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28/02/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.849


Estudo comprova que pecuária de leite no Brasil gera baixa emissão de carbono

Pecuária de leite - Um estudo conduzido pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) aponta que são necessárias 52 árvores por vaca nos sistemas intensivos de produção para chegar ao leite carbono zero. O plantio de árvores é uma estratégia de compensação da emissão de gases de efeito estufa (GEEs) e pode ser usado por pecuaristas para o desenvolvimento de uma pecuária mais sustentável e voltada para a descarbonização. Em sistemas extensivos (baixo nível tecnológico), essa quantidade é de 33 eucaliptos.O trabalho, divulgado na publicação internacional Frontiers in Veterinary Science, avaliou o efeito de vacas holandesas e de jersey em diferentes níveis de intensificação - pastejo contínuo com baixa taxa de lotação e rotacionado irrigado com alta taxa de lotação - e a interação entre esses dois fatores na mitigação de GEEs.No experimento, foi realizado o balanço de carbono entre as emissões de GEEs (inclusive de metano - CH4 entérico) e as remoções de GEE, por meio do sequestro de carbono do solo. Essas variáveis ​​foram usadas para calcular o número de árvores necessário para mitigar a emissão e o efeito poupa-terra.Foram considerados dois diferentes modelos produtivos brasileiros a pasto – extensivo e intensivo. O trabalho também comparou duas raças, a holandesa e a jersey, tradicionalmente utilizadas no País para a produção de leite.

Considerando apenas a raça, na comparação entre as holandesas e as jersey, estas são mais eficientes em relação às emissões. Com o plantio de 38 árvores por vaca, o produtor faz a compensação; os que utilizam a raça holandesa precisam de oito árvores  a mais por vaca.

De acordo com a pesquisadora Patrícia P. A. Oliveira, a pecuária brasileira é realizada principalmente em pastagens. Dessa forma, a demanda de redução das emissões e da pegada ambiental, dá uma vantagem a mais ao País. Sendo os bovinos criados a pasto, a necessidade de árvores para a compensação das emissões de GEEs é menor, porque na contabilização do balanço de carbono, o sequestro de carbono do solo, positivo nos dois sistemas testados, contribui na compensação das emissões.

A produção de leite brasileira e as questões de sustentabilidade 

O Brasil produz 35 bilhões de litros de leite por ano, ocupando o terceiro lugar no ranking mundial. As propriedades, a maioria de pequeno e médio porte, estão distribuídas em 98% dos municípios brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, mais de quatro milhões de pessoas estão envolvidas na produção de leite no País. No entanto, a produtividade é muito baixa na maior parte dessas fazendas. A média de litros de leite por vaca em lactação é em torno de quatro litros ao dia no Brasil, enquanto a média mundial é próxima a 10 litros diários. “Esse cenário discrepante de baixa eficiência sistemática pode ser explicado pelo modelo de produção adotado. As gramíneas são a principal fonte de alimento para o gado leiteiro em sistemas baseados em pastagens de qualidade comprometida, que muitas vezes são manejados abaixo de sua taxa de lotação potencial, com uma média nacional de uma vaca por hectare”, complementa a pesquisadora.

O setor, além de ter a demanda de elevar a produtividade, viu aumentar nos últimos anos as expectativas dos consumidores em relação à qualidade do produto e às questões de  sustentabilidade e bem-estar animal.

É crescente a preocupação com as mudanças climáticas. No Brasil, a agropecuária é responsável por 33,6% das emissões brasileiras de GEE, sendo 19% vindas da fermentação entérica. O rebanho bovino contribui com 97% das emissões de metano, sendo 86% do rebanho de corte e 11% do gado leiteiro.

“Estratégias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como mudanças no manejo de sistemas de produção de leite a pasto, por meio da intensificação da utilização de forragem e uso de raças e cruzamentos de animais mais especializados, podem contribuir para compensar as emissões de GEE. Comparados aos sistemas leiteiros tradicionais são sumidouros de carbono. Essas ações - melhorar a fertilidade do solo e manejo das pastagens, a nutrição e a genética animal são pontos básicos e de fácil adoção - podem contribuir para o balanço de carbono das fazendas leiteiras e diminuir a necessidade de outros procedimentos externos, como a compra de créditos de carbono para compensar as emissões”, enfatiza a pesquisadora.

A intensificação sustentável dos sistemas de produção de pecuária leiteira pode se tornar uma tecnologia chave para a mitigação das mudanças climáticas. “Resultados de experimentos de longo prazo nesta área são importantes para regiões tropicais e subtropicais e precisam ser realizados, mesmo sendo bastante onerosos e laboriosos”, acrescenta. (Embrapa)

 

Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Fevereiro de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados  no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Janeiro de 2023 e a projeção  dos valores de referência para o mês de Fevereiro de 2023, calculados por  metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix  de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas  participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50%  de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Fevereiro de 2023 é de R$ 4,3573/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o  cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br

 

Combustível aumentaria R$ 0,60 com alíquota antiga, estima Fecombustíveis

Estimativa do setor é que litro do etanol subiria R$ 0,25 caso alíquotas do PIS/Cofins retornem aos valores aplicados antes da desoneração de 2022

O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), James Thorp Filho, estima que os preços da gasolina tenham um eventual impacto de R$ 0,60 por litro e os do etanol de R$ 0,25 por litro nas bombas, caso as alíquotas do PIS/Cofins retornem para os valores aplicados antes da desoneração promovida em 2022, pela gestão Jair Bolsonaro. A entidade ainda espera a decisão do governo para os percentuais das novas alíquotas antes de projetar o real impacto nas bombas.

A medida provisória editada no início do ano pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva prorrogava a alíquota zero para gasolina, etanol e gás natural veicular (GNV) até 28 de fevereiro. Para óleo diesel, gás natural e gás liquefeito de petróleo (GLP), a desoneração total foi estendida para até 31 de dezembro.

Thorp salientou que anda não tem o valor exato da desoneração e disse que a entidade prefere que a desoneração seja mantida para todo o setor de combustíveis, o que, entre outros motivos, reduziria a necessidade de capital de giro pelos postos de combustíveis.

“Quanto mais barato o preço estiver, menos capital de giro será necessário”, disse o dirigente Fecombustíveis, que falou à reportagem antes das reuniões do governo para fechar a decisão sobre o imposto federal.

À tarde, o Ministério da Fazenda havia confirmado que a gasolina pode ser mais onerada que o etanol, mas os pilares da medida ainda não estão definidos. (Valor Econômico)

 

Jogo Rápido 

ANTT ATUALIZA TABELA DO FRETE MÍNIMO RODOVIÁRIO DE CARGA
Por meio da Portaria ANTT nº 05, publicada na edição extra do Diário Oficial da União do dia 17 de fevereiro de 2023, leia clicando aqui, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou atualização da tabela dos pisos mínimos do frete do transporte rodoviário de carga. O reajuste ocorreu após a queda de 5,72% no preço médio do óleo diesel em relação ao valor  considerado na tabela da ANTT que estava em vigor, de R$ 6,47 por litro, uma vez que a Lei nº 14.445/2022 determina que a tabela seja reajustada sempre que ocorrer oscilação no valor do combustível superior a 5%, seja para baixo ou para cima. O novo cálculo reduziu o piso mínimo do frete rodoviário de 2,50 a 3,83%, variando conforme a categoria. Desta forma, os reajustes médios tabela frete foram os seguintes: • Tabela A - 2,50% para transporte rodoviário de carga lotação; • Tabela B - 2,82% para operações em que haja contratação apenas do veículo automotor de cargas; • Tabela C - 3,03% para transporte rodoviário de carga lotação de alto desempenho; • Tabela D - 3,83% para operações em que haja a contratação apenas do veículo automotor  de cargas de alto desempenho. (FIERGS)


 
 
 

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