Porto Alegre, 13 de fevereiro de 2020 Ano 14 - N° 3.164
Sindilat
Porto Alegre, 13 de fevereiro de 2020 Ano 14 - N° 3.164
Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2020 Ano 14 - N° 3.163
Mapa abre consulta pública para criar regulamento técnico do soro de leite
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou na última quinta-feira (6) a Portaria 26 da Secretaria de Defesa Agropecuária, que abre consulta pública por 60 dias para criação do Regulamento Técnico sobre a identidade e requisitos mínimos de qualidade para o soro de leite e o soro de leite ácido, nas formas líquida, concentrada e em pó.
O soro de leite é o líquido residual obtido após a coagulação do leite na fabricação de queijos, caseína e outros produtos. Durante anos, o soro de leite foi considerado um subproduto, sendo descartado pelas indústrias de laticínios junto às águas residuais ou destinado à alimentação animal. No entanto, o descarte tornou-se indesejável, já que o produto possui grande potencial poluidor.
Como se trata de um produto com elevado valor nutricional, o soro de leite tornou-se um produto valorizado pela indústria alimentícia e o estabelecimento de padrões de identidade e qualidade proporciona a padronização de sua fabricação, com respeito aos padrões microbiológicos e físico-químicos. Essa previsibilidade traz benefícios ao produtor, que vai saber exatamente os parâmetros que serão exigidos pela fiscalização, além de garantir a segurança alimentar ao consumidor. Também deverá agilizar os procedimentos administrativos para aprovação do produto junto ao Ministério. (Mapa)
Avaliando os atuais desafios das exportações de laticínios dos EUA para a China
Novo comportamento do consumidor, acordos comerciais prolongados e o disseminado coronavírus estão afetando a economia da China. Onde os lácteos dos EUA se encaixam neste cenário?
Porto Alegre, 11 de fevereiro de 2020 Ano 14 - N° 3.162
Confiança no campo nunca foi tão grande
O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) voltou a aumentar no quarto trimestre do ano passado e alcançou um novo recorde.
Segundo levantamento recém-concluído, o indicador encerrou o período em 123,8 pontos, 8,8 pontos a mais que no terceiro trimestre. A escala do IC Agro vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro. O resultado é dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas.
Os números demonstram alinhamento entre as expectativas geradas e a agenda prioritária do Executivo e do Legislativo. Mesmo que as reformas não tenham avançado tanto quanto esperado, os principais indicadores econômicos mostravam ao fim do ano sinais de uma recuperação mais consistente”, dizem Fiesp e OCB.
Também no fim de 2019, destacam as entidades, houve alta de preços de commodities em meio à expectativa de arrefecimento das disputas comerciais entre EUA e China, o que colaborou para manter o otimismo do setor em alta.
Nesse contexto, o subíndice que mede a confiança dos produtores agropecuários, que colhem uma nova safra robusta de grãos e têm boas perspectivas para as vendas de carnes, subiu 16 pontos, para o recorde de 126,2 pontos, e o que capta as expectativas das agroindústrias avançou 3,5 pontos, para 122,2 pontos, também o melhor resultado. (Valor Econômico)
Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2020 Ano 14 - N° 3.161
Agricultura realiza encontros no Interior para apresentar evolução do status sanitário da aftosa
É claro que conquistar clientes não será simples. “O Brasil tem duas possibilidades: tentar exportar petróleo para quem já compra ou ir para novos mercados”, diz Shin Lai, analista da empresa de análises de investimentos Upside Investor. “Só que essas estratégias também estão sendo analisadas por todos os outros países exportadores.” (As informações são do Estadão)
Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2020 Ano 14 - N° 3.160
EMATER/RS: com recuperação das pastagens, produtores utilizam menos suplementação
Nas diversas regiões gaúchas, os rebanhos leiteiros apresentam bom estado e condições sanitárias satisfatórias.
Com a recuperação do suporte alimentar das pastagens, ocorrida na maior parte das áreas, a produção de leite volta a patamares próximos aos registrados historicamente nesta época do ano, com menor utilização de suplementação alimentar e consequente redução dos custos.
Para amenizar o desconforto térmico causado pelas temperaturas muito elevadas, os criadores adotam medidas como o manejo das vacas para pastoreio noturno e nas primeiras horas da manhã, o fornecimento de água à vontade e a disponibilização de áreas sombreadas.
O aumento de umidade do solo pela continuidade das chuvas favorece a intensificação do plantio tardio de milho para silagem, buscando assim compensar as perdas ocorridas na produção das lavouras plantadas no cedo. (EMATER/RS)
RS: perdas no milho elevam preços e preocupam outras cadeias
A 9ª edição da Abertura Oficial da Colheita do Milho, que acontece hoje (07) no município de Chiapetta, na Região Noroeste do Estado, deverá ser marcada pela preocupação com os efeitos da estiagem nas lavouras. Apesar de as últimas chuvas terem contribuído para melhorar a situação, em vários locais, segundo a Emater, as perdas estão consolidadas, com redução de produtividade que varia de 5% a 40%, conforme a região. A quebra da safra gera um alerta para outras cadeias produtivas dependentes do cereal.
Segundo pesquisa realizada pela FecoAgro-RS, a colheita gaúcha de milho no ciclo 2019/2020, que era estimada em 5,8 milhões de toneladas, deve ficar pouco acima de 4 milhões de toneladas devido à estiagem — um recuo em torno de 30% na produção.
"Os danos foram fortes, e a quebra está consolidada. Em muitos lugares não houve como fazer replantio, e, em outros, os produtores só puderam fazer silagem com as plantas. Temos uma perda irreversível de 30% da lavoura", afirma Paulo Pires, presidente da Fecoagro.
A redução da produção preocupa os setores de leite, suínos e aves, que são dependentes do cereal para a alimentação animal. Uma das preocupações é o aumento dos custos de produção, devido à alta dos preços do cereal. Segundo levantamento da Emater, nesta semana, o valor médio da saca de 60 quilos no Estado foi de R$ 43,25, um aumento de 10,55% em relação à primeira semana de janeiro, quando era cotada a R$ 39,12. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando a saca custava R$ 33,90, a alta chega a 27,52%. "Não bastasse o preço, a qualidade do grão e mesmo da silagem está menor. Isso vai ter efeitos mais tarde, pois podemos chegar no inverno sem alimentação adequada aos animais, que vão ganhar menos peso e, no caso do leite, menor produção", destaca o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva.
Nesta semana, a entidade buscou uma solução junto ao governo do Estado, solicitando a ampliação do Programa de Financiamento de Sementes Forrageiras, que oferece linha de crédito via Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). "A Secretaria da Agricultura foi autorizada a ter suplementação de R$ 2,8 milhões no orçamento para atender a essa demanda", informa Joel. "O milho é essencial para diversas cadeias, mas, infelizmente, não somos autossuficientes. Perdas climáticas nos fazem ainda mais vulneráveis", explica o presidente da Fetag.
Justamente com o objetivo de aumentar a produção de milho, tornando o Rio Grande do Sul autossuficiente no cereal, o governo do Estado lançará, nesta sexta-feira, na abertura da colheita, o Programa Estadual de Produção e Qualidade do Milho (Pró-Milho RS). "O milho interage com toda a cadeia de aves, suínos e bovinos, que representa 10% do PIB do Estado", destaca o diretor do Departamento de Política Agrícola da Seapdr, Ivan Bonetti. O Pró-Milho RS deverá atuar em três eixos. Na produção, os objetivos são intensificar a assistência técnica aos produtores, ter maior eficácia tecnológica na produção, ampliar a área irrigada de milho, pesquisar variedades mais adaptadas a cada região e aumentar a produtividade em regiões de menores resultados por área foram os destaques.
Na questão da qualidade, o programa buscará ampliar o número de secadores de grãos, modernizar os procedimentos de recebimento, limpeza e secagem, e ampliar a capacidade estática de armazenamento no Estado. Já em crédito e comercialização, a ideia é ampliar comercializações antecipadas e a utilização de mecanismos de travamento de preços, agilizar as contratações dos financiamentos de custeio e investimento; e buscar parcerias com agentes financeiros e bancos de fábrica para financiar equipamentos de irrigação, secadores e armazéns.
"Ao incentivar a produção, o Pró-Milho RS busca reduzir o déficit do grão do Estado, que produz menos do que consome, e proporcionar renda compatível e maior segurança aos produtores", destaca o secretário estadual da Agricultura, Covatti Filho. (Jornal do Comércio)
Porto Alegre, 06 de fevereiro de 2020 Ano 14 - N° 3.159
Chineses prospectam aquisição de leite em pó gaúcho
Os chineses abriram negociação para novos embarques de leite em pó do Rio Grande do Sul. Reunidos com indústrias gaúchas na terça-feira (4/2), na Fiergs, a comitiva internacional manifestou o desejo de aquisição do produto para exportação à China. De acordo com a CEO da importadora e exportadora chinesa Luwaly, Elysa Luo, a empresa tem planos para iniciar a operação em breve. Segundo Luo, a principal demanda e interesse é pela fórmula infantil. "A CCGL é uma das empresas que está desenvolvendo o produto que buscamos", pontuou. O próximo passo, adianta Luo, é visitar as bases dos laticínios do interior, que deve ocorrer ainda em fevereiro ao lado do presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, e o presidente da Luwaly, José Wang. A expectativa é que os embarques ocorram em larga escala, diariamente.
"Esperamos um grande negócio." A dirigente também destacou a relevância que as indústrias do Rio Grande do Sul possuem na lista das 24 credenciadas a exportar para a China, divulgada em julho de 2019 pelo Ministério da Agricultura (Mapa). "Temos um carinho especial pelo estado", afirmou.
O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, esteve presente na reunião e pontuou a importância que a operação simboliza para o RS. Segundo Palharini, as principais opções de negócio, que são a venda de leite em pó direto ao consumidor fracionado ou a venda de sacos de 25 quilos, são viáveis. Ele também destacou o interesse que os chineses apresentaram no leite em pó sem lactose e na possibilidade de abrir mercados para o composto lácteo. "Essa abertura é uma das prerrogativas do nosso trabalho. Com a exportação para a China, podemos mostrar ao mundo a qualidade do produto gaúcho, alavancar vendas e, consequentemente, torná-lo mais competitivo", explicou. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
Consulta Pública sobre a IN que estabelece requisitos mínimos de qualidade para o soro de leite
Consulta Pública - Foi publicado, nesta quinta-feira (06), no Diário Oficial da União a PORTARIA Nº 26, DE 29 DE JANEIRO DE 2020 que submete à Consulta Pública, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, a proposta de Instrução Normativa que estabelece o Regulamento Técnico sobre a identidade e requisitos mínimos de qualidade que deve atender o soro de leite e o soro de leite ácido, nas formas líquida, concentrada e em pó.
Porto Alegre, 05 de fevereiro de 2020 Ano 14 - N° 3.158
GDT: após consecutivas valorizações, leilão apresenta sua primeira queda em 2020
O leilão GDT realizado nesta terça-feira (04/02) apresentou sua primeira variação negativa do ano, após dois eventos seguidos de valorização no índice geral de preços. O preço médio de US$3.226/ton representou uma queda de 4,7% frente ao evento anterior e consiste no menor preço médio desde a primeira quinzena de setembro/19, como mostra o Gráfico 1. Este é o primeiro pregão após a escalada da crise causada pelo Coronavírus na China, que tem exercido influência direta nos mercados globais.
Gráfico 1. Preço médio leilão GDT x GDT Price Index, agosto de 2017 a janeiro de 2020.
Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade
Assim como o preço médio, o volume negociado neste evento também recuou, registrando 29 mil toneladas, isto é, 12,5% menor em comparação ao último evento, sendo o menor volume apontado desde julho/19.
Os leites em pó foram os principais responsáveis por este resultado negativo já que possuem a maior participação dentre os produtos comercializados. O leite em pó integral recuou 6,2%, fechando seu preço médio em US$3.039/ton, o menor desde agosto do ano passado. O leite em pó desnatado, por sua vez, variou em -4,2%, com um preço médio de US$2.907/ton.
Até a publicação deste artigo, foram registradas 427 mortes decorrentes do Coronavírus e mais de 20.000 infectados, em sua maioria na China, desestabilizando o preço do petróleo e afetando diretamente o mercado internacional de commodities. Vale ressaltar que existe uma forte correlação entre os preços internacionais do petróleo e dos derivados lácteos, como mostra o gráfico 2.
Gráfico 2. Preços do petróleo (em US$/barril) e do leite em pó integral (em US$/ton) na Oceania, 2002 a 2019.
Fonte: USDA e Banco Mundial
Além disso, esta crise sanitária também tem afetado a demanda global de lácteos, uma vez que a China é o maior país importador.
Por outro lado, os queijos e a caseína apresentaram 6% de valorização, com preço médio de US$4.302/ton e US$9.956/ton, respectivamente. A manteiga teve valorização de 0,2% neste evento, com US$4.258/ton de preço médio.
Ao analisar os contratos futuros do Leite em Pó integral (LPI), é possível notar uma queda nas perspectivas de preços de ambas as bolsas. No entanto, as negociações futuras da NZX continuam apontando preços mais baixos para os contratos em comparação ao GDT, indicando que ainda pode haver espaço para novas quedas nos próximos leilões, como ilustra o gráfico 3.
Gráfico 3. Previsão da evolução da quantidade negociada no leilão GDT, março a julho de 2020.
Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.
Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2020 Ano 14 - N° 3.157
Expodireto Cotrijal: Fórum Estadual do Leite vai debater as inovações para a cadeia produtiva
As inovações que estão no mercado para fortalecer e dar competitividade à cadeia produtiva do leite será o tema central do 16º Fórum Estadual do Leite, que todos os anos reúne especialistas na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). O encontro organizado pela Cotrijal e Sistema CCGL acontece no dia 04/3, no auditório central da Expodireto, com a previsão de reunir 350 participantes, entre produtores de leite, técnicos, pesquisadores, empresas, lideranças e laticínios gaúchos.
De acordo com Jair da Silva Mello, gerente de Suprimento de Leite da CCGL, neste ano o fórum vai levar para discussão o uso da inovação no controle e melhoria de processos no rebanho leiteiro, além de traçar o futuro da cadeia leiteira no Estado para os próximos cinco anos. O Fórum Estadual do Leite, que conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), tem o propósito de ser um espaço permanente de debate e encaminhamento de questões técnicas e políticas da atividade leiteira.
A programação do Fórum inicia às 9h com a palestra ‘Inovações no controle de animais e processos na pecuária de leite’, sob o comando do professor da Universidade de Kentucky (EUA), João H.C.Costa. Na sequência, às 10h, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, ministrará palestra sobre ‘Como será a produção de leite no Brasil em 2030?’ A partir das 11h20, o tema será ‘Como o modelo de gestão Agro + Lean poderá auxiliar o produtor de leite?’, ministrado pelo médico veterinário Sandro Viechinieski, do Instituto Clínica do Leite/SP. Após as palestras, o evento abre para debates entre palestrantes e participantes.
A Expodireto Cotrijal 2020, exposição de tecnologia agropecuária consolidada como uma das mais importantes do país, teve seu lançamento realizado na manhã desta terça-feira (4), no Plaza São Rafael, em Porto Alegre. A feira que reúne as mais recentes tecnologias para o setor produtivo acontece de 2 a 6 de março, tem a previsão de atrair mais de 260 mil visitantes de todos os continentes e superar os R$ 2,4 bilhões em comercialização alcançados em 2019. De acordo com o presidente da Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial, Nei César Manica, a feira é um mundo de informações, tecnologias e oportunidades que tem feito a diferença no campo e alavanca negócios das empresas.
A 21ª edição da mostra traz uma novidade para os visitantes, a Arena Agrodigital, espaço de 1,6 mil metros quadrados que vai reunir em torno de 20 empresas e startups do agro mundial, visando aproximar o setor produtivo das tecnologias disponíveis que geram redução de custos e aumento da produtividade no campo. “O Rio Grande do Sul é referência nacional no agronegócio, e isso dita os rumos do nosso governo. A Arena Agrodigital é uma das iniciativas que vão ajudar a desenvolver ainda mais a produção agrícola gaúcha com o suporte da tecnologia ao oportunizar a interação dos produtores com a inovação”, destacou o governador do Estado, Eduardo Leite, que junto com outras lideranças prestigiou o lançamento oficial da Expodireto Cotrijal 2020. (Assessoria de imprensa Sindilat)
16º Fórum Estadual do Leite – 4 de março – Auditório da Expodireto
• 08h30min - 08h55min: Abertura do evento.
• 09h00min - 09h50min: Inovações no controle de animais e processos na pecuária de leite.
Dr. João H. C. Costa – Prof. Universidade de Kentucky/EUA.
• 10h00min – 11h10min: Como será a produção de leite no Brasil em 2030?
Dr. Paulo do Carmo Martins - Chefe Geral da EMBRAPA Gado de Leite, Juiz de Fora/MG.
• 11h20min - 12h10min: Como o modelo de gestão Agro + Lean poderá auxiliar o produtor de leite?
Méd. Veterinário Sandro Viechinieski – Instituto Clínica do Leite/SP.
• 12h10min - 12h30min: - Debate entre os palestrantes e os participantes.
ENCERRAMENTO
Porto Alegre, 03 de fevereiro de 2020 Ano 14 - N° 3.156
Competitividade da agropecuária gaúcha é foco da nova Presidência da Assembleia Legislativa
Ampliar a competitividade dos diversos setores da economia gaúcha – movimento essencial para manter e atrair investidores ao Rio Grande do Sul - é uma das pautas prioritárias da nova gestão à frente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do RS, empossada na manhã desta segunda-feira (03), em cerimônia concorrida que lotou as dependências do Plenário da Assembleia. O presidente e o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra e Darlan Palharini, prestigiaram o ato de posse que contou também com diversos outros representantes do setor industrial do RS.
Crédito: Luciana Radicione
A competitividade do campo é foco do novo presidente da Assembleia, deputado Ernani Polo (Progressistas), ao lado da pauta política que promove reformas na estrutura do Estado e deverá avançar em 2020 nas questões tributárias. Polo, que assume no lugar do petebista Luis Augusto Lara, afirmou que pretende trabalhar pela valorização dos empreendedores gaúchos, destacando que benefícios fiscais serão amplamente discutidos pelo Parlamento a segmentos da economia que gerem competitividade e ajudem na arrecadação do Rio Grande do Sul.
“Se reduzirmos a musculatura de alguns negócios, a situação tende a piorar. Vivemos num país com muitas diferenças tributárias e o que normalmente acontece aqui no Estado é uma equalização tributária, muitas vezes necessária para um setor ser mantido”. De acordo com Polo, um estudo sério e criterioso irá auxiliar na definição dos segmentos beneficiados, mas ressalta que o foco principal será sobre segmentos com grande competitividade entre os estados da federação, caso do setor leiteiro e da proteína animal. “Temos setores produzindo, gerando emprego e com possibilidade de crescer. Para esses, é importante criar uma condição diferenciada", pontuou. Além dos benefícios fiscais, Polo destacou como fundamental a análise de outros indicadores, como educação, saúde, segurança e infraestrutura. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Litti diz que, com o funcionamento do sistema, previsto para este mês, o problema da fiscalização fica resolvido. Chorão informou que as empresas ainda estão adaptando seus programas ao novo Ciot. (Valor Economico)
Porto Alegre, 31 de janeiro de 2020 Ano 14 - N° 3.155
Setor consegue a prorrogação de exigência de CIOT
A expectativa do setor lácteo em prorrogar a obrigatoriedade de emissão do chamado Código Identificador de Operação de Transporte (CIOT) foi atendida. O prazo, que antes exigia o cadastro de todas as obrigações de transporte a partir do dia 01/02/2020, foi estendido para o dia 16 de março com o anúncio no Diário Oficial da quinta-feira (30/01), através da Resolução n. 5.869 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A mobilização para a prorrogação contou com o senador Luiz Carlos Heinze e o deputado federal Alceu Moreira. A nova exigência foi tema da reunião de associados do Sindilat na terça-feira (28/01) e abordada pelo advogado Matheus Zomer, do escritório Rafael Pandolfo Advogados Associados.
O profissional integra o grupo de trabalho que conta com representantes dos setores de logística das empresas associadas ao Sindilat e que estão debatendo a questão. Com base nos debates do grupo, a assessoria jurídica do Sindilat encaminhou um ofício com questionamentos e sugestões que foi enviado à Ouvidoria da ANTT. Segundo Zomer, a ideia é esclarecer dúvidas e alertar sobre pontos dúbios na nova regra uma vez que o setor lácteo tem especificidades de transporte que não são facilmente respondidas. Uma das dúvidas é sobre as formas de mensuração exata do volume de cargas, uma vez que o setor lida com captação de volume diferenciados todos os dias.
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, criticou a obrigatoriedade do CIOT, o que classificou com medida burocrática e que tira competitividade do setor produtivo. “É um contra-senso com a própria política do governo federal que é desburocratizar os processos”, completou.
O CIOT é uma obrigação no Brasil desde 2011. Contudo, até agora, vinha sendo exigido apenas de transportadores autônomos, com fiscalização e multas brandas. Agora, a nova legislação exige emissão para todas as cargas transportadas, incluindo as grandes empresas que antes estavam livre dessa obrigatoriedade. A Resolução 5.862 da ANTT possibilitou que as indústrias deleguem a emissão do CIOT para as transportadoras. Zomer alerta que a emissão do CIOT pode até ser delegada para um terceiro, mas a responsabilidade e as multas seguem incidindo sobre o contratante. “Essa é uma ferramenta que facilitará a fiscalização da tabela do frete”, frisou, alertando que a fiscalização já está em prática, através de radares fotográficos com a leitura da placa do veículo com o respectivo CIOT que a partir de agora estará interligado com as respectivas Secretaria da Fazenda dos estados. A tecnologia facilitará e ampliará muito a fiscalização e diminuirá a concorrência ilegal. As multas foram elevadas do mínimo de R$ 550,000 para a o valor de até R$ 10.500,00, para erros, inconformidades, não emissão do documento e desobediência da tabela mínima de frete.
Guerra solicitou aos associados, lideranças políticas e empresariais para que trabalhem pelo tema e para que a tabela de frete consolide-se como uma referência e não como exigência como vigora neste momento. Sobre o CIOT, guerra alertou que sua implementação exigira contratação de profissionais exclusivamente para a emissão documentos. “É um processo que precisará ser realizado todos os dias, com detalhamento de origem e destino das coletas. Vem só burocratizar”. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Relação de troca
De acordo com a CNA, a tendência para 2020 é que a alta nos preços da soja e do milho pressionem ainda mais a margem do pecuarista.
No fim de 2019, o produtor de leite precisava de 34 litros para comprar um quilo de ração, levando em consideração os preços de soja e milho à época, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Em janeiro, já são necessários 44 litros. Conforme levantamento do projeto Campo Futuro, no ano passado, os custos de produção já tinham subido 2,9%, “Esses números tiveram um impacto significativo, principalmente no último trimestre, por conta dos preços dos grãos”, diz o assessor técnico Thiago Rodrigues.
Segundo o especialista, o cenário no fim de 2019 condicionou o mercado lácteo a trabalhar com certo receio em 2020. “O que imaginamos é que os aumentos nas cotações de milho e soja tenham uma repercussão maior este ano, pressionando a margem do produtor”, afirma. (Canal Rural)