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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.564


PREVISÃO DO TEMPO

Calor e chuva expressiva previstos para os próximos dias no Estado do RS

Os próximos sete dias terão calor e chuva expressiva no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 50/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na quinta (16) e sexta-feira (17), o tempo seco e quente seguirá predominando na maioria das regiões. Porém, a circulação de umidade do mar para o continente poderá provocar chuvas fracas e isoladas na Zona Sul, Litoral, Região Metropolitana e na Serra do Nordeste. No sábado (18) e domingo (19), a presença do ar seco manterá o tempo firme, com sol, nebulosidade variável e temperaturas elevadas, que superarão 35°C na maioria das regiões e poderão alcançar 40°C na Fronteira Oeste e Missões. Entre a segunda (20) e terça-feira (21), o deslocamento de uma área de baixa pressão favorecerá a ocorrência de chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na quarta-feira (22), ainda ocorrerão pancadas de chuva nos setores Leste e Nordeste, mas o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade e garantirá o tempo firme, com temperaturas amenas em todas as regiões. Os totais previstos deverão oscilar entre 15 e 35 mm na maioria das localidades do Rio Grande do Sul. Nas faixas Leste e Norte, Serra do Nordeste e nos Vales do Taquari e Rio Pardo, os volumes oscilarão entre 35 e 50 mm. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos clicando aqui. (SEAPDR)


Verão tem previsão de chuvas acima da média na maior parte do país

O verão no Hemisfério Sul tem início no dia 21 de dezembro de 2021 às 12h59 (horário de Brasília). Climatologicamente, o período é caracterizado pela elevação da temperatura em todo país em função da posição do Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites, além das mudanças rápidas nas condições de tempo, como: chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade (moderado a forte) e descargas elétricas. A estação termina no dia 20 de março de 2022, às 12h33, dando lugar ao outono.

De acordo com o prognóstico climático divulgado, nesta quinta-feira (16), pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as chuvas no verão serão acima da média na maior parte do país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste.

Devido às características climáticas, com grandes volumes de chuva, o verão no Brasil tem grande importância para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia, além de ajudar a repor os níveis de reservatórios de água e manter os níveis satisfatórios.

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas serão ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação podem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1.100 mm

A maioria dos modelos de previsão de ENOS, gerados pelos principais centros internacionais de meteorologia, indicam uma probabilidade superior a 60% de que se mantenha o fenômeno La Niña durante o verão, podendo atingir a intensidade de moderado entre os meses de dezembro/2021 e janeiro/2022

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas serão ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a responsável pela ocorrência de chuvas. (MAPA)

Portal criado pelo Insper e Embrapa oferece análise gratuita do comércio agrícola mundial

O Insper e a Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP) lançaram nesta quinta-feira (16) o sistema Global Agri Trade Data (Gat), uma ferramenta disponibilizada gratuitamente para oferecer dados sobre até 76 agrupamentos de produtos que constituem as principais cadeias produtivas do agronegócio brasileiro e mundial. Entre elas, estão  grãos, carnes, açúcar, têxteis e outros produtos agrícolas processados. O sistema, com esta diversidade de dados, facilidade de obtenção e disponível de forma gratuita, é único no país.

O Gat será lançado no Insper, em São Paulo, durante uma programação que terá início às 18 horas e que vai envolver também, entre outras ações, o lançamento da versão impressa do livro “O Brasil no Agro Global: reflexões sobre a inserção do agronegócio brasileiro nas principais macrorregiões do planeta”. O evento presencial foi transmitido do Insper no Youtube, clique aqui para assistir.

A ferramenta foi desenvolvida estrategicamente para atender estudantes e profissionais que atuam com comércio exterior, processos de importação e exportação de produtos do agronegócio entre diferentes países, que precisam acompanhar tendências globais de comércio, e realizar análises de mercado para tomada de decisão que podem impactar diretamente na comercialização de um produto de um país.

O objetivo é fornecer ao usuário análises já prontas do comércio internacional agrícola, através de gráficos, e taxas de crescimento, considerando uma ampla gama de dimensões possíveis. Para isso, vai utilizar informações as mais atualizadas possíveis e disponibilizadas por fonte oficiais, como o banco de dados Comtrade da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex-Brasil), órgão do Ministério da Economia.

Além disso, vai contar com um trabalho de estimativa para informações ausentes neste banco, trazendo um conjunto de dados o mais completo possível nesta área. O sistema permite que a visualização das informações para análise seja ajustada de acordo com o interesse do usuário.

“Por isso, os dados são trabalhados e dispostos de maneira a possibilitar uma rápida interpretação e análise pelo usuário. A importância de se ter uma análise do comércio agrícola em âmbito mundial, e não apenas do Brasil, decorre da possibilidade de identificação de concorrentes e mercados potenciais para o país, possibilitando análises de inserção estratégica do Brasil nos mercados globais”, explicam a economista da Embrapa Instrumentação, Cinthia Cabral da Costa, e o coordenador do Insper Agro Global, Marcos Jank.

Uma das responsáveis pelo desenvolvimento do Gat, a pesquisadora lembra que entre 2000 e 2020 o comércio internacional de produtos do agronegócio passou de 357 para 1.258 bilhões de dólares. “Portanto, a compreensão detalhada dos valores, origens e destinos de cada produto do setor é de extrema relevância para um país agroexportador como o Brasil”, acrescentam.

Plataforma versátil
O Gat poderá ser acessado a partir do dia 16, após o lançamento, clicando aqui. O portal permite avaliações a partir do ano de 2000 e oferece cinco dimensões de dados, em âmbito mundial (World Agri Trade); por regiões ou países (Agri Trade By Main Region); por produto (agri Trade by Product) e índices de comércio (Agri Trade Indexes). Além disto, há o sistema Gat Brazil, onde dados ainda mais detalhados e atualizados do país são disponibilizados. Por se tratar de dados mundiais e que, portanto, podem ser úteis também para o público de todos os demais países que queiram analisar o comércio internacional e posicionar sua condição dentro do cenário, o Gat foi desenvolvido apenas na versão em inglês. No entanto, para facilitar a busca de dados, a plataforma disponibiliza um passo a passo, que permite aos usuários a navegação de forma rápida e precisa.

Parceria
O desenvolvimento do sistema Gat é uma ação contemplada no contrato de cooperação técnica assinado em 2020 entre a Embrapa Instrumentação e o Insper. O objetivo é realizar a prospecção e impactos da inovação visando o comércio e a expansão do agronegócio brasileiro no exterior. (Embrapa)






Ações previstas para 2022 pautam reunião entre secretária Silvana e regionais da Emater

Titular da SEAPDR solicitou à instituição estimativa de perdas no campo, decorrentes do novo período de falta de chuva no Estado

A secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Silvana Covatti, esteve nesta quarta-feira (15/12) em uma reunião com a diretoria e gerentes regionais da vinculada Emater/RS-Ascar, na sede da instituição, em Porto Alegre. No encontro, foram tratadas algumas das ações que pautarão os trabalhos em 2022, entre elas, a execução do Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural, lançado pelo governo do Estado no último dia 2. Na oportunidade, a secretária solicitou que a Emater faça uma estimativa de perdas no campo, decorrentes deste novo período de falta de chuvas, para que a SEAPDR tenha mais clareza sobre o tamanho do problema e possa estudar possíveis encaminhamentos.

Sobre o Avançar, a secretária explicou que, neste momento, a SEAPDR trabalha internamente para deixar tudo encaminhado para o início dos processos licitatórios em 2022, referindo-se principalmente à execução das 6 mil microaçudes e 750 poços artesianos previstos. Também destacou que a Emater será muito importante no apoio aos pequenos agricultores interessados em projetos para captação dos financiamentos, os quais serão operacionalizados via Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). Entre outros, o Avançar liberará R$ 5 milhões em financiamentos para agroindústrias e outros R$ 19 milhões que podem ser acessados por agricultores e pecuaristas familiares, camponeses, assentados, pescadores artesanais, aquicultores, quilombolas e indígenas.

Na reunião, Silvana também se disse preocupada com os relatos dos produtores do Interior sobre a falta de chuva, que já tem impactado a produtividade do milho e retardado o plantio da soja em algumas regiões. Desta forma, pediu à Emater um levantamento da situação para que a SEAPDR possa avaliar a necessidade de um plano de ações para auxiliar os produtores. Segundo boletim do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), a probabilidade de o fenômeno La Niña permanecer no Rio Grande do Sul até o final do verão 2022 está acima dos 80%.

A secretária agradeceu ainda os funcionários da Emater pela dedicação à assistência técnica e extensão rural junto aos agricultores familiares do Estado. “Temos que valorizar este capital humano pelo excelente trabalho desempenhado nas nossas comunidades rurais”, ressaltou Silvana. Afirmou que o Governo do Estado tem dado atenção especial às vinculadas da Secretaria da Agricultura, como Irga e Emater. Lembrou que, de 2019 para cá, a SEAPDR estudou e tornou viável uma reestruturação da Emater, a qual permitiu o equilíbrio financeiro da instituição. Ao mesmo tempo, houve a conquista da renovação do certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social até 2023 pela Emater, junto ao governo federal, e foi criado um novo modelo de convênio com o Estado, o que trouxe mais segurança para a continuidade dos trabalhos. “Estas questões ajudaram a trazer mais tranquilidade aos servidores”, acrescentou Silvana. (SEAPDR)


 Jogo Rápido

ASSISTA: o que esperar do mercado lácteo em 2022? Com Valter Galan!
Ocorreu ontem o evento “o que esperar do mercado lácteo em 2022? Com Valer Galan”. Após um ano complicado para a cadeia de lácteos, não são poucas as dúvidas sobre o que irá acontecer em 2022. O cenário político e econômico brasileiro, as repercussões para o consumo, a situação atual e as expectativas da indústria, o mercado internacional, o clima, o mercado de grãos, os efeitos sobre a produção de leite foram os temas do debate. Clique aqui e assista. (Milkpoint)

 

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Porto Alegre, 16 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.563


Conseleite MG projeta queda de 0,84% no preço do leite entregue em dezembro
 
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 15 de Dezembro de 2021, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprovou e divulgou:
 
a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2021 a ser pago em Novembro/2021.
b) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2021 a ser pago em Dezembro/2021.
c) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2021 a ser pago em Dezembro/2021 e valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2021 a ser pago em Janeiro/2022.
 
 
Períodos de apuração:
● Mês de Outubro/2021: De 24/09/2021 a 28/10/2021
● Mês de Novembro/2021: De 29/10/2021 a 25/11/2021
● Parcial de Dezembro/2021: De 26/11/2021 a 09/12/2021
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.  
 
As informações são do Conseleite/MG

CCJ aprova projeto que substitui fiscalização agropecuária por autocontrole dos produtores

Autocontrole - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei do Poder Executivo que substitui a fiscalização agropecuária por programas de autocontrole por produtores rurais e indústria e incentivo a modelos de fiscalização on-line a partir do compartilhamento de processos. O projeto tramita em caráter conclusivo e poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para a votação pelo Plenário da Câmara.

O projeto também altera regras de controle sanitário e o valor das multas aplicadas por infrações.

O Projeto de Lei 1293/21 foi aprovado na forma do substitutivo da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, conforme parecer do relator, deputado Pedro Lupion (DEM-PR). O projeto tramita em caráter conclusivo e poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para a votação pelo Plenário da Câmara.

O texto aprovado incorpora mais de 20 emendas à proposta do governo. A principal inovação é a criação do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira), que atua no combate e repressão à pirataria e à falsificação de produtos agrícolas contrabandeados de outros países e para impedir a entrada de doenças e pragas ou outras substâncias danosas à agropecuária nacional.

O novo texto padronizou os ritos dos processos administrativos da defesa agropecuária, mantendo assegurados o contraditório e a ampla defesa.

Agrotóxicos
O substitutivo permite ainda concessão automática de registro para produtos agropecuários que possuam parâmetros ou padrões normatizados. A regra não vale para defensivos agrícolas ou agrotóxicos, regulados por legislação específica.

Conforme a proposta aprovada, os agentes privados regulados pela defesa agropecuária desenvolverão programas de autocontrole com o objetivo de garantir a inocuidade, a identidade, a qualidade e a segurança dos seus produtos. O programa não é obrigatório para agentes da produção primária agropecuária, como os produtores rurais, mas eles poderão aderir voluntariamente a programas de autocontrole por meio de protocolo privado de produção.

O substitutivo deixa a definição dos programas de autocontrole sob responsabilidade do setor produtivo, com orientação do Ministério da Agricultura. O texto original dá essa atribuição ao ministério, ouvido o setor privado.

Caberá à fiscalização agropecuária verificar o cumprimento do descrito no programa de autocontrole da empresa, que será definido pelo estabelecimento privado e deve atender, no mínimo, aos requisitos definidos em legislação.

Os programas conterão registros sistematizados e auditáveis de todo o processo produtivo, desde a recepção da matéria-prima até o produto final. Deverão conter ainda medidas para recolhimento de lotes em desconformidade com o padrão legal e os procedimentos de autocorreção.

Segundo o Executivo, o projeto tem o objetivo de conferir maior suporte à fiscalização agropecuária, a partir da obrigatoriedade de adoção de programas de autocontrole pelos próprios agentes regulados, e a implantação do programa de incentivo à conformidade em defesa agropecuária.

Omissão do Estado
Parlamentares de oposição votaram contra a proposta. Para o deputado Patrus Ananias (PT-MG) o projeto estabelece uma omissão estatal. “Esse projeto faz com que os produtores rurais, e aqui nós estamos falando sobretudo do agronegócio, da grande produção rural, se tornem seus próprios fiscais. Eles passam a controlar suas próprias atividades, com a total ausência, com a total omissão do Estado. É um projeto que coloca o setor privado acima do Estado”, afirmou.

Já para o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM), a proposta é inteligente e reduz a burocracia. “O nosso agronegócio é pujante e nós temos um país de dimensões continentais. Achar que só os agentes públicos vão conseguir dar conta dessa dimensão do nosso país é querer ficar no atraso. O projeto é muito inteligente, traz a iniciativa privada, para participar dessa fiscalização, dá multas pesadas para quem não cumprir [as regras], reduz burocracia”, argumentou. (Agência Senado)

 

Publicada Portaria com novas condições para implementação do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF)

Agricultura Familiar - OMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (15) a Portaria nº 264, com alterações à Portaria nº 242/2021, que estabelece as condições e os procedimentos gerais para inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF).

De acordo com o ato normativo, a emissão de Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP) permanecerá até 30 de junho de 2022. Nesse período, a implementação do CAF será gradativa e regionalizada, de forma a garantir que não ocorra a interrupção do acesso dos agricultores familiares às políticas públicas do Governo Federal.

“A transição ocorrerá progressivamente e de acordo com a estruturação da Rede CAF em cada estado. Para isso, em um primeiro momento ocorrerá a coexistência da emissão da DAP e do registro de inscrição no CAF. Os agricultores familiares que possuem DAP Ativa podem ficar tranquilos, pois continuarão tendo acesso às linhas de crédito do PRONAF e outras ações do Ministério”, ressalta o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA, Márcio Cândido.

Nos próximos seis meses, os agentes cadastradores do CAF serão capacitados e receberão um certificado para operacionalizar o novo sistema e emitir o Registro de Inscrição no CAF (RICAF).

As alterações realizadas por meio da Portaria atendem demandas apresentadas à Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA por gestores de políticas públicas, preocupados com uma possível redução do acesso de seus beneficiários, e por representantes de entidades que estão pleiteando o ingresso na Rede CAF.

Instituído pelo Decreto nº 9.064, de 2017, o CAF substituirá a DAP de forma gradativa e será a principal ferramenta do agricultor familiar para o acesso às ações, programas e políticas públicas voltadas para geração de renda e fortalecimento da agricultura familiar.

Informações sobre o CAF podem ser solicitadas à Coordenação de Gestão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar do MAPA pelo e-mail caf@agricultura.gov.br ou pelos telefones (61) 3276-4540 e 3276-4533. (MAPA)


 Jogo Rápido

Milho: expectativa quebra de safra vai movimentar o mercado de grãos nos próximos meses, diz analista
Milho - O milho vem sendo castigado no Sul do país com a falta de chuvas, fato que liga o alerta para os produtores e pode continuar impactando nos preços, segundo análise de Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio. Segundo ele, o cenário adverso não é exclusividade do Brasil. “A estiagem também provocou perdas irreversíveis no milho primeira safra do Paraguai e da Argentina. Isso pode trazer para o Brasil um cenário de escassez do grão para o primeiro trimestre de 2022, onde vamos precisar de 38 milhões de toneladas, e a safra não deve chegar a 30 milhões de toneladas”, afirma. Todo esse cenário tem reflexo do mercado do grão, seja a nível interno ou externo. “Temos as cotações futuras reagindo à quebra na safra. Se antes da pandemia o milho em Chicago era negociado US$ 3 o bushel, hoje pode chegar até US$ 5,90. Na B3, os contratos para março já passam de R$ 95. Os preços podem ficar menores no ano que vem, dependendo do bom andamento do plantio da segunda safra de milho”, afirma Carlos Cogo. (Canal Rural)

 

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Porto Alegre, 15 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.562


Inteligência artificial fornece diagnóstico e tratamento para mastite

"A Alexa nunca ordenhou uma vaca. Então, a gente precisa da Rúmi". Em tom de brincadeira (mas nem tanto), Marcelo Lima, sócio da SK Tarpon responsável pela 10b — a gestora que lidera os investimentos em agro — ilustra as ambições da Rúmina, um ecossistema para pecuária recém-criado, abrigando sob um mesmo guarda-chuva as diversas soluções que vinham recebendo aportes do fundo nos últimos anos.

Aproveitando a união das investidas da 10b dedicadas à pecuária, a Rúmina nasceu com uma base de dados parruda, com informações de 7 mil fazendas e um rebanho leiteiro de 1,3 milhões de vacas, o que já permitiu a criação da Rúmi, uma inteligência artificial que ajuda a estimar as chances de cura de um animal com mastite, avalia o risco para concessão de crédito a pecuaristas e gera insights para melhorar a produtividade na fazenda.

As soluções reunidas na Rúmina devem fazer uma receita recorrente (ARR, a sigla mais usada no mercado) de R$ 30 milhões em 2022, mas a aposta na tese está só no começo. "Temos duas conversas avançadas para aquisições, uma para anunciar já começo do ano e outra durante o primeiro semestre", diz Lima. Até aqui, a 10b construiu o ecossistema praticamente, sozinha — com os recursos dos investidores do veículo da gestora —, mas a atração de outro fundo como sócio é uma possibilidade.

A construção da Rúmina começou há dois anos, quando a 10b fechou a aquisição da OnFarm, uma startup que desenvolveu um sistema de diagnóstico rápido de mastite, doença que mais gera perdas ao rebanho, desperdiçando leite e gastando com antibióticos sem necessidade.

Fundada por Laerte Cassoli — um agrônomo criado em uma fazenda no interior que fez carreira no maior laboratório de análise de leite do país, até sair para empreender —, a OnFarm oferece um hardware por assinatura aos produtores. A partir desse equipamento, uma espécie de mini laboratório dentro da fazenda, o leite é aplicado em um meio de cultura. Após 24 horas, a cor indicará se é preciso tratar a vaca com antibiótico e descartar o leite.

"Muitas vezes, a própria vaca já combateu a bactéria e você nem precisa aplicar antibiótico", explica Lima. Apenas neste ano, a tecnologia da OnFarm evitou o uso de quase 230 mil doses de antibióticos e o descarte de 7 milhões de litros de leite, o que se traduziu em uma economia de R$ 17 milhões. Grandes laticínios — Piracanjuba, Danone, Lactalis, Vigor e Verde Campo (da Coca-Cola) — subsidiam o uso da solução para a rede de fornecedores de leite.

Com o desenvolvimento da Rúmi, a plataforma criou uma nova camada para a solução da OnFarm. Se antes a decisão do que fazer com o diagnóstico da mastite ficava na fazenda, agora basta o envio de uma foto com o resultado para que a inteligência artificial ofereça uma sugestão de tratamento — quando necessário. "A análise da imagem digital tem uma precisão de 97,8%, que é maior que a do olho humano", disse o sócio da SK Tarpon.

O ecossistema da Rúmina também inclui o Ideagri, um software de gestão especializado em fazendas de leite comprado pela 10b em 2020. Das 100 maiores produtoras de leite do país, 80 pagam a assinatura do produto, que funciona no modelo de Software as a Service (SaaS). Recentemente, a Rúmina também criou a Bovitech, um spin-off da Ideagri voltado para fazendas de gado de corte.

Os investimentos da 10b na Rúmina também incluem IOT. Gestada da Universidade Federal de Viçosa, uma referência em agronomia, a Volutech também passou a fazer parte do ecossistema recentemente. A startup criou um sensor que monitora, em tempo real, a qualidade do leite nos tanques das fazendas.

"Antes, o laticínio só checava o volume e a temperatura do leite no momento da coleta, mas não sabia o que tinha acontecido antes", diz Pedro Peixoto, sócio da 10b responsável pelo investimento na Rúmina. O próximo passo da tecnologia é instalar sensores nos caminhões dos laticínios, acompanhando todo o ciclo logístico desde a matéria-prima até o processamento.

Com a base de dados, a Rúmina criou uma fintech — a RúmiCash. A ideia é financiar os produtores, seja antecipando os recebíveis de leite ou fazendo empréstimos de curto prazo. Por enquanto, o funding ainda vem de parceiros, mas a startup já se estrutura para levantar recursos, eventualmente captados por FIDC. Atualmente, a carteira de crédito da RúmiCash soma R$ 1 milhão.

"O diferencial da fintech é que ela nasceu dentro do nosso ecossistema. Temos um score de crédito proprietário, com uma metodologia que aprova o crédito em dez minutos", disse Peixoto. Com um universo de 300 mil clientes potenciais, a Rúmina vislumbra um negócio bastante rentável.

Na 10b — nome em alusão à população de 10 bilhões de pessoas que precisará ser alimentada no mundo em 2050 —, a Rúmina é a maior aposta em pecuária. Em agricultura, a gestora é a maior acionista da Kepler Weber, com uma participação avaliada em R$ 250 milhões, e também investe na Agrivalle, de bioinsumos, e na Seedz, um programa de fidelidade. (As informações são do Valor Econômico)


Kantar traz 3 possíveis projeções para o consumo domiciliar

Com base na taxa de contágios de covid-19 e nos diferentes estágios da pandemia, a Kantar criou três cenários para o mercado de bens de consumo massivo: um otimista, um de estabilidade e outro pessimista.

No primeiro e mais otimista cenário, ocorre uma redução em 5,8% ao mês nos novos casos e, portanto, faria com que as vendas dos produtos do setor para consumo dentro de casa retraíssem 2,5% em valor, já que teriam mais pessoas nas ruas. Já o segundo, prevê estabilidade tanto nos números de contaminações quanto no valor, que causaria um aumento de apenas 1,6%, porém com tendência de aumento do gasto médio por viagem e da frequência de ida aos pontos de venda. Por fim, em um cenário pessimista — com 24% de aumento nos novos registros e retorno ao pico da pandemia —, o consumo domiciliar subiria 3,9% em valor, tanto com maior tíquete médio quanto com maior frequência de consumo dentro de casa.

Atualmente, os brasileiros já estão retornando às compras presenciais, porém a frequência ainda é uma barreira para a recuperação dos padrões pré-pandemia. O retorno está negativado em 4,6%, comparando o terceiro trimestre de 2021 com o do ano anterior.

Nesse contexto, caso tenhamos um novo cenário de restrições, o consumo fora do lar certamente será afetado negativamente. No 2º trimestre de 2020, pico do isolamento social, por exemplo, o consumo Out Of Home retraiu 17% em comparação ao período pré-pandemia. Nesse cenário, o varejo moderno e o atacarejo seriam os modelos mais beneficiados por conta das compras de vizinhança e da estocagem de alimentos.

Para traçar as melhores estratégias, as marcas precisarão levar em consideração os desempenhos da nova variante ômicron e da eficácia da vacinação com relação a ela, além da possibilidade de novas restrições à mobilidade, que geram sempre mudanças no comportamento dos compradores. A recuperação do consumo fora do lar vai depender deste e de outros fatores, como desemprego, renda e auxílio emergencial. (Super Varejo)

 

Estratégia nutricional é essencial para produzir mais na pecuária leiteira, diz zootecnista

Segundo a zootecnista, doutora em Nutrição de Ruminantes pela Universidade Estadual de São Paulo, Vanessa Carvalho, que é gerente técnica de bovinos da Phibro Saúde Animal, é possível reduzir os custos com a alimentação do rebanho sem perder o valor nutricional.

A atividade leiteira conta com muitos desafios e incertezas, que vão da sazonalidade da produção a questionamentos sobre como o mercado vai se comportar. Em 2021, o que mais preocupou os produtores de leite foi o custo de produção. Segundo a zootecnista, doutora em Nutrição de Ruminantes pela Universidade Estadual de São Paulo, Vanessa Carvalho, que é gerente técnica de bovinos da Phibro Saúde Animal, é possível reduzir os custos com a alimentação do rebanho sem perder o valor nutricional.

No entanto, diz Carvalho, a decisão deve ser tomada com cautela, já que a retirada desses nutrientes da dieta pode causar a redução na produção de leite por vaca. Segundo a gerente técnica, quando a estratégia é aliada ao conhecimento e às tecnologias disponíveis no mercado e que foram desenvolvidas exclusivamente para a correta alimentação dos animais, o produtor pode enxergar um bom caminho à frente. De acordo com Vanessa Carvalho, é necessário avaliar os diferentes indicadores associados à lucratividade e não somente focar na diminuição dos custos de produção. Dentre os diferentes indicadores determinantes para a rentabilidade do negócio, a produção de leite por vaca faz a diferença.

Afinal, a maior produção proporciona mais renda x o custo da alimentação, mesmo quando os preços do leite são baixos e os custos dos insumos estão elevados. Assim, é importante buscar a maior produção de leite para que ocorra a diluição dos custos e a lucratividade se mantenha ou até mesmo aumente. (Canal Rural)


 Jogo Rápido

Forte alta nos EUA de preços ao produtor

Os preços ao produtor nos EUA registraram um aumento anual recorde de quase 10% em novembro, alta que sustentará um fluxo de pressões inflacionárias em 2022. O índice de preços ao produtor subiu 9,6% ao ano em novembro, e 0,8% em relação a outubro, segundo informou ontem o Departamento de Trabalho. Ambos os avanços superaram as expectativas. A medida núcleo, que exclui os preços de alimentos e energia, subiu 0,7% no mês, trazendo a alta anual para o recorde de 7,7%. “Esta é uma prova do fato de que a inflação continua aumentando”, disse Stephen Stanley, economista-chefe da Amherst Pierpont. A persistente alta dos preços é atribuída, principalmente, aos gargalos nas cadeias de suprimentos globais, em meio à forte demanda de consumo. (Valor Econômico)


 

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Porto Alegre, 14 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.561


La Niña segue até o outono de 2022, mas efeito no clima será moderado

No Brasil, além do efeito do La Niña, ainda há influência do fenômeno Decadal do Pacífico, que deixa a chuva abaixo da média no Sudeste e Centro-Oeste

A temperatura do oceano Pacífico equatorial está baixa que o normal desde meados da primavera indicando a presença de um La Niña. De acordo com o Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (Noaa), a expectativa é de um fenômeno entre fraco e moderado e que vai prosseguir até meados do outono de 2022 no Hemisfério Sul.

No Brasil, além do efeito do La Niña, há influência de um fenômeno de longo prazo chamado de Oscilação (Inter) Decadal do Pacífico ou ODP. A oscilação vem fazendo com que as regiões Sudeste e Centro-Oeste recebam chuva abaixo da média nos verões há pelo menos dez anos. E em 2022, isso não será diferente. De acordo com a previsão da simulação ECMWF, o primeiro trimestre de 2022 será caracterizado por chuva abaixo da média histórica ao longo do vale do Rio São Francisco (Minas Gerais e Bahia), Triângulo Mineiro, Goiás e boa parte de Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, apesar do La Niña, parte do primeiro trimestre de 2022 terá chuva acima da média em Santa Catarina e Paraná, além de São Paulo. A previsão do tempo aponta que a chuva acima da média não será frequente durante todo o trimestre, assim como a chuva abaixo da média não indica ausência de precipitação. O efeito mais clássico do La Niña será visto no Rio Grande do Sul, com chuva abaixo da média, além de boa parte das regiões Norte e Nordeste, com precipitação acima da média histórica.

Outro efeito do La Niña será a ausência de calor intenso e persistente na maior parte do Brasil. Apenas o interior do Rio Grande do Sul terá temperatura acima da média no primeiro trimestre de 2022. (Canal Rural)

Preços da próxima safra e carência de fertilizantes serão abordados no Agrocenário 2022

A safra 2022/2023 sinaliza diversos desafios ao produtor brasileiro. Prova disso é a estimativa feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), apontando a probabilidade de a próxima temporada ser a mais cara do século até então. Diante dessa conjuntura, é imprescindível que o agricultor consiga incrementar a sua rentabilidade e ajudar o país a continuar tendo protagonismo internacional. Assim, para prepará-lo frente às adversidades que estão por vir, a Aprosoja Brasil e a Corteva realizam a quarta edição do “Agrocenário 2022 – Competitividade do Agronegócio Brasileiro”, no dia 15 de dezembro, às 9h (horário de Brasília).

O analista de Fertilizantes da Agrinvest Commodities, Jeferson Sousa, participará do primeiro painel do evento e abordará as adversidades enfrentadas pelo setor de fertilizantes e agroquímicos. “Houve uma forte queda de produção desses insumos em 2021 causada pela crise energética na China, limitando as exportações e aumentando os preços, principalmente do glifosato, um herbicida muito utilizado no Brasil e no mundo”, comenta.

Segundo ele, o próximo ano já começará com um grande desafio envolvendo a disponibilidade de cloreto de potássio na agricultura. “Os Estados Unidos colocaram uma série de sanções na Bielorrúsia, que é o país responsável por fornecer quase 20% do produto utilizado no mundo. Isso significa que 2022 vai ter um problema grande em relação a preço e fornecimento de matéria-prima”, constata.

A relação de troca para o fertilizante será outro ponto abordado por Sousa. “Essa questão acaba sendo um termômetro para o produtor antecipar ou não as suas compras. Neste momento essa relação está muito elevada, infelizmente, não sendo nada convidativa para compra. Estamos falando de uma relação acima do histórico, o que, logicamente, pode implicar em alguns pontos para a safra 22/23, causando, assim, uma estagnação da área plantada ou até mesmo uma redução, além de menores investimentos em adubação”, sintetiza o especialista.

Abertura de novas fronteiras
O diretor da Pátria Agronegócios e palestrante do segundo painel do Agrocenário 2022, Matheus Pereira, acredita que a ocasião é importante para iniciar um debate em que a frente política que defende o agro nacional possa se fortalecer. “Daremos as direções para onde podem ser focados os esforços políticos e, assim, termos ainda mais competitividade e agressividade na comercialização, bem como para mantermos os laços comerciais que já possuímos”, adianta.

Pereira se considera um “consultor de pé no chão e de botina suja”. Com isso, afirma que sua busca é por trazer informações de qualidade que estejam em linha com o que o produtor aplica no campo. “Já fui produtor, nascido e criado na roça. Sei a maneira de tratar com o público direto e é dessa forma que procederei no evento.”

Desta forma, o diretor antecipa que também pretende discutir maneiras de o país desatar nós com nações que ainda não têm a licença necessária para adquirir a principal commodity do agro brasileiro: a soja. “Nossa oleaginosa já é vista internacionalmente como um grão de qualidade, sustentabilidade e oferta robusta. Precisamos apenas transpor essas barreiras territoriais e nos mantermos à frente de nossos principais concorrentes por demanda, que são os Estados Unidos e a Argentina”, conclui.

Setor dinâmico
O diretor de Supply Chain Crop Protection da Corteva, Gustavo Haddad, estará presente nesta quarta edição do Agrocenário. Segundo ele, o período em que o evento acontece não poderia ser melhor. “Vemos muitos avanços sob a ótica da competitividade interna, como a melhoria dos investimentos em infraestrutura, novas fontes e formas de financiamento do setor e novas tecnologias trazendo ganhos de produtividade”, ressalta.

Todavia, de acordo com ele, o país possui limitações logísticas internacionais e mudanças geopolíticas que afetam os interesses de comércio, além de uma agenda de sustentabilidade em ascensão. “Mas é inegável que o agro ainda é o setor mais dinâmico da economia (inclusive em geração de empregos) e que o seu crescimento se manterá firme nos próximos anos. O que temos no pós-pandemia é o ‘estado da arte’ do futuro do agronegócio. Um ambiente complexo, competitivo e muito promissor”, conclui Haddad.

Não deixe de acompanhar o Agrocenário 2022, que será transmitido por todas as plataformas do Canal Rural (TV, YouTube e Facebook). Clique aqui e inscreva-se para receber a notificação no horário do evento. (Canal Rural)





Fiergs estima que PIB gaúcho fechará o ano com incremento de 9,6%

A economia gaúcha crescerá mais do que a brasileira em 2021. Conforme cálculos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), enquanto o PIB do Estado deve verificar uma evolução de 9,6%, o País deve registrar um aumento de 4,6%. Para 2022, a expectativa é de que o PIB gaúcho tenha um desempenho na casa de 1,6%, contra 1,0% do brasileiro.

Uma das explicações para o melhor desempenho da economia gaúcha que a do País está no PIB da agropecuária estadual, que deve aumentar 57,7% neste ano, contra uma retração de 29,6% em 2020 e uma perspectiva de alta de 6,3% para 2022. Ainda para o próximo ano, a Fiergs prevê que a taxa de desemprego elevada e a permanência das interrupções nas cadeias de fornecimento devem ajudar a diminuir o ritmo de crescimento.
Assim, a expectativa é de uma criação de 614 mil empregos formais em âmbito nacional e para o Rio Grande do Sul a perspectiva é da geração de 29 mil postos de trabalho em 2022, sendo cerca de 9 mil no setor industrial. O PIB da indústria gaúcha deve fechar 2021 com uma elevação de 6,8% (contra 5,1% do brasileiro) e no próximo ano deve aumentar em 0,6% (e o nacional 0,9%).

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14), pelo presidente da Fiergs, Gilberto Petry, durante a apresentação do Balanço e Perspectivas da Economia 2021/2022. Na ocasião, o dirigente aproveitou o evento para comentar ainda sobre os bons índices de vacinação no Brasil, superiores aos de países como Alemanha, Áustria e Estados Unidos. “Nossa principal atividade hoje é evitar que a Covid-19 se alastre mais”, defende Petry. O presidente da Federação das Indústrias, que realizou uma coletiva on-line, ainda se emocionou ao falar do seu primo, o jornalista e professor Flávio Porcello, falecido em decorrência do coronavírus.

Desempenho do PIB no mundo, Brasil e Rio Grande do Sul:

Mundo:
2020 2021 2022
-3,1% +5,6% +4,5%

Brasil:
2020 2021 2022
-3,9% +4,6% +1,0%

Rio Grande do Sul:
2020 2021 2022
- 7,0% +9,6% +1,6%

Fonte: Fiergs/Jornal do Comércio - adaptado Sindilat/RS

 Jogo Rápido

Confaz publica convênio ICMS que beneficia irrigantes do RS e do ES
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou, na sexta-feira, o Convênio ICMS nº 214, e atendeu a um pedido dos produtores rurais irrigantes do Rio Grande do Sul e do Espírito Santo. A medida permite que esses Estados tenham isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas vendas com equipamentos de irrigação. Agora são  nove Estados que contam com o benefício: Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina. Esses Estados são autorizados a conceder isenção do ICMS incidente nas operações internas com irrigadores e sistemas de irrigação para uso na agricultura ou horticultura, por aspersão ou gotejamento, inclusive os elementos integrantes desses sistemas, como máquinas, aparelhos, equipamentos, dispositivos e instrumentos.  (Valor Econômico)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.560


Saem vencedores do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Os resultados do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo foram divulgados na manhã desta segunda-feira (13/12) de forma totalmente online pelo Facebook do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). Repórteres da Cotrijal, do Vale Agrícola e do Correio do Povo se destacaram na premiação, assim como profissionais do Portal Novo Rural, da Zero Hora, do Jornal do Comércio e do Canal Rural (confira a lista abaixo).

O primeiro lugar na categoria Online foi para Fernando Oliveira Teixeira, do Agrocast Cotrijal, de Não-Me-Toque/RS, com o trabalho “Dia Mundial do Leite: produção envolve amor e dedicação”. Na categoria Eletrônico, Elizângela Maliszewski, do Vale Agrícola, de Canoas/RS, liderou a premiação com o trabalho “Produção do Leite tipo A”. Já no Impresso, categoria mais disputada da edição contando com participantes de diversos estados do Brasil, a jornalista Nereida Vergara, do Correio do Povo, de Porto Alegre/RS, levou o primeiro lugar com o trabalho “Pequenos penalizados”.

Neste ano, a Comissão Julgadora foi formada pelos jornalistas Antônio Goulart (ARI), Pedro Dreher (Sindicato dos Jornalistas do RS), Gerson Raugust (Farsul), Eduardo Oliveira (Fetag), além das representantes do Sindilat Julia Bastiani e Jéssica Aguirres. De acordo com Goulart, desde que participa da Comissão Julgadora, a qualidade dos trabalhos melhora a cada ano. “Eu notei que a cada ano melhora a qualidade dos trabalhos. Isso é inegável”, ressaltou.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, complementou Goulart salientando o alto nível dos trabalhos inscritos. “As matérias estão cada vez melhores. Para nós que representamos o setor lácteo e que estamos em um momento um pouco complicado, a questão do diálogo e a cobertura da mídia é fundamental”, relatou.

Conheça os vencedores:

Online:
Em 1º lugar: Fernando Oliveira Teixeira, do Agrocast Cotrijal (Não-Me-Toque/RS)
com o trabalho “Dia Mundial do Leite: produção envolve amor e dedicação”
Em 2º lugar: Gracieli Verde, do Portal Novo Rural, com o trabalho “Parceiros do Leite - Episódio 4”
Em 3º lugar: Fábio Schaffner, de Zero Hora (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Animais doentes e transmissão contida a tiros: a história do vírus que prejudicou a pecuária gaúcha e só agora será vencido”

Eletrônico:
Em 1º lugar: Elizângela Maliszewski, do Vale Agrícola (Canoas/RS) com o trabalho “Produção do Leite tipo A”
Em 2º lugar: Antonio Petriccione, Canal Rural (São Paulo/SP), com o trabalho “O futuro do leite no Brasil”
Em 3º lugar: Elizângela Maliszewski do Vale Agrícola (Canoas/RS) com o trabalho “Agricultor cadeirante quadruplica produção de leite”

Impresso:
Em 1º lugar: Nereida Vergara, Correio do Povo (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Pequenos penalizados ”
Em 2º lugar: Rafael Vigna, Jornal do Comércio (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Cadeia do Leite sofre pressão dacrise provocada pela pandemia”
Em 3º lugar: Nereida Vergara, Correio do Povo (Porto Alegre/RS) com o trabalho “Mais pasto contra o Custo”

Assessoria de imprensa Sindilat/RS


Produtor de milho contabiliza perdas

Assolada pela estiagem prolongada, a safra gaúcha de milho será marcada por quebra pelo terceiro ano consecutivo. Na região Noroeste do Estado, a Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho-RS) estima perdas de 40% da produção. No restante do Estado, os prejuízos nas lavouras afetadas variam de 30% a 70%, segundo o presidente da entidade, Ricardo Meneghetti. A colheita inicialmente projetada para o Estado era de 6 milhões de toneladas do cereal.

A falta de chuva não poupou nem as áreas irrigadas. “Agricultores estão intercalando a irrigação entre uma lavoura e outra, racionando a água”, relata Meneghetti. “Fizemos todo um trabalho dentro do Programa Pró-Milho, que é para incentivar a produção, mas estamos tendo dificuldades com o clima”, destaca. Segundo Meneghetti, a tendência é que, à medida que as prefeituras decretarem estado de emergência devido à estiagem, os agricultores comecem a apresentar pedidos de indenização ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

Maior produtor de milho do Estado, o município de Palmeira das Missões registra perdas
de 50% a 60% nas áreas não irrigadas, diz o presidente do sindicato rural, Hamilton Jardim. Segundo ele, a situação é mais dramática nas lavouras semeadas no cedo, que sofreram com a falta de chuva na fase de floração. Nestas, a crise hídrica comprometeu 80% da produção. “Se não houver chuva nos próximos dias, as lavouras de sequeiro serão totalmente inviabilizadas”, alerta Jardim.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Não-Me-Toque, Maiquel Junges, diz que em muitos municípios 90% das lavouras estão perdidas. Ibirubá, Selbach, Quinze
de Novembro, Alto Alegre, Boa Vista do Incra e Fortaleza dos Valos, por exemplo, estão há 60 dias sem chuva, segundo ele.

A falta de chuva também atrasou a semeadura da soja na região, que só foi feita em 10% da área de cultivo prevista. A preocupação dos produtores é que o período de plantio indicado no zoneamento agrícola para a soja se encerra em 31 de dezembro. “Estamos pedindo ao governo federal para rever o prazo, para que, se o plantio não for feito até lá, o produtor possa ter cobertura de seguro e Proagro”, explica Junges. (Correio do Povo)

 

 


Índia: produção de leite segue crescendo e exportação pode ser necessária no futuro

Prevê-se que a população da Índia cresça em 272 milhões de pessoas até 2050. No entanto, não está claro se o setor lácteo do país produzirá o suficiente para atender à sua crescente demanda por leite e produtos lácteos, ou se a produção irá exceder as necessidades domésticas.

De acordo com um relatório das Nações Unidas de 2019, a Índia pode suplantar a China como o país mais populoso do mundo até 2027 e permanecer nesta posição até o final do século. Em 2019, a economia da Índia ultrapassou a do Reino Unido e da França como a quinta maior do mundo, com PIB de US$ 2,94 trilhões.

“Depois de experimentar um crescimento sustentado nos últimos anos, a Índia está pronta para consolidar sua posição como o maior produtor e consumidor de leite do mundo”, disse Monica Ganley, analista do Daily Dairy Report e diretora da Quarterra, uma empresa de consultoria agrícola em Buenos Aries.

De acordo com um relatório recente do USDA Global Agricultural Information Network, a produção de leite da Índia deve crescer 2,2% em 2021, atingindo um total de 199 milhões de toneladas. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) espera que a produção cresça 2,3% no próximo ano. Na próxima década, o USDA projeta que a produção de leite na Índia aumentará mais 130 milhões de toneladas.

Embora a maior parte da produção de leite do país seja proveniente de búfalos, a participação do leite de vaca tem aumentado, observou Ganley. Em 2021, ela disse que o leite de vaca representará 48,2% da produção total de leite do país.

“As pequenas fazendas leiteiras do país geralmente preferem ordenhar búfalas porque seu leite é mais gorduroso e elas geralmente resistem ao clima melhor do que as vacas Holandesas e outras vacas leiteiras tradicionais”, observou Ganley. “Além disso, as búfalas podem ser abatidas, proporcionando uma fonte de receita adicional para os produtores indianos, enquanto o abate de vacas leiteiras é proibido na maior parte da Índia por motivos religiosos.”

Quase todo o leite produzido na Índia é consumido internamente, com apenas volumes nominais do produto enviados aos mercados de exportação, disse Ganley. Um pouco mais da metade da produção é formalmente processada, enquanto os 48% restantes são consumidos na fazenda ou vendidos por meio de canais informais.

Produtos lácteos, particularmente iogurte, queijos e ghee, são considerados alimentos básicos na Índia, onde um grande número de vegetarianos depende dos laticínios como fonte de proteína em suas dietas, disse Ganley.

A população crescente da Índia e o grande número de consumidores mais jovens do país, que tendem a favorecer os produtos lácteos, são um bom presságio para o futuro do consumo de lácteos. No entanto, com a expectativa de crescimento da produção de leite, é incerto se o crescimento da produção ficará aquém ou excederá a demanda crescente.
“O consumo de lácteos per capita da Índia de 0,4 quilos por dia e já se acredita que exceda a média mundial em 33%. Assim, se a produção de leite aumentar significativamente nos próximos anos e o crescimento da demanda não acompanhar, a Índia pode, em breve, estar olhando para o mercado global para descarregar o excesso de produção”, disse Ganley. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


 Jogo Rápido

Consumo nos Lares Brasileiros cresce 4,95% em outubro, aponta ABRAS
Apesar do índice ter apresentado desaceleração de 0,24% na relação entre outubro de 2020 e 2021, o consumo manteve sua trajetória positiva nos dez primeiros meses do ano e acumulou alta de 3,14%, segundo monitoramento mensal realizado pela entidade.De acordo com a associação, a alta do custo da energia elétrica e dos combustíveis impactaram o resultado até outubro. “O IPCA acumulando alta de 10,67%, e o IPCA alimentos subindo 11,71% afetaram o consumo das famílias brasileiras, que com menor poder aquisitivo, selecionam itens para colocarem em seus carrinhos”, avaliou Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS e que apresentou o índice em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9). “O setor já está se preparando para as datas de grande consumo, como Natal e Ano Novo, ofertando produtos e realizando promoções, que caibam no bolso de todos brasileiros”, disse. Durante a coletiva, Milan apresentou também o índice Abrasmercado, composto por uma cesta de 35 produtos de largo consumo, como alimentos (incluindo cerveja e refrigerante), higiene, beleza e limpeza doméstica. No mês de outubro, o gasto com produtos da cesta manteve a tendência de alta e fechou em R$ 700,04, aumento de 2,20% em relação a setembro (R$ 684,99). No comparativo com outubro do ano passado, a cesta ficou mais cara em 17,27%. Cuiabá (MT) apresentou a cesta mais barata do país (R$ 540,07), e a Grande Porto Alegre (RS), a mais alta, no valor de R$ 795,45. Os grandes vilões da alta do preço, na comparação entre setembro e outubro deste ano, foram o tomate (+28,77%) e a batata (+24,05%), que registraram aumento significativamente maior que os produtos que vêm em seguida, como o frango congelado (+ 6,33%), o café torrado e moído (+ 6,11%) e o açúcar (+ 4,79%). A cebola, o feijão e o extrato de tomate tiveram as maiores baixas com queda de 5,17%, 2,27% e 1,95%, respectivamente. A ABRAS se mantém otimista sobre o consumo no Natal e Ano Novo e já anuncia novas contratações. “Estamos prontos para receber os clientes nas mais de 91 mil lojas do setor e através do e-commerce”, disse Milan que prevê 30 mil admissões de funcionários temporários no período. “Os postos mais ocupados por estes trabalhadores serão : operadores de caixa, repositores e empacotadores”, afirmou Milan. (Newtrade)


 

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Porto Alegre, 10 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.559


Família altera horários de ordenha e facilita a mão de obra no leite

A bovinocultura leiteira vem passando por uma crise nos últimos anos, com diversas famílias abandonando a atividade, e a mão de obra exigida na atividade tem sido um dos principais problemas enfrentados pelos produtores. Em Serafina Corrêa, ainda em maio de 2019, foi realizado um Encontro Municipal de Bovinocultores de Leite e nele os produtores a elencaram, junto dos custos de produção, como a maior dificuldade enfrentada por eles para se manter ou investir na atividade.
 
"De acordo com os produtores, o fato de ter sempre o compromisso de madrugar para ordenhar cedo pela manhã e à tarde, sem férias e finais de semana, acaba tornando a atividade menos atrativa aos jovens e dificultando a sucessão familiar, além de afetar a motivação das famílias em permanecer produzindo leite", explica o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, extensionista da Emater/RS-Ascar.
 
De lá pra cá, com esse diagnóstico, a equipe da Emater/RS-Ascar passou a buscar formas de auxiliar essas famílias a tornar a atividade menos penosa e facilitar o seu dia a dia. Uma das proposições da Emater/RS-Ascar veio em discussão com o Grupo de Pesquisas em Ecologia do Pastejo da Ufrgs, através do professor Paulo Carvalho: a alteração dos horários de ordenha.
 
Ebert conta que a proposta inicialmente visava apenas aumentar o consumo de pasto nos horários em que ocorrem os picos de pastejo (nascer e pôr do sol), mantendo os animais no pasto nesses horários, alterando o manejo tradicional, onde, justamente nesses horários se realiza a ordenha. "Entretanto, o que acontece como consequência é que, além desse benefício de consumir mais pasto, os horários acabam ficando melhores para a rotina e o trabalho da família", ressalta.
 
A família Silvestrin, que é uma Unidade de Referência em produção de leite da Emater/RS-Ascar no município, foi a primeira que aceitou a proposta de alterar os horários de ordenha. Eles faziam a da manhã por volta das 5h30 e a da tarde às 16h30 e com a alteração passaram a recolher as vacas do pasto onde passaram a noite para ordenhar somente às 8h, deixando tempo para elas pastarem antes da ordenha, ao nascer do sol. À tarde, fazem a segunda ordenha às 16h, soltando logo depois das 17h para que pastem ao pôr do sol, permanecendo no pasto durante toda a noite para pastarem ao nascer do sol do dia seguinte.
 
De acordo com a produtora Ana Lice Silvestrin Martins, nos primeiros dias de alteração, a partir do final de setembro, foi preciso acostumar as vacas, mas depois de algumas semanas, elas se adaptaram à nova rotina. "Quando a gente olha de manhã cedo, elas estão lá pastando no piquete e, por volta das 8h, quando a gente vai buscar, elas já levantam e esperam a gente pra vir pra ordenha, então elas se adaptaram muito bem", destaca.
 
Com essas mudanças, a produtora explica que, ao contrário do que se imagina, não teve queda na produção de leite e agora ainda dá tempo até de levar as filhas para pegar o ônibus para a escola, antes de iniciar o trabalho da ordenha, o que antes, no horário tradicional de ordenha, era impossível. De tarde, ordenhando mais cedo, ela também conta que, por volta das 17h30 ela já terminou o serviço, as vacas já estão no pasto e ela pode ficar em casa. "Tá melhor do que eu pensava", relata a agricultora.
 
A família participa do Projeto Elite a Pasto com a Emater/RS-Ascar em Serafina Corrêa, que visa desenvolver um sistema de produção de leite que permita viabilizar a atividade leiteira para pequenas e médias propriedades com uso de pastagens, e essa é uma das técnicas que tem sido proposta nas propriedades para isto. (Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar)

Previsão de poucas chuvas na maior parte do Estado para os próximos sete dias

Para os próximos sete dias, a previsão ainda é de pouca chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 49/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga.  

Nesta época do ano ocorre no centro do Brasil a formação de um fenômeno chamado Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Por causa desse fenômeno, grande parte da umidade disponível na atmosfera do Brasil é consumida nesse corredor úmido que provoca chuvas intensas desde a Amazônia até o Sudeste do País. Também não há previsão de entrada de nenhuma frente fria no Rio Grande do Sul nos próximos dias. 

As chuvas que poderão ocorrer no Leste e Nordeste do Estado serão efeito da umidade que chegará do oceano Atlântico, trazida por ventos gerados por um ciclone subtropical em alto mar. 

Entre a quinta-feira (9/12) e o domingo (12/12), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com sol e nebulosidade variável e temperaturas elevadas durante o dia, com valores acima de 30°C em diversas regiões. No domingo à noite, o ingresso de ar quente favorecerá a elevação da temperatura, e a combinação de umidade e calor provocará pancadas de chuva e trovoadas isoladas em algumas regiões.  

Entre segunda (13/12) e quarta-feira (15/12), a intensificação de uma área de baixa pressão sobre o Centro-Norte do Rio Grande do Sul pode provocar temporais com possibilidade de pancadas de chuva, típicas de primavera-verão, principalmente nos setores Leste e Nordeste. Na maioria das localidades do Estado, os volumes esperados são inferiores a 20 mm. Os maiores acumulados para a próxima semana deverão ocorrer na região Nordeste.

Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


 


Leite: setor pede intervenção da Conab na compra de excedentes de lácteos

Excedentes de lácteos - Os desafios da cadeia do leite foram tema de uma audiência pública da comissão de desenvolvimento econômico, indústria, comércio e serviços da Câmara dos Deputados.

Na ocasião, os produtores apontaram problemas, como a falta de infraestrutura e de assistência técnica, e as dificuldades com os preços do leite. Também foram apresentadas algumas sugestões para auxiliar a cadeia.

“Tem algumas coisas internamente que podem ser feitas. A nossa parceira Conab precisa intervir mais nesse mercado e comprar os excedentes lácteos no final do ano. A indústria hoje, totalmente descapitalizada, não tem como sustentar altos estoques durante meses. Esses leilões auxiliam muito para que nós tenhamos um preço ao produtor mais perene no ano inteiro”, destacou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ).

Já para o analista de comércio exterior do departamento de políticas públicas do MAPA, Eduardo Mazzoleni, a solução para crise do setor não passa pela intervenção do Estado.
“Não acredito nessa política de intervir nos preços. O que eu acredito é na competitividade. Produzir fazendo sobrar mais dinheiro na cadeia produtiva no Brasil do que nos países concorrentes. Que a gente saiba usar melhor o nosso solo, o nosso sol, a nossa chuva. Produzindo capineiras melhores. Pegar o exemplo de produtores que conseguem fazer isso para que a gente tenha uma produção melhor. Essa é a única alternativa que nós temos: sermos mais competitivos”, finalizou. (Canal Rural)

 Jogo Rápido

Evento gratuito com Valter Galan: quais as perspectivas para o mercado de lácteos em 2022?
Após um ano complicado para a cadeia de lácteos, não são poucas as dúvidas sobre o que irá acontecer em 2022. O cenário político e econômico brasileiro, as repercussões para o consumo, a situação atual e as expectativas da indústria, o mercado internacional, o clima, o mercado de grãos, os efeitos sobre a produção de leite. Temas para discussão não faltam! Neste contexto, a equipe responsável pelo MilkPoint Mercado e pelo Milk Monitor está aqui para te convidar para uma palestra exclusiva sobre as perspectivas do mercado lácteo brasileiro no próximo ano. Estaremos ao vivo no Youtube no dia 16/12, às 19h. Além da apresentação, conduzida por um dos mais importantes analistas do setor no país, Valter Galan, estaremos disponíveis para responder eventuais questões. Para participar, será bem simples: estamos buscando entender mais sobre as informações que você precisa para conduzir sua atividade de produção de leite. Pretendemos melhorar ainda mais os nossos serviços a partir das respostas obtidas em nossa pesquisa, e, para isso, contamos com você! Preenchendo o questionário disponível clicando aqui, você irá receber em seu e-mail, nos dias que antecederem o evento, o link para acesso. (Milkpoint)

 

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Porto Alegre, 09 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.558


Rabobank: resumo mercado de lácteos no Brasil e no mundo no 4T

Os mercados de lácteos globais estão oscilando em níveis não vistos desde 2014. O clima desfavorável comprometeu muito o pico de produção da Oceania e a redução das margens nos EUA e na Europa paralisou o crescimento da produção, resultando em um déficit muito grande com relação ao ano anterior, que não pode ser compensado nem pelo aumento de produção na América do Sul.

Como resultado, a produção de leite do quarto trimestre de 2021 nas 7 grandes regiões exportadoras deve cair 0,3% em comparação com o ano passado. Esta é a primeira redução trimestral na comparação anual, desde 2019.

Os preços do leite ao produtor acompanharam a alta dos preços das commodities na maior parte do mundo, com maior potencial de alta em algumas regiões. Ainda assim, o aumento dos custos dos insumos, a falta de mão de obra, o clima desfavorável e a qualidade questionável dos alimentos limitarão a resposta de produção.

As exportações de lácteos diminuíram em resposta a interrupções logísticas, aumento dos custos de transporte e preços elevados de commodities. O volume das exportações globais de lácteos aumentou 6% em relação ao ano anterior durante o primeiro semestre de 2021, mas caiu para 2% no terceiro trimestre.

Uma desaceleração na demanda de importação da China é esperada e necessária para esfriar os preços, em face dos aumentos limitados do lado da oferta. Os compradores chineses estão divididos entre a alta fora da China e os fracos fundamentos dentro do país para decidir se, quando e em que níveis de preço eles devem retornar ao mercado.

Apesar das crescentes pressões inflacionárias, os consumidores ainda não enfrentaram o choque do aumento de produtos lácteos na maioria dos países, sustentando a demanda. Esse não será o caso em 2022, uma vez que os preços mais altos das commodities a partir do segundo semestre 2021 serão repassados aos consumidores.

Novas variantes do Covid-19, inflação, mão de obra e desafios logísticos, juntamente com outros fatores, pesam sobre a recuperação econômica global, com o potencial dos mercados globais de lácteos vacilarem.

Brasil - Margens comprimidas em toda a cadeia de valor no segundo semestre 2021
Os preços dos grãos permanecem elevados no Brasil, devido à depreciação do câmbio, e os preços de paridade de exportação mantêm os custos da ração altos para os produtores de leite. Os preços do leite na fazenda estão sendo mantidos em níveis mais elevados, mas os custos crescentes reduziram bastante a lucratividade dos produtores na segunda metade de 2021.

Enquanto isso, os processadores também sentiram os impactos dos preços ao produtor e do enfraquecimento da demanda, devido ao aumento da inflação e alta do desemprego. As margens da indústria deterioraram-se em 2021 e as empresas não conseguiram repassar todos os aumentos de custos.

O quadro macroeconômico está piorando

A economia do Brasil caiu menos do que outras economias emergentes em 2020 (-4,1% do PIB), principalmente devido aos gastos públicos significativos. A economia se recuperou em 2021 com um crescimento estimado do PIB de 4,5%. As taxas de vacinação avançaram rapidamente e agora se aproximam de 63% da população adulta.

No entanto, o Banco Central teve de aumentar drasticamente as taxas de juros de uma taxa básica de apenas 2% no início do ano, para uma projeção de 11% no início de 2022, para combater a inflação. Estima-se que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) atinja 10% ao ano.

Os preços da eletricidade permanecem em níveis recordes devido à forte seca durante a maior parte de 2021, apesar das chuvas terem ficado acima da média em outubro. Os preços dos combustíveis e uma taxa de câmbio fraca também contribuíram para a alta inflação do IPC.

A desaceleração da economia é uma preocupação para as vendas do setor de laticínios

Como a economia termina 2021 em uma nota mais fraca, o desemprego deve permanecer elevado durante a maior parte de 2022. A economia provavelmente crescerá menos de 1% no ano, o que será insuficiente para ajudar os consumidores a recuperar a renda perdida. Além disso, a incerteza em torno das eleições presidenciais de outubro de 2022 já está adicionando volatilidade ao mercado brasileiro e se refletindo em vendas mais fracas de lácteos.

Um novo programa de transferência de renda poderia ajudar no consumo
O governo está atualmente tentando aprovar uma reforma constitucional para aumentar os gastos públicos em 2022, o que financiaria um programa maior de transferência para famílias de baixa renda. Pagamentos de R$ 400 por mês dariam suporte à demanda por itens alimentícios, como laticínios. Se aprovado, este programa poderia fortalecer a demanda em 2022 e ajudar a compensar parte da renda perdida com a alta inflação deste ano.

As exportações de lácteos podem aumentar marginalmente com o câmbio fraco e um mercado internacional mais firme.

Os exportadores brasileiros tentarão encontrar algumas oportunidades para exportar nos atuais níveis de câmbio e preços internacionais, especialmente se os preços do leite ao produtor enfraquecerem com o aumento da oferta com a chegada do verão no hemisfério sul.

Enquanto isso, as importações devem apresentar desempenho inferior, com competitividade limitada no mercado interno. No entanto, a condição de uma década em que o Brasil é um importador líquido de laticínios não deve mudar em 2022. (As informações são do Rabobank, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


O que está impulsionando a demanda global de lácteos mesmo com a pandemia (EUA)?
 
A demanda por lácteos nos últimos dois anos tem sido um ponto importante para a agropecuária dos Estados Unidos (EUA) e mesmo os obstáculos da cadeia de abastecimento não contiveram a demanda até agora. A "fome" internacional por produtos lácteos está caminhando para um novo recorde em 2021, e grande parte dessa demanda agregada se deve à China.
 
No total, estima-se que o volume referente a pelo menos um dia da produção de leite semanal dos EUA é exportado, o que equivale a quase US$ 6,5 bilhões, enviados para 133 países. O maior comprador de produtos lácteos dos EUA é a China, que está em uma onda de compras recente. As exportações de lácteos dos EUA para a China aumentaram 32% durante o primeiro semestre do ano em equivalente-leite.
 
Então, o que está impulsionando essa demanda, mesmo durante a pandemia? O U.S. Dairy Export Council (USDEC) afirma que é o fato dos benefícios dos lácteos à saúde estarem sendo mais anunciados aos consumidores durante a pandemia. “Muito disso tem a ver com o governo chinês dizendo aos consumidores: 'Ei, lácteos são realmente nutritivos, é ótimo para sua imunidade, saia e compre produtos lácteos'”, disse Will Loux, diretor de análise de comércio global dos EUA Dairy Export Council. “E, francamente, os consumidores chineses fizeram isso e, como resultado, vimos um grande aumento nas importações de tudo, de leite em pó a queijo.”
 
Mas Loux lembrou que exportar esses produtos não tem sido uma tarefa fácil, já que os problemas de transporte, especialmente na Costa Oeste, são um grande obstáculo e não estão apenas aumentando o custo, mas forçando os exportadores a serem criativos.
 
“Os clientes no exterior estão tentando descobrir, ‘Ok, nós confiamos nos EUA para nos entregar este produto no prazo? Eles estão dispostos a fazer essas vendas em primeiro lugar? E, se [os fornecedores] estiverem, eles [os compradores] estão dispostos a pagar o mesmo preço que de antes”, diz Loux. “Por outro lado, os exportadores estão tendo que arcar com custos adicionais apenas para garantir que seus produtos cheguem a um navio. Tudo isso adiciona custos em toda a cadeia de abastecimento, o que afeta os produtores de leite.”
 
Os relatórios recentes mostraram um pouco de otimismo em relação à movimentação do contêineres acumulados na Costa Oeste. O Wall Street Journal informou que o custo para mover um contêiner caiu mais de um quarto no mês passado, a maior queda em dois anos.
 
Embora demore meses para resolver o problema na Costa Oeste, Loux diz que esta janela para mover alguns desses contêineres vazios agora é a mensagem que o USDEC quer deixar clara para os líderes em Washington. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 

Copom eleva Selic para 9,25% e sinaliza nova alta em fevereiro

Segundo BC, inflação ao consumidor ‘continua elevada’ e cenário externo, ‘menos favorável’

A despeito dos sinais de desaceleração da economia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a sua estratégia de aperto para consolidar o processo de desinflação e voltar a coordenar as expectativas de inflação. O colegiado elevou ontem a taxa básica de juros da economia em 1,5 ponto percentual, para 9,25% ao ano, e sinalizou outra alta da mesma magnitude para fevereiro, contrariando apelos de parte dos analistas para adotar um ritmo menos intenso, que preservasse o crescimento econômico.

“Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude”, disse o BC em comunicado após a decisão, tomada de maneira unânime. Mas o colegiado fez a ressalva de que seus próximos passos “poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas” e dependerão de: atividade econômica; balanço de riscos, em que o BC faz uma espécie de análise mais subjetiva do quadro inflacionário; e projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante.

Neste momento, o horizonte que o BC considera relevante para conduzir a taxa básica de juros inclui, com pesos iguais, os anos de 2022 e 2023, para os quais as metas de inflação são de 3,5% e 3,25%, respectivamente. (Valor Econômico, adaptado pelo Sindilat)


 Jogo Rápido

Argentina: produção de leite deve crescer 3% em 2021
A produção de leite na Argentina cresceu 4,30% nos primeiros 10 meses de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando um volume de 9,43 bilhões de litros. Enquanto isso, o ano deve encerrar com 3% acima do produzido em 2020, equivalente a 11,113 bilhões de litros. Esses dados são do Relatório do Setor Leiteiro Argentino sobre a Economia Leiteira de novembro. Nele, além disso, observa-se que os números também foram positivos para as exportações, com alta de 9,58% nos primeiros 10 meses do ano e atingindo 326.836 toneladas. De acordo com o relatório, o setor foi favorecido pelas condições climáticas, tendo um início de ano com pouco calor e umidade, um clima seco e excelente estado dos rebanhos. Soma-se a isso o aumento na adoção de tecnologias que favorecem a eficiência produtiva, tanto do ponto de vista do manejo quanto do conforto animal. Quanto ao preço pago ao produtor, aumentou 0,73% em outubro em relação a setembro, atingindo 33,27 pesos (US$ 0,33) por litro e acumulou um aumento de 69,83% ao ano. Porém, a análise mostra que o terceiro mês de queda de preços foi registrado considerando a moeda constante. “Quando analisado em moeda constante, em relação a setembro, o preço do leite caiu -2,21%, mas permaneceu em território positivo em relação a outubro de 2020 com alta de + 8,46%”, indicou o relatório. As exportações de produtos lácteos continuam crescendo. Cerca de 38,5 mil toneladas de lácteos foram destinadas ao exterior em outubro. O acumulado dos primeiros 10 meses, como já comentado, foi de 326.836 toneladas (melhora de 9,58% em relação ao mesmo período de 2020). Cerca de 38,2% do volume exportado em 2021 foi na forma de leite em pó integral. Foram despachadas 125.134 toneladas entre janeiro e outubro, o que representa um aumento de 9,4% em relação ao mesmo período de 2020. A segunda colocação foi ocupada pelo soro de leite e seus derivados, com 17,1% do volume total exportado, com 55.744 toneladas. De acordo com o relatório, o mercado internacional segue com um tom bastante firme, com demanda ativa em um contexto em que a produção dos principais exportadores não cresce de acordo com as expectativas. (As informações são do La Nación, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 

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Porto Alegre, 08 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.557


Saem os finalistas do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Reunida na tarde desta quarta-feira (8/12), a Comissão Julgadora do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo escolheu os trabalhos finalistas da edição de 2021. Os vencedores serão anunciados em live na próxima segunda-feira (13/12), às 10h, pelo Facebook do Sindilat. Neste ano, o concurso contou com 39 trabalhos inscritos em três categorias (Eletrônico, Impresso e Online). A Comissão foi formada pelos jornalistas Antônio Goulart (ARI), Pedro Dreher (Sindicato dos Jornalistas do RS), Gerson Raugust (Farsul) e Eduardo Oliveira (Fetag). O grupo também contou com as representantes do Sindilat Julia Bastiani e Jéssica Aguirres.

Segundo o presidente da Comissão Julgadora, Antônio Goulart, a disputa na edição de 2021 foi apertada, dificultando o trabalho dos jurados. “Gostei muito do nível dos trabalhos deste ano. Outra peculiaridade verificada foi a predominância de temas relacionados à pandemia e à inovação tecnológica.  “Em nível jornalístico, podemos dizer que tivemos um padrão muito elevado”, salientou. A categoria mais disputada foi a Impresso, contando com participantes de diversos estados do Brasil e do Interior do Rio Grande do Sul. “O prêmio Sindilat chega a sua 7ª edição e consolida um trabalho maduro de valorização da imprensa. Está na agenda do Sindilat e é uma prioridade para o sindicato”, completou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

Categoria Eletrônico
Antonio Petriccione – Canal Rural (São Paulo/SP) – 
Trabalho: O futuro do leite no Brasil

Elizângela Maliszewski – Vale Agrícola (Canoas/RS) – 
Trabalho: Agricultor cadeirante quadruplica produção de leite

Elizângela Maliszewski – Vale Agrícola (Canoas/RS) – 
Trabalho: Produção do Leite tipo A


Categoria Impresso
Nereida Vergara - Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Pequenos penalizados

Nereida Vergara – Correio do Povo (Porto Alegre/RS) 
Trabalho: Mais pasto contra o Custo

Rafael Vigna – Jornal do Comércio (Porto Alegre/RS) 
Trabalho: Cadeia do Leite sofre pressão da crise provocada pela pandemia


Categoria On Line

Fábio Schaffner – Zero Hora  (Porto Alegre/RS) 
Trabalho: Animais doentes e transmissão contida a tiros: a história do vírus que prejudicou a pecuária gaúcha e só agora será vencido 

Fernando Oliveira Teixeira – Agrocast Cotrijal (Não-Me-Toque/RS)
Trabalho: Dia Mundial do Leite: produção envolve amor e dedicação

Gracieli Verde – Portal Novo Rural
Trabalho: Parceiros do Leite - Episódio 4


Assessoria de imprensa Sindilat/RS

Ex-ministros garantem que agroindústria brasileira tem mercado para ampliar negócios mundialmente

O agronegócio representou 27% do PIB brasileiro no ano passado. Além disso, em um período de duas décadas, entre 2000 e 2020, as suas exportações saltaram de US$ 20 bilhões para US$ 100 bilhões. Esses resultados atestam a importância de se valorizar o setor no Brasil e foram tratados, nessa terça-feira, pelos ex-ministros da Agricultura Francisco Turra e Roberto Rodrigues na palestra Desafios e Oportunidades para a Agroindústria, promovida pela FIERGS, por meio do Conselho da Agroindústria (Conagro).  O objetivo foi o de apresentar um raio-x do cenário mundial após a pandemia e promover a construção de um panorama para os próximos anos.

O debate teve a mediação dos coordenadores do Conagro Alexandre Guerra e Aristides Vogt, diretamente do Estúdio Digital da FIERGS, acompanhados de Turra, enquanto Rodrigues participou de forma on-line. “O Brasil pode aumentar em 40% a sua produção exportada de alimentos em 10 anos”, prevê Rodrigues, ressaltando, porém, a necessidade de se traçar estratégias para garantir esse crescimento de produtividade.

                             

Engenheiro agrônomo e coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Rodrigues defende que, apesar dos bons resultados do agronegócio brasileiro nos últimos anos, será preciso o País lidar com alguns problemas. Especialmente a partir da imagem desgastada no exterior por conta de desmatamento na Amazônia, incêndios, grilagem de terras, garimpo ilegal, provocados, segundo ele, por “aventureiros e bandidos” que nada têm a ver com o agronegócio. “Não podemos aceitar isso, temos que acabar com essas ilegalidades”, reforçou.

Turra destacou o fato de, durante a pandemia, o agronegócio brasileiro ter conseguido manter a produtividade e alimentar populações. O ex-ministro fez uma breve explanação sobre o mercado mundial da carne, lembrando, por exemplo, que embora os Estados Unidos sejam os maiores produtores de frango, o Brasil é o maior exportador, com cerca de 37% do mercado global, prevendo ainda que, para 2022, deverá ser o único país a crescer as exportações desse produto. Outra vantagem apontada por Turra é o fato de ser um país livre de problemas como a febre aftosa ou gripe suína, o que atesta a qualidade da produção brasileira. Por fim, a expectativa de Turra é a de que, do aumento necessário na produção mundial de proteína animal até o ano de 2029, 41% sairá do Brasil.

Turra e Rodrigues defenderam também uma melhor comunicação do setor do agronegócio e do governo brasileiro com o mundo, combatendo a desinformação que prejudica a imagem do setor. Assista o evento na íntegra clicando aqui. (FIERGS)


IBGE: captação de leite tem forte queda no terceiro trimestre de 2021

Os dados da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE para o terceiro trimestre de 2021, divulgados nesta quarta-feira (08/12) apontam uma queda de 4,9% na captação de leite, em relação ao mesmo período de 2020, como mostra o gráfico 1.



Os 6,2 bilhões de litros captados no 3º trimestre são superiores em 6,1% em relação ao 2ª trimestre de 2021. A média histórica, avaliada desde 1997, nos mostra que a captação do 3º trimestre é, na média, 7,6% superior à captação do 2º trimestre – ou seja, o aumento trimestral deste ano foi menor que o esperado para o período.



Ao avaliarmos a variação da captação por estado no período (3ª trimestre de 2021 vs 3ª trimestre de 2020) também vemos uma forte queda para a maioria dos principais estados produtores de leite do Brasil. Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram os únicos estados, dentre os principais produtores, que tiveram aumento no comparativo trimestral, de 1,9% e 1,3%, respectivamente. Por outro lado, Minas Gerais, o estado de maior produção no país, teve uma forte queda de -11,0%, conforme podemos observar no gráfico abaixo:



Ao analisar a captação de leite entre as regiões do Brasil, o Nordeste foi a única com variação positiva em relação a 2020, com uma captação de 426.478 mil litros (+2,2%). Todas as demais regiões apresentaram variação negativa, com a região Norte captando 192.067 mil litros (-9,8%), Centro-oeste 689.426 mil litros (-6,1%), Sul 2.622.773 mil litros (-0,9%) e Sudeste 2.262.254 mil litros (-9,6%). (Milkpoint)



Na pandemia, os produtos Piracanjuba com alto valor de proteína dispararam em vendas

A correria aos supermercados, verificada no início da pandemia de Covid-19, em 2020, resultou em uma procura maior por produtos alimentícios de consumo no lar. O movimento beneficiou diretamente a companhia Piracanjuba, que viu, ao longo do ano, suas linhas de leites longa vida, leite em pó e bebidas lácteas com alto valor de proteína dispararem em vendas.

O diretor comercial do laticínio, Luiz Claudio Lorenzo, explicou que, em um primeiro momento, os consumidores deixaram de comprar, mas, logo depois, quando ficou claro para a população que era preciso consumir em casa, as vendas foram retomadas. “Hoje, um ano e meio depois, estão até um pouco acima da média.” O preço médio da cesta de derivados lácteos variou negativamente no mês de novembro/2021.

Na média ponderada, a retração foi de 7,21%, em relação dos preços observados pela indústria de laticínios no mês anterior. O resultado foi divulgado no Boletim de Mercado do Setor Lácteo Goiano. (EDAIRY)

 Jogo Rápido

Natal Solidário 2021 - Languiru terá tradicional evento no dia 17 de dezembro
Nos aproximamos do fim do ano, período especial de confraternização, momento para reunir a família e os amigos. Ainda em tempos de pandemia, mas com protocolos sanitários mais flexíveis, a retomada dos eventos presenciais traz de volta momentos de encontro, fazendo renascer a chama da esperança por dias melhores, principalmente com o avanço da vacinação da população. Diante dessas possibilidades, a Languiru reedita o seu tradicional Natal Solidário, que em 2021 está na sua 5ª edição e acontece no dia 17 de dezembro. O evento será aberto ao público, no estacionamento do Supermercado Languiru do Bairro Languiru, em Teutônia. A Cooperativa segue os protocolos de prevenção à Covid-19, sendo o uso de máscara obrigatório, além da apresentação da carteira de vacinação no ingresso ao evento. A programação ainda terá transmissão simultânea em live pelo canal da Languiru no Youtube. “Será um momento diferenciado, de confraternização, de reaproximação das pessoas depois de medidas restritivas durante a pandemia que impediam a realização de eventos presenciais. Uma noite fantástica com atrações artísticas e culturais, iluminada pela decoração natalina e a expectativa com a chegada do Papai Noel. Uma ocasião especial para comemorarmos as conquistas de 2021, especialmente celebrar a vida e renovarmos os votos de que 2022 seja repleto de alegrias e sucesso”, convida o presidente da Languiru, Dirceu Bayer. Saiba mais sobre o evento aqui. (Languiru)

 

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Porto Alegre, 07 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.556


Balança comercial de lácteos: importações recuam em novembro

Segundo dados divulgados na sexta-feira (03/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -76 milhões de litros em equivalente-leite no mês de novembro, um aumento de 10 milhões, ou aproximadamente 12% em comparação ao mês anterior.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (nov/2020), o saldo foi ainda menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -180 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 58%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos, 2017 a 2021.



Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

No mês de novembro as exportações se mantiveram estáveis, saindo de aproximadamente 6,7 milhões de litros em outubro, para 6,6 milhões em novembro. Ao se comparar ao ano de 2020, as exportações tiveram uma queda de 1,7 milhões de litros, conforme mostra o gráfico 2 a seguir:

Gráfico 2. Exportações brasileiras de lácteos em equivalente-leite, comparação mês a mês, 2020 e 2021.



Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Do lado das importações, ocorreu uma diminuição entre os meses de outubro e novembro, passando de 92,4 milhões para 82,9 milhões, um recuo de 9,5 milhões, ou aproximadamente 10%, conforme mostra o gráfico abaixo:

Gráfico 3. Importações brasileiras de lácteos em equivalente-leite, comparação mês a mês, 2020 e 2021.



Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Essa manutenção nas exportações e recuo nas importações acarretou em um saldo da balança no mês de novembro menos negativo em relação a outubro. Quando compararmos ao mesmo período de 2020, observa-se uma diminuição expressiva nas importações, passando de 188,8 milhões para 82,9 milhões, uma queda de aproximadamente 56%, o que impactou na diferença entre os períodos e resultou em um cenário mais favorável no ano de 2021.

A competitividade das importações segue perdendo força, conforme mostra o gráfico 4. Associada a uma demanda interna fragilizada, o cenário levou à diminuição do volume importado pelo Brasil.

Gráfico 4. Custos do Leite em Pó Integral Importado vs Local (nacional).



Fonte: MilkPoint Mercado.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em novembro, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 73% do volume total importado. O iogurte e o doce de leite foram os produtos que apresentaram maior aumento nas importações em relação ao mês anterior – um incremento de 22% e 52%, respectivamente. Não ocorreram importações de leite UHT e houve uma diminuição de 26% nas importações do leite em pó integral.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite UHT, o leite condensado, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 84% da pauta exportadora.

Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de outubro foram o leite UHT, o leite modificado, o doce de leite e a manteiga, que tiveram aumento de 166%, 77%, 58% e 41%, respectivamente, embora o volume vendido ainda não seja tão significativo. Por outro lado, o leite em pó semidesnatado, o leite em pó integral e o leite condensado tiveram quedas nas exportações de 90%, 80% e 40%, respectivamente.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de novembro deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea brasileira em novembro de 2021.



Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

O que podemos esperar para o próximo mês?

Conforme demonstrado no gráfico 4, a competitividade dos produtos importados continua diminuindo. Os resultados das negociações do evento 296 da plataforma Global Dairy Trade (GDT) apresentaram um novo aumento nos valores dos lácteos: +1,9% em relação ao último evento, com o preço médio fechando em US$ 4.287/tonelada.

Esse aumento nos valores internacionais associados a uma taxa de câmbio que tem se mantido elevada no país (R$ 5,64 em 06/12) e preços dos produtos lácteos no mercado interno não apresentando melhoras, evidencia um cenário desfavorável para importações, que foi observado no mês de novembro e tende a se manter para os próximos meses.

Além disso, o elevado custo do petróleo, faz com que países petrolíferos tendam a importar mais produtos, dentre eles os lácteos. Dessa forma, nossos principais fornecedores do Mercosul tendem a direcionar suas exportações para esses países, como a Argélia – gerando menor disponibilidade para o mercado brasileiro.

Mantendo-se esse cenário, as importações nos próximos meses tendem a ser menores e mantém-se a oportunidade de exportação para os produtos lácteos brasileiros. Entretanto, um entrave enfrentado no caso das exportações é com relação à logística. Ocorreram diminuições nas rotas de transporte devido a pandemia de Covid-19 e o mundo está enfrentando uma escassez de containers, o que pode dificultar no processo. (Milkpoint)

GDT - Global Dairy Trade



Fonte: GDT, adaptado Sindilat/RS



Iniciativa de agricultora de Condor arrecada leite para o natal e incentiva a produção


Aliar a valorização da produção e consumo de leite, com o espírito solidário neste natal. Esse é o objetivo da campanha Natal com Leite em Condor, iniciativa da agricultora, Gabrieli Muraro de Oliveira, com apoio da prefeitura. Gabrieli comentou para a RPI que até dia 15 deste mês qualquer pessoa pode doar leite em caixinha ou em pó que, depois, a arrecadação vai ser repassada para famílias carentes de Condor. Existem pontos de arrecadação, por exemplo, na prefeitura, supermercado Cotripal de Condor e agência do Sicredi. Ela ainda frisou que pessoas de outros municípios também podem doar. Ainda é possível doar dinheiro por meio do PIX. Nesse último caso é preciso entrar em contato pelo fone 55 – 99166-1802 a fim de obter a chave do PIX.



Formada  em Administração  de Empresas,  Gabrieli Muraro  de  Oliveira retornou há dois anos para a propriedade da família  em  Esquina Beck,  interior  de Condor, e promoveu investimentos  para produção  leiteira. Disse  que recentemente  houve construção  de  um galpão e aquisição de uma  nova  sala  de ordenha. A agricultora observou  que  a produção de leite é tradicional na família e não  pensa  em abandonar a área, como ocorre com muitos produtores da região que constantemente desistem do segmento em razão das constantes quedas no preço recebido por litro. “Ou investe ou desiste da produção leiteira”, destacou Gabrieli Muraro de Oliveira, ao argumentar a aplicação de recursos na propriedade. Por outro lado, ela alerta para a importância de apoio da assistência técnica nas propriedades, como forma de melhorar a produtividade e rentabilidade do leite.

A produtora residente em Condor, da mesma forma que outros agricultores da região, constatou redução no preço recebido por litro de leite nos últimos tempos. No último pagamento a queda foi de 20 centavos, com preço de dois reais e quatro centavos por litro. Na região, a diminuição média é de 30 a 40 centavos no pagamento por litro de leite feito pelas empresas ou cooperativas, entre outubro e o mês passado. A explicação das empresas é que houve redução no consumo de leite por parte da população, por isso a baixa no preço pago para o agricultor.

Ontem pela manhã, Gabrieli Muraro de Oliveira concedeu entrevista no programa Progresso Rural da RPI, quando falou mais sobre a campanha Natal com Leite em Condor. Clique aqui e confira o programa na íntegra. (Rádio Progresso)

 Jogo Rápido

O LEITE É BOM PARA SI - O Papel do Lácteo na Formação e Manutenção da Estrutura Muscular.
Entre as muitas funções do músculo esquelético, que começa a declinar a partir dos 30 anos de idade, estão a mobilidade e o controle metabólico. O consumo de leite, a principal fonte de cálcio, magnésio, fósforo, potássio, zinco, selênio, vitamina A, riboflavina, vitamina B12 e ácido pantoténico, participa directa e indirectamente na preservação da sua estrutura funcional, condiciona o seu desenvolvimento e funcionamento correcto, favorece a proliferação das células que compõem a maquinaria contractil e a força da junção neuromuscular no início da vida. Na idade adulta, melhora a saúde muscular esquelética e os efeitos do exercício sobre a força muscular e a resistência, atrasando a ruptura muscular. O leite, especialmente o leite de vaca, ajuda a preservar a massa muscular durante a perda de tecidos em caso de lesão, porque contém caseína e proteínas de soro de leite que estão envolvidas no processo de reparação dos danos. Podem também mitigar a deterioração relacionada com a idade. É importante mencionar que a força nutricional dos produtos lácteos é obtida graças à integração de todos os componentes que contêm; os resultados não seriam tão benéficos se os vários constituintes fossem ingeridos separadamente. A promoção da lactação e a adição de proteínas lácteas na dieta são cruciais para o bom desenvolvimento e manutenção do tecido muscular esquelético. O número de fibras musculares que um indivíduo nasce com as condições do seu metabolismo tem impacto na qualidade de vida na velhice. O consumo de leite durante a idade adulta melhora o desempenho físico e atenua a perda de força muscular à medida que envelhecemos. Os mecanismos pelos quais esta ação ocorre estão relacionados com o aumento da concentração de cálcio, magnésio, vitamina D, assim como aminoácidos e péptidos com boa biodisponibilidade, todos compostos chave na manutenção da estrutura muscular e no fortalecimento da densidade óssea. (Edairy)

 

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Porto Alegre, 06 de dezembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.555


O Auxílio Brasil pode impulsionar o consumo de lácteos?

A distribuição de renda é comum em vários países do mundo, como Alemanha, EUA, França e, no Brasil, não seria diferente. O Bolsa Família era o principal programa social de renda na América do Sul, redistribuindo cerca de R$2,8bi por mês para 14,7 milhões de famílias atendidas, dando um ticket médio de R$186,00 por família.

Em novembro de 2021, o Bolsa Família foi substituído pelo Auxílio Brasil, que visa distribuir cerca de R$400,00 por família. Será que esse incremento de R$211,00 terá um grande impacto no consumo de lácteos? E de maneira macro, esse aumento é significativo no PIB?

No gráfico abaixo observamos a representatividade do Auxílio Brasil sobre o PIB projetado* para cada trimestre.



Para esse pagamento mínimo de R$400,00, o governo depende da aprovação da “PEC dos Precatórios”, que, para simplificar, seria a fonte de pagamento do Auxílio Brasil para que o teto de gastos não seja furado. Enquanto a PEC sofre ajustes no texto base na Câmara dos Deputados, o governo pagou aquilo que cabia no orçamento em novembro, distribuindo a 15,6 milhões de famílias o valor médio de R$217,00, representando um aumento de 17,9% em relação ao Bolsa família.

Caso o projeto de lei seja aprovado, o aumento do Bolsa Família para ao Auxílio Brasil será de 111%. Ou seja, quando houver o pagamento de R$400,00 do auxílio Brasil para 16,9mi de famílias, como projeta o governo, a diferença do valor pago entre os programas sociais representará um aumento nos gastos de R$3,6bi aos cofres públicos, 0,52% do PIB projetado* para o 1T.22.



* Projeções de outubro do Itaú BBA e do Banco Santander, em um cenário de grande inflação mundial – como o de agora – podem mudar consideravelmente de um mês para o outro.

Por mais que o aumento seja significante para as famílias que se encontram em estado de pobreza e extrema pobreza, em relação ao PIB esse aumento não é tão alarmante.

A projeção de consumo dos lácteos feita pela equipe do MilkPoint Mercado se baseou nas elasticidades-renda do pesquisador Glauco Carvalho (Embrapa Gado de Leite). A elasticidade-renda nada mais é do que um dado medidor do quanto o aumento de 1% na renda de um grupo impactará no consumo de um bem.

Se considerarmos o aumento de 0,52% do PIB a partir do novo Auxílio Brasil, poderíamos imaginar um aumento no consumo de 1,3 milhões de litros de leite mensais para a produção de UHT, 4,7 milhões de litros de leite para a produção de queijos e uma queda de 200 mil litros de leite para a produção de leite em pó mensais (a queda se dá pelo fato do leite em pó ser uma opção “mais vantajosa” para famílias com rendas menores pela possiblidade de diluição. Com este aumento de renda, parte destas famílias optam, por vezes, pelo produto fluido).

Como se pode ver, o aumento seria pouco significativo se olharmos de maneira genérica para o consumo final brasileiro.

Em contrapartida, se colocarmos uma lupa nas famílias pobres e extremamente pobres (principais classes destinadas ao Auxílio Brasil), o incremento de 111% na renda poderia levar a uma variação de consumo bem maior do que a citada anteriormente.

A inflação em níveis elevados como no ano de 2021 e como se projeta para o ano de 2022, entretanto, pode fazer com que esse aumento do programa social seja quase todo destinado para a retomada da quantidade de consumo anterior, considerando os novos valores praticados.

Na prática, devemos esperar que haja um aumento de consumo a partir do Auxílio Brasil, porém a dúvida é saber o tamanho e por quanto tempo ele se sustentará, visto que o mercado é avesso a economias com alto risco fiscal, situação em que o Brasil se inclui a partir de um possível furo no teto de gastos provocado pelo programa. Esta aversão poderia gerar outros problemas para o Brasil, principalmente ligados a questões como juros e taxa de câmbio. (Milkpoint)

Piora do agro surpreende e mina desempenho do PIB

Setor tem sido afetado pela maior estiagem em quase um século



A falta de chuvas que afetou o campo do segundo semestre de 2020 até o início desta primavera derrubou o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária brasileira no terceiro trimestre.

Segundo dados divulgados ontem pelo IBGE, a queda em relação ao segundo trimestre foi de 8%. Economistas ouvidos pelo Valor vinham projetando recuo, mas numa escala muito menor: de 2,5%. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, de acordo com o IBGE, houve retração de 9%.

Recuos na comparação entre terceiros e segundos trimestres já são esperados, por causa do fim da colheita de soja, carro-chefe do agronegócio nacional.
Mas o clima e a revisão feita pelo IBGE para o crescimento do setor em 2020, que passou de 2% para 3,8%, elevaram a base de comparação e aprofundaram a tendência, pegando de surpresa os economistas. “Não foi uma revisão pequena”, disse Renato Conchon, chefe do Núcleo Econômico da CNA.

Em certa medida mascarados, de janeiro a junho, pelo bom desempenho da soja, os problemas climáticos prejudicaram sobretudo milho, algodão, cana, café e laranja, culturas cujas colheitas têm forte peso no PIB entre julho e setembro. E os reflexos negativos certamente serão notados também no resultado deste quarto trimestre, período em que cana, café e laranja continuam a ter grande influência no PIB da agropecuária.
Nas contas do IBGE, a maior queda na estimativa de produção anual é a do café (22,4%), seguida por algodão (17,5%), milho (16%), laranja (13,8%) e cana-de-açúcar (7,6%).

Mas não foi apenas a agricultura que apresentou problemas no terceiro trimestre e continua a preocupar.

Na pecuária o desempenho continua fraco, sobretudo na cadeia de carne bovina, em que a oferta é limitada e a demanda sofre com a queda do poder aquisitivo da população.

Com o baque observado no terceiro trimestre, são esperados ajustes consideráveis nas expectativas para o acumulado do ano. “Vamos rever nossas projeções para pior. Tínhamos expectativa de crescimento de 2,3% em 2021, mas deveremos ficar com 2%, no máximo”, disse Conchon.

Por causa da seca - a mais severa em quase um século -, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reduziu de 1,7% para 1,2%, em setembro, sua projeção para a alta do PIB do campo em 2021. Agora a expectativa é de novo corte. O mesmo deve acontecer nos cenários traçados por consultorias privadas, algumas das quais ainda trabalham com aumentos superiores a 2%.

Parte da sensação de surpresa também pode ser creditada aos preços das commodities, que continuam em elevado patamar e amenizam os problemas gerados pela redução da produção. Mas o fato é que o clima foi vilão, e ainda haverá efeitos dos problemas deste ano sobre as colheitas das culturas perenes em 2022 embora, para os grãos, as perspectivas climáticas sejam bem mais positivas e a tendência é de nova produção recorde nesta safra 2021/22.

“É preciso considerar que o agro sofreu um choque climático sem paralelo nos últimos tempos. É efeito da natureza. Se o agro tivesse ficado em zero, o crescimento do PIB teria sido de 0,3% no trimestre”, avaliou Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica. O buraco na agricultura poderia até ter sido até mais profundo no período, não fosse o aumento da produção de trigo.

Renato Conchon, da CNA, lembrou que o setor agropecuário tem aumentado a participação no PIB do país. A participação da produção “dentro da porteira” no total, sem considerar as agroindústrias, saltou dos tradicionais 5% a 5,5% para perto de 7% em 2020, com a revisão realizada pelo IBGE.

Para 2021, a projeção da entidade era chegar a 7,9%, mas a fatia será menor. A CNA acredita que em 2022 o percentual poderá atingir 8,3% e que, a partir de 2023, com a recuperação de outros setores da economia, haverá um retorno para entre 5,5% e 6%. (Valor Econômico)



Emater celebra dia da atividade

O Dia da Extensão Rural é comemorado nesta segunda-feira, em referência à criação da primeira instituição de extensão rural no Brasil, a Associação de Crédito e Assistência Rural, hoje Emater-MG. No Rio Grande do Sul, 1.750 extensionistas trabalham no Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) realizando atividades que auxiliam e estimulam o desenvolvimento das famílias.

Nesse sentido, os trabalhos relacionados à crise sanitária, como a orientação para o acesso ao auxílio emergencial e proteção da saúde, estão entre os mais destacados em 2020 e 2021, beneficiando, ao todo, 73.109 famílias.

A experiência com esses trabalhos de auxílio na pandemia mostrou a confiança que o produtor tem nos extensionistas e a importância dessa atividade, afirma Alencar Rugeri, diretor técnico da Emater. Segundo ele, a extensão rural é um processo educativo, não formal, gratuito, continuado, permanente e que tem como base ações econômicas, ambientais e de desenvolvimento. Além disso, o extensionista tem um compromisso com as famílias e deve ter capacidade e interesse em identificar os potenciais de cada.

Dessa forma, Rugeri define o Dia da Extensão Rural como um “momento de celebração e reflexão” do papel da atividade. (Correio do Povo)

 Jogo Rápido

ALIMENTA BRASIL - Produtor tem acesso ampliado
O governo federal ampliou para R$ 12 mil o valor máximo por unidade familiar que pode ser acessado nas modalidades Compra com Doação Simultânea, Compra Direta e Apoio à Formação de Estoques do Programa Alimenta Brasil (PAB), criado em substituição ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com a finalidade de incentivar a agricultura familiar. O Alimenta Brasil visa incentivar a agricultura familiar, promovendo a inclusão econômica e social dos agricultores familiares. (Correio do Povo)