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07/05/2021

Newsletter Sindilat_RS


Porto Alegre,  07 de maio de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.460


Exportações brasileiras de lácteos avançaram 127% em relação a março

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (06/05) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -26 milhões de litros em equivalente leite no mês de abril. Este valor é 72% “menos negativo” quando comparado a mar/21 e também 38% “menos negativo” em relação a abr/20.

Este foi o maior valor do saldo da balança comercial de lácteos desde novembro/2015. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.



Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado a partir dos dados do COMEXSTAT.

Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de março desse ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em abril de 2021. 



Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
Já vínhamos acompanhando um possível cenário de aumento nas exportações desde mar/21, reflexo principalmente da alavancada dos preços internacionais (preço do leite em pó integral no último leilão GDT foi de US$ 4.115/ ton) e também ajudado pela valorização do dólar frente ao real.

A partir desta maior competitividade externa do leite brasileiro, em abr/21 tivemos um acréscimo de 127% das exportações em relação ao mês passado. Os 25,1 milhões de litros em equivalente-leite exportados também representaram um aumento de 379,3% em relação a abr/20.

Já no acumulado do ano (jan/abr), no ano vigente foram exportados 51 milhões de litros em equivalente leite, contra apenas 31 milhões de litros em equivalente leite no mesmo período de 2020. O leite em pó integral teve suas exportações aumentadas em 12.823% em relação a mar/21, totalizando 1.996.853 mil litros equivalentes em abr/21.

O soro de leite foi o produto lácteo que apresentou maior aumento das exportações em abril, de 75 litros equivalentes em março, para 54,01 mil litros equivalentes no mês vigente, incremento de 71.923%! Em compensação, produtos como manteiga, queijos, leite condensado e leite em pó desnatado tiveram queda no volume exportado.

As importações, por sua vez, caíram 50% em abril em relação a mar/21, com apenas 51 milhões de litros em equivalente leite internalizados —menor valor desde maio do ano passado. No entanto, no acumulado do ano (jan/abr) de 2021 em relação a 2020, internalizamos 411 milhões de litros em equivalente leite, 52% acima do mesmo período de 2020.

Os leites em pós seguem sendo os derivados mais importados, representando 45% do total das importações brasileiras. No entanto, no mês de abril houve uma queda de 68% na importação do leite em pó integral, e de 40% no leite em pó desnatado, totalizando 3.313.200 milhões de litros equivalentes, frente aos 8.589.000 litros equivalentes de mar/21.

Nas últimas semanas, estamos acompanhando um certo recuo do dólar (R$ 5,21 – cotação desta sexta-feira (07/05/21)), frente a expectativa da continuidade de elevações na taxa básica de juros no Brasil. Por outro lado, os resultados do último leilão GDT, mostraram preços ainda firmes e em patamares superiores aos US$ 4.000/ton (US$ 4.115/ton – fechamento do leite em pó integral). Considerando esses valores, chegamos ao preço de um leite importado pago no Brasil de R$ 2,61.

Apesar do valor do produto importado ainda ser pouco competitivo, quando olhamos para os preços de exportação, chegamos a um valor máximo de R$ 2,38 para o leite tirado do campo. Com preços no mercado spot girando em torno de R$ 2,12 e a baixa oferta no campo que sustenta os valores do leite pago ao produtor, fica a atenção para uma possível diminuição da janela de exportações brasileiras para os próximos meses. (Milkpoint)


Produtores usam ferramentas digitais para gestão da pecuária leiteira
 
Pecuária leiteira - As ferramentas digitais chegaram para ficar e podem ser aliadas importantes para o produtor rural. Em Serafina Corrêa, nas últimas semanas, 20 produtores participaram de um curso online sobre o uso de algumas ferramentas digitais para a gestão da propriedade leiteira, promovido pela Emater/RS-Ascar. De acordo com o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar, a proposta surgiu da identificação da demanda no trabalho de campo realizado com as famílias.
 
"Notamos que, apesar do produtor estar mais tecnificado, com mais acesso a tecnologias, fica complicado de se organizar no meio de tanta informação que chega, seja por meios físicos ou digitas. Com isso, o tempo do produtor está cada vez mais escasso. Então, com o curso procuramos oferecer uma forma de organização e reflexão sobre isso", ressalta. Na capacitação, a gestão da propriedade leiteira foi abordada com conceitos da área da Administração de Empresas aplicados à propriedade leiteira. "Há muito se fala que o produtor deve tratar a propriedade como uma empresa, então trouxemos conceitos que podem ser aplicados na realidade das famílias para profissionalizar a gestão, mesmo em pequenas propriedades familiares", reforça Ebert.
 
Foram seis aulas online realizadas por videoconferência, tratando desde a Gestão e Planejamento Estratégico, Gestão de Pessoas e Bem-Estar, Gestão Zootécnica da Produção e Gestão Financeira. Além das aulas teóricas, foram disponibilizadas e trabalhadas ferramentas digitais para uso dos participantes, incluindo um Web-Plano de Negócios Simplificado-Leite, um app de Gerenciamento Técnico da Bovinocultura de Leite (GT-Leite), ambos elaborados pela equipe da Emater/RS-Ascar do município para uso das famílias assistidas, e ainda, uma planilha de Gestão da Propriedade Leiteira, a GPL, da Emater/RS-Ascar, e o app Roda da Reprodução, da Embrapa, disponível na Play Store gratuitamente.
 
Na última aula, de encerramento do curso, realizada nesta segunda-feira, dia 3 de maio, foram apresentados cases de sucesso de famílias que internalizaram a lógica da gestão da propriedade no seu dia a dia e que se utilizam dessas ferramentas para auxiliar na gestão. Além dos dados alcançados pelas propriedades, econômicos e zootécnicos, a aula teve a participação das produtoras Ivânia Binda, de Fagundes Varela e, Ana Lice Silvestrin Martins, de Serafina Corrêa, que contaram como foi o processo de adoção das tecnologias e as transformações que as famílias e as propriedades passaram nesses últimos anos com a profissionalização da gestão de suas propriedades. (Emater/RS)
 
 
Prazo de Inscrições para Selo Mais Integridade 2021/22 termina no dia 4 de junho

O prêmio reconhece empresas e cooperativas do agro que adotam práticas de integridade, responsabilidade social, ambiental e ética.

As inscrições para o Selo Mais Integridade 2021/22 terminam no dia 4 de junho. Podem se inscrever empresas e cooperativas do agronegócio que adotem práticas de integridade com enfoque na responsabilidade social, sustentabilidade, ética e comprometimento de impedir fraudes, suborno e corrupção. A cerimônia de entrega do Selo está prevista para janeiro de 2022. Esta é a quarta edição da premiação.

Para conquistar o Selo Mais Integridade, a organização precisa cumprir os seguintes requisitos: ter um programa de compliance, código de ética e conduta, canais de denúncia efetivos; promover ações com ênfase na responsabilidade social e ambiental e treinamentos para melhoria corporativa; estar em dia com as obrigações trabalhistas; não ter multas relacionadas ao tema nos últimos dois anos; não ter casos de adulteração ou falsificação de processos e produtos fiscalizados pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA); ter ações de boas práticas agrícolas enquadradas nas metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e não ter cometido crimes ambientais nos últimos 24 meses.

Cabe ao Comitê Gestor do Selo analisar a documentação apresentada pelas empresas e cooperativas candidatas. Após a análise e homologação do resultado, a lista com as vencedoras é publicada até o dia 31 de dezembro de 2021, no Diário Oficial da União. 

Em fevereiro deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) premiou 19 empresas com selo (referente à terceira edição), sendo que quatro delas receberam a certificação pela segunda vez e oito, pela terceira vez. 

O Mapa é pioneiro entre os ministérios na implementação de um selo setorial alinhado ao Programa de Fomento à Integridade da Controladoria-Geral da União. (Mapa)

Jogo Rápido  

Estado terá frio e possibilidade de geadas nos próximos dias

Os próximos sete dias serão frios e com possibilidade de geadas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 18/2021, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater-RS e o Irga. Na quinta (6), o ingresso de ar frio provocará o declínio da temperatura em todas as regiões. Somente nas faixas Norte e Nordeste ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas. Na sexta-feira (7) e sábado (8), a presença do ar seco e frio manterá o tempo firme e as temperaturas baixas em todas as regiões, com possibilidade de geadas isoladas no amanhecer, principalmente na Campanha, Planalto e Serra do Nordeste. No domingo (9), o ar frio perderá intensidade e favorecerá a gradativa elevação das temperaturas. Na segunda-feira (10), o ingresso de ar quente e úmido provocará maior variação de nuvens e poderão ocorrer pancadas de chuva na Campanha e Zona Sul. Na terça (11) e quarta-feira (12), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Os totais previstos deverão oscilar entre 20 e 45 mm na maioria das regiões. Já no Extremo Sul, Planalto e nos Campos de Cima da Serra, os volumes podem variar entre 50 e 65 mm. O boletim Agrometerologico completo pode ser consultado clicando aqui. (SEAPDR)

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