Porto Alegre, 18 de maio de 2021 Ano 15 - N° 3.467
Produção agroindustrial reage; alimentos têm alta de 2,6%
Após perder força em fevereiro, a alta interanual do Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) foi vigorosa em março, porém a baixa base de comparação — março de 2020, o primeiro mês da pandemia — deixa turvo o cenário sobre tendências.
Conforme o levantamento recém-concluído, o indicador subiu 11,6%, puxado pelo expressivo avanço observado no grupo de produtos não-alimentícios (21,7%). Contudo, no segmento de produtos alimentícios e bebidas, que ficou retraído nos meses anteriores, também houve crescimento de 2,6%. O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV. Com a disparada de março — a despeito da baixa base de comparação, como reforçou o FGV Agro —, no primeiro trimestre, o PIMAgro acumulou variação positiva de 4,2%, garantida pela área de produtos não-alimentícios, que teve incremento de 11,7%. Alimentos e bebidas, em contrapartida, caíram 2,4% em relação ao intervalo de janeiro a março do ano passado. No grupo de produtos não-alimentícios, o aumento trimestral foi puxado pelas indústrias de fumo (18,6%), insumos (18,3%), borracha (14,7%), têxteis (13,7%) e produtos florestais (6,7%). No ramo de biocombustíveis, houve queda de 10%, em consequência das restrições à circulação impostas pela pandemia da Covid-19. Já no grupo de produtos alimentícios, o recuo foi determinado por retrações da produção de alimentos de origem vegetal (7,9%), alimentos de origem animal (2,4%) e bebidas não-alcoólicas (0,6%) — houve alta de 4% no mercado de bebidas alcoólicas. O FGV Agro destacou, por fim, que, apesar de a alta interanual de março ter contado com a “ajuda” da base de comparação, o resultado em relação a fevereiro deste ano indicou estabilidade. “Tanto o segmento de produtos alimentícios e bebidas (0,1%) quanto o de não-alimentícios (0%) não tiveram sua produção reduzida, sinalizando uma aprendizagem dos setores econômicos em relação às medidas de isolamento adotadas”, concluiu. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint)
GDT – Global Dairy Trade
A disseminação da tecnologia no campo terá avanços em breve
Se o 5G ainda é privilégio das pouquíssimas unidades-piloto espalhadas pelo país, e a universalização da tecnologia parece distante, o leilão da rede, previsto para o segundo semestre, pode levar um alento para o campo em prazo mais curto. As empresas operadoras que forem participar do certame deverão garantir a oferta de conexão 4G para as áreas rurais e para as principais rodovias brasileiras por onde as safras agrícolas são escoadas. Segundo o secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Cléber Soares, essa é uma forma pensada pela Pasta para fomentar a conectividade em regiões produtoras com qualidade. “Ao entrar no leilão do 5G, as operadoras terão que, obrigatoriamente, fornecer 4G em comunidade com até 600 habitantes. São localidades essencialmente agrícolas e que terão sinal”, afirmou. As empresas também deverão prover conexão nas BRs. Soares disse que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve ser rigorosa na exigência de qualidade da rede 4G que será fornecida. A qualidade da rede 5G está em teste nos 20 pilotos que serão inaugurados pelo país com antenas e sinal, a exemplo da fazenda em Rondonópolis (MT). Outras áreas agrícolas foram escolhidas e serão divulgadas em breve. São localidades com grande demanda de tráfego de dados, alta densidade tecnológica (estruturas digitais, pivôs, computadores e sensores) e de pessoas. No evento do lançamento na semana passada, em Rondonópolis, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que o 5G vai revolucionar o campo e proporcionará aumento médio de 20% na previsão de crescimento do PIB. As principais diferenças entre as tecnologias de rede móvel estão na velocidade, até 100 vezes maior na 5G em comparação com a 4G, e na latência, o tempo de resposta entre o aparelho e as aplicações usadas - que é mais baixo no 5G, proporcionando conexão mais estável, com menos quedas de sinal e sem delay. Outra distinção é a possibilidade de conectar vários aparelhos ao mesmo tempo em uma mesma antena sem comprometer o sinal. É isso que credencia o 5G para viabilizar a “internet das coisas” no campo, como uso amplo de sensores, máquinas autônomas e drones. Desde 2020, o Ministério da Agricultura mantém parceria para financiar 14 pilotos para uso de tecnologias com abordagem de inteligência artificial. A disseminação tecnológica no campo é o principal objetivo com os pilotos do 5G na área rural. “A expectativa é conseguir despertar no produtor que a transformação digital vai agregar cada vez mais valor ao sistema de produção”, finalizou. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint)
Jogo Rápido
RS: falta de pastagens e preço das rações afeta produção de leite
A produção de leite continua reduzida devido à falta de pastagens e também ao elevado custo das rações, fator impeditivo à suplementação em maiores quantidades. As chuvas ocorridas devem refletir na melhora das áreas cultivadas de aveia, permitindo também que os produtores retomem a aplicação de fertilizantes e façam o plantio nas áreas de pastagens cultivadas. A silagem de milho tem sido a principal fonte de alimento das propriedades, seguida de fenos e pré-secados como forma de garantir a manutenção da oferta adequada para os rebanhos até o pleno desenvolvimento das espécies forrageiras cultivadas de inverno, como aveia, azevém, trevos e cornichão. Em relação ao aspecto sanitário, seguem sendo realizadas as vacinas obrigatórias, principalmente contra brucelose bovina em terneiras de três a oito meses de idade. As temperaturas mais baixas favoreceram o conforto térmico dos animais, trazendo benefícios à ingestão de alimentos e à reprodução. Desta forma os animais conseguem permanecer mais tempo em pastejo e melhora o bem-estar animal nos confinamentos. Na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, alguns pecuaristas, em especial os pequenos, estão abandonando a atividade devido à queda no preço pago pelo litro do leite somada ao aumento do custo de produção. Uma das hipóteses é redução no consumo de leite, que proporcionaria excedente do produto no mercado. Na de Ijuí, a produção de leite começa a dar sinais de aumento no volume, devido ao maior número de parições e pelo início da utilização de pastagens de inverno. (As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint)
Porto Alegre, 17 de maio de 2021 Ano 15 - N° 3.466
Iogurte: alimento indispensável para uma boa qualidade de vida
Indicado para ser consumido diariamente, o iogurte é um alimento funcional, que inserido em uma dieta balanceada, colabora na busca por qualidade de vida e saúde. Entre os benefícios deste alimento, estão a atuação na eliminação de gordura corporal, ganho de músculos, prevenção de algumas doenças, fortalecimento dos ossos e até desintoxicação do corpo após comilança exagerada em festas de fim de ano, por exemplo.
Aposte no consumo de um copo diário de iogurte. Uma porção de iogurte apresenta mais de 6 milhões de bactérias probióticas, o que faz deste alimento um poderoso aliado no equilíbrio da flora intestinal, capaz de auxiliar na absorção de nutrientes e prevenir infecções causadas por fungos.
O resultado é um intestino regulado e uma pele mais viçosa. Estes benefícios foram apontados no best seller A Dieta Perricone, livro do médico Nicholas Perricone , que ainda comenta os benefícios do iogurte na diminuição dos riscos de câncer e controle do colesterol. Além disso, pesquisadores japoneses publicaram no "Journal of Periodontology" um estudo apontando que quem consome 55 miligramas ou mais de iogurte por dia garante mais saúde para as gengivas, já que o alimento previne doenças periodontais.
O iogurte é recomendado para uma desintoxicação no corpo após excessos cometidos à mesa por ser leve e nutritivo, além de reforçar a flora intestinal. Adeptos de dietas e atletas já conhecem os benefícios oferecidos pelo iogurte. Uma garrafinha de 180 ml contém aproximadamente 400 mg de cálcio, quase metade da quantidade diária necessária para manter o gene da obesidade adormecido. Se o corpo não obtiver cálcio suficiente ele armazena gordura mais facilmente, diz estudo publicado no livro Power Eating.
O iogurte também possui de 8 a 10 gramas de proteína, oque de acordo com o livro ajuda a saciar o apetite e ativar o hormônio leptina, responsável pela queima de calorias. Em um estudo feito pela Universidade do Tennessee, pessoas que consumiram 180 ml de iogurte diariamente queimaram 81% amais de gordura abdominal do que outro grupo que consumiu uma variedade de produtos derivados do leite com menos cálcio.
Além de ser um aliado no emagrecimento, iogurte ajuda a ganhar massa muscular. Um estudo feito pela Miami Research Associates diz que a combinação de proteínas e carboidratos torna-o uma excelente opção para recuperação muscular após um treino intenso. É recomendada a versão light acompanhada de frutas ou cereais.
Os carboidratos desses alimentos aumentam os níveis de insulina no sangue e auxiliam na recuperação muscular. Aliado à proteína do leite, ajuda a impedir o catabolismo, ação que ocorre quando o corpo queima massa para recuperar-se após o exercício. Com isso, há um aumento de massa magra e eliminação de gordura. (A matéria é do Portal Fator Brasil, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint)
ICMS dos Estados resiste à 2º onda e sobe
Com um desempenho melhor que o esperado da economia beneficiou a receita dos Estados nos primeiros meses do ano, apesar do vácuo do auxílio emergencial de janeiro a março e da segunda onda da pandemia. A arrecadação do ICMS consolidada de 18 Estados somou R$ 152,2 bilhões de janeiro a abril, com avanço nominal de 19,6% em relação ao mesmo período do ano passado e de 21,4% ante o de 2019.
Os dados são do Conselho Nacional de Política Fazendária. Nos dois casos, a variação ficou acima da inflação acumulada do período, de 6,76% pelo IPCA nos 12 meses até abril deste ano e de 9,32% em 24 meses. O desempenho é atribuído à consolidação das compras on-line e a aumento de preços dos combustíveis e das tarifas de energia elétrica, além do uso da poupança do auxílio emergencial pago até dezembro.
Em relação a 2020, o efeito base também contribui, porque em abril as receitas estaduais já começavam a sentir os efeitos da pandemia. Apesar do crescimento considerado “surpreendente”, as Fazendas estaduais adotam um tom de cautela, em virtude de incertezas sobre o ritmo da recuperação econômica e da evolução da pandemia, já com o receio de uma terceira onda. (Valor Econômico)
Conseleite/RO – valor de referência para o leite a ser pago em maio
Preço/RO - A diretoria do Conseleite – Rondônia atendendo os dispositivos do seu Estatuto aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite entregue em abril/2021 a ser paga em maio/2021.
(*) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto no tanque de resfriamento”, o que significa que o frete de segundo percurso não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural. Observação: O Conseleite Rondônia alerta que outros parâmetros são considerados pelo mercado para estabelecer o valor final do leite a ser pago ao produtor, tais como: 1. Fidelidade do produtor ao laticínio; 2. Distância da propriedade até o laticínio; 3. Qualidade da estrada de acesso a propriedade rural; 4. Temperatura do leite na entrega; 5. Capacidade dos tanques de resfriamento de leite da propriedade; 6. Tipos de ordenha; 7. Adicionais de mercado devido a oferta e procura pelo leite na região; 8. Sazonalidade da produção; 9. Condições sanitárias do rebanho; 10. Outros benefícios concedidos pelas indústrias. (Conseleite/RO)
Jogo Rápido
Vendas de máquinas agrícolas devem crescer 20% em 2021
Produtores rurais brasileiros têm esperado, em média, 12 semanas entre a encomenda e a entrega de um maquinário para o campo em 2021. O prazo está mais extenso que no ano anterior. A estimativa é da Câmara de Máquinas Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (CSMIA). Com o mercado aquecido, a indústria projeta um crescimento de 20% das vendas em relação ao resultado de 2020. “No ano passado, nesta mesma época, esse prazo era de sete semanas”, afirmou o presidente da CSMIA, Pedro Estevão Bastos, ao jornal O Estado de S.Paulo. A fala do executivo revela que a falta de insumos também está interferindo nos prazos do setor. “Hoje, falta não apenas chapa de aço e tubo redondo, como também mola, eixo, amortecedor, engrenagem, roda, porca, tudo o que vai ferro”, disse. (Revista Oeste)
Porto Alegre, 14 de maio de 2021 Ano 15 - N° 3.465
Agropecuária brasileira ajuda a salvar o planeta, reconhece a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
A ILPF(integração lavoura-pecuária-floresta), a agricultura de precisão e a tecnologia baseada em ciência já levaram o Brasil ao ser um dos maiores exportadores globais de commodities. Agora, o agronegócio brasileiro começa a ser reconhecido como uma peça importante no tabuleiro global dos impactos das mudanças climáticas e pode contribuir para salvar o planeta.
O desenvolvimento da atividade agrícola brasileira acaba de ser citado em um importante relatório do secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC), relacionado aos trabalhos realizados no âmbito da reunião de Koronivia para a agricultura. O UNFCCC é o tratado internacional resultante da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. O Koronivia uma instância importante nas negociações sobre agricultura, dentro da UNFCCC, que busca valorar a importância da agricultura e da segurança alimentar na agenda de mudanças climáticas.
“Trata-se de uma citação importante para o Brasil, porque representa o reconhecimento do valor da pesquisa agropecuária em benefício do desenvolvimento nacional, que dá visibilidade à ciência agrícola brasileira como referência mundial”, diz Gustavo Mozzer, pesquisador da Embrapa (Empresa de Pesquisa Agropecuária Brasileira), que integra a equipe do Polg (Núcleo de Políticas Globais) da gerência de relações estratégicas internacionais da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas, responsável pela coordenação do trabalho, com o apoio do Portfólio de Mudança do Clima.
A ILPF, por exemplo, é citada como a responsável por contribuir com a segurança alimentar e o desenvolvimento socioeconômico. A agricultura de precisão e a tecnologia baseada em ciência são reconhecidas por elevarem a produtividade e reduzirem em 50% o preço dos alimentos. O conjunto da obra contribui para a segurança alimentar, o desenvolvimento sustentável e a renda dos agricultores.
O secretariado da UNFCCC destaca no texto que a produtividade brasileira aumentou 386% e a área agrícola apenas 83%. Isso significa a preservação de 120 milhões de hectares de floresta. “A chave para isso foi o investimento do Brasil em políticas públicas relevantes e tecnologia de base científica”, diz o texto, ressaltando a promoção da agricultura, baseada na intensificação sustentável, a inovação tecnológica, a adaptação às mudanças climáticas e a conservação dos recursos naturais. Ainda de acordo com o relatório, “o Brasil pretende continuar esses esforços e usar oportunidades de cooperação intercâmbio de conhecimento e apoio multilateral como estratégias-chave para alcançar o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar”.
De acordo com Mozzer, no ano passado foram encaminhadas duas submissões ao processo de negociação na UNFCCC. Uma delas sobre temas relacionados à pecuária e aspectos socioeconômicos dos sistemas de produção agrícola e a segunda com foco no diálogo sobre terra e oceanos, e do reforço de ações voltadas à mitigação e adaptação às mudanças do clima que ocorreu durante a COP (Conferência das Partes) virtual no final de 2020.
O resultado do trabalho, coordenado pela Polg, assegura que os componentes científicos estratégicos para agricultura nacional e para a Embrapa sejam incorporadas como elementos das negociações relacionadas à agricultura no contexto da negociação internacional sobre mudança do clima. “Em alinhamento aos interesses nacionais, isso tem dado visibilidade e o devido reconhecimento aos fundamentos científicos que caracterizam a tecnologia agrícola tropical desenvolvida pela Embrapa e outras instituições parceiras”, afirma Mozzer. “Em consequência, caminhamos para um reconhecimento do potencial de sustentabilidade do produto agrícola nacional.” (Forbes Agro)
Conseleite Mato Grosso
A diretoria do Conseleite – Mato Grosso atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de março a ser pago em abril de 2021 e para o leite entregue no mês de abril a ser pago em maio de 2021.
Os valores de divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio de leite entregue pelo produtor.
Temperaturas baixas e possibilidade de geadas nos próximos dias
A semana entre 13 e 19 de maio permanecerá com temperaturas baixas e possibilidade de geadas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 19/2021, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater-RS e o Irga.
Até o sábado (15), a presença do ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas próximas de 0°C e formação de geadas ao amanhecer em diversas regiões. Somente na sexta-feira (14) ocorrerá maior variação da nebulosidade ao longo do dia. No domingo (16), o predomínio do ar seco manterá a grande amplitude térmica diária, com ligeira elevação das temperaturas no período diurno.
Na segunda (17) e terça-feira (18), o ar frio se intensificará novamente, com declínio das temperaturas e possibilidade de formação de geadas, especialmente na Campanha, Planalto e Serra do Nordeste. Na quarta-feira (19), a aproximação de uma área de baixa pressão vai provocar maior variação de nuvens, com possibilidade de pancadas isoladas de chuva na Fronteira Oeste e Campanha.
STF finaliza julgamento sobre a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS Comunicado Técnico sobre o julgamento final do STF sobre a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS. Para acessar o documento na íntegra, clique aqui. (Fiergs)
Porto Alegre, 13 de maio de 2021 Ano 15 - N° 3.464
Relator mantém texto da reforma tributária
Deputado Aguinaldo Ribeiro sugere unificar cinco tributos que incidem sobre consumo para criar o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) apresentou nesta quarta-feira, 12, a versão final do seu relatório sobre reforma tributária. Ele optou por preservar o texto no formato lido na semana passada e afirmou que ajustes poderão ser feitos nas próximas etapas de tramitação da proposta.
Com a leitura do parecer final, a comissão mista da reforma tributária encerrou os trabalhos e, agora, Senado e Câmara vão definir como a proposta vai tramitar no Congresso. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vem sugerindo que a proposta seja votada de forma fatiada. Ribeiro sugeriu unificar cinco tributos que incidem sobre consumo para criar o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A alíquota total do imposto seria composta da soma de um porcentual definido pela União, outro pelo Estado e um terceiro pelo município.
A ideia é que o IBS seja “complementado” pelo Imposto Seletivo, apelidado de “imposto do pecado” por taxar produtos como cigarros e bebidas alcoólicas. (Revista oeste)
Câmara aprova mérito de projeto que trata do Marco Legal do Licenciamento Ambiental no Brasil
Após quase duas décadas de discussão no Congresso Nacional, o Projeto de Lei do Marco Legal do Licenciamento Ambiental (PL 3729/2004) teve o mérito do texto aprovado na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (12), com a análise dos destaques a ser realizada nesta quinta-feira (13). O relatório apresentado pelo deputado Neri Geller (PP-MT) promove uma política nacional que objetiva a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental e ao mesmo tempo propicia condições ao desenvolvimento social e econômico da população.
Neri foi taxativo ao declarar que “esse talvez seja um dos projetos mais importantes que tramitam no Congresso Nacional. A proposta irá trazer segurança para investidores e alavancar o país”. Desde que foi designado relator da proposta, em março de 2021, Neri Geller procurou ouvir diversos setores da sociedade, do Governo Federal aos representantes da sociedade civil, dando voz a todos no processo. O substitutivo apresentado pelo relator cria um marco legal que unifica as diversas normas sobre o tema e estabelece uma plataforma comum a todos os entes da Federação (Estados e Municípios) para ordenar o processo, garantir segurança jurídica e evitar excessos e ineficiências.
“Atualmente, o processo não atende nenhuma das partes. É custoso, burocrático, e não preserva o meio ambiente.” O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR), entende que chegou a hora de tratar os temas que são importantes para o agro e para o Brasil, de maneira racional e responsável. “Precisamos desmistificar folclores que por décadas foram repetidos em discursos demagogos e oportunistas”, declarou o deputado. “O agro não é inimigo do meio ambiente. É um setor que gera empregos, renda, que concilia na mesma área a floresta, a pecuária e a agricultura, e que tem um custo de produção altíssimo.”
Sérgio Souza ressaltou ainda que o licenciamento ambiental é importante para o campo, para a cidade e para a indústria. “É urgente avançar na logística e melhorar a competitividade, e isso não significa sacrificar ou desrespeitar o meio ambiente. O Agro precisa de segurança jurídica para o desenvolvimento do Brasil.” Detalhes do Novo Licenciamento Ambiental: Durante a defesa do relatório na sessão plenária, Neri Geller explicou que a Licença por Adesão e Compromisso (LAC), prevista no texto, só poderá ser concedida para atividades consideradas de pequeno potencial poluidor, com região de implementação e impactos conhecidos e medidas socioambientais pré-estabelecidas. “A LAC é criticada, mas a maioria dos países utiliza esta fórmula. É uma forte modernização e vem no sentido de destravar as obras e punir quem comete crimes.”
O projeto prevê a necessidade de análise de risco, que obriga à autoridade licenciadora a avaliação da exposição de pessoas e do meio ambiente aos cenários identificados, além de analisar a capacidade de resposta aos cenários delimitados no plano de gestão de risco. “O empreendedor fica obrigado a avisar o órgão ambiental caso identifique indício de impacto à saúde pública, à segurança da população ou ao meio ambiente.” O texto é adequado à Lei Complementar vigente (LC 140/2011) e estabelece que os entes Federativos (Estados e Municípios) definirão as tipologias (lista do que é licenciável), os critérios (porte e potencial poluidor), e qual tipo de licença irá obedecer (mais simplificada ou mais complexa). Cria, também, definições claras e objetivas, padroniza os tipos de licenças possíveis em todo o território nacional e impõe prazos para a emissão e período de validade para as licenças ambientais, de forma unificada para todo país. Bem como, prazos para a participação e manifestação das autoridades envolvidas (Ex: Funai, Iphan, Fundação Palmares, Unidades de Conservação) no processo de licenciamento.
O relatório aprovado na Câmara determina que o licenciamento ambiental será aberto à participação pública, como funcionará a participação e a tomada de subsídios para emissão de licenças e reforça que desmatamentos e pecuária intensiva continuam necessitando de licença ambiental. (FPA)
Produção Trimestral/IBGE
Os primeiros resultados da produção animal no 1º trimestre de 2021 apontam que o abate de bovinos recuou 10,3%, o de suínos aumentou 4,9% e o de frangos teve alta de 2,4% na relação com o mesmo período de 2020. Na comparação com o 4º trimestre de 2020, o abate de bovinos caiu 10,5%, enquanto o de suínos cresceu 0,2% e o de frangos se manteve estável.
A aquisição de leite foi de 6,52 bilhões de litros, com alta de 1,3% em relação ao 1o trimestre de 2020 e queda de 3,3% contra o trimestre imediatamente anterior. Já a aquisição de peças de couro pelos curtumes caiu 6,6% frente ao 1º tri de 2020 e foi 8,0% menor que a do 4° tri de 2020, somando 7,07 milhões de peças inteiras de couro cru.
Foram produzidos 972,94 milhões de dúzias de ovos de galinha no 1º trimestre deste ano, quedas de 0,1% na comparação anual e de 1,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Abate de bovinos cai 10,3% na comparação anual e 10,5% frente ao trimestre anterior: No 1º trimestre de 2021, foram abatidos 6,54 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade representou variações negativas de 10,3% em comparação com o 1° trimestre de 2020 e de 10,5% em relação ao 4° trimestre de 2020. Foram produzidos 1,72 milhão de toneladas de carcaças bovinas no 1o trimestre de 2021, com retração de 6,8% em relação ao mesmo trimestre de 2020 e queda de 12,7% em relação ao 4o trimestre de 2020.
Abate de suínos cresce 4,9% na comparação anual e 0,2% ante o trimestre anterior: No 1º trimestre de 2021, foram abatidos 12,53 milhões de cabeças de suínos, representando aumentos de 4,9% ante o mesmo período de 2020 e de 0,2% frente ao 4° trimestre de 2020. O peso acumulado das carcaças chegou a 1,15 milhão de toneladas no 1° trimestre de 2021, com aumentos de 7,2% em relação ao 1° trimestre de 2020 e de 2,5% frente ao trimestre imediatamente anterior.
Abate de frangos cresce 2,4% na comparação anual e fica estável no trimestre: O abate de frangos no 1º trimestre de 2021 totalizou 1,55 bilhão de cabeças de frango. Esse resultado significou aumento de 2,4% em relação ao trimestre equivalente do ano anterior e estabilidade na comparação com o 4° trimestre de 2020. O peso acumulado das carcaças foi de 3,63 milhões de toneladas no 1° trimestre de 2021. Esse total significou acréscimo de 4,3% em relação ao 1° trimestre de 2020 e aumento de 1,6% frente ao trimestre imediatamente anterior.
Aquisição de leite cresce 1,3% na comparação anual e cai 3,3% no trimestre: No 1º trimestre de 2021, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária foi de foi de 6,52 bilhões de litros. Houve aumento de 1,3% em relação ao 1° trimestre de 2020 e retração de 3,3% frente ao trimestre imediatamente anterior.
Aquisição de couro fica 6,6% abaixo do 1° trimestre de 2020: No 1° trimestre de 2021, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos cinco mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 7,07 milhões de peças inteiras de couro cru. Essa quantidade representa retração de 6,6% em comparação à registrada no 1° trimestre de 2020 e redução de 8,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Produção de ovos de galinha cai 0,1% no comparativo anual e 1,8% frente ao trimestre anterior: No 1° trimestre de 2021, a produção de ovos de galinha foi de 972,94 milhões de dúzias. O resultado representou redução de 0,1% em relação ao mesmo trimestre de 2020 e queda de 1,8% em comparação à produção do 4° trimestre de 2020. (IBGE)
Jogo Rápido
Processo seletivo mestrado acadêmico UFRGS - Faculdade de Veterinária A coordenação do Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGCV/UFRGS), comunica a abertura do Edital de processo seletivo para o MESTRADO ACADÊMICO. As inscrições estarão abertas entre os dias 17 de maio e 06 de junho e podem ser feitas através deste link. (UFRGS).
Porto Alegre, 12 de maio de 2021 Ano 15 - N° 3.463
Governo dispensa emissão de contranota em vendas para empresas do Simples Nacional
Laticínios gaúchos não precisarão mais exigir a contranota das empresas do Simples Nacional nas vendas beneficiadas com a alíquota reduzida de 12% (diferimento parcial). A medida passa a valer com a publicação do decreto nº 55.874 pelo governo do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (12/5). Na prática, as empresas compradoras não precisarão mais emitir contranota após o recebimento da mercadoria.
No entanto, a mudança exigirá que os vendedores, ou seja, os laticínios, arquivem a prova do efetivo destino dos produtos para apresentação à Receita Estadual, se necessário. A dispensa tem efeitos retroativos para 1º de abril de 2021. Apesar de dispensar a emissão de contranota para vendas a empresas do Simples Nacional, o decreto não resolve por completo os entraves da indústria, segundo Matheus Zomer, advogado e consultor tributário do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).
Isso porque seguirá sendo obrigatória a expedição de contranota nas vendas para empresas do Regime Geral, o que denota a necessidade de continuar aperfeiçoando a legislação. Outro ponto no qual o Estado precisa avançar diz respeito à aplicação da alíquota de 12% para as operações com ICMS/ST. Atualmente, a medida beneficia somente laticínios que comercializam mercadorias que não estão sujeitas à substituição tributária, tais como queijo, leite UHT e leite pasteurizado. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Governo federal inaugura primeira antena de 5G em área rural no país
A primeira antena 5g em área rural foi inaugurada pelo governo. Instalada em Rondonópolis (MT), em uma fazenda modelo do Instituto Mato-grossense de Algodão (IMAmt), a aposta para a instalação é de que a conexão com a nova geração de internet ajude os produtores a reduzir custos e aumentar a competitividade.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o governo trabalha para que a tecnologia 5G chegue a todos os brasileiros. “Esse leilão das frequências de operação da nova geração de internet móvel, vai bombar, para que essa tecnologia seja democratizada e chegue a todos.
Com certeza, isso vai trazer melhoria no social, ambiental e na produtividade do agro brasileiro. Isto é o início de uma estrada do que virá para o futuro do agro brasileiro”, disse durante a cerimônia, em Mato Grosso. Instalada pela fabricante Nokia e com operação de rede realizada pela TIM a partir de uma licença temporária, em caráter experimental, a antena garante sinal de internet em alta velocidade a partir de uma transmissão gerada pela própria estrutura. É o chamado 5G “puro”, ou standalone.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que o 5G vai fazer o agronegócio crescer 20% a mais, em média. Segundo ele, até o fim deste ano serão 20 pilotos com a tecnologia em todo o país, sendo que a expectativa é que todas as capitais brasileiras tenham a nova geração da internet até julho do ano que vem e que todos os brasileiros tenham acesso a internet até 2028. A tecnologia deve ajudar a conectar as máquinas, cada vez mais modernas fabricadas para o setor, e aplicar métodos de monitoramento remoto na atividade.
“A informação tem que ser rápida, certa e confiável. Com a tomada de decisão mais rápida possível, podemos chegar ao problema e a solução muito antes que cause prejuízo no desenvolvimento das lavouras”, explicou o presidente da IMAmt, Paulo Sérgio Aguiar. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint)
Programa Aprendiz Cooperativo concilia teoria com prática nas propriedades rurais
Languiru, Sescoop/RS e Colégio Teutônia organizam nova turma com início das aulas no mês de agosto
“Aprendi muito sobre cooperativismo e que, juntos, lado a lado, as coisas dão certo. Ampliei minha visão de coletividade e sou muito grata pela oportunidade, um aprendizado que levo para a vida.” A fala é da jovem Paula Forneck Herbert (22), residente em Poço das Antas, que integrou a primeira turma do Programa Aprendiz Cooperativo do Campo, curso inovador e pioneiro no Brasil iniciado em Teutônia em fevereiro de 2016.
Hoje, ela é empregada da Languiru. Seus pais são agricultores e Paula revela grande afeição pela lida com os animais no campo. “Lembro da empolgação em participar do curso, da alegria pela experiência diferenciada, pudemos colocar em prática o que aprendemos na teoria da sala de aula, conhecendo mais sobre o dia a dia no campo”, lembra. Ela também integrou a diretoria da primeira cooperativa escolar de aprendizes do campo no Brasil, a COOPEAT (Cooperativa Escolar de Aprendizagem Teutônia). “Fabricávamos e comercializávamos rapaduras de chocolate e produtos cultivados de forma orgânica na horta, que cuidávamos no Colégio Teutônia”, acrescenta.
Nova turma: A Cooperativa Languiru (cotizadora), o Colégio Teutônia (entidade formadora) e o Sescoop/RS (entidade certificadora) estão organizando a 5ª turma do Programa Aprendiz Cooperativo do Campo. O início das aulas está previsto para o mês de agosto, com 1104 horas de atividades, divididas em 552 horas teóricas e 552 horas práticas. Serão quatro turnos por semana, totalizando 16 horas semanais ao longo de 18 meses. Esta é a primeira turma cujo aprendizado prático será desenvolvido na propriedade rural. Anteriormente essa etapa era realizada na Unidade Técnica e Pedagógica da Granja do Colégio Teutônia. Para o acompanhamento das práticas, os professores encaminham atividades e os estudantes retornam relatórios com os registros e resultados. Num primeiro momento, a prática inicia pelo diagnóstico de cada propriedade, seu histórico, o vínculo com a cooperativa, o processo de sucessão e a mão de obra disponível, o envolvimento familiar, com levantamento de dados e fotografias A matriz curricular contempla matemática, português, educação ambiental, além de disciplinas específicas de empreendedorismo, contabilidade, crédito, sistemas de produção (carnes, leite, grãos, horticultura e fruticultura) e gestão de pequenas e médias propriedades, características na área de atuação da Languiru. Em virtude da pandemia e considerando os decretos e a legislação vigente, a formação pode ocorrer no formato virtual ou presencial. “O curso será muito voltado aos desafios das propriedades rurais, instigando o comprometimento dos jovens e das famílias por resultados diferenciados. Temos um belo trabalho pela frente, fortalecendo o cooperativismo e a atividade no campo, com um novo perfil de estudantes e de empreendedores do meio rural, pensando na sustentabilidade e incentivando a sucessão”, avalia a professora Maria de Fátima Fuzer da Silva, coordenadora de projetos no Colégio Teutônia.
Sucessão, mercado de trabalho e formação de lideranças: A Languiru participa do Programa Aprendiz Cooperativo como cotizadora desde 2009, com cerca de mil estudantes qualificados em cursos voltados ao Processamento de Carnes, Eletrotécnica Básica, Auxiliar Administrativo e Serviços de Supermercado, além de turmas específicas para Pessoas com Deficiência (PcDs) e o Aprendiz Cooperativo do Campo. “O cooperativismo e a educação fazem a diferença, com a formação de novas lideranças. O agronegócio, especialmente em tempos de pandemia, mostra a sua força na geração de empregos e renda, levando qualidade de vida e sustento para inúmeras famílias. Apoiamos e acreditamos nessa iniciativa, aspirando o desenvolvimento do sistema cooperativo como um todo e fazendo o caminho inverso ao êxodo rural”, valoriza o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, citando o Aprendiz Cooperativo do Campo como “iniciativa que estimula a sucessão nas propriedades familiares”.
Inscrições :As inscrições são gratuitas, com vagas limitadas a 25 participantes. Essa turma é dirigida especialmente para filhos de associados ou jovens integrantes do núcleo familiar do associado, entre 14 e 24 anos de idade, cursando ou já tendo concluído o Ensino Médio. É essencial possuir Carteira de Trabalho, considerando que há remuneração do aprendiz. Interessados devem se inscrever, munidos de currículo, na recepção ou setor de Recursos Humanos das unidades da Languiru. Mais informações podem ser obtidas pelo fone (51) 3762-5600, junto ao setor de Recursos Humanos da Languiru. (Cooperativa Languiru)
Jogo Rápido
Copom sinaliza mais 0,75 pontos
Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçaram ontem, por meio da ata de seu último encontro, a sinalização de que a taxa básica de juros Selic subirá mais 0,75 ponto porcentual em junho, para 4,25% ao ano. O aumento daria continuidade à resposta ao avanço das projeções de inflação, na esteira dos aumentos de preços de alimentos e energia no país. A intenção do Banco Central é frear a alta de preços. Por outro lado, a medida é criticada pelo setor produtivo, uma vez que, conforme avaliam, sinalizaria a investidores que a aplicação de recursos em papéis pode ser mais vantajosa que investimento direto em negócios. Na semana passada o Copom, formado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, e pelos oito diretores da autarquia, elevou a Selic em 0,75 ponto porcentual, de 2,75% para 3,50% ao ano. (Correio do Povo)
Porto Alegre, 11 de maio de 2021 Ano 15 - N° 3.462
Produtores de leite de Serafina Corrêa obtêm maior lucratividade mesmo com alta dos insumos
Lucratividade/RS - Enquanto que a alta nos custos dos insumos desde o ano passado tem impactado as margens de lucro dos produtores de leite, em Serafina Corrêa um grupo de produtores conseguiu elevar a lucratividade aproveitando o aumento no preço recebido pelo leite e aumentando a produtividade ao explorar melhor os alimentos volumosos, como pastagens e silagens, que são de menor custo comparado aos concentrados.
É o que tem constatado a Emater/RS-Ascar a partir do acompanhamento dos resultados de algumas famílias de bovinocultores de leite do município.
Elas participam do Projeto de Gerenciamento Técnico da Bovinocultura de Leite, que iniciou como grupo de trabalho em bovinocultura leiteira (GTLeite). Nele, os participantes têm acesso à assistência técnica, orientações, eventos técnicos e capacitações, além de contar com um aplicativo de gerenciamento mensal de indicadores zootécnicos, econômicos e de qualidade do leite, que leva o nome GTLeite.
Hoje, cerca de 20 famílias participam do projeto em Serafina Corrêa. Destas, 12 já utilizam o aplicativo para envio dos dados de forma consistente desde o início de 2019, quando iniciou o projeto, e sete já com o envio de informações sobre as despesas mensais nesse período. São desses dados que se observam esses resultados, ao comparar os dados médios dos produtores em 2020 e 2019, a margem bruta foi aumentada por litro de leite em 63%.
A margem por vaca ordenhada e por hectare também se elevou em 53% e 55%, respectivamente. Essa elevação pode ser explicada pelo aumento da eficiência da produção de leite dos volumosos e melhor uso dos concentrados, potencializados pelo aumento dos preços recebidos pelo litro de leite, conforme explica o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista rural da Emater/RS-Ascar. Ele conta que as despesas com ração realmente tiveram uma elevação, de R$ 0,39 para R$ 0,56 por litro no período, mas que a diminuição das demais despesas por litro em 25% e o aumento das receitas por vaca e por hectare em 32% permitiram esses resultados. Esse aumento das receitas se deve ao aumento da produtividade média ao ano das propriedades, que foi de 20,5 para 22 l/vaca/dia e de 17,3 mil para 19 mil litros por hectare, somado ainda ao aumento nos preços médios recebidos, que passou de R$ 1,28 em 2019 para R$ 1,72 em 2020.
“Durante esse período, trabalhamos com a lógica de buscar alta produção de leite a partir das fontes volumosas, sem menosprezar o uso inteligente e balanceado dos concentrados”, conta Ebert. Ele explica que todos os meses esses indicadores são monitorados nos relatórios que obtém pelo aplicativo e, a partir daí, os extensionistas fornecem feedback sobre os gargalos encontrados, com orientações para superá-los.
Todos esses produtores, mesmo os que não anotam e ainda não informam as despesas mensais no aplicativo, possuem, através dos dados enviados, dentre outros, o acompanhamento do indicador Receita Menos o Custo da Ração (RMCR), por onde eles avaliam o retorno do uso dos concentrados. “Em 2020, por exemplo, com a pandemia dificultando ações presenciais, foram feitas capacitações online para essas famílias sobre o manejo com dietas de alto volumoso, visando justamente trabalhar para melhorar esse quesito”, ressalta Ebert. E, mesmo com o aumento de 43% nas despesas com ração por litro de leite, o RMCR por litro passou de R$ 0,89 para R$ 1,16 com a elevação dos preços recebidos e, somando ainda os aumentos de produtividade, por vaca/dia passou de R$ 23 para R$28,4 e, por hectare, de R$1,36 mil para R$ 1,74 mil.
“Em 2019, a margem bruta mensal era de R$ 900 por hectare e, em média, essas famílias alcançaram em 2020 cerca de R$ 1,4 mil por hectare, com algumas chegando a R$ 2 mil, o que demonstra que a busca por sistemas de produção de alta eficiência e o uso de volumosos pode viabilizar mesmo pequenas propriedades de 5 a 10 hectares, como algumas que temos acompanhado no projeto”, frisa Ebert. (Emater/RS)
Conceito Gostamos de fazer bem o que te faz bem retorna ao novo comercial da Piracanjuba na voz de Ivete Sangalo
Novo comercial Piracanjuba - Com campanha inspirada na exaltação dos momentos com quem a gente gosta, a Piracanjuba reforça o mote “Gostamos de fazer bem o que te faz bem” para 2021. O clipe, marcado pela presença da Ivete Sangalo, potencializa o conceito de carinho e cuidado, com toque musical. Na voz da embaixadora, a declaração “Tudo o que eu quero, o que eu sempre quis... é te fazer bem, te fazer bem feliz...” reforça que, nos tempos como os atuais, nosso desejo é estar perto de quem amamos, abraçar pessoas queridas e nos sentir amados. Assim, as cenas da produção ressaltam os pequenos prazeres que a vida oferece, inclusive, quando dividimos uma comida gostosa com alguém especial.
“A Piracanjuba está presente no dia a dia de milhares de famílias, nutrindo e colocando mais sabores na mesa. Juntamos isso à boa energia da Ivete para apresentar um vídeo que valoriza o tempo que passamos ao lado de quem amamos. Afinal, vivemos uma época de muitas restrições e os momentos de ternura e cuidado devem ser preservados e valorizados, pois são eles que nos enchem de esperança”, comenta a Gerente de Marketing da Piracanjuba, Lisiane Campos. Ivete retrata valores dos quais a Piracanjuba também compartilha, como a valorização da família, a empatia e o gosto em compartilhar sabores.
O vídeo apresenta a variedade dos produtos Piracanjuba que, atualmente, soma um portfólio com mais de 180 itens, sempre se antecipando às necessidades e desejos dos consumidores. “Quando olhamos para 2020 e pensamos no ano que estamos vivendo, não poderíamos deixar de resgatar os bons sentimentos e a leveza das pausas felizes na nossa rotina. Por isso, optamos pela música e, na voz da nossa embaixadora, conseguimos transmitir a ternura e o carinho que a Piracanjuba quer repassar a todos os brasileiros na forma de qualidade e sabor”, explica Lisiane. O comercial, criado pela agência GoodBrands, está sendo veiculado em TV aberta nacional. A estreia aconteceu durante live especial da Ivete, em homenagem ao Dia das Mães, e nas principais emissoras: Globo, SBT, Record e Band. A campanha também conta com comunicação nos pontos de venda e conteúdo digital integrado. As redes sociais da marca, como Instagram e Facebook, dão suporte à ação, oferecendo interações, por meio de posts diversificados. Clique aqui e assista. (Assessoria de imprensa Piracanjuba)
Atividade industrial exibe melhora no desempenho
Após recuar em fevereiro, o desempenho da atividade das fábricas brasileiras voltou a melhorar, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Todos os indicadores industriais tiveram alta em março. O faturamento cresceu 2,2% no terceiro mês do ano, já considerando-se os efeitos sazonais nessa comparação. Em fevereiro houve uma retração de 3,3%. Em relação a março do ano passado, primeiro mês impactado pela pandemia de Covid-19, a alta nas vendas do setor foi de 12,7%. O faturamento do primeiro trimestre deste ano superou em 7,5% o desempenho do mesmo período de 2020. “Os dados revertem parcialmente as perdas de fevereiro e mantêm a atividade industrial em patamar acima do pré-pandemia.
Ante março de 2020, quando a indústria enfrentava necessidade de paralisar por conta da pandemia, as altas na atividade são expressivas”, diz o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. A Utilização da Capacidade Instalada na indústria chegou a 81,1% ante 80,7% em fevereiro e 76,2% em março de 2020. Da mesma forma, as horas trabalhadas cresceram 0,9% de um mês a outro se mantendo em nível superior ao pré-pandemia. Na comparação com o mesmo mês de 2020, o crescimento no tempo de trabalho é de 10,7%. No trimestre a alta é de 6,5% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Com isso, as fábricas registraram avanço no emprego pelo oitavo mês consecutivo, com alta de 0,3% em março. O indicador superou em 2,1% o nível do mesmo mês do ano passado. (Correio do Povo)
Jogo Rápido
Milho segunda safra pode registrar quebra de 8 milhões de toneladas, diz consultoriaCom o clima prejudicando o desenvolvimento das lavouras, a segunda safra de milho do Brasil deve ter uma quebra de 8 milhões de toneladas, é o que projeta o analista de mercado Carlos Cogo. “A transição do Lã Niña para um clima neutro e todo o atraso que ocorreu no plantio e colheita da soja, acarretou em um atraso da plantação da segunda safra de milho e que foi prejudicado pela seca neste período”, explica Cogo. “Estamos com uma projeção de quebra ainda modesta frente a outras consultorias. Começamos o ano estimando 85 milhões de toneladas e agora a expectativa é de um volume a cerca de 76 milhões de toneladas. Mas esse número em breve deve sofrer um novo corte, estamos aguardando apenas o levantamentos das regiões”, explica o especialista. Assista o vídeo clicando aqui. (Canal Rural)
Porto Alegre, 10 de maio de 2021 Ano 15 - N° 3.461
Ministros de cinco países aprovam declaração conjunta sobre sistemas alimentares
Os países integrantes do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) aprovaram na terça-feira (4) uma declaração conjunta para fortalecer sua posição sobre sistemas alimentares. O documento, intitulado “Princípios e Valores da Região para a Produção de Alimentos no Marco do Desenvolvimento Sustentável”, é assinado pelos ministros do Brasil, Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai e cita pontos como segurança alimentar, desenvolvimento sustentável, respeito às diferenças locais e cooperação internacional.
Os ministros dos cinco países se reuniram na manhã da terça-feira, 04 de maio de 2021, de forma virtual. A declaração pontua que não existe um modelo único de desenvolvimento que sirva a todas as nações do mundo. “Portanto, é essencial uma visão inclusiva da sustentabilidade dos sistemas alimentares com soluções que se adaptem às realidades e necessidades locais, com base em sólidos argumentos científicos”, diz o texto.
Segundo a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina, o documento fortalecerá a posição conjunta dos países signatários. “Essa Declaração reflete o exercício construtivo e o bom diálogo entre todos nós, o que resultou em um texto ao mesmo tempo contundente e equilibrado. Levará, certamente, uma mensagem a ser internacionalmente considerada na promoção dos nossos interesses”.
A ministra destacou a necessidade de os países da América do Sul pensarem em uma mensagem única da região para a Cúpula dos Sistemas Alimentares, que será promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro deste ano. “Devemos registrar nossas posições e formar coalizões em torno das áreas de ação de nosso interesse”, disse Tereza Cristina, reforçando sua disposição para trabalhar em coordenação com os demais países. “Todos os recursos técnicos e diplomáticos de nossos países serão exigidos para que a voz da América do Sul seja, de fato, ouvida na dinâmica da Cúpula”.
Como parte do processo preparatório para a Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, o governo brasileiro, por intermédio do Ministério das Relações Exteriores, está organizando o Diálogo Nacional, com o objetivo de ouvir a sociedade sobre o aprimoramento do sistema alimentar brasileiro. As três primeiras videoconferências serão realizadas entre os dias 10 e 14 de maio de 2021.
No evento de hoje, Tereza Cristina também reiterou o apoio do Brasil à reeleição de Manuel Otero como Diretor-Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (Iica), posição que foi ratificada pelos demais ministros. (MAPA)
Baixa emissão de carbono é aposta para produção sustentável de alimentos
Sustentabilidade - A sustentabilidade caminha ao lado do setor agropecuário há muitos anos, contribuindo para equilibrar a produção de alimentos e a preservação do meio ambiente. Em propriedades rurais de todo o Brasil, é possível ver bons exemplos de produtores que aplicam as tecnologias de baixa emissão de carbono.
Na Fazenda Pontal dos Angicos, no Distrito Federal, o produtor João Araújo Neto separou 330 hectares para a produção integrada de pecuária e floresta, unindo eucalipto e gado de corte. Em 10 anos, o pecuarista recuperou a pastagem, melhorou a produtividade e teve mais renda.
“A reforma da pastagem já era necessária. Com a integração, a produtividade do pasto e do rebanho aumentou. O gado também ficou mais saudável e os ataques de moscas e carrapatos reduziram”, disse João.
A união entre pecuária e floresta trouxe outras vantagens para a propriedade. A ambientação entre eucalipto e capim ajuda a preservar a umidade, tanto no solo, quanto no ar, garantindo que o rebanho enfrente o período de estiagem da região Centro-Oeste com uma pastagem de qualidade.
“Um pasto recuperado e bem manejado permanece verde no período da seca. Oferecer essa pastagem para o gado é permitir o ganho de peso do animal na entressafra”, explicou o instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Distrito Federal (SENAR/DF), Ronaldo Trecenti.
A recuperação de pastagens degradadas e a integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) são tecnologias de baixa emissão de carbono trabalhadas no Plano ABC, que durou de 2010 a 2020. O programa contribuiu para que o Brasil alcançasse as metas do Acordo de Paris na redução da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Segundo o coordenador de Sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Ananias, o produtor rural, através do programa ABC, cumpriu grande parte das obrigações do país na redução das suas emissões, baseadas no ano de 2005, atingindo 115% do volume proposto de carbono nas metas voluntárias.
“O produtor se mostrou preparado para atender o chamado do Brasil no desenvolvimento sustentável da atividade agropecuária”, disse o coordenador.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a cada 1 real investido pelo Plano ABC, os produtores rurais investiram outros 7 reais em recursos próprios, comprovando a importância de uma produção voltada a aproveitar recursos naturais, através da inserção de tecnologias.
Na última safra, a linha de crédito que financia o Plano ABC atingiu quase R$ 2 bilhões em valor contratado, segundo o Banco Central. “Os produtores rurais investiram tempo, dinheiro e tecnologia para serem cada vez mais produtivos, utilizando os recursos naturais com eficiência”, afirmou Nelson Ananias.
Plano ABC+ – Com o encerramento do antigo programa, foi lançado em abril deste ano o Plano ABC+ 2020-2030 com o objetivo de renovar as metas para os próximos anos.
Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ABC+ promove a abordagem integrada da paisagem como marco conceitual, estimulando a gestão integrada das propriedades rurais e o uso eficiente dos recursos naturais.
“O novo plano também é importante para a promoção do crescimento econômico, pois os produtores rurais aderem às práticas de baixa emissão de carbono por trazerem eficiência e renda, conciliando conservação e produtividade”, disse a ministra na cerimônia de lançamento do novo plano.
Além da recuperação de pastagens e do sistema ILPF, o Plano ABC inclui tecnologias de sistema de plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, florestas plantadas, tratamento de dejetos animais e adaptação às mudanças climáticas. No novo plano foram incluídas estratégias combinadas de atuação e mitigação de GEE e a abordagem integrada da paisagem. Assista a reportagem do programa Nosso Agro, clicando aqui. (CNA)
Gestão de pessoas e resultados: qual é a importância na produção de leite?
segundo encontro do MilkPoint Experts: Feras da Gestão, ocorreu dia 07/05 foi um oferecimento da Boehringer Ingelheim e trouxe uma manhã envolvendo discussões sobre gestão de pessoas e resultados na atividade leiteira. Neste segundo dia, o evento contou com 1245 inscritos, sendo 44% produtores de leite e 31% técnicos.
Para iniciar, contamos com a palestra do Sérgio Soriano, Médico Veterinário e Gestor da pecuária leiteira na Fazenda Colorado, a maior produtora de leite do país (mais de 80 mil litros/dia) de acordo com o levantamento Top 100 2021 do MilkPoint. Durante sua apresentação, Soriano trouxe pontos que ajudaram na evolução da fazenda ao longo dos últimos anos, e ressaltou: “o futuro é construído hoje.”
Contudo, além do planejamento estratégico, Sérgio enfatizou a importância das pessoas para o sucesso da propriedade leiteira. Para ele, “a maneira de conduzir o seu dia a dia e de interagir com as pessoas, vai fazer a diferença no resultado como um todo”, e completou “os colaboradores são o foco primário da cadeia do agronegócio.”
Reiterando a importância da gestão de pessoas nas fazendas, Marcelo Cabral, Médico Veterinário e Consultor na Embratec, comentou sobre as maneiras de engajar os colaboradores para obter resultados de sucesso. O consultor destacou que o ambiente de trabalho é peça fundamental, uma vez que “reflete na atração e retenção de talentos.”
Em sua palestra, Cabral apresentou uma série de abordagens simples e direta para que todas as fazendas, de qualquer lugar do Brasil, consigam engajar seus colaboradores, “pessoas são pessoas, nos Estados Unidos, Europa, Japão, China, onde for.”
Para finalizar, Matheus Balduino, Médico Veterinário e Técnico da Rehagro abordou a gestão de custos na produção de leite. Afinal, além do bom gerenciamento de pessoas, é de suma importância controlar e gerenciar os resultados da propriedade. O técnico destacou a importância do controle do fluxo de caixa e a apuração de custos de produção de cada setor da fazenda.
“A importância do fluxo de caixa completo é conseguir enxergar um tempo antes, a necessidade de dinheiro que vou ter lá na frente, isso faz com que você consiga se planejar para um momento de mais aperto”, salientou. (Milkpoint)
Jogo Rápido
No radar - Biodigestores A instalação de biodigestores poderá ter um programa de incentivo semelhante ao Pró-Milho. O tema vinha sendo trabalhado com a Secretaria da Agricultura e acaba de ganhar reforço da Ciência e Tecnologia, conta Zilá Breitenbach, presidente da Frente Parlamentar da Matriz Produtiva dos Biodigestores. (Zero Hora)
Porto Alegre, 07 de maio de 2021 Ano 15 - N° 3.460
Exportações brasileiras de lácteos avançaram 127% em relação a março
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (06/05) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -26 milhões de litros em equivalente leite no mês de abril. Este valor é 72% “menos negativo” quando comparado a mar/21 e também 38% “menos negativo” em relação a abr/20.
Este foi o maior valor do saldo da balança comercial de lácteos desde novembro/2015. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.
Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.
Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado a partir dos dados do COMEXSTAT.
Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de março desse ano.
Tabela 2. Balança comercial láctea em abril de 2021.
Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
Já vínhamos acompanhando um possível cenário de aumento nas exportações desde mar/21, reflexo principalmente da alavancada dos preços internacionais (preço do leite em pó integral no último leilão GDT foi de US$ 4.115/ ton) e também ajudado pela valorização do dólar frente ao real.
A partir desta maior competitividade externa do leite brasileiro, em abr/21 tivemos um acréscimo de 127% das exportações em relação ao mês passado. Os 25,1 milhões de litros em equivalente-leite exportados também representaram um aumento de 379,3% em relação a abr/20.
Já no acumulado do ano (jan/abr), no ano vigente foram exportados 51 milhões de litros em equivalente leite, contra apenas 31 milhões de litros em equivalente leite no mesmo período de 2020. O leite em pó integral teve suas exportações aumentadas em 12.823% em relação a mar/21, totalizando 1.996.853 mil litros equivalentes em abr/21.
O soro de leite foi o produto lácteo que apresentou maior aumento das exportações em abril, de 75 litros equivalentes em março, para 54,01 mil litros equivalentes no mês vigente, incremento de 71.923%! Em compensação, produtos como manteiga, queijos, leite condensado e leite em pó desnatado tiveram queda no volume exportado.
As importações, por sua vez, caíram 50% em abril em relação a mar/21, com apenas 51 milhões de litros em equivalente leite internalizados —menor valor desde maio do ano passado. No entanto, no acumulado do ano (jan/abr) de 2021 em relação a 2020, internalizamos 411 milhões de litros em equivalente leite, 52% acima do mesmo período de 2020.
Os leites em pós seguem sendo os derivados mais importados, representando 45% do total das importações brasileiras. No entanto, no mês de abril houve uma queda de 68% na importação do leite em pó integral, e de 40% no leite em pó desnatado, totalizando 3.313.200 milhões de litros equivalentes, frente aos 8.589.000 litros equivalentes de mar/21.
Nas últimas semanas, estamos acompanhando um certo recuo do dólar (R$ 5,21 – cotação desta sexta-feira (07/05/21)), frente a expectativa da continuidade de elevações na taxa básica de juros no Brasil. Por outro lado, os resultados do último leilão GDT, mostraram preços ainda firmes e em patamares superiores aos US$ 4.000/ton (US$ 4.115/ton – fechamento do leite em pó integral). Considerando esses valores, chegamos ao preço de um leite importado pago no Brasil de R$ 2,61.
Apesar do valor do produto importado ainda ser pouco competitivo, quando olhamos para os preços de exportação, chegamos a um valor máximo de R$ 2,38 para o leite tirado do campo. Com preços no mercado spot girando em torno de R$ 2,12 e a baixa oferta no campo que sustenta os valores do leite pago ao produtor, fica a atenção para uma possível diminuição da janela de exportações brasileiras para os próximos meses. (Milkpoint)
Produtores usam ferramentas digitais para gestão da pecuária leiteira
Pecuária leiteira - As ferramentas digitais chegaram para ficar e podem ser aliadas importantes para o produtor rural. Em Serafina Corrêa, nas últimas semanas, 20 produtores participaram de um curso online sobre o uso de algumas ferramentas digitais para a gestão da propriedade leiteira, promovido pela Emater/RS-Ascar. De acordo com o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar, a proposta surgiu da identificação da demanda no trabalho de campo realizado com as famílias.
"Notamos que, apesar do produtor estar mais tecnificado, com mais acesso a tecnologias, fica complicado de se organizar no meio de tanta informação que chega, seja por meios físicos ou digitas. Com isso, o tempo do produtor está cada vez mais escasso. Então, com o curso procuramos oferecer uma forma de organização e reflexão sobre isso", ressalta. Na capacitação, a gestão da propriedade leiteira foi abordada com conceitos da área da Administração de Empresas aplicados à propriedade leiteira. "Há muito se fala que o produtor deve tratar a propriedade como uma empresa, então trouxemos conceitos que podem ser aplicados na realidade das famílias para profissionalizar a gestão, mesmo em pequenas propriedades familiares", reforça Ebert.
Foram seis aulas online realizadas por videoconferência, tratando desde a Gestão e Planejamento Estratégico, Gestão de Pessoas e Bem-Estar, Gestão Zootécnica da Produção e Gestão Financeira. Além das aulas teóricas, foram disponibilizadas e trabalhadas ferramentas digitais para uso dos participantes, incluindo um Web-Plano de Negócios Simplificado-Leite, um app de Gerenciamento Técnico da Bovinocultura de Leite (GT-Leite), ambos elaborados pela equipe da Emater/RS-Ascar do município para uso das famílias assistidas, e ainda, uma planilha de Gestão da Propriedade Leiteira, a GPL, da Emater/RS-Ascar, e o app Roda da Reprodução, da Embrapa, disponível na Play Store gratuitamente.
Na última aula, de encerramento do curso, realizada nesta segunda-feira, dia 3 de maio, foram apresentados cases de sucesso de famílias que internalizaram a lógica da gestão da propriedade no seu dia a dia e que se utilizam dessas ferramentas para auxiliar na gestão. Além dos dados alcançados pelas propriedades, econômicos e zootécnicos, a aula teve a participação das produtoras Ivânia Binda, de Fagundes Varela e, Ana Lice Silvestrin Martins, de Serafina Corrêa, que contaram como foi o processo de adoção das tecnologias e as transformações que as famílias e as propriedades passaram nesses últimos anos com a profissionalização da gestão de suas propriedades. (Emater/RS)
Prazo de Inscrições para Selo Mais Integridade 2021/22 termina no dia 4 de junho
O prêmio reconhece empresas e cooperativas do agro que adotam práticas de integridade, responsabilidade social, ambiental e ética.
As inscrições para o Selo Mais Integridade 2021/22 terminam no dia 4 de junho. Podem se inscrever empresas e cooperativas do agronegócio que adotem práticas de integridade com enfoque na responsabilidade social, sustentabilidade, ética e comprometimento de impedir fraudes, suborno e corrupção. A cerimônia de entrega do Selo está prevista para janeiro de 2022. Esta é a quarta edição da premiação.
Para conquistar o Selo Mais Integridade, a organização precisa cumprir os seguintes requisitos: ter um programa de compliance, código de ética e conduta, canais de denúncia efetivos; promover ações com ênfase na responsabilidade social e ambiental e treinamentos para melhoria corporativa; estar em dia com as obrigações trabalhistas; não ter multas relacionadas ao tema nos últimos dois anos; não ter casos de adulteração ou falsificação de processos e produtos fiscalizados pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA); ter ações de boas práticas agrícolas enquadradas nas metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e não ter cometido crimes ambientais nos últimos 24 meses.
Cabe ao Comitê Gestor do Selo analisar a documentação apresentada pelas empresas e cooperativas candidatas. Após a análise e homologação do resultado, a lista com as vencedoras é publicada até o dia 31 de dezembro de 2021, no Diário Oficial da União.
Em fevereiro deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) premiou 19 empresas com selo (referente à terceira edição), sendo que quatro delas receberam a certificação pela segunda vez e oito, pela terceira vez.
O Mapa é pioneiro entre os ministérios na implementação de um selo setorial alinhado ao Programa de Fomento à Integridade da Controladoria-Geral da União. (Mapa)
Jogo Rápido
Estado terá frio e possibilidade de geadas nos próximos dias
Os próximos sete dias serão frios e com possibilidade de geadas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 18/2021, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater-RS e o Irga. Na quinta (6), o ingresso de ar frio provocará o declínio da temperatura em todas as regiões. Somente nas faixas Norte e Nordeste ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas. Na sexta-feira (7) e sábado (8), a presença do ar seco e frio manterá o tempo firme e as temperaturas baixas em todas as regiões, com possibilidade de geadas isoladas no amanhecer, principalmente na Campanha, Planalto e Serra do Nordeste. No domingo (9), o ar frio perderá intensidade e favorecerá a gradativa elevação das temperaturas. Na segunda-feira (10), o ingresso de ar quente e úmido provocará maior variação de nuvens e poderão ocorrer pancadas de chuva na Campanha e Zona Sul. Na terça (11) e quarta-feira (12), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Os totais previstos deverão oscilar entre 20 e 45 mm na maioria das regiões. Já no Extremo Sul, Planalto e nos Campos de Cima da Serra, os volumes podem variar entre 50 e 65 mm. O boletim Agrometerologico completo pode ser consultado clicando aqui. (SEAPDR)