garantir uma remuneração mínima ao produtor, ao mesmo tempo em que estimula a reação de preços no mercado.  
 
Acesse a íntegra da Portaria n.º 452 para saber os valores reajustados de todos os produtos contemplados.  (MAPA)


Jogo Rápido 

Languiru oportuniza nova formação em gestão e sucessão 
Em junho teve início o Programa de Formação em Gestão e Sucessão de Cooperativas. Na edição 2022 a formação agrupa os conteúdos trabalhados até então em dois cursos distintos de formação de líderes e de sucessão familiar promovidos pela Languiru. A turma conta com 24 participantes, integrantes do núcleo familiar de associados e empregados da Cooperativa. Realização da Languiru, o curso conta com a execução da Univates e apoio do Sescoop/RS. Os encontros serão quinzenais, com aulas nas quintas-feiras, na Associação dos Funcionários da Languiru, em Teutônia, estendendo-se até novembro. O presidente da Languiru, Dirceu Bayer, prestigiou a aula inaugural, acompanhado do vice-presidente Cesar Wilsmann. “É muito bom ver este grupo buscando a qualificação e se habilitando para ocupar posições importantes nos Conselhos de Administração e Fiscal da Languiru, visto que o curso é pré-requisito para essa condição. A base de tudo é o estudo, o investimento nas pessoas vale a pena e garante futuro promissor à Languiru e às propriedades rurais”, disse. O vice-presidente acrescentou que a formação contribui significativamente para a profissionalização do campo. “Gerenciar uma propriedade com base no conhecimento é fundamental”, disse Wilsmann. A primeira aula foi ministrada pelo professor Albano Mayer, que abordou gestão, liderança, sucessão e conceitos do cooperativismo. “A Languiru dá mais um importante passo na preparação de gestores e lideranças, seja na propriedade rural ou na Cooperativa”, frisou. O conteúdo programático ainda prevê o debate sobre governança; sentimentos e emoções na gestão de pessoas; direito e legislação cooperativa; sistemas de controle e avaliação das cooperativas; sistemas de produção e logística; noções de contabilidade e análise de demonstrações contábeis; relações familiares e gestão de conflitos; gestão estratégica e análise de investimentos; gestão da inovação; gestão de projetos; vivencial e trabalho aplicado na Cooperativa. (Languiru)


 
 
 

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Porto Alegre, 06 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.696


Uruguai – Campeões mundiais no consumo de lácteos

Consumo/UR – O consumo de lácteos no Uruguai continua aumentando e o nível alcançado é o dobro do consumo médio mundial, segundo um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA).

“No Uruguai são consumidos 266 litros de leite por pessoa por ano, se considerarmos o leite fluido e os derivados. Em 1999 eram 202 litros e desde então, anualmente os uruguaios consomem dois litros mais do que no ano anterior”, explicou o agrônomo Santiago Fariña, diretor do Programa de Leite do INIA

O profissional destacou que esse registro “chama a atenção, porque é mais do dobro do consumo de leite per capita do resto do mundo e um dos mais altos da América Latina”.

As cerca de 3.000 fazendas leiteiras distribuídas em todo o país ordenham por ano 2 bilhões de litros de leite que são processados pela indústria e pelas queijarias artesanais.

De tudo o que é produzido, sempre com base na informação do INIA, 70% é exportado e 30% comercializado no mercado interno, onde o consumo per capita de lácteos é o dobro do resto do mundo

Tendo isso como marco, o INIA tem como objetivo trabalhar para manter essas cifras com um produto de maior qualidade e produzido em sistemas mais sustentáveis.

O que se produz com o leite?

O queijo é o protagonista entre os lácteos em termos de consumo interno e é o produto que absorve 20% de todo o leite produzido anualmente. O produto mais industrializado é o leite em pó, que absorve 50% do leite, e em seguida vem o leite fluido que consome 10% da produção. A manteiga representa 7% e o resto é destinado a outros produtos (sorvetes, iogurtes, doce de leite entre outros).

Quanto à qualidade do leite uruguaio, Fariña detalhou que 90% é processado pela indústria, que se encarrega de avaliar a inocuidade, a ausência de antibióticos e o teor de sólidos, que são os que contêm os aportes nutricionais.

“É importante esclarecer que os produtores de leite recebem o pagamento em função dos sólidos do leite, não pela quantidade de litros. Um leite com poucos sólidos é perda para o produtor, o consumidor e também para a indústria”, explicou.

Com milhões de toneladas de leite anuais, o Uruguai atualmente produz duas vezes mais do que pode consumir internamente. Daí, 70% é exportado para mais de 60 países, sendo Brasil, Argélia e China os principais compradores do último ano.

Um de cada três é excedente

“Nosso leite é de exportação e isso é particular na América Latina, onde somente dois outros países têm mais leite do que consome sua população: Argentina e Costa Rica. O resto produz unicamente para o abastecimento interno”, destacou Fariña.

Sustentabilidade, automação e robotização

A intensificação produtiva e a sustentabilidade são objetivos chave para os pesquisadores do INIA, que buscam soluções que favoreçam toda a cadeia a nível econômico, social e ambiental. No econômico, se centram em desenvolver sistemas com alta eficiência no uso de pastagens e em melhorar a saúde e o conforto das vacas. Também trabalham em um sistema de avaliação genética para que os produtores contem com informações para selecionar touros cujas bezerras produzam leite de maior qualidade, sejam mais férteis, vivam mais tempo e adoeçam menos.

No social, o instituto estuda alternativas tecnológicas como a automação e a robotização que facilitam tarefas e rotinas da fazenda, e assim conseguir melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e tornar mais atrativa a produção de leite para as novas gerações.

Em matéria ambiental, o foco do INIA é obter a autossuficiência dos sistemas, para que não requeiram insumos externos e melhorar o balanço de nutrientes na própria fazenda e gestão de resíduos, de forma a preservar os recursos naturais: solo e água.

“O Uruguai é pioneiro na América Latina em cuidado ambiental nos sistemas produtivos, um pouco por seu perfil exportador, que o faz ficar atento ao que se passa no mundo, e também porque tivemos alertas cedo, com o problema de efluentes no rio Santa Lucía em 2013, que nos fez ver que teríamos que tomar medidas concretas, como o Plano de Uso e Manejo de Solos que temos hojes”, destacou Fariña.

O especialista lembrou que “mais na frente vai determinar a forma como se trabalha nos campos e se produz leite em geral estará relacionado não somente com os consumidores e mercados, mas também com os vizinhos e a população que passar pelas rodovias e denunciar quando os campos não estiverem de acordo”.

Neste sentido, destacou a oportunidade de envolver a sociedade no mundo rural nas discussões sobre produção de alimentos, saúde e sistemas agropecuários.

Diante disso, Fariña disse que “o principal objetivo da ciência deve ser contribuir para que os produtores possam ter renda estável a partir de sistemas que sejam o mais parecido com a natureza em seu estado original, cuidando dos recursos naturais, com animais pastando ao ar livre e reduzindo a necessidade de utilizar insumos externos”.

“Entretanto faltam muitas coisas para melhorar e, nós das ciências estamos trabalhando para conseguir, porque o objetivo é manter a produtividade e a qualidade do leite uruguaio, assegurando a sustentabilidade de toda a cadeia”, concluiu. (Fonte: El Observador - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Balança comercial de lácteos: importações seguem ganhando força

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (05/07) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -75 milhões de litros em equivalente-leite no mês de junho, uma diminuição de 23 milhões, ou aproximadamente 43,6% em comparação ao mês anterior.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (junho/2021), o saldo deste ano também foi mais negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -52 milhões de litros, representando uma diferença de aproximadamente 24 milhões de litros, ou 45,7%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

Após uma forte queda entre abril e maio, novamente ocorreram recuos nas exportações. O período apresentou um decréscimo de -3,6 milhões de litros no volume exportado, representando um recuo de 32%. Ao se comparar com 2021, o cenário é ainda mais destoante, ocorrendo um decréscimo de -11,2 milhões de litros, representando um recuo de aproximadamente -58,9% no volume exportado no período. Sendo assim, o cenário desfavorável às exportações se manteve em junho, ocorrendo decréscimos no volume exportado de produtos lácteos.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Do lado das importações, o cenário de ganho de competitividade dos produtos internacionais refletiu em altas nos volumes destinados a estas negociações. O mês de junho apresentou um aumento de 30% nas importações, com um acréscimo no volume de importações de 19,3 milhões de litros em equivalente-leite.

Analisando o mesmo período do ano passado, também nota-se um aumento entre os volumes importados; em junho de 2021, 70,7 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2022 esse valor teve uma variação positiva de aproximadamente 18%, totalizando um aumento de 12,5 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos, o que pode ser observado no gráfico a seguir:

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Esse aumento nos volumes importados e recuo das exportações acarretaram um saldo mais negativo da balança comercial de lácteos para o mês de junho, apresentando o resultado mais negativo do ano, até o momento, e o menor valor desde novembro de 2021.

Este cenário se formou devido alguns fatores-chave, tais como: os recuos apresentados nos preços internacionais, a baixa disponibilidade de leite no Brasil e os preços dos derivados lácteos no mercado interno, que estão operando próximos de máximas históricas.

Em meio a menor demanda chinesa frente a política de controle da covid-19 no país e temores de uma possível recessão econômica mundial, os preços dos derivados lácteos no mercado internacional vêm emplacando baixas.

Esse fato associado a baixa disponibilidade de leite no mercado interno, que vem impactando nos preços, e impulsionando os valores para próximo de máximas históricas, trouxe um ganho de competitividade para os produtos internacionais, o que refletiu em maiores negociações de importações. 

Desta forma, mesmo em meio ao avanço do dólar nas últimas semanas, o mês de junho se mostrou favorável as negociações de importação e manteve a janela de exportações fechada.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em junho, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 92% do volume total importado. O leite em pó integral teve uma elevação de 95% em seu volume importado. Além do leite em pó integral, os produtos que tiveram maiores variações com relação à importação foram o soro de leite, os queijos e as manteigas, com aumentos de 20%, 23% e 14%, respectivamente.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o leite UHT, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 81% da pauta exportadora. O leite em pó integral teve um recuo de 95% em seu volume exportado, e o soro de leite um recuo de 100%.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de junho deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em junho de 2022. 

As informações são do Milkpoint

Relatório detalha efeitos do La Niña no mercado global de grãos

Um novo relatório da hEDGEpoint Global Markets avalia os impactos do La Niña nas culturas da soja, milho e trigo. Segundo a companhia, o atual padrão é classificado como Ativo, o que significa que o clima global está sob influência. O fenômeno deve se prolongar no mês de junho, enfraquecendo entre julho-agosto, com impacto nas lavouras de grãos ao redor do mundo.

“Por um lado, a primeira leitura do USDA para a safra 22/23 (a última neste momento) já penalizou a produtividade de milho dos EUA pelos atrasos no plantio, projetando-a 2,2% abaixo da tendência”, avalia Pedro Schicchi, analista de Grãos e Proteína Animal da hEDGEpoint Global Markets. “Por outro, os rendimentos de soja foram projetados em 1,2% acima da tendência neste mesmo relatório”, acrescenta.

Soja e Milho

Os analistas destacam que a janela junho-agosto é marcada pela estação de cultivo nos países do Hemisfério Norte, a saber, EUA e Ucrânia. Nos anos em que ocorre o La Niña, geralmente há secura e calor no Centro-Oeste dos EUA. Embora haja um ganho de produtividade na soja este ano, os rendimentos costumam cair 1,7% (milho) e 1,3% (soja) no histórico do fenômeno.

Na Ucrânia, ao contrário dos EUA, o La Niña tem uma correlação relativamente alta com precipitação acima da média em algumas regiões do Leste Europeu. Em anos análogos, os rendimentos tiveram alta, em média, de 7,5%. Mas o clima não é a preocupação dos produtores ucranianos nesta safra.

A invasão russa impõe questões operacionais, como escassez de mão de obra, insumos e capacidade de armazenamento. Dessa forma, espera-se que a produção de milho do país reduza em 40 a 50%. Atualmente, espera-se que os rendimentos caiam 22% abaixo da tendência. Ainda assim, embora provavelmente não mude a situação atual dos produtores ucranianos, um clima favorável também não prejudica.

Trigo

O mercado de trigo tem muitas preocupações quanto à produção de inverno no Mar Negro, mas o La Niña provavelmente não será uma delas, dado que a colheita já está em andamento na janela analisada (jun-ago). Nas Américas, a Argentina provavelmente terá o inverno mais frio já registrado no começo do ciclo de crescimento após o plantio em julho, enquanto os níveis de chuva tendem a se manter estáveis.

Se o padrão verificado nos últimos anos com ocorrências se repetir, não se deve esperar que o La Niña tenha um grande papel cortando produtividades nas lavouras argentinas. Outros fatores, como a falta de fertilizantes e competição de área com o sorgo, têm mais chance de reverter a tendência de crescimento do trigo no país.

Nos EUA, a situação é parecida com a Rússia: o La Niña deste ano deve chegar tarde demais para comprometer a performance do trigo de inverno. Os impactos maiores tendem a recair sobre a safra de primavera, que corresponde a em torno de 30% da produção total. “Qualquer dano maior à safra de primavera adicionaria mais pressão para um mercado que já está estressado, dado que acrescentaria às tensões geradas pelas más condições da safra de inverno”, disse David Silbiger, analista de Commodities da HedgePoint Global Markets.

As informações são do Agrolink, adaptadas pela Equipe MilkPoint.


Jogo Rápido 

Por que participar do MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade?
A sustentabilidade deixou de ser uma pauta do passado e distante. Ela já e realidade e indispensável para o futuro. Mundialmente, a preservação como meio ambiente e manutenção dos recursos naturais são pautas pulsantes no tripé ambiental da sustentabilidade. No setor lácteo, as ações ambientalmente sustentáveis já permeiam todos os elos da cadeia produtiva. Nas fazendas de leite, do Brasil e do mundo, a adoção de práticas em prol do meio ambiente inclui, o uso de dejetos para adubação, fontes alternativas de energia, reaproveitamento da água das chuvas, uso de bioinsumos, e a produção de biogás a partir dos dejetos dos animais, entre outros. Por ser um assunto relativamente recente, muitos produtores, técnicos e outros profissionais envolvidos no setor, têm dúvidas de como aplicar na rotina das fazendas de leite as alternativas sustentáveis de produção. Por isso, criamos o MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade. Um evento único, inédito e exclusivo sobre o assunto. Associados do Sindilat/RS têm 30% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint adaptado Sindilat/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 05 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.695


O leite fornece micronutrientes essenciais, dirigidos para uma dieta saudável

Leite segundo a FAO - No mês passado foi comemorado o Dia Mundial do Leite. Para chamar atenção sobre a importância desse alimento a FAO fez um cartaz ressaltando suas principais  qualidades e a importância de seus nutrientes na saúde humana. O Cálcio mantém a saúde do coração e dos ossos. A Vitamina A ajuda o corpo a se recuperar mais rápido de doenças, além de ser importante para os olhos, pele, intestino e pulmão.  (Fonte FAO Tradução livre: www.terraviva.com.br)



GDT - Global Dairy Trade 

Fonte: GDT - Global Dairy Trade adaptado Sindilat

 

Primeiro final de semana de Festiqueijo, em Carlos Barbosa, atrai 4,1 mil pessoas

Tradicional festa da Serra gaúcha ocorre até o final de julho

O primeiro final de semana da 31ª edição da Festiqueijo reuniu mais de 4,1 mil pessoas em Carlos Barbosa. O número traz expectativa otimista para superar a projeção de público da tradicional festa da Serra gaúcha, que vai até 31 de julho, sempre de sexta a domingo. A organização espera ter 20% a mais de visitantes do que a edição de 2019, que reuniu 29 mil pessoas.

Como relata Fábio Basso, secretário municipal do Turismo de Carlos Barbosa, o sábado foi o dia mais movimentado, com mais de 2,2 mil visitantes. O diretor do Festiqueijo acredita que o tempo agradável no dia animou os turistas a participarem da festa.

 — Percebemos muitas pessoas circulando não apenas no Festiqueijo, mas ao redor do evento, principalmente na Vila das Etnias e na Feira de Compras de Carlos Barbosa. Conversei com expositores e também estão felizes, porque conseguiram vender bastante produtos  — descreve.

A principal atração da 31ª edição da tradicional festa é o verdadeiro banquete servido no Salão Paroquial da Igreja Matriz de Carlos Barbosa. Os 23 expositores, juntos, servem cerca de 40 tipos de queijos, 30 rótulos de vinhos e 25 de espumantes, além de pratos tradicionais como polenta brustolada com queijo e galeto. Há ainda opções doces como sorvetes e churros de doce de leite.

Uma novidade para a retomada do Festiqueijo em 2022 é a Vila das Etnias. A atração externa, com acesso gratuito, homenageia os imigrantes que povoaram Carlos Barbosa, como os italianos, alemães e poloneses. A organização comemora que o espaço, dividido em casas que apresentam as tradições de cada nacionalidade, é bem recebido entre os visitantes do festival gastronômico.

 — Muitos turistas se surpreendem, porque a Vila das Etnias é um resgate da cultura dos povos. As cinco casas têm toda parte da história, como mobiliário e comida típica, e quem entra nas casas, tem uma aula de cultura. Os turistas, principalmente os que não conhecem a região, ficam muito surpresos com o que é oferecido  — conta Basso.

Excursões se destacam no primeiro final de semana

Um bom sinal para o Festiqueijo superar a meta de público são as excursões em grupo. No primeiro sábado de festa, foram 30. Para o segundo final de semana, o evento espera 60 grupos. Os turistas são de outras regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

 — Neste sábado, tivemos 30 grupos de excursões, totalizando mil pessoas que vieram para cá. Para a semana que vem, nós temos a previsão do dobro de grupos  — informa o secretário de turismo.

No segundo final de semana, os visitantes também poderão se divertir com a 11ª edição da Olimpíada Colonial e com o Pedal Festiqueijo. Nos jogos, os competidores se divertem com provas como revezamento de salame, transporte de leite, cabo de guerra, debulhar milho, entre outras disputas. Por conta do mau tempo deste domingo, a organização passou a atração para o dia 10 de julho. (Zero Hora)


Jogo Rápido 

PIB do Rio Grande do Sul segue sob impacto da seca
Os prejuízos causados pela estiagem deste ano à agropecuária gaúcha, somados aos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia e da pandemia de Covid-19, à escalada da inflação e à expectativa de baixo crescimento no Brasil, apontam um cenário desafiador para a economia do Rio Grande do Sul nos próximos meses. A análise é do Boletim de Conjuntura, divulgado ontem pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). O documento projeta para o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado no segundo trimestre uma queda ainda mais acentuada do que a verificada nos primeiros três meses do ano. Isso porque de abril a junho é contabilizada a maior parte da produção de soja, que sofreu perdas de 53,5% em 2022. No primeiro trimestre do ano, a economia gaúcha recuou 4,7% frente ao mesmo período de 2021 e 3,8% na comparação com os últimos três meses de 2021. Elaborado pelos pesquisadores Fernando Cruz, Martinho Lazzari, Tomás Torezani e Vanessa Sulzbach, o boletim confirma as perspectivas já indicadas em abril, de potencial efeito negativo da estiagem nas atividades ligadas ao campo e em segmentos da indústria e dos serviços. Na indústria de transformação, a mais significativa da economia do Estado, a tendência é um ritmo de crescimento lento nos próximos meses, em reflexo das perdas na agropecuária e do baixo dinamismo da economia nacional e internacional. O comércio também deve ser afetado pelos mesmos fatores. “No interior do Estado principalmente, o desempenho das vendas do comércio está relacionado com o comportamento do setor primário”, diz Vanessa Sulzbach. De janeiro a maio, as vendas de produtos agrícolas despencaram 34,8%, de acordo com o documento do DEE. O maior impacto veio da retração das vendas de soja para a China, que significou 1,3 bilhão de dólares a menos em receitas em termos absolutos no período. (Correio do Povo)

 
 
 

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Porto Alegre, 04 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.695


Futuro aponta para alianças entre cooperativas
 
Ao contrário de muitos modelos de negócios que não conseguiram sobreviver ao turbilhão de mudanças desencadeadas pelo coronavírus, as cooperativas agropecuárias gaúchas saíram fortalecidas da pandemia. Representado por 121 organizações registradas no Rio Grande do Sul, o segmento emplacou uma receita de R$ 51 bilhões no ano passado, em um salto de 45,9% em relação ao faturamento alcançado em 2020, de acordo com dados do Sistema Ocergs/Sescoop/RS, divulgados no dia 28 de junho. Neste ano, apesar da valorização dos produtos agrícolas, a disparada dos custos operacionais expôs o sistema a um novo teste de resistência.
 
No topo da lista de preocupações dos cooperados, estão os aumentos de preços de combustíveis e fertilizantes, afirma o presidente da Ocergs, Darci Hartmann. A solidez do segmento também foi colocada à prova pelos impactos da estiagem nas culturas de verão, que em algumas regiões do Estado significaram perdas de 80%, obrigando os produtores a renegociar dívidas e a buscar fontes de recursos para financiar a lavoura de inverno. “A resiliência das cooperativas é muito grande. Se tivermos uma boa safra de trigo e depois uma boa safra de soja, conseguimos resolver parte desses desafios”, avalia Hartmann.
 
Segundo o presidente da Ocergs, muitas organizações do setor reagiram ao cenário adverso dos dois últimos anos estabelecendo alianças regionais, tendência que deve se acentuar nos próximos anos. “Para crescer, temos de fazer negócios em conjunto, reduzir custos operacionais, ganhar escala e, acima de tudo, enxergar oportunidades que, muitas vezes, uma cooperativa sozinha não enxerga”, diz Hartmann.
 
O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro-RS), Paulo Pires, destaca o papel decisivo da industrialização no fortalecimento das organizações. Hoje, 60 das cooperativas no Estado desenvolvem alguma atividade agroindustrial como forma de agregar valor à produção dos cooperados – de fábricas de farinha, rações animais e fertilizantes a grandes unidades de laticínios e plantas frigoríficas. “No caso do leite, industrializamos praticamente tudo o que recebemos dos produtores. Já nos grãos, vemos movimentos para agregar valor”, afirma Pires.
 
Para o dirigente, a aposta na industrialização deve ganhar ainda mais força no Estado. Esse caminho, porém, pode se revelar mais complexo para as pequenas organizações do segmento, que necessitam de ganhos de escala para diluir os custos de uma operação industrial e se manter competitivas. “Então, é quase um processo excludente: ou a pequena cooperativa se alia a uma maior ou fica fora desse processo”, observa Pires.
 
Um dos pesos-pesados do cooperativismo no país, com 30 organizações reunidas sob sua marca, mais de 170 mil produtores associados e receita de R$ 34,7 bilhões em 2021, a gaúcha CCGL é um exemplo claro dessa vocação industrial do setor. Na sequência de um projeto para duplicar sua capacidade de processamento de leite, hoje de 2,2 milhões de litros diários, a organização de Cruz Alta concluiu neste ano a construção de uma unidade de leite condensado, que recebeu investimentos de cerca de R$ 70 milhões. Agora, planeja fortalecer o portfólio de produtos, segundo o presidente da cooperativa, Caio Vianna.

“Deixamos a planta de laticínios preparada para os próximos cinco anos, talvez não precisemos fazer nenhuma ampliação”, diz. A busca de sustentabilidade é outro foco da cooperativa, que está montando uma usina de energia solar com capacidade de 3,4 MW. “Serão cerca 7 hectares de painéis fotovoltaicos, e pretendemos até o final do ano estar com isso instalado para (suprir) quase toda a nossa necessidade de energia”, detalha o executivo. Os planos incluem ainda ampliação dos terminais graneleiros Termasa e Tergrasa, operados pela CCGL no Porto de Rio Grande e responsáveis pela movimentação de 10 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021. No projeto, a organização planeja investir mais de R$ 700 milhões em recursos próprios. “As áreas de soja estão aumentando muito na Metade Sul. Precisamos ter saída e capacidade de expedição das safras agrícolas”, afirma Vianna. (Correio do Povo)

  
De Cruz Alta, a CCGL, que reúne 30 cooperativas, é um exemplo do potencial industrial do setor, tendo atingido mais de R$ 34,7 bilhões em receita no ano de 2021 e operando atualmente uma capacidade de processamento de leite de 2,2 milhões de litros por dia (Foto: MARKETING CCGL/DIVULGAÇÃO)


Regulamentação ambiental do Farm to Fork paralisa a produção de leite da UE

O USDA acredita que a regulamentação ambiental na Europa significa que o 'pico' de produção de leite foi alcançado no bloco em 2020. Ele previu a produção de leite de vaca da UE-27 de 144,6 milhões de toneladas até 2022, uma diminuição de 434.000 toneladas. em comparação com 2021 e 836.000 toneladas. abaixo de 2020. O número de vacas na UE-27 diminuiu mais de 1,4 milhão de cabeças desde 2016, incluindo uma perda de 800.000 cabeças desde 2019 , revelaram dados do USDA. "Aumentos contínuos ano após ano na produtividade (litros/vaca) não podem compensar essa perda de vacas leiteiras . "
 
A introdução de iniciativas Farm to Fork e mudanças na Política Agrícola Comum provavelmente agravarão a situação em 2023 e além , previu o relatório executivo.
 
“Os especialistas da indústria de laticínios da UE esperam que a produção de leite da UE diminua ainda mais em 2023 e além, quando a nova PAC e as condições do Farm to Fork exigirem que os produtores de leite da UE ajustem seus sistemas de produção.
 
“Do ponto de vista político, com o impacto do Brexit e do COVID-19 nos mercados de laticínios europeus agora atrás de nós, a implementação das novas iniciativas CAP e F2F em 2023 dominará as preocupações dos setores de laticínios da UE. O fortalecimento das políticas ambientais e de mitigação climática da UE apenas aprofundará essas preocupações ”.
 
Mas nem tudo são más notícias para os produtores de leite. Fora do leite de vaca, o USDA notou um aumento na produção, com “valorização do consumidor” por produtos lácteos derivados de cabras e ovelhas, principalmente queijos , apoiando a expansão.
 
Enquanto a produção de leite de vaca está sentindo a pressão das altas proteções ambientais, a produção de queijo deve aumentar este ano devido ao aumento do consumo . “A produção de queijo é o uso preferido das fábricas de laticínios da UE-27, e espera-se que essa tendência continue à medida que várias novas fábricas de queijo surgiram nos últimos anos. Principalmente para produzir mussarela industrial para a indústria de processamento de alimentos . O consumo de queijo na UE continua a aumentar ano a ano e deve continuar até 2022, mas a um ritmo mais lento devido ao aumento dos preços.
 
Os produtores da UE beneficiam do grande apetite do consumidor por queijos locais e protegidos pelo regime de Indicadores Geográficos (IG) . Isso “está ficando mais forte”, com “retornos mais altos para processadores e produtores locais”.
 
No entanto, com suprimentos limitados de leite cru, o USDA disse que "isso ocorre às custas da produção de manteiga, leite em pó desnatado (NFD) e leite em pó seco integral (WDP) " . Isto, prosseguiu o órgão do governo norte-americano, traduz-se numa diminuição das exportações e do consumo interno de manteiga, LPD e LPE, e num aumento dos preços no mercado da UE.
 
“Como os especialistas em laticínios antecipam uma nova onda de produtores de leite potencialmente saindo do setor, os principais players do setor já estão adaptando seus planos e estratégias corporativas à medida que se ajustam a essas novas realidades políticas da UE. Os suprimentos de leite disponíveis são redirecionados para seus interesses mais lucrativos e estratégicos no mercado doméstico e de exportação .” (Traduzido pela OCLA do boletim Dairy Reporter por Katy Askew)
 
 
União Europeia – Acordo da Nova Zelândia
 
Ontem, último dia da Presidência francesa, o acordo comercial entre a UE e a Nova Zelândia foi alcançado após 4 anos de negociações. Segundo estimativas da Comissão Europeia, com este acordo, o comércio bilateral poderá crescer até 30% com um potencial aumento nas exportações anuais da UE de até 4.500 milhões de euros.
 
Embora a CE o apresente como uma grande oportunidade para o setor agroalimentar, a COPA-COGECA (representação de agricultores e cooperativas da União Europeia), considera que este é o grande perdedor do acordo:
 
A CE destaca como uma conquista que as tarifas serão removidas desde o primeiro dia sobre as principais exportações da UE, como carne de porco, vinho e espumante, chocolate, doces e biscoitos. Para a COPA-COGECA, suínos e vinhos da UE já estão entrando no mercado neozelandês e não acreditam que haja muito espaço para crescimento.
 
Quanto aos produtos sensíveis , como diversos produtos lácteos , carne bovina e ovina, etanol e milho doce, a CE defende que apenas importações tarifárias zero ou reduzidas serão permitidas em quantidades limitadas . Para a COPA-COGECA, o acordo significa aumentar as cotas tarifárias já existentes para produtos sensíveis .
 
A Nova Zelândia já tem acesso ao mercado comunitário por 75.000 toneladas. de banha e 11.000 toneladas. de queijo, que aumenta com o acordo em 15.000 toneladas. de banha, 25.000 toneladas. de queijo, 15.000 toneladas. de leite em pó, o que aumentará substancialmente a pressão do mercado. 

Em azul, a cota tarifária existente e em vermelho, a cota adicional acordada no acordo. (Extraído e traduzido pela OCLA da Agrodigital)


Jogo Rápido 

Falta 1 mês para o Interleite Brasil 2022, junte-se aos 1000 inscritos!
 É isso mesmo que você leu, o tempo passou voando e falta apenas 1 mês para a volta do melhor e mais completo evento da cadeia láctea nacional, o Interleite Brasil! Com os apoios do Sistema Faeg/Senar - GO e do Sebrae-GO, nos dias 03 e 04 de agosto, em Goiânia, e também online, pela primeira vez em formato híbrido, o Interleite Brasil chega a sua 20ª edição para fazer deste momento um marco na história do leite brasileiro! O Interleite Brasil 2022 contará com uma grade de palestrantes formada por técnicos, produtores e especialistas, distribuídos em 5 painéis temáticos, totalizando 23 palestras e 14 horas de conteúdo. Serão abordados temas envolvendo sistemas de produção e rentabilidade; índices de eficiência econômica e produtividade; mercado do leite; gestão de pessoas e processos; tecnologia, agenda ambiental e das mudanças estruturais na produção de leite do país. Qual o retrato atual e o que esperar do futuro? Quais as oportunidades no mercado para quem quer se preparar? Se você pensou em ser um agente de transformação do leite brasileiro e fazer parte do futuro, o Interleite Brasil 2022 é o seu lugar! Confira a programação e faça sua inscrição, só falta um mês! Junte-se aos 1000 inscritos no Interleite Brasil 2022! Vamos juntos? Associados do Sindilat/RS têm 20% de desconto. (Milkpoint)

 
 
 

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Porto Alegre, 01 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.694


Festiqueijo celebra em julho o produto que está inserido no DNA de Carlos Barbosa

Evento chega à 31ª edição e ocorre nas sextas, sábados e domingos no Salão Paroquial da Igreja Matriz

A produção caseira dos imigrantes italianos, alemães, suíços e poloneses que chegaram a Carlos Barbosa no século passado transformou, ao longo dos anos, o município da Serra Gaúcha em sinônimo de leite e queijos da melhor qualidade. Movida atualmente por cinco mil associados que fornecem os cerca de 800 mil litros de leite processados por dia pela Santa Clara, a cooperativa de laticínios mais antiga em atividade no Brasil, foi determinante para fazer da cidade uma referência na produção dos derivados.

Não é à toa que desde 1975, incentivada pelos cooperados, Carlos Barbosa celebra sua expertise e evolução no manejo da matéria-prima que está enraizada nas origens de suas famílias. Criada a partir da Festa do Leite, o Festiqueijo chega à 31ª edição nesta sexta-feira (1º) com a expectativa de receber 30 mil visitantes e apresentar o que de melhor as 10 queijarias do município podem oferecer. Para acompanhar as iguarias, nove vinícolas da região também estarão dispostas no Salão Paroquial da Igreja Matriz, no centro da cidade.

— É um evento diferenciado, o consumidor tem a oportunidade de provar toda a nossa linha de produtos e as queijarias podem ter um canal direto com o consumidor final — resume o empresário Daniel Cichelero, 44 anos, que não esconde o fato do sucesso da Cooperativa Santa Clara ter sido o despertar da verdadeira vocação das propriedades que, décadas atrás, se dedicavam ao cultivo da batata.

Nascido na Linha Doze, no interior de Carlos Barbosa, Cichelero cresceu ordenhando vacas manualmente ao raiar do dia e vendo seus pais venderem a pequena produção de leite para financiar o cultivo do tubérculo. Foi com a receita da família que fabricava queijos coloniais para consumo próprio que investiu aos poucos no produto que ganhou o seu sobrenome e hoje figura nas prateleiras das principais queijarias da Serra.

— Intensificamos a produção de leite no início dos anos 2000. Começamos com iogurte, doce de leite e queijo, que veio a se tornar o grande motivador dos investimentos. Fomos aumentando a produção de leite para fazer mais queijo e assim nos tornamos o que somos hoje — afirmou. 

Deu certo. O negócio administrado junto do irmão Evandro Cichelero, 50, conta atualmente com um rebanho de 366 animais, 150 deles em lactação. A produção que iniciou com 200 litros de leite por dia evoluiu para os atuais 5,5 mil litros em uma cadeia produtiva 100% própria, que utiliza até o azevém, plantado na propriedade, como alimento das vacas holandesas.

A trajetória da família Cichelero é somente mais contemporânea do que aquela que iniciou em 1912, pelos devotos de Santa Clara e que hoje emprega 2,2 mil funcionários em três unidades espalhadas pelo Estado. Segundo o diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, a história começou em uma forma de queijo de 15,6 quilos e, 110 anos depois, se transformou em 47 produtos apresentados em mais de uma centena de variedades. História que motiva orgulho e não entende como concorrentes as queijarias que elevam a economia de Carlos Barbosa. 

— Concorrente é aquele que não pratica de forma correta. Agora, aquela indústria que faz um produto e respeita a legislação não é concorrente, é um parceiro que sabe valorizar o que produz — define Guerra, que vê no Festiqueijo a oportunidade de fortalecer os lançamentos do setor. 

Por 17 vezes a marca mais lembrada pelos gaúchos, a Santa Clara produz 600 toneladas de queijo por mês e leva ao evento todas as linhas de queijos para a degustação. Em 2022, destaque para a mussarela e burrata de bufála, queijo coalho com pimenta, queijo brie aquecido em pedra e iscas suínas temperadas com queijo gruyère que estarão a disposição dos visitantes.

Inovação
Quando a história mostra que a coragem de aumentar a produção premia o trabalho, as indústrias não dão passos para trás e seguem em busca de melhoramento. Seja na genética e no bem-estar dos animais, na produção do alimento ou na captação de novos mercados, o setor de laticínios não para em Carlos Barbosa. Na propriedade da família Cichelero, três vacas ostentam os prêmios de maior produtividade no concurso leiteiro da Expointer, e no concurso jovem da Fenasul.

O tratamento dado não só a elas, mas também aos cerca de 15 bezerros que nascem mensalmente na propriedade, e às 150 vacas lactantes é de última geração. A Granja Cichelero foi a primeira da América Latina a ter associados o sistema de ordenha robótica com sistema de ventilação cruzada, que mantém os animais em uma temperatura sempre abaixo de 18ºC.  

Instaladas uma em cada lado do galpão e avaliadas em R$ 800 mil, as máquinas importadas da Suécia estão à disposição das vacas e realizam a ordenha de forma automática, sem que nenhuma pessoa precise levar os animais até lá. Com 183 sensores, o robô calcula a quantidade de leite a ser retirada, higieniza os úberes e realiza a ordenha. 

— É o que há de mais moderno no setor. O que temos aqui é o mesmo que se vê em países da Europa conhecidos pelos queijos famosos — se orgulha Cichelero.  

Serviço 
O quê: 31º Festiqueijo
Quando: de 1º a 31 de julho, somente de sexta a domingo
Local: Salão Paroquial da Igreja Matriz de Carlos Barbosa
Horários: ssextas-feiras, das 14h às 23h; sábados, das 11h às 23h e domingos, das 10h às 17h

Ingressos: sextas-feiras e sábados, crianças de 8 a 12 anos pagam R$ 80 e, a partir de 13 anos, R$ 195. Aos domingos, de 8 a 12 anos pagam R$ 80 e, a partir de 13 anos, R$ 175. Crianças com menos de 8 anos têm entrada gratuita. Área Vip custa R$ 380 por pessoa em qualquer dia de evento. (Zero Hora)


Receita Estadual alerta para as alterações decorrentes da exclusão da Substituição Tributária a partir desta sexta (1º/7)

Medida implementada pela Receita Estadual atendeu demanda de diversos setores econômicos gaúchos

Conforme anunciado, atendendo a demanda dos setores econômicos e baseado em estudos econômico-tributários, a Receita Estadual está excluindo da Substituição Tributária (ST) as operações envolvendo oito grupos de mercadorias. A medida constou no Decreto Nº 56.541, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 9 de junho, e é válida a partir desta sexta-feira, 1º de julho de 2022.

Em função da alteração, a Receita Estadual destaca a importância de as empresas estarem atentas às alterações decorrentes da mudança. Para tanto, é fundamental que os contribuintes abrangidos adaptem os respectivos cadastros das mercadorias que a partir de 1º de julho de 2022 não serão mais submetidas à sistemática da ST, bem como seus sistemas de autorização de Nota Fiscal e de Escrituração Fiscal.

Sobre os impactos na NF-e/NFC-e e na GIA
As mercadorias abrangidas, a partir de 1º de julho de 2022, passam ser submetidas à sistemática tradicional de tributação (“débito x crédito” para o contribuinte da categoria Geral ou débito pela sistemática do Simples Nacional). Ou seja, na saída, mesmo que do contribuinte varejista a consumidor final, deverá haver o correto cálculo do imposto, pela determinação da base de cálculo de incidência do ICMS, a aplicação da correta alíquota interna, incluindo o Ampara, se for o caso, resultando no destaque do ICMS devido.

Naturalmente, o CST 60 (ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária) não deve mais ser utilizado na saída das mercadorias impactadas pela medida. Em função disso, a tag cBenef da NF-e/NFC-e, também não irá mais refletir a retenção prévia do ICMS. Por fim, o lançamento na GIA não estará mais vinculado a código da coluna “Outras”.

Setores e grupos de produtos abrangidos:

1. Aparelhos celulares e cartões inteligentes (Lv. III, Tít. III, Cap. II, Seção XXVII e Ap.II, S. III, XVIII);

2. Artigos de papelaria (Lv. III, art. 10, XVII, art. 35, "caput", nota 02, "q"; Tít. III, Cap. II, Seção XLII; Ap. II, S. III, XXXIII e Ap. III, S.II, VIII, "a", 14);

3. Produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos (Lv. III, art. 10, XIX, art.35, "caput", nota 02, "s"; Tít. III, Cap. II, Seção XLIV; Ap. II, S. III, XXXV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 16);

4. Artefatos de uso doméstico (Lv. III, art. 10, XV, art. 35, "caput", nota 02, "o"; Tít. III, Cap. II, Seção XL; Ap. II, S. III, XXXI e Ap. III, S.II, VIII, "a", 12);

5. Pneumáticos e câmaras de ar de bicicletas (Lv. III, art. 10, XI, art. 35, "caput", nota 02, "j"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXVI; Ap. II, S. III, XXVII e Ap. III, S.II, VIII, "a", 8);

6. Ferramentas (Lv. III, art. 10, VIII, art. 35, "caput", nota 02, "g&"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXIII; Ap. II, S. III, XXIV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 5);

7. Materiais elétricos (Lv. III, art. 10, IX, art. 35, "caput", nota 02, "h"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXIV; Ap. II, S. III, XXV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 6); e

8. Máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos (Lv. III, art. 10, XX, art. 35, "caput", nota 02, "t"; Tít. III, Cap. II, Seção XLV; Ap. II, S. III, XXXVI e Ap. III, S.II, VIII, "a", 17). (SEFAZ)

 

 

BOVINOCULTURA DE LEITE: Informativo Conjuntural da Emater/RS

A recorrência de precipitações e a manutenção do ambiente com excesso de umidade dificultam o manejo dos rebanhos leiteiros e tornam mais árdua a condução da atividade. O aspecto favorável é a tendência de nova recomposição do preço para o leite entregue em junho, com elevação no valor pago ao produtor, podendo aliviar o balanço entre custos e renda inerentes à produção, que, segundo os produtores, é um dos limitadores da atividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, os produtores de Alegrete relatam impacto na produtividade das matrizes devido à redução na oferta de forragem e das reservas limitadas de silagem. Foi priorizado o acesso às pastagens para as fêmeas em lactação. Na Campanha, ainda são notados efeitos do vazio forrageiro onde houve atraso na implantação das pastagens de aveia e azevém.

Na de Caxias do Sul, a situação do vazio forrageiro se agravou, e onde a alimentação é baseada em pastagens houve redução na produtividade ou tiveram que suplementar com silagem e ração proteica. Isso impactou negativamente no custo de produção.

Na regional de Ijuí, a produção de leite apresentou uma curva de crescimento do volume coletado em relação às semanas anteriores, mas dentro da normalidade para o período do ano, quando a oferta de alimentos, em especial das forrageiras de inverno, é mais abundante, além de ser uma época de concentração de partos, conforme planejado pelos produtores.

Na de Passo Fundo, a manutenção do excesso de umidade nos solos e a menor oferta das pastagens anuais de inverno fizeram com que os animais permanecessem por mais tempo na sala de alimentação, em locais de contenção ou em pastagens perenes e potreiros, exigindo a complementação e o ajuste das dietas para a manutenção dos níveis de produção e, assim, impactando na elevação dos custos de produção.

Na regional de Santa Rosa, a produção de leite diária apresentou uma pequena elevação em comparação com a semana anterior. Foram produzidos 1,726 milhão de litros por dia na região, mantendo a tendência de aumento na produção. (Emater/RS)


Jogo Rápido 

PREVISÃO METEOROLÓGICA: Os próximos sete dias terão pouca chuva na maior parte do RS
Na quinta (30/8) e sexta-feira (01/7), a presença de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas baixas e possibilidade de geadas, principalmente no Planalto, Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. No sábado (02/7) e domingo (03/7), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva na maioria das regiões. Entre a segunda (04) e terça-feira (05), a presença de uma área de baixa pressão vai manter a umidade e a chuva na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul, enquanto as demais regiões permanecerão com tempo seco e temperaturas amenas. pancadas de chuva na maioria das regiões. Na quarta-feira (06), a propagação de uma nova frente fria vai provocar chuva em todo Estado. Os totais de precipitação esperados são baixos e inferiores a 10 mm na maioria dos municípios do Estado. Na Campanha e Zona Sul os valores oscilarão entre 30 e 50 mm e poderão superar 60 mm em alguns municípios. Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. Clique aqui e acesse o Boletim Integrado Agrometeorológico 25/2022. (SEAPDR)