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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.796


Balança comercial de lácteos: importações seguem diminuindo
 
O cenário observado no último mês se manteve. O ritmo das exportações seguiu inexpressivo, enquanto as importações apresentaram recuo, mas mantiveram-se em patamares elevados, ocasionando o terceiro saldo mais negativo para o mês de novembro.
 
A desaceleração do volume importado está relacionada aos recuos dos preços dos derivados lácteos no mercado interno, nos últimos meses. O mês de novembro também foi bem desafiador para o mercado de derivados lácteos.
 
Todas as semanas do mês registraram recuos no Índice MilkPoint Mercado, sendo o último, a décima variação negativa consecutiva.
 
Este cenário se formou em meio ao aumento na oferta, devido a sazonalidade de produção e recuperação da capacidade produtiva, associado a demanda enfraquecida, com vendas travadas para a maioria dos derivados lácteos, bem como uma pressão de baixa nos preços por parte do varejo.
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em novembro, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 95% do volume total importado.
 
O leite em pó integral teve um recuo de 12% em seu volume importado. Além do leite em pó integral, o soro de leite e os queijos também recuaram. O soro recuou 11,1% e os queijos, 18,5% no volume total importado.
 
Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite UHT, o leite condensado, o creme de leite, e os queijos, que juntos, representaram 91% da pauta exportadora. O leite UHT recuou cerca de 6%, enquanto o creme de leite e o leite condensado, 31% e 23% respectivamente.
 
A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de novembro deste ano. 
 
Tabela 1. Balança comercial láctea em novembro de 2022.

 O que podemos esperar para o próximo mês?

Os dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE para o terceiro trimestre de 2022, apontaram um volume total de leite captado de aproximadamente 6,0 bilhões de litros uma queda de -3,4% na captação de leite cru resfriado em relação ao mesmo período de 2021.
 
Apesar do resultado ainda ser negativo para variação trimestral, nota-se que a diferença anual tem diminuído, desde o primeiro trimestre deste ano, passando de -9,9% no primeiro trimestre, para -7,6% no segundo trimestre e -3,4% nesta prévia do terceiro trimestre. Dessa forma, apesar de ainda estar abaixo dos níveis dos anos anteriores, a captação de leite vem se recuperando.
 
Olhando para o trimestre anterior, a captação de leite se elevou em 11,1%, refletindo o efeito da sazonalidade de produção e contribuindo para elevar a oferta no mercado interno. Este cenário, associado a demanda ainda enfraquecida, vem contribuindo para ocasionar uma pressão de baixa nos preços dos derivados no mercado interno.
 
Desta forma, para o último mês do ano, com a produção interna de leite se elevando, e com preços de vendas das indústrias em patamares inferiores aos vistos meses atrás, as importações devem seguir perdendo força. Mesmo com os recuos observados para o mês de novembro, e a redução das importações esperadas para dezembro, o volume de importações deve seguir superior ao observado no último ano. (Milkpoint Mercado)


Argentina – O espelho uruguaio
 
Este artigo visa comparar a produção de leite da Argentina com a do Uruguai, país vizinho produtor e exportador de leite, para ver quais são os problemas comuns e quais são as questões domésticas.
 
Para colocar em contexto, é preciso lembrar que a Argentina, veja o gráfico de Produção de leite da América do Sul, é o segundo produtor de leite, atrás do Brasil, tem as maiores fazendas leiteiras, e é o maior exportador da região e o 3º exportador de leite em pó integral do planeta. O Uruguai é o 5º produtor (atrás do Brasil, Argentina, Colômbia e Chile) mas é o 2º exportador de lácteos competindo com a Argentina no comércio internacional de leite em pó integral. Isto não é para menos pois, o Uruguai é o país que tem a maior produção de leite per capita da América do Sul, 590 litros/habitante/ano. Tem também o maior consumo per capita da região, 266 litros/habitante/ano, mas exportam 77% de tudo o que produzem.

O Uruguai, com 5,6 milhões de litros de leite por dia, produz o equivalente a aproximadamente 70% do volume que sai da província de Buenos Aires, mas está muito próximo de nós na exportação de leite em pó integral.
 
Em 2021 exportou 28.865 toneladas para o Brasil (+17% do volume exportado pela Argentina para o mesmo destino) e em 2022 (janeiro-outubro) acumula envios de 22.216 toneladas, 35% menos do que as remessas da Argentina para o Brasil. Mas é importante observar que o exportado por ambos países para a China. A Argentina vendeu para o Gigante Asiático 3.532 toneladas de leite em pó integral de janeiro a setembro de 2022, o Uruguai já enviou 25.975 toneladas, ultrapassando a Austrália como segundo fornecedor da China desde 2021. Trabalha em competitividade há anos, inclusive, ultimamente, está em estudo um acordo de livre comércio com os asiáticos.


Quanto se fala em “competitividade” pensa-se no desempenho da produção primária e da indústria de processamento. Mas quando se trata de exportar, a competitividade não envolve somente o produtor e a indústria. É preciso o Estado com seus controles, impostos e políticas públicas necessárias para facilitar a tarefa e assegurar a entrada de divisas.
 
Estando os dois países à mesma distância da China, infere-se que a dificuldade da Argentina em aumentar as exportações é causada pela ineficiência do Estado. A cadeia láctea argentina conta com elos de produção primária altamente competentes, pois cresce mesmo tendo os menores preços da matéria-prima do mundo, e um elo industrial local com capacidade para processar com eficiência os produtos necessários para competir e abastecer o mercado interno e externo. Mas é um ônus o pesado Estado argentino com sua pressão tributária direta como o Imposto de Exportação entre outros (9% para o leite em pó integral, o principal produto lácteo exportado), e indiretos como a defasagem cambial (no mínimo 30% e os insólitos tipos de dólares fictícios existentes) somando-se a isso, o imposto inflacionário (o da Covid e da guerra que afetam a todos, mas o Uruguai tem uma inflação anual de 9%, enquanto que na Argentina chega a 83%).
 
Sem dúvida, seria promissor que a Administração atual e os que vierem reconsiderassem seriamente a mudança na forma de fazer as coisas para poder gerar a esperada reativação não somente do setor lácteo argentino (representado por 10.446 fazendas leiteiras, 670 empresas processadores e 187.000 empregos), mas também de toda a economia. (Fonte: Dairylando – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
UE aprova restrição a produtos com origem de áreas desmatadas
 
O Parlamento Europeu firmou na 3ª feira (6.dez.2022) acordo preliminar com os países da UE (União Europeia) para a aprovação de uma lei que impede a importação pelo bloco de produtos provenientes de áreas desmatadas ou degradadas. A legislação contempla diversos produtos exportados pelo Brasil, como carne bovina, café e soja. Agora, os Parlamento e Conselho europeus terão de aprovar formalmente o acordo. A nova lei entra em vigor 20 dias depois da publicação no Jornal Oficial da UE, mas alguns artigos só valerão 18 meses depois.

“As empresas também terão que verificar o cumprimento da legislação relevante do país de produção, inclusive sobre direitos humanos e se os direitos dos povos indígenas envolvidos foram respeitados”, lê-se em comunicado do Parlamento Europeu. Para serem comercializados dentro da UE, os produtos deverão ter uma declaração de que não são provenientes de áreas desmatadas ou degradadas depois de dezembro de 2020. Além de carne bovina, café e soja, a lista de produtos que deverá ter o selo inclui cacau, dendê, madeira, óleo de palma, borracha e carvão vegetal. Também contempla os derivados das commodities, como couro, chocolates e móveis.

O texto aprovado no Parlamento Europeu apresenta uma definição mais ampla de degradação florestal do que a inicialmente prevista no acordo. Ela inclui todos os tipos de florestas ao invés de somente as primárias.

Conforme o Parlamento, as empresas ainda precisarão “verificar o cumprimento da legislação relevante do país de produção, inclusive sobre direitos humanos e se os direitos dos povos indígenas envolvidos foram respeitados”. Para fiscalizar o processo, a UE terá acesso a informações fornecidas pelas empresas. Entre elas, coordenadas de geolocalização. “[As autoridades do bloco] podem, por exemplo, usar ferramentas de monitoramento por satélite e análise de DNA para verificar a origem dos produtos”, declarou o Parlamento Europeu. 

A FAO (sigla em inglês para Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) estima que 420 milhões de hectares de floresta foram desmatados de 1990 a 2020. De acordo com o Parlamento Europeu, o consumo da UE representa cerca de 10% do desmatamento global. Os produtos que mais contribuem para a percentagem são óleo de palma e soja. Relator do texto, o eurodeputado Christophe Hansen classificou a medida como “forte e ambiciosa”. Segundo ele, a legislação ajudará na proteção de florestas em todo o mundo. “Além disso, garantimos que os direitos dos povos indígenas, nossos primeiros aliados no combate ao desmatamento, sejam efetivamente protegidos”, falou. “Também garantimos uma forte definição de degradação florestal que abrangerá uma extensa área de floresta. 

Espero que esta regulamentação inovadora dê impulso à proteção das florestas em todo o mundo e inspire outros países na COP-15.” Líderes mundiais se reúnem a partir de 4ª feira (7.dez) em Montreal (Canadá) para a COP-15 (15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para a Diversidade Biológica). Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o evento visa “alcançar um acordo histórico para deter e reverter a perda da natureza, no mesmo nível do Acordo de Paris sobre o Clima, de 2015”. (Poder 360)


Jogo Rápido 

Aumento do ICMS
Com a desoneração dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, os governadores teriam que elevar em quatro pontos porcentuais, de 17,5% para 21,5%, a alíquota média padrão do ICMS a partir de 2023 para compensar a perda de arrecadação. É o que revela pesquisa realizada pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz). Alguns estados já encaminharam às assembleias legislativas, proposta de aumento dos impostos, entre eles, Pará, Piauí, Paraná e Sergipe; e, outros estados deverão seguir o mesmo caminho. A cobrança do ICMS desses três itens (combustíveis, energia elétrica e telecomunicações), que correspondiam a cerca de 30% da arrecadação total dos estados, caiu este ano pelo Congresso, para reduzir os preços e a inflação, antes da eleição. A medida acabou se transformando num enorme problema para os governadores, que já sentem a perda de receitas. O Comsefaz está recomendando aos estados que façam o ajuste para neutralizar o impacto das medidas que minaram a verba para políticas públicas, como saúde e educação. (Jornal do Comércio)

 
 
 

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Porto Alegre, 06 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.795


Sindilat destaca demandas do setor lácteo em evento da Famurs

A representação do setor lácteo no Rio Grande do Sul, a ausência de políticas de incentivo à produção, assim como o desafio da competitividade foram temas da participação do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) no 29º Seminário de Secretários (as) Municipais de Agricultura do RS. O evento realizado nos dias 29 e 30 de novembro, em Estrela (RS), tratou sobre boas práticas dos municípios em relação a governança e contou com painéis temáticos.
 
No painel Cadeia Produtiva do Leite e Regulação de Mercado, o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, pontuou que a produção está praticamente estagnada desde 2012 no Estado. “Isso vem se agravando porque não temos uma política nem no RS, nem no Brasil de incentivo. Além da pressão externa com importação de lácteos que tanto Argentina, quanto Uruguai conseguem produzir a custo menor do que no Brasil, países que recebem linhas de crédito dos seus governos para enfrentar esse momento de crise”.
 
O dirigente apresentou um comparativo em que demonstrou o aumento da importação de Argentina e Uruguai. No período de janeiro a outubro de 2021, foram 62 milhões de toneladas e no mesmo período este ano 75 milhões de toneladas.  “Essa é uma preocupação constante porque prejudica a cadeia como um todo”.
 
Coordenador técnico da Famurs, Mario Ribas do Nascimento, destacou que o painel sobre o setor lácteo qualificou a importância da produção do leite e a participação da indústria numa parceria com produtor que tem que ser estreitada e fortalecida. “Foi um painel muito importante que nivelou as grandes demandas do setor leiteiro nesse evento”.
 
O Seminário tratou ainda sobre tributação, sobre melhores práticas municipais, prognósticos meteorológicos, entre outros. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Sindilat projeta futuro de sustentabilidade do agronegócio

Com a presença de autoridades, imprensa, associados e colaboradores, o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, agradeceu a todos que trabalham junto ao Sindilat e à cadeia do leite projetando um futuro de sustentabilidade. “É com muita convicção que digo para vocês: o Agronegócio é o futuro do desenvolvimento econômico e sustentável do Brasil. Isso passa por uma produção cada ano mais eficiente, de menor impacto ambiental e alinhada com as diretrizes de um consumidor que preza pelo bem-estar animal, pela responsabilidade social e pela preservação do planeta”, destacou. A declaração foi dada durante jantar de entrega do 8º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo e entrega do prêmio Destaques Sindilat/RS, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, na quinta-feira (1/12).

A atuação do Sindilat foi saudada pelo governador Ranolfo Vieira Júnior, que pontuou a expressiva importância do setor lácteo no Estado, sendo atividade presente em 494 dos 497 municípios. “A produção leiteira no estado, no último ano, foi quase 4,5 bilhões litros de leite produzidos. Esses números são evidências técnicas que falam por si. Mostram a importância da cadeia do leite para o Estado do Rio Grande do Sul”, ressaltou. O governante ainda saudou os jornalistas e autoridades agraciados com as premiações. 

O prêmio Destaques Sindilat/RS, foi entregue para personalidades que se destacaram com atuação em prol do desenvolvimento do setor. Receberam a honraria: Ranolfo Vieira Júnior – Governador do RS; Domingos Velho Lopes – Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural; Marjorie Kauffmann - Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura; Arthur Lemos - Chefe da Casa Civil; Alceu Moreira - Deputado Federal; Roberto Pedroso - Pesquisador e chefe geral da Empraba Clima Temperado. A distinção também será entregue a autoridades que não puderam comparecer ao evento: Eduardo Leite - Governador Eleito do RS; Covatti Filho - Deputado Federal; Zé Nunes - Deputado Estadual. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

GDT - 06/12/2022
 

(Fonte: GDT)


Jogo Rápido 

Selo de bem-estar animal 
A Fazenda RAR de Vacaria, idealizada por Ral Anselmo Randon, é a primeira da Região Sul a receber certificado de bem-estar animal, atendendo integralmente aos critérios avaliados, que envolveram a promoção das cinco liberdades dos animais, o uso racional de antibióticos e o bem-estar das pessoas que estão na fazenda atuando no entorno deles. Na RAR, os animais são livres de sede, fome e má nutrição; livres de desconforto e exposição; livres de dor, ferimentos e doenças; livres de medo e angústia e tem liberdade para expressar comportamento natural. O CEO da Fazenda RAR, Sergio Martins Barbosa, destaca que o certificado de bem-estar animal está alinhado aos valores que norteiam a empresa. “Não há progresso se não houver o respeito pelo planeta e pelos animais que nele habitam”, pontua ele. (Jornal do Comércio)

 
 

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Porto Alegre, 05 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.794


Codesul prepara projeto para mensuração de carbono via satélite
 
O Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) prepara projeto para mensuração de carbono via satélite, ação que contempla Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. A informação foi revelada pela secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, que apresentou ao setor lácteo oportunidades debatidas na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27), relacionadas ao mercado de carbono e produção rural de baixo impacto como medidas para mitigação dos efeitos climáticos. A apresentação foi realizada para a Diretoria do Sindilat/RS, nesta quinta-feira (1/12), durante reunião no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.
 
Na COP27, realizada no Egito, em novembro, o Estado participou levando uma Radiografia do RS, buscando reafirmar o compromisso com o futuro e prospectando interessados em financiar ações locais. Para alcançar este objetivo, uma das estratégias passará pela mensuração das emissões por satélite o que deverá ser realizado nos próximos meses, a partir de um protocolo assinado entre os estados integrantes do Codesul. “Identificamos que a atual metodologia toma por base o sistema adotado no hemisfério norte, em que o gado é criado confinado. Eles não sabem como fazemos aqui, nem que temos reserva legal e áreas de preservação permanente (APP)”, pontuou. Segundo a secretária, essa mudança precisa acontecer para valorizar a produção e os produtos do setor como um todo.
 
Presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, saudou a importância das ações de mitigação dos efeitos climáticos e destacou a necessidade de a cadeia incluir mais essas questões na pauta a fim de mensurar o impacto e os benefícios dos sistemas produtivos. “Se conseguir de alguma maneira mudar o formato como o mundo enxerga a questão do carbono relacionada à produção primária podemos vislumbrar o reconhecimento de que produzimos com respeito ao meio ambiente e assim atingirmos mercados que valorizam isso na hora da escolha”.
 
O compromisso da Secretaria, reforçou Marjorie é para renovar e fortalecer as cadeias produtivas, buscando formas de investimento e incentivo. Dentre as medidas em andamento, está o pagamento por serviços ambientais, já previsto na reformulação do Código Florestal de 2010. A Sema tem dois editais em andamento para áreas de Reserva Particular do Patrimônio Nacional (RPPN) e outro para recuperação de bacias hidrográficas. O objetivo é incluir pagamentos para diferentes atividades desde que comprovada a compensação. Dentro desta proposta, colocou a Secretaria à disposição para receber sugestões do setor lácteo e sugeriu que a cadeia organize um plano de descarbonização. “Internacionalmente os financiamentos estão sendo realizados por projetos e não por crédito de carbono. Precisamos apresentar o que fazemos com dados”.
 
Ainda como oportunidades para o setor, a secretária Marjorie destacou que o zoneamento florestal iniciado em 2010 está em fase final e já se sabe que o reflorestamento é positivo para manutenção dos recursos hídricos o que deve permitir aumentar a área de plantio. Secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, disse que isso é positivo para a cadeia, já que o alto custo da lenha usada para alimentação de caldeiras é um ponto de preocupação. A secretaria sinalizou que pode-se estudar uma forma de incentivar a produção e o consumo local, já que depois do boom das florestadeiras boa parte da madeira acaba sendo exportada para a China.
  
Desenvolvimento do setor produtivo
Nas ações para modernização e incentivo ao desenvolvimento, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento realiza o programa Energia Forte no Campo para qualificar as redes elétricas rurais, em especial passar de bifásica para trifásica. As ações estão sendo realizadas a partir de termos de cooperação com cooperativas e no próximo ano o objetivo é realizar termos com os munícipios para acelerar a implementação. Estão previstos R$ 30 milhões para 2023.
 
Na área de biodigestores o Estado desenvolveu projeto em que subsidia os juros para implementação nas propriedades. O edital de qualificação das tecnologias está em andamento e terá financiamento pelo Badesul.  (Assessoria de Imprensa Sindilat/Créditos: Carolina Jardine)


Sindilat/RS entrega 8º Prêmio de Jornalismo

O papel da imprensa na divulgação de temas e da realidade do setor lácteo gaúcho foi reconhecido, nesta quinta-feira (1/12), com a entrega do 8º Prêmio Sindilat de Jornalismo. O evento realizado no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), contou com a presença do governador, Ranolfo Vieira Júnior, além de secretários de Estado e de municípios do RS, prefeitos, deputados e associados do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS). Foram conhecidos os melhores trabalhos na categoria Online, Eletrônico e Impresso.

O presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, valorizou a presença de todos e o acompanhamento que é realizado pela imprensa. “Aos integrantes da imprensa e finalistas do prêmio Sindilat, obrigado pelo empenho e compromisso com o bom jornalismo, vocês são agentes de desenvolvimento e educação no campo”, destacou.

Na Categoria Eletrônico o primeiro lugar ficou com Débora Padilha de Oliveira e equipe, da RBS (Caxias do Sul/RS). Na On-line, venceu Camila Pessôa, do Correio do Povo (Porto Alegre/RS). O melhor trabalho Impresso foi de Nereida Vergara, do Correio do Povo (Porto Alegre/RS). Os primeiros colocados receberam troféu do Prêmio Sindilat/RS de jornalismo e um celular Iphone. 
 
Confira a lista completa abaixo.

8º Prêmio Sindilat de Jornalismo
Categoria Eletrônico
1º Lugar: Débora Padilha de Oliveira e equipe – RBS (Caxias do Sul/RS)
Trabalho: Receita bicentenária de queijo garante venda de quem mora na Serra
2º  Lugar: Gabriela Vaz Garcia e equipe – RBS (Bento Gonçalves/RS)
Trabalho: Saiba como é feito o queijo colonial em Carlos Barbosa
3º Lugar: Elizângela Maliszewski e equipe – Canal Rural (Canoas/RS)
Trabalho: Guardiãs do Leite

Categoria Impresso
1º Lugar: Nereida Vergara - Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Produção de queijo ganha força em solo gaúcho
2º Lugar: Leonardo Gottems do Santos – Revista A Granja (Porto Alegre/RS)
Trabalho:  nimo Azedando – A realidade do segmento leiteiro brasileiro
3º Lugar: João Carlos de Faria – Revista Balde Branco (São Paulo/SP)
Trabalho: Clima e custos altos afetam produção de leite no RS

Categoria On-line
1º Lugar: Camila Pessôa – Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Atividades da Expointer aproximam crianças da produção leiteira
2º Lugar: Patrícia da Silva Feiten – Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Agroindústrias crescem e aparecem
3º Lugar: Leandro Augusto Hamester – Site Cooperativa Languiru (Teutônia/RS)
Trabalho: Pró-leite – Cooperativa lança programa de suporte aos produtores de leite

CLIQUE AQUI para conferir as fotos. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Créditos: Dudu Leal)

Aliança Láctea Sul Brasileira discute propostas para a ampliação do mercado do leite
 
“Propriedades certificadas para brucelose e tuberculose e planos de ação estaduais estão entre as medidas fundamentais para se conquistar a ampliação dos mercados para o leite e seus derivados”, defendeu Darlan Palharini, Secretário Executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) na manhã desta sexta-feira (02/12).
 
A manifestação aconteceu na reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira com representantes dos dos setores leiteiros dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Segundo o dirigente, a proposta está concatenada com o Plano de Ações para Eficiência e Competitividade Global do Leite, que está sendo construído pela Aliança Láctea e foi trabalhado em oficina no encontro da manhã. “Estes planos estaduais podem ser construídos com a participação de produtores, indústria e principalmente com a adesão do Executivo, e o ideal é que estejam ajustados até o final do primeiro semestre do próximo ano. Com isso, teremos um alinhamento nas condições dos três estados e poderemos seguir nas questões mais objetivas para se ampliar o comércio do leite para o Brasil e Exterior”, assinalou. 
 
Airton Spies, coordenador geral da Aliança Láctea Sul Brasileira, reconhece que é longo o caminho para se assegurar a competitividade do leite e seus derivados a fim de alcançar mercados maiores, mas que o leite tem condições de assumir um posto como produto de exportação brasileiro. “É desafiador, mas com certeza o leite está em uma era em que já se pode olhar para o futuro. Há uma cadeia produtiva e um setor competitivo e, vencidas as dificuldades, poderemos furar o teto, expandindo nosso comércio para além do mercado interno, assim como foi conseguido com o gado, setor em que o Brasil é atualmente o maior exportador no mundo. O leite é forte candidato para também fazer bonito no mercado mundial”.
 
No Plano de Ações para Eficiência e Competitividade Global do Leite a Aliança Láctea Sul Brasileira trabalha com o debate de soluções para uma lista de 10 itens que são gargalos para o crescimento. Eles partem do alto preço da produção, baixa eficiência produtiva no campo e na qualidade de rendimento médio do leite. Passam pela logística, que é cara e ineficiente, pela alta volatilidade dos preços e pela falta de energia trifásica e de internet no campo. 
 
A próxima reunião ordinária da Aliança Láctea Sul Brasileira será dia 15 de março, sob responsabilidade do Rio Grande do Sul e também será realizada no formato online e presencial. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Jogo Rápido 

Jantar de Confraternização Sindilat
O Jantar de Confraternização de Final de Ano do Sindilat-RS foi um sucesso. Da apresentação dos vencedores do 8º Prêmio de Jornalismo aos Destaques de 2022, os convidados puderam celebrar as conquistas do ano com o Sindilat e parceiros em uma noite de alegria e reconhecimento no Plaza São Rafael. Obrigado a todos que participaram e contribuíram para o sucesso do evento. Confira nas fotos o clima da nossa confraternização CLICANDO AQUI. (Sindilat)

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 02 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.794


Arte na Caixinha: Cerimônia de premiação será no dia 12 de dezembro 
 
A cerimônia de premiação dos vencedores do projeto Arte na Caixinha - edição de Sapucaia do Sul (RS) já tem data, hora e local: será no dia 12 de dezembro, a partir das 14h, na Associação dos Funcionários, que fica localizada na rua Monteiro Lobato, nº 614, em Sapucaia. No mesmo dia, também será conhecido o vencedor do prêmio Aluno Destaque Com Olhos no Futuro.
 
O projeto Arte na Caixinha recebeu, ao todo, 320 inscrições de trabalhos de escolas municipais. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, destaca que a premiação é um momento muito importante. “É motivo de alegria para nós premiarmos essas crianças. Afinal, elas colocaram muita criatividade, técnica e amor em suas intervenções nas caixas de leite UHT. Parabenizamos a todos pelo empenho e aos pais e professores pela parceria”, reforça. 
 
A secretária Municipal de Educação, Djoidy Iara Richter Felipin, destaca que o concurso foi recebido com muito entusiasmo por toda comunidade escolar. “Foi um momento rico de aprendizagens e trocas entre os estudantes, professores e seus familiares. Na seleção dos trabalhos desenvolvidos, observamos muita dedicação, capricho e motivação, além de conhecimentos consolidados sobre a temática do leite”, aponta.  
 
Os vencedores receberão 01 tablet, certificado, medalha e fornecimento, por 12 meses, de uma caixa com 12 litros de leite por mês. O professor responsável pela inscrição do primeiro colocado de cada categoria receberá um notebook, um certificado e 12 meses de leite.
 
O projeto é promovido pelo Sindilat/RS, com apoio da Tetra Pak e da Prefeitura de Sapucaia do Sul. 
 
Confira os vencedores:
 
Categoria Infantil
1º lugar: Samuel Maciel da Fontoura Vicente – Leite é força – EMEF Prof Rosane Amaral Dias
Professora: Crisneri de Abreu Lanzarini
 
2º lugar: Alicia Pereira Lemes – Leite Ali – EMEF Prof Rosane Amaral Dias
Professora: Crisneri de Abreu Lanzarini
 
3º lugar: Manuela Souza da Silva – A vaquinha mumu – EMEF Prof Rosane Amaral Dias
Professora: Crisneri de Abreu Lanzarini
 
Categoria Júnior
1º lugar: Murilo Rosa Cardoso– O leite é a bateria que me dá energia – EMEB Alberto Santos Dumont
Professora: Letícia Pereira Farias
 
2º lugar: Henrique Machado dos Santos– Leite na família – EMEF Hugo Gerdau
Professora: Andressa Bergamo
 
3º lugar: Nicoly Rohers Fernandes– Do campo à mesa – EMEF Hugo Gerdau
Professora: Andressa Bergamo
 
Categoria Juvenil
1º lugar: Matheus Meirelles Boardman – Fazenda do leite – EMEF Padre Reus
Professora: Susane Espíndola dos Santos
 
2º lugar: Camila dos Santos dos Santos – Vaca Mimosa – EMEF JulioStroeher
Professora: Vanessa Maria Veríssimo Schutz
 
3º lugar: Isabelly Oliveira de Carvalho – Leite é vida – EMEF Afonso Guerreiro Lima
Professora: Vera Beatriz Vieira Granja
(Assessoria de Imprensa Sindilat)


Chile – Faturamento com exportações de lácteos sobe 34,1% até outubro

De acordo com dados divulgados pelo Departamento de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa), as exportações de produtos lácteos de janeiro a outubro de 2022 totalizaram US$ 220,1 milhões, o que representa uma alta de 34,1% e crescimento de US$ 56 milhões em relação ao mesmo período de 2021.
 
Em setembro de 2022, os envios chegaram a US$ 19 milhões, registrando alta de 18,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
 
Cabe destacar que, em volume, as exportações de produtos lácteos subiram 23,3% no terceiro trimestre, alcançando 77.987 toneladas, ficando 13.242 toneladas acima do volume de 2021. Já no mês de outubro de 2022, foram exportadas 6.838 toneladas, 23,2% mais em relação ao ano anterior. O preço informado pelo ODEPA em outubro de 2022 ficou com a média de US$ 2.780/tonelada, uma queda de 2,2% em relação ao mesmo mês de 2021.
 
O principal destino das exportações é ocupado pelos Estados Unidos da América (EUA), representando 10,4% das importações. Em dez meses, os embarques para os EUA subiram 158% em relação ao mesmo período do ano anterior, e chegaram a US$ 45,8 milhões.
 
A segunda colocação ficou com a Colômbia (8,2%) das exportações. Depois vem os Emirados Árabes Unidos (5,8%); México (5,6%) e Peru (4,2%).
 
Já o principal produto de exportação é o leite condensado com participação de 22,9% do total. Representaram US$ 52,1 milhões, tendo um aumento de 26% na comparação com o mesmo do ano passado. Em volume foram 26.724 toneladas, um incremento de 42,5%.

As duas outras duas grandes participações no mês de outubro, em volume e percentuais do valor foram: leite em pó integral, 7.996 toneladas (15,5%); queijos, 6.295 toneladas (15%). (Fonte: Mundo Agropecuario - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Uruguai – “Estagnação ou fraco crescimento”
 
O baixo estoque de vacas leiteiras, segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), confirma a queda “pré-anunciada desde o ano passado” quando foi observada uma importante redução do número de animais de reposição (novilhas com mais de 2 anos e as de 1 a 2 anos)”, escreveu o produtor Justino Zavala na última edição da revista Todo Tambo, e alertou no título que estamos diante de “um mau sinal”.
 
“Na declaração dos produtores encerrada em 30 de junho de 2021 foram contabilizadas 30.816 novilhas a menos em relação a 2020”, uma queda de quase 23%, e “um número que dava apenas para suprir os descartes” do ano.
 
Em 2021 as declarações foram de 419.665 vacas, que com 25% de descarte, em uma estimativa conservadora, avalia Zavala, a demanda deveria ser de 105.000 novilhas, “o que significa que 100% das novilhas de 1 a mais de 2 anos “deveriam começar a produzir em 2022”.

“Lamentavelmente, estamos retrocedendo em relação à disponibilidade de informação e não contamos com dados precisos sobre o número de vacas de raças leiteiras enviadas para abate durante o exercício”; essa informação “que nos outros países é divulgada mensalmente, em nosso país parece impossível conseguir” e devemos “supor” que por impulso dos bons preços de carne “o abate não deve ter sido menor do que 80.000 cabeças”, ou um pouco mais com a liquidação da Olam.
 
Por outro lado, a exportação de bezerras este ano teve um peso importante, esclareceu.
Por estas razões “não devemos nos surpreender com o fato das vacas leiteiras terem caído de 419.665 em 2021, para 389.872 em 2022, 7% menos, o que corresponde a 29.793 vacas a menos.

O resto das categorias não variou de forma significativa, “mas lembremos que estamos 21% abaixo de 2020” que são “quase 29.000 novilhas a menos, não sendo, pois esperado uma recuperação dos estoques. É um mau sinal que nos antecipa a estagnação ou, na melhor das hipóteses, crescimento limitado” da produção individual de nossas vacas, que conta com outro obstáculo que é o elevado custo dos concentrados. (Fonte: TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 47/2022 – SEAPDR
 A próxima semana permanecerá com umidade e calor no RS. Na quinta-feira (01/12), o deslocamento de uma área de baixa pressão manterá grande variação de nuvens, com chuvas isoladas em todo Estado. Entre a sexta (02) e o sábado (03), a propagação de uma frente fria no oceano manterá a nebulosidade e deverão ocorrer pancadas de chuva e trovoadas isoladas na maioria das regiões. No domingo (04), a umidade e o calor predominarão em todo Estado, porém somente nos setores Norte e Nordeste ocorrerão períodos de céu encoberto com possibilidade de pancadas isoladas de chuva, associadas ao forte calor. Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)

 
 
 

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Porto Alegre, 01 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.793


Os desafios dos setores de aves, suínos e leite

Questões políticas, econômicas e sanitárias estão entre os desafios colocados à mesa pelo setor de proteína animal nos debates do Avisulat 2022. Do evento, que terminou ontem na Capital, saem temas considerados essenciais para o desenvolvimento da produção de aves, de suínos e de leite. Na atividade da avicultura, um deles é o reforço das medidas preventivas à influenza aviária.
 
A doença, nunca registrada no Brasil, é vetor de prejuízos mundo afora. E chegou mais perto do país - o Peru emitiu alerta sanitário de 180 dias após a confirmação de três casos em pelicanos. Manter o vírus longe do território é assegurar um ativo que deu ao país um status de segurança, permitindo o acesso a 150 mercados.
 
- É importante que a produção adote todos os requisitos para evitar ao máximo a entrada do vírus - destaca José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
 
Na suinocultura, o assunto sanidade do plantel também é de grande importância, mas o diretor-executivo do Sindicatos das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips), Rogério Kerber, elenca outra meta traçada. É a digitalização do segmento, a ser alcançada até meados de 2023:
 
- A informatização agilizará, trará dados objetivos fora do papel, em um sistema que poderá ser consultado, gerar relatórios. São informações que vão contribuir na própria gestão do sistema produtivo.
No caminho do leite, competitividade e segurança de margem são bandeiras.
 
- Precisamos ter uma garantia para que o produtor não saia da atividade - pontua Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS. (Zero Hora)


Instabilidade no preço do leite exige inovação por parte da indústria

O leite está consolidado há muito tempo como um dos itens mais básicos da dieta dos brasileiros, sendo amplamente consumido em todas as regiões do país em sua forma pura e por meio de derivados. Apesar disso, a indústria nacional de lácteos tem passado por grandes instabilidades nos últimos anos, decorrentes sobretudo de efeitos da pandemia e outros movimentos macroeconômicos que têm impactado negativamente os hábitos de consumo de produtos lácteos no Brasil.
 
No último ano, o preço dos insumos para a produção do leite subiu significativamente, o que estreitou a margem dos produtores e os desencorajou a trabalhar com o produto. Os motivos para a alta incluem a desorganização das cadeias produtivas que resultou da COVID-19 e a guerra no Leste Europeu, que tem impactado o preço de fertilizantes, combustíveis e commodities agrícolas no mundo.
 
Com a queda na oferta, o leite e seus derivados encareceram significativamente, com uma alta acumulada que superou 60% em um ano – entre os meses de julho de 2021 e de 2022 –, tornando o produto um ícone da inflação no mercado alimentício. Naturalmente, os consumidores reagiram a este movimento por meio de suas escolhas nas gôndolas: segundo um estudo recém-publicado pela Mintel sobre o consumo de leite de vaca e leites alternativos no Brasil, 25% dos brasileiros estão consumindo menos leite este ano em comparação com 2021 e migrando para produtos mais baratos. É claro que este impacto é particularmente intenso entre classes com menor poder aquisitivo, que são mais vulneráveis às flutuações de preços.
 
Embora recentemente a alta de preços do leite tenha desacelerado, com o aumento na produção do campo em função da chegada do período de chuvas e a queda na demanda, o impacto negativo deixado pelo último ano no consumo do produto tende a continuar surtindo efeitos no curto prazo, demandando soluções inovadoras por parte da indústria de lácteos – tanto em termos de comunicação, com um reforço os atributos nutricionais da categoria e sua adequação a diferentes momentos e situação de consumo, como em termos de diversificação de portfólio.
 
O estudo da Mintel aponta diferentes – e complementares – caminhos para a superação dos desafios pelos quais a indústria está passando.
 
A aposta em leites vegetais seria um deles, mas precisaria ser dirigida e comunicada a uma parcela de consumidores das classes A e B que têm sustentabilidade e saudabilidade como prioridade, visto que são ainda mais caros que o leite de vaca tradicional (embora o encarecimento deste esteja encurtando a distância de preço das categorias).
 
Leites saborizados são um caminho para a nutrição infantil, mas com preferência para produtos de rótulo limpo e saudáveis, visto que os pais estão cada vez mais críticos em relação aos produtos que oferecem aos seus filhos. Leites semidesnatados podem se apresentar e comunicar como opções que entregam saudabilidade sem perda de sabor, textura ou nutrientes.
 
Em resumo, inovar em portfólio é a chave, o que também passa por fabricantes ampliarem seus horizontes para além do leite puro, considerando desbravar segmentos com boa rentabilidade, tais como iogurtes, bebidas lácteas com alto teor de proteína, queijos e mais.
 
Na Tetra Pak, já temos sentido o crescimento dessa busca por novos caminhos dentro do universo de produtos lácteos: no que diz respeito às embalagens, de 2018 para cá, registramos um crescimento de 36% no volume de embalagens vendidas para categorias novas e emergentes, que incluem queijo em caixinha, bebidas à base de whey protein, leites fermentados e mais.
 
Muitos são os caminhos, mas todos partem de uma certeza: a de que, em tempos de instabilidade e grandes oscilações de preço, a indústria de lácteos não pode ficar inerte e achar que sua segurança está dada pela tradição do leite.
 
Os hábitos de consumo estão mudando e, para atendê-los, a indústria deve inovar, acompanhando as transformações, aproximando-se das novas demandas em termos tanto de produtos, com novas formulações e aposta em novas categorias, e de comunicação, reforçando os atributos dos produtos lácteos e sua relevância para as nossas dietas.
 
Em um cenário de recuperação econômica, estimado para daqui três a cinco anos, se navegarmos por essa instabilidade com consciência e fazendo as escolhas certas, tenho certeza de que teremos preços mais estáveis e mais espaço no mercado tanto para o leite de origem animal como para cada vez mais derivados e alternativas.
 
Até lá, marcas devem aprimorar sua comunicação, apostar em novas categorias e formas de levar valor agregado para os consumidores, que estão cada vez mais informados, críticos e suscetíveis aos movimentos macroeconômicos. (Autor: Danilo Zorzan - Diretor de Marketing da Tetra Pak Brasil/Milkpoint)

 
NZ – A China controla o preço do leite ao produtor neozelandês

Os preços dos lácteos no GlobalDairyTrade (GDT) caíram nos últimos meses diante dos bloqueios estabelecidos pelo Governo chinês em importantes cidades, como parte da política de Covid-Zero.
 
No entanto, no último GDT a sequência de três quedas foi quebrada: o índice de preços GDT subiu 2,4%, enquanto o leite em pó integral (WMP) teve crescimento de 3,1%.
 
O Índice geral dos preços e a cotação do WMP, no entanto, permaneceram 18% e 19%, respectivamente, abaixo dos valores de um ano atrás.
 
O economista sênior do banco Westpac, Nathan Penny, disse que é um resultado positivo levando-se em consideração as restrições estabelecidas na China. Ele observa que a demanda chinesa de lácteos veio caindo progressivamente durante o ano em decorrência do fraco crescimento econômico do país.
 
“No entanto, o abrandamento recente das restrições à Covid podem ser um sinal de uma abordagem mais pragmática adotada pelas autoridades chinesas”.
 
Quando a economia chinesa está em crescimento, os agricultores da Nova Zelândia são beneficiados.
Penny tem a expectativa de que a economia chinesa crescerá 6% em 2023, depois do fraco desempenho de 3,5% em 2022.
 
Ele disse que a recuperação da economia chinesa e o abrandamento das restrições à Covid devem se traduzir em melhora na demanda chinesa de lácteos no próximo ano.
 
Mas o economista do banco ASB, Nathaniel Keall acredita que os preços dos lácteos não irão se recuperar, até que a economia chinesa volte a um firme crescimento. “Minha expectativa é de que os preços tenham uma recuperação mais sustentável até que a demanda chinesa retorne – e isso não parece ser iminente”.
 
Keall observa que uma oferta global muito apertada, e compras agressivas pela China ajudaram os excepcionais ganhos dos produtos lácteos no início de 2021. O nível elevado foi mantido na primeira parte do ano, de modo que a subsequente ausência da China fez muita falta.
 
“Como destacado em numerosas publicações, a falta da demanda chinesa foi decorrente do ambiente doméstico: medidas de isolamento por causa da Covid que resultaram na desaceleração mais ampla do crescimento econômico, refletindo no consumo dos lares da China, com retração considerável”.
 
O banco ASB revisou a previsão do preço do leite ao produtor de NZ$ 10/kgMS, [R$ 2,50/litro], para NZ$ 9,40/kgMS, [R$ 2,35/litro]. O banco Westpac prevê NZ$ 8,75/kgMS, [R$ 2,19/litro] para esta temporada e de NZ$ 10/kgMS para a próxima. (Fonte: DairyNews – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

Anuário reafirma posição da Languiru entre as maiores cooperativas de produção do RS
No dia 29 de novembro o Grupo Amanhã e a PwC Brasil anunciaram o novo ranking 500 Maiores do Sul, tomando como referência o desempenho das empresas no exercício de 2021 e publicado em 2022. A Languiru segue entre as maiores cooperativas de produção do Rio Grande do Sul; entre as 100 maiores empresas do Estado, cooperativas ou não, está na 55ª colocação; em se tratando da região Sul (RS/SC/PR), ocupa a posição 128. O presidente Dirceu Bayer valoriza o desempenho da Languiru no ranking, considerando as dificuldades de 2021 com a pandemia, estiagem, alto custo de produção e poder aquisitivo do consumidor fragilizado, cenário que se tornou ainda mais desafiador em 2022, especialmente para a indústria de transformação do segmento das carnes. “O momento é de cautela, mas, apesar de tudo, a Languiru não parou, vislumbramos na adversidade novas oportunidades. O ano de 2021 foi extremamente desafiador e nos mostrou o quanto o desempenho da Languiru nos anos anteriores foi importante, com reservas que neste momento dão sustentação aos negócios”, destaca. Por outro lado, ele ressalta que 2022 é um dos anos de maior investimento na história da Languiru. “A projeção para 2023 segue sendo de instabilidade, porém, com as obras nas unidades industriais concluídas, a expectativa é de que possamos incrementar o desempenho no segmento das carnes, com novos produtos e cortes que agregam valor à matéria-prima, além de voltarmos nossa atenção ao segmento de grãos”, afirma, valorizando a diversidade de negócios da Cooperativa. (Assessoria de Imprensa Languiru)

 
 

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Porto Alegre, 30 de novembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.792


Languiru é reconhecida como melhor fornecedora de leites

A Languiru foi premiada como a melhor fornecedora de leites no Carrinho AGAS 2022, promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS). A solenidade de premiação ocorreu na noite de 28 de novembro, durante evento realizado em Porto Alegre, quando foram laureadas 43 empresas e personalidades que mais se destacaram em suas atividades ao longo do ano, em diferentes categorias.

A apuração dos ganhadores, que avaliou desde pequenas empresas regionais até grandes multinacionais, considerou participação de mercado, inovação, cumprimento de prazos de entrega e relacionamento com os varejistas. A eleição envolveu os 250 maiores supermercados do Estado e as personalidades destaque foram apontadas pela diretoria da AGAS.

“O prêmio valoriza toda a cadeia produtiva do leite, desde o associado, passando pela nossa indústria e chegando à mesa dos consumidores com um produto diferenciado, seguro e de qualidade. Estamos felizes em integrar esse seleto grupo da cadeia de abastecimento do Rio Grande do Sul. A Languiru está atenta ao mercado, procura atender aos anseios e demandas desse novo consumidor pós-pandemia, com novas peculiaridades. Apesar do cenário econômico adverso, soubemos nos reinventar e criar novos espaços para a realização de negócios”, avalia o presidente Dirceu Bayer.

Nos anos de 2016 e 2017 a Languiru já havia sido premiada como melhor fornecedora de frango. O Carrinho AGAS está na 39ª edição, foi criado em 1984 e é realizado anualmente.

“Em 2022, os supermercados buscaram acima de tudo oportunizar melhores condições de custo-benefício aos clientes, que estiveram com seu poder de compra reduzido. Isto abriu portas para que empresas locais oferecessem novos produtos e um relacionamento mais próximo com o varejista, que precisa de agilidade e autonomia na tomada de decisões”, reflete o presidente da Associação, Antônio Cesa Longo. (Cooperativa Languiru)


Cooperativas investem mais de R$ 2,5 bilhões no Estado

O modelo cooperativista firma- -se como uma fonte de investimento diferenciada no Rio Grande do Sul. As cooperativas, que vão desde a agroindústria até o varejo, infraestrutura, saúde e serviços financeiros, respondem por R$ 2,5 bilhões no Anuário de Investimentos 2022. Com crescimento robusto, de dois dígitos, mesmo em meio à pandemia, essas instituições investem de forma permanente no Estado. “O cooperativismo tem segurança, competitividade e capilaridade. Hoje, um terço dos gaúchos é cooperativado e encontra nas cooperativas, como no exemplo daquelas que atuam no meio rural, o ciclo completo para o produtor. 

Desde o fornecimento de insumos, parceria nos maquinários, estrutura para industrialização e logística e atendimento das necessidades de varejo deste associado”, explica o presidente do Sistema de Organização de Cooperativas do RS (Ocergs - Sescoop/RS), Darci Hartmann. 

Somente entre as cooperativas filiadas à Ocergs, são contabilizadas 423 entidades. “O ano foi muito positivo, e poderia ser ainda melhor se tivéssemos maior agilidade nos licenciamentos para os projetos de PCHs que diversas cooperativas estão a frente”, comenta o dirigente. Para o próximo ano, Darci Hartmann avalia que haverá ainda maiores avanços em relação a investimentos em logística e no setor de biocombustíveis. As cooperativas investiram em armazenagem, beneficiamento de produtos agrícolas, agregando valor, além de energia. Instituições dos ramos de saúde e financeiro também fizeram aportes. (Jornal do Comércio)

Queda nas cotações das commodities lácteas ameaçam o preço do leite ao produtor na Europa

Por diversas semanas, a captação de leite na Alemanha, na França e em alguns outros países europeus ficou estabilizada graças à leve queda de temperatura. 

O volume de leite, no momento, está acima do registrado no ano anterior, embora a segunda metade de 2021 tenha sido marcada pela fraca produção de leite. O elevado preço do leite estimula os agricultores a maximizar a produção de suas vacas. O preço do leite ao produtor variou entre US$ 25 e US$ 30/cwt, [R$ 3,05 a R$ 3,66/litro], nos últimos meses, tornando economicamente viável suplementar a alimentação das vacas. As indústrias estão bem abastecidas para a fabricação de produtos lácteos e ingredientes.

As cotações de algumas commodities lácteas enfraqueceram recentemente e observadores do mercado indagam se será possível para as indústrias, manterem o nível de preço do leite aos produtores. Efetivamente, as indústrias esperam que haja uma revitalização da demanda por produtos lácteos, pois caso contrário, poderá ser necessário fazer ajustes no preço do leite ao produtor.  

De acordo com dados do site CLAL, a captação de leite de vaca no mês de setembro foi estimada em 11.498.000 toneladas, um aumento de 0,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado, de janeiro a setembro de 2022, o volume total está estimado em 110.174.000 toneladas, apresentando queda de 0,4% em relação ao período correspondente de 2021. Na mesma comparação, as variações nos principais países produtores foram: Alemanha (-0,9%); França (-1,2%); Holanda (-0,2%) e Itália (-0,2%).

No Reino Unido, a captação de leite no mês de setembro de 2022 foi de 1.190.900 toneladas (+0,2%) em relação a setembro de 2021. As entregas no acumulado do ano até setembro de 2022, foram de 11.587.800 toneladas, com redução de 1,5% na comparação com o mesmo período de 2021.
 
O forte ritmo de produção de leite no Leste Europeu se mantém mesmo no período sazonal de menor produção. Um clima mais favorável e temperaturas amenas continuam favorecendo os números em alguns países da região. De acordo com o site CLAL, no mês de setembro de 2022 o leite de vaca captado pelas indústrias polonesas foi de 1.022.000 toneladas, 2,6% mais em relação a setembro de 2021. No acumulado do ano, até setembro de 2022, o aumento é de 2,3%, totalizando 9.705.000 toneladas.

Na Bielorrússia, foram captadas 643.000 toneladas de leite no mês de outubro de 2022, um aumento de 1,1% em relação a outubro de 2021. De janeiro a outubro o volume contabilizado foi de 6.602.000 toneladas, registrando aumento de 0,3% em comparação com o mesmo período de 2021. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido 

Ministério da Agricultura estende prazo para vacinação contra aftosa
O Ministério da Agricultura estendeu até 17 de dezembro o prazo da segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa, que, no cronograma original, estava programada para terminar amanhã (30/11). A expectativa da Pasta é que 161 milhões de animais sejam vacinados. Segundo o ministério, a prorrogação ocorreu após solicitação de alguns Estados. “A ampliação do prazo foi definida para evitar transtornos ao produtor e prejuízos à cobertura vacinal”, diz o diretor do departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes, em nota. Os produtores poderão entregar a declaração de vacinação ao órgão executor de defesa sanitária animal de seus respectivos Estados até 24 de dezembro. A entrega pode ser feita de forma online ou presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual. (Valor Econômico)

 
 

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Porto Alegre, 29 de novembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.791


Setor lácteo defende aumento da competitividade na abertura da 6ª Avisulat
 
O aumento da competitividade do leite gaúcho é o principal desafio para o próximo ano, conforme destacou o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, na abertura da 6ª edição da Avisulat – Congresso e Central de Negócios Brasil Sul. “Nosso objetivo é conseguir alcançar políticas de incentivo para a equiparação, a fim de que os nossos produtos possam competir com países como a Nova Zelândia, que consegue produzir um leite com mais sólidos e gordura e com preço menor”.
 
O dirigente acrescenta ainda que o evento, que segue até a quarta-feira (30/11), reúne os setores da avicultura e da suinocultura no debate de pautas comuns. “São questões ligadas a sustentabilidade, aos custos de produção, ao crescimento da renda das pessoas para garantir o consumo; além de questões relativas à Reforma Tributária e ao ocumprimento das metas ambientais que, pelo relato do secretário da Agricultura do RS, Domingos Antonio Velho Lopes, já são, em grande parte cumpridas pelo Brasil, o que nos dá certa tranquilidade”, destaca Palharini.
 
Três palestras magnas vão aprofundar a discussão dos temas comuns aos setores, incluindo os gargalos na evolução das cadeias e as análises sobre os rumos para o desenvolvimento de cada segmento. Nesta segunda (28/11), pela manhã, foi abordado o tema "O agronegócio e o impacto das transformações globais”. Na terça (29/11), de tarde, será a vez de trazer à pauta “Logística e suprimentos no agronegócio: quais os caminhos para soluções?” e “Família integrada - a produção de alimentos e os desafios na atualidade”.
 
Ao longo de três dias, além de exposições, estandes, está sendo oferecida uma programação diversificada com workshops, simpósios, seminários e debates que abrange, de forma segmentada, as atividades relativas ao leite, aos suínos e às aves, através das Programações Técnicas nos fóruns setoriais. Já a Central de Negócios vai estar aberta diariamente entre 10h30min e 19h30min.
 
As atividades são direcionadas aos representantes das cadeias produtivas, produtores, pesquisadores, cientistas, professores, órgãos oficiais ligados direta e indiretamente ao agronegócio e aos profissionais das áreas.
 
A 6ª edição da Avisulat é uma promoção conjunta do Sindilat/RS em parceria com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul (SIPS).  
 
AVISULAT – Congresso e Central de Negócios Brasil Sul será realizado até quarta-feira (30/11), no Teatro do Sesi e nas dependências da Federação e Centro das Indústrias do Estado (Fiergs), em Porto Alegre (RS). A programação está disponível em https://avisulat.com.br/pg/programacao. (Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações de Avisulat)


Concurso Cultural Arte na Caixinha em Pelotas tem 191 inscritos

O Concurso Cultural Arte na Caixinha, promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) em parceria com as escolas da rede pública de Pelotas, recebeu a inscrição de 191 trabalhos, que foram realizados por crianças do Pré II ao 5º ano. Divididos por categorias, concorrem 63 na Infantil, 79 na Júnior e 49 na Juvenil. A divulgação dos vencedores e a apresentação dos trabalhos acontecerão dia 15 de dezembro. 

A iniciativa explora a temática “O leite na sua vida” e propõe a utilização de diferentes técnicas artesanais e artísticas em caixas de leite UHT. A ideia é soltar a criatividade através da pintura, da colagem, do desenho, entre outros. "Na etapa Pelotas do concurso Arte na Caixinha conseguimos perceber que os 191 alunos que participaram entenderam realmente os processos que o leite percorre desde a ordenha até a mesa, representando em trabalhos muito bem elaborados e criativos, isso é muito satisfatório. Levar a cultura láctea ao consumidor é de extrema importância", avalia o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

O chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, lembra que as ações desenvolvidas pelo Sindilat têm movimentado o dia a dia dos alunos e alunas da rede pública. “Esperamos que o projeto continue, pois, mais do que valorizar um alimento precioso que é o leite, une a sociedade. As três ações: peça teatral, trabalhando o emocional; o Recanto das Terneiras, permitindo o contato com os animais; e a atividade Arte na Caixinha, colhendo o impacto de todo o trabalho; certamente mudam a percepção sobre a vida e sobre a natureza não só do público infantil, mas, também, dos educadores, artistas, pesquisadores, extensionistas e pesquisadores presentes”, relata. 

Entre os objetivos do projeto do Sindilat estão a divulgação da importância de uma nutrição equilibrada para a saúde e no aprendizado das crianças; o auxílio às crianças vencedoras na acessibilidade do ensino remoto, através do fornecimento de equipamento (tablet); e a valorização dos professores, que são premiados assim como os alunos que tiram os primeiros lugares em em cada categoria do concurso e também a sustentabilidade. 

PREMIAÇÃO:
Os três primeiros colocados em cada uma das três categorias, Infantil, Júnior e Juvenil recebem os seguintes prêmios:

1º lugar - Tablet + Certificado + 12 meses de leite*
2º lugar - Tablet + Certificado + 12 meses de leite*
3º lugar - Certificado + 12 meses de leite*

O professor (a) responsável pela inscrição do primeiro colocado em cada categoria receberá um notebook + Certificado + 12 meses de leite.*

*1 caixa com 12 litros por mês
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

Laticínios miram oportunidades no mercado chinês

Um ano depois de realizar sua primeira exportação de lácteos para a China, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) recebeu neste mês uma visita de seus parceiros comerciais no país asiático. Por condições mercadológicas - o preço do produto brasileiro não é competitivo agora -, novos negócios não foram fechados. Mas, de olho no futuro, o contato foi constante em 2022. É compreensível. Mesmo que a China esteja do outro lado do globo, e perto do maior exportador de lácteos do mundo (a Nova Zelândia), tende a ampliar suas importações de derivados em 80% entre 2021 e 2031, ano em que as compras poderão alcançar 35,8 milhões de toneladas (equivalente leite). Os dados são do próprio governo chinês e foram reunidos pela InvestSP, agência que contribui para o fomento de negócios entre os dois países. 

Os exportadores brasileiros acreditam que os países latino-americanos poderão se beneficiar de janelas de negócios nesta década à medida que a demanda chinesa for maior, já que há um limite para que os neozelandeses possam atendê-la.Segundo José Mário Antunes, COO da InvestSP, o aumento do consumo de lácteos na China resulta não apenas do crescimento populacional, mas de um ajuste das recomendações nutricionais que vêm sendo feitas por Pequim. Como se trata de um mercado difícil de conquistar, porque exige investimento e paciência, a CCGL está empenhada desde já. “Quando o mercado virou neste ano [os preços no Brasil subiram], chegamos a cancelar um embarque de 20 contêineres para lá. Fizemos isso de comum acordo, para manter o bom relacionamento”, disse Caio Vianna, presidente da CCGL. A cooperativa brasileira enviou dois lotes “pequenos” de leite em pó para o mercado chinês há um ano. Volume e valor não foram informados. 

O produto foi usado por processadores que fabricam derivados em geral, como queijos, iogurtes e até salsicharia. Segundo Vianna, os compradores ainda não conheciam o produto brasileiro. “Gostaram muito”, disse. “Mas vender para a China exige não pensar só em lucro imediato”. A CCGL sabe que terá de investir dinheiro, tempo e, às vezes, “até perder algo” (lucro). “Dá trabalho, mas para abrir um mercado é preciso investir”. Na visão dos exportadores gaúchos será possível para o Brasil e seus vizinhos Argentina e Uruguai - dois fornecedores de leite já mais consolidados no mercado internacional - ganharem espaço na China no decorrer da década, porque a alta do consumo chinês não será totalmente suprida pela Nova Zelândia. 

Vianna acredita que os neozelandeses têm um limite para ampliar sua oferta, visto que o país tem produção a pasto e não é produtor de grãos, usados na alimentação dos rebanhos. Observadas essas características, para ele dificilmente as fazendas conseguirão aumentar volumes em “30%, ou até mesmo dobrar”, para atender uma demanda muito maior do que a atual. 

Porém, depois da Nova Zelândia, os maiores fornecedores de lácteos para a China são União Europeia e Austrália, importantes fornecedores globais do setor que também deverão brigar por espaço. Assim, as oportunidades para os brasileiros ocorrerão em “janelas” à medida que a demanda asiática - somados Vietnã e Indonésia - for maior, elevando os preços internacionais.

Aproveitá-las dependerá de mudanças geradas por algumas frentes de esforços, sejam elas individuais - a exemplo do que faz a CCGL -, setoriais e em nível governamental. É consenso que o Brasil precisa elevar a eficiência produtiva em leite, já que os volumes das fazendas praticamente atendem o mercado interno, e ampliar o investimento em marketing e relacionamento, além de batalhar pela redução de taxas no comércio internacional. A transformação setorial que vem ocorrendo nos últimos anos no Brasil, com o emprego de tecnologia, poderá ajudar a aumentar a eficiência das fazendas. Mas os lácteos brasileiros pagam 10% de taxa para entrar na China, bem como os europeus e americanos. Exportadores da Austrália e Nova Zelândia têm vantagens nesse capítulo. Os produtos neozelandeses, por exemplo, têm isenção de pagamento dessa taxa para 300 mil toneladas, e a partir de 2024 a cota cairá e os lácteos do país entrarão na China sem a cobrança. Esse tipo de barreira será vencida apenas por meio de acordos bilaterais. Já sobre o custo logístico, devido à distância a partir do Brasil, não é considerado um problema. “Negociar com os chineses mostrou que, diferentemente do que eu pensava, o frete não é um fator que afeta nossa competitividade”, disse Vianna. 

Considerado o cenário de desafios, talvez o leite vá ser o último, entre todos os produtos do agro brasileiro, a ganhar status de exportador, admite Vianna. Mas ele acredita, ainda assim, ser possível não só que o país se torne exportador, como se consolide como fornecedor para a China. “Há uma década o Brasil não exportava um quilo de carne bovina para os chineses, e hoje aquele país é o maior destino para os frigoríficos”, cita. Carne e leite são segmentos com características distintas, mas há um fator comportamental na China que abre possibilidades similares, na visão do presidente da CCGL Ele lembra que o país asiático tem pelo menos 200 milhões de pessoas com alto poder aquisitivo nas áreas urbanas. É o equivalente ao tamanho da população brasileira em meio a um total de 1,5 bilhão de chineses. “Tem um Brasil dentro da China com poder aquisitivo para consumir carne e lácteos. Se essas pessoas provarem um queijo feito de leite de vaca, não tem como voltarem para o tofu”, opinou. (Valor Econômico)


Jogo Rápido 

Argentina – Poderá faltar lácteos: confirmado paralisação em todas empresa pela crise na SanCor
A Diretoria Nacional da Associação dos Trabalhadores da Indústria de Laticínios da República Argentina (Atilra) confirmou nesta segunda-feira, a realização de uma paralisação de 72 horas na cooperativa SanCor e de 48 horas no resto das empresas do setor, em protesto contra a falta de soluções e um novo capítulo de intermináveis crises que vive a empresa de Santa Fe/Cordoba. Nos últimos anos a SanCor tentou sobreviver vendendo inúmeros ativos, mas não conseguiu sair da falência e a recente promessa de resgate de empresários aliados ao governo nacional não se concretizou. Assim, a Atilra decidiu retomar medidas extremas de protestos. A novidade – e muito criticada pelas entidades representantes das indústrias – é a decisão de realizar paralisação em todas as indústrias, formada em sua maioria por pequenas e médias empresas que não têm nenhuma relação com a crise de uma das maiores cooperativas do país.
Datas e Prazos:
De concreto, a agenda decidida pela Atilra é a seguinte:
1 – Paralisação de 72 horas na SanCor, que ocorrerá de ZERO hora de terça-feira, 29 de novembro, até às 24 horas de 1º de dezembro.
2 – Paralisação de 48 horas nas outras indústrias de laticínios do país, de ZERO hora de 30 de novembro até 24 horas de 1º de dezembro.
“Atento à importância da presente resolução, solicitamos aos companheiros do setor lácteo de todo o país que se mantenham alertas e mobilizados aguardando todas as informações que iremos divulgar através dos canais oficiais de comunicação da entidade”, disse a Atilra. (Fonte: Infocampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de novembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.790


Conseleite/MG
 
Na reunião do mês de novembro/2022, o Conselho aprovou os resultados dos estudos da Câmara Técnica relativos aos custos de produção de produtores e indústrias que resultam em novos valores de referência para os derivados lácteos considerados no modelo. Serão divulgados valores de referência com e sem revisão até o mês de dezembro e, a partir de janeiro de 2023, apenas valores com revisão. Para calculadora do Conseleite MG serão considerados apenas os valores COM revisão. 
 
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Novembro de 2022, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga: 
 
a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2022 a ser pago em Outubro/2022 
b) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2022 a ser pago em Novembro/2022 
c) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2022 a ser pago em Novembro/2022 e valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2022 a ser pago em Dezembro/2022.
 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. 
 
CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA 
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite padrão, maior e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (Conseleite/MG)


Conseleite/SC

Na reunião do mês de novembro/2022, o Conselho aprovou os resultados dos estudos da Câmara Técnica relativos aos custos de produção de produtores e indústrias que resultam em novos valores de referência para os derivados lácteos considerados no modelo.  A diretoria do Conseleite-Santa Catarina alerta que não há comparabilidade com os valores divulgados anteriormente. Serão divulgados valores de referência com e sem revisão até o mês de dezembro e a partir de janeiro de 2.023, apenas valores com revisão.

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Novembro de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Outubro de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro de 2022. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

Períodos de apuração
Mês de Outubro/2022: De 03/10/2022 a 30/10/2022
Parcial Novembro/2022: De 31/10/2022 a 20/11/2022
 
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

Uruguai – MGAP destinara US$ 10 milhões para a indústria de laticínios
 
Atendendo às necessidades da indústria de laticínios, o Poder Executivo busca fornecer ferramentas que permita a alavancagem financeira, destinado à reconversão de várias destas indústrias e assim evitar que tenham maiores prejuízos. 
 
Em coletiva de imprensa, o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), Fernando Mattos, explicou que haveria três indústrias vinculadas ao setor de laticínios com altos níveis de endividamento e sem acesso a crédito. Algumas delas voltadas, principalmente, para o mercado interno e outras que se dedicaram à exportação, mas sofreram reveses em certos destinos.
 
Em particular a produção queijeira, que está sendo particularmente afetada com a matéria prima mais cara e a demanda internacional reprimida, acrescentou.
 
Projeto de lei no Parlamento
O MGAP enviará um projeto de leite ao Parlamento para destinar fundos, que em princípio chegariam a uns US$ 10 milhões, para assistência a produtores do setor lácteo. O objetivo é contribuir para que as indústrias de laticínios façam uma reconversão para obter maior rentabilidade e desta forma receber ajudas do Governo.
 
“Avaliamos que isto seja suficiente para alavancar financeiramente a reconversão necessária para estas indústrias”, disse Mattos; também assegurou que a reconversão deverá ocorrer desde aperfeiçoamentos tecnológicos até os planos de negócios.
 
Desta forma o Poder Executivo procura evitar que algumas indústrias em maiores dificuldades do setor lácteo cessem suas atividades, já que se isto ocorrer “será difícil uma reversão e terá grande impacto no interior do país”. (Fonte: TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

Decisão STF a respeito do uso de créditos de PIS e COFINS
Sai a decisão STF a respeito do uso de créditos de PIS e COFINS em regime não cumulativo, o que era já esperado em termos de resultados, devendo ser cumpridas as regras infraconstitucionais que regulamentam a matéria tributária. Assim, o plenário do STF concluiu o julgamento de importantes questões tributárias sobre o uso do crédito de PIS E COFINS envolvendo regimes de não cumulatividade do PIS e COFINS. Definindo a regra sobre o que é permitido ou não ser considerado crédito de PIS E COFINS no regime não cumulativo de PIS e COFINS. (Fonte: STF- Supremo Tribunal Federal)

 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de novembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.789


Laticínios podem ajudar bebês a atender às suas necessidades nutricionais, conclui webinar
  
A boa nutrição e seu impacto em nossa saúde na velhice começam na gravidez, quando os bebês estão se desenvolvendo. Sabe-se agora que os primeiros 1.000 dias de vida – o período desde a concepção de uma criança até os dois anos de idade – são críticos para a saúde futura. Esta semana, a Dairy UK reuniu profissionais de saúde para um mergulho profundo na ciência por trás do papel que os nutrientes lácteos desempenham no apoio à nutrição e saúde durante os primeiros 1.000 dias de vida.
 
A Dra. Sarah Bath, da Universidade de Surrey, discutiu a importância muitas vezes esquecida do iodo durante a gravidez e as fontes de alimentos – como laticínios – que podem nos ajudar a atingir nossa ingestão de iodo. O Dr. Bath descreveu como até mesmo a deficiência leve de iodo pode ter um impacto negativo nos bebês, com a deficiência na gravidez levando a um desenvolvimento cerebral prejudicado e as crianças apresentando pontuações mais baixas relacionadas à cognição, QI verbal, memória de trabalho, precisão e compreensão, ortografia e escrita, linguagem e habilidades motoras.
 
O Dr. Bath concentrou-se em estudos de pesquisa mostrando que as mulheres que não consomem laticínios, carne, peixe ou ovos estão particularmente em risco de deficiência de iodo, com leite e produtos lácteos fornecendo mais iodo à dieta do Reino Unido do que qualquer outro grupo de alimentos. Apenas três porções por dia, principalmente leite e iogurte, podem ajudar os adultos a atingir a quantidade diária recomendada e podem fornecer 85% da ingestão diária recomendada de uma mulher grávida. Ela também destacou que apenas 6% das bebidas à base de plantas no mercado são enriquecidas com iodo e, portanto, aqueles que trocam laticínios por uma bebida à base de plantas também podem estar em risco de deficiência de iodo.
 
A Dra. Mary Flynn, da Food Standards Agency Ireland (FSAI), explicou o mais recente trabalho de modelagem da FSAI no desenvolvimento de diretrizes dietéticas baseadas em alimentos para crianças de 1 a 5 anos. Este trabalho mostrou como algumas crianças pequenas podem estar em risco de não obter ferro suficiente, vitaminas D e E, ácidos graxos essenciais – DHA e EPA, zinco e iodo de sua dieta. Leite e produtos lácteos são as principais fontes alimentares de cálcio, zinco e iodo para bebês e crianças pequenas na Irlanda e são veículos importantes para fornecer esses nutrientes.
 
Por fim, Laura Matthews, nutricionista registrada e especialista em nutrição infantil, forneceu alguns conselhos práticos sobre como e quando introduzir laticínios na dieta infantil, algumas ideias úteis de receitas para aconselhar os pais e desmentiu alguns dos mitos comuns que muitos pais ouvem em torno de laticínios e desmame.
 
Comentando sobre o webinar, Erica Hocking – cientista sênior de nutrição da Dairy UK disse: “Sabemos como os nutrientes lácteos são benéficos para bebês, crianças pequenas e mulheres grávidas, mas o webinar foi uma grande oportunidade para lembrar aos profissionais de saúde como uma boa nutrição é vital durante os primeiros 1.000 dias de vida realmente é.
 
“Uma boa nutrição, incluindo os valiosos nutrientes dos laticínios, é crucial para apoiar o crescimento rápido, o cérebro e o desenvolvimento do sistema imunológico dos bebês. Leite e laticínios desempenham um papel tão importante no fornecimento de proteínas, cálcio, iodo e vitaminas do complexo B para ajudar a atender a essas demandas de crescimento e desenvolvimento”. (Dairy Industries)


Comissão aprova Orçamento com déficit
 
Após quase três horas de reunião, a Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa aprovou ontem o parecer final favorável do deputado Mateus Wesp (PSDB) ao projeto do Orçamento de 2023. Agora, o texto será analisado em plenário na próxima terça-feira. Com as receitas estimadas em R$ 70,3 bilhões e despesas em R$ 74,1 bilhões, as contas do Estado para o próximo ano irão fechar novamente no vermelho, com um déficit estimado de R$ 3,8 bilhões.

Os resultados contrastam com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada pela Assembleia em julho, que previa um superávit de R$ 37 milhões. A justificativa do Executivo para a perda na arrecadação se dá em função da legislação federal que determinou a redução para 17% do ICMS sobre gasolina, energia elétrica e telecomunicações. 

A Secretaria da Fazenda estima que em 2023 os valores perdidos vão totalizar R$ 4,4 bilhões. Apesar da redução em relação aos anos anteriores, as despesas com pessoal e encargos sociais somam os maiores valores, com R$ 52,3 bilhões, incluindo a administração direta, autarquias e fundações. Outras despesas ficam em R$ 11,3 bilhões.

Apesar do déficit, o Estado informa que destinará R$ 1,5 bilhão para o programa Avançar. Das 548 emendas recebidas, o relator acolheu 498, mas oito delas foram rejeitadas pelo colegiado e se somaram às 31 originalmente apontadas com parecer contrário do relator. A grade final de emendas com parecer favorável foi de 490. Do total, 39 tiveram parecer contrário e 19 foram prejudicadas. As outras 21 emendas foram encaminhadas pelo relator. (Correio do Povo)

 

Emater/RS-Ascar multiplica orientações sobre atividade leiteira e pecuária através de Unidades de Referência Tecnológica na região de Santa Rosa

Para que o trabalho com manejo e defesa sanitária animal possa chegar a um maior número de famílias, de forma qualificada e continuada, a Emater/RS-Ascar implantou Unidades de Referências Tecnológicas (URT’s) em diferentes pontos da região administrativa de Santa Rosa. Para isso conta com a parceria de dezenas de famílias que permitiram que fosse realizado acompanhamento em sua propriedade de modo que os resultados alcançados sejam apresentados a outros agricultores e pecuaristas familiares, inspirando melhorias em suas atividades, na ampliação da qualidade de vida e geração de renda, com acesso a novas tecnologias e políticas públicas.

São 35 URT’s de bovinocultura de leite existentes na região, sendo que nestas propriedades recebem atenção a gestão da propriedade, o manejo geral e sanitário do rebanho, alimentação e nutrição ( forrageiras anuais e perenes, fenação, silagem, pré-secados, fenos e mineralização), criação correta de terneiras e novilhas, genética adequada, produção de leite de qualidade, bem-estar animal, comercialização do produto, sistema de produção à base de pasto em pastoreio rotacionado e algumas em compost barn, além de aspectos gerais de toda a cadeia do leite.

"Estas propriedades recebem visitas periódicas da Emater e se prepararam cada vez mais para serem atrativas em questões produtivas e outros aspectos como bem-estar familiar e, assim, receber e inspirar outros produtores e também para ser sede de dias de campos", explica o extensionista do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, Jorge João Lunardi.

A pecuária familiar é a ênfase nas unidades de referência tecnológica de seis municípios, sendo eles Santo Antônio das Missões, São Luiz Gonzaga, Bossoroca, Garruchos, Dezesseis de Novembro, Porto Xavier, Pirapó e São Miguel das Missões. Nelas estão sendo estruturadas questões voltadas ao melhoramento do campo nativo e manejo animal. Também há seis URT’s em ovinocultura, que recebem visitas periódicas da Emater/RS-Ascar, com vistas a melhor produção de carne e lã, além do aproveitamento no artesanato rural.

O controle de carrapatos é acompanhado em URT’s de 14 municípios, com atividades focadas em Santa Rosa, Cerro Largo, Santo Antônio das Missões, Senador Salgado Filho, Guarani das Missões, Garruchos, Cândido Godói, Pirapó, Doutor Maurício Cardoso, Campina das Missões, Três de Maio, Alecrim, Boa Vista do Buricá e Ubiretama. Nestas propriedades está sendo orientado o de controle destes parasitas e da tristeza parasitária, de uma forma orgânica, com menos químicos, usando homeopatias, probióticos, bioinsumos diversos, plantas medicinais e controle mecânico. Os agricultores também recebem orientações sobre o controle do ciclo do carrapato, com menor uso de produtos tóxicos e com menor poder residual no leite e na carne. (Emater)


Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 46/2022 – SEAPDR
 Entre a segunda (28) e quarta-feira (29), a presença do ar quente e úmido manterá o tempo mais abafado e grande variação de nuvens, com períodos de céu encoberto e possibilidade de pancadas isoladas de chuva, típicas de verão, em todas as regiões. Os volumes previstos deverão oscilar entre 15 e 35 mm na maioria das regiões. No Alto vale do Uruguai, Planalto e na Serra do Nordeste os valores oscilarão entre 35 e 50 mm, e poderão superar 60 mm nos Campos de Cima da Serra. Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)