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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.430


Setor de alimentos quer garantir operações mesmo com restrições de prefeituras e Estados

Com novas restrições para a circulação de pessoas adotadas em várias partes do país para conter a disseminação da covid-19, associações do setor produtivo e representantes das empresas responsáveis por mais de 80% da produção e distribuição de alimentos e bebidas no Brasil, e do varejo lançaram o movimento “Alimento é essencial”.

Segundo as entidades, a iniciativa pretende alertar sobre a importância da produção de alimentos e bebidas e de sua cadeia de logística e de vendas e também garantir que continuem funcionando sem interrupção ou restrições mesmo durante os momentos críticos da pandemia. “Desde março de 2020, toda a cadeia produtiva vem empreendendo esforços para cuidar dos seus colaboradores. Rígidos processos de segurança, com investimentos da ordem de R$ 21,9 bilhões, foram feitos para preservar as equipes e evitar a paralisação das plantas. Ações fundamentais para garantir que não houvesse desabastecimento de alimentos e bebidas para a população brasileira”, dizem as entidades em carta aberta. “No momento em que o Brasil enfrenta o pior momento da pandemia, essencialidade do setor de alimentos e bebidas para que seja garantida a manutenção de suas atividades e, com isso, afastado o risco de desabastecimento ou de desperdício de alimentos”, continua o texto.

A carta afirma que qualquer interrupção teria efeitos negativos não só para a produção e o abastecimento, mas também para o armazenamento de produtos perecíveis que, ao não serem processados ou distribuídos, deixam de estar aptos para consumo. Entre as entidades que aderiram ao movimento estão Abiarroz, Abitrigo, Abras, Cecafé, Viva Lácteos, CitrusBR, OCB e Abicab. (Valor Econômico)


China – No primeiro bimestre do ano as importações de lácteos subiram quase 28%

Depois de anos de paciente espera, finalmente os produtores de leite do mundo puderam voltar a ver este mês o preço do leite em pó acima de US$ 4.000/tonelada na plataforma Global Dairy Trade da neozelandesa Fonterra. A explicação atrás do fenômeno estava na firme demanda da China. E agora as estatísticas oficiais das alfândegas do país asiático confirmam.

No primeiro bimestre de 2021 as importações chinesas de produtos lácteos (posições 0401 a 0406) totalizaram 715.562 toneladas, um volume 27,8% superior ao registrado no mesmo período de 2020. Em equivalente litros de leite é um aumento de 19,6%.

“Para se ter uma ideia do que representam as importações da China expressas em litros equivalente leite, no primeiro bimestre de 2021 se aproximou de 30% da produção total da Argentina em 2020, ou 175% da produção do Uruguai”, explicou o boletim da consultoria Economia Láctea.

“Estes dados, mais o que ocorreu com o milho, confirmam cada vez mais a ideia de que a China está na segunda onda, não do Covid, mas de consumo”, acrescentou.

No que se refere ao leite em pó integral, entre janeiro e fevereiro deste ano as compras chinesas totalizaram 242.290 toneladas, uma cifra 9% maior do que a registrada no primeiro bimestre de 2020. Quase 95% das vendas foram da Nova Zelândia com preços FOB médios de US$ 3.211 e US$ 3.405 a tonelada, em janeiro e fevereiro, respectivamente.

Mas o dado é que as compras de leites fluidos tiveram um incremento interanual de 62% ao registrar a colossal cifra de 156.066 toneladas no primeiro bimestre de 2021. “Neste caso a participação dos fornecedores está mudando: enquanto em 2020 a Alemanha abastecia 35%, Nova Zelândia 31% e o resto se dividia entre 25 outros países, em 2021, a Nova Zelândia caiu para 26,2%; enquanto que a Alemanha manteve os 35% e a Polônia alcançou 15% do mercado”, explicou a Economia Láctea.

No entanto, as importações de soro e derivados cresceram 50% em relação ao primeiro bimestre de 2020 para registrar um volume de 126.221 toneladas. Neste caso, o principal fornecedor foi os Estados Unidos com participação de 37,2% do mercado. (Fonte: Bichos de Campo)

Conseleite/MG: queda de 0,73% na projeção do preço do leite entregue em março

A diretoria do Conseleite Minas Gerais se reuniu hoje (24/03) e atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprovou e divulgou:

a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2021 a ser pago em Março/2021.

b) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Março/2021 a ser pago em Abril/2021.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite padrão, maior e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Com o objetivo de apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no site do Conseleite/MG. (As informações são do Conseleite/MG, adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Irrigação - Subcomissão leva proposta a Leite
A Subcomissão de Irrigação e Enfrentamento da Estiagem da Assembleia Legislativa repassou ontem ao governador Eduardo Leite a proposta que deve servir de base para um projeto destinado a ampliar a irrigação das lavouras gaúchas, hoje limitada a 10% da área total de plantio. Entre as sugestões estão a melhoria da qualidade da rede elétrica rural para o uso de equipamentos, construção de reservatórios, simplificação do licenciamento ambientalecriação de linhas de crédito para investimento. Concluído em agosto do ano passado, o documento foi entregue pelo presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia, Adolfo Brito; pelo vice, Ernani Polo; e pelo relator da subcomissão, Elton Weber. (Correio do Povo)


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Porto Alegre, 24 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.429


Projeto de Lei incentiva compra de laticínios locais para merenda escolar

A Câmara dos Deputados aprovou, por 330 votos a 49, requerimento de urgência para o Projeto de Lei 3292/20, do deputado Vitor Hugo (PSL-GO), que determina o uso de 40% dos recursos destinados à compra de leite no cardápio da merenda escolar para aquisições de laticínios locais, permitindo inclusive a dispensa de licitação se o preço for compatível com o do mercado local.

Com a aprovação da urgência, a proposta poderá ser votada diretamente no Plenário. Segundo o comentarista Benedito Rosa, esse projeto é importante porque tem a probabilidade de abrir uma faixa de mercado para a produção local de leite e laticínios, entrando no mercado institucional. “Estamos falando do Programa Nacional de Alimentação Escolar, que atende 150 mil escolas com 42 milhões de estudantes. Imaginem, o tamanho desse mercado”, disse.

Atualmente, a compra é feita por meio de licitação por parte das prefeituras, caso o projeto seja aprovado, a licitação continuará, mas algumas condições serão obedecidas para favorecer os produtores de leite locais. “O orçamento do PNAE é de R$ 4 bilhões por ano e as grandes indústrias estão tirando a maior parte do proveito desse mercado. Esse projeto quer estabelecer algumas condições para que os pequenos possam ter mais chances”. Segundo ele, isso pode significar renda e previsibilidade para um setor que sempre vive uma incógnita. (Canal Rural)


Pecuária terá seguro inédito para perda de pasto

Seguradoras e resseguradoras brasileiras e estrangeiras uniram-se para criar um modelo inédito de seguro “de índice”, que cobrirá perdas de pastagens causadas por eventos climáticos, principalmente a seca. A novidade, que será lançada hoje, inclui o uso da tecnologia de monitoramento por satélites da Airbus.

Batizada de “Pastagem Protegida - Índice”, a ferramenta foi elaborada pelas resseguradoras Scor e IRB Brasil e pela seguradora Essor. As operações de campo serão gerenciadas pela AgroBrasil, braço agrícola da Essor no país. O seguro de índice, também conhecido como “paramétrico”, baseia-se em históricos de eventos naturais para calcular a probabilidades de ocorrência ou não de problemas climáticos em uma área determinada.

Caso esse índice seja alcançado, a cobertura pode ser acionada. Segundo as empresas envolvidas, esse é o primeiro seguro paramétrico de pastagens do país e também o primeiro para a agropecuária em geral que utiliza imagens de satélites de passagem. “Esse tipo de produto pode ser um divisor de águas e dará suporte aos produtores na adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis”, disse, em comunicado, Laurent Rousseau, CEO da Scor Global.

O modelo tem por base o Índice de Produção de Pastagem da Airbus Defesa e Espaço (GPI). A ferramenta combina tecnologia de detecção remota com informações sobre o clima para monitorar regularmente áreas de pecuária e estimar perdas de produção causadas por eventos climáticos.

Com base nessas informações, a AgroBrasil indenizará os pecuaristas que tiverem prejuízos nas pastagens. Os produtores poderão usar o dinheiro do seguro para comprar forragem para alimentar o gado, além de permitir aos pecuaristas aumentar a produção por hectare sem precisar de terra adicional para pasto.

“O que mais preocupa é a seca, que exige que o produtor leve o gado para outra área ou compre silagem. É um risco catastrófico, que afeta também os pecuaristas vizinhos. Com os preços de insumos e ração em alta, a receita do produtor acaba afetada”, disse ao Valor Laura Neves, CEO da AgroBrasil. A vice-presidente executiva de Resseguros do IRB Brasil, Isabel Blazquez Solano, disse em nota que, com o produto, a indústria do seguro consegue transferir ganhos potenciais de forma efetiva aos pecuaristas por meio da transformação digital no agronegócio.

As empresas mapearam áreas com pecuária extensiva e mais variações climáticas, como as regiões Centro-Oeste e Sul, Triângulo Mineiro, interior de São Paulo e localidades na Bahia. Laura Neves explica que o satélite consegue definir índices para pequenos perímetros de terra, o que permite uma análise detalhada da produção tanto de grandes áreas de pecuária extensiva quanto de núcleos de atividade familiar. A ferramenta “Pastagem Protegida - Índice” poderá ser acessada via plataforma online fornecida pelas empresas.

O seguro paramétrico de lavouras já existe no Brasil, apesar de não ser tão disseminado. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) está desenvolvendo um projeto para fornecer dados a uma plataforma única com indicadores para esses modelos de cobertura. (Valor Econômico)

Importações de produtos lácteos dos EUA estão lentas

Os Estados Unidos importaram menos produtos lácteos no início da pandemia, à medida que as ofertas locais supriam as necessidades e as cadeias de suprimentos globais sofriam interrupções sem paralelo.

De acordo com o Global Agricultural Trade System (GATS) do USDA, os Estados Unidos importaram US$3,3 bilhões em produtos lácteos em 2020, uma queda de 2,2% em relação a 2019, após o ajuste para o dia bissexto. No entanto, a trégua durou pouco, de acordo com Monica Ganley, analista do Daily Dairy Report e diretora da Quarterra, uma empresa de consultoria na Argentina.

Em janeiro de 2021, as importações estavam mais uma vez em alta; o valor das importações de lácteos dos EUA estabeleceu um novo recorde para o mês de US $ 267,6 milhões, um ganho de 9,5% ano a ano.

Uma queda nas compras de queijo levou à redução das importações no ano passado. Com 164,92 milhões de quilos, as importações anuais de queijo foram as mais fracas desde 2014. “A incerteza prevalecente do ano, combinada com a demanda de foodservice muito diminuída, provavelmente empurrou as importações para baixo, mesmo que os produtos dos EUA às vezes representassem um prêmio significativo em relação aos produtos dos concorrentes globais”, disse Ganley. “Além disso, as importações de queijo da União Europeia foram limitadas por tarifas retaliatórias vinculadas à disputa Boeing-Airbus. Essas tarifas foram suspensas temporariamente.”
A redução nas importações provavelmente ajudou a evitar um maior acúmulo de estoques de queijo à medida que a forte produção doméstica enchia os armazéns, mas essa tendência pode estar mudando, acrescentou ela. Espelhando a tendência anual nas importações gerais, as importações de queijo também melhoraram em janeiro, aumentando 8,5% para chegar a 13,33 milhões de quilos.

Embora as importações de manteiga em 2020 tenham caído 6,2% com relação ao ano anterior, a categoria de manteiga e gordura do leite estabeleceu um recorde no ano passado de 67,63 milhões de quilos, um aumento de 0,4% após contabilizar o dia bissexto. A alta de 12,7% nas importações de gordura anidra do leite (AMF) impulsionou a maior parte do aumento da categoria, segundo dados do GATS.

“A força das importações de gordura do leite de 2020 é curiosa, considerando que a manteiga dos EUA era barata na maior parte do ano”, observa Ganley. “Os preços da manteiga à vista do CME exibiram uma enorme volatilidade nos primeiros meses da pandemia, mas na segunda metade do ano, os preços da manteiga nos Estados Unidos estavam historicamente baixos e baratos em relação ao produto de outros fornecedores internacionais. O dólar fraco também deve ter desencorajado importações adicionais.”

No entanto, a maré parece ter mudado, de acordo com Ganley. “As compras agressivas por compradores chineses aumentaram os preços globais e isso provavelmente atrairá a gordura disponível para a Ásia, e não para os Estados Unidos”, diz ela. “Além disso, a contínua fraqueza do dólar e complicações logísticas podem desencorajar as importações adicionais de manteiga e gordura do leite este ano.”

Os dados do GATS de janeiro mostram que, ao contrário das importações de queijo e laticínios em geral, as importações totais de manteiga e gordura do leite caíram 27,5% em comparação com janeiro de 2020, sugerindo que uma mudança já poderia estar ocorrendo. “A redução das importações de gordura deve ajudar o mercado de manteiga a se equilibrar este ano”, acrescentou ela. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Uruguai – Captação de leite em fevereiro registrou o máximo para o mês

A captação de leite pelas indústrias do Uruguai registrou aumento de 5,5% em fevereiro em comparação com o mesmo mês do ano passado, e atingiu o máximo histórico para o mês, de acordo com os dados publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale). Totalizou 137,5 milhões de litros, uma recuperação em relação aos 130,3 milhões de fevereiro do ano passado. No primeiro bimestre do ano a captação totalizou 301,6 milhões de litros, 5,9% acima dos 284,8 milhões alcançados em janeiro-fevereiro de 2020. Nos últimos doze meses móveis (março 2020-fevereiro 2021) a captação foi de 2.093 milhões de litros, um incremento de 5,5% em relação a igual período anterior. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


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Porto Alegre, 23 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.428


Valor projetado do leite é de R$ 1,3786 em março no RS

O valor de referência do leite projetado para o mês de março no Rio Grande do Sul é de R$ 1,3786, 0,73% abaixo do consolidado de fevereiro (R$ 1,3887). Os dados compilados no período de 1º a 10 de março foram divulgados em reunião virtual do Conseleite nesta terça-feira (23/03), data em que Alexandre Guerra assumiu como coordenador do colegiado. Atual vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Guerra representa as indústrias e segue na gestão ao lado de Rodrigo Rizzo, assessor da Farsul, que agora é vice-coordenador. “Os números mostram estabilidade no mix comercializado. Estamos entrando em um período de entressafra e, nos próximos dias, teremos uma redução mais acentuada da coleta de leite no campo. Isso deve impactar nos preços ao consumidor”, previu Guerra.

Segundo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Finamore, apesar da redução em março, o valor está 11,78% acima da média do mesmo período de 2020. “Aparentemente, arrefeceu-se a queda do valor de referência no Rio Grande do Sul”, constatou. A expectativa, explicou o economista, é que o avanço da vacinação contra a Covid-19 garanta a retomada do crescimento econômico. “Estávamos em ciclo de recuperação que foi congelado pela pandemia”, informou. Sobre o leite, ponderou que falta ao Brasil um plano claro de desenvolvimento lastreado na exportação. “A demanda neste ano deve se manter no patamar de 2020, talvez um pouco acima.”

No campo e na indústria, a pressão de custos preocupa. De acordo com Rodrigo Rizzo, a variação cambial traz impacto direto na rentabilidade das propriedades. As indústrias também informam estarem operando sem margem nos últimos meses. “A expectativa é que a retomada do auxílio emergencial pago a famílias de baixa renda ajude, apesar de o valor estar menor e mais restritivo em relação ao concedido em 2020”. Outro agravante na crise do setor lácteo nacional refere-se à importação. Apesar de os patamares ainda estarem elevados, dados indicam tendência de diminuição das aquisições em função do aumento dos preços internacionais e valorização do dólar, o que torna a produção interna mais competitiva.

Apil e Fetraf-Sul passam a integrar o Conseleite
Durante a reunião, o Conseleite também aprovou seu novo regulamento. Pelo regimento, também ganham cadeiras efetivas no Conseleite a Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do RS (Apil) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul), passando de 16 para 18 entidades integrantes. Também foi definido que, a partir de agora, a gestão do Conseleite ficará a cargo de um coordenador, excluindo-se o título de presidente utilizado até então. Os diretores passarão a ser denominados conselheiros. (Fonte: Assessoria de Imprensa Sindilat)


Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 23 de Março de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2021, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2021 é de R$ 2,8367/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

Arrecadação federal bate recorde

Brasília – A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 127,747 bilhões em fevereiro, melhor resultado para o mês na série histórica da Receita Federal. O valor significou aumento de 4,3% ante igual mês de 2020. Frente a janeiro, porém, há queda de 29,72%. O resultado positivo na leitura de fevereiro decorre do comportamento das principais variáveis macroeconômicas e da arrecadação extraordinária de R$ 5 bilhões a mais no Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O comportamento dos tributos sobre o comércio exterior também influenciou. Por outro lado, as compensações tributárias cresceram 82,94% ante o mesmo mês de 2020. No acumulado do ano até fevereiro a arrecadação somou R$ 307,968 bilhões, também recorde para o primeiro bimestre. O montante ainda representa avanço de 0,81% em relação aos primeiros dois meses do ano passado.

Ao citar os dados de fevereiro como positivos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, antecipou que os primeiros resultados de março da arrecadação federal ainda mantêm ritmo de alta, mas admitiu que as receitas devem ter recrudescimento a partir da segunda quinzena. “Com essa nova pancada na economia é evidente que devemos sofrer impacto na segunda quinzena de março e em abril”, previu. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Pronaf - Mapa prorroga validade da DAP

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prorrogou o prazo de validade das Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAPs) devido à pandemia do coronavírus. A portaria n° 121 estende por seis meses a vigência das declarações com vencimento entre 31 de março de 2021 e 30 de setembro de 2021. O Sistema da DAP atualizará automaticamente as datas de validade das declarações. (Correio do Povo)


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Porto Alegre, 22 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.427


CNA aponta caminhos

Há muitos requisitos para que um pequeno empreendedor rural consiga concretizar negociações com o mercado externo. Por esta razão, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) decidiu colocar consultores para atender individualmente os interessados neste processo em cada Estado. No Rio Grande do Sul, o responsável por este trabalho é Arturo Muttoni, que, em parceria com a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), vem orientando empreendimentos em áreas como fruticultura, mel, lácteos, erva-mate e noz-pecã. Muttoni reforça que o processo de exportação não é simples e há necessidade de paciência para atender critérios internacionais. Segundo ele, além das questões burocráticas – caso das inúmeras certificações sanitárias, diferentes para cada destino –, é imperativo um profundo comprometimento com a qualidade e a regularidade na produção, sob pena de fechar mercados ao invés de consolidá-los. “A produção dos empreendimentos não pode estar totalmente comprometida com o mercado nacional, deve haver capacidade para atender os pedidos e a possibilidade de ampliação, inclusive”, adverte.

O consultor explica que desde o início do Programa Agro.BR, em março do ano passado, foram feitas capacitações com os 70 empreendedores rurais gaúchos (a maioria pequenos) inscritos no programa.

Entre eles, 20 já participam das rodadas de negócios. Essas capacitações, que ocorrem para os inscritos de todo o país, envolvem conhecer as particularidades de cada mercado, a cultura das nações alvos e os hábitos de consumo. “Em razão da pandemia, a maioria dos eventos foi on-line, o que nos permitiu chegar a um público maior que o imaginado inicialmente”, diz Muttoni, ao observar que, mesmo estando instalado na federação gaúcha, atende os três estados da Região Sul.

Além dos treinamentos para entendimento do comércio internacional e das barreiras legais a serem vencidas, os participantes do Agro.BR contam com apoio mercadológico. “As empresas que já estão em fase mais adiantada no processo fornecem um portfólio de seus produtos em português, que é traduzido pelo programa para o inglês, o espanhol e o mandarim”, destaca Muttoni. Estes portfólios estarão expostos, a partir de abril, na vitrine do Agro.Br, site em fase de finalização e que tornará disponível para o mundo – como divulgação e não como marketplace – o que pequenos e médios agricultores brasileiros podem oferecer. O consultor acrescenta ainda que é um mito achar que, para conseguir exportar, o pequeno e o médio agricultores terão de lotar sozinhos um contêiner no Porto de Rio Grande. “O envio de cargas pode ser em contêineres compartilhados, via rodoviária para a América Latina ou mesmo por avião, em cargas menores ou para demonstração”, destaca.

O professor de Economia da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), Marcos Lélis, é categórico ao falar dos efeitos que a iniciativa da CNA pode ter sobre a economia nacional, melhorando a distribuição de riquezas e dando impulso para que os pequenos e médios empreendimento rurais cresçam. “Só fazendo é que esse segmento conseguirá entender o processo e evoluir”, afirma. Lélis acredita que os empreendimentos que atingirem o status de exportadores tendem a avançar e ganhar “musculatura” e eficiência, o que favorecerá também a qualificação de seus produtos para atender o mercado interno.

Cooperativas dão escala
De acordo com a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Ligia Dutra, o Programa Agro.BR contempla nacionalmente um número significativo de cooperativas, que facilitam o processo exportador, já que ampliam a capacidade produtiva e diluem custos. No Rio Grande Sul, entre as que participam do Agro.BR estão as cooperativas Apícola do Pampa Gaúcho (Cooapampa), de Apicultores de Ivoti (Cooapi) e Santa Clara, a mais antiga do Estado no segmento de leite e derivados, com mais de 100 anos.

O diretor administrativo e financeiro da Santa Clara e vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, considera a oportunidade dada pela CNA muito valiosa, pois leva o empreendimento do desejo de exportar para a “capacidade de fazer”. Guerra diz que a cooperativa tem participado de todas as capacitações oferecidas pelo Agro.Br, no sentido de aperfeiçoar seus processos e de estar pronta para quando tiver a chance de vender ao exterior. Não há ainda uma data para a primeira exportação, mas o foco da cooperativa é colocar no mundo seus queijos especiais.

“Ainda somos importadores de lácteos, mas as oportunidades estão surgindo”, observa o dirigente. Durante sua gestão na presidência do Sindilat, Guerra levantou a bandeira da qualificação do produto brasileiro para atender a demanda crescente de alguns países por lácteos, como é o caso da China. (Correio do Povo)


Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Oceania – Relatório 11 de 18/03/2021

A Austrália se aproxima do final do verão. Os preços da alimentação estão menores do que um ano atrás, o que pode ajudar na recomposição das margens dos produtores. Existe a percepção de que a produção de leite está em crescimento.

De julho de 2020 a janeiro de 2021 a produção de leite cresceu 0,7% na comparação com o mesmo período anterior (julho 2019-janeiro 2020), de acordo com a Dairy Australia. Em dezembro de 2020 a produção de leite foi de 846 milhões de litros, queda de 2% em relação a dezembro de 2019.

As exportações de lácteos da Austrália de julho de 2020 a janeiro de 2021 atingiram 167.048 toneladas, um aumento de 16,3% em relação a julho de 2019 – janeiro de 2020. Este segmento do mercado subiu rapidamente, impulsionado, particularmente pelas vendas para a China.

Uma entidade que representa a indústria de laticínios da Austrália lançou uma campanha publicitária para incentivar a população local a consumirem mais leite e desfrutar dos produtos lácteos australianos como forma de fortalecer a saúde, bem como apoiar a indústria nacional de laticínios.

Na Nova Zelândia fontes informam que a maior cooperativa de laticínios do país aumentou o pagamento do leite ao produtor passando para a faixa de NZ$ 7,30-NZ$ 7,90 por quilo de sólidos do leite, elevação de quarenta centavos, acompanhando o inesperado aumento do GlobalDairyTrade (GDT) semanas antes.

A mesma empresa informou que, no primeiro semestre do atual ano fiscal, os ganhos dos negócios com a China aumentaram em um terço, compensando as quedas nas operações na América do Norte e Europa.

A Nova Zelândia tem se esforçado para reduzir as emissões de carbono na indústria de laticínios.

Estudo recente classificou a Nova Zelândia como sendo o país mais eficiente na produção de leite com baixa emissão de carbono, entre os principais países produtores de leite. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

Aquisição de leite é a maior em duas décadas

No ano passado os laticínios brasileiros atingiram o maior volume de captação de leite da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que começou em 1997. Foram captados 25,5 bilhões de litros, aumento de 2,1%. Os números contabilizados levam em consideração o estabelecimentos com algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

Os resultados positivos são observados em sequência desde 2017 e trata-se de um recorde para o acumulado anual. Em 2020, na comparação mensal, os únicos meses que apresentaram variações negativas em relação a 2019 foram junho (menos 34,9 milhões de litros) e maio (menos 25,9 milhões de litros). Por outro lado, a variação positiva mais significativa foi constatada em fevereiro (mais 129,9 milhões de litros).

O ano foi marcado por variações na demanda por produtos lácteos, influenciada pelas restrições impostas por conta do isolamento social e pela valorização do leite, acompanhada do aumento dos custos de produção do setor.

Houve aumento no volume captado em 14 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações positivas absolutas mais consideráveis ocorreram em Minas Gerais (mais 224,3 milhões de litros), Paraná (mais 172,5 milhões de litros), Santa Catarina (mais 123,7 milhões de litros), Bahia (mais 103,0 milhões de litros) e Sergipe (mais 63,3 milhões de litros). Em contrapartida, ocorreram quedas em 12 estados, sendo a mais expressiva verificada em Goiás (menos 136,6 milhões de litros). Minas Gerais manteve a liderança no ranking, com 25,5% de participação nacional, seguida pelo Paraná (13,6%) e Rio Grande do Sul (13,0%).

Em relação somente ao 4º trimestre de 2020, a aquisição de leite cru foi de 6,8 bilhões de litros, equivalente a aumentos de 1,1% em relação ao 4° trimestre de 2019, e de 4,0% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

O setor leiteiro é caracterizado por um comportamento cíclico, em que os 4º trimestres regularmente apresentam um pico de produção em relação aos trimestres anteriores, impulsionado pelo período de safra em algumas das principais bacias leiteiras do país. O mês de maior captação dentro do período foi dezembro, no qual foram contabilizados 2,3 bilhões de litros de leite. (Fonte: Agrolink)


Jogo Rápido

Empresas do setor lácteo estão entre as 100 maiores do agro pela Forbes

Anualmente, a Forbes publica uma lista das 100 maiores empresas do agronegócio brasileiro. Sem dúvidas, em um ano marcado pela pandemia, o agronegócio foi um dos setores que não parou e seguiu garantindo o abastecimento do país. A lista tem base nas informações e demonstrativos financeiros das empresas, da agência Standard & Poor’s, da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da empresa de informações financeiras Economatica. São consideradas empresas que em 2019 tiveram faturamento de pelo menos R$ 1 bilhão. Neste ano a lista apontou, dentre as 100 maiores, 12 cooperativas e empresas do setor lácteo. Veja a classificação: 20 - Cooperativa Aurora; 21 - Cooperativa Vale; 29 - Cooperativa Comigo; 30 - Cooperativa Cocamar; 40 - Laticínios Bela Vista (Piracanjuba); 42 - Cooperativa Castrolanda; 46 - Cooperativa Frísia; 47 - Cooperativa Frimesa; 48 - Itambé Alimentos; 56 - Vigor Alimentos; 90 - Embaré Indústrias Alimentícias; 100 - Laticínios Jussara. ACESSE AQUI a lista completa das 100 maiores empresas do agronegócio pela Forbes. (Terra Viva)


Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.426


Auxílio emergencial, veja se você vai receber ou será excluído

Com a confirmação da volta do auxílio emergencial bem como das duas Medidas Provisórias que já foram assinadas pelo presidente Jair Bolsonaro e que autorizam os pagamentos do auxílio emergencial, diversos cidadãos estão na dúvida se vão ou não receber as novas parcelas.

A dúvida maior é devido as últimas notícias onde foi confirmado que a nova prorrogação do auxílio emergencial será destinada a um publico reduzido de beneficiários que receberam no ano passado.

A previsão do governo é pagar o benefício para 45,6 milhões de famílias, número este que sofre uma redução de mais de 22 milhões de beneficiários em comparação ao ano passado, onde o governo chegou a pagar o auxílio a 68 milhões de pessoas.

Para a nova prorrogação do auxílio emergencial a divisão ficou de beneficiários ficou:
28,6 milhões de pessoas que se cadastraram pelo aplicativo e site vão receber
10,7 milhões de inscritos do Bolsa Família vão receber as novas parcelas
6,3 milhões de cadastrados no CadÚnico terão acesso as novas parcelas
Soma esta que contabiliza o número de 45,6 milhões de famílias contempladas com as novas parcelas do auxílio emergencial. Além do governo ter realizado uma peneira nos beneficiários, para pagar o auxílio emergencial somente a quem faz jus ao recebimento.

A PEC Emergencial promulgada no Congresso no inicio da semana, estipulou os gastos com auxílio emergencial em R$ 44 bilhões, o que obriga o governo a reduzir o número de beneficiários, a título de comparação, no ano passado o governo chegou a desembolsar R$ 292,9 bilhões com o auxílio emergencial.

Novos repasses
De acordo com o informado por membros do governo, o primeiro grupo a receber o auxílio será de inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), e inscritos via aplicativo e site. Os pagamentos vão se iniciar ainda na primeira semana de abril, e seguirá um calendário escalonado, definido conforme a data de nascimento de cada beneficiário. Já inscritos do Bolsa Família começam a receber no dia 16 de abril, seguindo o cronograma tradicional do programa, que não terá alterações e também é definido conforme o último digito do Número de Identificação Social (NIS).

Regras e redução de beneficiários
Os cidadãos precisam se atentar as novas regras, a primeira delas é com relação a redução no número de famílias que vão receber o auxílio em 2021, que será de 45,6 milhões, como dito anteriormente.

Quem deve receber
Vai receber as novas parcelas do auxílio emergencial os trabalhadores informais com renda de até meio salário mínimo, ou seja (R$ 550), por pessoa ou renda familiar total de até três salários mínimos (R$ 3.300). Além disso também será necessário cumprir o critério de rendimento tributável máximo de R$ 28.559,70 em 2019 e de patrimônio máximo de R$ 300 mil.

Quem não vai receber
Pessoas que recebem benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista, exceto Bolsa Família e abono salarial
Residentes médicos ou de outras áreas, beneficiários de bolsas de estudo e estagiários
Menores de 18 anos, exceto mães adolescentes
Presos em regime fechado
Pessoas residentes no exterior
Beneficiários do auxílio que não movimentaram valores da assistência em 2020 em sua conta digital Caixa ou que tiveram a assistência do ano passado cancelada

Como consigo o auxílio, posso me cadastrar?
Não! Não é possível se cadastrar, a nova rodada de pagamentos será destinada aos mesmos beneficiários que receberam o auxílio no ano passado, contudo, desde que se enquadrem nas regras do programa.

Limite familiar
A nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial permitirá que apenas uma pessoa por grupo familiar tenha acesso as parcelas do benefício. Vale lembrar que no ano passado o governo liberara o auxílio para até duas pessoas do mesmo lar. (Fonte: Jornal Comtábil)


Medida Emergencial nº 1039, de 18.3.2021, a qual institui o Auxílio Emergencial 2021

Do texto da MP, destacamos trechos dos artigos 1º e 2º:

Art. 1º Fica instituído o Auxílio Emergencial 2021, a ser pago em quatro parcelas mensais, a partir da data de publicação desta Medida Provisória, no valor de R$ 250,00 (...)

§ 1º As parcelas do Auxílio Emergencial 2021 serão pagas independentemente de requerimento, desde que o beneficiário atenda aos requisitos estabelecidos nesta Medida Provisória.

§ 2º O Auxílio Emergencial 2021 não será devido ao trabalhador beneficiário indicado no caput que:

I - tenha vínculo de emprego formal ativo;

II - esteja recebendo recursos financeiros provenientes de benefício previdenciário, assistencial
ou trabalhista ou de programa de transferência de renda federal, ressalvados o abono-salarial (...)

III - aufira renda familiar mensal per capita acima de meio salário-mínimo;

IV - seja membro de família que aufira renda mensal total acima de três salários mínimos;

(...)

VI - no ano de 2019, tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 ;

VII - tinha, em 31 de dezembro de 2019, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive a terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);

VIII - no ano de 2019, tenha recebido rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);

IX - tenha sido incluído, no ano de 2019, como dependente de declarante do Imposto sobre a Renda de Pessoa Física enquadrado nas hipóteses previstas nos incisos VI, VII ou VIII, na condição de:

a) cônjuge;

b) companheiro com o qual o contribuinte tenha filho ou com o qual conviva há mais de cinco anos; ou

c) filho ou enteado:

1. com menos de vinte e um anos de idade; ou

2. com menos de vinte e quatro anos de idade que esteja matriculado em estabelecimento de ensino superior ou de ensino técnico de nível médio;

(...)

XI - tenha menos de dezoito anos de idade, exceto no caso de mães adolescentes;

(...)

XIV - não tenha movimentado os valores relativos ao auxílio emergencial de que trata o art. 2º da Lei nº 13.982, de 2020, (...)

XV - seja estagiário, residente médico ou residente multiprofissional, beneficiário de bolsa de estudo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes, de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq ou de outras bolsas de estudo concedidas por órgão público municipal, estadual, distrital ou federal.

Art. 2º O recebimento do Auxílio Emergencial 2021 está limitado a um beneficiário por família.

§ 1º A mulher provedora de família monoparental receberá, mensalmente, R$ 375,00 (trezentos e setenta e cinco reais) a título do Auxílio Emergencial 2021.

§ 2º Na hipótese de família unipessoal, o valor do benefício será de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) mensais.

CLIQUE AQUI para acessar a íntegra da MP. (Fonte: Imprensa Nacional)

Apesar da queda no último leilão do GDT, os preços internacionais continuam bastante elevados

O leilão Global Dairy Trade (GDT), de 02 de março, registrou aumento de 15% nas cotações dos lácteos, sendo a maior alta desde setembro de 2015. Já no leilão do dia 16 de março, houve uma pequena correção nos preços, com queda de 3,8%. Apesar disso, os preços continuam elevados com destaque para o leite em pó integral, cotado a US$4.083/tonelada.

No mercado brasileiro, apesar do apesar do agravamento da Covid-19, existem fatores altistas para o preço do leite nos próximos meses, além desta valorização do preço internacional.

Veja essa análise na Nota de Conjuntura de março do Centro de Inteligência do Leite disponível CLICANDO AQUI. (Boletim CILeite)

 

Anuário traz dados sobre conformidade de produtos de origem animal

Análises técnicas de produtos de origem animal, realizadas por diversos programas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mostraram a conformidade da maioria dos produtos fiscalizados. Os dados estão no Anuário dos Programas de Controle de Alimentos de Origem Animal 2020, que traz as informações dos resultados das análises realizadas ao longo do ano de 2019, decorrentes da coleta de amostras de produtos de origem animal.

Acesse AQUI o Anuário dos Programas de Controle de Alimentos de Origem Animal 2020.

Os dados foram compilados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa). Por exemplo, para o Programa de Avaliação de Conformidade de Produtos de Origem Animal Comestíveis (PACPOA), foram analisadas 8.222 amostras de produtos de origem animal, alcançando o índice de conformidade 85,87%. No Programa Nacional de Controle de Patógenos (PNCP), as análises microbiológicas de Listeria monocytogenes (microrganismo nocivo à saúde humana) atingiram a conformidade de 99,04% em produtos de origem animal prontos para o consumo.

As análises realizadas também atendem outros programas como o do controle de resíduos e contaminantes (PNCRC), além de regime de alerta de importação (RAI) e das ações de combate à fraude.

“O anuário permite informar a toda sociedade civil, desde os consumidores à comunidade científica, incluindo produtores e o setor fiscalizado, bem como as autoridades sanitárias dos países que importam os produtos brasileiros, a situação da inocuidade dos produtos de origem animal no Brasil, com a indicação da prevalência nacional de patógenos, seu índice de conformidade físico-químico e microbiológico e o monitoramento do controle de resíduos e contaminantes em toda a cadeia”, destaca a diretora do Dipoa, Ana Lúcia Viana.

Em 2019, a área de produtos destinados a Alimentação Animal passou a fazer parte das atribuições do Dipoa, e com isso, esta é a primeira vez que o anuário apresenta a verificação oficial de dioxinas em produtos para alimentação animal e a verificação oficial de ingredientes de origem animal na alimentação de ruminantes.

Segundo Ana Lúcia, “as informações permitem ao MAPA desenvolver e implementar políticas públicas, tomar decisões e aperfeiçoar o processo de regulamentação com maior transparência e segurança para a sociedade”.

O Anuário dos Programas de Controle de Alimentos de Origem Animal é resultado do trabalho realizado por servidores públicos que atuam no Serviço de Inspeção Federal (SIF), na área de produtos destinados à Alimentação Animal, na Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA), vinculados à Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA. (Fonte: MAPA)


Jogo Rápido

Produção de leite inspecionado cresce 2,1% em 2020 e atinge recorde histórico

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (18/03), os dados consolidados da produção de leite inspecionada no último ano. Em 2020, o volume de leite adquirido pelos laticínios cresceu 2,1% atingindo a marca de 25,5 bilhões de litros. Dentre as regiões, Sul, Nordeste e Sudeste apresentaram incrementos de produção. Já dentre os Estados, Minas Gerais registrou o maior aumento absoluto na oferta de leite. Veja esses dados com detalhes na edição especial do Boletim Indicadores Leite e Derivados do Centro de Inteligência do Leite disponível CLICANDO AQUI. (Boletim CILeite)


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Porto Alegre, 18 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.425


Uruguai: preocupação cresce com o número de produtores de leite reduzindo

Se o que o Uruguai precisa é de mais leite, é imprescindível deter o fechamento de fazendas leiteiras e impedir a migração de jovens para as cidades, além de promover políticas de Estado de acesso a mercados, capitais, acesso à terra para os jovens e treinamento contínuo em excelentes práticas.

“Os laticínios uruguaios se destacam no mundo e no mercado interno pela qualidade. Do leite a qualquer uma das elaborações feitas a partir dele, seja para consumo interno ou para exportação, todos alcançam um grau de destaque que nos posiciona e prestigia no mundo. Além disso, a produção de leite é uma atividade estratégica que introduz tecnologia no meio rural, mantém as famílias no campo evitando a migração para a cidade e é uma excelente ferramenta no combate à pobreza rural. A grande maioria das fazendas leiteiras em nosso país é familiar, então um dos grandes desafios é manter os jovens no setor, mas para isso é preciso criar as condições adequadas”, disse o secretário executivo da Câmara da Indústria do Leite do Uruguai (CILU), Ariel Londinsky.

A Conaprole adquire mais de 70% do leite produzido no Uruguai, os 30% restantes são distribuídos em mais de 40 empresas de diversos portes, em geral, médias e pequenas, e a solução não é disputar remetentes entre as empresas, mas desenvolver Políticas de Estado que evitem o fechamento das fazendas leiteiras e ajudem a mudança geracional para alcançar uma maior produção. Este é um setor que "sempre se sente desafiado por diversas situações" e "manter o ritmo e o crescimento da produção é um dos temas permanentes", disse.

Ele explicou que “um dos maiores desafios do setor lácteo é motivar o produtor e, principalmente, colocar todos os esforços para não perder mais produtores, e não é só uma questão de preços. Além do leite produzido poder crescer, o número de produtores está diminuindo, e isso é um desafio crítico e estratégico para o país ”.

Para entender o que está acontecendo, Londinsky disse que “a rentabilidade deve ser analisada, o que obviamente é importante”, mas “há outros fatores que devem ser analisados, como a “motivação”, principalmente em relação aos “jovens porque se não dermos eles têm boas condições de estudo, acesso à internet, boa mobilidade, acesso a tudo o que precisam o lógico é que vão acabar saindo da produção e assim que tomarem essa decisão não vão voltar”. Para algo “a idade média dos produtores de leite no Uruguai é alta, mais de 50 anos, não muda e a tendência é que haja cada vez menos produtores”.

Isso leva à “disponibilidade de leite para toda a indústria, independentemente do tamanho. Se o número e a variedade de produtores forem reduzidos, o leque de possibilidades para aumentar a produção é reduzido. Estamos diante de uma questão crítica para os próximos 5 ou 10 anos de país”, enfatizou.

Então, se quisermos ter mais leite para chegar e atender a demanda de todas as indústrias instaladas no país, “a primeira coisa é evitar a perda de produtores, porque isso nos leva a perder a produção de leite”.

“A segunda é como fazer os produtores crescerem na produção”. Para responder a isso, é preciso entender que “a produção de leite é um negócio de margem, o produtor tem que ver quanto lhe paga pelo leite, mas também quanto custa para produzi-lo, e essa margem é o que dará lucro. Às vezes, o preço do leite está em um ponto aceitável, mas os custos são muito altos e a margem é muito limitada. Embora seja uma questão de múltiplos focos, uma parte importante da solução é baixar custos para motivar uma maior produção, pois se a margem que cada litro me deixa for maior, fica mais fácil investir para produzir mais volume e crescer. Se os custos forem altos, será difícil chegar a esses investimentos”.

“Como setor de exportação, somos tomadores de preço, então o valor internacional do leite é rapidamente transmitido para dentro, portanto, possivelmente, possamos gerenciar melhor o outro lado da moeda, ou seja, os custos.”

Em relação a como aumentar o número de produtores, Londinsky apontou a necessidade de gerar “uma política de Estado” que aponte esse objetivo com uma perspectiva de médio e longo prazo. “É fundamental que haja um trabalho de aproximação, de busca de novos produtores, principalmente motivando os jovens que ainda estão nas fazendas leiteiras a ficarem e poderem empreender, e nessa tarefa há vários pontos a se considerar como acesso a capital, acesso à terra, treinamento ”, entre outros.

A informalidade preocupa seriamente

A produção primária de leite do Uruguai, assim como os produtos processados que saem das fábricas “têm uma qualidade superior”, o que é essencial para um país como o nosso que, “como os demais itens, deve buscar uma qualidade de excelência”.

“Nossas indústrias atendem aos mais altos padrões mundiais, o sistema de atendimento às melhores práticas da indústria de laticínios é de primeira classe e isso fica claro para nós porque um erro que cometemos no mundo é conhecido imediatamente”.

No entanto, embora “toda a indústria de laticínios controle e cumpra os padrões exigidos”, ele alertou para dois problemas que são particularmente preocupantes pela falta de controle: o contrabando e a informalidade.

Sobre o primeiro, disse que “ocorre principalmente na fronteira seca com o Brasil” contornando os controles sobre a produção desses produtos; e a segunda refere-se à comercialização de leite e produtos industrializados que “não passam pelos canais formais”.

“É uma preocupação muito grande, estamos falando de requeijão, alguns queijos, manteiga e doces de leite”, frisou.

Esclareceu ainda que a produção de queijos artesanais, que em muitos casos é de muito boa qualidade e se processa de acordo com as exigências sanitárias e produtivas, não se confunde com a informal. A informalidade carece de todo controle, enquanto o queijeiro artesanal formal atende aos requisitos necessários, porém não há menos que uma quantidade de litros de leite que se move na informalidade.

A situação regional

O representante do CILU disse que existem realidades “muito diversas” na região, com “a Argentina estagnada na produção como o Chile, enquanto o Brasil tem crescido muito”.

Cada país tem suas peculiaridades com diferentes sistemas de produção que não permitem comparações diretas. O que é um fenômeno regional e global é a perda de produtores, mas “não só para o setor lácteo, mas para toda a produção rural. É uma tendência mundial”, garantiu.

A vantagem do Uruguai é que, por ser um país pequeno, pode aplicar políticas públicas e alcançar resultados rapidamente.

Para produzir mais leite, “novas unidades produtivas devem ser formadas e os jovens são estimulados a fazê-lo” de tal forma que “quando há novos investimentos no setor a produção também é estimulada, não basta colocar as máquinas, é preciso gerar a bacia e os mecanismos de adesão de novos produtores, é isso que nos fará crescer”, e que devem ser “diferentes atores: o Instituto de Colonização, as associações, o setor educacional (Universidade, Utec, UTU ), entre outros.” (As informações são do Portal Lechero)


SP: governo zera impostos sobre o leite pasteurizado

João Doria, Governador do Estado de São Paulo, assinou ontem (17/03), o Decreto que revoga o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o leite pasteurizado em todo o Estado, beneficiando os produtores de leite e consumidores.

A decisão de zerar o ICMS do leite pasteurizado faz parte de um conjunto de medidas de auxílio fiscal anunciadas pelo governo, com o intuito de minimizar os efeitos da crise econômica devido à pandemia da Covid-19, principalmente em micro e pequenos comércios do Estado de São Paulo.

As ações tomadas pelo governo serão publicadas hoje (18/03) no Diário Oficial e passarão a valer oficialmente partir de 1.º de abril e terão caráter permanente. Para o setor lácteo, a revogação do ICMS marca a conquista de uma luta da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).

A Abraleite defendia que a produção de leite e comercialização local não competiria com as importações de leite provenientes de outros Estados do Brasil. Dessa forma, segundo a Associação, o imposto sobre o leite pasteurizado em São Paulo resultava na redução competitiva dos produtores do Estado. (As informações são da Abraleite, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Ingredientes lácteos: novos caminhos para a rentabilidade na indústria

Boa parte dos derivados lácteos vendidos no mercado brasileiro tem comportamento de commodity, isto é, produtos padronizados, com pouca (ou nenhuma) diferenciação e como o preço como principal driver de venda (pelos laticínios) e compra (pelo consumidor final).

Um exemplo clássico é a muçarela, queijo que representa cerca de 30% do volume total do mercado de queijos e que, em algumas de suas apresentações (por exemplo, no formato de peças de 3,5kg) tem comportamento de commodity e margens de lucratividade descendentes nos últimos anos (observe a evolução das margens da muçarela no gráfico 1).

Gráfico 1. Evolução das margens aparentes da muçarela – R$/kg.

Num cenário de margens como o que mostra o gráfico 1, a indústria começa a “dar seus pulos” e buscar alternativas de desenvolvimento de produto e apresentação ao consumidor final que consigam diferenciá-lo na gôndola do supermercado e, esta forma, proteger e, se possível aumentar, suas margens de lucro. No caso da muçarela, temos visto cada vez mais forte a apresentação do produto na gôndola vendido já fatiado e pronto para o consumo.

No caso de outros queijos e até mesmo outras linhas de produto — como bebidas lácteas fortificadas, com alto teor proteico ou, até mesmo, para mercados específicos, como o público fitness (a chamada linha sports nutrition) temos visto o crescimento do uso de ingredientes como o WPC (Whey Protein Concentrate – Proteína Concentrada do Soro), o MPC (Milk Protein Concentrate – Proteína Concentrada do Leite), os Permeados e outros produtos, usados em novos desenvolvimentos ou mesmo em produtos commoditizados, buscando redução de custo. (Fonte: MilkPoint Mercado)


Jogo Rápido

Agro gerou 32,9 mil vagas de trabalho em janeiro

O setor agropecuário manteve o ritmo de crescimento na geração de empregos observado em 2020 e criou 32,9 mil vagas em janeiro, o dobro dos 16,4 mil postos de trabalho formais abertos no mesmo mês de 2020. O setor agropecuário foi responsável por 12,7% de todas as vagas abertas no período (260,3 mil), de acordo com um comunicado técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “É o setor que mais aumentou seu estoque de trabalhadores, em 2,05%”, diz a entidade.As atividades que mais contribuíram para o resultado foram as frutas de lavoura permanente, exceto laranja, com 12.960 postos, seguidas pela soja (9.194), criação de bovinos (3.096) e florestas plantadas (1.022). Completam a lista o café (+895) e o cultivo de uva (+796). As regiões Sudeste e Sul concentraram a geração de novas vagas na agropecuária. O Estado que lidera o ranking é São Paulo - o agro respondeu por 23% de todos os empregos formais criados em janeiro no Estado. Apenas o Nordeste não registrou a criação de postos de trabalho no setor no primeiro mês de 2021. Na região, o saldo foi negativo, com fechamento de 1,2 mil vagas. (As informações são do Valor Econômico)


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Porto Alegre, 17 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.424


Congresso promulga emenda constitucional que garante volta do auxílio emergencial

A sessão solene de promulgação da PEC 186/19 foi conduzida pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). A PEC Emergencial foi aprovada na semana passada, após três dias de debates e votações.

Pelo texto promulgado, o governo poderá reservar, em 2021, até R$ 44 bilhões do Orçamento para pagar o auxílio. O valor ficará fora da regra do teto de gastos e das restrições para endividamento (regra de ouro), além de não contar para a meta de superávit primário do ano. Sem essa flexibilização, proposta pelo Congresso, o governo não teria como dar o benefício.

A emenda não traz valor do benefício. Isso ficará a cargo do governo, que informou que será de R$ 175 a R$ 375 por quatro meses.

O auxílio emergencial foi criado pelo Congresso Nacional (Lei 13.982/20). O projeto que deu origem ao debate é do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG). Em 2020 foram concedidas nove parcelas (cinco de R$ 600 e quatro de R$ 300). (Fonte: Agência Câmara de Notícias, adaptado pelo Sindilat)


CNA realiza seminário sobre oportunidades para o setor de lácteos nos EUA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) realiza, na próxima sexta (19), às 10h, um webinar para discutir as oportunidades para o setor de lácteos nos Estados Unidos.

O evento faz parte das ações do Agro.BR, projeto voltado para a internacionalização do agro brasileiro. A iniciativa auxilia empresários do setor, viabilizando negócios internacionais para aumentar a presença de pequenos e médios produtores no comércio exterior, além de diversificar a pauta de exportação brasileira.

A programação contará com a participação do adido agrícola em Washington, Filipe Lopes, da coordenadora de Promoção Comercial da CNA, Camila Sande, do analista técnico econômico da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Fernando Pinheiro, e do diretor executivo da Viva Lácteos, Gustavo Beduschi.

Segundo a coordenadora de Promoção Comercial da CNA, Camila Sande, o setor de lácteos tem um grande potencial exportador e os Estados Unidos são um mercado estratégico.

“Precisamos trabalhar muito na nossa oferta e na qualificação dos produtos brasileiros para o gosto do consumidor internacional. Os EUA são muito competitivos, então é necessário trabalhar os produtos diferenciados que o Brasil tem para atingir ainda mais esse mercado”.

O webinar é direcionado aos produtores rurais inscritos no Projeto Agro.BR. As vagas são limitadas. Para se inscrever, acesse: http://conteudo.agrobr.org.br/webinar_lacteos_EUA. (Fonte: CNA - CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL)

Consumidor segura os gastos com avanço da pandemia

O consumidor brasileiro está com medo de perder o emprego, pouco propenso a consumir e preocupado com o futuro da economia. É o que aponta o Índice Nacional de Confiança (INC) de fevereiro realizado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela startup de tecnologia Behup.

O indicador registrou 81 pontos em fevereiro e ficou praticamente estável em relação a janeiro. A análise sinaliza queda de um ponto no nível de confiança pelas incertezas decorrentes da pandemia de covid-19.

Em maio e junho do ano passado, período de maior distanciamento social, o índice registrou 77 pontos. Nos meses seguintes houve crescimento, até que em outubro chegou a 87.

O indicador varia de zero a 200 pontos, sendo que resultados acima de 100 pontos configuram otimismo, enquanto abaixo dessa linha mostram pessimismo do consumidor.

As quedas voltaram desde novembro/2020 (86, 84, 82 e 81 respectivamente), coincidindo com o crescimento do número de infectados pela covid-19. E em março a percepção do consumidor tende a piorar por causa do agravamento da pandemia no Brasil.

“À medida que a pandemia se agrava, os índices de confiança tendem a cair, justamente por causa da expectativa de queda na renda e no emprego”, diz Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo.

Atualmente, 48% dos entrevistados consideram suas condições financeiras atuais muito ruins e somente 28% acham que estão numa situação boa.

Além disso, 36% das pessoas não se sentem seguras em seus empregos e nos de seus familiares, se comparada com a situação de seis meses atrás. Preocupa o fato de 62% das pessoas que foram ouvidas conhecerem alguém que ficou desempregado por causa da economia nos últimos seis meses.

Este número está quase igual ao do ápice do distanciamento social que ocorreu em maio e junho. Na ocasião, 65% tinham tomado conhecimento de pessoas que perderam o emprego, enquanto 61% acreditam no aumento do desemprego.

Pesquisadores da Behup ouviram 1.500 brasileiros em todas as regiões do país.

Freio no Consumo

Sobre consumo, somente 27% dos entrevistados se sentem neste momento mais seguros para comprar bens de grande valor – como um carro ou uma casa – ou médio valor, como geladeira ou fogão.

“Não há confiança para consumir porque a economia não vai bem sem auxílio emergencial – que ajuda a impulsionar as compras – e por conta do aumento do desemprego causado pela pandemia”, afirmou Ruiz de Gamboa.

Em relação ao futuro do país, 23% disseram estar pessimistas e 19% revoltados, enquanto 26% afirmaram que se sentem otimistas. (Fonte: Diário do Comércio/Imagem: Thinkstock)


Jogo Rápido

PEC Emergencial (PEC 186/19
O Congresso Nacional promulgou na segunda-feira, dia 15/03, a PEC Emergencial (PEC 186/19), que permite ao governo federal pagar, em 2021, um novo auxílio emergencial para a população vulnerável afetada pela pandemia. O texto foi transformado na Emenda Constitucional 109. . (Fonte: Agência Câmara de Notícias)


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Porto Alegre, 16 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.423


Importação de leite perdeu força nos últimos meses

Alvo de reclamação dos produtores de leite, a importação de lácteos perdeu força nos últimos meses como consequência da elevação da taxa de câmbio. Segundo dados do Ministério da Economia compilados pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), o volume total de importações feitas pelo Brasil caiu de 22 mil toneladas em dezembro de 2020 para 14,6 mil toneladas em fevereiro deste ano. O cálculo inclui a importação de leite em pó integral, leite em pó desnatado, iogurtes, soro de leite em pó, manteiga e queijo.

“As importações ocorrem muito mais por uma oportunidade de diminuição de custos, não porque tenham qualidade superior”, justifica o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Para março é aguardada uma nova queda das importações, já que, além do dólar alto, há a valorização expressiva do produto nos leilões da plataforma Global Dairy Trade (GDT). O dirigente ressalta ainda que os impactos dos preços do milho e do farelo de soja, utilizados na alimentação animal, começam a ser sentidos em todo o mundo, de modo que produzir lácteos a um custo baixo torna-se cada vez mais difícil. “Esse reajuste de preços provavelmente consiga reverter um quadro que o Brasil vinha enfrentando muito forte de concorrência com as importações no mercado interno”, analisa.

Em 2020, o pico das importações foi percebido entre outubro e dezembro. No período, registrou-se a elevação das aquisições de leite em pó desnatado e leite em pó integral, principalmente. A maior parte do leite importado pelo Brasil nos dois primeiros meses deste ano veio da Argentina (49,3%) e Uruguai (40,2%). Paraguai, Estados Unidos, Nova Zelândia e França também realizaram embarques para o território brasileiro. (Correio do Povo)


GDT 16/03/2021

(Fonte: GDT)

Ministério confirma VBP da agropecuária de R$ 1 trilhão

 
A manutenção do cenário positivo para produção e preços nas principais cadeias produtivas levou o Ministério da Agricultura a realizar um leve ajuste para cima em sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) da agropecuária brasileira em 2021. A Pasta confirmou que o VBP do campo (“da porteira para dentro”) deverá alcançar mesmo o patamar de R$ 1 trilhão, 12% a mais que o recorde de 2020.

Para o VBP das 21 lavouras que compõem o levantamento, a projeção subiu de R$ 668,4 milhões para R$ 708,3 milhões em 2021, um aumento de 15,4% ante 2020 (R$ 613,6 bilhões, 22,2% mais que em 2019). Com colheita recorde e preços nas alturas, a soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, deverá alcançar um VBP de R$ 335,1 bilhões neste ano, 30,1% acima do valor de 2020.

Para o conjunto das cinco principais cadeias da pecuária, o ministério elevou sua projeção para o VBP neste ano para R$ 323,9 bilhões, com incremento de 5,1% em relação a 2020 (R$ 307,3 bilhões, 7,9% mais que em 2020). O segmento é puxado pelos bovinos, cujo VBP deverá atingir R$ 147,8 bilhões este ano, 10,7% acima de 2020. Para o frango, a previsão é de alta de 2,4%, para R$ 84,6 bilhões, e para os suínos o montante calculado passou a ser de R$ 28 bilhões, 2,6% menor. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

Tempo seco e pancadas isoladas de chuva são previstos para os próximos dias
Os próximos sete dias deverão ter baixos volumes de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul, conforme aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 10/2021, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater-RS e o Irga. Entre a terça (16) e quarta-feira (17), o deslocamento de uma frente fria deverá provocar chuva em todo o Estado, com chance de temporais isolados. Os volumes previstos deverão oscilar entre 10 e 20 mm na maior parte do território gaúcho. Somente na Fronteira Oeste e na Serra do Nordeste os totais deverão variar entre 20 e 35 mm. O boletim também avalia as condições atuais das culturas de soja, milho, olerícolas, banana, caqui, uva, maçã, oliveiras, fumo e arroz. O documento completo pode ser consultado em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Fonte: SEAPDR)


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Porto Alegre, 15 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.422


Associação para industrialização do leite é exemplo clássico no RS

Um dos exemplos clássicos de intercooperação ocorre no setor leiteiro do Rio Grande do Sul. A Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), com sede em Cruz Alta, surgiu em 1976 a partir da necessidade de 18 cooperativas de industrializar seu leite para aumentar a receita. “Não havia como cada cooperativa investir no processamento sozinha; era mais racional fazer um investimento coletivo”, argumenta Gelson Melo de Lima, superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, de Não-Me-Toque, que é uma das associadas.

Dos 1.280 funcionários da CCGL, 600 trabalham na unidade de laticínios. Eles são responsáveis por recepcionar os caminhões da organização e de empresas terceirizadas que coletam 1,5 milhão de litros por dia nas propriedades e pelo processamento do leite na unidade. Do volume que chega à unidade industrial, em Cruz Alta, 90% é transformado em leite em pó, 9% em creme de leite e 1% em achocolatados e leite UHT, que são vendidos com a marca CCGL. Cerca de 87% desse leite em pó é comercializado para grandes redes de supermercados do Norte e Nordeste, com entrega via cabotagem ou caminhão de terceirizados. “Transportar via navegação é viável em mercados assim, já que a maior densidade populacional está no litoral”, esclarece o diretor superintendente da CCGL, Guillermo Dawson.

A CCGL compra o leite de 21 cooperativas, localizadas majoritariamente na metade Norte do Estado, pelo valor de mercado, e vende os produtos, retendo uma parcela do lucro e distribuindo o restante às associadas e seus cooperados. A receita total da CCGL em 2020 foi de R$ 1,4 bilhões, com 81% dela vinda da área de laticínios.

Associado à Cotrijal há nove anos, Ezequiel Alan Weber entende que a participação em empreendimento cooperativo trouxe inúmeros benefícios à sua propriedade, localizada em Coqueiros do Sul, onde produz soja, milho, trigo e leite. “Além do retorno financeiro, nós recebemos uma série de descontos em produtos utilizados para a produção, adquiridos junto à Cotrijal”, justifica. Para ele, “diferentemente de outras empresas do setor, uma cooperativa se preocupa com o real desenvolvimento e crescimento dos seus cooperados”. Ao todo, a Cotrijal possui 7 mil cooperados das regiões do Alto Jacuí, Planalto Médio Gaúcho e parte da região Norte do Estado, que produzem leite e grãos, e 1.900 funcionários. (Correio do Povo)


USDA: previsão de baixa na produção de leite e alta nos preços de commodities

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) baixou a previsão de produção de leite para 2021 para 103 bilhões de quilos, queda de 45,35 milhões de quilos em relação ao mês passado, em seu último relatório de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial divulgado esta semana.

A previsão de importação com base na gordura para 2021 foi reduzida devido às importações mais baixas de gordura da manteiga; as exportações de base gordurosa aumentaram à medida que os embarques mais elevados de gordura de manteiga mais do que compensaram as previsões de exportações de queijo, disse o USDA.

Em uma base de sólidos desnatados, a previsão de importação permanece inalterada devido às mudanças compensatórias nas importações de uma série de produtos lácteos. A previsão de exportação de sólidos desnatados foi reduzida, refletindo as expectativas de menores embarques de lactose que são parcialmente compensados por maiores exportações de leite em pó desnatado.

A previsão do preço anual do queijo está inalterada em relação ao mês passado em US $ 3,736 por quilo, já que os preços mais fracos na primeira parte de 2021 são compensados pela melhora na demanda no final do ano, disse o USDA.

As previsões de preços de manteiga, leite em pó desnatado e soro de leite aumentaram em relação ao mês passado, com melhorias esperadas na demanda doméstica e de exportação. O USDA agora prevê que a manteiga fique em uma média de US $ 3,56 por quilo, leite em pó desnatado em US $ 2,51 por quilo e soro de leite seco US$ 1,10 por quilo.

Esses preços mais altos de produtos são refletidos em previsões de preços mais altos do leite Classe III e Classe IV para 2021. A Classe III agora está prevista em uma média de US$ 36,92 por 100 quilos e a Classe IV de US$ 31,85 por 100 quilos. A previsão de todo o preço do leite para 2021 foi elevada para US $ 39,13 por 100 quilos no relatório deste mês. (As informações são do Cheese Market News, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Uruguai – As exportações de lácteos cresceram 10%

No primeiro bimestre do ano, as exportações de lácteos subiram 10%, totalizando US$ 105,3 milhões O principal produto vendido foi o leite em pó integral (WMP).

Segundo o último relatório do Instituto Nacional do Leite (Inale), as exportações acumuladas até fevereiro superaram em 10% as do primeiro bimestre de 2020. O que resultou em maior faturamento foi o WMP e a manteiga (com maiores vendas, apesar de preços piores) compensando a queda do queijo e leite em pó desnatado (SMP).

O WMP registrou US$ 70,7 milhões em divisas. Em seguida vieram os queijos com US$ 15,2 milhões, a manteiga, US$ 6,8 milhões e o SMP US$ 5,4 milhões.

Quanto aos volumes, o WMP representou 22.600 toneladas, os queijos 3.900 toneladas, o SMP e a manteiga foram responsáveis por 1.900 cada um. (Fonte: TodoElCampo - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Supermercados registram a 1ª deflação após um ano de alta

Após um ano de alta, o setor supermercadista conseguiu registrar uma deflação nos preços. A queda apontada pelo Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE, foi de 0,5% em fevereiro. E segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o principal motivo foi a ausência do Carnaval e a espera do consumidor por novos auxílios, além do aumento dos casos de Covid-19, que demandou os ajustes dos preços em toda a cadeia produtiva. Em fevereiro de 2021, as exportações suínas tiveram queda de 18% em relação ao mesmo período de 2020, e consequentemente o preço no mercado interno caiu pelo terceiro mês seguido (2,49%). Além disso, os preços das aves caíram 2,29%, após uma sequência de sete meses em alta. (Super Varejo)


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Porto Alegre, 12 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.421


Estados entram em consenso e renovação do Convênio 100 é aprovada no Confaz

O Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) aprovou nesta sexta-feira (12), na 332ª Reunião Extraordinária, a renovação de diversos convênios de isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nos estados. Entre os convênios renovados está o CV ICMS 100/97, que reduz a base de cálculo do ICMS nas saídas de insumos agropecuários comercializados entre os estados.

O Convênio 100 é importante porque impacta diretamente no mercado de insumos agrícolas e no setor agropecuário do país como um todo. A renovação foi aprovada por unanimidade, por quatro anos, até 2025, com uniformização da alíquota em 4% para fertilizantes, evitando o tratamento diferenciado que vinha sendo dado ao produto importado. A transição ocorrerá à base de 1 ponto percentual ao ano, a partir de 2022, totalizando os 4% em 2025, ficando uniforme com as internas e interestaduais. As alíquotas sobre defensivos e demais insumos permanecem inalteradas.

A renovação do convênio ocorre após amplo debate entre os estados e diálogo com entidades do setor agropecuário, e envolve uma meta de crescimento de 35% da produção da indústria nacional de fertilizantes até 2025. O referido convênio vinha sendo renovado ano a ano sem alteração. Em outubro de 2020, foi formado um grupo de trabalho no âmbito do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal) para estudar o assunto e elaborar uma proposta definitiva de alteração do convênio.

O grupo foi formado pelos estados do Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. O objetivo era conciliar todas as expectativas e interesses dos estados para que se estabelecesse um novo marco tributário nacional com potencial suficiente para estimular investimentos significativos da indústria nacional de insumos agrícolas. O estudo do grupo serviu de base para que os 26 estados e o Distrito Federal chegassem ao consenso quanto à renovação do convênio. (Fonte: Comsefaz)


Preço do leite em pó dispara no mercado internacional

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial de leite cresceu 1,5% em 2020, comparada ao ano anterior, mesmo diante de um cenário pandêmico, que afetou a produção e consumo de alimentos no mundo todo. O volume produzido foi de 642,4 bilhões de litros.

Na maior exportadora de produtos lácteos, a Nova Zelândia, a produção de leite foi de 22 bilhões de litros no ano passado, um crescimento de 0,4% frente a 2019, correspondendo a 3,4% da produção mundial.

Em 2020, foram exportados pelo país 2,9 bilhões de equivalente litro de leite na forma de leite em pó, manteiga, leite fluido e queijos, queda de 3,9% comparado ao ano anterior.

Apesar da queda das exportações neozelandesas, as importações mundiais tiveram incremento de 30,5% em 2020. Para suprir a demanda, tiveram destaque a União Europeia, a Argentina, a Austrália e os Estados Unidos, principais fornecedores leite em pó em 2020.

As restrições de funcionamento de comércio e food service em função da pandemia mudaram a dinâmica de consumo e, consequentemente, as refeições domésticas aumentaram, o que levou a um incremento mundial na demanda por lácteos, em 2,1% no ano passado.

Nesse cenário, a China, maior importadora de lácteos, aumentou em 28,7% suas importações em 2020, comparado ao ano anterior, num total de 690 mil toneladas de leite em pó.

O volume de leite fluido importado pela China da Nova Zelândia aumentou 9%. O país tem aumentado a importação de produtos lácteos nos últimos anos, mas o consumo per capita ainda é muito baixo. O chinês médio consome 35 kg/ano e o governo do país espera que esse consumo chegue pelo menos em 110 kg/ano.

Preços em alta
A produção de leite na Nova Zelândia vem diminuindo desde outubro, pico de produção, e se manterá em queda até junho (figura 1). Esse fato, aliado à forte demanda da China e do Sudeste Asiático por leite em pó integral e leite em pó desnatado, tem impulsionado o preço desses produtos no mercado internacional.

 
A Fonterra, cooperativa neozelandesa, considerada a maior empresa de laticínios do mundo, exporta cerca de 95% da sua produção e possui uma plataforma de comercialização através de leilões, principalmente para o leite em pó, a Global Dairy Trade. Os negócios realizados são determinantes para a formação de preços no mercado internacional de lácteos.

Os preços vêm aumentando desde novembro/20, no leilão 271, realizado em 3/11/20 (figura 2).

No último leilão, realizado em 2 de março deste ano, considerando a média de todos os produtos negociados, os preços subiram 12,9% frente ao leilão anterior. Foram negociadas 25,5 mil toneladas, queda de 4,9% frente ao leilão anterior (26,8 mil toneladas), cotadas em US$4.231,00/t.

O leite em pó integral ficou cotado em US$4.364,00 por tonelada, alta de 20,7% frente ao leilão anterior, ultrapassando a média dos preços dos demais produtos lácteos negociados.

A alta dos preços no leilão ocorreu em função da demanda chinesa firme neste início de ano.
 
Os preços futuros do leite em pó indicam aumento para os próximos meses, com a produção em queda na Nova Zelândia e demanda aquecida no mercado internacional, em especial pela China (tabela 1).

Considerações finais
As altas dos preços dos lácteos no leilão GDT refletem o aumento da demanda mundial pelos lácteos neozelandeses. Na Nova Zelândia, para 2021, é previsto um aumento de 0,9% na produção, o que pode ainda manter os preços firmes, a depender da demanda mundial por leite em pó.

Na China, em 2021, é esperado aumento de 3,6% nas importações, de acordo com o USDA. Porém, a produção no país tende a crescer em relação a 2020, e os estoques de lácteos chineses podem limitar as altas no primeiro semestre.

Na produção mundial, para 2021 é previsto aumento de 1,4% na produção de leite fluido e de 1,1% de leite em pó. Já as importações mundiais tendem a crescer 2,0%, comparado a 2020, o que pode significar uma oferta ajustada perante a demanda crescente. (Fonte: Scot Consultoria)

"Este momento é o mais crítico"

O cirurgião Marcos Tang vive hoje uma rotina diferente em meio ao recrudescimento da pandemia no Estado. Com a escalada de casos e internações, as salas de recuperação cirúrgica foram reorganizadas para dar conta da demanda, e ele passou a lidar diretamente no atendimento de pacientes com covid-19. Da mesma forma, o produtor rural, proprietário da Granja Tang, em Farroupilha, na Serra, segue com o trabalho. O rebanho leiteiro exige cuidados ininterruptos. "A vaca não tem botão de pause", disse, há um ano, na chegada do coronavírus.

- Qualquer tipo de confinamento (ficar em casa, sem sair) exige uma boa alimentação. Então, temos de continuar com a produção - completa o também presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês.

Em conversa com a coluna, Tang conta um pouco da sua rotina nas duas atividades. Confira trechos.

Na sua rotina de médico, o que mudou nesse ano de pandemia?
Agora estou na linha de frente mesmo, as salas de recuperação foram transformadas para atendimento de covid-19. Não achávamos que ia acontecer esse embaraço tão grande na saúde. Temos de manter a economia viva, mas este momento é o mais crítico, e que pensamos que talvez não fôssemos atingir. Aconteceu de superar a capacidade, saturou. Todo mundo trabalhando em cento e tantos por cento (de ocupação). Aquele percentual de pessoas que ficam em estado grave é um número absoluto muito alto.

E em relação ao trabalho na propriedade? O que mudou?
A produção continua. Porque qualquer tipo de confinamento (ficar em casa, sem sair) exige uma boa alimentação, então temos de continuar com a produção. Com todo o cuidado, com cuidado total, mas evidentemente que não pode parar. É preciso seguir produzindo.

A situação atual tem sido muito exaustiva, especialmente para profissionais da saúde. Como lidar com isso?
Isso está exigindo muito. Três coisas podem acontecer e só uma é boa. Pode-se ter ataque de pânico, desespero, ficar indiferente. Ou manter a razão, a ciência, capacidade de raciocínio em meio a tudo isso. Temos de achar o equilíbrio. É bem difícil manter essa linha. (Zero Hora)


Jogo Rápido
Pandemia leva América Latina a ser região em desenvolvimento mais endividada

A crise decorrente da pandemia levará a América Latina e Caribe a ser a região mais endividada do mundo em desenvolvimento, diz a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). Em relatório divulgado na noite de ontem, a Cepal alertou que o endividamento da região passou de 68,9% em 2019 para 79,3% em 2020. “Isso converte a América Latina e Caribe na região mais endividada do mundo em desenvolvimento e a que tem o maior serviço da dívida externa em relação às exportações de bens e serviços (57%)”, diz o documento. Segundo a Cepal, o aumento do desequilíbrio fiscal e do endividamento elevou a necessidade de liquidez nos países da região. Como a margem de manobra é limitada, a entidade defende, por exemplo, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) permita que os países usem seus direitos especiais de saque (SDRs, na sigla em inglês). (Valor Econômico)