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18/06/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  18 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.489


77% dos jovens do Programa Bolsa Juventude Rural da SEAPDR investem o que ganham na propriedade

Os dados do programa Bolsa Juventude Rural da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) impressionam. 1.735 jovens atendidos, 2.036 bolsas disponibilizadas, 569 escolas atendidas em 491 municípios de 2013 a 2020 (com repetição). “E temos potencial para atingir mais municípios e atender mais jovens”, destaca Emanuelle Magiero, coordenadora do programa e chefe da Divisão de Políticas Públicas para Jovens, Mulheres e Idosos.

De 2017 para 2018 houve um aumento de 142% na procura dos jovens pelo programa, passando de 327 para 793. Em 2018, a procura aumentou 45%, passando para 1152 e no ano de 2020 o aumento foi de 1,5%, passando para 1169. “O programa tem procura, tem interesse e tem potencial para ampliar ainda mais’, destaca.  

O levantamento mostra que o maior desafio é o preenchimento correto da documentação exigida pelo edital. Entre os inabilitados para o programa, 40% não apresentaram corretamente a documentação pessoal e os documentos da família, 25% tiveram problemas com a documentação da escola, 19% houve algum erro no preenchimento ou falta de assinatura no pré-projeto e 16% apresentaram problemas na DAP/Extrato. Estes percentuais demonstram a necessidade de conhecimento do programa e do edital por quem auxilia o jovem, para que o mesmo apresente corretamente a documentação.

Os dados também revelaram que 77% dos jovens investem o valor da bolsa diretamente no projeto produtivo, 18% utiliza no projeto produtivo e para uso pessoal e 5% apenas para uso pessoal. “Estes números mostram que o programa está cumprindo um dos seus principais objetivos que é garantir a sucessão rural, já que os jovens usam os recursos que recebem para investir no seu projeto, na sua propriedade”, destaca Emanuelle.

Os dados foram apresentados hoje (17) à tarde durante o 1º Seminário Estadual do Bolsa Juventude Rural, que ocorreu de forma virtual. Mais de 300 pessoas, entre estudantes, dirigentes de escolas e extensionistas da Emater, participaram de diferentes regiões do Rio Grande do Sul.

A secretária Silvana Covatti participou do evento e falou para os jovens sobre a importância do Bolsa Juventude Rural. “Este programa incentiva o jovem a ter o seu ganho, a continuar os estudos e ter aquele preparo para estar e permanecer na propriedade”. E garantiu seu empenho em buscar recursos para trazer mais jovens para o programa.

O Presidente da Emater-RS/Ascar, Geraldo Sandri, destacou que a sucessão rural é um dos grandes focos da instituição e que com a melhoria das condições do homem no campo, o desenvolvimento de novas tecnologias e a melhoria dos preços agrícolas, está atraindo cada vez mais pessoas a permanecerem no campo.

A diretora da Escola Estadual Liberato Salzano, do município de Liberato Salzano, diz que a escola participa desde 2018, com 34 jovens. São 11 jovens do colégio e 23 da Escola Estadual Indígena. “Mesmo durante a pandemia, criamos grupos de whatsapp para estimular os alunos a participar do Programa”, revela Rosicler de Carli. Ela citou o exemplo de um estudante da escola que comprou sementes para pastagens dos bovinos de leite para a sua propriedade e um notebook com os recursos da bolsa.

A técnica da Emater de Cidreira, Fernanda Gilli, mostrou todo o trabalho de extensão desenvolvido de orientação, divulgação, apoio e colaboração junto aos jovens. “Nós acompanhamos todas as etapas do processo, identificando o potencial dos jovens no desenvolvimento do projeto produtivo”. O município tem pescadores artesanais, pecuaristas familiares, apicultores, indígenas e quilombolas. 

O jovem Alisson Dalamaria, de São Domingos do Sul, participou do programa em 2017. Na época, comprou um notebook que permitiu baixar um programa para fazer os cálculos necessários para melhorar o investimento na propriedade. Hoje trabalha no cultivo de grãos, principalmente milho e soja. ‘Sempre tive gosto pela agricultura, pela produção de grãos. E pretendo agora cursar agronomia, para me capacitar mais e buscar mais conhecimento”, diz Dalamaria.

A estudante Micheli Motter, de 17 anos, cursa o terceiro ano da Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora de Lourdes, de Três Arroios, e tem uma bolsa do Programa. Ela mora com os pais numa propriedade de 12,3 hectares onde planta milho e soja e cria bovinos e ovinos. Micheli acredita que a bolsa estimula a pensar a propriedade e desenvolver novas formas de atuação. O novo edital deste ano ainda não tem data para ser publicado. (SEAPDR)

Portal do Observatório da Agropecuária Brasileira reúne mais de 200 bases de dados do agro

Um único local reúne dados de mais de 200 bases mapeadas acerca da safra agrícola, da previsão climática, do crédito rural, além de informações sobre o setor pesqueiro e imagens georreferenciadas da área rural brasileira. É o portal do Observatório da Agropecuária Brasileira, disponibilizado ao público a partir desta terça-feira (25) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Estamos entregando para a sociedade esse instrumento fantástico. Temos um marco de informações atualizadas, dados consistentes para a tomada de decisões. Isso vai fazer com que o Brasil consiga, neste momento difícil que vivemos hoje, mudar sua imagem. Não haverá mais desconhecimento em relação à agropecuária brasileira. Aqui está o que é preciso conhecer do Brasil. O setor merece esta plataforma”, anunciou a ministra Tereza Cristina, idealizadora do projeto do Observatório.

O objetivo desse serviço é fortalecer e aprimorar a integração, a gestão, o acesso e o monitoramento dos dados e informações de interesse estratégico para o setor agropecuário e para o Brasil. O acesso ao sistema informatizado é aberto ao público, sendo algumas informações disponíveis de acordo com os perfis de acesso.

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, explica que o Observatório disponibiliza soluções inovadoras de tecnologia da informação e comunicação, de modo a subsidiar processos de tomada de decisão do Ministério e dos demais usuários do setor público, privado, terceiro setor e da sociedade.

Dados disponíveis:
Os dados reunidos no Portal do Observatório estão disponíveis a partir de dois principais ambientes. Na “Plataforma Estatística”, encontram-se dados numéricos, tabulares e representações gráficas acerca dos diversos temas da agropecuária. Essa plataforma pode ser consultada utilizando filtros por período e estratificação em nível nacional, estadual e municipal, além de dados quantitativos e qualitativos.

O formato Geoespacial é dedicado à integração de dados e informações territoriais, que podem ser visualizados e construídos de acordo com a necessidade e interpretação dos usuários. A “Plataforma Geoespacial” está organizada por ambiente de visualização de camadas, relatórios quantitativos e painéis temáticos que detenham qualquer tipo de atributo e representação cartográfica dos dados.

Nos painéis temáticos, é possível consultar as áreas de agropecuária sustentável e meio ambiente; aquicultura e pesca; crédito rural; produtos agrícolas; Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc); e solos brasileiros.

Para a consulta de informações sobre o crédito rural público, o usuário encontra dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro, do Banco Central do Brasil. É possível selecionar a quantidade e valor dos contratos em quatro finalidades: custeio, investimento, comercialização e industrialização a partir de filtros que oferecem visualização por período, fonte de recurso, programa, subprograma, atividade, região do país, estado e município.

Informações sobre as principais culturas agrícolas (arroz, café, feijão, milho, soja e trigo) podem ser encontradas conforme cultivo, crédito, disponibilidades e mercado interno e externo no painel “Produtos Agrícolas”. 

As bases de dados espaciais de solos, atualmente disponíveis no Brasil, podem ser vistas em escala 1:250.000, permitindo a visualização estatística do percentual de área ocupada no Brasil e em cada Unidade da Federação, conforme o Programa Nacional de Solos do Brasil (PronaSolos).

O painel temático do Zarc reúne informações consolidadas de todas as portarias do zoneamento para cada cultura, grupo, período do ano e tipo de solo. Também oferece ferramentas integradas com o intuito de promover maior usabilidade e intuitividade na interpretação da informação, centralizando a tábua de risco, a relação de cultivares e mapas de visualização dos dados por município, estado e região.

Uma biblioteca ainda reúne publicações dos diversos temas e setores como relatórios, informativos, revistas, planejamentos, boletins e cartilhas.

Até julho, outros temas estarão disponíveis: assistência técnica, assuntos fundiários, agricultura familiar, pecuária de corte e comércio exterior.

Tecnologia a favor do agro:
A implantação do Observatório é considerada ferramenta de business intelligence (BI). Assim, permite a análise das bases de dados, bem como proporciona consolidar resultados imprescindíveis para tomada de decisão de produtores rurais, gestores públicos, empresários, e público em geral.

Segundo o coordenador-Geral de Informações Estratégicas do Mapa, Raimundo Deusdará Filho, a infraestrutura física do Observatório conta com recursos tecnológicos de última geração como base para a construção, acesso e gestão de painéis dinâmicos de dados e informações da agropecuária brasileira. “O Observatório prevê a disponibilização de soluções inovadoras de tecnologia da informação e comunicação, permitindo a disponibilização e a visualização simultânea de um robusto conjunto de fontes de dados e informações atualizadas e consolidadas, que complementam o entendimento das cadeias produtivas do setor”.

A partir do lançamento da ferramenta, a expectativa é de que cerca de 1 milhão de consultas sejam realizadas no período de uma semana. A ferramenta suporta 500 acessos simultâneos a suas bases de dados.

As informações do Observatório são oriundas do Mapa e suas vinculadas como Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), além da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Ainda compõem o banco de dados registros do Banco Central do Brasil (Bacen), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Também participaram da live de lançamento do portal o secretário-executivo do Mapa, Marcos Montes; o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Sérgio de Almeida; o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Paes de Andrade; secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim; o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Sérgio Souza; o presidente da CNA, João Martins, e o reitor da UFLA, João Chrysóstomo de Resende Júnior. Clique aqui e assista ao vídeo. (MAPA)




Importação de lácteos cresceu 14,5% em maio, diz Cepea

Baixa disponibilidade da matéria-prima no país ampliou compras externas

As importações brasileiras de lácteos cresceram 14,5% em maio na comparação com o mês anterior, somando 8,4 mil toneladas, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea – Esalq/USP). De acordo com o Boletim do Leite, de junho, o cenário reflete a baixa disponibilidade da matéria-prima no país, intensificada pela entressafra da produção no Sudeste e Centro-Oeste. A queda de 5% do dólar em relação ao real em maio também estimulou as compras externas.

As importações de leite em pó alcançaram 4,18 mil toneladas no mês passado, 26% a mais na comparação com abril e 49,7% do volume total da importação de lácteos no período. O preço médio do produto foi de US$ 3,17 o quilo, 5% superior a abril.

O boletim informa, ainda, que o país importou 1,9 mil toneladas em queijos – 22,7% do total e 3,2% mais na comparação com abril. O maior fornecedor foi a Argentina. A cotação média do item foi de US$ 8,21 o quilo em maio, queda de 7% frente ao mês imediatamente anterior.

Já as exportações do setor, segundo o Cepea, recuaram 22% em maio, para 3,81 mil toneladas. (Valor Econômico)

Jogo Rápido  

Previsão de frio e umidade para os próximos sete dias no Rio Grande do Sul
A previsão é de umidade e frio entre os dias 18 e 23 para todo o Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 24/2021, publicado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com o Irga e a Emater-RS. Nesta sexta-feira (18), a presença do ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas mínimas próximas a 0°C e formação de geadas isoladas. No sábado (19), deslocamento de uma área de baixa pressão entre o RS e SC favorecerá o aumento da nebulosidade e provocará chuva na maioria das regiões, com possibilidade de temporais isolados nas faixas Norte e Nordeste. No domingo (20), ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas nos setores Leste e Nordeste, enquanto o restante do Estado permanecerá com tempo firme e nebulosidade variável. Entre a segunda (21) e a quarta-feira (23), a propagação de uma área de baixa pressão e uma frente fria manterão grande variação de nuvens e provocarão chuva em todo RS. Os totais previstos deverão oscilar entre 15 e 35 mm na Zona Sul, faixa Central e Região Metropolitana. No restante do Estado, os valores oscilarão entre 35 e 50 mm, e deverão alcançar 60 mm na Fronteira Oeste, Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. O boletim que pode ser acessado clicando aqui. (SEAPDR)


 

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