Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2022 Ano 16 - N° 3.597
Como forma de minimizar os impactos causados pela estiagem, a CCGL vai antecipar, de abril para março, o pagamento do retorno sobre a produção de leite entregue durante o ano de 2021. Os associados da Cotrirosa que entregaram, de forma ininterrupta e que estiverem ativos no sistema CCGL até a data prevista para o efetivo pagamento, receberão R$ 0,02 de retorno por litro de leite entregue. Ao total, serão distribuídos R$ 10 milhões.
O valor é parte dos 20% das sobras do exercício destinadas diretamente aos produtores, conforme prevê o estatuto da CCGL. A antecipação foi aprovada na Assembleia Geral Ordinária. Na oportunidade, também foi aprovado o pagamento permanente e mensal do adicional de R$ 0,02 por litro de leite originado em propriedades certificadas livres para brucelose e tuberculose.
A ação da CCGL será incorporada nos valores atuais como política de incentivo de qualidade e sanidade, a partir do leite precificado no mês de janeiro deste ano, e já terá seu primeiro pagamento em 15 de fevereiro de 2022. Além dos produtores, os municípios de origem do leite também recebem o retorno do ICMS incidente sobre a comercialização do produto.
Para o presidente da Cotrirosa, Clenir Antonio Dalcin, “a antecipação do retorno e o pagamento mensal às propriedades certificadas garantem um incremento na renda das famílias”. (Jornal do Comércio)
Segundo dados da Secretaria Estadual da Fazenda, no ano passado, o resultado ficou positivo em R$ 2,5 bilhões
O Relatório de Transparência Fiscal (RTF) do governo do Estado apresentado nesta quinta-feira aponta que o Rio Grande do Sul teve um superávit orçamentário de R$ 2,5 bilhões em 2021, em valores nominais. Este foi o melhor resultado apresentado desde 2009, conforme destacou o titular da Secretaria da Fazenda (Sefaz-RS), Marco Aurélio Cardoso. Ele lembrou que, em 2020, houve déficit orçamentário de R$ 600 milhões.
“O resultado é bastante importante, pois significa a ruptura da situação crítica do início de 2019 para um cenário em que são perceptíveis os efeitos das reformas, privatizações e diversas medidas de ajuste aprovadas pelo Legislativo e implementadas pelo governo”, afirmou o secretário em coletiva à imprensa, realizada de forma virtual.
O secretário da Fazenda apresentou as análises acompanhado do seu adjunto, Jorge Tonetto, dos subsecretários da Cage, Rogério Meira, do Tesouro do Estado, Bruno Jatene, e da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, além da equipe da Divisão de Informação e de Normatização Contábil (DNC) da Cage.
Conforme o balanço atual, a receita total do governo foi de R$ 57,9 bilhões, o que representa um crescimento de aproximadamente 27% em relação ao ano anterior (R$ 45,5 bilhões). Segundo Cardoso, isso se deve principalmente às receitas correntes (impostos, taxas e contribuições), sem contar o efeito de ingresso de R$ 2,57 bilhões da regularização contábil de parte da dívida de ICMS da CEEE Distribuidora (CEEE-D). Somente a receita bruta de ICMS consistiu em R$ 44,8 bilhões. “Essa receita cresceu R$ 8,6 bilhões (23,77%) frente a R$ 36,2 bilhões arrecadados no ano anterior”, observou o secretário, lembrando que o resultado já contabiliza o repasse para os municípios.
Ao apontar a despesa com Previdência como uma operação “importante”, Cardoso afirmou que a redução do déficit previdenciário continuou em 2021, passando de R$ 10,3 bilhões em 2020 para R$ 9,5 bilhões. “Quando comparado com 2019, período anterior à Reforma, a queda é de 24% (R$ 3 bilhões)”, comparou o gestor público.
Ele lembrou ainda que os pagamentos dos fornecedores e da folha dos servidores também já estavam regularizados desde 2020, abrindo caminho para que, em 2021, avançassem os investimentos após as privatizações. “São medidas que se somam a resultados que, pouco a pouco, demonstram a importância da persistência do ajuste”, explicou Cardoso. Segundo ele, outro dado que comprova o ajuste em curso no Estado são os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Em 2021, pela primeira vez, o Rio Grande do Sul ficou abaixo dos limites máximos para dívida desde a criação da LRF,
situando-se abaixo também dos limites máximos e prudenciais para pessoal.”
Os dados ainda apontaram que em 2021, houve superávit primário (sem considerar as despesas) de R$ 4,7 bilhões, o que significa uma melhora de R$ 1,79 bilhão frente ao ano anterior, quando o resultado foi de R$ 2,86 bilhões. Mais uma vez, Cardoso vinculou a boa performance aos efeitos das reformas estruturais e “ao engajamento da atual gestão com o equilíbrio fiscal”, além da retomada da atividade econômica e dos efeitos inflacionários recentes, com reflexos diretos na arrecadação do ICMS.
Ainda de acordo com o balanço, a receita tributária também cresceu por conta da arrecadação de R$ 3,9 bilhões em IPVA (dezembro de 2021), que inflou em 22,2% frente ao ano anterior; e mais R$ 1,1 bilhão em ITCMD (aumento de 48,2%). “Neste último caso, foi a primeira vez na história do Estado que a arrecadação do imposto ultrapassou o valor de R$ 1 bilhão”, considerou Cardoso. (Jornal do Comércio)
Em tempos de crise, é preciso pensar a longo prazo!
Em momentos adversos, tendemos a pensar que a tempestade nunca passará. Mas, é preciso lembrar que ela sempre passa. Claro que somos imediatistas por dias melhores, porém uma visão a longo prazo é essencial para atravessar períodos conturbados.
No leite, é exatamente isso que os produtores têm enfrentado. Uma tempestade perfeita de mercado que parece não ter fim. Realmente, a situação está difícil e precisamos reconhecer isso. Por outro lado, o setor já passou por momentos semelhantes e superou as dificuldades. Afinal, o mercado é cíclico, nenhuma situação é o ponto final, a dinâmica é feita de ciclos — seja eles bons ou ruins.
O ciclo atual é desafiador: aumento com os custos de produção, principalmente relacionados à dieta das vacas, que representam aproximadamente 30 a 40% dos custos toais; eventos climáticos adversos: seca no Sul e excesso de chuvas no Sudeste; situação econômica desfavorável aliada a retração da demanda por lácteos. Por isso, se o presente não é favorável, é preciso pensar e se planejar a longo prazo.
Neste cenário, o conhecimento é peça fundamental e o insumo mais barato. Não existe planejamento a longo prazo que não considere parâmetros técnicos e gerenciais que são capazes de transformar informações em saúde financeira nas fazendas de leite.
Olhar para dentro da porteira e tomar decisões assertivas em questões relacionadas ao manejo, novilhas, bezerras, genética, reprodução, nutrição, produção de alimentos, qualidade do leite, conforto e bem-estar animal são fundamentais para atravessar momentos de crise e minimizar os impactos das variáveis de mercado na margem de lucro das propriedades.
É neste contexto que o MilkPoint Experts Feras da Rentabilidade durante seis encontros semanais online, nos dias 14/03, 21/03, 28/03, 04/04, 11/04 e 18/04, com um time de especialistas e produtores de sucesso tem como missão mostrar que o leite pode ser um negócio rentável, sustentável e lucrativo.
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Jogo Rápido
Com a inauguração do escritório, ontem, em Dubai,nos Emirados Árabes Unidos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) chega a sua terceira representação em terras estrangeiras. A nova estrutura, que fica junto ao Invest São Paulo, busca dar apoio a produtores e empreendedores rurais em ações de promoção, inteligência comercial e aproximação com parceiros estratégicos da região, para ampliar e diversificar exportações. - Temos a necessidade de continuarmos abrindo mercados, por isso inauguramos esse escritório estrategicamente em Dubai, terceiro bloco importador mais importante do agronegócio brasileiro - afirmou Gedeão Pereira, vice-presidente de Relações Internacionais da CNA e presidente da Farsul. Embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja, acrescentou que a representação "engrandece a presença do Brasil na região". Além da inauguração, a comitiva, que reúne empresas brasileiras segue em Dubai para programação até o dia 18. (Zero Hora)