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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.881


Piá é a marca de leite mais lembrada e vence o prêmio Top of Mind

A Cooperativa Agropecuária Petrópolis Ltda, a Piá é a marca de Leite mais lembrada entre os consumidores gaúchos. O reconhecimento pelo 1° lugar no Top of Mind foi entregue pela Revista Amanhã, em cerimônia realizada na terça-feira (11/04), em Porto Alegre (RS). A empresa ainda se consagrou no ranking entre as marcas mais destacadas na categoria Doce de Leite. 

Associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), a Piá foi fundada em 1967, na cidade gaúcha de Nova Petrópolis. Além da unidade de processamento de leite e da unidade de processamento de frutas, conta ainda com duas fábricas de rações, dois centros de distribuição, dois postos de recebimento de leite, uma rede de supermercados e agropecuárias com 17 lojas. Atualmente, sua área de atuação abrange 85 municípios e a distribuição dos produtos concentra-se basicamente nos três estados do Sul e em regiões de São Paulo.

O prêmio Top of Mind chega a 33 edições revelando e premiando o ranking de marcas mais lembradas. É realizado pela Revista Amanhã e Engaje Pesquisas através de entrevistas com 1.200 consumidores de todas as regiões do Rio Grande do Sul, que foram captadas entre os dias 5 e 26 de janeiro de 2023. Veja todos os vencedores por categoria clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Indústria lança ofensiva para reanimar o consumo de leite

Empresas criam campanha para tentar aumentar as vendas

Depois de dois anos seguidos de baixa de vendas de leite longa vida - algo que essa indústria não viu em seu histórico recente no país -, as gigantes do ramo se uniram para investir R$ 12 milhões em um movimento para incentivar o consumo da bebida.Com a inflação e a queda do poder de compra das pessoas, as vendas de leite das integrantes da Associação Brasileira da Indústria de Lácteos Longa Vida (ABLV) caíram 5% no ano passado em comparação a 2021, chegando perto de 6,4 bilhões de litros, segundo uma estimativa prévia. O resultado oficial deverá sair em algumas semanas. Em 2021, o volume já havia recuado perto de 3,5%.

O cenário atual incentivou as indústrias a trabalharem numa ofensiva de comunicação, algo que não era levado adiante pela ABLV há pelo menos 15 anos. “Mas este [efeito do cenário macroeconômico] não é o único motivo”, disse Laércio Barbosa, presidente da ABLV. “O produto tem sofrido ataques nas redes, e a ideia é informar sobre a qualidade nutricional do alimento”.

Em época de creme de leite feito de arroz, carne de laboratório e uma miscelânea de novidades vistas no mundo alimentício, a ideia da indústria é entregar informações sobre a bebida, sem “fazer ataques” a outros segmentos, garante o dirigente.

Campanha
A partir deste domingo entra no ar a campanha “A vida pede leite”, que será veiculada em tevês abertas e por assinatura, e contará com um exército de influenciadores (em torno de 60 pessoas) nas redes sociais.

Além disso, os milhões inicialmente investidos por Piracanjuba, Lactalis, Jussara, Italac, Alvoar (Betânia e Embaré) e outras marcas que estão sob o guarda-chuva representativo da ABLV, também vão fomentar equipes que visitarão nutricionistas e médicos.

O universo dos lácteos longa vida, que além do leite UHT soma achocolatados, creme de leite e leite condensado, é bilionário. Entre os associados e não associados da ABLV move-se R$ 50 bilhões anuais. A ideia é atrair apoiadores para o movimento.

“É impossível passar todas as informações em um filme de tevê”, continua Barbosa. O trabalho será distinto, portanto, em cada uma das ações, embora os movimentos tenham objetivo comum de distribuir informação e promover o consumo de leite.

Em um dos filmes que serão veiculados em tevês, por exemplo, escuta-se de uma interlocutora animada que “leite é tudo” e que o alimento é uma importante fonte de cálcio e proteínas. Já em redes sociais ou para o público médico, a disseminação de informações será mais detalhada.

O momento para o início do trabalho é ideal na avaliação da ABLV, já que, mesmo que o cenário econômico não esteja com essa bola toda, o consumo da bebida se recupera. Uma explicação é o recuo de patamares de preços em comparação aos picos de 2022, quando o leite chegou a puxar a inflação de alimentos.

Consumo
Uma pesquisa recente da Kantar informa que o consumo de leite cresceu 3,2% no primeiro bimestre de 2023, para perto de 1,2 bilhão de litros. A bebida alcança 99% dos lares brasileiros.

Barbosa acredita em recuperação de vendas aos níveis de 2021 neste ano porque os preços dificilmente chegarão aos níveis de 2022. Para ele, haverá mais leite disponível no mercado interno, sendo a importação de Argentina e Uruguai uma dessas fontes de fornecimento. O custo do leite em pó dos vizinhos, aliás, é agora mais competitivo que o do competitivo que o do produto nacional, indica boletim da consultoria MilkPoint Ventures.

Relatório elaborado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com base em dados do governo federal, informou nesta semana que as importações de derivados cresceram perto de 200% entre janeiro e março deste ano, para 65,5 mil toneladas.

Afora isso, espera-se que as fazendas brasileiras retomem os volumes produção. Para a ABLV, a produção pode se recuperar dos 5% de queda registrados em 2022, quando o campo entregou 23 bilhões de litros, dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Valor Econômico)

Dívidas de tributos a negociar

Gaúchos tem R$ 130 bilhões na dívida ativa, mas não se sabe quanto é negociável

Termina em 31 de maio o prazo para contribuintes negociarem débitos de até R$ 50 milhões com a União. Felipe Grando, do escritório RMMG Advogados, caclula que os gaúchos tenham R$ 130 bilhões na dívida ativa, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Porém, não tem como dizer quanto deste valor é negociável. 

- A definição envolve análise feita pela Receita Federal sobre a capacidade de pagamento do contribuinte. Apenas débitos definidos como de difícil recuperação ou irrecuperáveis são transacionáveis (serem negociados) - diz. 

Entre os benefícios, está uma entrada de 6% do total da dívida, que poderá ser paga em até 12 meses. O saldo poderá ser parcelado, podendo chegar a 133 prestações. O desconto é de até 65% ou de até 70% do valor da inscrição, dependendo do perfil do devedor. No caso dos encargos, como multa e juro, o abatimento é de 100%. É possível ainda utilizar precatórios — próprios ou adquiridos de terceiros — para quitar ou amortizar a dívida, avisa o escritório RMMG. 

Com a negociação, o empreendedor obtém uma certidão que atesta situação de regularidade da empresa. Após o pagamento total, o nome sai da lista de devedores. A adesão deve ser feita pelo site da PGFN. (Zero Hora)


Jogo Rápido 

PREVISÃO METEOROLÓGICA (13 A 16 DE ABRIL DE 2023)
Os próximos sete dias serão úmidos e frios no RS. Entre a quinta (13) e a sexta-feira (14) a propagação de uma frente fria vai provocar chuva, com possibilidade de temporais isolados nos setores. Oeste e Norte, e o ingresso de ar frio favorecerá o declínio das temperaturas em todas as regiões. No sábado (15) e domingo (16), as temperaturas permanecerão amenas em todo Estado, com tempo firme e grande variação de nuvens na maioria das regiões e somente nas faixas Norte, Nordeste e Leste o céu permanecerá encoberto e ainda ocorrerão chuvas isoladas. TENDÊNCIA (17 A 19 DE ABRIL DE 2023) Na segunda-feira (17), o ar seco vai predominar na maior parte do RS, porém a circulação de umidade do mar para o continente manterá a condição de chuvas isoladas nos setores Leste e Nordeste. Entre a terça (18) e quarta-feira (19), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva na maioria das localidades, com possibilidade de temporais isolados. Os volumes de precipitação previstos deverão oscilar entre 15 e 30 mm na maioria dos municípios. No Extremo Sul, Litoral Norte. Região Metropolitana e na Serra do Nordeste os totais oscilarão entre 35 e 50 mm e poderão superar 60 mm em algumas localidades. (SEAPI)

 
 

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Porto Alegre, 13 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.880


Setores do leite e de proteínas animais reúnem-se com governador Eduardo Leite

O governador Eduardo Leite receberá, no dia 24 de abril, uma comitiva de representantes dos diferentes setores relacionados à produção de proteína animal. O encontro, agendado para 15h no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), foi uma solicitação conjunta encabeçada pelas Comissões de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e pela Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa. Um dos proponentes da agenda, o deputado Zé Nunes, reforça que o momento é de ouvir o governador sobre os encaminhamentos a serem dados sobre a crise que atravessam os setores. O pleito ganhou eco em diferentes bancadas e contou com apoio de parlamentares a exemplo dos deputados Elton Weber e Luciano Silveira e, inclusive, de secretários de Estado, como o titular da pasta de Desenvolvimento Econômico,  Ernani Polo. 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) acompanhará a agenda com integrantes da diretoria, que estarão ao lado de lideranças dos setores. “Estamos enfraquecendo uma cadeia produtiva importante para o Rio Grande do Sul e na qual somos referência. Neste momento, a cadeia está se inviabilizando por um conjunto de fatores. Queremos que o governo diga o que pretende, que medidas deve tomar e se pretende desativas medidas que já tomou”, frisou Nunes, lembrando que um dos pleito principais é pela suspenção do FAF.

A preocupação das lideranças é com o desinvestimento por parte de grandes grupos no Rio Grande do Sul uma vez que projetos que uma hora estiveram em solo gaúcho já foram deslocados para outras unidades da federação. “Cada aviário, cada produtor de leite, cada matriz que sai de produção no Rio Grande do Sul aparece em ouro estado”, alertou Nunes.

A ideia é que o encontro sirva como diálogo entre setor produtivo e governo e que lideranças entreguem ao governador suas principais pautas formalizadas. Entre os pontos a serem debatidos, está a necessidade de políticas de estímulo à produção e abastecimento de milho e a liberação de fundos setoriais criados para estímulo à produção e que seguem com recursos congelados. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Mercado de whey se expande e conquista novos públicos

Lactalis do Brasil apresenta linha de produtos na Arnold South America em São Paulo

O whey protein vem ganhando espaço nas prateleiras e conquistado a rotina alimentar dos brasileiros. Saindo das academias e indo direto para o dia a dia das famílias, ele se tornou um aliado na busca por uma alimentação mais saudável para diferentes idades e estilos de vida. Isso porque, apesar de a dosagem ideal de ingestão variar de pessoa para pessoa, dietas ricas em proteínas estão associadas a um maior controle de peso e a um estilo de vida mais saudável.Consciente desse movimento, a indústria vem investindo em novas versões de apresentação do produto que tem como base a proteína de soro do leite. Maior captadora de leite do país, a Lactalis do Brasil apresenta, esta semana, sua linha de produtos WheyFit da Parmalat durante a Arnold South America, o maior evento de nutrição esportiva, saúde, esportes, lutas, performance, equipamentos, produto e serviços fitness da América do Sul. A exposição, que será realizada no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), de 14 a 16 de abril, reúne empresas de diferentes nichos e espera mais de 85 mil visitantes.A Lactalis irá expor em seu estande a linha de produtos Parmalat WheyFit, que oferece opções em pó para preparo da própria pessoa e opções já prontas para o consumo imediato. Os itens são produzidos com base no whey protein fabricado na unidade da Nutrifont, localizada em Três de Maio (RS). A empresa foi a primeira indústria no Brasil a produzir Whey Protein Concentrate (WPC) com 80% de concentração e, atualmente, também fornece o produto para as principais marcas de nutrição esportiva nacionais. “A Nutrifont tem ampla capacidade para atender a esse mercado crescente e estamos consolidando tanto as linhas de produtos fabricados pela Lactalis em suas diferentes marcas quanto fortalecendo a fábrica como fornecedora de whey a todo o mercado de compostos funcionais”, frisou a diretora de vendas e marketing da Nutrifont, Mariza Sant’Ana.Durante a feira, as equipes da Lactalis e Nutrifont estarão explicando aos visitantes sobre a utilização da lactose e WPC 80 no desenvolvimento de alguns produtos e seus benefícios relacionados a uma nutrição esportiva e clínica. A estratégia também é reforçar as peculiaridades dos ingredientes lácteos Nutrifont, que são produzidos utilizando como matéria-prima o soro de leite fresco de alta qualidade processado na fábrica de queijos em Três de Maio (RS).

Com alto grau de automação, a fábrica garante qualidade e padronização da produção. A moderna planta de processamento com equipamentos de última geração conta com tecnologia de filtração por membranas para produção do Concentrado Proteico de Soro de Leite – WPC, desidratado através de processo de secagem "Spray Dryers". Além disso, todos os produtos possuem certificações Kosher e Halal.

WheyFit da Parmalat – A marca Parmalat, conhecida por atuar na busca por uma inovação com funcionalidade e sabor, apresenta a linha de alta proteína Parmalat Whey Fit nas versões em pó (sabores morango e chocolate) e pronta para consumo imediato (sabores chocolate, coco com batata doce e baunilha). Na opção pronta para consumo, o seu diferencial comparado aos demais rótulos existentes no mercado é que possui um maior teor de proteína que carboidratos e menos calorias.

Sobre a Lactalis
Empresa familiar francesa criada em 1933 por André Besnier. O grupo é líder no mercado de lácteos, com presença industrial em 52 países, mais de 270 fábricas e 85.500 funcionários. Iniciou suas atividades no Brasil em 2014 com a aquisição da indústria de queijos da Balkis. Ampliou sua atuação em 2015, com a incorporação de ativos selecionados da LBR e Elebat e marcas como Elegê, Parmalat e Batavo. A Lactalis adquiriu, em 2019, a Itambé e, em 2021, a Confepar. A Lactalis do Brasil opera com as marcas Batavo, Président, Elegê, Cotochés, Poços de Caldas, Itambé e Parmalat. Atualmente, a Lactalis do Brasil é líder em captação de leite no Brasil, somando 2,9 bilhões de litros de leite/ano. Em constante expansão, mantém 23 unidades fabris espalhadas por oito estados (RS, SC, PR, MG, SP, PE, GO, RJ). (Assessoria de imprensa Lactalis do Brasil - Jardine Comunicação)

Ex-ministro do Planejamento diz que o governo precisa de regras e mecanismos para conduzir as contas 

O Brasil tem debatido o aprimoramento do seu marco fiscal, que, independentemente do modelo a ser adotado, não pode deixar de ser um compromisso do Governo e da sociedade com a sustentabilidade das contas públicas e com o futuro na nação. A avaliação é do ex-ministro do Planejamento  do governo Temer, Esteves Colnago, durante a reunião-almoço Tá na Mesa da FEDERASUL nesta quarta-feira (12).

De acordo com Conalgo, que iniciou sua carreira no Banco Central e é mestre em economia pela Universidade de Brasília (UNB), se faz necessária a adoção de um conjunto de regras e mecanismos que procuram conduzir as contas públicas e as principais variáveis fiscais para um cenário de maior previsibilidade e sustentabilidade ao longo do tempo. Para ele, a implementação e execução dessas regras e mecanismos, bem como os desafios impostos pela COVID-19 e pela Guerra na Ucrânia, lembra Colnago, têm levado a uma rediscussão dos modelos em uso e a uma busca pelo seu aprimoramento.

Ao falar sobre o Novo Regime Fiscal, o ex-ministro disse que o Governo deu um passo importante ao mostrar as linhas do arcabouço fiscal sinalizando para a sociedade que pretende limitar as despesas. Além disso demonstrou interesse em integrar as regras fiscais existentes e flexibilidade para se ajustar às mudanças na realidade econômica. Ele destacou também como meta a ser alcançada o compromisso de respeitar o teto de gastos.  “As projeções e cenários para os quatro anos ajudam no planejamento fiscal de médio prazo do Governo e, consequentemente, dos agentes econômicos. Esse é o caminho na direção de um marco que busca transparência, credibilidade e reputação como parâmetros e base de sustentação para acompanhamento das principais variáveis que são as receitas, as despesas e o resultado primário”, explicou.

O especialista aponta, entretanto, alguns pontos de atenção. Considerando que o modelo é extremamente dependente da evolução das receitas, a tendência é de dificultar a solidez das contas públicas em momentos de arrefecimento da arrecadação, explicou. “Como estamos em um exercício com déficit projetado pelo Governo superior a R$ 100 bilhões, o modelo e sua dependência da receita coloca foco na carga tributária que já é bastante elevada no Brasil, chegando a 33%”.  

Ao avaliar os 100 dias de Governo, Esteves Colnago destacou a importância de dar andamento a reforma tributária e de olhar para o social. “O setor privado precisa de condições favoráveis para crescer. Quanto às questões sociais, o Governo está honrando os compromissos da campanha”, argumentou.

O economista referiu ainda que é preciso criar um ambiente favorável para a redução da taxa de juros aprimorando o pacto fiscal. “Quanto mais solidez der aos agentes econômicos mais rápida será a redução das taxas”, anunciou.

O Tá na Mesa desta quarta-feira, 12 foi conduzido pelo presidente da FEDERASUL Rodrigo Sousa Costa. O secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini acompanhou o evento. (As informações e imagens são da Federasul)


Jogo Rápido 

Anvisa promove diálogo setorial sobre rotulagem de alimentos alergênicos
Mais de 300 pessoas participaram, no último dia 28 de março, do Diálogo Setorial sobre Rotulagem de Alimentos Alergênicos, promovido pela Anvisa. O encontro virtual teve os seguintes objetivos:  apresentar um panorama do processo regulatório para revisão dos requisitos de rotulagem de alimentos alergênicos, que integra o Projeto 3.2 da Agenda Regulatória 2021/2023; explicar as recomendações do Comitê Conjunto de Especialistas da FAO/OMS para Avaliação de Risco de Alimentos Alergênicos sobre a revisão da lista de alimentos alergênicos de relevância global, a declaração da rotulagem de precaução de alergênicos com base em limites de referência e o desenvolvimento de critérios para excetuar derivados de alergênicos da rotulagem; contextualizar o trabalho em curso no Comitê do Codex sobre Rotulagem de Alimentos (Codex Committee on Food Labelling – CCFL) para revisar as diretrizes para rotulagem de alimentos alergênicos em alimentos embalados e elaborar orientações sobre a rotulagem de precaução de alergênicos; e esclarecer dúvidas e coletar contribuições dos agentes afetados pelo tema ou interessados. As contribuições recebidas ajudaram a identificar vantagens e desvantagens das mudanças regulatórias que estão sendo discutidas internacionalmente, bem como algumas questões que precisam ser tratadas em nível nacional para a melhoria da rotulagem de alimentos alergênicos.  Os subsídios obtidos serão utilizados no processo regulatório para revisão dos requisitos de rotulagem de alimentos alergênicos e na elaboração de posicionamentos para as discussões no âmbito do Codex Alimentarius (programa conjunto da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO e da Organização Mundial da Saúde – OMS, com o objetivo de estabelecer normas internacionais na área de alimentos). A apresentação realizada na reunião pode ser acessada aqui. A gravação da reunião pode ser acessada nos links:  1ª parte da reunião: 1) Panorama da regulamentação nacional sobre rotulagem de alimentos alergênicos e do processo de revisão; 2) Contextualização acerca do trabalho do CCFL sobre rotulagem de alimentos alergênicos; e 3) Recomendações do grupo de especialista da FAO/OMS sobre a lista de alimentos alergênicos. 2ª parte da reunião: 4) Recomendações do grupo de especialistas da FAO/OMS sobre limites de alergênicos para uso da rotulagem de precaução de alergênicos; e 5) Recomendações do grupo de especialistas da FAO/OMS sobre uso da rotulagem de precaução de alergênicos e sobre a abordagem para excetuar derivados de alergênicos da rotulagem. (Ministério da Saúde)

 
 

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Porto Alegre, 12 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.879


Sindilat fala sobre cenário do setor lácteo após estiagem em entrevista à Rádio Portal da Tradição de Passo Fundo

Os impactos da estiagem no setor lácteo gaúcho, a saída de produtores da atividade, a redução da produção e a situação da competitividade foram alguns dos assuntos abordados pelo secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, em entrevista à Rádio Portal da Tradição de Passo Fundo (RS), nesta quarta-feira (12/3). Em conversa com o jornalista Álvaro Damini no Programa Tradição Rural ele elencou os principais fatores que levaram a queda no número de produtores, como a falta de sucessão e a concorrência, em regiões planas como Passo Fundo, com a produção de grãos. 

Em relação aos efeitos da estiagem, Palharini reforçou que os mesmos foram mais sentidos pelas pequenas propriedades, aquelas com produção abaixo de 200 litros de leite dia. “Esses produtores dependem do clima e são os mais impactados. Por não alcançarem a rentabilidade necessária, acabam abandonando a atividade”, acrescentou o executivo. Cenário que, segundo ele, não ocorre em fazendas maiores, com produção acima de 500 litros de leite dia. “Essas propriedades são mais estruturadas e sentem os impactos da estiagem de forma mais amena”, afirmou.    

Confira a entrevista na íntegra clicando aqui.

(Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


França – Produção de leite cai 2% no início do ano

Produção/França – O recuo da coleta de leite na França chegou a 2% entre o início de janeiro a meados de março de 2023, diz o relatório mensal sobre a conjuntura setorial do Centro Nacional Interprofissional de Economia Leiteira (Cniel). A queda parece estar se acelerando em relação a 2022, ano no qual a redução foi de -1,1%. A produção de leite francesa diminui de forma significativa desde o início do ano, explica o economista Benoît Rouyer no último parágrafo do relatório do Cniel: Depois de cair 1,1% em 2022, as pesquisas do FranceAgriMer destacam que a queda é da ordem de 2% nas primeiras 11 semanas de 2023 (até 19 de março).Em escala mundial, a captação de leite está pouco dinâmica em grandes regiões exportadoras nos últimos 12 meses: ligeiro aumento nos Estados Unidos da América (EUA) e União Europeia (UE) e “baixa significativa” na Nova Zelândia (-2%).

Quanto aos preços dos produtos lácteos industrializados, os valores estratosféricos de 2022 foram acompanhados de fortes decréscimos nos últimos meses, e parecem seguir para estabilização nas últimas semanas. “O preço do leite em pó desnatado está com a média de € 2.500/tonelada, [US$ 2.725/tonelada], nas últimas dez semanas do ano. A manteiga permanece € 1000/tonelada acima da média, com cotação em torno de € 5.300/tonelada, [US$ 5.777/tonelada].

Em condições inversas “estão os produtos de grande consumo que permanecem em um contexto de forte inflação, que deverá permanecer durante todo o primeiro semestre de 2023”, segundo o INSEE – Instituto Francês de Estatísticas e Estudos Econômicos. Em um ano, a alta de preços no varejo atinge 19% para os iogurtes e queijos, 25% para a manteiga e passam de 22% para o leite fluído.

Do lado dos produtores, o índice de preços de compras dos meios de produção agrícola (Ipampa) para o leite de vaca, subiu fortemente (+15% em apenas um ano e 32% em dois anos), lembra Benoît Rouyer, resultado da alta de preços da ração, fertilizantes, energia e lubrificantes.

Deve-se lembrar a alta considerável dos preços das embalagens (plástico: +14% em um ano e 28% em dois; papelão: +17% em um ano e 36% em dois anos) além do aumento da gasolina e diesel.

O Cniel relata enfim um preço padrão de € 470/1000 litros de leite de vaca convencional no mês janeiro, conforme pesquisa mensal da FranceAgriMer. Uma alta de 96€ e de 26% desde janeiro de 2021. O preço do leite padrão foi de € 461/1000 litros no mês de dezembro, ou seja € 101 a mais ou 28% em relação ao mesmo mês do ano anterior. (Fonte: Agri Mutuel – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

A referência dos preços mundiais dos alimentos cai em março, pelo 12º mês consecutivo

Índices FAO – O Índice de referência dos preços internacionais dos alimentos caiu em março, pelo 12º mês consecutivo, em decorrência da redução das cotações mundiais dos cereais e óleos vegetais, segundo informou a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) na sexta-feira (07/abr/23).

Índice FAO dos Preços dos Lácteos

O Índice FAO dos preços dos produtos lácteos caiu 0,8% em março, fechando em 130,3 pontos. Caiu 1,1 ponto em relação a fevereiro e ficou 15,6 pontos (10,7%) menor do que o nível registrado em março de 2022. A queda em março foi decorrente das baixas nas cotações de queijo e leite em pó, embora as cotações da manteiga tenham aumentado. A redução ocorrida nos preços do queijo foi consequência do menor volume de compras por parte da maioria dos principais importadores da Ásia, assim como pelo aumento das disponibilidades nos principais países exportadores.

Os preços do leite em pó caíram pelo nono mês consecutivo, refletindo, principalmente, a fraca demanda de importação, especialmente para entregas de curto prazo, e o aumento sazonal da produção de leite na Europa Ocidental. O comércio de manteiga, ao contrário do leite em pó, mantém demanda sólida, especialmente dos países do Norte e Sudeste da Ásia. Com a redução dos excedentes exportáveis na Oceania, devido à redução sazonal na produção de leite, menor do que a projetada, pressionou as cotações da commodity.    

Fonte: FAO – Tradução livre: Terra Viva

 

Jogo Rápido 

Ministros debatem diretrizes para a elaboração do Plano Safra com foco na sustentabilidade
O novo Plano Safra deve ser lançado entre os meses de maio e junho e atenderá diferentes categorias de produtores rurais nos mais diversos segmentos. Os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) estão elaborando em conjunto as diretrizes do Plano Safra 2023-2024, que terá como orientação principal a produção sustentável de alimentos. O tema foi debatido nesta segunda-feira (10) pelos ministros Carlos Fávaro, Marina Silva e Paulo Teixeira, em reunião na sede do Mapa. Fávaro explicou que o Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, conhecido como Plano ABC+, será o indutor das políticas agrícolas brasileiras, voltadas para a agropecuária de baixo carbono. “Estamos com as nossas equipes definindo critérios, incentivos e oportunidades para que tenhamos uma agropecuária voltada à produção com baixa emissão de carbono”, disse. Segundo Fávaro, o novo Plano Safra terá um capítulo importante com diretrizes para o financiamento de atividades de agrofloresta e extrativismo. De acordo com a ministra Marina Silva, o objetivo é que o Plano Safra seja a base da transição para a agricultura de baixo carbono. “E que a gente possa, a partir daí, mostrar que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, mas também uma potencia ambiental e florestal”. O ministro Paulo Teixeira disse que o Plano Safra deve incentivar a transição para uma agricultura regenerativa. “Podemos aumentar os estímulos para que a gente possa anunciar um grande Plano Safra para a agricultura do Brasil com esses ingredientes de uma agricultura regenerativa e ecológica”. O novo Plano Safra deve ser lançado entre os meses de maio e junho e atenderá diferentes categorias de produtores rurais nos mais diversos segmentos. (MAPA)

 
 

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Porto Alegre, 11 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.878


Sindilat/RS e Embrapa Pecuária Sul avançam na construção de projetos para medição de carbono em propriedades leiteiras

O avanço da pecuária leiteira como atividade estratégica nos sistemas produtivos sustentáveis e o balanço da emissão de carbono em sistemas agropecuários estão no foco do trabalho que vem sendo desenvolvido em conjunto pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e pela Embrapa Pecuária Sul. Juntas, as entidades darão início a elaboração de uma estratégia com vista à captação de R$ 4 milhões, valor necessário para a aquisição de um conjunto de quatro medidores com os quais será possível iniciar as aferições em rebanhos gaúchos. “Para viabilizar a compra, vamos trabalhar para apresentar uma proposta ao Fundoleite e também levá-la aos parlamentares gaúchos, visando a destinação de recursos através de emendas”, detalha Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. 

Segundo o chefe-geral e pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, os equipamentos buscados para dar início ao processo medem os gases metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e, opcionalmente, oxigênio (O2) e hidrogênio (H2) de animais individuais. De acordo com o especialista, também é possível agregar dados de emissões e determinar médias de rebanho. “A atuação conjunta das instituições para a descarbonização da produção de leite no RS, tem como base a expertise já existente no centro de pesquisa com a avaliação do balanço de carbono em bovinos de corte É um passo inicial para realizarmos pesquisas que gerem protocolos para redução das emissões por unidade de leite produzida”, disse. 

Durante a reunião, realizada dia 05/04 na sede da Embrapa em Bagé, a pesquisadora Cristina Genro também apresentou a Prova de Emissão de Gases (PEG), metodologia que vem sendo utilizada nas pesquisas pelo instituto e que buscam mensurar a emissão de gás metano (CH4) por reprodutores bovinos. Segundo ela, o teste visa identificar os animais que têm menor emissão de metano em se considerando cada quilo de alimento consumido e o quilo de peso vivo produzido. “A Embrapa pode contribuir na avaliação dos sistemas de produção leiteira quanto à emissão de Gases de Efeito Estufa, na formação de Unidades de Referência Tecnológica com as boas práticas para se conseguir uma produção de leite com sustentabilidade, de baixo carbono, assim como na capacitação e transferência de tecnologia para os produtores de leite gaúchos”, destaca.

Outra ação prevista, conforme o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins, é a realização durante a Expointer 2023 de um seminário sobre pesquisa e métodos de medição de carbono em propriedades leiteiras, efetuado por Sindilat/RS e Embrapa. 

 A produção de leite com menor impacto ambiental é uma preocupação que deve dar o tom das linhas de investimentos nos próximos anos. Conforme Palharini, atento a isso, o setor lácteo gaúcho foi um dos primeiros a abrir debate junto ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul sobre a qualificação e a monetização dos créditos de carbono, tema que foi abordado em reunião, no dia 28/02, do Sindilat/RS, com a presença do presidente Guilherme Portella, com a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann.


Balança comercial de lácteos: importações voltam a crescer em março

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o mês de março encerrou com um novo recuo no saldo da balança comercial de lácteos.Com uma queda de cerca de 53,1 milhões de litros, o último mês obteve um saldo de -198,1 milhões de litros em equivalente-leite. Quando comparado com o resultado obtido em março de 2022, o recuo observado é ainda mais acentuado, visto que no mesmo período no ano passado o saldo obtido ficou em -51,5 milhões de litros.Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

As exportações inverteram o movimento do mês anterior e encerraram março com uma queda de aproximadamente 22%, obtendo um total de 5,1 milhões de litros exportados em equivalente-leite. Na variação anual a queda observada foi um pouco superior, ficando em -32,8% em relação aos 7,6 milhões de litros em equivalente-leite que foram exportados em março 2022. Com isso, o resultado de mar/23 foi o menor para as exportações de 2023, até o momento.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Já para as importações, o volume total passou por um avanço de 34,1%, encerrando o mês com 203,2 milhões de litros em equivalente-leite sendo importados para o Brasil. Quando comparado com o resultado obtido em março de 2022 houve um avanço de 243% no volume importado no mês.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Assim como em fevereiro, os preços internacionais se mantendo em patamares baixos, o aumento dos preços dos derivados no mercado interno (no final de 2022 e início de 2023) e a elevação do preço do leite matéria-prima nos últimos meses contribuíram para formar esse cenário de elevação das importações

Dentre os produtos importados, o destaque obtido foi para o leite em pó integral, leite em pó desnatado, queijos e soro de leite, que somaram cerca de 93% de todo o volume importado no mês. Referente a essas categorias, todas obtiveram uma variação mensal positiva, com os queijos obtendo o maior avanço percentual observado, em 44%, seguido do leite em pó integral (+35%), leite em pó desnatado (+20%) e soro de leite (+5,4%).

Enquanto em relação às exportações, a maior participação, de 86%, seguiu sendo composta pelo leite condensado, leite UHT, creme de leite e queijos. De um lado, o leite condensado e os queijos passaram por um recuo em seu volume total exportado, de 25% e 50%, respectivamente, ao passo que o leite UHT obteve uma variação mensal positiva de 67% e o creme de leite de 25%.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de março deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em março de 2023.

O que podemos esperar para o próximo mês?

Apesar do período da entressafra do leite no Brasil estar se acentuando, a expectativa para o próximo mês é de que as importações passem por recuo em relação ao resultado obtido em março.

Outro ponto de atenção em relação às importações e sua expectativa de queda é referente a diminuição na produção de leite na Argentina e no Uruguai, os principais fornecedores brasileiros, que enfrentam dificuldades para produção de leite diante das secas causadas pelo La Nina.

Entretanto, levando em consideração o câmbio e os preços internacionais, os preços do produto importado ainda segues competitivos frente aos nacionais, o que tende a manter as importações em patamares elevados.

Para exportações, com preços internacionais ainda em baixos patamares e a entressafra do leite no Brasil se iniciando, não se projeta uma janela exportadora para os lácteos brasileiros no curto prazo. Assim sendo, nos próximos meses deveremos observar menor volatilidade nos resultados de importações, exportações e saldo final da balança comercial. (Milkpoint)

Espanha – Importância dos lácteos em todas as fases da vida

Lácteos – Quais são as chaves para manter uma alimentação saudável? Qual o papel de lácteos como o leite, o queijo e o iogurte? A médica Rosaura Leis, reconhecida pediatra com décadas de experiência profissional no Hospital Clínico Universitário de Santiago de Compostela, professora da Faculdade de Medicina da cidade e assessora do Comitê de Sustentabilidade Láctea do InLac, não tem dúvidas de que os lácteos devem compor a base de uma pirâmide alimentar saudável.

Leis recomenda tomá-los todos os dias – pelo menos três porções – para garantir a ingestão de macro e micronutrientes essenciais para nossa saúde.

Leis é pesquisadora principal do grupo de Nutrição Pediátrica do Instituto de Pesquisa Sanitária de Santiago; membro do Ciber de Obesidad; presidenta da Fundação Espanhola de Nutrição (FEN) e do Comitê de Nutrição e Amamentação da Associação Espanhola de Pediatria. Sua tese de doutorado analisou a prevalência da má absorção e intolerância à lactose na Galícia. Mais de 20 anos de experiência, quase duzentos artigos científicos e múltiplos trabalhos de pesquisa sobre boa alimentação e menor risco metabólico em crianças e adolescentes a credenciam.

Em sua opinião, não se entenderiam as dietas mediterrânea e atlântica sem alimentos tão ligados ao território como laticínios. Entre seus benefícios estão: fonte principal de cálcio, vitaminas lipossolúveis e proteínas. Sem esquecer as gorduras, já que cada vez mais pesquisas científicas a associam com menor risco de certas doenças.

Os lácteos nas diferentes etapas da vida

A médica considera imprescindível o consumo de lácteos para a mulher durante a gestação e a amamentação, e para a criança até o final da adolescência, que é quando se alcança o pico máximo de massa óssea. Leis destaca que a mulher gestante deve estar consciente de que tomar leite nesta etapa da vida, dentro de um contexto de boa alimentação e estilo de vida, não somente favorecerá sua saúde, mas também a do seu filho no curto, médio e longo prazo. Os primeiros 1000 dias de vida, incluindo o período fetal, constitui uma janela de oportunidades para prevenir doenças das crianças, de adultos e idosos.

“Não podemos esquecer que uma das doenças mais prevalentes e degenerativas durante a fase adulta é a osteoporose. Com uma ingestão adequada de lácteos, podemos alcançar um pico máximo de massa óssea no final da adolescência, embora tenhamos que manter o seu consumo ao longo de toda a vida”, diz a doutora.

Ela também insiste que a infância é fundamental para a formação dos ossos. “Tudo que armazenamos é garantia da saúde óssea no curto, médio e longo prazo e prevenção da osteoporose”.

Na opinião de Leis e outros especialistas de referência, uma dieta equilibrada inclui de 2 a 3 porções de lácteos por dia para crianças e adultos e de 3 a 4 porções em certas etapas da vida. Uma porção de leite corresponde a 200 ou 250 mililitros e a de iogurte representa 250 gramas (2 iogurtes). A porção de queijo meia cura ou curado equivale a 30 gramas. Se o queijo for fresco, 60 gramas. (Fonte: Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

China: importações de lácteos caíram 30% nos primeiros dois meses
As importações de lácteos da China registraram uma nova queda em fevereiro, de 6,5% com relação ao ano anterior, em volume. Essa é mais uma queda após a redução de 43% no primeiro mês do ano. Nos dois primeiros meses houve quedas tanto em volume quanto em valor, segundo dados da Alfândega processados pelo site especializado CLAL e divulgados pelo portal argentino OCLA. As importações de lácteos da China foram de 538.944 toneladas, 30% abaixo das 773.621 toneladas do mesmo período de 2022. Em valor, a queda foi de 18%. O preço médio da tonelada importada foi de US$ 4.537.Estas reduções nas compras da China, explica a OCLA, devem-se sobretudo à maior produção local, aos elevados estoques gerados nas grandes compras de 2021, às dificuldades logísticas que implicaram o fechamento de algumas cidades devido a surtos de Covid, aos efeitos colaterais da guerra na Ucrânia e ao processo inflacionário que vem ocorrendo em todas as economias mundiais. Se observada por produtos, no leite em pó integral a queda em relação ao ano anterior foi de 68%. As compras externas passaram de 300.520 toneladas em janeiro/fevereiro de 2022 para 95.557 no início deste ano. Em fevereiro a queda desse produto foi de 31%. O Uruguai, o segundo maior fornecedor de leite em pó integral da China, registrou um forte declínio de 95% em relação ao ano anterior nas exportações em janeiro e fevereiro. A maioria dos fornecedores de lácteos para a China registrou quedas. As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 

 
 

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Porto Alegre, 06 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.876


Sindilat/RS pede revisão de alíquotas de importação do Whey e medidas de proteção do mercado interno frente à incentivos fiscais na Argentina e Uruguai

Após uma reunião com representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) o deputado federal gaúcho, Heitor Schuch (PSB), encaminhou duas pautas importantes para a indústria leiteira  ao vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. As solicitações tratam da necessidade de revisão da redução de 14% para 4% na alíquota de importação de Suplemento Proteico à base de Whey Protein Concentrado (WPC 80) e Whey Protein Isolado (WPI), ambos proteínas concentradas de soro de leite, para aquisições provenientes de países fora do Mercosul, bem como dos prejuízos causados para os produtores e principalmente para as indústrias de leite em pó e queijos, frente aos subsídios em espécie que vêm sendo concedidos na cadeia do leite na Argentina e no Uruguai. 

“As demandas são muito justas e já estão nas mãos do ministro Alckmin. Acredito que tem caminho para soluções rápidas e definitivas. Na minha opinião, o governo passado errou ao reduzir a alíquota do Whey, pois inviabiliza a produção nacional que perde mercado para o importado. Pedi ao ministro para revogar a medida e salvar a indústria brasileira. Os decretos dos governos argentino e uruguaio são protecionismo puro para o produtor local, mas liquidam com o setor de lácteos do Brasil”, destaca Heitor Schuch ao indicar que também levará as pautas para a Comissão de Indústria e Comércio da Câmara, da qual é presidente.

Cláudio Hausen de Souza, diretor Comercial e Marketing da Sooro Renner Nutrição S/A, empresa com plantas nas cidades de Marechal Cândido Rondon (PR) e Estação (RS), aponta que o setor industrial detectou no mercado de Whey que o favorecimento para a compra do insumo no mercado externo tem crescido, causando prejuízos para a indústria brasileira. “Essa redução no imposto está fazendo com que estejam sendo importados grandes volumes destes ingredientes, a preços muito baixos, se comparados à 2022. O prejuízo é claro às empresas nacionais, dedicadas à produção destes e outros itens lácteos”, afirma. 

Também as pequenas queijarias vêm sendo impactadas negativamente, uma vez que grande parte do que é absorvido de soro pela indústria brasileira é fornecido por estas plantas. “Além disso, o preço desta matéria-prima já caiu no mercado interno, agravando ainda mais os efeitos negativos da desoneração do imposto”, acrescenta o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini.

Ao também reforçar no encontro, que ocorreu na terça-feira (04/04), a necessidade da adoção de políticas públicas pelo governo federal que salvaguardem o setor leiteiro frente aos subsídios que vêm sendo concedidos na Argentina e no Uruguai, Palharini pontuou que os governos vizinhos abriram precedentes frente às regras do Mercosul e da Organização Mundial do Comércio (OMC) ao estabelecerem suas políticas de auxílios provocando a urgência de uma resposta do Brasil a fim de frear o avanço da entrada dos derivados no mercado nacional. “Precisamos encontrar uma forma de equalização neste cenário. Temos percebido, em 2023, um aumento muito grande das importações, principalmente de leite em pó e queijo parmesão, que chegam destes países com preços mais baratos do que os produzidos no Brasil. Há uma desigualdade e ela está atingindo principalmente os produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná”, alerta Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Piracanjuba lança novo site para otimizar experiências do usuário

A partir deste mês, os usuários que navegarem pelo site da Piracanjuba encontrarão uma interface mais moderna e atrativa. O novo layout foi pensado para transmitir proximidade entre a marca e o usuário, além de trazer movimento, pela utilização de formas orgânicas, cores e ilustrações.

Outro ponto interessante é a acessibilidade: a nova página da marca oferece ao público a possibilidade de visualização em cores de alto contraste, alteração do zoom do navegador a partir de simples comandos, tradução virtual em Língua Brasileira de Sinais e leitura de tela.

Além disso, com apenas um clique, os consumidores encontrarão os canais disponíveis para compras on-line. “As mudanças estão em consonância com o quesito usabilidade, ou seja, apresentar uma navegação simplificada para os diferentes públicos, tanto na versão desktop, quanto na mobile”, informa Lisiane Campos, Gerente de Marketing.

A plataforma conta ainda com uma página específica para os produtores de leite que fornecem matéria-prima. O espaço é denominado PROCAMPO, mesmo nome do programa de apoio e relacionamento destinado aos pecuaristas parceiros.

Entre outras atualizações, estão ainda as opções de páginas em inglês e espanhol. “Essas versões foram desenvolvidas especialmente para atender o público do exterior, que consome os produtos nos Estados Unidos, Angola, Bolívia, Chile, Cuba e Paraguai”, complementa a Gerente de Marketing.

Por fim, o menu, destinado à imprensa, ganhou divisões para facilitar a navegação dos usuários por temas de interesse, como lançamentos, reconhecimentos e campanhas. O novo portal foi desenvolvido pela Base Digital, consultoria de tecnologia especializada.

Sobre a Piracanjuba
A Piracanjuba nasceu em 1955, no interior de Goiás. Desde então, estabeleceu esforços para ser reconhecida como uma marca de qualidade, inovadora e que atende as necessidades mais específicas dos consumidores. Exemplo disso foi o lançamento do primeiro leite UHT zero lactose do mercado, em 2012; a entrada no segmento de nutrição infantil, com a linha excellence, em 2021, e criação do primeiro leite A2 de caixinha, em 2022. A manteiga, primeiro item da marca, se mantém no portfólio há mais de sessenta anos.

Para impulsionar as inovações, em 2021, foi criada a Divisão Científica Piracanjuba Health & Nutrition – um departamento totalmente estruturado, que funciona como centro de pesquisa e testes de produtos, com profissionais altamente qualificados e equipamentos de última geração.

Com o propósito Gostamos de fazer bem o que te faz bem, a Piracanjuba é a 6ª marca mais escolhida nos lares de todo o país e está presente em 78% dos lares brasileiros. No ambiente digital, é a 2ª entre as preferidas pelos consumidores, conforme pesquisa Kantar (Ranking Brand Footprint), divulgada em 2022.

Sobre o Laticínios Bela Vista
O Laticínios Bela Vista, detentor da marca Piracanjuba, é uma das três maiores indústrias de lácteos do país, e conta hoje com mais de 3,5 mil colaboradores diretos, que trabalham com a missão de levar alimentos com qualidade e sabor aos lares brasileiros.

As sete Unidades Fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC), Sulina (PR), Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e Carazinho (RS), operam com capacidade produtiva de mais 6 milhões de litros de leite por dia.

Além do portfólio variado, com mais de 180 produtos, que reúnem as marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom e MeuBom, a empresa possui licenciamento das marcas Almond Breeze, para o Brasil e alguns países da América do Sul; e licenciamento das marcas Ninho e Molinho (leite UHT), para o território nacional.

A trajetória reúne importantes premiações e reconhecimentos relacionados aos produtos e à gestão, fundamentada em valores como ética, valorização das pessoas e responsabilidade ambiental, social e de governança. Em 2022, foi reconhecido com o Selo Mais Integridade, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). (Fonte: Piracanjuba)

UE – Em março, a média do preço do leite ao produtor cai pelo terceiro mês consecutivo

O Observatório do Mercado do Leite europeu (MMO) divulgou hoje, os dados preliminares do preço médio pago aos produtores de leite da União Europeia (UE-27), no mês de março. Embora tenha ocorrido aumento de 18% em relação ao mesmo mês de 2022, registrou a terceira queda consecutiva, acumulando perdas de 11% desde o mês de dezembro, quando a média atingiu o recorde, € 58,25/100 kg.  

Levando em consideração que os custos de produção apenas ficaram estáveis nos últimos meses, o produtor volta a enfrentar desafios financeiros significativos.

Em relação ao mês anterior, a média do preço pago ao produtor de leite europeu caiu 2,9%.

Na Itália, em decorrência da seca que atinge o país, o preço médio permaneceu 41% acima do registrado um ano antes, e ficou quase estável em relação ao mês anterior. Na Irlanda, onde os preços foram os maiores de toda a União Europeia (UE) € 69,24/100 kg de leite, a queda está sendo mais abrupta (-23,8%), desde o recorde registrado em novembro de 2022. Os produtores da Polônia, o maior produtor de leite do Leste Europeu, receberam 10% menos do que a média da UE no mês de março, o que é historicamente comum. Entretanto, nos meses de novembro e dezembro de 2022, o preço médio pago ao produtor polonês ficou acima da média europeia, um feito inédito.  



Entre os maiores países produtores de leite da UE, a França foi o que pagou menos aos seus produtores em março de 2023. Quase 12% menos do que o concorrente mais próximo, a Alemanha. (Fonte: Terra Viva com dados do Milk Market Observatory)

 

Jogo Rápido 

Sindilat/RS fala sobre redução no número de produtores de leite na RBSTV
O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, falou sobre a retração no número de produtores de leite no Estado nos últimos seis anos, em reportagem da RBSTV. A matéria, veiculada no RBS Notícias desta quarta-feira (05/04), destaca que entre 2015 e 2021 o número de famílias produtoras de leite passou de 84 mil para 40 mil no RS, segundo dados da Emater e do Sindilat/RS. A quantia representa aqueles que vendem para a indústria, cooperativas e queijarias ou que processam o leite em agroindústria própria.  Palharini reforçou a necessidade de o governo apoiar as famílias com a aquisição e instalação de reservatórios de água, além de fomentar a compra de leite e derivados dos produtores gaúchos. "Que tivesse uma política de compra do Estado para escolas para aumentar o consumo de lácteos. E nós não temos nada disso aqui no RS", disse Palharini. A reportagem abordou os principais fatores que contribuem para essa redução, como falta de mão de obra e desinteresse dos descendentes. A matéria foi conduzida pelo repórter Jeferson Ageitos. Confira a reportagem AQUI. (RBS Notícias)

 
 

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Porto Alegre, 05 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.875


São premiados os vencedores do concurso Arte na Caixinha de Pelotas (RS)

Os nove alunos e alunas e suas professoras vencedores da etapa Pelotas (RS) do concurso Arte na Caixinha foram premiados nesta quarta-feira (05/04). No ato, realizado pela manhã no auditório da Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed), os classificados em primeiro e segundo lugar foram agraciados com um tablet Galaxy Tab A7 e, assim como os terceiros colocados, com um ano de leite, certificado e medalha. As professoras responsáveis pelas inscrições dos primeiros colocados em cada categoria foram presenteadas com notebook, certificado e 12 meses de leite.

O Concurso Cultural Arte na Caixinha é uma iniciativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), com apoio da Tetra Pak, e realizado em parceria com a Smed de Pelotas, Embrapa Clima Temperado, Núcleo Jersey de Pelotas, Sicredi, Biscoitos Zezé e Associação Rural de Pelotas. Nesta edição, estiveram em disputa 191 trabalhos, que foram realizados por crianças do Pré II ao 5º ano, sendo 63 deles na Infantil, 79 na Júnior e outros 49 na Juvenil.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, o evento encerra a primeira etapa da iniciativa, que propõe a utilização de diferentes técnicas artesanais e artísticas em caixas de leite UHT explorando a temática “O leite na sua vida”. “A expectativa é que entre os meses de maio e junho possamos dar início a segunda fase do projeto, com novas escolas envolvidas. Entendemos que essa ação é muito positiva, pois envolve as crianças, as famílias, os professores e os órgãos públicos. E ver os pequenos interagindo com o concurso é o ápice”. Para o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso, é uma satisfação participar de um projeto que vai além da pesquisa. “Atingimos a sociedade e o segmento das crianças, levando uma mensagem bonita do agro para eles”. 

Prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, destaca que o projeto revela a cadeia produtiva do leite às crianças com um viés educativo e ao mesmo tempo artístico. “Queremos manter essa parceria com o Sindilat/RS. Nossas escolas reagiram muito bem a essa provocação. E estamos na expectativa da sua sequência”. Sentimento também compartilhado pela secretária Municipal de Educação e Desporto (Smed), Adriane Silveira, que reforça a importância de o concurso “colocar no currículo das escolas um conhecimento da vida”.

Vencedora da Categoria Juvenil com o trabalho A Fazenda, Quevelen Castro do Nascimento, conta que gostou da experiência de fazer o desenho e que “se sentiu emocionada” ao ganhar o concurso. Ela é aluna da Emef Núcleo Habitacional Dunas. Daniele Costa Gonçalves, que conquistou o segundo lugar na categoria com o trabalho Fazenda Genoveva, afirma que aprendeu como funciona o processo da produção de leite assistindo a peça teatral  “Na Fazenda Doce de Leite”. Ela é aluna da Emef Núcleo Habitacional Dunas.

Confira os vencedores:

Categoria Infantil (Pré II e 1º ano)
1º Lugar: Sabrina Buchweitz, trabalho: Fazendinha da Sabrina - professora Elis Renata Barros Mattozo Jeske, da Emef Independência. 
2º Lugar: Pietro Aguiar Almeida, trabalho: Celeiro - professora Tatiane Chollet Amaral, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.
3º Lugar: João Afonso Pinto Corrêa, trabalho: A fazendinha do João - professora Elis Renata Barros Mattozo Jeske, da Emef Independência. 

Categoria Júnior (2º e 3º ano)
1º Lugar: João Miguel Cardoso Sedrez, trabalho: As etapas da produção de leite - professora Dalila da Rocha Guths, da Emef Santa Teresinha.  
2º Lugar: Martina Lopes Buchweitz, trabalho: O leite na nossa vida - professora Dalila da Rocha Guths, da Emef Santa Teresinha.  
3º Lugar: Jonas Lacerda da Silva, trabalho: Beba mais leite - professora Gisele Oliveira da Cruz, da Emef Dr. Berchon. 

Categoria Juvenil (4º e 5º ano)
1º Lugar: Quevelen Castro do Nascimento, trabalho: A Fazenda - professora Gloria Elisa Duarte Barcellos, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.
2º Lugar: Daniele Costa Gonçalves, trabalho: Fazenda da Genoveva - professora Maria de Fátima da Silva Reis, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.
3º Lugar:  Douglas Mickael Mailahn Kohn, trabalho: A Fazenda - professora Cleuza Regina Wetzel, da Emef Dr. Berchon.
CLIQUE AQUI para acessar as fotos do evento. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Créditos: Gustavo Vara)


Condições meteorológicas do verão 2022/2023 impactaram produção de leite no RS

O verão 2022/2023, com estiagem e temperaturas acima da média histórica, teve grande impacto na produção leiteira do Rio Grande do Sul, ocasionando baixa condição corporal das vacas em lactação por má qualidade ou falta de pastagens, falta de água disponível ou perdas nas safras de grãos destinados à nutrição dos animais. É o que aponta o Comunicado Agrometeorológico 51 - Especial Biometeorológico Verão 2022-2023, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

O Comunicado analisa as condições meteorológicas ocorridas no período, como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU),  a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite.

“A avaliação do trimestre evidenciou períodos consideráveis de estresse térmico impostos aos animais, com elevadas estimativas de queda de produção de leite em todas as regiões do Estado. O quadro se acentuou em vacas lactantes de alta produção, afetando o retorno econômico dos produtores rurais”, detalha a pesquisadora Ivonete Fátima Tazzo. 

Dentre as regiões do Estado, o Vale do Uruguai (municípios de Frederico Westphalen e Santa Rosa) se destacou como a que registrou maiores períodos de desconforto térmico para os animais.

O Comunicado também lista algumas medidas que podem ser adotadas para mitigar os efeitos de condições meteorológicas com potencial de gerar estresse térmico.

A publicação é uma iniciativa do Grupo de Estudos em Biometeorologia, constituído por pesquisadores e bolsistas das áreas da Agrometeorologia e Produção Animal.

O Comunicado Agrometeorológico Especial - Biometeorológico tem publicação trimestral e está disponível na seção de Agrometeorologia da Seapi: www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Fonte: SEAPI)

Energia solar auxilia na redução de custos nas propriedades

A adoção de fontes limpas e renováveis de energia é um tendência nos sistemas produtivos tanto pelo fato de contribuir para a preservação do meio ambiente, descarbonizando a produção, quanto por proporcionar a redução de custos na medida em que possibilita o aproveitamento da energia captada para o funcionamento de equipamentos como bombas de água, irrigação, refrigeração, entre outros. O excedente ainda vai para o sistema elétrico e se transforma em créditos abatidos na conta e, neste ciclo, a economia gerada se transforma em recursos para investimentos. 

De acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, a adoção de placas solares tanto nas propriedades leiteiras quanto na indústria láctea representa avanços na melhoria da competitividade de todo o setor. “Com isso, tanto as propriedades quanto a indústria, podem avançar se tornando  autossustentáveis e favorecendo ainda a redução de custos”, assinala. 

Recentemente um novo incentivo à ampliação das plantas fotovoltaicas veio com a ampliação da vigência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), prorrogada até 31 de dezembro de 2026. A iniciativa, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, passou também a desonerar peças e equipamentos usados para a fabricação de painéis solares. No total, são 24,25% a menos em impostos que foram zerados em taxas de Importação, era 6%; de Produtos Industrializados (IPI), era 6.5%; de PIS, era 2.1%; e de Cofins, era 9.65%. 

"É uma decisão muito segura a de adquirir o projeto fotovoltaico pois, além de pagar a conta de luz reduzida, em quatro anos, em média, o projeto também estará pago”, analisa Celiana Kappler, da 300 Energy. A executiva de negócios lembra que, de acordo com a Lei 14.300, que entrou em vigor em janeiro deste ano, a redução é de, no mínimo, 80% sobre a conta de luz atual através da captação solar. Cada planta instalada tem estimativa mínima de produção de 25 anos, com no máximo 20% de depreciação.

Clique aqui e confira a íntegra do decreto 11.456, de 28 de março de 2023. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Jogo Rápido 

Cooperação renovada
O Fundesa e a Secretaria da Agricultura (Seapi) renovaram por mais dois anos o acordo de cooperação técnica com a Universidade da Carolina do Norte (NCSU), dos Estados Unidos. Objetivo é seguir com o trabalho de análise de redes de movimentação de animais e cruzamento de dados para permitir o maior controle e atuação sanitária preventiva das equipes de fiscalização da Seapi. (Correio do Povo)

 
 

Confira os vencedores:

Categoria Infantil (Pré II e 1º ano)

1º Lugar: Sabrina Buchweitz, trabalho: Fazendinha da Sabrina - professora Elis Renata Barros Mattozo Jeske, da Emef Independência. 

2º Lugar: Pietro Aguiar Almeida, trabalho: Celeiro - professora Tatiane Chollet Amaral, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.

3º Lugar: João Afonso Pinto Corrêa, trabalho: A fazendinha do João - professora Elis Renata Barros Mattozo Jeske, da Emef Independência. 

Categoria Júnior (2º e 3º ano)

1º Lugar: João Miguel Cardoso Sedrez, trabalho: As etapas da produção de leite - professora Dalila da Rocha Guths, da Emef Santa Teresinha.  

2º Lugar: Martina Lopes Buchweitz, trabalho: O leite na nossa vida - professora Dalila da Rocha Guths, da Emef Santa Teresinha.  

3º Lugar: Jonas Lacerda da Silva, trabalho: Beba mais leite - professora Gis

ele Oliveira da Cruz, da Emef Dr. Berchon. 

Categoria Juvenil (4º e 5º ano)

1º Lugar: Quevelen Castro do Nascimento, trabalho: A Fazenda - professora Gloria Elisa Duarte Barcellos, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.

2º Lugar: Daniele Costa Gonçalves, trabalho: Fazenda da Genoveva - professora Maria de Fátima da Silva Reis, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.

3º Lugar:  Douglas Mickael Mailahn Kohn, trabalho: A Fazenda - professora Cleuza Regina Wetzel, da Emef Dr. Berchon.

Créditos: Gustavo Vara

 
 
 

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Porto Alegre, 04 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.874


GDT - 04/04/2023


(Fonte: GDT)


 

Uruguai: redução do custo de energia elétrica para produtores de leite

Para promover o apoio à cadeia produtiva do leite nacional e considerando a extensão da emergência agrícola declarada pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), o Governo do Uruguai, por meio do Ministério da Indústria, Energia e Minas (MIEM), assinou um decreto que implementa programa de benefícios comerciais para produtores de leite e empresas ou unidades produtivas da cadeia leiteira.

O benefício, que reduz o custo da energia elétrica para a cadeia produtiva do leite, será mantido durante o período de janeiro a setembro de 2023, aprofundando-o para os produtores com potência contratada superior a 15 kW.
 
Benefícios

O decreto determina que UTE implemente os seguintes benefícios em três grupos:

O primeiro grupo, produtores de leite – Os produtores de leite com potência contratada menor ou igual a 15 kW, terão desconto na tarifa de energia equivalente a 80% do consumo de energia elétrica das fazendas leiteiras para os primeiros 500 kW/mês.

Segundo grupo de produtores de leite – Os produtores de leite não incluídos no número anterior terão um desconto de 20% na tarifa de energia.

Terceiro grupo, indústria de laticínios – As indústrias de laticínios ou unidades industriais da cadeia produtiva de laticínios terão desconto de 15% na tarifa de energia. (As informações são do Todo El Campo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Leite/América do Sul

O fim do fenômeno La Niña, que está associado a anos consecutivos de seca na América do Sul, ainda não deu alívio nem à colheita, nem à produção de leite em grandes áreas dos principais países produtores e processadores de leite e lácteos do Cone Sul.

Março foi quente e seco, na maior parte do tempo. Observadores da região dizem que a chuva é irregular e algumas áreas recebem precipitações muito necessárias, mas os benefícios climáticos não são generalizados. Apesar das expectativas e das condições mais favoráveis em decorrência de padrões climáticos neutros, os produtores e processadores da região não acreditam em melhoras significativas no curto prazo.  

As importações de commodities lácteas pelo Brasil continuam subindo, já que a produção de leite é instável, e a expectativa é de que caia ainda mais.

Queijo, leite em pó desnatado (SMP) e leite em pó integral (WMP) estão entrando em grandes volumes no maior país do continente, mostram os relatórios. Analistas dizem que devido aos estoques limitados, os preços do SMP e WMP se manterão firmes. Alguns contatos dizem que a produção até o terceiro trimestre está toda contratada. A concorrência de importadores globais foi superada pelo grande interesse brasileiro. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido 

Balança comercial 
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 10,956 bilhões em março. De acordo com dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o valor foi alcançado com exportações de US$ 33,060 bilhões e importações de US$ 22,104 bilhões. No ano, a balança comercial acumula resultado positivo de US$ 16,068 bilhões. (Jornal do Comércio)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.873


Agro aponta efeito colateral de novo imposto: alimentos básicos até 21% mais caros
 
Alimentos básicos, hoje isentos de impostos na saída da propriedade rural, vão ficar até 21% mais caros se forem obrigados a recolher “na porteira” o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – também chamado de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) – pretendido nas propostas de reforma tributária encampadas pelo governo federal no Congresso.
 
Na PEC 45, da Câmara, discute-se uma alíquota de 25% para praticamente todas as cadeias produtivas, com poucas exceções. Na PEC 110, do Senado, a alíquota padrão e suas exceções seriam definidas posteriormente, por lei complementar.
 
Se for repassado à cadeia produtiva, esse aumento de custos dos produtores significará inflação adicional de 1% em até um ano, segundo estudo da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), tendo como base uma alíquota de 25%.
 
Os cálculos da CNA foram apresentados nesta terça-feira (28) ao Grupo de Trabalho da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, que também ouviu representantes da indústria.
 
Dentre os alimentos que podem sofrer os maiores reajustes, na hipótese de repasse integral do aumento de custos, estão:
 
● Laticínios (aumento de preço de 21,3%);
● Batata (21,6%);
● Feijão (19,6%);
● Café (18,5%);
● Soja e milho (16,2%); e
● Arroz (12,7%).
 
Para os agricultores, a redução na margem bruta poderá chegar a 94,3% no leite, que tem rentabilidade calculada em centavos, e 65,3% no arroz. Em termos gerais, outro estudo, feito em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), já havia estimado impacto de 22,7% na cesta básica com o fim da isenção de impostos.
 
“A questão é se o consumidor está apto para receber esse aumento de custo. Vai depender da renda do consumidor e da elasticidade de demanda. Tem produto que a gente sabe que vai passar integralmente esse custo. Mas, em outros, o consumidor não aceita e vai diminuir o consumo. Um exemplo é o laticínio. A gente sabe que, quando sobe o preço, o consumidor não incorpora esse aumento, ele reduz o consumo”, diz Renato Conchon, coordenador do Núcleo Econômico da CNA.
 
Alíquota diferenciada para agricultura é padrão da OCDE
Em defesa da isenção ou pelo menos alíquota menor para o agro, a CNA invoca um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que aponta a importância de desoneração da agricultura entre seus países-membros. De 35, apenas quatro não oferecem tratamento preferencial para a produção de alimentos: Chile, Dinamarca, Estônia e Nova Zelândia.
 
“São países que basicamente não têm agro. O Chile exporta minério, a Dinamarca tem petróleo e muito serviço. A Estônia, para se ter uma ideia, não tributa a cerveja. Cada país adapta conforme suas necessidades. Mas o fato é que a grande maioria dos países tem uma tributação diferenciada para o agro. Os Estados Unidos, que não têm imposto sobre valor agregado, mas o 'sale tax', não cobram imposto do produtor rural na saída de soja, café, boi e frango”, destaca Conchon.
 
Responsável por 24,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, por 23,9% dos empregos e 47,6% das exportações, o agronegócio argumenta que o recolhimento de tributos sobre suas cadeias produtivas atingiu a cifra de R$ 460,1 bilhões em 2020, o equivalente a 19,3% do total arrecadado na economia. Seria a soma de uma série de impostos como ITR, ICMS, IPI, PIS, Cofins e IR.
 
Quanto à alegação de que são os outros elos da cadeia que recolhem impostos, e não o produtor, Conchon rebate: “Quando o pecuarista vende um boi para o frigorífico, por exemplo, a agroindústria adquirente é que recolhe o Funrural. Mas ela desconta o imposto do produtor. Quem recolheu? A indústria. Quem pagou? O produtor, porque teve desconto”.
 
Impacto do custo tributário, se não for repassado
 

FPA analisa alternativas ao modelo do imposto agregado
 
No mesmo dia em que o agro apresentou seus argumentos por uma tributação menor, mais cedo, em almoço semanal, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) recebeu o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), autor da PEC 46 de reforma tributária, que seria uma alternativa às PECs 45 e 110, tomadas como ponto de partida pelo secretário especial da Reforma Tributária, Bernard Appy.
 
É um recado da bancada do agro de que o setor ainda “namora” com modelos diferentes do IVA e que o governo precisa melhorar a interlocução. “Diziam que eu só criticava as propostas do governo, então resolvi encampar a reforma do Simplifica Já. Uma reforma simples, enxuta, que substitui 27 legislações do ICMS por uma para o Brasil inteiro. E também cria uma única legislação de ISS, substituindo mais de 5 mil”, argumenta Guimarães, em defesa de sua proposta, que foi endossada por 37 senadores e inclui no texto sugestões do movimento Simplifica Já e da Frente Nacional de Prefeitos.
 
Na visão do Ministério da Fazenda, dentro da ideia do IVA, uma forma que o governo teria para compensar o fim da isenção dos produtos da cesta básica seria a instituição do "cashback". Ou devolução de imposto, em conta corrente, para os mais pobres.
 
“O Parlamento é quem vai calibrar para quem você vai devolver o imposto. Pode decidir devolver para 30% ou para 70% da população”, disse Appy no dia 8, em audiência pública do GT da Reforma Tributária, na Câmara.
 
O problema, diz Cochon, da CNA, é a falta de definição dos parâmetros. “O secretário diz que é o Congresso que vai decidir. Ora, como o Congresso vai assumir a responsabilidade de aumentar o repasse orçamentário para 20 milhões de famílias [do Bolsa Família] ou 81 milhões de pessoas do cadastro único do governo federal? Qual é o valor disso? Hoje estamos discutindo sobre hipóteses”, pondera o representante da agricultura. (Gazeta do Povo)

Argentina: produção de leite orgânico vem ganhando espaço

“A produção de laticínios orgânicos é um nicho de negócios. Permite acesso a valores superiores de 20-30%, mas tem muitas demandas, trabalho diário, em uma atividade, a leiteira, que já tem uma cota de empenho significativa", disse Rosario López Seco, proprietária de uma fazenda em Brandsen, a 15 quilômetros da rodovia 2 e 70 da Cidade Autônoma de Buenos Aires.

A empresária integrou a produção primária de leite com industrialização e comercialização. Ela administra 356 hectares, dos quais 165 são próprios e 191 arrendados a uma irmã. 

Nessa fazenda existem atualmente 165 vacas leiteiras, produzindo cerca de 3.500 litros de leite por dia. Este volume é inteiramente processado em fábrica própria, o que dá origem a uma “paleta” de laticínios orgânicos certificados: port salut, gouda, campeche, halloumi, sardo, sbrinz e queijos aromatizados, e doce de leite e manteiga.

Esses produtos são comercializados em restaurantes, lojas agroecológicas e lojas de produtos naturais e têm como consumidores pessoas dispostas a pagar um valor para garantir a rastreabilidade do que compram.

A produção orgânica torna a gestão leiteira e o processamento do leite mais complexos. “É preciso produzir de forma diferente, sair do comum para cuidar do meio ambiente”, define Rosario, que não se identifica como fundamentalista no assunto depois de trabalhar 22 anos produzindo leite de forma convencional. "É preciso desaprender conceitos e modificar comportamentos - próprios e dos funcionários - no campo e na fábrica, para ser aprovado nas certificações que são realizadas constantemente", acrescenta.

Com relação à alimentação das vacas, a cadeia forrageira desenvolvida nesta empresa inclui alfafa, pastagens polifíticas compostas por festuca, sabadilha, capim pomar, azevém, lótus, trevo vermelho e trevo branco com alta densidade para combater o desenvolvimento de gramon. Também incorpora cevada, milho e sorgo. A superfície do campo é dividida em lotes de 5 a 13 hectares.

Todas as pastagens são implantadas com preparo convencional (disco, grade dentada, rolo e semeadora) pois os herbicidas utilizados para semeadura direta não podem ser aplicados. Fertilizantes químicos (ureia, fosfatos) também não podem ser aplicados, podendo apenas recorrer a adubos orgânicos, como os excrementos recolhidos na sala de ordenha ou bioestimulantes (Azospirillum, Trichoderma, etc.).

Na fazenda López Seco, o chorume é tratado em lagoas de decantação para separar os líquidos dos sólidos. Esses componentes são usados para limpar o chão das instalações de ordenha e adubar os lotes de pastagem com esterco.
 
Produção

As sementes forrageiras não podem ser curadas com inseticidas ou fungicidas e não podem ser peletizadas. Isso requer “a compra de sementes de muito boa qualidade, garantindo as melhores condições de germinação e aumentando a densidade de plantio em pelo menos 20%”, esclarece Rosário.

Para a semeadura de milho e sorgo também se utiliza o preparo convencional e não se pode utilizar sementes com modificações genéticas (híbridas), mas sim variedades como Candelaria INTA e materiais do incubatório Zambruni, que oferecem rendimentos competitivos com os híbridos, segundo a empresária.

Uma vez que o milho esteja estabelecido, o controle de ervas daninhas deve ser feito com meios mecânicos (por exemplo, capina) sem a possibilidade de usar qualquer herbicida ou inseticida. As gramíneas de inverno podem ser semeadas com uma semeadora Altina em estágios avançados de cultivo. Se for necessário plantar soja, também devem ser utilizadas variedades que não contenham genes de resistência ao glifosato ou outros herbicidas.

A López Seco conta com uma equipe de máquinas própria. Se por algum motivo for necessário alugar máquinas, elas devem atender a uma série de requisitos de higiene e risco zero de contaminação.

A dieta das vacas inclui pastejo direto mais suplementação com silagem de milho ou sorgo e 4,5 quilos de ração balanceada com 18% de proteína. “Alimentos de fora do campo não podem ser incorporados, a menos que sejam orgânicos certificados, como é o caso de alguns lotes de farelos ou alimentos balanceados especialmente preparados para esse fim, que têm um custo que dobra o de alimentos balanceados comerciais.”

Com essa dieta, as vacas atingem uma produção de 18 litros por dia e por animal, com taxa de lotação que varia de 1,30 a 1,58 vacas por hectare. A raça predominante é a Holandesa. “Ao longo dos anos selecionamos o rebanho buscando animais de porte mais moderado e adaptados às condições impostas pela produção orgânica, principalmente com sêmen de touros Select-Debernardi. Também desenvolvemos um rebanho da raça Jersey com esse fornecedor para produzir leite com maior proporção de sólidos”, conta Rosario.

Nos estabelecimentos orgânicos também há restrições com tratamentos sanitários. Por exemplo, vacas que repetem casos de mastite três vezes devem ser descartadas do rebanho. Em geral, os tratamentos terapêuticos são admitidos se forem prescritos pelo médico veterinário.

Aplicações antiparasitárias também são permitidas se justificadas por uma alta contagem de ovos fecais; não pode ser realizada rotineiramente. Por outro lado, na produção orgânica não são permitidos promotores de crescimento como anabolizantes hormonais, monensina, antibióticos, etc.
 
Fábrica de laticínios

Todo o leite produzido na fazenda leiteira López Seco é direcionado para a produção de laticínios orgânicos em sua própria fábrica, que a empresária administra, com três filhas e funcionários. Rosário supervisiona todo o processo da fábrica e as filhas cuidam da estética dos produtos e da comunicação com os clientes, além da logística de distribuição e coleta. A fábrica abastece compradores de Buenos Aires, La Plata, Córdoba, Mendoza e Neuquén.

Os produtos têm a marca El Abascay e incluem manteiga, queijos duros e macios e doce de leite, que são vendidos para restaurantes, para chefs renomados e lojas de produtos naturais, com um preço premium seguro em torno de 20-30% em relação ao produto convencional equivalente.

Com a marca de cuidar do meio ambiente e do bem-estar animal, Rosario também produz ovos com galinhas caipiras, sem gaiolas. Também tem um projeto em andamento para produzir biogás a partir de esterco da fazenda leiteira, para gerar energia utilizada pela fábrica de laticínios e sala de ordenha.

Em resumo, depois de muitos anos trabalhando no setor leiteiro, López Seco disse que "a produção de laticínios orgânicos é um nicho, um negócio artesanal, que depende de recomendações boca a boca de consumidores que têm novas exigências de saúde em alimentos e que estão dispostos a investir um pouco mais procurando cuidar da saúde”.

Paralelamente a essa tendência, ela tem a satisfação de direcionar os negócios da família para uma produção sustentável e, acima de tudo, respeitosa com o meio ambiente.
 
Requisitos para ser orgânico na Argentina

Segundo o Senasa, os produtos "orgânicos", "ecológicos" ou "biológicos" são obtidos de um sistema cujo objetivo é gerar alimentos saudáveis e abundantes, respeitando o meio ambiente e preservando os recursos naturais.

Não é permitido o uso de produtos químicos de síntese ou organismos geneticamente modificados. A condição “orgânica” de um produto é um atributo de qualidade, que garante que ele foi obtido atendendo a requisitos adicionais em relação aos exigidos para produtos convencionais.

A Lei 25.127, decretos e notas explicativas regulamentam a produção orgânica e seu sistema de controle. O Senasa é a autoridade competente para monitorar o cumprimento das normas oficiais em todo o processo produtivo-comercial. Por sua vez, permite às entidades certificadoras controlar os operadores.

O último relatório da área de Produção Orgânica do Senasa, de 2021, mostra um crescimento da produção orgânica, com aumento da área dedicada à atividade e aumento do número de estabelecimentos com essas características.

A agência informou que 132.000 toneladas de produção orgânica foram certificadas na Argentina, com uma tendência positiva na última década. Desse total, 97% foram exportados, principalmente para a União Européia e Estados Unidos, mas com um mercado local crescente. O número de estabelecimentos orgânicos pesquisados foi de 1.343 e a área monitorada atingiu 4,4 milhões de hectares. Nesta área, os rebanhos bovinos e ovinos cresceram, com destaque para o aumento do rebanho de vacas leiteiras. (As informações são do La Nación, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

Impacto da pandemia de Covid-19 no Mercado global de lácteos

Covid x lácteos – O comportamento do mercado mundial de lácteos nos três últimos anos, marcado pelos efeitos da pandemia de Covid-19 durante os isolamentos e sobre os hábitos de consumo, foi apresentando em um resumo preparado pela área de Informação e Desenvolvimento (I&D) do Consorcio Lechero, dentro da publicação da Federação Internacional do Leite (FIL/IDF) “Tendências do mercado global: Entendendo as mudanças no consumo de lácteos em todo o mundo”.

A coordenadora desta área, Caterina Juri, explicou que uma tarefa da área é disponibilizar informação setorial para os sócios, produtores e público especializado, tanto da realidade global, como nacional. “Isto é vital para atualizar, conhecer e projetar esta atividade em seus distintos níveis”.

“Coletar pesquisas dos principais centros mundiais com foco no leite; e disponibilizar a informação é uma grande ajuda para a tomada de decisões no setor e, sobretudo, para revisar as tendências de produção e gerenciamento sustentável, acompanhando as tendências de consumo a nível mundial”, destacou a engenheira agrônoma.

Mudança no consumo

Esta terceira edição do Estudo de Tendências do Mercado Global da FIL é diferente, explica a coordenadora, e que o objetivo principal era identificar o impacto específico da crise do Covid19 na demanda de produtos lácteos. Este boletim apresenta os resultados de uma pesquisa realizada por especialistas da FIL que oferecem suas próprias análises das tendências do mercado em seu país e os principais impulsionadores e barreiras que explicam estas tendências.

Em um contexto alimentar interrompido pela pandemia de Covid-19, a maioria dos mercados de produtos lácteos em todo o mundo registrou uma evolução favorável, em particular para a manteiga e o queijo.

Satisfazer as expectativas e as mudanças nos hábitos dos consumidores foi o motor no desenvolvimento atual dos mercados lácteos em quase todas as partes do mundo. O crescimento dos mercados lácteos também se viu limitado por barreiras econômicas vinculadas ao contexto da Covid: a desafiadora situação econômica, o fechamento de fábricas e lojas, as rupturas na cadeia de abastecimento e a debilidade da renda familiar.

Apesar do contexto favorável, os benefícios dos produtos lácteos foram questionados por certos grupos/indivíduos. O discurso Anti-lácteo permaneceu presente em muitos países, desenvolvendo tendências que vão contra os produtos lácteos.

Antecipar futuras tendências para os produtos lácteos foi positivo em quase todos os países entrevistados, com a restrições impostas pelo conflito da Ucrânia.

Para explicar o tema, a FIL/IDF realizará um webinar no dia 12 de abril. Para maiores informações, clique aqui. (Mundo Agropecuario – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

O que esperar do mercado internacional de lácteos, segundo o Inale
No âmbito da atividade anual Price Outlook 2023: estimativa do preço do leite e contexto internacional organizada pelo Instituto Nacional do Leite do Uruguai (Inale) na semana passada, a economista Mercedes Baraibar, da Área de Informação e Estudos Econômicos, deu uma visão geral do que pode ser esperado para o mercado internacional de lácteos no futuro. Nesse sentido, a especialista destacou a relevância para o Uruguai de analisar o que tem acontecido com o preço do leite em pó integral, já que representa 60% da pauta de exportação do país e é o principal produto de um concorrente direto como a Nova Zelândia. Em relação ao que se observa no início de 2023, mantém-se a oferta de leite dos principais exportadores lácteos, embora existam expectativas de crescimento moderado segundo previsões de entidades como o USDA ou o Rabobank. Já do lado da demanda, as expectativas se concentram na China, principal player importador de lácteos do mundo. “Com uma oferta de lácteos que cresce pouco ou está relativamente estagnada, o que acontecer com a China será decisivo para ver como evoluirão os preços do leite em pó integral”, disse Baraibar. Um dos elementos onde ainda não há dados é sobre como o consumo tem se comportado após as medidas de relaxamento da política anti-covid-19 que a China resolveu em fevereiro passado, embora não haja elementos para pensar que a covid tenha desacelerado o crescimento "estrutural” do consumo da classe média de produtos alimentícios, como laticínios. Para o primeiro semestre, a economista do Inale "não espera mudanças significativas" nos preços dos lácteos, embora possam haver altos e baixos em torno dos níveis atuais. "A China retomará os níveis mais altos de importação no segundo semestre", previu Baraibar. Isso deve ter impacto numa recuperação dos valores caso o gigante asiático mantenha os níveis de compra dos últimos anos. (As informações são do Tardaguila, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)