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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.597


Produtores de leite da Cotrirosa têm retorno antecipado da CCGL
 
Como forma de minimizar os impactos causados pela estiagem, a CCGL vai antecipar, de abril para março, o pagamento do retorno sobre a produção de leite entregue durante o ano de 2021. Os associados da Cotrirosa que entregaram, de forma ininterrupta e que estiverem ativos no sistema CCGL até a data prevista para o efetivo pagamento, receberão R$ 0,02 de retorno por litro de leite entregue. Ao total, serão distribuídos R$ 10 milhões.
 
O valor é parte dos 20% das sobras do exercício destinadas diretamente aos produtores, conforme prevê o estatuto da CCGL. A antecipação foi aprovada na Assembleia Geral Ordinária. Na oportunidade, também foi aprovado o pagamento permanente e mensal do adicional de R$ 0,02 por litro de leite originado em propriedades certificadas livres para brucelose e tuberculose.
 
A ação da CCGL será incorporada nos valores atuais como política de incentivo de qualidade e sanidade, a partir do leite precificado no mês de janeiro deste ano, e já terá seu primeiro pagamento em 15 de fevereiro de 2022. Além dos produtores, os municípios de origem do leite  também recebem o retorno do ICMS incidente sobre a comercialização do produto.
 
Para o presidente da Cotrirosa, Clenir Antonio Dalcin, “a antecipação do retorno e o pagamento mensal às propriedades certificadas garantem um incremento na renda das famílias”. (Jornal do Comércio)

Estado registra maior superávit desde 2009

Segundo dados da Secretaria Estadual da Fazenda, no ano passado, o resultado ficou positivo em R$ 2,5 bilhões

O Relatório de Transparência Fiscal (RTF) do governo do Estado apresentado nesta quinta-feira aponta que o Rio Grande do Sul teve um superávit orçamentário de R$ 2,5 bilhões em 2021, em valores nominais. Este foi o melhor resultado apresentado desde 2009, conforme destacou o titular da Secretaria da Fazenda (Sefaz-RS), Marco Aurélio Cardoso. Ele lembrou que, em 2020, houve déficit orçamentário de R$ 600 milhões.

“O resultado é bastante importante, pois significa a ruptura da situação crítica do início de 2019 para um cenário em que são perceptíveis os efeitos das reformas, privatizações e diversas medidas de ajuste aprovadas pelo Legislativo e implementadas pelo governo”, afirmou o secretário em coletiva à imprensa, realizada de forma virtual.

O secretário da Fazenda apresentou as análises acompanhado do seu adjunto, Jorge Tonetto, dos subsecretários da Cage, Rogério Meira, do Tesouro do Estado, Bruno Jatene, e da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, além da equipe da Divisão de Informação e de Normatização Contábil (DNC) da Cage.

Conforme o balanço atual, a receita total do governo foi de R$ 57,9 bilhões, o que representa um crescimento de aproximadamente 27% em relação ao ano anterior (R$ 45,5 bilhões). Segundo Cardoso, isso se deve principalmente às receitas correntes (impostos, taxas e contribuições), sem contar o efeito de ingresso de R$ 2,57 bilhões da regularização contábil de parte da dívida de ICMS da CEEE Distribuidora (CEEE-D). Somente a receita bruta de ICMS consistiu em R$ 44,8 bilhões. “Essa receita cresceu R$ 8,6 bilhões (23,77%) frente a R$ 36,2 bilhões arrecadados no ano anterior”, observou o secretário, lembrando que o resultado já contabiliza o repasse para os municípios.

Ao apontar a despesa com Previdência como uma operação “importante”, Cardoso afirmou que a redução do déficit previdenciário continuou em 2021, passando de R$ 10,3 bilhões em 2020 para R$ 9,5 bilhões. “Quando comparado com 2019, período anterior à Reforma, a queda é de 24% (R$ 3 bilhões)”, comparou o gestor público.

Ele lembrou ainda que os pagamentos dos fornecedores e da folha dos servidores também já estavam regularizados desde 2020, abrindo caminho para que, em 2021, avançassem os investimentos após as privatizações. “São medidas que se somam a resultados que, pouco a pouco, demonstram a importância da persistência do ajuste”, explicou Cardoso. Segundo ele, outro dado que comprova o ajuste em curso no Estado são os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Em 2021, pela primeira vez, o Rio Grande do Sul ficou abaixo dos limites máximos para dívida desde a criação da LRF, 
situando-se abaixo também dos limites máximos e prudenciais para pessoal.”

Os dados ainda apontaram que em 2021, houve superávit primário (sem considerar as despesas) de R$ 4,7 bilhões, o que significa uma melhora de R$ 1,79 bilhão frente ao ano anterior, quando o resultado foi de R$ 2,86 bilhões. Mais uma vez, Cardoso vinculou a boa performance aos efeitos das reformas estruturais e “ao engajamento da atual gestão com o equilíbrio fiscal”, além da retomada da atividade econômica e dos efeitos inflacionários recentes, com reflexos diretos na arrecadação do ICMS.

Ainda de acordo com o balanço, a receita tributária também cresceu por conta da arrecadação de R$ 3,9 bilhões em IPVA (dezembro de 2021), que inflou em 22,2% frente ao ano anterior; e mais R$ 1,1 bilhão em ITCMD (aumento de 48,2%). “Neste último caso, foi a primeira vez na história do Estado que a arrecadação do imposto ultrapassou o valor de R$ 1 bilhão”, considerou Cardoso. (Jornal do Comércio)





Em tempos de crise, é preciso pensar a longo prazo!

Em momentos adversos, tendemos a pensar que a tempestade nunca passará. Mas, é preciso lembrar que ela sempre passa. Claro que somos imediatistas por dias melhores, porém uma visão a longo prazo é essencial para atravessar períodos conturbados.

No leite, é exatamente isso que os produtores têm enfrentado. Uma tempestade perfeita de mercado que parece não ter fim. Realmente, a situação está difícil e precisamos reconhecer isso. Por outro lado, o setor já passou por momentos semelhantes e superou as dificuldades. Afinal, o mercado é cíclico, nenhuma situação é o ponto final, a dinâmica é feita de ciclos — seja eles bons ou ruins.  

O ciclo atual é desafiador: aumento com os custos de produção, principalmente relacionados à dieta das vacas, que representam aproximadamente 30 a 40% dos custos toais; eventos climáticos adversos: seca no Sul e excesso de chuvas no Sudeste; situação econômica desfavorável aliada a retração da demanda por lácteos. Por isso, se o presente não é favorável, é preciso pensar e se planejar a longo prazo.

Neste cenário, o conhecimento é peça fundamental e o insumo mais barato. Não existe planejamento a longo prazo que não considere parâmetros técnicos e gerenciais que são capazes de transformar informações em saúde financeira nas fazendas de leite.

Olhar para dentro da porteira e tomar decisões assertivas em questões relacionadas ao manejo, novilhas, bezerras, genética, reprodução, nutrição, produção de alimentos, qualidade do leite, conforto e bem-estar animal são fundamentais para atravessar momentos de crise e minimizar os impactos das variáveis de mercado na margem de lucro das propriedades.

É neste contexto que o MilkPoint Experts Feras da Rentabilidade durante seis encontros semanais online, nos dias 14/03, 21/03, 28/03, 04/04, 11/04 e 18/04, com um time de especialistas e produtores de sucesso tem como missão mostrar que o leite pode ser um negócio rentável, sustentável e lucrativo.

Quer saber como? Não fique de fora do MilkPoint Experts Feras da Rentabilidade. Para mais informações acesse o site do evento e faça a sua inscrição. Associados do Sindilat contam com 30% de desconto na inscrição clicando aqui. Lembre-se: nada dura para sempre, mas o “para sempre” próspero precisa ser trabalhado hoje. Tenha um leite rentável, seja um Fera na Rentabilidade! (Milkpoint)

Jogo Rápido 

Agro de portas abertas em Dubai
Com a inauguração do escritório, ontem, em Dubai,nos Emirados Árabes Unidos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) chega a sua terceira representação em terras estrangeiras. A nova estrutura, que fica junto ao Invest São Paulo, busca dar apoio a produtores e empreendedores rurais em ações de promoção, inteligência comercial e aproximação com parceiros estratégicos da região, para ampliar e diversificar exportações. - Temos a necessidade de continuarmos abrindo mercados, por isso inauguramos esse escritório estrategicamente em Dubai, terceiro bloco importador mais importante do agronegócio brasileiro - afirmou Gedeão Pereira, vice-presidente de Relações Internacionais da CNA e presidente da Farsul. Embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja, acrescentou que a representação "engrandece a presença do Brasil na região". Além da inauguração, a comitiva, que reúne empresas brasileiras segue em Dubai para programação até o dia 18. (Zero Hora)

 

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Porto Alegre, 11 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.596


IBGE: Aquisição de leite recua 5,7% na comparação anual e soma 6,42 bilhões de litros
 
Pesquisa Trimestral do Leite - De acordo com os primeiros resultados divulgados pelo IBGE, nesta quinta-feira, da Pesquisa Trimestral do Leite, no 4º trimestre de 2021, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária foi de 6,42 bilhões de litros, com recuo de 5,7% em relação ao 4º trimestre de 2020 e aumento de 3,6% na comparação com o obtido no trimestre imediatamente anterior.
 
Quantidade de leite cru, resfriado ou não, adquirido e industrializado - Primeiros resultados (mil litros), 4º trimestre 2021



>> Acesse aqui os resultados preliminares 
 
Fonte: IBGE

Entenda por que a inflação nos EUA está tão alta e quando pode desacelerar

Vista antes como transitória, inflação se mantém alta, atinge níveis não vistos em 40 anos e vira dor de cabeça para os americanos

No ano passado, ela foi uma surpresa desagradável e não era para durar. Agora, porém, a inflação se tornou uma pressão financeira contínua para milhões de americanos, que a sentem quando abastecem seus carros nos postos de gasolina, vão ao supermercado, compram roupas ou barganham descontos para adquirir um carro ou para quitar seus aluguéis.

Nos 12 meses encerrados em janeiro, a inflação nos Estados Unidos atingiu 7,5% — o nível mais elevado desde 1982 — informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Mesmo descartando os preços voláteis de alimentos e energia, o chamado núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) saltou 6% em base anual — também o mais alto em 40 anos.

Os consumidores estão sentindo a alta dos preços no dia a dia. Ao longo do último ano, carros e caminhões usados ficaram 41% mais caros. A alta dos preços da gasolina foi de 40%, a do bacon de 18% e a dos móveis para quartos de 14%.

O Federal Reserve (Fed), o banco central americano, não previu que a onda inflacionária fosse tão severa ou persistente. Em dezembro de 2020, os governadores da autoridade monetária haviam estimado que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficaria abaixo da meta de 2% em 2021, fechando o ano em 1,8%.

Mas a inflação acelerou no ano passado com uma velocidade brutal. Em fevereiro, o CPI estava apenas 1,7% acima do nível de 2020. A partir daí, a aceleração foi constante — 2,7% em março, 4,2% em abril, 4,9% em maio, 5,3% em junho, até chegar a 7,1% em dezembro. (Valor Econômico)
 







Previsão de pouca chuva para a maior parte do Estado nos próximos sete dias
 
Para a próxima semana, não há previsão de chuva expressiva para a maior parte do Rio Grande do Sul, conforme o Boletim Integrado Agrometeorológico 06/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. 
 
Na sexta-feira (11/02), a presença de ar quente e úmido manterá a elevação das temperaturas, maior variação da nebulosidade e possibilidade de pancadas de chuva, fracas e isoladas, na maioria das regiões. No sábado (12/02) e domingo (13/02), o deslocamento de um sistema frontal no oceano provocará chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Metade Leste e na Zona Sul. Entre a segunda (14/02) e terça-feira (15/02), o tempo permanecerá firme, com temperaturas elevadas e valores acima de 36°C em diversas regiões. 
 
Na quarta (16/02), a aproximação de uma área de baixa pressão a partir do Norte da Argentina e do Paraguai vai aumentar a nebulosidade e poderão ocorrer pancadas isoladas de chuva, típicas de verão, em várias regiões. Os volumes esperados deverão ser inferiores a 10 mm na maior parte do Estado. Na Metade Leste, os valores deverão oscilar entre 15 e 35 mm, podendo alcançar 50 mm em algumas localidades da Zona Sul. 
 
Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)

Jogo Rápido 

Quebra argentina
Concluído o plantio de milho na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou em 6 milhões de toneladas sua estimativa para a produção no país em 2021/22, para 51 milhões de toneladas. Em relatório, a bolsa informou que chuvas no norte da Argentina melhoraram as condições de solo, mas não compensaram a queda de produtividade  na maior parte das lavouras, plantadas mais precocemente e que enfrentaram meses de seca. A área destinada ao milho é estimada em 7,3 milhões de hectares, 500 mil hectares a mais que em 2020/21. No caso da soja, 32% da área encara seca extrema.(Valor Econômico)

 

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Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.595


Consumo dos brasileiros em supermercados sobe 3% em 2021
 
Para este ano, estimativa é que a expansão no consumo alcance 2,8%
 
O consumo nos lares brasileiros registrou um aumento de 3,04% em 2021, na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 10, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
 
O resultado veio um pouco abaixo do esperado pelo setor — uma alta de 4,5%. Para este ano, a Abas estima que a expansão no consumo alcance 2,8%.
 
Em dezembro do ano passado, o consumo das famílias subiu 4,27% em relação ao mesmo período de 2020. Já na comparação com novembro de 2021, o crescimento foi de 22,4%.A Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo nos supermercados, terminou o ano passado com alta de 10,32% em relação a 2020, para R$ 700,53, de acordo com a Abras. A elevação superou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de alimentos, que ficou em 7,94%, e o IPCA (inflação oficial do país), de 10,06%.
 
Os maiores vilões no ano foram o café torrado e moído, com alta de 67%, o açúcar (40%) e o frango congelado (28%). Por outro lado, as maiores quedas nos preços foram registradas pelo arroz (-18%), seguido por pernil (-9%) e feijão (-2%).
 
No ano, a cesta que teve a maior alta foi a da região Nordeste (14,51%) para R$ 642,58, seguida por Sul (11,78%, para R$ 772,90) e Sudeste ( 9,13%, para R$ 675,44). (Com informações do Valor Econômico) 

Tribunais livram empresas no PAT de limitação na dedução de IR
 
Liminares permitem desconto por quem paga vale-refeição e alimentação
 
Empresas que fornecem vale-alimentação ou refeição para os empregados têm conseguido liminares nos Tribunais Regionais Federais (TRFs) para continuar a deduzir esses custos do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). O chamado novo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), desde dezembro, passou a impor algumas limitações para essa espécie de benefício.
 
O TRF da 3ª Região, com sede em São Paulo, e o TRF da 1ª Região, localizado em Brasília, foram favoráveis a empresas. Na contramão, o TRF da 4ª Região, em Porto Alegre, tem decisão negando pedido de liminar.
 
O PAT foi instituído pela Lei nº 6.321, de 1976. As empresas participantes são em maioria as de grande porte, com alto número de funcionários, que recolhem o IRPJ com base no lucro real. Podem fazer a dedução de 10% dos valores gastos com os benefícios de vale-refeição e alimentação, desde que não ultrapasse 4% do imposto devido no ano.
 
Contudo, em 11 de novembro, o governo federal editou o Decreto nº 10.854, com novas condições para essa dedução. O novo texto permite a aplicação do desconto apenas sobre a despesa com trabalhadores que recebam até cinco salários-mínimos (R$ 5,5 mil). A menos que a empresa ofereça serviço próprio de refeições ou as distribua com o auxílio de cooperativas.
 
Antes, havia a possibilidade de estender o benefício aos trabalhadores de renda mais elevada, contanto que fornecido a todos os empregados que recebam até cinco salários mínimos.
 
A nova norma ainda diz que, a cada mês, a empresa poderá deduzir, no máximo, o valor equivalente a um salário-mínimo por empregado. As restrições estão em vigor desde o dia 11 de dezembro.
 
A medida impactou em cheio as empresas que participam do programa. E deverá haver reflexo no caixa da União. Atualmente, o PAT conta com mais de 290 mil empresas beneficiárias inscritas, que abrangem 23 milhões de trabalhadores, segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência. Desses, 19,6 milhões recebem até cinco salários mínimos.
 
Diante das novas limitações, diversas empresas resolveram entrar com ação na Justiça. Segundo advogados, o Poder Executivo criou, por decreto, restrições que a Lei do PAT não prevê. Além disso, ao limitar o abatimento das despesas com alimentação, o governo teria aumentado indiretamente a carga tributária das empresas.
 
Já haviam liminares concedidas na primeira instância do Judiciário, ao menos em Belo Horizonte, São Paulo e Jundiaí (SP) para derrubar as novas limitações. Agora, o assunto chegou aos tribunais colegiados.

No TRF da 3ª Região, a desembargadora da 4ª Turma, Monica Autran Machado Nobre, confirmou liminar que já havia sido concedida em primeira instância. Entendeu que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) “é firme no sentido de que as normas infralegais que estabelecem custos máximos das refeições individuais dos trabalhadores para fins de cálculo da dedução do PAT, bem como aquelas que alteram a base de cálculo da referida dedução para fazê-la incidir no IRPJ resultante, ofendem os princípios da estrita legalidade e da hierarquia das normas”.
 
De acordo com a desembargadora, o Decreto nº 10.854, de 2021 (artigo 186), extrapola a sua função ao alterar a base de cálculo das deduções dos custos do PAT, gerando majoração do IRPJ. “Trata-se de afronta ao princípio da legalidade tributária, bem como aos princípios da anterioridade nonagesimal e anual”, diz, na decisão (processo nº 5001504-62.2022.4.03.0000). (Valor Econômico)




OPERAÇÃO-PADRÃO: Greve afeta 87% das indústrias
 
A demora na liberação das importações e exportações devido à operação-padrão da Receita Federal, iniciada em dezembro, está causando prejuízos para a indústria gaúcha. A preocupação foi manifestada por industriais na reunião de diretorias da Federação e do Centro das Indústrias (Fiergs/Ciergs). Levantamento feito entre industriais apontou, segundo a entidade, que 87% deles estão sendo afetados pela mobilização. E para 56% os maiores prejuízos estão nas importações.
 
Os atrasos nas liberações de cargas, alertou a Fiergs, estão concentrados principalmente nas alfândegas, no aeroporto em Porto Alegre, no Porto de Rio Grande, nas fronteiras de Uruguaiana e de São Borja e nas estações aduaneiras de Canoas e de Novo Hamburgo. Como consequência, as indústrias acumulam custos adicionais nas operações de exportação e importação, paralisação das linhas de produção e atraso no cumprimento de contratos com clientes, resultando em multas.
 
A Fiergs destacou no comunicado que “considera fundamental a imediata normalização da prestação de serviços nas aduanas”. Para a entidade, no momento de retomada da economia é imprescindível que os setores não encontrem entraves.(Correio do Povo)

Jogo Rápido 

Vedação é exigência legal, diz MP
 

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, divulgou nota em que afirma que o impedimento para o licenciamento e execução de obras de reservação de água em áreas de preservação permanente (APPs) não decorre da atuação da instituição, mas sim da vedação legal estabelecida pelo Código Florestal Federal e pela Lei da Mata Atlântica. Tais leis, segundo o texto da nota, permitem apenas, nestes espaços protegidos, “obras e atividades consideradas de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto”. Quanto ao bioma Pampa, está em tramitação uma ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, com liminar confirmada pelo Tribunal de Justiça, que apenas permite o licenciamento de atividades nas propriedades com regularização prévia do Cadastro Ambiental Rural (CAR). (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.594


RS espera ajuda para produtores

Estado tem 401 municípios em situação de emergência e aguarda recursos da União

O governador Eduardo Leite manifestou, ontem, expectativa de que nos próximos dias sejam anunciadas linhas de crédito emergenciais do governo federal para auxiliar os pequenos produtores rurais prejudicados pela estiagem. Leite se reuniu presencialmente, em Brasília, com o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes.

A ministra Tereza Cristina acompanhou o encontro por videoconferência, por ter recebido diagnóstico positivo para Covid-19 na segunda-feira.

“O mais importante da nossa vinda (a Brasília) era reforçar que a nossa situação está bastante crítica, com boa parte do Estado atingida pela estiagem”, disse Leite, em comunicado. De acordo com o Ministério da Agricultura, as tratativas com o Ministério da Economia para a liberação do auxílio estão sendo finalizadas. Na reunião, Leite destacou que uma das preocupações dos agricultores se refere aos financiamentos contratados, já que, com a quebra de safra, eles terão dificuldades para arcar com o pagamento desses custeios e investimentos.

“Parte das lavouras não é protegida por seguro agrícola ou Proagro”, disse o governador.

Na segunda-feira, o governo gaúcho anunciou a criação de uma força-tarefa para assinatura de convênios que beneficiarão os municípios em situação de emergência. Há previsão de construção de 6 mil açudes, com investimento de R$ 66 milhões. 

EMERGÊNCIAS. O número de municípios que decretaram situação de emergência por estiagem chegou a 401 ontem, segundo a Defesa Civil. O Estado homologou 367 decretos e, destes, a União reconheceu 288. O RS tem 497 municípios. (Correio do Povo)

Nos EUA, o número de vacas passou por uma 'montanha russa' em 2021

Em janeiro de 2021 o número de vacas leiteiras estava em alta, com 9,445 milhões de animais no rebanho leiteiro dos EUA. Esses números aumentaram constantemente antes de atingir um novo recorde em maio, totalizando 9,507 milhões, um salto de 62.000 animais. Durante o resto do ano, no entanto, esses números começaram a cair. 

No início de junho de 2021, o rebanho leiteiro dos EUA consistia em 9,503 milhões de vacas leiteiras. Por sete meses consecutivos, esses números caíram. No final de 2021, o rebanho dos EUA terminou em 9,375 milhões, uma queda de 132.000 cabeças desde maio, uma queda de quase 1,5%. Isso resultou em uma perda de 67.000 cabeças ano a ano.



De acordo com o relatório de produção de leite do USDA divulgado no final do mês passado, os estados que perderam mais vacas em 2021. Eles são:

Novo México – Diminuição de 45.000
Washington – Diminuição de 18.000
Ohio – Diminuição de 10.000
Pensilvânia – Diminuição de 8.000
Nova York – Diminuição de 6.000
Em contraste, os estados que aumentaram seus rebanhos nesse mesmo período incluem:

Dakota do Sul – Até 29.000
Wisconsin – Até 16.000
Texas – Até 12.000
Custos mais altos de alimentação e seca intensa no oeste fizeram com que alguns fazendeiros aumentassem suas decisões de descarte, levando a um salto nas taxas de descarte de vacas leiteiras em 2021. De acordo com o USDA, o abate anual de vacas leiteiras nos EUA atingiu 3,1 milhões de cabeças em 2021, 42.700 a mais do que o ano anterior.

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 





QUER TER UM INTESTINO SAUDÁVEL? ENTÃO CONSUMA LEITE E DERIVADOS!

Pesquisadores estudaram a associação entre o consumo de laticínios (leite, iogurte, queijo) com a composição do microbioma intestinal. 

Vamos descobrir quais foram os resultados? 

Cerca de 470 participantes foram separados em dois grupos: consumidores e não consumidores de alimentos lácteos. Durante um período, foram avaliadas algumas características nos dois grupos e os dados coletados mostraram que: Os participantes que ingeriam leite e derivados com frequência apresentaram maior nível de "bactérias do bem" no microbioma quando comparado com os participantes que não consumiam lácteos. 

Essas bactérias do bem regulam a microbiota e, por consequência, favorecem a saúde e o bom funcionamento intestinal. Portanto, consumir leite e derivados com frequência auxilia nesse processo e é a sua garantia de um intestino saudável! 

Já os consumiu hoje? 

(Fonte: ut Microbiome Diversity and Composition Are Associated with Habitual Dairy Intakes: A Cross-Sectional Study in Men. The J.l of N., V.151, P. 3400–34122021, DOI: https://lnkd.in/ewAqQGvd)

Jogo Rápido 

COOPERATIVISMO: CCGL antecipa valor ao associado
A Cooperativa Central Gaúcha Ltda – CCGL vai antecipar o pagamento da participação dos seus produtores nos resultados da industrialização e comercialização do leite processado em sua fábrica. O valor total de R$ 10 milhões será distribuído em março, um mês antes do que era previsto, para todos que entregaram ininterruptamente o leite durante 2021 e que estiverem ativos no sistema CCGL até a data prevista para o efetivo pagamento. Conforme o presidente da CCGL, Caio Vianna, neste momento
de dificuldades, por estiagem, as cooperativas, mais do que qualquer outra empresa, fazem a sua parte no apoio aos produtores. (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.592


La Niña atinge ápice e deve terminar no decorrer do outono
 
Com o fim do La Niña programado para o início do inverno, a meteorologia diz que ainda é cedo para falar sobre a possibilidade de El Niño
 
Em atualização no dia 13 de janeiro, a Agência Americana de Meteorologia e Oceanografia (Noaa) indicou que o fenômeno La Niña alcançou sua maturidade. O fenômeno prosseguirá até o outono, aproximadamente o mês de maio, alcançando seu término no início do inverno de 2022. Segundo previsão do tempo, a partir daí, embora exista especulação em torno do aparecimento de um El Niño no segundo semestre, a meteorologia recomenda cautela com a tomada de decisão.
 
Atualmente, a Oscilação Interdecadal do Pacífico (ODP) em fase fria vem impedindo o aparecimento frequente de El Niños. Nos últimos dez anos, três previsões de El Niño não se confirmaram por conta da ODP negativa. O ano de 2022 será semelhante ao ano de 2012, justamente um dos períodos em que havia previsão de El Niño que não se confirmou.
 
Para o período entre fevereiro e abril de 2022, a simulação probabilística da Universidade de Colúmbia indica manutenção da chuva abaixo da média no centro, oeste e sul do Rio Grande do Sul, além de boa parte do Uruguai e Argentina, comprometendo o desenvolvimento agrícola. Outras áreas com chuva abaixo da média aparecem no Sudeste, entre São Paulo, sul e leste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo, além do norte do Nordeste, sudoeste do Amazonas e oeste do Acre. No caso do Sudeste, a diminuição da chuva indica que, apesar do aumento significativo do nível dos reservatórios para geração de energia elétrica entre a primavera e início do verão, o mesmo desempenho não será visto até o fim do período úmido.
 
No norte do Nordeste, a chuva abaixo da média está associada à temperatura do Atlântico. Apesar do La Niña normalmente contribuir com precipitações intensas sobre a região, também há uma grande dependência do Atlântico para que a chuva se confirme. Vai chover intensamente nos próximos meses no oeste de São Paulo, oeste e norte de Minas Gerais, norte do Espírito Santo, em boa parte do Norte e Nordeste, além de Goiás e Mato Grosso.
 
Apesar da atual onda de calor que domina o centro e sul do Brasil, a tendência é de temperatura próxima da média entre fevereiro e abril. O frio do outono, inclusive, deve chegar mais cedo que o normal em 2022. O calor ficará acima da média entre o Norte e Nordeste, áreas que receberão chuva abaixo do normal no trimestre.
 
La Niña e segunda safra de milho
Após uma safra de milho frustrante no Sul devido à estiagem, as atenções se voltam para a segunda safra de milho no Brasil. No final de janeiro, a Embrapa Agropecuária Oeste destacou para a chance de 75% de probabilidade de ocorrência de geada em áreas produtoras de Mato Grosso do Sul devido do La Niña. De forma geral, o desempenho do cereal será melhor do que em 2021 por conta de sua instalação bem mais precoce. De acordo com a Conab, 15% das áreas já tinham sido semeadas até o fim de janeiro.
 
Em fevereiro, o ritmo de instalação deverá ser menor pelo excesso de chuva previsto para Minas Gerais e Goiás. Estima-se chuva acima dos 150 milímetros, o que pode gerar acumulados totais de pelo menos de 450 milímetros em áreas produtoras. Em Mato Grosso e em Tocantins, embora a anomalia de precipitação prevista não seja tão elevada, são esperados longos períodos com tempo nublado e chuvoso. Por outro lado, até o fim de fevereiro, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Piauí vão receber menos precipitação que o normal. No centro e sul do Brasil, o tempo seco será prolongado em meados de fevereiro e a precipitação mais intensa reaparece somente por volta de 20 de fevereiro. Já no Maranhão e Piauí, a chuva fica abaixo da média e não há previsão de invernadas.
 
Em março, a chuva acima da média será vista em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins. No Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, a chance de estiagens regionalizadas aumenta a partir da segunda quinzena do mês. Abril será o período mais seco dos três estados do centro-sul do Brasil, algo que pode comprometer parcialmente o desenvolvimento da segunda safra de milho. A chuva mais intensa vai reaparecer a partir da segunda quinzena de maio. Por outro lado, a precipitação vai prosseguir sobre o centro e norte do Brasil. (Canal Rural)

RS: bovinocultores de leite trocam experiências em Vale do Sol
 
Agricultores dos municípios de Passo do Sobrado e Vale Verde participaram na quarta-feira (02/02), na propriedade da família Kretzmann, no município de Vale do Sol, de um Dia de Campo sobre Bovinocultura de Leite. A atividade, promovida pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), visou propiciar uma interação maior entre os participantes. "Por se tratar de grupos menores a prática permite uma melhor discussão e visibilidade do sistema. Além disso, mantemos os cuidados de prevenção à Covid-19, pois a atividade é realizada ao ar livre e em grupos pequenos", pondera o extensionista rural agropecuário da Emater/RS-Ascar, Vivairo Zago.
 
Na propriedade da família Kretzmann, está implantada uma Unidade de Referência Técnica (URT) da Emater/RS-Ascar na área de bovinocultura de leite. A atividade apresentou o resultado de cinco anos desde a implantação do Sistema de Pastoreio Racional Voisin. "Esta propriedade trabalha um sistema de produção de leite diferenciado. Utiliza-se a pastagem como principal fonte de alimento para o rebanho, suplementação com 3,5 quilos de ração por vaca por dia em média, silagem apenas durante algum período do ano. Além de utilizar genética de animais adequada para esse sistema que é a holandesa de origem na Nova Zelândia", explica Zago. O agricultor Rosmar Kretzmann também utiliza a genética norte-americana, mas sempre escolhendo os animais por aptidão ao sistema a pasto.
 
A propriedade também foi escolhida para sediar a atividade, pois embora o atual cenário da estiagem, há boa oferta de pastagem ao rebanho, graças ao manejo adequado das pastagens. Foram implantados piquetes diurnos e noturnos, sempre mantendo um residual de pastagem na saída das vacas desses espaços e solo coberto por boa camada de pastagem. Ao todo, são sete hectares de pastagem onde são cultivadas espécies perenes como o milheto, tifton, quiquio, trevo entre outras espécies nativas e plantadas, em uma espécie de "mix de pasto". Essa diversidade de alimento contribui para melhor equilíbrio do sistema resultando, por exemplo, na não ocorrência de pragas na pastagem, além de uma melhor exploração das camadas de solo. "No caso do trevo, por ser uma leguminosa, incorpora naturalmente nitrogênio no solo", comenta Zago.
 
O rebanho é formado por 25 animais, que apresentam bons índices reprodutivos, poucos casos de mastite e uma média de 19 litros de leite por vaca ao dia. O custo de produção também fica bem em conta, em torno de 55%. Em 2021 a propriedade entregou em média oito mil litros de leite por mês. "O objetivo não é explorar o máximo produtivo da vaca e sim buscar maiores resultados da pastagem", observa o extensionista rural André Macke Franck, que faz o acompanhamento da atividade leiteira na propriedade.
 
O Sistema Voisin, associado ao Silvipastoril, proporciona bem estar animal ao disponibilizar sombra nos piquetes. Além disso, as áreas de pastagem foram incrementadas com a instalação de pontos de água encanada em todos os piquetes, disponibilizando ao rebanho água de qualidade e em quantidade.
 
Uma das principais ações realizadas na propriedade foi o cuidado com o solo. O sistema de adubação consiste em cama de aviário e adubo químicos. O solo tem em torno de 3% de Matéria Orgânica (MO) e não apresenta indícios de compactação. Essas características permitem maior armazenagem de água no solo e, consequentemente, a propriedade dispõe de oferta de pastagem, mesmo com chuvas abaixo do normal. O manejo da pastagem com roçadas das sobras também permitem elevação da matéria orgânica em longo prazo, além da ciclagem de nutrientes. "A propriedade apresenta solo descompactado, vida no solo, acúmulo de matéria orgânica, 100% de pastagem perene, nenhum metro quadrado de solo descoberto em toda a propriedade, toda área fazendo fotossíntese", ressalta Franck.
 
O sistema de pastoreio rotacionado Voisin também permite um maior acúmulo e/ou concentração de dejetos no piquete. Todo esse conjunto de práticas favorecem as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo na área de pastagem.
 
Franck ainda destaca importantes resultados na qualidade do leite produzido, na sanidade do rebanho e na redução da penosidade do trabalho. "Nessa propriedade existe alta sanidade do rebanho, alta qualidade do leite e percentual de sólidos. Intervalo médio entre partos menor que 365 dias, alta longevidade das vacas, baixo requerimento de mão de obra, sobrando pasto em plena estiagem e sem uso de silagem no momento. Além disso, alto retorno financeiro apesar dos elevados custos e baixa remuneração atual", pondera.
 
Outros pequenos grupos de bovinocultores de leite com perfis e/ou potencial para implantação do sistema em suas propriedades devem ser recebidos nessa unidade experimental. "Cada propriedade é uma realidade, mas muitas coisas podem ser copiadas dali. E em tempos de custos elevados e escassez de alimentos esse sistema pode ser ideal para muitas propriedades", completa Zago. O próximo grupo deve acontecer no dia 20 de abril. Interessados em participar devem procurar o Escritório da Emater/RS-Ascar do seu município para outras informações. (Emater/RS)
 




 
Desempenho da indústria é o melhor em 30 anos
 
IDI/RS, divulgado ontem pela Fiergs, revelou rescimento de 12,8% em 2021. Resultado compensa reduções trazidas pela crise da Covid
 
Índice de Desempenho Industrial (IDI/RS) medido pela Federação das Indústrias (Fiergs) encerrou 2021 com crescimento de 12,8% ante 2020, a maior taxa em 30 anos. O recorde se deve à base deprimida de 2020, quando o indicador atingiu pisos históricos na primeira onda da Covid-19. A alta, porém, mais que compensou a redução de 4,8% em 2020, superando em 7,4% o nível de atividade de 2019. “Além da base deprimida, o resultado refletiu o retorno das atividades econômicas, sobretudo o dinamismo dos setores industriais ligados ao agronegócio e às exportações”, lembrou o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

Todos os componentes do IDI/RS cresceram em 2021: compras industriais (+31%), horas trabalhadas na produção (+15,1%), faturamento real (+8,7%), emprego (+6,7%), utilização da capacidade instaladaUCI (+5,7 pontos percentuais) e massa salarial (+4,6%). A expansão anual foi disseminada, chegando a 14 de 16 ramos, e os destaques foram os grupos de máquinas e equipamentos (+32,4%), químicos e derivados de petróleo (+11,1%), veículos (+15,8%), produtos de metal (+17,9%) e couro e calçados (+10,1%). Apenas os itens madeira (-1,2%) e máquinas e materiais elétricos (-0,7%) recuaram.
 
Em dezembro na comparação com novembro o IDI/RS cresceu 0,5% com ajuste sazonal, repercutindo o desempenho do faturamento real (+1,1%) e das horas trabalhadas na produção (+1,5%). Foi a sétima alta seguida, levando o nível de atividade ao maior patamar desde novembro de 2014, 10,2% acima do pré-pandemia (fevereiro de 2020). Ainda nessa métrica, o emprego e a UCI, com grau médio de 83,4%, ficaram estáveis, enquanto a massa salarial caiu 0,4%. Para 2022 a perspectiva é de avanço de 1,7% na atividade. 
 
As expectativas dos empresários são favoráveis e há confiança e intenção de investir. A reabertura econômica tende a se completar e a demanda externa deve ajudar, segundo o levantamento. Petry observou, porém, que os fatores restritivos de 2021 seguem no radar, sobretudo gargalos na cadeia de suprimentos. “A estiagem que estamos passando, casos de Covid e eleição polarizada também trazem incertezas”, concluiu. (Correio do Povo)

Jogo Rápido 

Petróleo sobe e supera US$92
Previsões dos analistas para 2022 quanto ao preço do petróleo chegar a 100 dólares vão se confirmando. Ontem os contratos futuros encerraram uma semana de ganhos, e o preço do barril subiu 5,37% desde a segunda-feira, alcançando 92,31 dólares na Bolsa de Londres, referência para o preço do combustível no Brasil. Em Nova Iorque a cotação chegou a 86,82 dólares, alta de 6,32% na semana. Tensões entre Rússia e Ucrânia e dificuldades na produção de exportadores africanos impuseram pressão na oferta em um cenário de demanda aquecida. (Correio do Povo)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.592


Sindilat apoia evento sobre rentabilidade na produção de leite
 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) é um dos apoiadores do MilkPoint Experts: Feras da Rentabilidade, que será realizado entre os dias 14 de março e 18 de abril. O evento, promovido pelo portal MilkPoint, contará com palestras sobre qualidade do leite, produção de alimentos, índices zootécnicos, reprodução, genética, cria e recria, conforto e bem-estar, sempre enfatizando como cada um desses pontos influenciam no retorno financeiro das propriedades.
 
Ao todo, serão seis encontros on-line semanais com grandes nomes do setor e produtores. Os painéis debaterão os temas com uma abordagem exclusiva e voltada ao alcance da rentabilidade. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entende que o conteúdo é de extrema valia, uma vez que propriedades mais lucrativas são reflexos de ações efetivas e inovadoras dentro das porteiras. “Consideramos esse evento muito importante porque, a partir dele, o produtor poderá entender e visualizar de forma clara os pontos que precisa aprimorar e aqueles em que está acertando”, destacou, ressaltando que o sindicato preza por parcerias como essa junto a MilkPoint.  
 
Associados do Sindilat contam com 30% de desconto na inscrição. Além disso, a entidade irá sortear cinco ingressos. Para participar do sorteio, é necessário responder ao e-mail que será enviado em breve a todas as empresas associadas, ou clicar aqui. 
 
A programação completa e demais informações podem ser conferidas no site do evento.
 
14 de março
Painel 1: Índices de produtividade técnica e eficiência econômica x rentabilidade
21 de março
Painel 2: Reprodução, genética e rentabilidade
28 de março
Painel 3: Produção de alimentos x rentabilidade
04 de abril
Painel 4: Qualidade do leite x rentabilidade
11 de abril
Painel 5: Conforto, bem-estar x rentabilidade
18 de abril
 Painel 6: Criação de bezerras e novilhas x rentabilidade 

Balança comercial de lácteos: cenário positivo para o saldo segue vigente 
 
Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (04/02) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -51 milhões de litros em equivalente-leite no mês de janeiro, um aumento de 20 milhões, ou aproximadamente 28% em comparação ao mês anterior.
 
Comparando com o mesmo período do ano passado (jan/2020), o saldo foi ainda menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -142 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 64%.
 
Esse resultado é o menos negativo desde 2016 para o mês, quando teve um saldo de -48 milhões de litros, e representa o terceiro mês consecutivo de aumento. 
 
No mês de janeiro as exportações tiveram um aumento de aproximadamente 52% em relação ao mês de dezembro, com um acréscimo de 5,0 milhões de litros no volume exportado. Comparando com 2020, as exportações também foram maiores este ano, com um aumento de 7,2 milhões de litros, representando um acréscimo de aproximadamente 96% no volume exportado, ou seja, no mês de janeiro deste ano foi exportado quase o dobro do volume comparando-se com o mesmo período do ano de 2021.
 
Do lado das importações, o mês de janeiro apresentou diminuição de 15,3 milhões de litros no volume negociado, um valor aproximadamente 19% inferior ao mês de dezembro. Analisando o mesmo período de 2020, nota-se uma diminuição expressiva entre os volumes importados; em 2020, 149,1 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2021 esse valor teve um recuo de aproximadamente 56%, totalizando 83,6 milhões de litros.
 
Essa diminuição nos volumes importados e aumento nas exportações acarretou um saldo mais favorável para o mês de dezembro na balança comercial de lácteos. O resultado é o menos negativo desde o ano de 2016 para o período. Quando comparado com o ano de 2021 a diminuição drástica nos volumes importados gerou a disparidade dos valores dos saldos.
 
O menor volume de importações é consequência dos altos preços internacionais dos lácteos e da elevada taxa de câmbio (R$/dólar), observados nos últimos meses, conforme relatado no artigo publicado pela MilkPoint “GDT: preços internacionais de lácteos atingem maior valor desde 2014!”.
 
Dessa forma, o mercado brasileiro se viu em um cenário com baixa competitividade das importações, conforme demonstra o gráfico 4. Associada a uma demanda interna fragilizada,  essa dinâmica levou à diminuição do volume importado pelo Brasil.
 
Com relação ao câmbio, mesmo com uma leve desvalorização do dólar frente ao real nas últimas semanas de janeiro, a elevação dos preços internacionais praticamente anulou este efeito e manteve a competitividade dos importados baixa.
 
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em janeiro, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 79% do volume total importado. O leite em pó integral teve uma diminuição de 2% em seu volume importado.
 
Os produtos que tiveram maior variação com relação à importação foram a manteiga, com um recuo de 69%, os iogurtes com um recuo de 55% e o leite em pó desnatado, com um recuo de 26%. O doce de leite, apesar de não representar um grande volume importado no total, apresentou recuo de 70% com relação a dezembro.
 
Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite em pó integral, o leite condensado, o leite UHT, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 87% da pauta exportadora. Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de dezembro foram o leite em pó integral e o soro de leite que tiveram aumento de 1.477% e 717%, respectivamente.
 


 
O que podemos esperar para o próximo mês?
 
Conforme analisado em janeiro no artigo “Balança comercial de lácteos: exportações crescem e importações diminuem” o saldo da balança comercial de lácteos de janeiro foi realmente impactado pela dinâmica do câmbio e preços internacionais e observou-se no período as exportações se sustentando e um baixo volume importado.
 
Conforme demonstrado no gráfico 4. a competitividade dos produtos importados segue baixa, e por consequência as importações permanecem desestimuladas. Mesmo com um recuo do dólar frente ao real, os preços internacionais beirando a valores históricos de alta não mudaram este cenário que vem se estabelecendo há alguns meses.
 
O cenário de menor oferta mundial deve prevalecer para os próximos meses, refletindo nos valores praticados no mercado global. Dessa forma, os preços internacionais tendem a se manter altos, pelo menos em curto prazo, não alterando essa dinâmica e mantendo as importações não atrativas no país.
 
Por outro lado, esta mesma relação dos preços internacionais elevados reflete em uma maior competitividade dos produtos brasileiros em outros mercados, estimulando as operações de exportações, elevando os volumes destinados a esta negociação. Portanto, para os próximos meses o cenário deve se manter e o volume de exportações pode apresentar melhoras. (Milkpoint)





Seca e incêndios em Corrientes: são mais de 300 mil hectares afetados e denunciam a falta de ajuda do governo nacional
 
Claudio Anselmo, Ministro da Produção de Corrientes, disse que eles pediram colaboração e recursos da pasta do Meio Ambiente, a cargo de Juan Cabandié: "Eles nos disseram que não havia recursos", disse o responsável provincial. A opinião dos produtores
 
A seca e os incêndios continuam na província de Corrientes. São quase 335 mil hectares afetados pela situação, com prejuízos milionários para a pecuária, arrozais prestes a serem colhidos, estabelecimentos florestais, fazendas dedicadas à produção de cítricos, erva-mate e chá.Exige-se maior ajuda do Estado para lidar com uma situação cada vez mais dramática. As previsões não são animadoras para o que está por vir.
 
Do governo de Corrientes, a cargo de Gustavo Valdés, confirmaram a falta de assistência do Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Nação, a cargo de Juan Cabandié , além dos contatos que existem com a pasta de Julián Domínguez , seu par da Agricultura, para poder decretar a emergência e o desastre agrícola.
 
Além disso, as autoridades provinciais validaram relatórios feitos pelo Departamento de Recursos Naturais do INTA Corrientes, que indicavam a queima de 335 mil hectares de campos nesta província até 31 de janeiro. Lá, foi registrado o incêndio de 85.000 hectares de Malezales, mais de 115.000 ha. de pastagens, 108 mil ha. de zonas húmidas, estuários e pântanos.
 
A este respeito, Claudio Anselmo , Ministro da Produção de Corrientes, assegurou em declarações radiofónicas que "há 45 dias Corrientes vive uma seca de intensidade invulgar, que gerou incêndios e afetou as cadeias produtivas ligadas à pecuária, silvicultura, arroz, cereais , citricultura, erva-mate e chá, entre outros. A Província está empenhada em trabalhar em conjunto com a Nação”.
 
E acrescentou: “Houve uma comunicação telefônica entre Julián Domínguez e o governador Gustavo Valdés, que é importante para resolver problemas angustiantes. No caso da pasta a cargo de Juan Cabandié, em 13 de janeiro, tive uma reunião com a chefe de gabinete de seu ministério, María Soledad Cantero, pois o ministro não pôde comparecer por ter Covid: lá solicitamos colaboração, quatro hidrantes, avião de vigia e equipamentos para bombeiros. Eles nunca nos responderam formalmente e apenas nos disseram que não havia recursos.”
 
Perante este panorama, o Ministro da Produção de Corrientes afirmou que “ a província tomou a decisão de contratar com fundos próprios três aviões hidrantes que operam a partir de diferentes bases. Havia um avião hidrante nacional para toda a Mesopotâmia e, desde dezembro de 2021, fez oito intervenções a pedido da província”.
 
O decreto de emergência deverá ser publicado em breve com a assinatura do governador Valdés para ser apresentado com urgência à Nação. E também procurará acelerar a promoção de uma linha de créditos subsidiados para produtores afetados por meio do Banco de Corrientes no valor de 200 milhões de pesos. As que serão seguidas da montagem de outros créditos com recursos nacionais, provinciais e municipais.
 
Produtores se opõem à desatenção da Nação
 
Francisco Velar , diretor da Sociedade Rural Argentina em Corrientes e Misiones, comentou a situação "dramática" da produção agrícola em ambas as províncias. “As chuvas têm sido escassas e o fogo continua com grande magnitude. Isso é demonstrado pelo último relatório do INTA. O que é alarmante é que isso ainda está em processo. O desastre não acabou e continua. As previsões oferecem chuva apenas para meados de março ou início de abril."
 
“Em relação à resposta oficial –disse Velar-, diante da catástrofe e do drama, sempre se espera mais e mais diante das muitas perdas dos produtores. A província está acompanhando, há reuniões com os produtores e dado o baixo orçamento, houve a intenção de ajudar o governo provincial. No entanto, vimos com grande dor a notável ausência das autoridades nacionais. O manejo do fogo por meio de uma lei nacional é de competência exclusiva do ministro do Meio Ambiente, Juan Cabandié, e até agora ele não veio visitar a província. Nem Julián Domínguez, embora mantivesse contatos com o governador.
 
Eduardo Fernández Capurro , produtor com campos em Saladas, a 100 quilômetros de Corrientes Capital, sem perder animais, deve ter lamentado a queima de 90% de seu campo. “Para fevereiro, a previsão deixa um clima seco, com temperaturas altas. Tudo indica que a seca continua. O que aconteceu com o fogo é como o que acontece com o omicron, acreditamos que não chegará até nós e mesmo assim acaba nos atacando. Uma situação que não podíamos parar com nada. Quando olhamos as imagens de satélite, vemos que toda a província de Corrientes está sendo atacada por incêndios", disse.
 
“Os incêndios eram imparáveis ​​em toda a província. Os bombeiros com poucos recursos e muita vontade, adotados como prioritários, cobrem as casas e galpões, o resto deixaram para queimar. Os produtores sabem que temos que seguir em frente. Não podemos depender do Estado, pois estamos falando de um estado sem recursos, que não poderá nos ajudar. Todo mundo sabe disso", acrescentou.
 
Também Martín Rapetti, produtor de Corrientes e diretor das Confederações Rurais Argentinas (CRA), afirmou que “hoje a seca saiu desse cenário''. A água não falta apenas para as pastagens, que é necessária para os animais. Os riachos, os rios, as lagoas e até as barragens de arroz estão secas. Além disso, os níveis do lençol freático baixaram e ainda há poços para atingir um terceiro nível do lençol freático. Temos que esperar que chova." (INFOBAE - Tradução livre Sindilat)

Jogo Rápido 

Senador pede linhas de crédito 
O senador Lasier Martins (Podemos-RS) protocolou indicação do Senado para que o Conselho Monetário Nacional (CMN) viabilize abertura de linhas de crédito rural para investimentos e custeio de pequenos produtores de leite, demanda discutida em reunião com a Famurs. A abertura de linhas de crédito para o setor está prevista na Lei Federal 14.275/2021, que prevê ações emergenciais de amparo à agricultura familiar. (Correio do Povo)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.591


Emater/RS: estiagem permanece diminuindo a produtividade
 
A oferta do pasto reduziu em qualidade e quantidade, resultando em uma dieta deficitária para os animais, diminuindo ainda mais a produtividade. Além disso, a situação dos reservatórios de água utilizados pelos animais segue se agravando.
 
Em muitos locais a alimentação das matrizes é composta predominantemente de silagens, que também estão com baixa qualidade, resultando no aumento de casos de leite instável não ácido (LINA).
 
Entre os cuidados sanitários, segue o controle do carrapato bovino e a realização das vacinas obrigatórias e preventivas, como a da brucelose em terneiras de três a oito meses.
 
A regional de Bagé, na Fronteira Oeste, os municípios de Alegrete e Santana do Livramento, que possuem a bacia leiteira de maior expressão, já registram perdas de aproximadamente 30%. Em diversos municípios, as chuvas que ocorreram acompanhadas de ventos e raios provocaram a perda da energia elétrica, comprometendo o resfriamento do leite, causando ainda mais prejuízos.
 
Na regional de Santa Rosa, a produção de leite tem diminuído a cada semana, sendo que só no mês de janeiro apresentou uma redução de 13%. Os produtores estão enfrentando problemas com a qualidade do leite, onde se presencia vários casos de mastite ambiental, o que aumenta os índices de contagem de células somáticas do leite (CCS), inclusive em alguns casos levando os animas a morte.
 
Na regional de Pelotas, a queda de temperatura, principalmente durante as noites, melhorou o conforto térmico dos animais.
 
Em Turuçu, a inconsistência da energia elétrica tem prejudicado os produtores, obrigando-os a fazer uso dos geradores diariamente para realizar a ordenha e resfriar o leite. Em São Lourenço do Sul estima-se uma queda de 38 % na produção leiteira. Na regional de Erechim, a queda já está em 25%. A margem de lucro por litro de leite está reduzida, especialmente devido aos altos preços dos concentrados.
 
As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

Receita divulga regras para parcelamento de débitos
 
Pessoas físicas e jurídicas poderão negociar suas dívidas em até 60 prestações. Valor mínimo da parcela é de R$ 200 para pessoa física
 
Pessoas físicas e jurídicas com dívidas na Receita Federal poderão parcelar os débitos em até 60 vezes. A instrução normativa regulamentando a medida foi publicada ontem no Diário Oficial da União e entra em vigor hoje. Os débitos negociados devem ser pagos em parcelas mensais e sucessivas e devem estar, necessariamente, vencidos na data de formalização do pedido de parcelamento. O caso não se aplica às multas de ofício, que podem ter o pagamento dividido previamente.
 
O valor mínimo das parcelas é de R$ 200 para pessoa física e R$ 500 para pessoa jurídica. No caso de pedidos feitos até 31 de agosto deste ano, esse valor mínimo é de R$ 100 para pessoa física ou débito relativo a obra  de construção civil sob responsabilidade de pessoa física. 
 
O texto da instrução prevê o reparcelamento de débitos respeitando limites mínimos das prestações. A renegociação fica condicionada ao recolhimento da primeira parcela com valor superior a 10% do total da dívida, em caso de histórico de parcelamento anterior, ou de 20% dos débitos em caso de segunda negociação para reparcelamento. Para requerer o parcelamento o interessado deve formalizar a solicitação no Portal e-CAC Portal Virtual de Atendimento, disponível no site da Receita.
 
A dívida a ser parcelada será consolidada na data do requerimento do parcelamento (soma dos débitos mais juros e correções previstos em lei). O valor de cada prestação terá acréscimo de juros equivalentes à taxa referencial, taxa Selic, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês seguinte ao da consolidação da dívida até o mês anterior ao do pagamento. Também haverá a soma de 1% para cada mês em que o pagamento for feito. A partir da segunda parcela as prestações vencerão no último dia útil de cada mês. Parcelas não pagas na data por falta de saldo em conta bancária deverão ser sanadas por meio de Darf. (Correio do Povo)
 
 
 
As cinco maiores tendências do varejo para 2022
 
Tendências - O varejo é um dos setores mais importantes para a economia brasileira. Mesmo em um cenário adverso da pandemia, foi um dos poucos que continuou crescendo em níveis excepcionais e, ainda, acima da média do PIB nacional.
 
Com grandes mudanças e revoluções sentidas pelos varejistas nos últimos anos, certas tendências vêm se destacando como primordiais para o crescimento e destaque deste setor.
 
A migração do comércio físico para o digital foi uma das maiores e mais vantajosas transformações. Pouco mais de quatro meses após o início do isolamento social, as vendas online representaram quase 20% do faturamento varejista brasileiro segundo dados colhidos pelo Estadão – quantia equivalente ao dobro da média registrada antes da pandemia. Para ter cada vez mais resultados nessas estratégias, veja as cinco tendências que não podem ficar de fora do planejamento deste ano:
 
Ominchannel: o e-commerce se mostrou extremamente vantajoso para as vendas varejistas. Contudo, ele não deve ser o único foco de investimento. As lojas físicas ainda são muito buscadas por diversos consumidores que prezam pela experiência presencial e sensorial de experimentação dos produtos – o que acende a necessidade de uma comunicação contínua com as lojas online. A estratégia omnichannel foca na integração desses e também de outros canais em toda a jornada de compra, desde os preços cobrados de todos os produtos à qualidade de atendimento ao consumidor. Qualquer diferença será claramente perceptível e certamente prejudicial ao negócio.
 
Controle logístico: com o isolamento social, o sistema logístico foi obrigado a se revolucionar, de forma que o varejo conseguisse atender a enorme demanda das compras online. O tempo de entrega dos produtos que antes era consideravelmente longo, hoje foi reduzido significativamente – otimizando todo o processo interno e aumentando a percepção de valor pelo cliente. Diante dessa valorização e do contínuo crescimento do comércio online, os varejistas devem sempre focar na aplicação de sistemas inteligentes ao processo, com foco na velocidade e qualidade na entrega.
 
Coleta de dados: entender o perfil do consumidor é uma das estratégias mais importantes para os lojistas, possibilitando que conheçam suas preferências de compras e, assim, possam oferecer produtos direcionados a seus desejos. Com o e-commerce, ficou muito mais fácil coletar esses dados, tratá-los adequadamente e usá-los como base de análise devido ao grande volume de informações capturadas dos usuários. Essa deve ser uma ação prioritária para o varejo, de forma que consiga ser cada vez mais assertivo em suas ações.
 
Social commerce: as redes sociais se tornaram ferramentas de divulgação extremamente eficazes para as empresas. Como parte dessa estratégia, muitos varejistas vêm investindo no trabalho de influenciadores para divulgar seus produtos e serviços – seja experimentando peças de roupa e mostrando o caimento ou compartilhando sua experiência com o produto em si com seus milhares de seguidores. Outra opção, ainda, é usar tais canais como foco de pesquisa de opiniões dentre amigos e conhecidos, formando uma verdadeira comunidade social para debate de opiniões.
 
Conversational commerce: a tecnologia é uma verdadeira aliada do atendimento ao cliente. Mas, isso não significa que deva ser usada a todo momento. Muitos clientes valorizam um atendimento próximo e personalizado, de forma que, ao serem abordados por um profissional para saber sua experiência com a marca e oferecer ofertas personalizadas, se sentem mais importantes e satisfeitos. O conversational commerce foca na presença humana como parte fundamental da jornada de compra, contribuindo para que o cliente não se sinta como “apenas mais um” dentre tantos.
 
Em um mercado altamente digital, não há mais como fugir da presença online. As vantagens que proporciona para o setor são enormes – contudo, alguns cuidados devem ser tomados. Para aqueles que fazem parte dos famosos marketplaces, é importante redobrar a atenção na escolha dos parceiros da plataforma – de forma que se preocupem em manter um nível elevado de qualidade na entrega dos produtos e no atendimento.
 
Ainda, fatores econômicos como o aumento da inflação e a redução do poder de compra, também podem elevar casos de inadimplência dentre os consumidores e, prejudicar o crescimento dos varejistas. Seja qual for a ameaça, o planejamento será a peça-chave para lidar com esses problemas da melhor forma possível. Quando alinhado às principais tendências mencionadas, seu negócio terá grande força para crescer e prosperar no mercado.
 
Por Bernardo Borzone - Diretor de Receitas na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS. (Super Varejo)

Jogo Rápido 

Chuvas significativas chegam em diversas regiões do RS nos próximos dias 
Os próximos sete dias terão chuvas significativas em diversas regiões do Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 05/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Até sábado (05), o ingresso de uma área de baixa pressão e deslocamento de uma frente fria provocarão chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados e ligeiro declínio das temperaturas. No domingo (06), o ingresso de uma massa de ar seco afastará as instabilidades, com temperaturas mais amenas em todas as regiões. Entre segunda (07) e quarta-feira (09), a presença do ar seco manterá o tempo firme e grande amplitude térmica, com temperaturas mais amenas no período noturno e em torno de 30°C durante o dia. Os totais previstos deverão oscilar entre 15 e 35 na maior parte do Estado. Na Fronteira Oeste, Missões e Planalto os volumes deverão oscilar entre 35 e 50 mm, podendo superar 60 mm em algumas localidades do Alto Uruguai. O documento também aborda a situação atual das culturas de soja, milho, arroz e feijão. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.590


RS abre 140,2 mil vagas com carteira assinada em 2021

Serviços e indústria foram os que mais contrataram. Em dezembro, resultado foi negativo no Estado

O RS fechou 2021 com saldo positivo na geração de empregos no mercado de trabalho formal. O Estado abriu 140,2 mil vagas com carteira assinada de janeiro a dezembro do ano passado. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Recuperação da economia sobre base fraca de 2020 e o avanço da vacinação e da reabertura das atividades ajudam a explicar esse cenário, segundo especialistas.

O resultado é a diferença entre 1.304.381 contratações e 1.164.100 demissões ao longo do último ano. O saldo positivo ocorre após tombo em 2020, quando o Estado fechou 42,5 mil postos em meio ao primeiro ano de pandemia. Esses dados foram revisados, ontem, pela pasta.

No Estado, todos os cinco setores econômicos que integram o indicador ficaram no azul em 2021. Serviços ocupam o primeiro lugar, com abertura de 55.019 vagas. Na sequência, aparecem indústria (42.255) e comércio (34.430). Dados do Caged são sempre revisados em cada mês de divulgação, o que pode gerar números diferentes nos meses seguintes.

A economista Maria Carolina Gullo, professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS), afirma que o fechamento no azul nas contratações ocorre diante do maior controle da pandemia, que permitiu a reabertura das atividades presenciais. Em relação à indústria, Gullo destaca que esse setor teve bom desempenho em alguns segmentos:

- O setor metalmecânico, por exemplo, tem bastante dependência do setor agrícola. E 2021 foi um bom ano para a agricultura, de boa safra e de bons preços. O produtor teve recurso para adquirir ou trocar maquinário. Isso movimentou bastante a indústria.

Economista da Fecomércio-RS, Giovana Menegotto reforça o papel da reabertura das atividades. No entanto, destaca que, enquanto alguns grupos recuperaram patamar pré-pandemia, outros ainda não reverteram os danos causados pela crise sanitária. Os segmentos de alojamento e alimentação e de transporte de pessoas, dentro dos serviços, são alguns dos exemplos, diz Menegotto:

- Temos saldo positivo, que evidencia a recuperação. No entanto, apesar dos segmentos mais afetados nos serviços e no comércio terem resultados muito positivos, a comparação do total de trabalhadores nessas atividades ao fim de 2021 com o pré-pandemia deixa evidente que há ainda espaço para se avançar.

Menegotto lembra que a retomada da economia e do emprego no Estado e no país ocorre sobre base fraca de 2020. Em dezembro, o Estado fechou 17,8 mil vínculos. Foi o pior desempenho para um mês em 2021. Sazonalmente, o último mês do ano costuma ficar no vermelho na geração de empregos formais. No entanto, o tombo em dezembro em 2021 foi maior na comparação com o mesmo mês em 2020.

Para 2022, especialistas estimam desaceleração da economia, com inflação persistente, juro alto e incertezas da corrida eleitoral. Diante disso, o mercado de trabalho também deve arrefecer nos números, segundo Gullo:

- A gente pode ter pequena desaceleração até que se defina, principalmente, o cenário eleitoral.


Lactose: importância na dieta e efeitos na saúde

A lactose é a principal fonte de carboidrato encontrada no leite e uma das principais fontes de energia durante o primeiro período de vida em mamíferos. Para obtenção das vantagens da lactose, o leite é primeiramente hidrolisado em glicose e galactose que podem ser facilmente absorvidos pelo intestino (Anguita et al., 2020). A lactose é um dissacarídeo composto por uma unidade de d- galactose, d- glicose ligada por meio de uma ligação β-1,4-glicosídica (Holsinger., 1997).

O leite é composto por proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, lactose e outros oligossacarídeos importantes para desenvolvimento de bactérias probióticos principalmente bifidobactérias no intestino de bebê aumentando a proteção do trato gastrointestinal (Franzè et al., 2010).

A intolerância à lactose é uma condição clínica apresentando registro desde a era de Hipócrates (460–370 aC) e Galeno (129-200 dC), pois esses observaram que alguns indivíduos demonstravam sintomas clínicos de doenças gastrointestinais após consumo de leite (Harrington et al., 2008).

A intolerância alimentar é definida por uma resposta não imunológica apresentando início logo após consumo de alimento ou uma dose normal tolerada, responsável pela maioria das reações alimentares, apresentando sintomas clássicos como dor abdominal, diarreia, flatulência e náuseas. São sintomas comuns que ocorrem após a ingestão de sucos e laticínios devido aos efeitos osmóticos e aos processos de fermentação da microbiota em crianças intolerantes a carboidratos (Posovszky et al., 2019).

A intolerância à lactose pode fazer parte de uma intolerância alimentar mais ampla presente em pessoas com SII, que inclui os oligo-, di-, monossacarídeos e polióis fermentáveis (FODMAPs). Indivíduos com SII podem se beneficiar de uma restrição de lactose e baixa ingestão de FODMAP para melhorar o desconforto gastrointestinal ( Deng et al., 2015 ). Dado que as causas desses sintomas diferem,  devendo ser abordados separadamente ( Deng et al., 2015 ). Distúrbios não diagnosticados, como SII, também podem afetar os achados do estudo em que os sintomas gastrointestinais são um resultado.

A busca por produtos sem lactose é gerada pela tecnologia de tratamento de lactose, resultando em concentração de lactose abaixo de 0,1%, tolerada por indivíduos com intolerância lactose sem desenvolvimento de sintomas clínicos (Gille et al., 2018). Esta revisão tem por objetivo demonstrar os principais métodos de avaliação da má absorção de lactose, demonstrando seus principais efeitos colaterais na saúde humana e principais mecanismos.

O autodiagnóstico de intolerância à lactose é um problema de saúde pública, que resulta no aumento da população evitando produtos lácteos. Os sintomas gastrointestinais inespecíficos associados à SII são suscetíveis ao efeito placebo, e a demonstração confiável de intolerância à lactose requer uma metodologia de controle randomizado duplo-cego ( Wilt et al., 2010 ).

A restrição de laticínios por diagnóstico ou suspeita de intolerância à lactose também podem afetar a saúde e a nutrição das crianças quando os pais não fornecem esses produtos em suas dietas, mesmo na ausência de sintomas, potencialmente devido à crença de que a condição é hereditária.  

A suspensão do consumo de leite e produtos lácteos pode resultar em deficiência de cálcio na dieta, secundária à osteoporose e fraturas associadas mais tarde na vida ( Wilt et al., 2010 ). O tratamento para reduzir a ingestão de lactose, mantendo a ingestão adequada de cálcio de produtos lácteos, consiste em uma dieta restrita em lactose com o uso de produtos lácteos sem lactose,  hidrolisados de lactose e uso de suplementos de lactase ( Wilt et al., 2010 ). A lactase é uma enzima presente na borda do intestino delgado que hidrolisa a lactose em glicose e galactose, permitindo que o intestino absorva o carboidrato do leite (Storhaug et al., 2017). 

O Instituto Nacional de Saúde (NIH) concluiu que a maioria dos deficientes em lactose tolerará até 12 gramas de lactose por porção e que quantidades menores de lactose geralmente não causarão sintomas de intolerância à lactose (Dekker, Koenders e Bruins, 2019 ).

O consumo de produtos lácteos sem lactose está em ascensão, principalmente entre pessoas que buscam um estilo de vida "mais saudável" e em países com maior índice de prevalência de intolerância à lactose ( Dekker et al., 2019 ). O consumo de produtos sem lactose e com baixo teor de lactose também está aumentando em países com baixa prevalência de intolerância à lactose ( Baldan et al., 2018 ).

Muitos indivíduos com intolerância à lactose autodiagnosticada podem tentar evitar todos os produtos que contenham lactose.  No entanto, a exclusão de todos os produtos lácteos da dieta pode levar a deficiências de nutrientes como fósforo, cálcio, riboflavina, vitamina B12 e vitamina A (Dekker et al., 2019). 

Os produtos lácteos sem lactose oferecem esses nutrientes essenciais para pessoas intolerantes à lactose, e têm uma composição nutricional complexa de componentes biologicamente ativos. Seu o consumo está relacionado aos melhores resultados na saúde, como melhor controle de peso, menor risco de distúrbios cardiovasculares e distúrbios metabólicos (Doidge & Segal, 2012 ). 

Além disso, laticínios sem lactose e com baixo teor de lactose são adequados para crianças de 0 a 12 anos, pois os minerais e vitaminas presentes são importantes para o crescimento e desenvolvimento dessa faixa etária e os produtos fortificados também podem ajudar a garantir que a ingestão nutricional seja adequada.

A gravidade dos sintomas induzidos pela lactose depende da quantidade de lactose ingerida e mal absorvida. A restrição de alimentos lácteos contendo lactose é a principal estratégia de tratamento para esses sintomas, no entanto, isso pode levar a uma dieta abaixo da ingestão recomendada de cálcio. (Milkpoint)




Reino Unido lança plataforma para produtividade de lácteos e eficiência de carbono

Os acadêmicos uniram forças com os produtores em uma tentativa de co-projetar uma nova plataforma de dados digitais para informar a tomada de decisões na fazenda sobre como melhorar a produtividade agrícola e a eficiência de carbono.

A Innovative Farmers está colaborando com a Environment Systems e a Universidade de Edimburgo como parte de um grande projeto de pesquisa industrial de 2 anos no âmbito do Programa de Inovação Agrícola (FIP) pós-Brexit do governo.

O FIP faz parte do investimento do Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais do Reino Unido em inovação, pesquisa e desenvolvimento para transformar a produtividade, aumentar a sustentabilidade ambiental e atingir metas líquidas zero.

O projeto, 'Otimização de pastagens para resiliência e meios de subsistência (PASTORAL)', é financiado pela Innovate UK e combinará dados de satélite com algoritmos avançados para fornecer inteligência semanal sobre biomassa de gramíneas e orçamentos de carbono por meio da plataforma co-projetada.
 

Unindo forças

Produtores de diversas empresas de laticínios, carne bovina e ovina estão sendo convidados a participar do projeto para compartilhar as necessidades atuais e futuras de desempenho das pastagens, bem como para entender como os dados de satélite podem ajudar a suportar isso.

Atualmente, os produtores andam em seus campos com um medidor de placa ascendente para avaliar a biomassa de gramíneas disponível para o gado, mas a Innovative Farmers diz que isso não reflete com precisão a qualidade do campo nem o provável crescimento futuro sob as mudanças climáticas, limitando a precisão das decisões de manejo de pastagens.

A Innovative Farmers já realizou um workshop virtual em dezembro, mas está pedindo aos produtores que se inscrevam para saber mais, participem de uma breve pesquisa para compartilhar algumas informações sobre manejo de fazendas e pastagens e participem de um workshop de co-design em 28 de fevereiro.

O serviço PASTORAL será co-projetado com criadores de gado divididos igualmente entre produtores de leite, carne bovina e ovina, com testes, desenvolvimento e demonstração de serviços em agricultura orgânica, regenerativa e sistemas agrícolas convencionais
 

Revolucionando o manejo de pastagens

Os produtores enfrentam a crescente ameaça das mudanças climáticas, que reduzem a produtividade das pastagens, e precisam demonstrar a redução de carbono para satisfazer a política de zero líquido do governo e as credenciais ambientais da cadeia de suprimentos. As lacunas nos diagnósticos agrícolas existentes tornam difícil para os produtores gerenciar com precisão as pastagens ou medir os estoques e o sequestro de carbono.

O PASTORAL foi projetado para revolucionar o manejo de pastagens, fornecendo aos produtores informações quase em tempo real sobre a produtividade das pastagens, incluindo biomassa de gramíneas, seu consumo e taxa de crescimento, além de ferramentas para otimizar a distribuição do rebanho e a capacidade de medir os recursos de carbono do solo.

A Universidade de Edimburgo fornecerá modelagem de pastagens para ajudar na criação de biomassa de campo e análise de carbono adequada para entrega aos produtores. E a Soil Association facilitará o envolvimento dos produtores em atividades de co-criação, incluindo workshops e sessões de feedback.

Os membros confirmados incluem representantes da empresa de ração agrícola Mole Valley Farmers, do supermercado Waitrose and Partners, Dalehead, Dovecote Park e WD Farmers.

As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 

Jogo Rápido 

Dakota do Norte assina ordem de emergência para ajudar a recrutar caminhoneiros para entregar leite
A escassez de caminhoneiros está sendo sentida em toda a América do Norte, com os EUA enfrentando uma escassez de mais de 80.000 caminhoneiros, de acordo com uma estimativa da American Trucking Association. O governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, emitiu uma ordem de emergência na terça-feira que visa aliviar a falta de motoristas de caminhão para entregar leite a escolas, empresas e outros clientes, de acordo com a Associated Press. A ordem de emergência suspenderá temporariamente os requisitos de horas de serviço para motoristas de caminhão por 30 dias, após uma decisão do conselho estadual de comercialização de leite de dispensar a aplicação de certos requisitos de licenciamento até 1º de abril. A Dakota faliu, em parte devido à falta de motoristas certificados, colocando os consumidores rurais e mais de 50 distritos escolares em risco de perder as entregas de leite. Atualmente, a Dakota do Norte tem 49.858 motoristas com carteira de motorista comercial (CDL), abaixo dos 52.824 em 2017. “Estamos gratos pelos esforços do Milk Marketing Board e dos distribuidores que se esforçaram para garantir que os estudantes e outros cidadãos de Dakota do Norte possam continuar recebendo entregas de leite confiáveis”, disse Burgum em um comunicado à imprensa . “Nossas ações hoje são apenas uma solução temporária para um desafio muito maior, no entanto. Estamos comprometidos em promover as inovações necessárias para tirar o governo do caminho e incentivar mais motoristas a entrar no mercado de trabalho. Nas próximas semanas, o Departamento de Transportes continuará se concentrando na redução dos tempos de espera nos locais de teste do DOT e trabalhando com testadores terceirizados para expandir as oportunidades de teste.” Essa correção temporária ajudará a garantir que empresas, lares de idosos, centros de idosos e escolas tenham acesso ao leite. No entanto, parece não haver uma solução rápida para os problemas da cadeia de suprimentos e a escassez de caminhoneiros à vista. “Temos produção e processamento adequados de leite”, disse Goehring em comunicado. (Dairy Herd - Tradução livre Sindilat/RS)

 

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Porto Alegre, 28 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.587


Estiagem amplia crise da área leiteira do RS

Produção das vacas cai por causa das pastagens secas e criador considera preço que recebe insuficiente para cobrir custos

A estiagem que assola o Estado desde novembro preocupa a pecuária leiteira. Além de ter comprometido o desenvolvimento das pastagens, a falta de água devastou as plantações de milho, dificultando a estocagem de silagem para a alimentação das vacas. A produção caiu, os custos subiram e o preço pago pelo leite é considerado baixo para fazer frente às dificuldades do setor.

De acordo com o boletim divulgado na terça-feira passada (24) pela Emater/Ascar-RS, a estiagem reduziu em 2,2 milhões de litros a produção diária de leite no Estado, com uma perda média de 82,5 litros por propriedade. Os danos da seca podem ser verificados não apenas nas pastagens anuais de verão, mas também nas perenes, que são mais resistentes à falta de água, segundo o gerente técnico da Emater, Jaime Ries. “Associado a isso, há o efeito do estresse calórico, que contribui para que o animal consuma menos”, explica.

O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Marcos Tang, diz que, na falta de pasto e milho, os produtores recorrem a alternativas inusitadas, como bagaço de uva e laranja, e à suplementação alimentar para manter as vacas. Essas medidas, porém, acabam impactando a produtividade. “A maioria pega esse milho raquítico (afetado pela seca) e guarda no silo para ter alguma coisa”, constata Tang. O pecuarista lembra que, no Rio Grande do Sul, a base da nutrição dos animais é silagem de milho. “E nós não produzimos o suficiente desde a safra 2019/2020”, recorda.

Segundo o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Eugênio Zanetti, em alguns municípios do Médio e Alto Uruguai, como Alpestre, a produção de leite caiu 50%. “Temos um preço médio de R$ 1,80 a R$ 1,90 para o litro, e o quilo da ração custa de R$ 2,50 a R$ 2,80”, compara. Sem comida para os animais e pressionados pelos custos, muitos pecuaristas abandonam a atividade. “Esse movimento está se acentuando (com a estiagem) e não atinge só o pequeno (produtor); o médio e o grande também estão desistindo”, diz.

A indústria também sente o efeito da seca. As empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS), que captam em torno de 85% da produção de leite no Estado, recebem nesta época de 11 milhões a 11,5 milhões de litros diários de leite. Nas empresas monitoradas, estima-se uma queda de 1 milhão de litros por dia nos volumes recebidos dos produtores, segundo o secretário executivo da entidade, Darlan Palharini. (Correio do Povo)

GDT - Global Dairy Trade 



Fonte: Global Dairy Trade - Adaptado Sindilat/RS





Geraldo Sandri assume diretoria de Administração e Finanças da Piá 

Após passagens pela gerência do Banco do Brasil e pela presidência da Emater/RS-Ascar, Geraldo Sandri assume a diretoria de Administração e Finanças da Piá.  

O executivo pretende utilizar a expertise adquirida durante sua carreira na Cooperativa de Nova Petrópolis. “Quero usar meu know-how na geração de resultados positivos à Piá, que é uma referência no setor lácteo, no mercado e também no desenvolvimento da região”, explica.  

Sandri informa que a empresa já está realizando um planejamento para os próximos cinco anos, consultoria interna, auditoria com alinhamento técnico com a diretoria, reavaliação da parte administrativa e do mix de produtos, além de trabalho com ferramentas de Gestão e Governança Corporativa. “O objetivo é fortalecer a marca fantástica que é a Piá, um patrimônio de Nova Petrópolis e de todo o Estado”.  

O executivo destaca que 2020 e 2021 foram anos difíceis para todo o setor lácteo por causa da pandemia da Covid. “Entre as dificuldades enfrentadas pela indústria estão o aumento de custos, margens operacionais  apertadas, sendo que determinados produtos estão sendo trabalhados com prejuízo na hora de repassar para o varejo. Estes e outros fatores trouxeram dificuldades grandes para o fluxo de caixa das empresas em geral”, diz. 

Sandri destaca também os custos elevados para o produtor rural, que vem sofrendo com a estiagem, redução da quantidade de leite gerada no campo, alta dos preços do milho e do farelo de soja, entre outros. “Alguns conseguem realizar investimentos em tecnologia, novas técnicas de manejo no campo para aumentar a produção e escala, visando melhorar o resultado para a família do meio rural. Outros não conseguem investir e acabam deixando a propriedade”, lamenta.  

Com positivismo, o executivo afirma que, para vencer os desafios, é preciso coragem, conhecimento e técnica. “A Piá é referência, seus produtos são reconhecidos no mercado pela excelência e a marca tem muita força”, explica, e completa: “Estou à disposição das lideranças da região, da comunidade e dos produtores para interações. Eu estou 100% engajado em trabalhar por resultados na Piá. E o resultado virá para todos!”.  
 
Geraldo Sandri é formado em Administração pela Universidade de Caxias do Sul - UCS, com pós-graduação em Administração Financeira também pela UCS, mestrado em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e MBA em Gestão Empresarial em Agronegócios pela Unijuí. (Cooperativa Piá)

Jogo Rápido 

País tem saldo com 2,7 milhões de admissões
Após o fechamento de 191.455 vagas em 2020 (dado revisado ontem pelo governo federal), o mercado de trabalho formal no Brasil registrou saldo positivo de 2.730.597 carteiras assinadas em 2021, de acordo com o Caged. O resultado do ano passado decorreu de 20.699.802 admissões e 17.969.205 demissões. O desempenho anual foi puxado pelo setor de serviços, com a criação de 1.226.026 postos formais em 2021, seguido pelo comércio, que abriu 643.754 vagas. Já a construção civil gerou 244.755 vagas no ano, enquanto houve um saldo de 475.141 contratações na indústria geral. Na agropecuária foram abertas 140.927 vagas em 2021. Como é comum para os meses de dezembro, o mercado de trabalho formal registrou saldo negativo de 265.811 vagas no mês passado. Apenas duas unidades federativas apresentaram saldos positivos no último mês de 2021: Alagoas (615 postos de trabalho) e Paraíba (61 postos). (Zero Hora)