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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.870


Brasil aumenta concentração, mas mantém volume de captação de leite

Apesar de ter uma das maiores margens no preço pago pelo leite na América Latina, o Brasil segue com o volume de captação estagnado assim como seus vizinhos do Mercosul. Levantamento da Embrapa Gado de Leite apresentado em reunião da Aliança Láctea e debatido pelas indústrias gaúchas nessa terça-feira (28/03) indica que o preço por litro no Brasil em 2022 é de US$ 0,56, bem acima do valor praticado no Uruguai (US$ 0,42), Argentina (US$ 0,37) e Chile (US$ 0,44). 

 

Apesar dos altos custos de insumos no país, o pesquisador da Embrapa Gado de Leite Lorildo Stock indica que os dados confirmam que o leite é uma atividade rentável quando praticado em escala. “Pode estar ruim para alguns, mas não para todos. O que vemos é uma tendência de concentração mundial da produção e isso acontece no Brasil também. Verifica-se um aumento de escala nas grandes propriedades, uma maior produção por animal, o que compensa o abandono de produtores da atividade. Por outro lado, a produção não reage”, explica, lembrando que a situação no Sul é um pouco mais favorável do que nas demais regiões do Brasil. 

Dados da Embrapa sinalizam para concentração da atividade em propriedade com maior escala e redução de rebanho. Atualmente, 2% dos estabelecimentos em operação no Brasil produzem 30% de todo leite captado. E essa transformação avança com aumento médio de 1% da produção das fazendas em operação, que, em 2021, atingiu 31 litros/fazenda/dia. A produção por vaca vem aumentando ao longo do tempo. Em 2015, a produtividade média era de 1.615 litros por vaca ano, valor que atingiu 2.181 litros em 2021. 

As transformações do setor lácteo, alega o pesquisador, são reflexo de um envelhecimento na gestão e da falta de sucessão. Quando os filhos resolvem ficar na atividade, justifica ele, geralmente o fazem com incremento de tecnologia e nos processos produtivos que ajudam no ganho de escala e tecnificação. Um relato que corrobora essa informação é o investimento no campo, alerta o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Dados da Emater indicam avanço do uso de robotização na ordenha nos municípios do RS. Em 2019, havia registro de apenas quatro unidades em operação no Estado, número que saltou para 110 em 2021. Atualmente, completa Palharini, estima-se 300 unidades em operação nos tambos gaúchos, o que deve se apresentar no próximo Relatório Socioeconômico da Cadeia do Leite da Emater/RS, que deve ser lançado ainda este ano. 

Durante a reunião de associados, que foi conduzida pelo presidente do Sindilat, Guilherme Portella, ainda se tratou de encaminhamentos referentes aprovação do treinamento continuado que será realizado com a Universidade de Passo Fundo – UPF. A formação em qualidade do leite, em seu primeiro módulo, será voltada para a etapa de laboratoristas, o que foi muito bem recebido pelos associados. (Assessoria de imprensa Sindilat)


Conseleite/PR divulga projeção dos valores do leite entregue em março

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Março de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2023 é de R$ 4,3573/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no endereço eletrônico.

As informações são da FAEP.

Argentina: estimativa da produção de leite em 2023 é revisada

O ano de 2022 finalizou com uma produção de 11.557,4 milhões de litros de leite, o que implica um crescimento relativo a 2021 de 0,04%. Recordamos que nossa projeção para 2022 (com dados de 20 indústrias), publicada em 28/01/22 apresentou um crescimento interanual de 0,59%.

Como dados adicionais, refira-se que a produção medida em sólidos totais (gordura + proteína), teve um crescimento homólogo de 1,7% visto que os sólidos passaram de 7,05% em 2021 para 7,17% em 2022.

No final do ano passado procedemos a um novo levantamento com dados fornecidos pelas indústrias, neste caso para o ano de 2023, obtendo um valor estimado de 11.472,7 milhões de litros, ou seja, uma redução de 0,73% em relação ao ano de 2022. Devido ao aprofundamento da seca e às complicações económicas, decidimos fazer uma revisão desses dados para termos uma visão geral da situação, e daí surgem os dados que apresentamos a seguir.

Critério Metodológico - Cerca de 30 indústrias foram solicitadas a nos fornecer sua estimativa de produção de 2023 em relação a 2022 (já considerando os dados reais de janeiro e fevereiro). Os dados fornecidos correspondem à variação interanual em um laticínio constante para cada mês de 2023 em relação ao mesmo mês do ano anterior e a variação anual total.

Cada uma das variações é ponderada de acordo com a participação de cada indústria na arrecadação nacional de leite que temos disponível no Ranking Industrial elaborado pela OCLA. Somam-se os pesos mensais de cada indústria e aplicam-se à produção real de cada mês e ao total do ano anterior, neste caso 2022, para obter os litros de produção estimados para cada mês de 2023 e o total.

Esta estimativa resulta da informação fornecida por cerca de 15 laticínios que recebem e processam cerca de 50% do leite da Argentina, sem nenhuma outra intervenção da OCLA sobre esses números.

Reafirma-se que esta estimativa apenas tenta dar uma perspectiva para o ano de 2023, com base nos dados disponíveis à data da sua realização. As condições de alta volatilidade e incerteza que certamente caracterizam o ano corrente podem gerar diferenças importantes com relação aos números projetados, que avaliamos à medida que ocorrerem.

Por fim, com base no Balanço Lácteo do Ano de 2022, na estimativa de produção para 2023 e considerando um aumento do consumo total devido ao crescimento natural da população, pudemos constatar que o abastecimento interno está absolutamente garantido com estes números e haveria uma queda no volume exportado da ordem de 20%, se mantivermos os mesmos níveis de estoques do ano passado do que se 50% fossem consumidos, poderíamos equalizar os volumes exportados em 2022.

As informações são da OCLA, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido 

EUA: produção de leite e número de vacas aumentam
 O relatório de produção de leite do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) de fevereiro de 2023 mostrou um aumento de 0,8% na produção de leite com relação ao ano anterior, com um total de 8 bilhões de quilos de leite. Cinco dos seis principais estados registraram crescimento da produção, exceto a Califórnia, que diminuiu. Também seguindo o exemplo, o número de vacas nos EUA registrou crescimento, 37.000 cabeças acima de fevereiro passado e 12.000 vacas adicionais em relação ao mês passado. De fato, cinco dos seis principais estados apresentaram crescimento positivo, exceto Wisconsin, que perdeu 3.000 vacas. Dan Basse, presidente da AgResources Company, disse ao público do PDPW na semana passada em sua reunião de negócios em Wisconsin Dells, Wisconsin, que a razão para um declínio no número de vacas no estado de Wisconsin decorre principalmente de pressões ambientais. Esses seis estados com maior número de vacas dos EUA respondem por mais da metade da produção total dos EUA. A produção por vaca nos EUA foi em média de 3 quilos a mais do que em fevereiro de 2022. Phil Plourd, presidente da Ever.Ag, disse que os ventos favoráveis da lucratividade geralmente forte em 2022, continuam impulsionando um crescimento modesto no tamanho do rebanho nacional, bem como na produção de leite. “Isso pode continuar por um tempo, mas vemos ventos contrários no horizonte à medida que os preços mais baixos do leite reduzem as margens”, disse ele. “Duvidamos que a produção de leite seja robusta quando o quarto trimestre chegar.” Tanner Ehmke, do Co-Bank, disse que a nova capacidade de processamento de queijo que está entrando em operação no Texas Panhandle também adiciona um fator favorável ao crescimento do rebanho em estados como Texas e Idaho. O direcionador por trás disso é a disponibilidade de ração. “As áreas de crescimento do rebanho, como Texas e Idaho, vão continuar crescendo”, afirma. As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

 
 
 

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Porto Alegre, 28 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.869


Uruguai: Lançada iniciativa que prioriza as necessidades do setor lácteo

Buscando um espaço de reflexão, articulação e priorização das necessidades leiteiras no Uruguai que integra os setores privado, acadêmico e público, foi celebrado o lançamento da Rede Tecnológica da Cadeia Láctea (RTCL), uma iniciativa liderada pelo Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária Instituto Nacional do Leite (INIA), o Instituto Nacional do Leite (Inale), o Laboratório Tecnológico do Uruguai e sua Fundação Latitude, a Universidade da República e Conaprole.O lançamento aconteceu no LATU com a presença de autoridades oficiais. Essa rede buscará manter atualizada a agenda de temas a serem abordados desde pesquisa e desenvolvimento, transferência de conhecimento e tecnologia e capacitação de capital humano, com vistas à maximização de recursos e oportunidades, melhoria da competitividade e aprofundamento do desenvolvimento da intensificação produtiva e sustentabilidade da cadeia leiteira nacional.

O acordo que estabelece a criação da RTCL foi assinado em 2022 pelas instituições envolvidas, contou com o apoio do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pescas, e terá a duração de cinco anos, com possibilidade de renovação. Conforme indicado, a dinâmica de trabalho da rede priorizará projetos de longo prazo em nível de sistemas produtivos e cadeia de valor.

Como pano de fundo, em 2015 algumas das instituições que compõem a rede participaram do projeto "Sistemas de produção de leite competitivos, sustentáveis e simples: o desafio do leiteiro uruguaio".

Alinhada com o que a RTCL propõe, esta iniciativa surgiu da necessidade de institucionalizar um espaço que permitisse reflexão e ação conjunta sobre as necessidades do setor primário na produção de leite. (As informações são do El País Digital, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Conseleite/MG divulga projeção dos valores do leite entregue em março

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 24 de Março de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2023 a ser pago em Fevereiro/2023;

os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2023 a ser pago em Março/2023;
valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Março/2023 a ser pago em Abril/2023.

Períodos de apuração
Parcial de Janeiro/2023: De 01/01/2023 a 31/01/2023
Parcial de Fevereiro/2023: De 01/02/2023 a 28/02/2023
Parcial de Março/2023: De 01/03/2023 a 20/03/2023

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade, incluindo 1,5% de Funrural. (Conseleite MG)

Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul capacita novos fiscais agropecuários

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) nomeou recentemente 47 médicos veterinários, que vão atuar nas áreas de inspeção e defesa sanitária animal nas supervisões regionais do interior do Rio Grande do Sul. Agora, a instituição possui ao todo 357 fiscais estaduais agropecuários, e os novos servidores iniciaram capacitação para os serviços nesta segunda-feira (27/3).

O treinamento prevê uma parte teórica de três semanas em Porto Alegre e outra prática a ser realizada em duas semanas, em diferentes municípios no interior do Estado. O total é de cerca de 180 horas e deve ser finalizada em abril.

O secretário da Agricultura, Giovani Feltes, destacou o reconhecimento que a Secretaria tem em âmbito nacional nos trabalhos desenvolvidos, principalmente na parte de defesa animal. “É muito importante a equalização desses encontros para nivelar informações e conhecimento. O olhar e a sabedoria de todos vocês é essencial, porque dão a segurança aos alimentos que chegam à mesa de milhões de pessoas. O agro no Rio Grande do Sul tem, além de importância histórica e econômica, uma relevância social por todos aqueles que estão envolvidos em todas as cadeias produtivas”, ressaltou.

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares, a qualidade da fiscalização e dos atendimentos prestados influenciam diretamente no resultado das atividades de inspeção de produtos e de defesa sanitária da área animal.

“A padronização dessas atividades, além de contribuir para melhorar a eficiência, eficácia e efetividade, reforça a identidade da Secretaria como entidade educadora, fiscalizatória e prestadora de serviços de qualidade e de grandes retornos econômicos e de saúde para a população”, afirmou Rosane. (SEAPI)


Jogo Rápido 

Mapa Conecta Proteína Animal: startups podem se inscrever
As startups que quiserem participar do Mapa Conecta Proteína Animal podem se inscrever gratuitamente até a próxima sexta-feira (31). A iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária tem o objetivo de conectar startups a investidores e aceleradoras para escalarem seus negócios com soluções para a cadeia produtiva de proteína animal. O desafio ocorrerá em formato híbrido e faz parte da programação do InovaMeat Toledo 2023 - Inovação na Produção de Proteína Animal, evento que acontece de 11 a 13 de abril de 2023, em Toledo (PR). A iniciativa tem parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT) e com o Sindicato Rural da cidade, e apoio da Prefeitura Municipal de Toledo e da Fundação de Desenvolvimento Sustentável, Científico e Tecnológico do município (Funtec). As tecnologias devem estar associadas a algumas áreas de interesse específicas para suínos, aves, peixes e vacas leiteiras, e uma geral. A descrição completa de cada área de interesse pode ser conferida no Regulamento da chamada, no endereço. Na página também está o link para o Formulário de Inscrição. As startups qualificadas receberão um certificado de participação e as selecionadas receberão um certificado de vencedoras, além da oportunidade de usufruir de um espaço para networking, visibilidade e oportunidades de negócios do setor. (As informações são do Mapa)

 
 
 

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Porto Alegre, 27 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.868


Argentina: produção de leite se reduziu a 805 milhões de litros em fevereiro

A produção de leite na Argentina em fevereiro de 2023 atingiu o volume de 805 milhões de litros. Esse valor está quase 16% abaixo do resultado obtido em janeiro passado e apresenta uma queda de 1,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior.Isso foi indicado em um relatório divulgado pelo Observatório da Cadeia de Lácteos Argentina, onde foi indicado que em fevereiro houve uma queda de 6,7% na média diária.

De acordo com o relatório, a queda média de janeiro é de 9%, mas este ano foi menor, em 7,3%. Isso porque foi comparado com o mês de janeiro de 2022, que foi atípico, devido ao forte estresse calórico que o rebanho sofreu. Já em fevereiro, a queda mensal foi maior do que a média histórica, ficando em 6,7%. Normalmente, a média é de 5% a 5,5% de queda.

A OCLA afirma que isso se repetirá em março devido aos efeitos da seca e questões relacionadas à economia.

Evidentemente, os efeitos da forte estiagem que atinge grande parte das bacias leiteiras e a incidência de altos custos de produção (concentrados, entre outros insumos ligados à alimentação do rebanho) geraram efeitos negativos na produção de leite. A força inercial trazida pela produção de 2022 certamente vai desacelerar nos próximos meses e teremos valores negativos significativos no segundo e terceiro trimestres deste ano.

A produção do primeiro bimestre do ano, 1,2% superior à de janeiro a fevereiro de 2022, coincide com a estimativa que foi publicada no início do ano com dados fornecidos pelas principais indústrias.

As informações são do Infortambo, traduzidas pela Equipe MilkPoint.


Conseleite SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Março de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Fevereiro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite Santa Catarina)

 

 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural nº 1755 – 23 mar. 2023

BOVINOCULTURA DE LEITE
Apesar do registro de chuvas, houve diversos períodos de tempo seco com altas temperaturas. Em função da alternância dessas condições, não houve acúmulo de água, e consequentemente de barro, nos locais de manejo das matrizes, favorecendo a manutenção da higiene durante a ordenha, assim como a qualidade do leite entregue. Porém, a continuidade das temperaturas elevadas causou grande estresse calórico aos animais, interferindo no consumo de pasto no campo, o que trouxe impactos à produção leiteira. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, mesmo com a melhora na oferta forrageira a campo, os produtores seguem realizando a suplementação da dieta das matrizes em lactação. Na de Frederico Westphalen, a produção de leite está estável, porém a baixa qualidade da silagem poderá causar, nas próximas semanas, a redução na produção e/ou aumento no custo de produção pela necessidade de maior uso de alimentos concentrados. Já na de Ijuí, houve registro de queda na produção de leite em torno de 5% em relação ao volume produzido no mesmo período do ano anterior. Na de Passo Fundo, apesar da melhora nas condições dos rebanhos, os índices de produção ainda não foram recuperados totalmente. Na de Pelotas, o clima extremamente quente dificulta a entrada das matrizes nas pastagens, pois essas preferem ficar à sombra, próximas às fontes de água. Em Pedras Altas, o preço do leite teve um pequeno aumento, mas a produção permanece baixa. Muitos produtores ainda não iniciaram a semeadura de pastagens de verão, aguardando chuvas de maior volume. Em Rio Grande, ainda não há água para reservação, mas o campo nativo apresenta discreta brotação. Na de Soledade, também houve registro de perdas produtivas em função do estresse calórico provocado pelas altas temperaturas. Apesar do calor, as chuvas ocorridas na semana melhoraram a disponibilidade de forragens a campo, assim como permitiram a realização de adubação em cobertura nas áreas de pastagens e de milho. Na de Porto Alegre, as chuvas melhoraram a oferta forrageira do campo nativo, mas os rebanhos somente mantêm a produtividade através da suplementação. Nas de Santa Maria e de Santa Rosa, houve relato de redução nos prejuízos causados pela estiagem e, em muitos casos, a produção está regularizada.

Milho silagem
A área implantada no Estado é de 357.476 hectares. A produtividade atual é de 23.023 kg/ha, consistindo em redução de 39,18% projetados no início do cultivo. A colheita alcançou 80%, e 7% estão próximos ao ponto de corte. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, foram implantados 18.444 hectares, e a produtividade estimada é de cerca de 25.000 kg/ha, isto é, aproximadamente 40% inferior à projetada inicialmente. As lavouras plantadas em safrinha estão em fase de desenvolvimento vegetativo, com algumas áreas em pendoamento. Os tratos culturais, como controle de ervas daninhas e aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, foram finalizados. Esses cultivos sofreram intenso ataque de cigarrinhas, aumentando os custos do alimento conservado. Na de Frederico Westphalen, foram plantados 36.402 hectares, e a produtividade estimada é de 19.500 kg/ha, sendo 45% inferior à estimada inicialmente. Em decorrência dessa redução e da necessidade de suplementar os rebanhos, foram semeados 5.000 hectares em sucessão às lavouras ensiladas ou de produção de grãos. Atualmente 10% dessas lavouras estão em desenvolvimento vegetativo; 20% em floração; 60% em enchimento de grãos; e 5% foram cortados para ensilar. A silagem resultante apresenta melhor qualidade do que a efetuada anteriormente, basicamente porque as plantas permaneceram mais verdes até o corte, e há uma maior proporção de grãos no material ensilado. (EMATER/RS)


Jogo Rápido 

Entrevista Canal Rural
Na última quinta-feira, 23 de março, o Secretário-Executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul - Sindilat/RS, no programa Rural Notícias, do Canal Rural, atualizou o cenário sobre a situação da taxação da muçarela para entradas do produto no Brasil.  Clique aqui e assista a matéria na íntegra, no minuto 40 do vídeo. (As informações são do Sindilat e do Canal Rural)

 
 

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Porto Alegre, 24 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.867


Laticínios Deale inaugura primeira filial de produção em Aratiba com foco em queijos finos
 
Com 22 anos de atuação na captação de leite e na indústria, a Laticínios Deale, associada do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), inaugura, no dia 1ª de abril, sua primeira filial de produção no município de Aratiba (RS). Com capacidade de produção para 250 mil litros de leite ao dia, a nova fábrica foi instalada na comunidade da Linha Liso. Desde outubro do ano passado em funcionamento, a unidade é focada em queijos finos, como prato, cobocó, coalho, gruyère, parmesão, tropical, queijo ralado, além de nata e creme. A planta gerou até o momento 60 postos de trabalho.Segundo o diretor da empresa, Alexandre do Santos, o movimento de expansão está ligado ao processo de segmentação das fábricas. A matriz, que completa 12 anos no dia da inauguração da filial de produção e está localizada em Almirante Tamandaré do Sul (RS), será destinada apenas para fabricação de produtos filados. “Dessa forma, temos um trabalho mais eficiente, com menos setup de máquina e mais automatização. Além disso, aumentamos a produção, ganhamos em competitividade e eficiência”, afirma. Em Aratiba, a fábrica conta com  uma linha de produção totalmente automática. A Deale tem outras duas filiais de recebimento de leite nos municípios de São Martinho e Catuípe, ambos no RS. 

Presidente do Sindilat, Guilherme Portella, destaca que “o leite é uma das principais atividades agropecuárias do Estado e a expansão de indústrias no setor valoriza a produção local, gera empregos e fortalece a economia da região. Parabéns a Deale”.  

Presente com seus produtos em quase todos os estados do Brasil, com um centro de distribuição em Brasília e outro em São Paulo, a Deale possui habilitação Halal e tem produtores em mais de 90 municípios gaúchos. A ideia inicial da empresa, lembra Dos Santos, era adquirir uma planta em Santa Catarina. “Em meados de 2014, quando seguíamos em direção a Itá, em SC, passamos por Aratiba e pedimos informações para um leiteiro. Ele pegou o meu cartão e passou para o prefeito da cidade que me chamou e me incentivou a ficar na região”, relembra. O convite foi fortalecido pelo fato de Aratiba estar em uma região estratégica, com uma forte bacia leiteira e pequenos produtores. (Assessoria de imprensa Sindilat RS)


Pelo quarto ano seguido, Cooperativa Piá reduz percentual de endividamento 
 
Reunidos em assembleia ordinária online nesta sexta-feira (24), os associados da Cooperativa Piá aprovaram o balanço de 2022. A cooperativa registrou um faturamento de R$ 605,1 milhões no ano passado, com um resultado operacional negativo de R$ 62,6 milhões. Apesar do resultado, a cooperativa conseguiu reduzir o percentual de seu endividamento sobre a receita para 12,7%, contra 15,2% do ano anterior. É o quarto ano consecutivo que a Piá reduz este percentual, que chegou a ser de 20,7% em 2019. 
 
De acordo com o presidente Jeferson Smaniotto, a redução do endividamento é resultado da reestruturação que a cooperativa vem fazendo nos últimos anos, priorizando o pagamento em dia de seus produtores e funcionários. Como parte deste choque de gestão, a Piá reduziu o número de colaboradores em 20,5%. No final de 2021, eram 767 funcionários. 
 
Jeferson Smaniotto diz que o resultado “não compromete a operação da cooperativa e nem onera o associado que mantém relacionamento com a Cooperativa”.  Durante a assembleia, ele destacou a instabilidade do mercado leiteiro no Rio Grande do Sul no último ano, com o aumento da competição. Mesmo assim, a Piá captou um total de 101 milhões de litros de leite fornecidos por 1.302 produtores. Já os fornecedores de frutas para a produção de doces e iogurtes chegaram a 282. 
 
Na assembleia também foram eleitos os novos integrantes do Conselho Fiscal: Gerson Haas, Leonardo gomes de Oliveira e Juliana Ferreira Thiesen. 
 
A Cooperativa Piá fechou o ano de 2022 com um total de 20.336 associados.  (Insider2 Comunicações)

Consumo de concentrados de proteínas cresceu 25% no Brasil em 2022

A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres – ABIAD, divulgou boletim econômico que mostra o resultado do setor de alimentos para fins especiais em 2022.

No acumulado do ano, houve aumento no consumo aparente (produção local mais importações, menos exportações) de concentrados de proteínas em 25%, quando comparado ao mesmo período de 2021. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do IBGE.

De modo geral, o setor cresceu, com o consumo aparente de alimentos para fins especiais registrando alta de 3,5% no último ano. O número foi impulsionado pelo aumento de 13,4% em bebidas dietéticas e 11,5% nos adoçantes no mesmo período. O desempenho positivo do mercado reflete a melhora econômica do país em 2022, que teve crescimento de 3% do PIB, o segundo ano consecutivo de alta.

“Mesmo sendo um ano desafiador, ainda devido aos efeitos socioeconômicos da covid-19, juntamente com questões geopolíticas externas, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, o ano de 2022 alcançou crescimento, seguindo a recuperação observada em 2021. Temos diversos indicadores, como na geração de empregos, que mostram que o setor já está em níveis melhores do que os observados em 2019, momentos antes da crise pandêmica”, analisa Thaise Mendes, presidente da ABIAD.

Outro ponto de destaque é a geração de empregos nos segmentos ABIAD. Até dezembro de 2022, foram abertas 7.327 vagas, um crescimento de 4,7% em relação ao registrado em 2021. Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, mostram que o total de empregados no setor é de 164.393.
 
Elevação também nas importações
Outro dado relevante no segmento de alimentos para fins especiais e congêneres, no acumulado do ano, foi o de importações, que registrou crescimento de 8,5% em relação a 2021, um total de US$ 815,1 milhões. Como destaques, os “concentrados de proteínas e outras preparações” e “adoçantes”, com 49% e 60% de aumento, respectivamente. Além disso, de janeiro a dezembro de 2022, as importações de bebidas dietéticas ou de baixas calorias cresceram 75% em relação ao mesmo período de 2021, representando um montante de US$ 195,2 milhões. Os dados são da Comex Stat, com consolidação da Websetorial.

As informações são do Food Inovation, traduzidas e adaptadas pela equipe Milkpoint. 


Jogo Rápido 

Previsão de chuvas significativas para a próxima semana no RS
A próxima semana será úmida e ocorrerão chuvas significativas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 12/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Nesta sexta-feira (24), a presença de uma massa de ar quente e úmido manterá a temperatura elevada, com grande variação de nuvens e possibilidade de pancadas isoladas de chuva, especialmente no Oeste e Noroeste. No sábado (25) o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de novos temporais. No domingo (26), o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade da maioria das regiões, mas ainda ocorrerão chuvas isoladas na Metade Norte. Na segunda (27), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e as temperaturas amenas em todo Estado. Na terça (28) e quarta-feira (29), o ingresso de ar úmido provocará maior variação de nuvens, com períodos de céu encoberto e possibilidade de chuvas isoladas em todas as regiões. Os totais esperados deverão oscilar entre ser inferiores a 20 e 40 mm na maioria dos municípios do RS. Na Fronteira Oeste, Planalto, Vales do Taquari e Rio Pardo, Região Metropolitana, Serra do Nordeste e Litoral Norte os volumes simulados são mais elevados e deverão oscilar entre 45 e 65 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria clicando aqui. (SEAPDR)

 
 

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Porto Alegre, 23 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.866


Cenários para o mercado lácteo em 2023 são discutidos no primeiro bloco da 14ª edição do Fórum MilkPoint Mercado

O 14º Fórum MilkPoint Mercado está sendo realizado hoje (22/03), em Campinas-SP, com o tema central: Competitividade da Cadeia Láctea Brasileira.O evento reúne empresas e agentes do setor para discutir as principais questões relacionadas ao mercado de lácteos no Brasil. Com palestras, painéis e debates, o fórum busca trazer novas perspectivas e soluções para os desafios enfrentados pelos diferentes elos da cadeia produtiva do leite.O primeiro bloco do evento discutiu os cenários do mercado para 2023, analisando as perspectivas para economia, mercado brasileiro de lácteos e mercado internacional. Na primeira palestra, Luiz Otávio Leal, Economista Chefe do Banco Alfa, evidenciou os primeiros sinais da economia brasileira em 2023.Falando de economia mundial, a inflação norte-americana segue sendo um dos principais pontos de alerta para a economia mundial, que deverá colaborar para uma possível recessão econômica global.Além das preocupações com a inflação, a quebra do Silicon Valley Bank -  a maior quebra de um banco dos Estados Unidos desde 2008 - trouxe mais um ponto preocupante ao mercado. Frente ao cenário desafiador de inflação e crise dos bancos, o FED (banco central dos Estados Unidos) deverá elevar mais uma vez a taxa de juros norte-americana - o que esfria ainda mais a economia mundial.

Falando do Brasil, a perspectiva para 2023  é de um menor crescimento da economia. A taxa de juros elevada, menor perspectiva de geração de novos empregos e elevado índice de endividamento das famílias indicam um cenário menos favorável para este ano.

Na sequência, Mario Ruggiero, trouxe os resultados avaliados pela Scanntech para o consumo de lácteos em 2022 e o que os indicadores mostram neste início de ano.

Mario mostrou que em 2022 o grupo de lácteos passou por forte elevação de preços, consequentemente, acarretando em diminuição de volume de vendas no comparativo anual para grande parte das categorias. Apesar da retração  do consumo para maioria das categorias de lácteos, os queijos se destacaram - com elevação de preços e crescimento da quantidade de vendas.

Além dos queijos, as misturas lácteas também se destacaram. Neste momento de inflação de lácteos e renda das famílias mais comprometidas, as misturas lácteas (que tendem a ter preços inferiores às categorias tradicionais) têm ganhado mais espaço nas compras dos consumidores.

Mario também destacou a importância das estratégias das empresas para posicionamento de seus produtos nos pontos de vendas, visando otimizar as margens e market share (por categoria e por região).

Na terceira palestra do bloco, Andrés Padilla, Analista Sênior do Rabobank Brasil, discorreu sobre o que o mercado internacional de lácteos sinaliza para 2023. Assim como discutido por Luiz Otávio, na primeira palestra, Andrés também falou sobre os desafios para economia global e as perspectivas de recessão econômica no mundo - esfriando o consumo global.

Do lado da oferta mundial, a produção dos principais países exportadores devem voltar a crescer neste ano (após 4 trimestres de queda). Dessa forma, tem-se um mercado mais abastecido, que somado a uma demanda mais fraca, tem causado pressão de baixa nos preços

Do ponto de vista de custo de produção, o milho e a soja devem apresentar pequenas diminuições em seus preços, trazendo maior alívio para produção de leite.

Para o restante de 2023, o mercado mundial deverá seguir sob pressão inflacionária e com baixo crescimento econômico - acarretando em uma demanda mais frágil. Entretanto, aspectos de saudabilidade têm ganhado cada vez mais importância para os consumidores, o que poderá impactar positivamente no consumo de lácteos.

Valter Galan, Sócio do MilkPoint Mercado, palestrou na sequência, abordando os principais aspectos para o mercado lácteo brasileiro e o cenário de preços para este ano.

Valter reforçou sobre a forte queda na produção brasileira de leite em 2022, pontuando também sobre uma forte mudança estrutural na produção no Brasil no período (com menor número de produtores, diminuição do número de vacas e transformações nos sistemas de produção). Entretanto, para 2023 o cenário é mais otimista e espera-se que a produção volte a crescer.

Além da recuperação da produção, as importações para este ano também devem seguir elevadas - colaborando para uma maior disponibilidade total de leite.

Tratando-se de demanda, em linha com o que foi discutido nas palestras anteriores, a elevada inflação dos lácteos e a perspectiva de menor crescimento da economia criam um cenário mais desafiador para o crescimento do consumo. Por fim, Valter mostrou o comportamento dos preços nos últimos anos e os valores projetados para o restante de 2023

Na última palestra do bloco, Vinícius Nardy, Head de Negócios do MilkPoint Mercado, falou sobre a ferramenta Milki, que agrega inteligência de mercado às empresas para otimizarem suas negociações e seus processos de produção.

Vinícius pontuou sobre a importância de ferramentas de gerenciamento, simuladores e comparação de performance em relação ao mercado para gerar maior eficiência nas negociações do mercado lácteo.

Durante a palestra, Vinícius comentou sobre as novidades no aplicativo Milki: o aplicativo ainda se manterá sem barreiras de entrada, possibilitando negociações sem taxas para as empresas e agregando maior inteligência através das negociações que forem realizadas dentro da plataforma.

Os benchmarks também serão um dos destaques da plataforma. Os benchmarks buscam otimizar o desempenho de empresas a partir da análise das melhores práticas do mercado em que está inserida. 

Através do benchmark, ao identificar os aspectos industriais em que as indústrias são menos eficientes, as empresas poderão traçar estratégias mais assertivas para otimizar os custos e ampliar os lucros do negócio. (Milkpoint)


Uruguai: exportações de lácteos continuam melhorando

As exportações de lácteos uruguaios melhoraram 14% até fevereiro passado e com preços elevados, quando comparados aos do mesmo período do ano anterior, segundo o Instituto Nacional do Leite (Inale).

Os principais destinos das exportações foram Brasil, Argélia e China. O valor das exportações de leite em pó integral, principal produto de exportação da indústria de lácteos uruguaia, aumentou em 14% em relação ao ano anterior, gerando US$ 102,2 milhões (FOB).

O volume exportado até fevereiro de 2023 cresceu 23% e alcançou 27.414 toneladas. O preço da tonelada do leite em pó integral uruguaio foi de US$ 3.718 (alta de 1%). O Brasil representou 26% dos embarques, a Argélia 29% e a China apenas 12%.

De forma geral e considerando todos os produtos lácteos avaliados, o Brasil representou 33% das compras, outros destinos 31%, Argélia 21%, México 3%, Rússia 4% e China 6%.

Por outro lado, o leite em pó desnatado apresentou queda de 32% no faturamento, já que gerou US$ 7,4 milhões (FOB). Em toneladas, o volume embarcado caiu 47%. Nesse caso, foram colocadas 1.928 toneladas, com preço médio de US$ 4.031 (crescimento de 16%).

As exportações de queijo continuaram fortes, com aumento de 36% no faturamento, para os US$ 20,4 milhões gerados por este item. O volume exportado aumentou 14% e ficou em 4.002 toneladas, com preço médio de US$ 5.111 (aumento de 30%).

No caso do último item avaliado, que é a manteiga, o faturamento chegou a US$ 15 milhões (FOB). Em volume, 11% menos produto foi enviado. Foram colocadas 2.804 toneladas, com valor médio de US$ 5.344 (alta de 12%).
 
Panorama

A produção de leite em algumas regiões do mundo, como a União Europeia, será menor do que o normal e isso deixa o mercado nervoso.

Os preços do leite na UE estão atualmente passando por uma grande correção, o que resultará em margens mais apertadas nas fazendas a partir do segundo trimestre, observou a consultoria Rabobank em seu relatório de mercado. Por sua vez, na China, maior importador mundial de lácteos, a redução dos estoques já começou e continuará até depois do primeiro semestre de 2023. A China pode começar a comprar mais a partir do segundo semestre de 2023, no mínimo a expectativa é de um leve aumento anual das importações no segundo semestre.
 
O Brasil ainda está muito forte

Segundo análise do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), o Brasil continua apresentando preços firmes para o leite em pó integral e as empresas relatam estabilidade no volume vendido. O leite em pó industrial integral fechou a US$ 5,3 o quilo e o leite desnatado a US$ 5,70 o quilo.

As informações são do El País, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 

China: Inovações são identificadas como chave para o setor de lácteos

Mais esforços devem ser feitos nas cadeias de suprimentos e inovações para alimentar o desenvolvimento de alta qualidade da indústria doméstica de lácteos na China, o que fortalecerá o desenvolvimento da agricultura e impulsionará o progresso da vitalização rural do país, disseram os participantes do 14th National People's Congress.

Shi Yudong, representante do NPC e diretor do departamento de pesquisa e desenvolvimento da Mengniu Dairy, disse que a prosperidade da indústria de laticínios do país está no desenvolvimento de cadeias produtivas, especialmente em fazendas e clusters industriais.

Shi disse que a Mengniu Dairy possui mais de 100 fazendas e 250.000 vacas em mais de 10 parques industriais de laticínios em todo o país, gerando mais de 700.000 empregos.

A criação de reservas de matérias-primas lácteas para proteger o abastecimento do mercado e a estabilidade de preços é importante para a indústria de lácteos da China, disse ele.

Com tais reservas coletando as principais matérias-primas lácteas, Shi sugeriu a construção de um centro nacional para o comércio de matérias-primas lácteas para salvaguardar ainda mais o desenvolvimento estável e ordenado da indústria de lácteos do país.

O fato de a China ainda depender fortemente de importações de capim e sementes forrageiras de alta qualidade, o que tem sido um desafio para a indústria doméstica, levou empresas como a Mengniu Dairy a apresentar sugestões sobre o aumento dos esforços para plantar capim bom para melhorar o fornecimento autossuficiente de forragem de capim e a criação vacas de alta qualidade por meio de sistemas atualizados de criação.

Wang Caiyun, também vice do NPC e gerente sênior de P&D da gigante de laticínios Yili Industrial Group Co Ltd, disse que avanços tecnológicos e inovações são fundamentais para aumentar a vitalidade da indústria doméstica de laticínios, que deve desempenhar um papel fundamental na facilitação da vitalização rural.

Por exemplo, Wang e sua equipe desenvolveram uma tecnologia de produção de lactalbumina concentrada, ou proteína de soro de leite - um elemento crucial para produtos infantis e fórmulas para bebês - quebrando o monopólio tecnológico de empresas estrangeiras. “Atualmente, ainda existem muitos obstáculos nas cadeias de produção de lácteos”, disse Wang.

“Fortaleceremos ainda mais a aplicação da pesquisa na produção, particularmente em novas tecnologias de processamento de laticínios e no processamento de matérias-primas lácteas de alto valor agregado, de modo a transformar o valor da produção em lucros reais para produtores para alcançar a vitalização rural”.

Desde 2014, a Yili gastou mais de 110 bilhões de yuans (US$ 15,93 bilhões) em apoio financeiro para seus parceiros agrícolas, com tecnologias para aumentar o volume diário de produção de leite e reduzir os custos agrícolas, disse a Yili.

Os fabricantes de laticínios também investiram em produtos de nutrição e saúde e esforços de marketing para aumentar ainda mais o consumo de laticínios, incluindo o desenvolvimento de produtos lácteos orgânicos, com baixo teor de gordura e baixo teor de açúcar.

As informações são do China Daily, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido 

Expoagro Afubra - Manejo correto de pastagens é caminho para produção de leite com mais eficiência
Minimizar custos de produção, proteger o solo e ainda manter a oferta de pasto mais uniforme durante todo o ano. Estas são metas que podem ser alcançadas a partir da adoção de um manejo correto de pastagens - uma das ações apresentada e estimulada na ampla parcela de Bovinocultura de Leite, que pode ser conferida no Espaço Casa da Emater durante a Expoagro Afubra, em Rio Pardo. No local, os extensionistas da Emater/RS-Ascar destacam a importância da produção de leite à base de pasto, que facilita o manejo dos animais, reduzindo ainda a necessidade de mão de obra. "Não é demais lembrar que o alimento básico do ruminante é o pasto, tendo a energia e a proteína oriunda destes um menor custo quando comparado a outros alimentos", salienta o extensionista da Emater/RS-Ascar, Martin Schmachtenberg. Pelo fato de a Instituição trabalhar diretamente com a agricultura familiar, Schmachtenberg destaca haver ainda mais importância quando o assunto é a ampliação do potencial produtivo das pastagens. "Nesse sentido, pensar no melhor aproveitamento da área das propriedades, buscando reduzir os períodos de vazio forrageiro para agricultores que adotam plantios anuais de inverno e de verão também representa impacto no bolso, sem haver necessariamente um grande investimento", frisa.Além do planejamento forrageiro - cálculo feito com a planilha Boviter, os visitantes também podem conhecer alternativas de pastagens permanentes, como tífton, azevém e braquiária. Outro ponto de destaque é o estímulo ao armazenamento de pastagens excedentes nos períodos de maior crescimento vegetativo, o que equaliza a alimentação durante o ano, pela compensação dos períodos de vazio forrageiro. Na parcela também é demonstrada a correta higiene de equipamentos e da ordenha, com orientações para que produtores alcancem os parâmetros estabelecidos pela Instrução Normativa 76 e 77. "A qualidade do leite, afinal, é peça chave para que seja preservada a cor, o sabor e o aroma característicos, com baixa contagem de células somáticas e bactérias, o que garante um produto sem contaminantes para o consumidor", explica. De forma complementar e baseado no lema adotado pela Instituição no Espaço "Água: Fonte de Vida e Essencial para a Produção de Alimentos" é possível conferir um bebedouro com "boia louca", que evita quebras. "A água é um dos ingredientes mais importantes da dieta, tendo um grande volume de consumo diário, sendo fundamental que ela seja limpa e de qualidade", comenta Schmachtenberg. A Expoagro Afubra segue até a próxima sexta-feira (24/03), na localidade de Rincão Del Rey, em Rio Pardo. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar na Expoagro Afubra)

 
 

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Porto Alegre, 22 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.865


Chile: Exportações de lácteos começaram 2023 em queda

Após um crescimento notável em 2022, as exportações de produtos lácteos começaram 2023 em declínio.

Segundo dados do Boletim para o Avanço do Comércio Exterior de Lácteos, elaborado pela Secretaria de Estudos e Políticas Agrárias -Odepa-, e reproduzidos pela Federação Nacional dos Produtores de Leite (Fedeleche), as exportações de lácteos em janeiro atingiram um valor total de US$ 17,3 milhões, o que representa uma queda de 32,1% e representa uma queda de US$ 8,2 milhões em relação ao mesmo mês de 2022.

Refira-se que, em termos de volume, as exportações de lácteos fecharam o primeiro mês do ano com 32,5%, atingindo 6.079 toneladas, totalizando menos 2.938 toneladas face a 2021.

Enquanto isso, o preço médio das exportações de lácteos fechou janeiro em US$ 2.858 toneladas, praticamente estável em relação a 2021.

Desempenho "Top 5"
Quanto aos países de destino, observa-se uma cesta diversificada com os Emirados Árabes Unidos em primeiro lugar e uma participação no total de 8,7%, o que se traduz em embarques de US$ 3,050 milhões, representando um aumento de 15,6%

Os embarques para a Colômbia seguem em segundo lugar, concentrando 8,1% do total, no valor de US$ 2,816 milhões, o que representa uma queda de 41,9%.

Com participação que chega a 5,6%, os Estados Unidos ficaram com o terceiro lugar, embora na comparação anual apresente queda de 46,3%, faturando exportações no total de US$ 1,9 milhão.

Por outro lado, as exportações de lácteos para o México seguem em quarto lugar com participação de 4,3% do total, caindo 31,3% somando um valor total de US$ 1,5 milhão.

Ao todo, o Peru alcançou uma participação de 4,2% do total, apesar de registrar uma queda de 43,0% em relação ao ano passado, acumulando um total de US$ 1,4 milhão.

DESEMPENHO POR PRODUTO
As demais preparações à base de lácteos lideraram as exportações de lácteos em janeiro. Os embarques dessa categoria caíram 4,9% e somaram US$ 3,5 milhões. Enquanto em volume os embarques chegaram a 880 toneladas, o que representa uma queda de 14,4% em relação ao mesmo período de 2021.

Em segundo lugar ficou o leite condensado, que alcançou o valor de US$ 3,1 milhões, o que representa uma queda de 45%. Em volume, as exportações totalizaram 91.414 toneladas, 53% abaixo do ano anterior.

O terceiro produto mais exportado no período foi o leite em pó integral (LPE) com embarques que somaram US$ 2,9 milhões, o que representa uma queda de 58% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume chegou a 807 toneladas, queda de 55% em relação a 2021.

Fonte:  Fedeleche FG Comunicações com informações da Odepa


Solicitação de subsídios para fomentar a discussão sobre a proposta de regulamentação da Lei do Autocontrole

Lei do Autocontrole - A SECRETÁRIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA - SUBSTITUTA, do Ministério da Agricultura e Pecuária, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelos arts. 22 e 49, do Anexo I, do Decreto nº 11.332, de 01 de janeiro de 2023, e tendo em vista o disposto na Lei nº 14.515, de 29 de dezembro de 2022, e que consta do Processo nº 21000.022208/2023-54, resolver: 

Art. 1º Convidar órgãos, entidades ou pessoas interessadas em participar da Tomada Pública de Subsídios - TPS para fomentar a discussão sobre a proposta de regulamentação da Lei n° 14.515, de 29 de dezembro de 2022, que dispõe sobre os programas de autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa agropecuária e sobre a organização e os procedimentos aplicados pela defesa agropecuária aos agentes das cadeias produtivas do setor agropecuário.

Parágrafo único. O prazo para participação na presente TPS será de 45 (quarenta e cinco) dias, contados a partir da publicação desta Portaria, excluído da contagem o dia do começo e incluído o do vencimento, nos termos da legislação vigente.

Art. 2º O questionário para participação na presente TPS encontra-se disponível no Sistema de Monitoramento de Atos Normativos - SISMAN, da Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA/MAPA, por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/.

Parágrafo único. Para ter acesso ao SISMAN, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso - SOLICITA, do MAPA, por meio do link :https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.

Art. 3º Findo o prazo estabelecido no art. 1º, parágrafo único desta Portaria, será efetuada a consolidação e análise das contribuições.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Fonte: DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Observatório do Consumidor analisa os padrões de consumo do doce de leite
PARTE 02 DE 02 

Atributos desejados e sentimento dos consumidores

Ao se falar em doce de leite, o Sabor foi a característica mais desejada pelos internautas. Em 30% dos tweets que se referiram a algum atributo desta guloseima, o Sabor esteve presente. Além dele, a Cor e a Textura foram consideradas importantes para o consumo, correspondendo, respectivamente, a 20% e 10% das postagens. O Preço, por sua vez, não possui um peso tão significativo na decisão de consumo, aparecendo somente em 7% das postagens, corroborando a natureza indulgente deste consumo.

A análise de sentimentos das postagens sobre o doce de leite apresenta o incremento de expressões positivas nas postagens, passando de 55%, em 2020, para 67% em 2023. Houve diminuição do conteúdo neutro e o conteúdo negativo ficou estável ao longo dos anos.


Preferência dos consumidores

As postagens sobre doce de leite, em sua maioria, compreenderam também outros alimentos que acompanham o doce de leite no consumo. E os diversos produtos açucarados foram os mais referenciados pelos internautas, estando presente em 46% destas postagens. Em segundo lugar, os laticínios apareceram em 26% dos tweets.

Quem acha que doce de leite é mais gostoso quando saboreado junto de um queijinho, está certo e não está sozinho. A nuvem de palavras (Figura 7) ratifica a preferência do consumidor pela combinação gastronômica tradicional: doce de leite e queijo, deixando em evidência vários termos que remetem a este derivado como requeijão, coalho, queijinho, ralado e outros. Palavras como intolerância, intolerante e lactose também aparecem com certo destaque e merecem atenção do mercado a esta demanda em crescimento. (Embrapa Cileite - Observatório do consumidor)


Jogo Rápido 

El Niño deve chegar no final de 2023: o que sabemos sobre?
O Bureau of Meteorology da Austrália informou nesta terça-feira (14/03) que os indicadores oceânicos e atmosféricos permanecem em valores de Neutralidade, ou seja, nem El Niño, nem La Niña. Embora o Oceano Pacífico esteja atualmente nesta condição, o Bureau de Meteorologia alerta para o surgimento de um possível El Niño no final de 2023, uma vez que foram atendidos os critérios para a condição de “ATENÇÃO para El Niño.”  A probabilidade de um El Niño ocorrer no final de 2023 é estimada em cerca de 50%. Isso significa que a chance é cerca de duas vezes maior do que o normal, mas ainda não é uma garantia de que o evento irá ocorrer. No entanto, o Bureau de Meteorologia afirma que há sinais que indicam que alguns dos precursores típicos do El Niño estão sendo observados atualmente. Uma quantidade significativa de água mais quente que a média surgiu abaixo da superfície do Pacífico tropical ocidental e central, e temperaturas da superfície do mar mais quentes que a média surgiram em partes do Pacífico tropical oriental nas últimas semanas. Essas condições são consideradas precursoras do El Niño, que pode levar a mudanças significativas nas condições climáticas globais, incluindo o aumento da temperatura média global e a redução da precipitação em algumas áreas.Projeções indicam rápido aquecimento entre os meses de Março e Maio, indicando o estabelecimento de um possível El-Niño em Agosto de 2023.Por isso, o Bureau de Meteorologia alerta para a possibilidade de um El Niño em 2023 e destaca a importância de se manter atento às atualizações meteorológicas. A comunidade científica está monitorando de perto o Oceano Pacífico e os indicadores atmosféricos para detectar quaisquer mudanças significativas nas condições climáticas, a fim de preparar as pessoas para as possíveis consequências dessas alterações. (As informações são da AgroLink, adaptadas pela equipe MilkPoint)

 
 

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Porto Alegre, 21 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.864


Pautas do Setor Lácteo serão apresentadas aos novos governadores

As principais pautas do setor leiteiro serão levadas pelos representantes da Aliança Láctea Sul-Brasileira (ALSB) aos novos governos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, estados que integram o grupo. A decisão foi alinhada nesta segunda-feira (20/03) na primeira reunião de 2023 da Aliança, que aconteceu de forma híbrida em Porto Alegre (RS). “A cadeia produtiva do leite tem uma grande importância socioeconômica, reconhecida nos três estados. Será mais um momento para aproximarmos os Executivos nas pautas que são comuns pelo fortalecimento e crescimento do setor”, destaca o Coordenador Geral da ALSB, Airton Spies. A reunião do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) está prevista para abril, ocasião em que o governador Eduardo Leite (PSDB) assumirá a condução da entidade.

Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Guilherme Portella, fortalecer as pautas do setor cumpre a missão da Aliança em trabalhar pelas questões ligadas à competitividade do leite. “Por conta da falta de competitividade, o leite brasileiro não está inserido no mercado internacional. Para agravar, há um aumento nas importações”, destacou, ao apontar a necessidade de mudanças tributárias e melhorias na produção.

Ao longo da tarde, foram relatadas ainda as atividades da ALSB junto à Câmara Setorial de Leite e Derivados do MAPA, a análise comparativa dos custos de produção dos produtos lácteos no Mercosul, o andamento da Reforma Tributária na Câmara Federal e o estágio atual do processo de levantamento de dados para o elaboração da quinta edição do Diagnóstico e Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS, PR e SC,  que está sendo elaborado pela Emater-RS, Epagri e IDR-Paraná.

O encontro ainda teve a participação dos secretários estaduais dos três estados do Sul que reafirmaram o compromisso com o setor leiteiro: Giovane Feltes, da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul; Valdir Colatto, da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural de Santa Catarina; e Norberto Ortigara, da Agricultura e Abastecimento do Paraná. O próximo encontro da Aliança Láctea Sul-Brasileira está previsto para o dia 14 de junho, em Curitiba (PR). (Assessoria de imprensa Sindilat)


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: GDT adaptado Sindilat

Observatório do Consumidor analisa os padrões de consumo do doce de leite
PARTE 01 DE 02 

Observatório do Consumidor - Neste mês, a Newsletter do Observatório do Consumidor está completando um ano de divulgação.

E, para comemorar o seu primeiro aniversário, o OC escolheu analisar aquele derivado lácteo que não pode faltar em festinhas e comemorações. Ele pode ser saboreado em pedaços ou em colher, puro ou acompanhado por um queijinho, ou ainda, quem sabe, vir na cobertura de um delicioso bolo ou no recheio de um suculento canudinho. Adivinhou? Sim, é ele, o Doce de Leite!

O OC coletou 851.782 tweets que se referiram a este produto entre maio de 2020 e fevereiro de 2023. Tal alimento, cujo consumo possui caráter puramente indulgente, teve seu maior número de menções no Twitter em 2020, primeiro ano da pandemia do Covid-19. Importante observar que, mesmo com um quadrimestre a menos de coleta de dados que nos anos seguintes, o interesse pelo doce de leite se destacou em 2020, com 38% do total de referências, diminuindo nos demais períodos.

Na comparação entre os quadrimestres, percebe-se que no ano de 2021, o interesse dos consumidores pelo doce de leite foi maior no primeiro quadrimestre, diminuindo ao longo do ano. Já o maior número de tweets em 2022, foi no segundo quadrimestre, e o menor, no terceiro quadrimestre. Comparando o número de tweets coletados nos dois primeiros meses de 2023 (28.551), percebe-se que ele está bem aquém dos anos anteriores. No primeiro bimestre de 2021, foram registradas 47.879 menções ao doce de leite e, nos dois primeiros meses de 2022, 35.352. Portanto, o interesse dos consumidor pelo doce de leite vem diminuindo ao longo do período analisado.

Os homens formaram maioria, entre os usuários do Twitter que publicaram sobre doce de leite. A representatividade masculina foi aumentando com o passar dos anos, e, no total, eles foram os responsáveis por 61% das menções ao produto, contra 39% de mulheres.

Quanto às gerações, a Y é, de longe, aquela que mais se manifestou a respeito desta iguaria nas redes sociais, com 82,7% do total de tweets, seguida pela geração Z, com 15,5% e, então, a geração X, menos representativa, com 1,8% de manifestações.

Os 3 estados de onde se originaram o maior número de tweets sobre o doce de leite são também os três mais populosos do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Juntos eles respondem por 53% do conteúdo postado.

Na sequência têm-se os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Santa Catarina e Distrito Federal, todos superando, individualmente, 5.000 postagens sobre o doce, no período analisado.

As informações são do Observatório do Consumidor da Embrapa Cileite


Jogo Rápido 

14º Fórum MilkPoint Mercado: é AMANHÃ, participe online ou presencial!
Nesta quarta-feira, 22/03, começa a 14ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. Com o tema “A Competitividade da Cadeia Láctea Brasileira.” Em nosso encontro, discutiremos relevantes pautas para os todos os agentes do setor lácteo. Confira a programação completa do evento aqui. A antecipação de conjunturas de mercado e informações assertivas são primordiais na busca de estratégias competitivas, diferenciação e rentabilidade. Assertividade sobre o futuro do mercado do leite você encontra no Fórum MilkPoint Mercado. (Milkpoint)

 
 

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Porto Alegre, 20 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.863


Uruguai – Crescem as exportações de lácteos e a importância do Brasil

Exportações/UR – O faturamento com a exportação de produtos lácteos nos dois primeiros meses do ano aumentou 14% em relação ao mesmo período de 2022, que foi recorde. Os melhores preços explicam o aumento, pois em volume o crescimento foi de 4,3%, chegando a 40.232 toneladas.

Entre janeiro e fevereiro de 2023 foram exportados US$ 158,6 milhões, frente aos US$ 139,3 milhões de 2022, tendo o Brasil como o destino mais importante.

Em divisas, cresceu 36% a exportação de queijos e 14% a exportação de leite em pó integral, enquanto que houve queda de 39% nas remessas de leite em pó desnatado.

Os preços médios em relação a 2022 aumentaram 20% para queijos, 16% para leite em pó desnatado, 12% para manteiga e 1% para leite em pó integral.

O Brasil se consolida como o principal cliente, posto que alcançou em 2022, deixando para trás Argélia e China.

Em 2021 o Brasil foi o destino de 19% das compras de lácteos e em 2022 subiu para 26%, acima da Argélia (23%) e da China (10%).

O Brasil comprou 16 mil toneladas de produtos por US$ 63 milhões nos dois primeiros meses deste ano.

No decorrer de 2023, até o dia 10 de março, o peso do Brasil cresceu para 36%, enquanto que a Argélia caiu para 15%, a Rússia ficou com 8% e deixou a China ainda mais para trás, com menos de 6%. 

Nos últimos 12 meses móveis o faturamento do setor está em seu maior valor desde 2013. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Leite/América do Sul

Produtores da América do Sul continuam enfrentando os desafios climáticos, embora eles variem em grau e intensidade de uma região para outra.

No Brasil, as fortes chuvas atrasaram o plantio de milho. A longa duração da seca na Argentina e Uruguai, apesar das recentes expectativas de padrões neutros do tempo, ainda afetam a disponibilidade de pastagens e ração agora e no futuro.

Devido a uma série de fatores, as importações de commodities lácteas pelo Brasil, especialmente de leite em pó desnatado (SMP), caíram no início de 2023, depois de grande atividade no segundo semestre de 2022. Os exportadores avaliam procurar outros parceiros globais, caso os importadores brasileiros continuem reduzindo as compras. Os estoques podem se tornar uma preocupação. O aumento dos custos da ração, devido ao clima inclemente, deve manter a produção em baixa.

Analistas da região informam que há estabilidade nas negociações de SMP, atualmente. No entanto, as exportações uruguaias de queijo, soro de leite e WMP estão firmes neste início de ano.  (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

Outono começa nesta segunda-feira no Hemisfério Sul

No Brasil, estação se caracteriza pelas chuvas mais escassas no interior do país e massas de ar frio no Sul e Sudeste

O outono no Hemisfério Sul começa às 18h25 (horário de Brasília) da próxima segunda-feira (20) e termina às 11h58 (horário de Brasília) do dia 21 de junho. Estação de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, principalmente no Brasil Central, o outono se caracteriza pelas chuvas mais escassas no interior do país, especialmente no semiárido nordestino, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

Já na parte norte das regiões Nordeste e Norte, ainda é época de muita chuva, principalmente, se houver a persistência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ao sul de sua posição climatológica. 

O outono também é caracterizado por incursões de massas de ar frio vindas do sul do continente, que provocam a queda das temperaturas do ar, principalmente, na Região Sul e em parte da Região Sudeste. 

Durante a estação, é possível observar as primeiras formações de fenômenos adversos, como nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e no Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul, e friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e até no sul de Goiás.


Confira o Prognóstico Climático de OUTONO/2023 para todas as regiões AQUI. (As informações são do MAPA)


Jogo Rápido 

Espanha: número de vacas caiu em fevereiro e agora está 3,2% menor
A diminuição do número de vacas e novilhas na Espanha deixa claro que os produtores não estão dispostos a continuar produzindo com prejuízo e que preferem vender seus animais para carne a continuar tomando empréstimos para que a indústria e a distribuição possam continuar mantendo suas margens. Em março de 2023, o censo bovino leiteiro da Espanha foi de 784.846 vacas, o que representa uma queda de 3,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior e em relação ao mês imediatamente anterior, observa-se uma queda de 0,3%. Já são 25.642 vacas a menos. Em relação ao censo de novilhas, em março de 2023 atingiu 271.142 animais, o que representa um aumento de 0,8% em relação ao mesmo mês do ano passado e uma queda de 0,7% em relação ao mês imediatamente anterior. No ano passado também desapareceram 7% dos pecuaristas -790 fazendas- e embora alguém possa pensar que essa tendência seria corrigida com o preço pago durante o mês de janeiro, a realidade é bem diferente e nesse mês foram fechadas outras 90 fazendas, 3 por dia. A queda no número de fazendas e a diminuição do censo de vacas e novilhas tiveram um efeito claro na produção registrada em 2022 com queda de 2,2%, apesar dos aumentos de preços registrados no último trimestre de 2022. A decisão da indústria, da distribuição e dos consumidores nesse sentido fará com que o setor continue avançando e ainda haja leite nas gôndolas. (As informações são da Agaprol, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de março de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.862


NASA confirma em estudo que o gado argentino não polui
 
Nos últimos anos, a atividade pecuária global tem sido repetidamente acusada de gerar um impacto ambiental negativo, a partir da emissão de dióxido de carbono.
 
Mas um estudo - neste caso, da NASA - refutou essas afirmações e mostrou que a Argentina é um dos poucos países do mundo com balanço de carbono positivo.
 
Conforme explicam Adrián Bifaretti e Eugenia Brusca, do Instituto para a Promoção da Carne Argentina (Ipcva), a abordagem tradicional para medir essa variável se baseia na medição do dióxido de carbono, a partir da contagem e estimativa da quantidade desse gás emitida. .
 
Como se chegou a esta conclusão? Um estudo publicado na Earth System Science Data usou medições feitas pela missão Orbiting Carbon Observatory-2 (OCO-2) da NASA. O trabalho oferece uma nova perspectiva, acompanhando tanto as emissões de combustíveis fósseis quanto as mudanças totais nos "estoques" de carbono dos ecossistemas, incluindo árvores, arbustos e solos.
 

 
O mapa mostra as emissões e remoções líquidas médias de dióxido de carbono, entre 2015 e 2020.
 
 
Balanço positivo
 
A principal constatação foi que a Argentina é um dos poucos países que aparece com saldo positivo, baseado no sequestro de carbono em florestas, matagais e pradarias. No relatório, elas foram incluídas sob o nome de “pastagens”.
 
Para o IPCVA, a pecuária nacional “faz parte do ecossistema natural e constitui uma das atividades que leva a agricultura argentina a ser um ator essencial no manejo da fotossíntese e na recuperação do dióxido de carbono da atmosfera no ciclo natural do carbono” .
 
Bifaretti e Brusca detalharam que os recursos forrageiros consumidos pelo gado retiravam dióxido de carbono do ar, como parte do ecossistema natural por meio da fotossíntese. “O metano que eles emitem é feito com base no carbono do pasto que consumiram e sua duração é de 10 a 12 anos na atmosfera”, explicaram.
 
Após esse período, o metano é transformado em água e gás carbônico, que é naturalmente absorvido por meio da fotossíntese pelas pastagens. “É assim que o ciclo se repete, é pura natureza”, afirmaram.
 
O mapa verde
 
A cor verde do mapa feito com dados da NASA se encaixa perfeitamente nos sistemas de produção pecuária da Argentina. Neste ponto, o Instituto explicou que, se comparado com outros sistemas pecuários - mais industrializados e intensivos - o gado argentino tem uma base nutricional que se caracteriza por um baixo uso de insumos, agroquímicos e fertilizantes químicos.
 
“Por outro lado, a pecuária argentina é uma das poucas atividades que permite a transformação de proteína vegetal imprópria para consumo humano em proteína animal de alto valor biológico indicada para consumo humano”, detalharam. E acrescentaram: “Se os sensores da NASA forem mais refinados, esses avanços serão fundamentais para verificar quais países cumprem os compromissos assinados na COP 21 e além”.
 
Com essas evidências, eles afirmaram que a pecuária não deve continuar sendo apontada como uma das causas do aquecimento global e das mudanças climáticas.
 
As informações são do Infocampo, traduzidas pela Equipe MilkPoint.


Leite/Europa

A produção de leite continua com o crescimento sazonal em muitos países da Europa Ocidental. Embora o clima adverso iniba eventualmente o crescimento da captação de leite, no geral, a tendência é de crescimento em países do norte europeu, desde o início do ano. 

No entanto, em partes da França e sul da Europa as condições mais secas impediram um forte aumento da produção de leite este ano. De acordo com o site CLAL, dados preliminares sobre a produção de leite no Reino Unido (RU), indicam elevação de 1,9% em janeiro de 2023, em relação a janeiro de 2022. Apesar disso, os dados consolidados de 2022, apontam para queda de 0,5% no volume de leite captado no RU, na comparação com 2021. Análises preliminares indicam que, em 2023, na União Europeia (UE), a produção de leite será idêntica à do ano passado. No entanto, está havendo preocupações com a queda dos preços e da demanda das commodities lácteas, além dos novos regulamentos que deverão manter a produção limitada. Produtores de leite da Bélgica e Holanda ocuparam as capitais com tratores, em protesto contra a proposta de regulamentação das emissões de nitrogênio. As novas regras reduzirão a produtividade animal nos dois países.  

Uma associação do comércio europeu de lácteos divulgou um relatório, mostrando que, em 2022, as exportações globais de produtos lácteos foram 2,2% menores do que as de 2021, o primeiro declínio do comércio global em duas décadas. As exportações de commodities lácteas da UE decresceram em quase todas as categorias, com o leite em pó integral (WMP) caindo mais. De acordo com os analistas, a menor disponibilidade de leite e a baixa competitividade nos mercados mundiais foram as forças responsáveis pelos números de exportação mais baixos. As vendas de lácteos para a China, Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia caíram entre 17% e 22% no último ano.

A produção de leite de 2022 exibiu forte crescimento em países do leste europeu, como Polônia e República Checa. Sazonalmente, a captação cresce na região. Embora o aumento da captação seja esperado na Europa Oriental, o conflito Ucrânia x Rússia continua prejudicando outras partes. As autoridades ucranianas observam que o aumento dos preços de ração e energia, destruições localizadas de infraestruturas do país, bem como a queda nas cotações das commodities representam desafios significativos. As exportações foram fundamentais para manter a indústria de laticínios ucraniana. No entanto, com a queda dos preços, as exportações estão perdendo a atratividade.  

O acordo para manter os portos do Mar Nigro abertos para o transporte de grãos deve terminar no dia 18 de março, a menos que Ucrânia e Rússia negociem a prorrogação.

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva

Mercado de soro: perspectivas e oportunidades

O soro de leite é uma matéria-prima láctea que vem ganhando cada vez mais aplicações e tornando-se mais valorizado no mercado. O soro é um coproduto da fabricação de queijos, na qual a produção de 1kg de queijo, tem-se uma obtenção média de 8,5 a 9 litros de soro.

Soro em números

Tamanho de mercado, segundo estimativa do MilkPoint Mercado:

Aproximadamente 9 bilhões de litros/ano;
Aproximadamente R$ 13,2 bilhões/ano;
Sendo que, apenas 50% do soro, hoje, é aproveitado.

Principais aplicações do soro de leite

Em um país, como o Brasil, que tem como principal destino do leite cru a produção de queijos, é uma enorme a oportunidade o aproveitamento de soro para as mais diversas aplicações de mercado. Em sua composição, encontramos 55% dos nutrientes do leite, sendo considerado uma excelente fonte de proteína para consumo humano e animal.

A maior demanda por outras fontes de proteína impactou o mercado de soro, que vem ganhando casa vez mais relevância tanto para alimentação animal como para a alimentação humana.

Para produtos de consumo humano, o soro foi sendo bastante popularizado no whey protein. Atualmente, bebidas proteicas, de maior valor agregado e com apelo de saudabilidade, têm ganhado cada vez mais destaque no mercado.

Além da aplicação em produtos de maior valor agregado, outras categorias de compostos lácteos, de menor custo, que utilizam soro em sua composição, também têm crescido nos últimos anos. Além de seu valor nutricional, as proteínas do soro também apresentam grande aplicação na indústria alimentícia, por possuírem diversas propriedades funcionais, como, por exemplo, seu poder emulsificante na fabricação de sorvetes.  

Para nutrição animal, o soro é comumente utilizado na alimentação de suínos e bezerros. É utilizado o chamado “soro feed”, o que faz que quanto mais valorizado e aquecido estiver o mercado suíno, por exemplo, maior será a demanda pelo soro, impactando positivamente nos preços praticados.

Dinâmica de mercado soro
O funcionamento deste mercado e sua dinâmica de preços estão diretamente correlacionados com a produção de queijos e com o desempenho de vendas dos produtos que utilizam soro em sua composição. Quando a produção de queijos está baixa, reflete na diminuição da oferta de soro, o que pode elevar preços.

Em momentos em que a produção está mais alta, a tendência é aumentar a oferta, podendo ocorrer baixa nos preços. Do lado da demanda, momentos em que os mercados que demandam mais soro melhoram, os preços do produto também tendem a subir.

Outro aspecto importante é o mercado internacional, e devemos analisar o volume de importações de soro em pó, por exemplo.

 
Gráfico 1. Importações mensais de soro em kg.

Perspectivas de curto prazo
Após atingir valores recordes em 2022, o soro em pó apresentou correções ao final do último ano, mas ainda segue em patamares elevados, conforme podemos ver no gráfico abaixo:

Gráfico 2. Preço Médio do soro em Pó Desmineralizado (R$/kg).

Para os próximos meses, a expectativa também é de preços firmes, à medida que a produção de queijos tende a diminuir frente ao efeito sazonal da entressafra. (Milkpoint)


Jogo Rápido 

Próximos dias terão calor e chuvas expressivas no RS
Os próximos sete dias permanecerão quentes e ocorrerão chuvas expressivas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 11/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (17/03), a presença da massa de ar quente e úmido manterá grande variação de nuvens, com possibilidade de pancadas isoladas de chuva na maioria das regiões. No sábado (18), o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado. No domingo (19), o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade da maioria das regiões, mas ainda ocorrerão chuvas isoladas nos setores Norte e Nordeste. Na segunda (20) e terça-feira (21), o ar quente seguirá predominado, com tempo firme e temperaturas acima de 35°C na maior parte do Rio Grande do Sul. Porém, a aproximação de uma nova frente fria vai provocar pancadas de chuva e trovoadas na Fronteira Oeste e Campanha, com possibilidade de temporais isolados. Na quarta (22), o deslocamento da frente fria vai provocar chuva em todo o Estado, com risco de tempestades isoladas, sobretudo na Metade Norte. Os volumes previstos deverão oscilar entre ser inferiores a 15 e 30 mm na maioria das regiões do Rio Grande do Sul. No Vale do Uruguai, Missões, Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul são esperados totais mais elevados, que devem oscilar entre 30 e 50 mm, mas poderão superar 60 mm em algumas localidades. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)

 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de março de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.861


Estão abertas as inscrições da segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira

Já está aberto o prazo para que os produtores de leite no Rio Grande do Sul se inscrevam na segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira RS em seis categorias de cases de sucesso: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.

A inscrição deve ser realizada com envio por correio eletrônico de todo o material de apresentação para jries@emater.tche.br ou sindilat@sindilat.com.br. As inscrições se encerram no dia 30 de junho. Tanto o regulamento completo quanto a ficha de inscrição podem ser acessados pelo site do Sindilat clicando aqui.

Neste ano, as inscrições foram divididas em duas fases. Na primeira, 116 produtores se registraram para competir pelo prêmio de "Propriedade Referência em Produção de Leite".  A novidade é a separação entre os que produzem em sistemas à base de pasto com suplementação e os que produzem em sistemas de semiconfinamento ou confinamento. 
 
O Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) realizam a premiação com o objetivo de reconhecer exemplos positivos na atividade leiteira. O propósito é que os cases de sucesso possam ser amplamente divulgados e reconhecidos, servindo assim como referência aos demais produtores na superação dos desafios do setor.
 
Os produtores que estão vinculados à indústria de laticínios que adquire leite no Estado podem participar do prêmio, independentemente de sua produção ser individual ou coletiva. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2023, que acontece de 26 de agosto a 3 de setembro. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


IBGE: Pesquisa Trimestral do Leite - 4º trimestre de 2022. 
Parte 02 de 02

Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço líquido médio do litro de leite pago ao produtor no 4º trimestre de 2022 foi de R$ 2,69, valor 21,6% acima ao praticado no trimestre equivalente do ano anterior. Em comparação ao preço médio auferido no 3° trimestre de 2022, houve decréscimo de 17,7%. (Gráfico I.14).

A maior parte da captação de leite pelos laticínios brasileiros foi realizada por estabelecimentos de grande porte, que receberam mais de 150 mil litros de leite/dia (6,7% do total de estabelecimentos) e foram responsáveis por 68,5% do volume de leite cru captado no 4º trimestre de 2022 (Tabela I.13).
 

No 4º trimestre de 2022 participaram da Pesquisa Trimestral do Leite 1 749 estabelecimentos, 681 (38,9%) registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), 790 (45,2%) nos Serviços de Inspeção Estadual (SIE) e 278 (15,9 %) nos Serviços de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 90,3%, 8,8% e 1,0% do total de leite captado. O Estado do Amapá foi a única Unidade da Federação a não participar da Pesquisa por não apresentar estabelecimento elegível ao universo investigado.  (Fonte: IBGE - Pesquisa Trimestral do Leite - 4º trimestre 2022. Estatística da Produção Pecuária out.-dez. 2022)

Tião Medeiros é eleito presidente da Comissão de Agricultura

O deputado Tião Medeiros (PP-PR) foi eleito nesta quarta-feira (15), com 34 votos, presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. 

Houve 2 votos em branco. Os ocupantes dos demais cargos da Mesa do colegiado (1ª, 2ª e 3ª vice-presidência) serão eleitos em outra reunião. 

“A comissão tem uma repercussão nos temas de grande relevância no agronegócio brasileiro, em todas as suas escalas, pequeno, médio e grande. Sei que o produtor faz o seu papel da porteira para dentro e o setor público precisa permitir que ele continue produzindo cada vez mais”, disse Medeiros, ao assumir a presidência. 

Ele afirmou ainda que pretende definir a pauta da comissão com os demais membros do colegiado, avançando, principalmente, nas propostas que já estão aguardando análise. 

Perfil: 
O advogado Tião Medeiros, 40 anos, exerce atualmente o seu primeiro mandato como deputado federal. Antes foi deputado estadual pelo Paraná em duas legislaturas e chefe de gabinete da Casa Civil do governo do Paraná. 

O que faz a comissão: 
A Comissão de Agricultura debate e vota temas relacionados à política agrícola e aos atinentes à agricultura e à pesca, bem como aqueles relativos às questões fundiárias e de reforma agrária e, ainda, sobre justiça agrária e direito agrário. 

Assista a reportagem clicando aqui.  

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 


Jogo Rápido 

Chile: captação de leite caiu 3,0% em janeiro
Segundo dados divulgados pela Federação Nacional dos Produtores de Leite (Fedeleche) do Chile, com base em informações divulgadas pela Secretaria de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa), a captação de leite no país em janeiro de 2023 registrou queda de 3,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior, caindo de 210,4 para 204,0 milhões de litros, este último o menor valor dos últimos três anos. Além disso, esse volume representa uma contração de 6,3 milhões de litros e ao mesmo tempo encadeia oito meses negativos consecutivos na captação de leite cru. Isso se deve principalmente ao fato de que os produtores de leite em todas as partes do país estão lutando com altos preços de produção, o que pressiona para baixo a oferta nacional de leite cru. Assim, no primeiro mês do ano, os resultados por regiões foram mistos, com alta na Região Metropolitana e La Araucanía, enquanto as regiões de Ñuble, Bio-Bio, Los Ríos e Los Lagos caíram. As informações são do Mundo Agropecuário, traduzidas pela Equipe MilkPoint.