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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de maio de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.457


GDT – Evento 283 de 4 de maio de 2021
 
GDT – As cotações dos lácteos depois do primeiro evento de maio de 2021 mostraram firmeza para leite em pó, tanto integral como desnatado, e a volatilidade das manteigas.
Imagem: GDT-Adaptado Sindilat/RS
Os dois produtos mais significativos no evento, tiveram aumentos conservadores o suficiente para evitar uma queda maior no índice geral. Com reajuste de 2% em sua cotação, o leite em pó desnatado (SMP) atingiu sua maior cotação desde julho de 2014, e ficou mais de US$ 1.000 acima do valor da tonelada registrado em maio de 2020. O leite em pó integral (WMP) também chegou ao seu segundo maior valor desde 2014, a tonelada está mais US$ 1.300 acima do valor de um ano atrás, e com a cotação 24% maior do que a obtida no primeiro leilão de 2021.  Com estes resultados, o Índice GDT está com seu segundo maior valor desde março de 2015.  
 
Os preços futuros deste evento mostram tendência de queda para as manteigas e o cheddar, em relação aos níveis atuais, e estabilidade para os leites em pó.  (Fonte: globaldairytrade/ www.terraviva.com.br)
 


Projeto prevê melhoria da qualidade do solo na Serra Gaúcha
O aumento das áreas com plantas de cobertura e de melhoramento de campo nativo com introdução de espécies forrageiras e a elevação do teor de matéria orgânica no solo serão os indicadores utilizados para mensurar a melhoria da qualidade do solo de três mil propriedades da Serra Gaúcha. O projeto foi apresentado pela Emater/RS-Ascar e Universidade de Caxias do Sul (UCS) em evento online na quarta-feira (28/04), para prefeitos e secretários da Agricultura de 49 municípios da região. O presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, e o reitor da UCS, Evaldo Kuiava, participaram do lançamento. O Projeto Regional para Melhoria da Qualidade do Solo das Culturas e Criações na Serra Gaúcha visa promover o uso correto dos solos, garantindo a sustentabilidade dos sistemas e tendo como consequência a melhora dos rendimentos das culturas e criações; a realização de ações articuladas que viabilizem o uso correto dos insumos através de capacitações para agricultores e técnicos envolvidos no projeto; e a orientação no uso de práticas e técnicas de manejo do solo. O projeto prevê a execução de atividades individuais e coletivas, como coleta de solo para análise, visitas para acompanhamento e orientações técnicas e capacitações, e terá a duração de quatro anos.  “Um solo bem manejado, mais cuidado, menos compactado, retém água e nutrientes fundamentais para a produção e produtividade agrícola, trazendo mais qualidade de vida e renda para as famílias”, destacou Sandri.  A fim de demonstrar os resultados possíveis, o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Tiago Oliveira Figueiredo, apresentou um estudo de caso de plantas de cobertura para uso, manejo e conservação do solo em uma propriedade rural do município de Guaporé. A ação desenvolvida pela Extensão Rural, que incluiu a implantação de curvas de nível, orientações de correção e adubação do solo, a implantação de plantas de cobertura e a rotação de culturas, transformou uma área que tinha solo exposto, compactado, sulcos, plantas espontâneas e soja guaxa em um solo saudável, com retenção de água e nutrientes, redução de infestantes e sem erosão, melhorando o potencial produtivo. E para que haja essa melhoria, uma das etapas é a realização de coleta e análise de amostras de solo, assim como análise de tecido vegetal, serviços que serão prestados no projeto pelo Laboratório de Solos da UCS e que foram apresentados pela engenheira química Taciane Ribeiro. “A realização da análise de solo é importante para o aumento da produtividade, da eficácia e da qualidade do solo e recursos hídricos das propriedades e para a melhor aplicabilidade dos recursos financeiros”, salientou. No projeto, estas análises terão subsídio através do Bônus Metrologia, que é uma parceria do Sebrae, Rede Metrológica RS e laboratórios reconhecidos, que foi apresentado pelo engenheiro químico da UCS, Jadison Fabrício de Souza. Ele explicou que os produtores poderão utilizar o bônus metrologia, que oferece subsídio de 60% nas análises em relação ao valor praticado pelo laboratório. Também serão parceiros no projeto as prefeituras, Sebrae e laboratórios de solos credenciados na rede oficial de laboratórios de análises de solos do RS e SC. (SEAPDR - Emater/RS)
 
 
Mapa inicia tomada pública de subsídios sobre os Programas de Autocontrole Programas de autocontrole - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está colhendo sugestões sobre a regulamentação dos Programas de Autocontrole dos agentes privados regulados pela Defesa Agropecuária e Programa de incentivo à conformidade em Defesa Agropecuária dispostos no Projeto de Lei nº 1293/2021, que tramita no Congresso Nacional.  As contribuições, tecnicamente fundamentadas, poderão ser feitas até o dia 30 de junho, por meio do formulário para participação da tomada pública de subsídios, disponível clicando aqui.  O objetivo da Tomada Pública de Subsídios é permitir a ampla divulgação e a participação de órgãos, entidades ou pessoas interessadas em contribuir com a discussão sobre o tema.  Projeto de Lei: O projeto de lei 1293/2021, encaminhado ao Congresso Nacional, dispõe sobre os programas de autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa agropecuária e sobre a organização e os procedimentos aplicados pela defesa agropecuária aos agentes das cadeias produtivas do setor.  O documento propõe uma nova configuração ao modelo de fiscalização agropecuária. O objetivo é tornar obrigatória a adoção de programas de autocontrole pelos agentes regulados pela legislação da defesa agropecuária.  O PL busca ainda modernizar as regras de controle sanitário do MAPA (por exemplo: registro de estabelecimento agropecuários) que impactam na expedição de ato público de liberação de atividade econômica no segmento agropecuário, considerando o grau de risco sanitário envolvido, e a atualização do valor pecuniário das multas aplicadas em decorrência da constatação de infrações durante a fiscalização agropecuária, atendendo, assim, as recomendações dos Órgãos de Controle e fortalecendo as medidas coercitivas e educativas em desfavor dos transgressores da legislação sanitária. (MAPA)

Jogo Rápido  

Fiergs reúne mais de 60 projetos

Dividida em sete áreas temáticas, a Agenda Legislativa da Fiergs 2021 foi lançada ontem. “Esse documento é um mapa de voo, que pode nos levar ao destino correto”, disse o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry. A agenda reúne mais de 60 matérias protocoladas pelos deputados estaduais e busca reforçar a interlocução com os parlamentares. “Mesmo nas divergências, temos condição de dialogar e encontrar soluções”, afirmou o presidente da Assembleia, Gabriel Souza. (Correio do Povo)

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Porto Alegre, 05 de maio de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.456


Secar e armazenar grãos para ração aumenta rentabilidade, diz Emater
Na região de Santa Rosa (RS), produtores tem adotado uma nova estratégia para secagem e armazenamento de grãos através de um projeto elaborado pela Emater/RS-Ascar. O projeto buscar dar maior autonomia para os produtores e melhor controle na manutenção da qualidade dos grãos e ainda contemplar a necessidade e a realidade de cada propriedade, desde pequenas unidades, com baixo custo, até estruturas completas, automatizadas. Um dos projetos recém implantados foi na propriedade de João Eduardo Wille, no município de Linha Pitanga. Foram construídos dois silos com capacidade para armazenar duas mil sacas de milho, cujos grãos são destinados para ração do gado de leite, o que favorece para um menor custo de produção e maior qualidade na dieta fornecida. Junto aos silos secadores, foi construído uma fábrica de ração, que por sua vez já tritura e mistura os insumos automaticamente, reduzindo a necessidade de mão de obra. O produtor possui 120 vacas (99 vacas em lactação e 21 secas) e 45 novilhas e terneiras, sendo produzidos em média 78.250 litros de leite por mês. Na propriedade trabalham três membros da família e mais três colaboradores, uma vez que além do leite são terminados 1.700 suínos por lote e produzidos milho silagem, milho grão, feno e pastagens. O produtor ainda ressalta que após implantar o sistema, obteve uma redução do custo da ração, que é produzida e aproveitada na propriedade, além de ter maior autonomia e facilidade no trabalho. Para a instalação dos silos e da fábrica de ração, foram investidos aproximadamente R$ 270 mil, dos quais 165 mil foram financiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 2,75% a 4% ao ano. O restante é oriundo de recursos próprios. O extensionista da Emater/RS-Ascar Elir Paulo Pasquetti, também destaca a aplicação do projeto na cidade de Nova Candelária, pois já foram construídos 14 silos secadores e armazenadores de alvenaria com capacidade de secar e armazenar 11.800 sacas, o que corresponde à produção de aproximadamente 98 hectares de milho, que está sendo estocada nas propriedades. Ele ainda ressalta que a secagem e a armazenagem dentro da propriedade reduzem custos com transporte, taxas de limpeza e secagem. Além disso, contribui para um milho de excelente qualidade a um custo menor ao produtor, possibilitando uma maior renda na produção do leite. (Canal Rural)


Aguinaldo deve apresentar hoje parecer sobre reforma tributária 
O relator da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), deve apresentar seu relatório nesta segunda-feira e defender a votação de uma proposta ampla, diferente do que querem o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a equipe econômica e o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).  O parlamentar paraibano ficou contrariado com a decisão de Lira de impor um prazo-limite publicamente, mas preferiu atender ao pedido para reforçar seu compromisso com a pauta. Além de apresentar o parecer, o líder da Maioria no Congresso deve fazer defesa enfática de uma reforma ampla, sob a justificativa de que essa foi a alternativa trabalhada desde 2019. Com a iniciativa, o objetivo é fazer frente ao fatiamento da proposta, defendido publicamente por Lira e Barros na semana passada.  Em discurso no plenário, o líder do governo indicou que a reforma seria apreciada em quatro etapas, começando pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substitui o PIS/Cofins. A ideia, de acordo com Barros, teria sido construída em um acordo entre líderes partidários, Lira e o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Vamos começar pela simplificação tributária e depois avançar na direção de organizarmos o sistema tributário mais fácil para o contribuinte”.  O posicionamento gerou desconforto entre lideranças, o que obrigou o líder do governo a ir às redes sociais explicar que o martelo sobre o fatiamento ainda não estava batido e que dependia de consultas ao relator, ao presidente da comissão mista, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), e também aos líderes partidários. Parlamentares admitiram que o clima pode azedar. Reservadamente, aliados de Aguinaldo destacam que o relator não acredita que o fatiamento seja a melhor solução para tirar a reforma do papel. “Acho que eles têm uma compreensão errada do que é mais fácil aprovar. A CBS é muito mais difícil aprovar do que a PEC”, pontuou um parlamentar alinhado com o deputado paraibano.  Essa resistência à CBS deve ser explorada pelo relator para defender que o Poder Legislativo desista de apostar na votação da reforma em partes. Entre integrantes da equipe econômica, a tese é que não há conflito entre reforma fatiada ou reforma ampla. A aposta na versão fatiada se baseia no fato que são projetos de lei. Portanto, têm mais chances de avançar.  Para aprovar uma emenda à Constituição, como é o caso das reformas amplas, é necessário o apoio de 308 deputados em dois turnos. Depois, disso, ainda precisa contar com o aval de 49 senadores em duas votações. As fatias da reforma são acopláveis às reformas mais amplas analisadas no Congresso, argumenta um interlocutor de Guedes. Para viabilizar a aprovação da CBS, que seria a primeira fatia, o ministro pretende colocar uma carta nova na mesa: a redução de alíquotas para o setor de serviços, principal opositor da proposta. O texto apresentado pelo governo em julho do ano passado menciona apenas uma alíquota única de 12%.  “Se a gente tem condições de votar uma reforma tributária que vai repercutir positivamente no PIB, com a PEC 45, com a compilação com a PEC 110 e a proposta da CBS, por que a gente não avança com a reforma completa, que tem o debate amadurecido, e parte para começar do zero com uma proposta mais tímida?”, disse o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), autor da PEC 45, uma das principais propostas em tramitação. O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), também demonstrou preferência por uma proposta mais abrangente. “Simplesmente unificar o PIS e o Cofins aumenta a carga tributária e terá efeito mínimo na simplificação”, escreveu em sua página oficial no Twitter.  Segundo aliados próximos de Lira, o momento de desenterrar a reforma subitamente foi escolhido a dedo pelo presidente da Câmara, com os objetivos de ter uma agenda para concorrer com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Além de ofuscar os trabalhos do colegiado, que tem como alvo o presidente Jair Bolsonaro, de quem é aliado, o avanço da reforma também devolveria protagonismo à Casa. Com a CPI, as atenções estão voltadas para o Senado e para o relator Renan Calheiros (MDB-AL), adversário de Lira em Alagoas. Ainda que rejeite a possibilidade oficialmente, nos bastidores, é crescente a expectativa de que Lira substitua Aguinaldo na relatoria da reforma tributária.  A manobra atenderia a um pedido do líder do PL na Câmara, Wellington Roberto (PB), seu fiel escudeiro, que deve ser adversário do relator na disputa pelo Senado em 2022 na Paraíba. (Valor Econômico) 
 
 
Proteínas lácteas e nutrição: o que é importante saber?
Para saber a importância das proteínas lácteas na nutrição, a princípio, devemos compreender o que são proteínas. Em poucas palavras, proteínas são um grupo complexo de nutrientes. Sua composição, conformação e funcionalidade diversas suscitam uma gama de funções desempenhadas. No organismo humano, por exemplo, elas cumprem papéis estrutural, enzimático, de transporte, defesa e reserva energética. O adequado consumo proteico garante aporte de nitrogênio e de aminoácidos, necessários à manutenção da vida. Por estas razões, a Organização Mundial da Saúde (2007) recomenda, para adultos, o consumo diário de proteínas equivalente a 0,83g/kg de peso por dia. O conceito de valor nutricional das proteínas não é novo. Contudo, atualizações permitem conclusões cada vez mais confiáveis. O método recomendado para avaliação da qualidade proteica é o Escore de Aminoácidos Indispensáveis Digeríveis – DIAAS (FAO, 2013). Por intermédio da combinação entre a digestibilidade ileal e a composição de aminoácidos, é possível ter uma métrica mais acurada para avaliar a qualidade nutricional de diferentes fontes proteicas. Proteínas de origem animal, sobretudo proteínas lácteas, exibem maior qualidade nutricional, quando comparadas com as de origem vegetal, pelo DIAAS. As proteínas lácteas carreiam, em teores consideráveis, os aminoácidos indispensáveis. Este grupo de aminoácidos o organismo não é capaz de produzir, ocasionando a necessidade de obtê-los por meio da alimentação. Outra condição importante diz respeito à estrutura. As fontes alimentares proteicas animais não contém fibras. Consequentemente, as enzimas digestivas têm acesso facilitado ao sítio ativo das proteínas, otimizando o processo digestivo e absortivo. Voltando às proteínas lácteas, elas representam, aproximadamente, 3% dos constituintes do leite. Caseínas e proteínas do soro compõem os dois grupos basilares. As caseínas ocorrem como micelas, estabilizadas por fosfato de cálcio e várias formas de interação química, com diâmetro médio de 120nm. As soroproteínas são globulares, termolábeis e encontram-se como monômeros ou dímeros. Ambos os grupos são excepcionais para a manutenção e para o ganho de massa muscular. Um adequado perfil muscular reflete-se em força, equilíbrio e é fundamental no emagrecimento e no envelhecimento saudável. Ressalta-se, quanto às caseínas, a capacidade de carrear minerais primordiais ao sustento do metabolismo, como potássio, cálcio, fósforo e magnésio. As proteínas lácteas também são fontes de taurina e de glutationa. Respectivamente, elas desempenham proteção endotelial e defesa antioxidante. Neste último caso, os pulmões são um alvo importante, no que diz respeito às disfunções respiratórias. Assim sendo, as proteínas lácteas são recomendadas para garantir um adequado aporte nutricional ao organismo. Porém, não apenas tal fato torna essas proteínas singulares. Recentemente, autores têm abordado a bioatividade de certas frações proteicas, os peptídeos bioativos. No indispensável livro Química de Alimentos de Fennema, o autor David S. Horne (2019) aponta que tanto caseínas quanto soroproteínas são detentoras desses fragmentos. Nestes casos, a bioatividade pode ser considerada como a capacidade de atuar positivamente sobre os múltiplos sistemas do organismo humano. Efeitos anti-hipertensivo, antimicrobiano e imunomodulador foram observados. Para a saúde óssea, Bu e colaboradores (2021) afirmaram os benefícios do consumo de proteínas lácteas. Isso dado que, além da abundância de cálcio no leite, os peptídeos bioativos são capazes de modular estágios da remodelação óssea. Também, as proteínas associadas à membrana do glóbulo de gordura são relevantes. Por apresentarem atividade biológica, são consideradas promotoras de saúde. No tocante à vigente pandemia da Covid-19, o leite é descrito como uma escolha alimentar oportuna. Um dos aspectos que explica essa constatação é a presença de lactoferrina. Esta é uma proteína do soro do leite eficiente em regular o sistema imunológico e em exercer papel antimicrobiano (REN; CHENG; WANG, 2021). À vista disso, podemos depreender que as proteínas lácteas são fundamentais no que concerne à adequada nutrição e à promoção da qualidade de vida. (Milkpoint)

Jogo Rápido  

Retomada pode vir no 2º semestre

O economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Rodolpho Tobler avalia que, com o aumento da vacinação contra a Covid-19, a economia do país deve melhorar nos próximos meses, o que traria como resultado um recuo nas taxas de desemprego já no segundo semestre. Entretanto, o especialista observa: “recuperação mais robusta, mais completa, só para 2022 e principalmente com a ampliação da vacinação”, disse. Ele analisou os dados a partir dos números recentes da Pnad Contínua, do IBGE. Tobler explicou que naturalmente o mercado de trabalho reage de modo mais lento que a economia. No ano passado havia expectativa de que o emprego voltasse a ter resultado positivo já no primeiro semestre. “Com o início deste ano mais complicado, a taxa de desemprego tende a aumentar entre o segundo e o terceiro trimestre e só apresentará melhora, de fato, a partir do quarto trimestre de 2021”, pondera. Segundo o economista, os setores de serviços prestados às famílias, como alimentação fora de casa, hotelaria e transportes, foram bastante prejudicados: “Já há uma cautela natural das pessoas pela questão do vírus e, também, porque há medidas restritivas que afetam o funcionamento. As pessoas deixam de consumir algum tipo de serviço e trocam por consumo de bens porque não podem sair de casa”. A Pnad Contínua mostrou que no trimestre móvel de dezembro a fevereiro o desemprego chegou a 14,4%, revelando número recorde de 14,4 milhões de pessoas sem ocupação. (Correio do Povo)

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Porto Alegre, 30 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.455


Próxima semana terá muita chuva em diversas regiões do RS
 
A próxima semana terá volumes elevados de chuva em diversas regiões no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 17/2021, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater-RS e o Irga. Na quinta (29) e sexta-feira (30), a presença do ar seco e frio manterá o tempo firme em todas as regiões, com temperaturas baixas e possibilidade de geadas isoladas no amanhecer, principalmente no Planalto e Serra do Nordeste.

No sábado (1º), o tempo seco seguirá predominando e o enfraquecimento do ar frio favorecerá a elevação das temperaturas.

No domingo (2), o ingresso de ar quente e úmido provocará maior variação da nebulosidade, com possibilidade de pancadas isoladas de chuva nas faixas Norte e Noroeste.

Na segunda-feira (3), as temperaturas superarão 30°C na maioria das localidades e a aproximação de uma frente fria poderá provocar pancadas de chuva na Fronteira Oeste e Campanha. Na terça (4) e quarta-feira (5), o deslocamento da frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Os valores esperados deverão oscilar entre 15 e 35 mm na maioria das áreas da Metade Norte.

No restante do Estado, os totais deverão variar entre 50 e 70 mm, podendo superar os 80 mm na Fronteira Oeste.

O boletim também avalia as condições atuais das culturas de soja, pastagens, bovinos de corte, ovinos e arroz. O documento completo pode ser consultado em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


Governo estimula plantio de milho para aumentar a oferta do grão

Medidas para estimular o plantio de milho da safra 2021/2022 foram aprovadas ontem (29/04) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). As propostas, que incluem a oferta de mais crédito e mecanismos de apoio à comercialização para apoiar os agricultores no incremento da produção do milho e também do sorgo, foram encaminhadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

“As medidas são uma resposta à forte demanda mundial por alimentos e à desvalorização do Real, que seguem dando impulso às exportações de grãos do país. Desta forma, reduziu a disponibilidade local de produtos básicos e insumos para ração animal”, enfatizou Wilson Vaz de Araújo, Diretor de Crédito e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Mapa. 

O CMN decidiu aumentar o limite de financiamento de custeio, a partir de 1.º de julho deste ano, de R$ 3 milhões para R$ 4 milhões por produtor, para a produção de milho e de sorgo. Além disso, a partir de 1° de julho, os médios produtores rurais poderão ter acesso ao custeio para plantio dos dois cereais, no limite de R$ 1,75 milhão. Antes o teto era de R$ 1,5 milhão. Outra medida permite, excepcionalmente, no âmbito da fonte de recursos obrigatórios, o financiamento de Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP) para a aquisição de milho e de sorgo, limitado a R$ 65 milhões por beneficiário, admitindo o preço de mercado como referência ao invés do preço mínimo. 

A instituição financeira é obrigada a direcionar recursos de 27,5% da sua movimentação para aplicar em operações de crédito rural. A Conab estima que a produção total de milho do Brasil na atual temporada deve ficar em torno de 109 milhões de toneladas e a de sorgo em 2,6 milhões de toneladas. (As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe MilkPoint)





Rentabilidade na cadeia láctea: gerenciar e inovar para durar!

O segundo dia do Fórum MilkPoint Mercado, que ocorreu ontem (28/04), envolveu discussões sobre rentabilidade e gestão de propriedades leiteiras e de indústrias lácteas, contando com exemplos de fazendas de destaque do País.

Além disso, com um olhar voltado para as oportunidades e aumento de margens na indústria de laticínios, foram abordados temas que envolvem novas tendências de mercado e possibilidades de inovação para agregar valor aos produtos.

A tarde iniciou-se com Thiago Francisco Rodrigues, Assessor Técnico da CNA, falando sobre os resultados do projeto Campo Futuro e aplicando-os na realidade das bacias leiteiras do país. Thiago falou sobre a importância dos dados coletados no programa, que conta com 21 estados e está em vigor desde 2008, contendo mais de 120 matrizes de custos de produção, o que ajuda muito a entender a realidade da produção de leite brasileira.

“Os dados suprem a lacuna de informações quanto aos custos de produção e podem ser usados para elaboração de artigos científicos, subsidiando argumentações técnicas para solicitações de políticas públicas que podem beneficiar o produtor”, enfatizou.

O trabalho da CNA mostra que há uma diferença grande no estoque de capital investido por litro de leite. Sistemas mais eficientes trabalham próximos a R$ 1.000 investidos/litro/dia, ao passo que há produtores com valores em média 6x maiores, o que coloca em risco a sobrevivência dos modelos de menor produtividade dos fatores de produção.

Para o técnico, os principais gargalos da produção de leite no Brasil nos últimos 10 anos são os custos com concentrado e a mão-de-obra. Segundo os dados apresentados, o concentrado consome cerca de 35 a 40% da receita das propriedades, tendo grande impacto na rentabilidade da atividade.

Para ilustrar a situação atual dos produtores quanto à rentabilidade, Thiago expôs dados sobre a elevação dos custos para produção de leite, aumento este decorrente principalmente dos elevados custos com concentrado para alimentação dos animais. Isso acaba refletindo na margem líquida por litro de leite, a qual, segundo Thiago, está em torno de 20% menor do que em janeiro de 2017.

Neste cenário não tão favorável, o produtor precisa, cada vez mais, entender o seu negócio e controlar aquilo que está “em suas mãos”. Nesta perspectiva, Matheus Balduino, Médico Veterinário e Técnico do Ideagri, mostrou em sua palestra o que os produtores mais eficientes estão fazendo para manter a produção e garantir um bom retorno financeiro.

Matheus apresentou um fluxograma baseado nos seguintes passos: planejar, fazer, monitorar e ajustar. A atividade exige que o produtor se planeje em vários níveis — curto, médio e longo prazos — e, para isso, uma boa gestão é fundamental.

Para ele, alguns questionamentos devem ser feitos antes de se iniciar o planejamento, como: Qual o potencial do negócio? Onde estou perdendo dinheiro? Onde eu posso ganhar mais dinheiro? “Conhecer o negócio, os dados e os resultados que sua propriedade apresenta faz com que você se planeje melhor e tenha melhores resultados”, ressaltou o técnico.

O Médico Veterinário destacou ainda a saúde da glândula mamária e a qualidade do ambiente dos animais como pontos de atenção para o produtor, além dos índices relacionados apenas com rentabilidade. “Muitas vezes, o produtor tem receio em investir em ambiência, mas quando são colocadas as informações do quanto ele está perdendo dinheiro, a perspectiva muda”, comentou.

Além das palestras do Matheus e do Thiago, a tarde também contou com uma mesa redonda com grandes nomes da pecuária leiteira do país, entre eles Marcelo Branquinho da Fazenda Cobiça, Maurício Silveira Coelho do Grupo Cabo Verde, Roberto Jank da Agrindus e Rodger Douglas da Agropecuária Sete Copas. Vale ressaltar que, todas estas propriedades fazem parte do Top 100 2021 do MilkPoint.

As discussões da mesa redonda giraram em torno dos limitantes e oportunidades nos sistemas de produção de leite no Brasil. No decorrer do bate-papo, todos participantes pontuaram quais os indicadores, em sua opinião, que devem ser monitorados para obter sucesso no negócio.

Entre os citados, estão: retorno sobre o custo alimentar, indicador de contagem de células somáticas (CCS), taxa de reposição, eficiência reprodutiva, estoque de capital, taxa de conversão alimentar e produção de leite por hectare.

Roberto Jank levantou um ponto interessante: hoje, com a facilidade do sêmen sexado, gerar fêmeas não é um problema, mas carregar esse estoque adicional pode ser, especialmente se a produção de leite durante a vida útil da vaca não for a esperada, resultando em elevado custo de reposição por litro.

Os produtores avaliam que não há receita universal, mas que, no Brasil, os sistemas confinados têm ganho relevância em detrimento do pasto e, dentro do confinamento, o compost barn tem se destacado, pela maior facilidade de manejo.

Para Rodger Douglas, da Agropecuária Sete Copas, que trabalha com pasto, se o Brasil fosse se tornar exportador de leite com base em pastagens, isso já teria acontecido: “temos particularidades em nosso sistema de produção que fazem com que sejamos bem sucedidos, mas talvez não um modelo para o restante do Brasil”, pondera.

Já Maurício Silveira Coelho observou que a atividade leiteira em sua propriedade está conectada com outras atividades como a suinocultura, e que a produção de dejetos desta última é utilizada de forma muito eficiente na pastagem. “Há que se analisar o sistema e a integração como um todo”, disse ele, que completou dizendo que o pastejo sem disponibilidade de irrigação, esse sim, terá dificuldades de sobrevivência.

Ainda na discussão sobre sistemas, Roberto Jank ponderá que, ao contrário do que se pensa, o investimento fixo por vaca ou por outro de leite é menor no confinamento do que nos sistemas a pasto, já que a produtividade é maior e se dilui os custos. “A fragilidade do confinamento está nos custos operacionais, principalmente nesse momento de custos elevados de grãos”, explica.

Marcelo Branquinho, da Fazenda Cobiça, coloca que o free stall, embora uma instalação que permite eficiência tanto quanto o compost, tem uma certa complexidade. “O manejo de dejetos precisa ser bem feito, caso contrário o sistema pode colapsar”, disse ele.

Todos concordaram que, conforme colocado por Roberto Jank, independente do sistema, é preciso escala para ter eficiência, não só dentro da porteira, mas também fora dela, visando rodar menos km para coletar o mesmo leite.

No segundo bloco do evento, os temas extrapolaram as porteiras das fazendas e foram diretamente para a indústria, envolvendo principalmente inovações, comportamento no consumo de lácteos e como as indústrias têm gerenciado seu portfólio de produtos buscando a inovação e o aumento de margens.

Márcio Gomes, Analista de Mercado Sênior da Doremus, trouxe uma visão voltada para os consumidores sêniores. De acordo com dados expostos durante sua apresentação, pessoas acima de 65 anos correspondem a 17% dos 5% da população mais rica do Brasil. Além disso, em 2030, o Brasil será o quinto maior país com idosos.  

Frente a isso, ressaltou que “é preciso repensar o perfil da terceira idade, as marcas devem se adaptar”. Dessa forma, para Gomes, os produtos precisam se encaixar às necessidades deste público-alvo, “com maior protagonismo e sem estereótipos”. Este nicho de consumidores busca principalmente por benefícios de saúde cerebral, saudabilidade e produtos com maior valor agregado.

Márcio disse, ainda, que os lácteos já têm uma grande vantagem quando o assunto são produtos benéficos para a saúde, a começar pelo teor de cálcio naturalmente presente no leite. Contudo, ressaltou o receio que as indústrias ainda têm em apostar em inovações com formulações enriquecidas, como os leites UHT’s.

Ele enfatizou que, ao contrário da ideia de que os produtos enriquecidos envolvem processamentos complexos e com margens difíceis de se trabalhar, o custo de produção é cerca de 0,5% a 1% maior. Em contrapartida, o valor desta categoria de produtos enriquecidos chega aos pontos de vendas 20 a 30% mais caros quando comparados aos “leites tradicionais”.

Seguindo na linha de produtos com apelo à saudabilidade, Andrea Moura, Diretora de Vendas e Marketing da Rousselot na América Latina, comentou sobre o boom de produtos enriquecidos com colágeno. De 2016 a 2020, os lançamentos destes produtos aumentaram em duas vezes. Estas inovações, de acordo com ela, são possíveis em diversos formatos e sabores.

Segundo a palestrante, o Brasil lidera o lançamento de produtos com colágeno no mundo. “Embora ainda sejam produtos de nicho de mercado pequeno (menor que 1% de todos os produtos lácteos lançados globalmente), é um mercado não saturado, que pode ser bem explorado”, enfatizou. Para a Diretora de Vendas e Marketing da Rousselot, os produtos com colágeno permanecem em alta em 2021 e esta tendência seguirá nos próximos anos.

Não é possível falar de tendências sem pensar em inovações. Neste contexto, Marcelo Leitão, Gerente de Negócios Lácteos da Arla Foods Ingredients, comentou sobre o uso de proteínas lácteas para diversificação, redução de custos e aumento de rendimento dos processos de fabricação nas indústrias.

De acordo com ele, “muitas vezes as aplicações das proteínas lácteas não são amplamente conhecidas”. Durante sua apresentação, Marcelo destacou as aplicações mais comuns, sendo elas em produtos com alto valor proteico, sêniores e com apelo de saudabilidade. Ou seja, a utilização de proteínas nos processos produtivos vai de encontro com as tendências de consumo atuais e futuras, como citado nas palestras do Márcio Gomes e da Andrea Moura.

Além de ir ao encontro com as demandas dos consumidores, o uso de proteínas lácteas permite a redução de custos, uma vez que apresentam baixa necessidade de investimentos. Para exemplificar, Marcelo citou que estas proteínas podem ser utilizadas para substituir o leite em pó na fabricação de sorvetes e sobremesas lácteas, proporcionando uma redução nos custos de produção.

No que diz respeito ao aumento de rendimento, o Gerente de Negócios pontuou a fabricação de queijos. De acordo com ele, isso é possível por meio da adição de concentrado proteico no leite. “É possível produzir mais queijo com menos leite ou a mesma quantidade de queijo com menor quantidade de leite”, ressaltou.

Além destes pontos, Marcelo abordou a elaboração de produtos que possuem como base o soro ácido e proteína funcional, como cream cheese e sobremesas lácteas, auxiliando no reaproveitamento deste tipo de soro. “É possível produzir um produto com 100% de rentabilidade, tudo que entra sai no produto final”, salientou.

Dando continuidade à temática de inovação em produtos lácteos, a tarde encerrou com as palestras de Luís Gennari, CEO da Vigor e de Roberto Hegg, Diretor comercial da Tirolez. Ambos trouxeram a importância da inovação e diferenciação dos produtos para agregação de valor e aumento de margens. Luís destacou a importância do olhar do consumidor perante as futuras inovações e ressaltou que “o consumidor é o início e o fim do processo de inovação, tudo tem que estar baseado no foco dele.”

Roberto seguiu a mesma linha e falou de inovação atrelada às tendências atuais, com foco em produtos saudáveis e práticos. “Devemos olhar para todo o público envolvido na cadeia, desde as emoções que envolvem o público até as tendências, como o vegetal based e encontrar um equilíbrio ouvindo opiniões de especialistas, como os nutricionistas”.

Como observamos, o Fórum MilkPoint Mercado 2021 trouxe discussões importantíssimas para o setor lácteo. Tratou de assuntos que envolveram desde o mercado de grãos, passando pela produção no campo, indústria e tendências de consumo, trazendo insights sobre o cenário atual e projeções para médio e longo prazos.

O evento contou com 380 participantes, fazendo com que o Fórum MilkPoint Mercado chegasse à sua décima edição com quantidade recorde de inscritos. A equipe AgriPoint agradece todos os participantes e parceiros que apoiaram o evento. Nos vemos no próximo Fórum MilkPoint Mercado!

Vale ressaltar que, ainda dá tempo de se inscrever no Fórum MilkPoint Mercado e ficar por dentro de todas as questões que permeiam o setor lácteo, desde o mercado de grãos até as tedências de consumo atuais e futuras. Os conteúdos ficarão disponíveis por 30 dias! Não perca esta oportunidade de traçar estratégias competivivas para o seu negócio! Entre no site, confira o conteúdo completo e se inscreva! (Milkpoint)
 

Jogo Rápido  

Conversa com o Extensionista
No dia 05 de maio, às 17h a Conversa com o Extensionista Leandro Ebert, será com o Secretário-Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini. O assunto abordado será “O Mercado e o Produtor de Leite.” A exibição será através da Página do Facebook da Prefeitura de Serafina Corrêa.  
Acompanhe clicando aqui! (Facebook – Serafina Corrêa) 

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Porto Alegre, 29 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.454


Conseleite/SC: alta de 0,92% na projeção do preço do leite entregue em abril
 
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida hoje (29/04), atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprovou e divulgou os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Março de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2021. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, conforme os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
 
 
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. Vale ressaltar que o Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (As informações são do Conseleite/SC, adaptadas pela Equipe MilkPoint)


 
Taxa zero para importação de milho não alterou preços
 
Anunciada na última semana e válida a partir desta terça-feira, a suspensão do imposto de importação de milho de países de fora do Mercosul até o fim do ano não surtiu efeito no mercado interno do país, de acordo com analistas consultados pelo Valor. 
 
A expectativa da indústria da carne era de que, com a mudança, os preços do grão, matéria-prima utilizada para produzir ração para os animais, caíssem. No entanto, com as fortes altas do milho no mercado internacional, o impacto da medida foi nulo. De acordo com o monitoramento de preços da consultoria StoneX, entre os dias 16 - data de seu último levantamento antes do anúncio da medida - e 23 de abril, a cotação do grão subiu em praticamente todas as praças que a empresa monitora no país.
 
A maior alta, de 5,13%, ocorreu em Lucas do Rio Verde (MT), onde o preço passou de R$78 a R$ 82 por saca de 60 quilos. Na sequência apareceu a região da Mogiana (SP), na qual o aumento foi de 3,16%, de R$ 95 para R$ 98 a saca. O maior valor nominal, de R$103 a saca, foi registrado em Maringá (PR) - o aumento foi de 3%. Em Rio Verde (GO), o preço da saca passou de R$ 88 a R$ 90 (+2,27%), e em Passo Fundo (RS) ele ficou estável, em R$ 95 a saca.
 
“Temos preços elevadíssimos em Chicago (os maiores em oito anos), estoques apertados e um alto custo logístico. O milho de fora do Mercosul não chega em um patamar tão atrativo”, afirma João Lopes, analista da StoneX.  O governo federal suspendeu a cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC), e voltaram a cair as tarifas de 8% sobre as importações de soja em grão e de milho, de 10% sobre óleo de soja e de 6% sobre farinha e pellets.
 
Não foram estabelecidas cotas para as compras. “Esperava-se um efeito de baixa ou, pelo menos, de interrupção das altas para que, em um segundo momento, os preços se estabilizassem. O que se viu é que a medida não conseguiu nenhuma das duas coisas”, diz o analista de mercado Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio.
 
Segundo cálculos da consultoria, a paridade de exportação do cereal dos EUA - hoje o fornecedor mais viável - não está mesmo atrativa para os criadores brasileiros. Enquanto seria possível trazer milho da Argentina por cerca de R$ 100 a saca de 60 quilos, o grão americano chegaria aos compradores do Brasil custando em torno de R$ 108 por saca. Além dos custos, há restrições ao milho dos EUA, já que algumas variedades plantadas pelos americanos não são autorizadas no Brasil.  A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa a Sadia (BRF) e a Seara (JBS), tenta desde 2016 obter da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) a liberação desses grãos exclusivamente como ração, até agora sem sucesso.
 
Outra alternativa seria utilizar o trigo como ração, em substituição ao milho. Porém, em meio à valorização dos grãos em Chicago, os preços do cereal também estão altos, além de a oferta no mercado interno ser muito pequena. As incertezas da safrinha de milho relacionadas ao clima e o forte movimento de vendas antecipadas, que passam de 50% da produção prevista, também dão suporte aos preços do grão. (Valor Econômico)
 
 
Cenário do mercado lácteo: o momento pede cautela, mas pode reverter!
 
Na terça-feira (27/04), foi realizado o primeiro dia do Fórum MilkPoint Mercado, uma tarde marcada por discussões e perspectivas sobre o mercado brasileiro de lácteos em 2021, bem como fatores que envolvem toda a cadeia, como os comportamentos e as tendências de consumo neste início de ano, os custos de produção (e os mercados das commodities milho e soja), o cenário econômico do país e do mundo para este ano e as perspectivas do mercado internacional de lácteos. Mais de 370 participantes envolvendo indústrias, empresas de insumos para o produtor e para a indústria, produtores de leite, técnicos e pesquisadores estão participando daquela que é a maior edição dos 10 anos do evento (neste ano online).
 
A primeira palestra foi ministrada por Roberto Padovani, economista do Banco Votorantim. Durante sua apresentação, Roberto destacou que os derivados lácteos são sensíveis à variação de renda dos consumidores. No atual contexto de pandemia, para ele, à medida que a vacinação da população avançar, teremos uma lenta redução do desemprego, ainda que haja expectativa para recuperação econômica. Embora a economia brasileira não esteja caminhando para uma nova recessão, o crescimento dos lácteos é defasado em relação ao PIB, ou seja, o momento é de cautela. Apesar disso, Padovani se mostra relativamente otimista, em especial pelo cenário externo, que pode continuar ajudando a economia brasileira pelas exportações mais altas. Dando continuidade às discussões do evento, Mikael Quialheiro, New Business Manager da Nielsen. Em sua palestra, ele pontuou que a segunda onda inesperada da Covid-19 interferiu nos planos anteriores de retomada da economia.
 
Por exemplo, em termos de comportamento de consumo, os consumidores perderam a confiança e tiveram o poder de compra afetado devido à alta da inflação. Como pontos interessantes (e de certa forma, surpreendentes), mostrou, para os dois primeiros meses deste ano, um crescimento de volume de vendas em algumas categorias lácteas, como leite asséptico (o UHT) e iogurtes; por outro lado, cai, neste início de ano, o volume de vendas de leites em pó de acordo com os dados da Nielsen.
 
Por outro lado, Mikael destacou que o chamado “Varejo moderno” tem apresentado números positivos na crise, sendo o atacarejo o principal canal de crescimento. Além disso, destacou o crescimento do volume de iogurtes, podendo estar atrelado à tendência da procura por saudabilidade. Segundo ele, a pandemia reforçou a busca por produtos saudáveis, sendo uma tendência relevante. A terceira palestra do dia contou com insights de como se diferenciar no mercado de maneira rentável. Expondo sobre esse tema, Luis Eduardo Ramirez, gerente executivo de marketing de lácteos da Tetra Pak Brasil, pontuou que a decisão de compra do consumidor está baseada, principalmente, no tipo de leite. Os grandes drivers vieram para ficar: produtos que reforçam o sistema imunológico e aumentam o bem-estar, bem como origem e autenticidade.
 
Para ele, a regra do jogo é clara: diferenciar para inovar, atendendo às dores do mercado consumidor e agregando valor ao produto. Também foram discutidas as perspectivas para o milho e a soja em uma palestra ministrada por Paulo Molinari, consultor sênior da Safras & Mercado. Segundo ele, as importações destas commodities podem ser necessárias. Em sua apresentação, Paulo ressaltou que Peste Suína Africana, câmbio, safra norte-americana, exportações brasileiras, clima na América do Sul são fatores fundamentais que interferem no mercado de grãos.
 
A tendência é que os preços dos grãos continuem em patamares elevados. Posteriormente, o evento contou a participação de Andres Padilla, analista sênior do Rabobank Brasil, falando sobre o cenário internacional. Assim como Paulo Molinari, ele reforçou o cenário macro favorável para elevação de commodities, com soja e milho em patamares elevados. Um ponto importante destacado por Padilla foi a elevação dos custos com os fretes, que também contribuem para o aumento nos preços dos grãos. Padilla mostrou que, apesar dos custos mais altos das commodities usadas na alimentação e dos fretes, os preços aos produtores de leite no mercado internacional não reagiram ainda. Isso, aliado à expectativa de crescimento de 7% este ano para a economia americana e cerca de 8% para a China, cria um ambiente favorável à manutenção dos preços do leite.
 
Padilla alerta, no entanto, que a diferença de preços internos da China para o mercado internacional vem caindo, o que pode sinalizar uma redução das importações de leite por esse país, esfriando um pouco o mercado. “Pode haver alguma retração no quarto trimestre”, pondera.   Após a palestra de Padilla, conhecemos um pouco mais sobre a evolução dos sistemas de refrigeração de lácteos em uma palestra ministrada por Luciano Schiavinatto, supervisor de engenharia de vendas da Mecalor. Em sua apresentação, ele traçou um paralelo entre os sistemas tradicionais e os sistemas atuais de refrigeração que, em sua opinião, são mais compactos e econômicos.
 
Por fim, para encerrar o primeiro dia de evento, Valter Galan, sócio da AgriPoint Consultoria e responsável pelo serviço MilkPoint Mercado, expôs os possíveis cenários do mercado lácteo nacional em 2021. Além de questões relacionadas ao mercado de grãos, Valter ressaltou que a demanda interna pela cesta de lácteos começou o ano em desaceleração. Este aspecto, aliado a importações ainda resilientes, um aumento da oferta de leite e custos elevados, criou um cenário desafiador para produtores e indústrias. Há, porém, a percepção de que possamos estar no fundo do poço, com um cenário mais promissor à frente, fruto da seguinte conjunção de fatores: importações pouco competitivas e exportações começando a aparecer; desestímulo à oferta, aliado à época de retração sazonal de produção; possível retomada da economia à medida que a vacinação avança (e pandemia regride); cenário externo favorável.
 
“Nessa situação, podemos ter uma curva invertida neste ano, com subida de preços a partir de meados do ano”, explica Valter. Esse, inclusive, era o cenário mais provável trabalhado em dezembro de 2020 pela equipe do MilkPoint Mercado. (Milkpoint)

Jogo Rápido  

Campo tem maior geração de empregos no primeiro trimestre desde 2007

Só no mês passado, houve abertura de 3.535 postos de trabalho no campo. O saldo do mês de março não era positivo desde 2011. "Este ano está se consolidando como um dos melhores para o emprego na agropecuária", diz a entidade em comunicado técnico feito a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério da Economia. De acordo com a CNA, apenas o Nordeste, que registrou o fechamento de 7.530 vagas, não teve geração de empregos no acumulado dos três primeiros meses de 2021. As regiões Sudeste (44.477 postos), Centro-Oeste 1(1.688), Sul (10.194) e Norte (1.766) tiveram saldo positivo. O Estado de São Paulo liderou a geração de empregos mais uma vez, com 36.146 vagas, o que representou 60% do saldo total do setor agropecuário. Apesar do resultado negativo da região Nordeste, a Bahia encerrou o trimestre com geração de 3.085 postos. As três atividades que mais contribuíram para o bom resultado foram o cultivo de soja, com abertura de 12.656 vagas, a produção de frutas de lavoura permanente, exceto laranja e uva, com 10.722, e a criação de bovinos, com 9.782. Juntas, elas representam 54,7% do total de empregos gerados no setor de janeiro a março deste ano. (Valor Econômico)

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Porto Alegre, 28 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.453


EUA – Reintrodução da Lei “Dairy Pride” para produtos não lácteos

Não lácteos/EUA – Em um esforço para impedir a prática desleal de rotular produtos não lácteos da mesma forma que alimentos elaborados com leite, a senadora por Wisconsin, Tammy Baldwin, presidente do Subcomitê para Agricultura do Senado, junto com o Senador Jim Risch estão defendendo os produtores estadunidenses através da reintrodução da Lei “Dairy Pride”.

“Os produtores de leite de Wisconsin trabalham incansavelmente todos os dias para assegurar que seu leite atenda elevado padrão nutricional e de qualidade”, disse a Senadora Baldwin. “Produtos imitação utilizam o conceituado nome dos lácteos em benefício próprio, o que é contra a lei e deve ser aplicada. A indevida rotulagem de produtos de origem vegetal como “leite” prejudica nossos produtores. É por isso que estamos reintroduzindo a lei bipartidária DAIRY PRIDE para prestigiar os produtores de leite de Wisconsin e pelos produtos de qualidade que eles fazem”.
 
Embora a lei tenha sido originalmente adotada em 2017, e novamente reintroduzida em 2019, pouco resultado teve porque a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, sigla em inglês) fez pouco para que ela fosse cumprida. A Lei de Defesa Contra as Imitações e Substituições de Iogurte, Leite e Queijo para Promover o Consumo Regular de Lácteos (Lei DAIRY PRIDE) de 2021 exigirá que produtos não lácteos, elaborados a partir de nozes, sementes diversas, plantas e algas não sejam mais rotulados como lácteos ou termos como leite, iogurte ou queijo.”Se não é leite, não deve ser chamado de leite. O mesmo vale para iogurte, manteiga e queijo.
 
Somente produtos realmente feitos de leite procedente de animais, que possuem nutrientes essenciais e os elevados padrões nutritivos determinados pela FDA. Os produtores de leite de Idaho têm orgulho de seus produtos lácteos de alta qualidade. É justo que os termos do leite sejam reservados para os genuínos produtos lácteos”, disse o Senador Risch. A Lei Dairy Pride exigirá que a FDA emita recomendações para que produtos não lácteos erroneamente rotulados em todo o país, mudem em 90 dias. A FDA deverá apresentar ao Congresso um relatório a respeito dos avanços, dois anos após a promulgação e a Agência será responsável pela fiscalização. A legislação bipartidária também é assinada pelos senadores Mike Crapo, Angus King, Patrick Leahy, Tina Smith e Susan Collins.
 
“Os produtores de leite lutam para sobreviver, e enfrentam essa crescente ameaça de prática enganosa de comercialização de produtos de origem vegetal como leite e lácteos”, disse o deputado Welch. “Esses produtos não atendem à definição do FDA para produtos lácteos porque eles não atendem à definição do FDA para produtos lácteos e não possuem atributos exclusivos e valores nutricionais próprios dos laticínios. Nosso projeto de lei exigirá que o FDA reforce a definição de leite e produtos lácteos para que os consumidores possam fazer escolhas conscientes”. (Fonte: Dairy Herd – Tradução livre: Terra Viva)


 
Bolsonaro edita MP para retomar corte de jornada e salários na pandemia
 
Programa será viabilizado por um crédito extraordinário de R$ 9,98 bilhões
 
O presidente Jair Bolsonaro editou ontem medida provisória para reinstituir o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que permite redução de salário e jornada de trabalho. A fim de viabilizar o programa, uma outra MP abriu crédito extraordinário de R$ 9,98 bilhões.
 
Uma terceira MP trata de medidas trabalhistas para o enfrentamento da pandemia. Os atos seriam publicados no “Diário Oficial da União” (DOU) e hoje. O BEm é sigla para o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que será pago pelo governo em caso de suspensão temporária do contrato de trabalho ou redução proporcional de jornada de trabalho e de salário.
 
Trata-se de uma reedição do programa instituído no ano passado. O valor do benefício mensal levará em conta a parcela do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito em caso de demissão. Segundo o Palácio do Planalto, ele será pago “independentemente do cumprimento de período aquisitivo, do tempo de vínculo empregatício ou do número de salários recebidos”.
 
O benefício não impedirá a concessão ou alterará o valor do seguro-desemprego em caso de dispensa do funcionário. O programa prevê a redução da jornada de trabalho e do salário dos empregados e suspensão temporária dos contratos de trabalho por até 120 dias. A empresa terá que manter o valor do salário-hora de trabalho. Também será necessária a assinatura de um acordo individual escrito entre empregador e empregado.
 
A redução da jornada de trabalho e salário poderá ser feita nos percentuais de 25%, 50% ou 70%. A MP prevê ainda a suspensão temporária do contrato de trabalho pelo prazo máximo de 120 dias. Essa suspensão também deverá ser formalizada por acordo escrito. Durante o período de suspensão, o empregado terá direito a benefícios que vierem a ser concedidos pelo empregador.
 
Em contrapartida, o funcionário terá o emprego garantido durante o período acordado e por um período igual ao que foi submetido aos cortes de salário e jornada ou suspensão do contrato. Segundo o governo, o programa tem como objetivo “atenuar o resultado econômico das medidas de isolamento, adotadas por alguns entes da Federação”. A MP prevê que, durante o prazo de 120 dias, o empregador poderá alterar o regime de trabalho presencial para o teletrabalho, o trabalho remoto ou outro tipo de trabalho a distância. As empresas podem determinar o retorno ao regime de trabalho presencial, independentemente da existência de acordos individuais ou coletivos. O empregador poderá também antecipar as férias do empregado, devendo informá-lo com antecedência de, no mínimo, 48 horas.
 
As férias não poderão ser gozadas em períodos inferiores a cinco dias corridos e poderão ser concedidas antes do período aquisitivo. As empresas poderão ainda pagar o adicional de um terço de férias após sua concessão, até a data em que é devida a gratificação natalina. O empregador poderá também conceder férias coletivas sem a necessidade de observar o limite máximo de períodos anuais e o limite mínimo de dias corridos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Poderá também antecipar o gozo de feriado. (Valor Econômico)
 
 
‘Arregaçamos as mangas após um incêndio devastar parte da nossa fazenda’
 
Dia 19 de abril de 2020. Era para ser mais uma noite comum na Fazenda Grolli, localizada em Santiago do Sul/SC e gerenciada pelo casal de produtores de leite Elaine e Jozidi Grolli, que herdaram a fazenda do pai de Jozidi há 5 anos. Porém, o destino trouxe uma inesperada surpresa que fez o sonho dos dois desmoronar: um incêndio tomou conta da propriedade. ‘Arregaçamos as mangas após um incêndio devastar parte da nossa fazenda’.
 
“Acordamos com os estalos das instalações desabando por conta do fogo e infelizmente não havia mais o que fazer. Metade do trator – este que era um desejo antigo e só foi adquirido após três anos, pois antes usávamos o carrinho de mão para tratar os 50 animais – o resfriador, parte das instalações e os insumos para quatro meses já estavam queimados.
 
Estimamos que 15 mil reais em medicamentos foram perdidos, além do volume de leite de um período, centenas de fardos de feno, sacos de caroço de algodão e ferramentas. Aquele dia ficará sempre em nossas memórias pois vimos na nossa frente e a olho nu o trabalho de três gerações – em minutos – literalmente virarem cinzas. O primeiro impulso foi desistirmos do leite, mas, como os animais estavam vivos além disso, o compost barn, o bezerreiro e parte da sala de ordenha permaneceram intactos, havia uma pontinha de esperança”, relatou Elaine.
 
Naquela tarde do dia 19, coincidentemente, Elaine comentou que havia nascido uma linda bezerrinha e que esse fato mexeu muito com o coração deles, mostrando que o ciclo da vida é um eterno renascer.
 
“Foi aí que arregaçamos as mangas e decidimos que por mais difícil que fosse, recomeçaríamos”. Mesmo sendo filha de produtores rurais, ela nunca havia tido contato com a atividade leiteira e foi por meio da fazenda do esposo, que acompanha o setor desde criança, que em Elaine despertou a paixão pelo gado de leite, o que fez com que ela desistisse da faculdade e se dedicasse ao negócio. “Desde que assumimos a propriedade, sempre buscamos melhorar instalações, o rebanho e a nutrição dos animais. Também, passamos a trabalhar focados na seleção de parceiros comerciais.
 
O resultado de todo o empenho fez com que inclusive erguêssemos um compost após um ano e meio de serviço para facilitar o manejo dos nossos animais”, relatou ela. Quando os amigos, os familiares e alguns vizinhos ficaram sabendo do ocorrido, logo ofereceram ajuda e ela veio das mais variadas formas possíveis. A empresa que presta assistência para propriedade improvisou o equipamento de ordenha e emprestou um resfriador para que eles pudessem continuar ordenhando.
 
Os vizinhos passaram inúmeros dias ‘puxando’ a silagem para os animais e mexendo a cama do compost. “Depois de algum tempo, um conhecido nosso de uma cidade vizinha nos deixou um dos seus tratores para irmos nos virando e sem dúvidas tudo isso foi nos dando uma baita esperança. Jamais desistimos! Realizamos vaquinhas online, rifas, leilão de uma novilha e como disse anteriormente, a ajuda dos amigos foi fundamental, assim como, das empresas parceiras e dos sócios da Associação Catarinense dos Criadores de Bovinos (ACCB), da qual temos muito orgulho de fazer parte. A tragédia foi compartilhada em páginas na internet e nas redes sociais, o que mobilizou muita gente disposta a contribuir conosco de alguma maneira.
 
Foi assim que descobrimos que não estávamos sozinhos e que existiam milhares de pessoas torcendo pelo nosso retorno. Cada contato que chegava tentando nos ajudar plantava uma sementinha de esperança em nossos corações”, relembrou emocionada Elaine. Hoje, a quase 80 dias após o incêndio, as vacas da Grolli ainda estão sendo ordenhadas de forma improvisada e a propriedade está ‘rodando’ com trator e resfriador emprestados. São 850 litros produzidos em média por dia, 32 vacas da raça Holandesa em lactação e a produção está voltando aos patamares anteriores. “Já estamos começando a reconstrução das instalações devastadas pelo fogo e em breve, se Deus quiser, chegará um novo trator.
 
Não há palavras para agradecer todo o carinho e afeto que recebemos além das mensagens e doações. Enfim, todas as formas de ajuda foram muito valiosas para que não desistíssemos. Hoje o nosso maior desafio é fortalecer esse recomeço já que estamos investindo em instalações e equipamentos sem saber qual é o futuro da economia de nosso país, já que ela afeta diretamente o preço do nosso produto”. (Milkpoint)

Jogo Rápido  

Governo muda diretrizes de enquadramento da agricultura familiar

O governo federal publicou ontem um decreto que altera as definições para acesso dos agricultores familiares às políticas públicas. Segundo o governo, as mudanças ocorreram para alinhar os atos normativos para o lançamento do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), programado para ocorrer ainda neste ano. O CAF vai substituir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), documento atual que comprova o enquadramento dos produtores nessa categoria. O decreto muda os conceitos de empreendimento familiar rural, cooperativa singular da agricultura familiar, cooperativa central da agricultura familiar e associação da agricultura familiar. Ele também altera os percentuais mínimos exigidos para a configuração das figuras associativas. Ao invés de estabelecer que 60% dos cooperados ou associados sejam comprovadamente agricultores familiares, a nova redação exige comprovação para 50% no caso das cooperativas e mais da metade (50% mais um) para as associações. “Um conjunto significativo de cooperativas e associações localizadas no intervalo de 50% a 60% de associados ou cooperados com inscrição ativa no CAF estava impedido de conseguir o enquadramento como empreendimento familiar rural”, afirma documento que o ministério enviou ao Palácio do Planalto para justificar a edição do decreto. “Estamos trabalhando para lançar o CAF ainda este ano, provavelmente em julho. Ele irá substituir o sistemas das DAPs conforme elas forem vencendo, o que vai levar um período de transição”, disse o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke, ao Valor. “O CAF terá mais informações [que as DAPs] e cruzamentos com outras bases de dados do governo, como a Dataprev”. O cadastro foi instituído em 2017, mas até hoje não saiu do papel. Com as mudanças, a ideia foi também tornar a norma mais clara, o que, acredita o governo, deve evitar questionamentos técnicos e jurídicos. O decreto desvincula o “empreendimento familiar rural” das “formas associativas da organização da agricultura familiar”. O texto antigo dificultava a interpretação, diz o Ministério da Agricultura. Além disso, para que se configure uma unidade familiar de produção agrária (UFPA), a exigência passa de “no mínimo, metade da força de trabalho familiar” para “predominantemente, mão de obra familiar”. (Valor Econômico)

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Porto Alegre, 27 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.452


Preço do leite mantém estabilidade na entressafra
 
Em plena entressafra, o valor de referência do leite para abril no Rio Grande do Sul está projetado em R$ 1,4330. O indexador representa elevação de 0,85% em relação ao consolidado de março (R$ 1,4209). A previsão foi apresentada na manhã desta terça-feira (27/04) na reunião mensal do Conseleite e considera dados coletados nos primeiros 10 dias do mês de abril.
 
Segundo o professor da UPF Eduardo Finamore, o primeiro quadrimestre de 2021 indica estabilidade do valor de referência, com índices um pouco acima dos praticados em 2020 em função da inflação. Descontando o IPCA do período, os indicadores estão abaixo dos patamares praticados em 2020. “Em 2020, os preços tiveram elevação impulsionados pela pandemia e pela alta dos custos de produção”, justificou. 
 
O coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra, indicou que, diferente do movimento tradicional de alta característico deste período do ano, o cenário é de equilíbrio. “Tínhamos a expectativa de que o mercado desse uma reagida, mas não é o que está acontecendo. Estamos com retração puxada pelo cenário nacional que vem do centro do Brasil”, argumentou. Segundo Guerra, há registro de alta de custos expressiva no setor industrial, com variações de 35% a mais de 100% dependendo do item em apenas um ano.
 
Durante a reunião, Farsul e Fetag manifestaram-se pela urgência na atualização dos custos de produção utilizados para cálculo no Conseleite. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, alertou que os parâmetros utilizados pelo Conseleite são de 2016. Frente a isso, Farsul e Fetag abstiveram-se de validar os dados do Conseleite de abril, sendo os mesmos aprovados por maioria no colegiado.
 
O professor da UPF Marco Antonio Montoya informou que a equipe técnica que atua nos indexadores já está trabalhando em uma revisão e que os novos parâmetros serão implementados nos dados a serem apresentados na reunião de maio. Os novos custos remontam ao ano de 2019, o que exige o início imediato de mais uma revisão. Segundo Guerra, o trabalho deve começar já na sequência com previsão de atualização para breve. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


 
Conseleite Paraná
 
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 27 de Abril de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Março de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2021, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
 
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Abril de 2021 é de R$2,8582/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
 
 
Capital nacional do leite, Castro investe em tecnologia para aprimorar produção
 
Cidade dos Campos Gerais do Paraná quer aumentar qualidade do leite produzido e melhorar trabalho dos produtores. Município produz cinco vezes a mais que a média nacional. Castro, que fica na região dos Campos Gerais do Paraná, chegou ao topo do ranking nacional de produção leiteira. Com isso, a cidade ganhou o título de capital do leite. Atualmente, a cidade investe em tecnologia para manter a produção. A conquista do título de capital nacional do leite começou há 70 anos, com a família do produtor Armando Rabbers.
 
Os pais dele vieram da Europa para o Paraná. “Meu pai, quando veio da Holanda, ordenhava leite manualmente e tinha horário para deixar na banca da estrada. Se perdesse esse horário, ele perdia a produção. Hoje, temos resfriador para gelar o leite até o caminhão vir buscar", lembrou. Atualmente, o produtor vê na tecnologia um meio para facilitar o trabalho do dia-a-dia e aumentar a qualidade do leite consumido. Rabbers investiu em tecnologia de ponta. Trouxe para a propriedade o primeiro sistema robotizado da América Latina: a ordenha voluntária. Oito anos depois de ter adquirido a inovação, ele colhe os resultados no aumento da produtividade. Na propriedade, são produzidos cerca de 5.500 litros de leite, por dia, com a ajuda da ordenha voluntária.
 
O sistema funciona 24 horas por dia e é todo automatizado. Boa parte do trabalho é feita por um braço hidráulico. Cada vaca é identificada pelo computador, que aponta todas as informações sobre o animal, inclusive a quantidade de leite produzido. Em média, são de duas a três ordenhas por dia. "A importância da ordenha robótica é principalmente para o bem-estar animal e também do colaborador, porque não tem mais aquelas horas fixas para ele fazer a ordenha”, disse o produtor.
 
Cooperativismo e inovação: A propriedade de Rabbers é apenas uma das 340 da cidade que fazem parte da cooperativa Castrolanda. De acordo com o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), de 2019 para 2020, houve aumento de quase 12% na produção leiteira dos Campos Gerais. O engenheiro agrônomo do Deral, Gil Oliveira da Costa Junior, aponta alguns fatores que ajudaram na construção deste crescimento. “A genética dos animais da região é muito importante. A questão do manejo, trabalhar com pastos de qualidade, também faz a diferença”, disse. Castro também aposta em outro projeto pioneiro. A cidade deve instalar 60 salas em propriedades para ajudar o produtor a identificar as causas de uma inflamação na glândula mamária das vacas, chamada de mastite, que atrapalha a produção. A ideia é controlar o uso de antibióticos nos animais. Essas salas serão ligadas a uma central.
 
“Antes do produtor tratar o animal, ele analisa o leite e verifica o tipo de bactéria que está ali. Hoje, é um processo automatizado e simples. Aí, se necessário, faz o tratamento com medicamento”, afirma Eduardo Ribas, gerente de negócios da Castrolanda. A região dos Campos Gerais é a que mais produz leite por animal. Destaca-se também pela tecnologia e pela qualidade do produto. São fatores que contribuem para uma produção diária cinco vezes maior que a média nacional. “Se o produtor gosta e ama o que faz, o crescimento acontece. A região, nos últimos 10 anos, cresceu mais do que 10%. Quanto maior é o investimento em tecnologia, mais a região se desenvolve e mais o mercado fica aquecido”, afirma o gerente. (G1)

Jogo Rápido  

Entenda como funciona a análise de qualidade do leite que chega aos consumidores

A qualidade do leite que chega ao consumidor depende de uma série de fatores e deve obedecer a regras previstas em lei para controlar o que é produzido nas propriedades dos criadores de todo o Brasil. O Caminhos do Campo visitou um laboratório, em Curitiba, que é um dos 10 do país com permissão para fazer a análise de controle de qualidade. Por mês, são analisadas amostras de leite de 50 mil propriedades do Paraná e de Santa Catarina. A amostra é recolhida do tanque de resfriador de cada propriedade. São feitos dois tipos de análises. Na primeira, o equipamento separa os componentes do leite, como se fosse uma leitura do produto. É nesta etapa que vai determinar as porcentagens de gordura, proteína, lactose, entre outros. O segundo processo é a análise do nível de bactérias no leite. Como todo produto possui uma quantidade de bactérias, se o resultado der zero, pode significar que o produto foi adulterado. Mas, dependendo dos níveis, os resultados podem revelar detalhes importantes, como o manejo do produtor na propriedade, os cuidados tomados com os animais e, até mesmo, a higiene na hora da produção. Altair Valloto, superintendente da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, conta que os produtores precisam seguir normas do Ministério da Agricultura, além de estaduais e municipais para a qualidade do leite. “Se o leite do produtor estiver fora do parâmetro durante três meses, a indústria é obrigada a quebrar o contrato, não pode mais comprar leite desse produtor até que ele se enquadre nas normas”, explica Valloto. O laboratório de Curitiba faz o acompanhamento da produção de 110 mil animais, com avaliação individual das vacas leiteiras de algumas propriedades. Segundo o gerente do programa de análise de rebanhos leiteiros, José Augusto Horst, todas as informações são repassadas para as indústrias, para os criadores, para o Ministério da Agricultura e também para a Agência de Defesa Agropecuária do estado. “Ter um leite de qualidade significa que o produtor está realizando todos os processos de forma adequada, tecnicamente. A indústria vai estar sendo beneficiada e vai poder elaborar produtos de melhor qualidade. O grande beneficiado acaba sendo o consumidor”, conclui o gerente. (G1)

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Porto Alegre, 26 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.451


Produção de leite sobe no mundo e cai na União Europeia

As entregas de leite nas principais regiões exportadoras tiveram crescimento em fevereiro. As entregas médias diárias nas regiões somaram 816,8 milhões de litros por dia, 1,3% a mais que no mesmo mês do ano passado (corrigido para salto), segundo dados da interprofissional britânica AHDB. As entregas estão abaixo do cálculo feito pela AHDB com base nos movimentos históricos mensais da produção de leite (é o que chama o rastreador, conforme pode ser verificado no gráfico anexo).

As regiões de produção de leite incluídas são UE, Reino Unido, Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos. Juntos, eles respondem por mais de 65% da produção mundial de leite de vaca e cerca de 80% das exportações mundiais de produtos lácteos.

A Nova Zelândia viu um forte crescimento nas entregas médias diárias em fevereiro, embora deva ser observado que as entregas em fevereiro de 2020 foram muito baixas.

Após o ajuste para o ano bissexto em 2020, as entregas aumentaram 4,2 milhões de litros por dia em média (6,7%).

As entregas para os EUA continuam a apresentar crescimento, com entregas médias diárias aumentando 2,0% em fevereiro, ou 5,5 milhões de litros adicionais por dia.

A Argentina também apresentou forte crescimento em fevereiro, com as entregas aumentando 5,8%, o equivalente a 1,5 milhão de litros a mais por dia.

Enquanto isso, a União Europeia viu uma redução nas entregas em fevereiro, à medida que regiões importantes como França, Alemanha e Holanda continuaram a ficar aquém dos níveis de produção do ano anterior. No geral, as entregas de fevereiro na UE diminuíram 0,5% com relação ao ano anterior. (Agrodigital e AHDB Dairy / OCLA)


Lira diz que versão inicial da reforma tributária será divulgada em 3 de maio

Presidente da Câmara não especificou a qual dos textos sob análise do Congresso ele se referia. Proposta do governo, apresentada no ano passado, prevê unificação de tributos.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse neste sábado (24) que a versão inicial da reforma tributária será divulgada em 3 de maio. A declaração foi feita por meio de uma rede social.
Lira não especificou, entretanto, a que proposta ele se referia - há diferentes textos sobre a reforma tributária sendo analisadas pelo Congresso.

A proposta do governo, enviada ao Congresso em julho do ano passado, prevê a unificação do PIS e da Cofins (incidentes sobre a receita, folha de salários e importação), e a criação de um novo tributo sobre valor agregado, com o nome de Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS).

Assista abaixo a comentário de Miriam Leitão sobre a proposta de reforma tributária apresentada pelo governo no ano passado.

“O Congresso não pode ficar prisioneiro da paralisia política das guerras legislativas. Mais do que nunca, temos de cumprir nosso dever com a sociedade. Como sinalização de que a política do cabo de guerra não vai alterar nossa missão, estaremos tornando pública na segunda-feira, dia 3 de maio, a versão inicial do texto da reforma tributária”, escreveu o presidente da Câmara.

Apesar de Lira não especificar o texto a que se referiam, atualmente uma comissão mista, formada por deputados e senadores e que foi criada em 2020, discute um projeto que prevê a unificação de mais tributos.

Lira ressaltou que o objetivo, após a apresentação do texto inicial, será “discutir com a sociedade, fazer consultas públicas, receber as críticas e os aprimoramentos, com transparência e participação de todos”.

“Temos de enfrentar os problemas do Brasil, apesar das crises, passageiras”, afirmou.
Não é a primeira vez que o presidente da Câmara trata sobre o calendário da reforma tributária. No dia 11 de março, também por meio de uma rede social, Lira escreveu que a “expectativa” era que o texto fosse apresentado “na semana que vem” - o que não se confirmou.

Atraso: Em 4 de fevereiro, em uma das primeiras agendas após a eleição ao comando da Câmara e do Senado, os presidentes Arthur Lira e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) se reuniram para tratar da reforma tributária.

Também participaram do encontro o presidente da comissão mista da reforma tributária, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), e o relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Após a reunião, Pacheco informou que ainda naquele mês o texto final do projeto seria apresentado.

"A comissão mista concluirá seu trabalho até o final de fevereiro, com a apresentação do parecer por parte do deputado Aguinaldo Ribeiro, ouvindo os demais membros, que poderão sugerir acréscimos, supressões, críticas ao parecer. E, na sequência, a reforma tributária iniciará por uma das casas legislativas", disse o presidente do Senado.
Pacheco também apresentou, à época, a previsão de 6 a 8 meses para a conclusão da reforma, incluindo já a votação na Câmara e no Senado.

A comissão que discute a reforma tributária foi criada em fevereiro de 2020. Os trabalhos do colegiado, no entanto, foram paralisados por causa da pandemia. A previsão era de que os trabalhos fossem encerrados em março. No último dia 31 de março, Rodrigo Pacheco prorrogou por 30 dias o funcionamento do colegiado. (G1)

 

Tetra Pak lança campanha “Escolha Natureza. Escolha Caixinha”
Campanha - Conceito foca nos problemas ambientais que afetam a sociedade e traz um apelo para que todos façam escolhas mais conscientes e atuem como agentes de transformação
A Tetra Pak apresenta sua nova campanha de sustentabilidade: Escolha Natureza. Escolha Caixinha. A ação dá foco aos problemas ambientais que afetam o planeta atualmente e coloca os indivíduos no centro da discussão ao convocar toda a sociedade a assumir um papel proativo na preservação dos recursos naturais. A ideia é provocar um debate em que todos participem dessa transformação fazendo escolhas mais conscientes, que ajudem a reduzir os impactos no meio ambiente. E é aqui que a escolha pela caixinha se torna a ideal.
Com duração de três meses, a campanha contará com uma landing page, vídeo manifesto, webinar, anúncios em veículos de mídia especializada, conteúdo de marca (branded content) e plano de mídia nos canais proprietários da Tetra Pak.
O objetivo é posicionar a caixinha da Tetra Pak como a melhor escolha do ponto de vista ambiental, seja para a indústria ou para o consumidor. Ao mesmo tempo, reforçar a posição de vanguarda da empresa no tratamento de questões relacionadas à sustentabilidade e à economia circular de baixo carbono, como reciclagem e a utilização de matérias-primas renováveis.
A partir de questionamentos como “E se…as embalagens usadas nunca se tornassem lixo?” e “E se…as embalagens de alimentos fossem neutras em carbono?” as peças da campanha explicam com dados comparativos porque caixinha é a melhor alternativa à redução do impacto ambiental, levando em consideração todo o ciclo de produção de uma embalagem.
“Estamos numa jornada para construir um planeta melhor ao oferecer a embalagem mais sustentável do mundo. Na dianteira desse movimento, estamos ajudando produtores de alimentos, consumidores e toda a cadeia de valor a melhorar sua pegada ambiental, mitigar as mudanças climáticas e proteger a natureza – ao mesmo tempo em que garantimos a segurança e a disponibilidade de alimentos para um número crescente de pessoas”, explica Valéria Michel, diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak Brasil e Cone Sul. Para a executiva, a campanha traz as pessoas como protagonistas porque este é o momento de agir. “Nossas escolhas podem fazer a diferença diante de tantos desafios ambientais. “Escolha Natureza. Escolha Caixinha” é um convite para consumidores, indústrias e poder público também se juntarem a nós”, complementa.
Mais informações sobre a campanha “Escolha Natureza. Escolha Caixinha." em: http://tetrapak.com/pt-br/escolhanatureza. (TetraPak)

 

Jogo Rápido  

O Forum MilkPoint Mercado começa amanhã!
O comportamento futuro dos mercados internacionais impactará diretamente no mercado brasileiro de leite. O fato é que esta mudança no cenário internacional pode trazer mudança de rumos também aqui para o nosso mercado interno. Os cenários futuros do mercado lácteo brasileiro, assim como outros assuntos importantes para o setor, permearão as discussões do Fórum MilkPoint Mercado, que em 2021 chega ao seu 10º ano. O evento já conta com 346 inscritos e começa amanhã. Quer participar do Fórum e ter acesso a discussões que ajudarão a definir as estratégias futuras de sua empresa em 2021? Faça já aqui a sua inscrição e prepare-se melhor para o incerto futuro do mercado lácteo brasileiro!