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18/05/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  18 de maio de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.467


Produção agroindustrial reage; alimentos têm alta de 2,6%
 
Após perder força em fevereiro, a alta interanual do Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) foi vigorosa em março, porém a baixa base de comparação — março de 2020, o primeiro mês da pandemia — deixa turvo o cenário sobre tendências.
 
 
Conforme o levantamento recém-concluído, o indicador subiu 11,6%, puxado pelo expressivo avanço observado no grupo de produtos não-alimentícios (21,7%). Contudo, no segmento de produtos alimentícios e bebidas, que ficou retraído nos meses anteriores, também houve crescimento de 2,6%. O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV. Com a disparada de março — a despeito da baixa base de comparação, como reforçou o FGV Agro —, no primeiro trimestre, o PIMAgro acumulou variação positiva de 4,2%, garantida pela área de produtos não-alimentícios, que teve incremento de 11,7%. Alimentos e bebidas, em contrapartida, caíram 2,4% em relação ao intervalo de janeiro a março do ano passado. No grupo de produtos não-alimentícios, o aumento trimestral foi puxado pelas indústrias de fumo (18,6%), insumos (18,3%), borracha (14,7%), têxteis (13,7%) e produtos florestais (6,7%). No ramo de biocombustíveis, houve queda de 10%, em consequência das restrições à circulação impostas pela pandemia da Covid-19. Já no grupo de produtos alimentícios, o recuo foi determinado por retrações da produção de alimentos de origem vegetal (7,9%), alimentos de origem animal (2,4%) e bebidas não-alcoólicas (0,6%) — houve alta de 4% no mercado de bebidas alcoólicas. O FGV Agro destacou, por fim, que, apesar de a alta interanual de março ter contado com a “ajuda” da base de comparação, o resultado em relação a fevereiro deste ano indicou estabilidade. “Tanto o segmento de produtos alimentícios e bebidas (0,1%) quanto o de não-alimentícios (0%) não tiveram sua produção reduzida, sinalizando uma aprendizagem dos setores econômicos em relação às medidas de isolamento adotadas”, concluiu. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 

GDT – Global Dairy Trade
 
 
 
 
 
A disseminação da tecnologia no campo terá avanços em breve
Se o 5G ainda é privilégio das pouquíssimas unidades-piloto espalhadas pelo país, e a universalização da tecnologia parece distante, o leilão da rede, previsto para o segundo semestre, pode levar um alento para o campo em prazo mais curto. As empresas operadoras que forem participar do certame deverão garantir a oferta de conexão 4G para as áreas rurais e para as principais rodovias brasileiras por onde as safras agrícolas são escoadas. Segundo o secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Cléber Soares, essa é uma forma pensada pela Pasta para fomentar a conectividade em regiões produtoras com qualidade. “Ao entrar no leilão do 5G, as operadoras terão que, obrigatoriamente, fornecer 4G em comunidade com até 600 habitantes. São localidades essencialmente agrícolas e que terão sinal”, afirmou. As empresas também deverão prover conexão nas BRs. Soares disse que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve ser rigorosa na exigência de qualidade da rede 4G que será fornecida. A qualidade da rede 5G está em teste nos 20 pilotos que serão inaugurados pelo país com antenas e sinal, a exemplo da fazenda em Rondonópolis (MT). Outras áreas agrícolas foram escolhidas e serão divulgadas em breve. São localidades com grande demanda de tráfego de dados, alta densidade tecnológica (estruturas digitais, pivôs, computadores e sensores) e de pessoas. No evento do lançamento na semana passada, em Rondonópolis, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que o 5G vai revolucionar o campo e proporcionará aumento médio de 20% na previsão de crescimento do PIB. As principais diferenças entre as tecnologias de rede móvel estão na velocidade, até 100 vezes maior na 5G em comparação com a 4G, e na latência, o tempo de resposta entre o aparelho e as aplicações usadas - que é mais baixo no 5G, proporcionando conexão mais estável, com menos quedas de sinal e sem delay. Outra distinção é a possibilidade de conectar vários aparelhos ao mesmo tempo em uma mesma antena sem comprometer o sinal. É isso que credencia o 5G para viabilizar a “internet das coisas” no campo, como uso amplo de sensores, máquinas autônomas e drones. Desde 2020, o Ministério da Agricultura mantém parceria para financiar 14 pilotos para uso de tecnologias com abordagem de inteligência artificial. A disseminação tecnológica no campo é o principal objetivo com os pilotos do 5G na área rural. “A expectativa é conseguir despertar no produtor que a transformação digital vai agregar cada vez mais valor ao sistema de produção”, finalizou. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

RS: falta de pastagens e preço das rações afeta produção de leite

A produção de leite continua reduzida devido à falta de pastagens e também ao elevado custo das rações, fator impeditivo à suplementação em maiores quantidades. As chuvas ocorridas devem refletir na melhora das áreas cultivadas de aveia, permitindo também que os produtores retomem a aplicação de fertilizantes e façam o plantio nas áreas de pastagens cultivadas. A silagem de milho tem sido a principal fonte de alimento das propriedades, seguida de fenos e pré-secados como forma de garantir a manutenção da oferta adequada para os rebanhos até o pleno desenvolvimento das espécies forrageiras cultivadas de inverno, como aveia, azevém, trevos e cornichão. Em relação ao aspecto sanitário, seguem sendo realizadas as vacinas obrigatórias, principalmente contra brucelose bovina em terneiras de três a oito meses de idade. As temperaturas mais baixas favoreceram o conforto térmico dos animais, trazendo benefícios à ingestão de alimentos e à reprodução. Desta forma os animais conseguem permanecer mais tempo em pastejo e melhora o bem-estar animal nos confinamentos. Na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, alguns pecuaristas, em especial os pequenos, estão abandonando a atividade devido à queda no preço pago pelo litro do leite somada ao aumento do custo de produção. Uma das hipóteses é redução no consumo de leite, que proporcionaria excedente do produto no mercado. Na de Ijuí, a produção de leite começa a dar sinais de aumento no volume, devido ao maior número de parições e pelo início da utilização de pastagens de inverno. (As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint)

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