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29/11/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de novembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.791


Setor lácteo defende aumento da competitividade na abertura da 6ª Avisulat
 
O aumento da competitividade do leite gaúcho é o principal desafio para o próximo ano, conforme destacou o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, na abertura da 6ª edição da Avisulat – Congresso e Central de Negócios Brasil Sul. “Nosso objetivo é conseguir alcançar políticas de incentivo para a equiparação, a fim de que os nossos produtos possam competir com países como a Nova Zelândia, que consegue produzir um leite com mais sólidos e gordura e com preço menor”.
 
O dirigente acrescenta ainda que o evento, que segue até a quarta-feira (30/11), reúne os setores da avicultura e da suinocultura no debate de pautas comuns. “São questões ligadas a sustentabilidade, aos custos de produção, ao crescimento da renda das pessoas para garantir o consumo; além de questões relativas à Reforma Tributária e ao ocumprimento das metas ambientais que, pelo relato do secretário da Agricultura do RS, Domingos Antonio Velho Lopes, já são, em grande parte cumpridas pelo Brasil, o que nos dá certa tranquilidade”, destaca Palharini.
 
Três palestras magnas vão aprofundar a discussão dos temas comuns aos setores, incluindo os gargalos na evolução das cadeias e as análises sobre os rumos para o desenvolvimento de cada segmento. Nesta segunda (28/11), pela manhã, foi abordado o tema "O agronegócio e o impacto das transformações globais”. Na terça (29/11), de tarde, será a vez de trazer à pauta “Logística e suprimentos no agronegócio: quais os caminhos para soluções?” e “Família integrada - a produção de alimentos e os desafios na atualidade”.
 
Ao longo de três dias, além de exposições, estandes, está sendo oferecida uma programação diversificada com workshops, simpósios, seminários e debates que abrange, de forma segmentada, as atividades relativas ao leite, aos suínos e às aves, através das Programações Técnicas nos fóruns setoriais. Já a Central de Negócios vai estar aberta diariamente entre 10h30min e 19h30min.
 
As atividades são direcionadas aos representantes das cadeias produtivas, produtores, pesquisadores, cientistas, professores, órgãos oficiais ligados direta e indiretamente ao agronegócio e aos profissionais das áreas.
 
A 6ª edição da Avisulat é uma promoção conjunta do Sindilat/RS em parceria com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul (SIPS).  
 
AVISULAT – Congresso e Central de Negócios Brasil Sul será realizado até quarta-feira (30/11), no Teatro do Sesi e nas dependências da Federação e Centro das Indústrias do Estado (Fiergs), em Porto Alegre (RS). A programação está disponível em https://avisulat.com.br/pg/programacao. (Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações de Avisulat)


Concurso Cultural Arte na Caixinha em Pelotas tem 191 inscritos

O Concurso Cultural Arte na Caixinha, promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) em parceria com as escolas da rede pública de Pelotas, recebeu a inscrição de 191 trabalhos, que foram realizados por crianças do Pré II ao 5º ano. Divididos por categorias, concorrem 63 na Infantil, 79 na Júnior e 49 na Juvenil. A divulgação dos vencedores e a apresentação dos trabalhos acontecerão dia 15 de dezembro. 

A iniciativa explora a temática “O leite na sua vida” e propõe a utilização de diferentes técnicas artesanais e artísticas em caixas de leite UHT. A ideia é soltar a criatividade através da pintura, da colagem, do desenho, entre outros. "Na etapa Pelotas do concurso Arte na Caixinha conseguimos perceber que os 191 alunos que participaram entenderam realmente os processos que o leite percorre desde a ordenha até a mesa, representando em trabalhos muito bem elaborados e criativos, isso é muito satisfatório. Levar a cultura láctea ao consumidor é de extrema importância", avalia o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

O chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, lembra que as ações desenvolvidas pelo Sindilat têm movimentado o dia a dia dos alunos e alunas da rede pública. “Esperamos que o projeto continue, pois, mais do que valorizar um alimento precioso que é o leite, une a sociedade. As três ações: peça teatral, trabalhando o emocional; o Recanto das Terneiras, permitindo o contato com os animais; e a atividade Arte na Caixinha, colhendo o impacto de todo o trabalho; certamente mudam a percepção sobre a vida e sobre a natureza não só do público infantil, mas, também, dos educadores, artistas, pesquisadores, extensionistas e pesquisadores presentes”, relata. 

Entre os objetivos do projeto do Sindilat estão a divulgação da importância de uma nutrição equilibrada para a saúde e no aprendizado das crianças; o auxílio às crianças vencedoras na acessibilidade do ensino remoto, através do fornecimento de equipamento (tablet); e a valorização dos professores, que são premiados assim como os alunos que tiram os primeiros lugares em em cada categoria do concurso e também a sustentabilidade. 

PREMIAÇÃO:
Os três primeiros colocados em cada uma das três categorias, Infantil, Júnior e Juvenil recebem os seguintes prêmios:

1º lugar - Tablet + Certificado + 12 meses de leite*
2º lugar - Tablet + Certificado + 12 meses de leite*
3º lugar - Certificado + 12 meses de leite*

O professor (a) responsável pela inscrição do primeiro colocado em cada categoria receberá um notebook + Certificado + 12 meses de leite.*

*1 caixa com 12 litros por mês
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

Laticínios miram oportunidades no mercado chinês

Um ano depois de realizar sua primeira exportação de lácteos para a China, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) recebeu neste mês uma visita de seus parceiros comerciais no país asiático. Por condições mercadológicas - o preço do produto brasileiro não é competitivo agora -, novos negócios não foram fechados. Mas, de olho no futuro, o contato foi constante em 2022. É compreensível. Mesmo que a China esteja do outro lado do globo, e perto do maior exportador de lácteos do mundo (a Nova Zelândia), tende a ampliar suas importações de derivados em 80% entre 2021 e 2031, ano em que as compras poderão alcançar 35,8 milhões de toneladas (equivalente leite). Os dados são do próprio governo chinês e foram reunidos pela InvestSP, agência que contribui para o fomento de negócios entre os dois países. 

Os exportadores brasileiros acreditam que os países latino-americanos poderão se beneficiar de janelas de negócios nesta década à medida que a demanda chinesa for maior, já que há um limite para que os neozelandeses possam atendê-la.Segundo José Mário Antunes, COO da InvestSP, o aumento do consumo de lácteos na China resulta não apenas do crescimento populacional, mas de um ajuste das recomendações nutricionais que vêm sendo feitas por Pequim. Como se trata de um mercado difícil de conquistar, porque exige investimento e paciência, a CCGL está empenhada desde já. “Quando o mercado virou neste ano [os preços no Brasil subiram], chegamos a cancelar um embarque de 20 contêineres para lá. Fizemos isso de comum acordo, para manter o bom relacionamento”, disse Caio Vianna, presidente da CCGL. A cooperativa brasileira enviou dois lotes “pequenos” de leite em pó para o mercado chinês há um ano. Volume e valor não foram informados. 

O produto foi usado por processadores que fabricam derivados em geral, como queijos, iogurtes e até salsicharia. Segundo Vianna, os compradores ainda não conheciam o produto brasileiro. “Gostaram muito”, disse. “Mas vender para a China exige não pensar só em lucro imediato”. A CCGL sabe que terá de investir dinheiro, tempo e, às vezes, “até perder algo” (lucro). “Dá trabalho, mas para abrir um mercado é preciso investir”. Na visão dos exportadores gaúchos será possível para o Brasil e seus vizinhos Argentina e Uruguai - dois fornecedores de leite já mais consolidados no mercado internacional - ganharem espaço na China no decorrer da década, porque a alta do consumo chinês não será totalmente suprida pela Nova Zelândia. 

Vianna acredita que os neozelandeses têm um limite para ampliar sua oferta, visto que o país tem produção a pasto e não é produtor de grãos, usados na alimentação dos rebanhos. Observadas essas características, para ele dificilmente as fazendas conseguirão aumentar volumes em “30%, ou até mesmo dobrar”, para atender uma demanda muito maior do que a atual. 

Porém, depois da Nova Zelândia, os maiores fornecedores de lácteos para a China são União Europeia e Austrália, importantes fornecedores globais do setor que também deverão brigar por espaço. Assim, as oportunidades para os brasileiros ocorrerão em “janelas” à medida que a demanda asiática - somados Vietnã e Indonésia - for maior, elevando os preços internacionais.

Aproveitá-las dependerá de mudanças geradas por algumas frentes de esforços, sejam elas individuais - a exemplo do que faz a CCGL -, setoriais e em nível governamental. É consenso que o Brasil precisa elevar a eficiência produtiva em leite, já que os volumes das fazendas praticamente atendem o mercado interno, e ampliar o investimento em marketing e relacionamento, além de batalhar pela redução de taxas no comércio internacional. A transformação setorial que vem ocorrendo nos últimos anos no Brasil, com o emprego de tecnologia, poderá ajudar a aumentar a eficiência das fazendas. Mas os lácteos brasileiros pagam 10% de taxa para entrar na China, bem como os europeus e americanos. Exportadores da Austrália e Nova Zelândia têm vantagens nesse capítulo. Os produtos neozelandeses, por exemplo, têm isenção de pagamento dessa taxa para 300 mil toneladas, e a partir de 2024 a cota cairá e os lácteos do país entrarão na China sem a cobrança. Esse tipo de barreira será vencida apenas por meio de acordos bilaterais. Já sobre o custo logístico, devido à distância a partir do Brasil, não é considerado um problema. “Negociar com os chineses mostrou que, diferentemente do que eu pensava, o frete não é um fator que afeta nossa competitividade”, disse Vianna. 

Considerado o cenário de desafios, talvez o leite vá ser o último, entre todos os produtos do agro brasileiro, a ganhar status de exportador, admite Vianna. Mas ele acredita, ainda assim, ser possível não só que o país se torne exportador, como se consolide como fornecedor para a China. “Há uma década o Brasil não exportava um quilo de carne bovina para os chineses, e hoje aquele país é o maior destino para os frigoríficos”, cita. Carne e leite são segmentos com características distintas, mas há um fator comportamental na China que abre possibilidades similares, na visão do presidente da CCGL Ele lembra que o país asiático tem pelo menos 200 milhões de pessoas com alto poder aquisitivo nas áreas urbanas. É o equivalente ao tamanho da população brasileira em meio a um total de 1,5 bilhão de chineses. “Tem um Brasil dentro da China com poder aquisitivo para consumir carne e lácteos. Se essas pessoas provarem um queijo feito de leite de vaca, não tem como voltarem para o tofu”, opinou. (Valor Econômico)


Jogo Rápido 

Argentina – Poderá faltar lácteos: confirmado paralisação em todas empresa pela crise na SanCor
A Diretoria Nacional da Associação dos Trabalhadores da Indústria de Laticínios da República Argentina (Atilra) confirmou nesta segunda-feira, a realização de uma paralisação de 72 horas na cooperativa SanCor e de 48 horas no resto das empresas do setor, em protesto contra a falta de soluções e um novo capítulo de intermináveis crises que vive a empresa de Santa Fe/Cordoba. Nos últimos anos a SanCor tentou sobreviver vendendo inúmeros ativos, mas não conseguiu sair da falência e a recente promessa de resgate de empresários aliados ao governo nacional não se concretizou. Assim, a Atilra decidiu retomar medidas extremas de protestos. A novidade – e muito criticada pelas entidades representantes das indústrias – é a decisão de realizar paralisação em todas as indústrias, formada em sua maioria por pequenas e médias empresas que não têm nenhuma relação com a crise de uma das maiores cooperativas do país.
Datas e Prazos:
De concreto, a agenda decidida pela Atilra é a seguinte:
1 – Paralisação de 72 horas na SanCor, que ocorrerá de ZERO hora de terça-feira, 29 de novembro, até às 24 horas de 1º de dezembro.
2 – Paralisação de 48 horas nas outras indústrias de laticínios do país, de ZERO hora de 30 de novembro até 24 horas de 1º de dezembro.
“Atento à importância da presente resolução, solicitamos aos companheiros do setor lácteo de todo o país que se mantenham alertas e mobilizados aguardando todas as informações que iremos divulgar através dos canais oficiais de comunicação da entidade”, disse a Atilra. (Fonte: Infocampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 

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