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As startups Milk Farm, UAICup e ProjetoQ foram as campeãs da competição Ideas for Milk 2020, premiadas nesta quarta-feira (16/12), em live no YouTube. O desafio das startups ocorre anualmente e visa buscar soluções para o setor lácteo brasileiro. A disputa é realizada pela Embrapa Gado de Leite em parceria com Agripoint, Bovcontrol, Ciatécnica e Texto Comunicação. Segundo o chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, existe um novo tipo de consumidor que deve ser levado em conta pelas indústrias e produtores. "Ele não quer mais consumir um produto só saudável, nutritivo e saboroso. Ele quer saber ponto a ponto da cadeia de valor desse produto", pontuou.

Em primeiro lugar, a Milk Farm conquistou o prêmio com o Eco Teste, que tem foco no controle de resíduos de antibióticos. A tecnologia desenvolvida detecta oito diferentes grupos de antibióticos com alta sensibilidade e é controlado por aplicativo, com resultados em até duas horas e meia. "É um teste microbiológico, com uma sensibilidade altíssima. O diferencial do nosso teste é a rastreabilidade. Os dados ficam salvos em nuvem", afirmou o representante da Milk Farm, Bruno Machado Saturnino.

Em segundo lugar, a UAICup, desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), se trata de uma caneca para análise da qualidade do leite. O dispositivo faz a contagem de células e ainda identifica a presença de resíduos de antibióticos. Segundo Gabriel Martins, da equipe da UAICup, a tecnologia da iniciativa já é bem conhecida no meio e é de fácil acesso. "Estamos aceitando possíveis investidores e opiniões de profissionais do campo, como o zootecnista, o agrônomo. Estamos buscando melhorar a experiência para eles. Projetamos a caneca para ser usada tanto pela indústria, quanto para o produtor", declarou.

Já o ProjetoQ propõe um aplicativo que funcione como ponte entre produtores de queijo e órgãos de regulamentação, chamado QApp, visando fomentar o espírito empreendedor da cadeia produtiva e facilitando as etapas do processo de certificação. "A gente tem um mercado muito grande de produtores. São 170 mil e a maioria deles têm acesso à internet", esclareceu Ana Luiza Paiva, do time do ProjetoQ.

O valor de referência projetado para o leite no Ri­­­o Grande do Sul em dezembro é de R$ 1,5658, alta de 2,74% em relação ao consolidado de novembro (R$ 1,5240). Dados divulgados nesta quinta-feira (17/12) pelo Conseleite indicam que a elevação real no ano (considerando a inflação) é de 19,67%. O período foi caracterizado por altos custos dos grãos e demais insumos. Para 2021, o professor da UPF e responsável pelo estudo Marco Antonio Montoya projeta um ano de estabilidade puxada pela estimativa de recuperação da economia. Além disso, a previsão de volta às aulas e de retomada ao trabalho presencial no primeiro semestre de 2021 pode trazer um gás extra ao mercado.

Segundo Montoya, o cenário em 2020 foi totalmente atípico e reflete as mudanças nos hábitos de consumo ocasionadas pela pandemia, que puxou a valorização dos produtos lácteos e incentivou o consumo do queijo, item que oferece proteína de qualidade de forma prática e mais acessível. “A série deste ano é diferente da de todos os outros. Tivemos preços em alta praticamente o ano todo”, completou Montoya.

Apesar disso, o setor alerta para a baixa rentabilidade da atividade. O presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, informa que há produtores enxugando o rebanho leiteiro e partindo para outras atividades rurais. Alguns, completou o secretário do Conseleite, Tarcísio Minetto, estão inseminando vacas com sêmen de gado de corte para aproveitar os bons preços do boi. “Isso nos cria algumas dúvidas sobre o aumento de oferta de leite nos próximos meses”, ponderou Rizzo.

A indústria alertou que a estabilidade na produção de leite no campo depende da constância na oferta de grãos. Essencial neste momento é o setor se unir por políticas públicas de estímulo à irrigação que evitem as constantes perdas de safra, como ocorrido em 2020. “Um dos entraves é a obtenção de licenças para armazenamento de água que nos permitam avançar na irrigação das lavouras de grãos e áreas de pastagens”, completou Rizzo. 

Crédito: Carolina Jardine
 

 

Com painelistas do Uruguai, Argentina, Estados Unidos e Brasil, o 1º Painel Internacional de Extensão em Pecuária de Leite e Corte, promovido pela Universidade de Passo Fundo (UPF), debaterá as experiências dentro e fora do país com a atividade pecuária e fará uma reflexão sobre a situação atual e as perspectivas da pecuária de corte e leite para os próximos anos. O encontro ocorre de forma virtual, com transmissão pelo canal do YouTube da UPF Online, nos dias 10 e 17 de dezembro. A programação inicia-se às 17h30min e vai até às 21h em ambos os dias.

De acordo com o organizador do evento, professor João Ignácio do Canto, a ideia é apresentar e dialogar sobre os desafios, impactos sociais, ambientais e econômicos na vida e na rotina das pessoas envolvidas na produção e no processo de transição familiar. “O nosso objetivo é também dar visibilidade aos trabalhos e promover uma reflexão multidisciplinar sobre sua importância para a comunidade, universidade e acadêmicos”, destaca o coordenador.

Paralelamente ao evento, estarão expostos os projetos de extensão inscritos, produzidos pelos acadêmicos da disciplina de Extensão do curso de Medicina Veterinária.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Para se inscrever, clique aqui.
 
Programação 10/12

17h30min às 17h50min - Abertura

17h50min às 18h – Visão da Embrapa Pecuária Sul para o futuro da pecuária nos campos sul brasileiros
Dr. Fernando Flores Cardoso, chefe geral da Embrapa Pecuária Sul, Bagé / Rio Grande do Sul (Brasil)

18h às 18h10min – Intercooperação na produção pecuária
Márcio de Andrade Madalena, diretor do Departamento de Cooperativismo e Acesso a Mercados da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA, Brasília

18h10min às 18h20min – Extensão Rural no RS – Ações da Emater
Geraldo Sandri, presidente da Emater do Rio Grande do Sul

18h20min às 18h30min – Perspectivas cenário lácteo EUA
Professora Dra. Fernanda Carolina Ferreira, pesquisa e extensão: Universidade da Califórnia / Davis / Califórnia (EUA)

18h30min às 18h40min – Estratégias da extensão na pecuária de corte na Flórida
Professor Dr. João Henrique Jabur Bittar, pesquisa e extensão: Universidade da Flórida / Gainesville / Flórida (EUA)

18h40min às 18h50min – Inovação e tecnologia na pecuária do Uruguai
PhD. Fábio Montossi, Investigador Principal Referente do INIA Tacuarembó (Uruguai)

18h50min às 19h – Extensão pecuária no estado de Washington 
Professor Anibal J. Pordomingo, pesquisador do INTA: Estação Anguil / La Pampa (Argentina)

19h às 19h20 – Gestão da produção leiteira no Estado de Santa Catarina
Carlos Mader, responsável pela gestão da cadeia leiteira (EPAGRI) no Estado de Santa Catarina

19h20min às 19h30min – Intervalo

19h30min às 20h50min - Painel multidisciplinar de debate com convidados.

20h50min às 21h – Encerramento 

Programação 17/12

17h30min às 18h30 – Abertura

18h30min às 19h30min - Apresentação dos acadêmicos

19h30min às 20h30min - Painel multidisciplinar sobre curricularização da extensão na Universidade de Passo Fundo

20h30min às 21h – Painel de encerramento

(Assessoria de imprensa Sindilat/RS com informações da UPF)

Jornalistas do Correio do Povo, Zero Hora e da Emater/RS levaram os primeiros lugares em suas categorias na 6ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. A revelação do pódio foi feita de maneira virtual na tarde desta terça-feira (8/12), com transmissão via Facebook. O jornal O Informativo do Vale, a Rádio Guaíba e a Rádio Press também destacaram-se nas categorias Impresso, On-line e Eletrônico, respectivamente (confira lista completa abaixo).  

Na categoria Impresso, o 1º lugar foi para o repórter Danton Júnior, do Correio do Povo, com o trabalho “Área em transformação”, que teve colaboração do jornalista Otto Tesche. Na categoria Eletrônico, a ganhadora foi Ellen Bonnow, da Emater/RS, com o trabalho “Programa de dieta para vacas em lactação está aumentando a produtividade de leite”. Na categoria On-line, o 1º lugar ficou Karen Viscardi, da Zero Hora, com o trabalho “Leite A2 é opção para intolerantes e alérgicos à proteína do produto”, que contou com a colaboração de Leticia Szczesny. Neste ano, a premiação recebeu inscrições de 32 trabalhos publicados entre 26/10/2019 e 23/11/2020, que foram avaliados pela Comissão Julgadora composta por representantes do Sindicato dos Jornalistas (Sindjor-RS), da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), da Farsul e da Fetag. 

Conforme destacou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, neste ano, por conta da pandemia de Covid-19, a importância do trabalho da imprensa foi reforçada mesmo com os desafios impostos. "Chegamos a pensar no cancelamento desta edição justamente pela dificuldade de fazer matérias no interior, mas também achávamos que, nesse período, as notícias não pararam e os meios de comunicação foram e estão sendo fundamentais", avaliou. Parte da Comissão Julgadora, a presidente do Sindjor-RS, Vera Daisy Barcellos, afirmou que iniciativas como o prêmio, que valorizam a produção dos profissionais de comunicação, são altamente relevantes. "É um evento valioso para a categoria", pontuou.

Conheça os vencedores:
Impresso
- 1º lugar: Danton Júnior, do Correio do Povo, com o trabalho “Área em transformação” - colaboração do jornalista Otto Tesche
- 2º lugar: Nereida Vergara, do Correio do Povo, com o trabalho “Do balde ao Robô”
- 3º lugar: Mônica da Cruz, do O Informativo do Vale, com o trabalho: “Investimento no bem-estar para garantir a produção”

On-line
- 1º lugar: Karen Viscardi, da Zero Hora, com o trabalho “Leite A2 é opção para intolerantes e alérgicos à proteína do produto” - colaboração de Leticia Szczesny
- 2º lugar: Leonardo Vieceli, da Zero Hora, com o trabalho “Preço do leite sobe com mudança no consumo e dólar em alta”
- 3º lugar: Alessandra Bergmann, do Campo e Batom, com o trabalho “Pesquisadoras em silagem de colostro e mastite no gado leiteiro”

Eletrônico
- 1º lugar:  Ellen Bonnow, da Emater/RS, com o trabalho “Programa de dieta para vacas em lactação está aumentando a produtividade de leite”
- 2º lugar: Sandro Fávero, Rádio Guaíba, com o trabalho “Pedido de socorro de produtora de leite repercute todo o país”
- 3º lugar: Alessandra Bergmann, do Campo e Batom, com o trabalho “Pesquisadoras em silagem de colostro e mastite no gado leiteiro”

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) anunciará, nesta terça-feira (08/12), às 14h, os vencedores da 6ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. Em função da pandemia, a entrega será realizada de forma virtual e poderá ser acompanhada através do Facebook do sindicato (https://www.facebook.com/sindilatrs/posts/1779682458857253). Neste ano, o prêmio reconhece trabalhos nas categorias On-line, Impresso e Eletrônico.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o prêmio é de extrema importância, em especial neste ano, pois enaltece o trabalho realizado pelos jornalistas, que se mantiveram ativos para levar informação do campo à cidade. "Estamos muito contentes em promover mais uma edição do prêmio. Certamente, recebemos excelentes matérias sobre o setor lácteo, que ilustram muito bem os desafios e as conquistas do segmento ao longo do ano".

Conheça os Finalistas:

Eletrônico

Alessandra Bergmann
Programa Campo e Batom
Reportagem: Pesquisadoras em silagem de colostro e mastite no gado leiteiro

Ellen Bonow
Programa Emater/RS
Reportagem: Programa de dieta para vacas em lactação está aumentando a produtividade do leite

Sandro Fávero
Rádio Guaíba/Correio Rural
Reportagem: Pedido de socorro de produtora de leite repercute em todo país

Online

Alessandra Bergmann
Programa Campo e Batom
Reportagem: Pesquisadoras em silagem de colostro e mastite no gado leiteiro

Karen Viscardi
GaúchaZH
Reportagem: Leite A2A2 é opção para intolerantes e alérgicos à proteína do produto

Leonardo Vieceli
GaúchaZH
Reportagem: Preço do Leite sobe com mudança no consumo e dólar em alta

Impresso

Danton Jr
Correio do Povo
Reportagem: Área em transformação

Monica da Cruz
O Informativo
Reportagem: Investimento no bem-estar para garantir produção

Nereida Vergara
Correio do Povo
Reportagem: Do balde ao robô

Foram conhecidos nesta sexta-feira (4/12) os finalistas do 6º Prêmio Sindilat de Jornalismo. Em reunião virtual, a Comissão Julgadora compilou suas avaliações nas categorias Impresso, Eletrônico e Online e apresentou os trabalhos mais bem colocados. Segundo a presidente da Comissão, a jornalista Vera Daisy Barcellos (Sindicato dos Jornalistas), foi uma honra representar o time, que também contou com os jornalistas Antônio Goulart (ARI), Gerson Raugust (Farsul) e Eduardo Oliveira (Fetag). A Comissão Julgadora também teve voto da equipe Sindilat.
 
Em um ano impactado pela pandemia de Covid-19, os participantes tiveram que driblar as restrições para manter a reportagem de campo. “Repórter tem que fazer entrevistas, contraponto e uma apuração criteriosa”, indicou a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do RS, ressaltando os critérios que fizeram o diferencial na escolha dos vencedores.
 
Neste ano, a entrega do 6º Prêmio Sindilat de Jornalismo será realizada de forma virtual. A live de anúncio dos vencedores será no dia 8/12, às 14h, por meio do Facebook do Sindilat.

Conheça os Finalistas:

Eletrônico
Alessandra Bergmann
Programa Campo e Batom
Reportagem: Pesquisadoras em silagem de colostro e mastite no gado leiteiro

Ellen Bonow
Programa Emater/RS
Reportagem: Programa de dieta para vacas em lactação está aumentando a produtividade do leite

Sandro Fávero
Rádio Guaíba/Correio Rural
Reportagem: Pedido de socorro de produtora de leite repercute em todo país
 
Online
Alessandra Bergmann
Programa Campo e Batom
Reportagem: Pesquisadoras em silagem de colostro e mastite no gado leiteiro
 
Karen Viscardi
GaúchaZH
Reportagem: Leite A2A2 é opção para intolerantes e alérgicos à proteína do produto

Leonardo Vieceli
GaúchaZH
Reportagem: Preço do Leite sobe com mudança no consumo e dólar em alta
 
Impresso 
Danton Jr
Correio do Povo
Reportagem: Área em transformação
 
Monica da Cruz
O Informativo
Reportagem: Investimento no bem-estar para garantir produção
 
Nereida Vergara
Correio do Povo
Reportagem: Do balde ao robô

O deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR) vai presidir a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na gestão 2021/2022. Atual vice-presidente do colegiado, que reúne mais de 200 deputados e senadores, Souza substituirá o gaúcho Alceu Moreira (MDB-RS), que ocupa a presidência há quase dois anos. O parlamentar paranaense foi escolhido durante eleição realizada nesta terça-feira (1/12).

Sérgio Souza vai coordenar a articulação para aprovação de projetos e de propostas de interesse do setor agropecuário na Câmara dos Deputados e no Senado. Garantir segurança jurídica ao homem do campo e à ampla cadeia industrial do setor é uma das pautas que serão trabalhadas em sua gestão em conjunto com todas as instâncias do Poder Judiciário. “Queremos desmistificar que o campo faz mal à natureza e à saúde do ser humano como tem sido pregado por alguns grupos", afirmou. Para ele, esse será um dos grandes desafios de sua gestão, que será focada na harmonização e no diálogo do Legislativo com todos os Poderes.

O presidente eleito da FPA tem amplo trânsito nas duas Casas do Congresso Nacional, o que deve facilitar essa atuação na presidência da FPA. Advogado com especialização em Direito Eleitoral, Sérgio Souza é natural de Ivaiporã (PR). A ligação com o setor rural faz parte de sua trajetória. Na Câmara dos Deputados, presidiu a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

Foto em destaque: Reprodução YouTube 

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra e o secretário-executivo, Darlan Palharini, além de outros associados do Sindicato estiveram presentes representando a entidade no 10º Simpósio da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq), que ocorreu na tarde de quinta-feira (26/11), de maneira virtual. Com cerca de 170 participantes, o evento teve como objetivo entender o panorama da produção e do consumo durante a pandemia de Covid-19, além de trazer novas estratégias para a indústria brasileira de queijos e iogurtes, expectativas e balanço do setor em 2020.

Com uma ampla apresentação de dados, Raquel Pereira, diretora da Kantar, empresa de consultoria e pesquisa, expôs o bom período que o setor queijeiro vive, mesmo em um ano de crise. O motivo do crescimento, afirmou ela, foi a permanência dos consumidores dentro de suas residências, o que proporcionou um aumento de 27% nos momentos de consumo, como os cafés da manhã e lanches durante o dia. "O que está por trás desse movimento é o prazer e a praticidade. Esses atributos estiveram mais conectados a esses momentos", pontuou. Durante a pandemia, de janeiro a setembro, os queijos estiveram presentes em mais de 4 milhões de novos domicílios brasileiros.

Mussarela, prato, coalho e minas frescal foram os tipos de queijo com maior alta no consumo. Esse último demonstra, segundo Raquel, um apelo aos alimentos saudáveis, outra tendência que deve ser observada pelas indústrias para o próximo ano. A diretora aconselhou, para 2021, que as empresas estejam atentas aos preços dos seus produtos, aumentem as regiões onde estão localizados e adentrem novos canais de compra, visto que o delivery também é uma crescente observada no período. "Marcas que entendem a fundo o consumidor conseguem crescer mesmo no cenário desafiador", destacou. O presidente da Abiq, Fábio Scarcelli, que conduziu o evento, afirmou que as indústrias devem manter o nível que está sendo trabalhado tanto do preço do leite ao produtor, quanto dos produtos. Ele destacou o aumento do consumo: "Isso foi muito bom, espero que venha pra ficar", celebrou.

A gravação completa do Simpósio será disponibilizada no a partir do dia 30/11 no site da Abiq: https://www.abiq.com.br/index.asp

O 3 ° Fórum Internacional do Agronegócio, evento promovido de forma online pela Câmara Brasil – Alemanha nesta quinta-feira (26/11,) teve suas atenções voltadas ao segmento lácteo nesta edição. Representantes de entidades do setor, do sistema financeiro, laticínios e empresas de tecnologia estiveram presentes no debate.

O secretário-executivo do Sindicato da indústria de Lácteos e Derivados do RS (Sindilat), Darlan Palharini, participou do fórum e apresentou um balanço e perspectivas para a cadeia produtiva em 2020 e 2021. “Este ano foi desafiador, e o agronegócio saiu fortalecido pela sua importância econômica e social”, afirmou Para 2021, o dirigente prevê que o setor enfrentará mais um desafio, este já conhecido dos gaúchos; a estiagem, fenômeno climático que se repete no Estado com uma frequência de cinco episódios a cada 10 anos. De acordo com Palharini, é preciso uma política de Estado para garantir acesso de agricultores à irrigação. Para isso, o Sindilat, em conjunto com outras entidades do setor e representantes do meio empresarial vem discutindo a construção de uma proposta permanente para fazer frentes às frequentes estiagens.

Outro grande desafio em curso é a Reforma Tributária, em que o setor está mobilizado para tentar garantir a manutenção dos créditos presumidos que tanto tem fomentado a atividade e contribuído para amenizar a guerra fiscal entre os demais estados produtores de leite e derivados. O alerta, segundo Darlan, vem também para impedir que o êxodo na atividade se repita. “Nos últimos anos foram mais de 35 mil produtores de leite que saíram da atividade no Rio Grande do Sul. Esta é uma questão social importante que precisa de atenção”, pontuou.

Darlan Palharini ainda apresentou estatísticas da produção nacional e da atividade leiteira. O país tem cinco grandes estados que concentram a maior parte da produção leiteira nacional, sendo o RS o terceiro em volume, com uma captação de 4,2 bilhões de litros computados em 2019. A Região Sul por sua vez, detém a maior fatia dessa produção, uma vez que os três estados figuram no ranking dos 5 maiores. O líder, Minas Gerais, apresentou no ano passado um volume de 9,4 bilhões de litros. “No nosso Estado, a cadeia láctea representa 2,81% do PIB gaúcho. São 242 empresas considerando todos os níveis de inspeções e 150 mil produtores”, elencou.

O presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, comentou sobre importante investimento da agroindústria, com sede em Teutônia (RS), com a aquisição de maquinários de grande porte em parceria com a alemã Claas, ação que acaba por beneficiar todo o contingente de associados. No entanto, o maior investimento da cooperativa nos últimos anos foi o sistema de rastreabilidade digital da produção, algo considerado inédito que coloca a cooperativa como case internacional nesta área.

O processo foi realizado junto com a SIG Combibloc, umas maiores fabricantes mundiais de sistemas de envase e embalagens cartonadas assépticas. A tecnologia empregada permite que consumidores conheçam mais sobre a qualidade do leite e a rastreabilidade a partir do processo de industrialização. A solução digital desenvolvida pela SIG Brasil utiliza um QR Code exclusivo por embalagem e outro por caixa, além de um código de barra por pallet, todos impressos durante a fabricação dos produtos lácteos na Languiru. Esses códigos garantem a rastreabilidade a partir da industrialização do leite até o ponto de venda, além de trazer informações sobre a qualidade da matéria-prima no seu processo de produção. Segundo a PhD em Engenharia de Alimentos Katherine de Matos, pesquisa recente mostrou que 65% dos consumidores querem saber a história do produto e a origem dos ingredientes utilizados em processos de fabricação. “Hoje, a ausência de rastreabilidade traz consequências graves aos processos produtivos”, afirmou, mostrando preocupação com os números de denúncias que chegam à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom). “São 7,3 milhões de recalls no setor de alimentos e bebidas, com um índice de produtos recolhidos de apenas 14,5%’, pontuou. Segundo ela, a pandemia elevou ainda mais a importância de processos de qualidade que têm na rastreabilidade um de seus pilares.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) participou nesta quarta-feira (25/11) da reunião virtual do Conselho Nacional Agroindustrial (Conagro), que reuniu representantes de variadas entidades do agronegócio gaúcho. O encontro debateu o aumento do percentual da área irrigada de milho no Rio Grande do Sul. O presidente do Sindilat e coordenador da Conagro, Alexandre Guerra, considera necessário o diálogo com produtores, representantes do governo e de entidades para a expansão da área irrigada no RS. “Precisamos trabalhar estes dois projetos debatidos na reunião pois são importantíssimos pro desenvolvimento do setor, tanto irrigação quando o da logística, que se floram ainda mais nestes momentos de estiagem e aumento de custo de produção que afetam de forma direta na competitividade das nossas indústrias ligado ao setor Agro", destaca.

Hoje, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentados pelo presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do RS (FecoAgro/RS), Paulo Pires, apenas 10,07% da área total plantada com o grão no Estado é irrigada. O que faz com que as perdas em anos de estiagem, como foi 2020, sejam bastante significativas. A estimativa, de acordo com Pires, é que a safra de milho de 2020/2021 no Estado feche em cerca de 3,5 milhões de toneladas, em função da falta de chuva, o que representa um encolhimento bastante expressivo. Regiões representativas para a produção como Noroeste, Alto Uruguai e Missões foram bastante afetadas, contribuindo para essa projeção. “Quando a seca é atípica, isto é, quando não está chovendo nas épocas em que mais choveria, como em setembro e outubro, não tínhamos um histórico tão grande na quebra de milho. Esse ano, pela época da seca, achamos que vamos ter uma quebra muito significativa no milho”, afirma.

Otimista quanto à utilização dos sistemas de irrigação para driblar os efeitos da estiagem, Pires trouxe aos representantes o exemplo prático de São Luiz Gonzaga, no Noroeste do Estado. Em julho de 2012, quando na época atuava na Coopatrigo, o dirigente realizou um encontro com 26 produtores da região, onde mostrou que o sistema não estava fora do alcance de suas propriedades. “Depois dessa reunião, houve uma evolução na área irrigada em São Luiz”, declarou. Expansão que hoje é constatada por dados. Conforme levantamento do IBGE, 81,6% da área total de produção de milho no município é de lavoura irrigada. Para que o Estado apresente crescimento semelhante, o presidente defende que é necessário que se tenha uma visão estratégica de que a irrigação é de interesse social e público, além de ser preciso ter financiamento específico e incentivos. “Temos que criar um ambiente em que o produtor se sinta seguro em fazer um investimento desses”.

Para o secretário-executivo do sindicato, Darlan Palharini, é importante desenvolver políticas públicas e de planejamento do Estado neste sentido. Na ocasião, também foi apresentada proposta de implantação da "Ferrovia da Integração".