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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 31 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.672


O queijo produzido na Serra com licença para usar nome de produto que surgiu na Itália

Pelas regras do acordo do Mercosul e União Europeia, o uso do nome de produtos protegidos por indicação geográfica tem restrições 

Idealizada e concretizada pelo empresário Raul Randon há duas décadas, a produção de queijos especiais faz da indústria da Serra a representante gaúcha em lista prévia emitida pelo Ministério da Agricultura das que poderão seguir utilizando o nome de itens originários na Europa protegidos por indicação geográfica. A necessidade de permissão faz parte da exceção possível dentro das regras previstas pelo acordo do Mercosul e União Europeia.

Para manter o nome comercial, essas produtoras precisavam comprovar que já faziam uso comercial dos termos associados a essas indicações. No início deste ano, o ministério fez uma consulta pública e estabeleceu um prazo de 60 dias para o envio de documentação comprobatória – pessoas físicas ou jurídicas.

A relação prévia para os queijos fontina, gorgonzola, grana, gruyere, parmesão e para as bebidas tipo Genebra e Steinhaeger foi publicada no Diário Oficial do último dia 24. A RAR Indústria e Comércio de Alimentos está entre as autorizadas na utilização do nome grana. O produto tem origem na Itália.

– Seu Raul trouxe a receita com um produtor italiano que nos dá assistência técnica até hoje. Somos a primeira e única fábrica fora da Itália a seguir a receita de lá – conta o CEO da RAR/RASIP, Sergio Martins Barbosa.

Hoje, a empresa de Vacaria produz cem toneladas por mês do queijo tipo grana. Com maturação de 12 a 18 meses, é feito com leite cru, de alta qualidade, do rebanho próprio.

A restrição ao uso do nome de produtos protegidos por indicações geográficas faz parte do acordo entre os dois blocos econômicos. Produtores que não estiverem na lista de usuários prévios não poderão usar os termos após a entrada em vigor do acordo Mercosul-UE. Assinado em 2019, precisa da aprovação do Conselho da União Europeia e do Parlamento Europeu. 

A Lactalis do Brasil, que tem unidades de produção no Estado, também está na relação para os queijos gruyere, parmesão e gorgonzola. Esse itens específicos, no entanto, são produzidos nas fábricas de Curral Novo e Pouso Alto, em Minas Gerais.

Empresas que não enviaram documentos ou que queiram entrar com recurso têm até o dia 15 de junho para recorrer, via e-mail (cgsr@agro.gov.br). (Zero Hora)

Embrapa estuda 'cardápio' que reduz emissões de metano pelo gado

Agregar valor a subprodutos e resíduos agroindustriais, incluí-los na suplementação alimentar dos bovinos e ainda ajudar os pecuaristas brasileiros a reduzirem a emissão de metano dos animais, uma das metas de sustentabilidade assumidas pelo país.

Pesquisas em andamento na Embrapa buscam mostrar que uma dieta natural à base de óleo de mamona, extrato de tanino ou de rejeitos da produção de azeite de oliva, vinho e suco de uva pode melhorar o trato digestivo do gado e reduzir a geração do gás nos rebanhos.

A inclusão desses ingredientes no cardápio dos bovinos, na fase de terminação dos animais, também pode melhorar a qualidade da carne e do leite. Cristina Genro, pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, do Rio Grande do Sul, diz que a oliva por exemplo, tem ácidos graxos que podem afetar a gordura da carne e ter efeitos potencialmente positivos para a saúde humana, contribuindo para a redução do colesterol.

A gordura presente em abundância no subproduto da azeitona tem efeito direto na redução da produção de metano, que está associada à eficiência do processo de alimentação dos ruminantes. A substância envolve as fibras ingeridas pelos bovinos e as bactérias que atuam sobre elas - principalmente as metanogênicas, que não conseguem atingir esse alimento.

“Com isso, ocorre uma transformação no rúmen dos animais, uma redução na população das bactérias responsáveis pelo processo de produção do gás”, diz Genro. O uso dos subprodutos contribuiria, de quebra, para eliminar o passivo ambiental das indústrias produtoras de azeite, que estão em expansão no Sul do país.

Os ingredientes alternativos têm potencial para substituir fontes de energia mais tradicionais usadas nos suplementos concentrados, como o milho. Renata Suñé, pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, lembra, no entanto, que a utilização de espécies forrageiras com melhor digestibilidade e a oferta adequada de alimentos são o primeiro passo para reduzir o volume de metano que os bovinos produzem. A estratégia também envolve melhorias no manejo para diminuir o tempo dos animais a pasto.

A pesquisa com os subprodutos do azeite de oliva será feita com testes em laboratório, com animais e com avaliações a campo. No caso de bovinos de corte, a suplementação será oferecida por 120 dias na fase de terminação, em área de pastagem de inverno. Além de aspectos nutricionais e produtivos, será medida a emissão de metano em dois momentos durante a suplementação.

Outra linha de pesquisa mede o efeito do uso de taninos para reduzir as emissões. A pesquisadora Magda Benavides diz que a substância liga-se às proteínas ingeridas pelos bovinos e as protege no rúmen. “Assim, ela não é degradada e vai como proteína bruta para o estômago, possivelmente por causar menos fermentação no rúmen e produzindo menos metano”. Um dos desafios é avaliar a palatabilidade da substância.

Para o estudo será utilizado extrato de tanino de acácia-negra. As cientistas também querem avaliar o uso de compostos secundários presentes em rejeitos da indústria de vinho e suco de uva, como antioxidantes, na suplementação animal.

Na Paraíba, Liv Soares Severino, pesquisador da Embrapa Algodão, estuda o uso do farelo de mamona, um subproduto da indústria ricinoquímica, para substituir o farelo de soja na alimentação de bovinos de corte de raças europeias. “Uma das formas de reduzir a produção de metano é melhorar o teor de proteína do alimento. O farelo de mamona é rico em proteína e poderá ser misturado a outros alimentos”, diz. O estudo será feito até 2024. (As informações são do Valor Econômico)








Fórum MilkPoint Mercado e Interleite Brasil serão em agosto em Goiânia

Depois de três anos, o Fórum MilkPoint Mercado volta a reunir representantes do setor lácteo de todo o país de forma presencial para discutir o futuro do segmento no Brasil. A 13ª edição do evento ocorrerá no dia 2 de agosto, em Goiânia (GO), de forma híbrida. O tema debatido será as tendências para o mercado do leite 2022/2023. O encontro antecede o Interleite Brasil 2022 que será realizado nos dias 3 e 4 de agosto também na capital goiana. Associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) têm 20% de desconto na inscrição dos eventos, clicando aqui.
 

Frente a gargalos como a oferta restrita de leite e a guerra entre Rússia e Ucrânia, o fórum visa analisar as perspectivas para o segundo semestre de 2022 e para o próximo ano no segmento. Além disso, deve avaliar mudanças impostas pelo contexto da pandemia de Covi-19 que estão sendo mantidas. O varejo será outro tema abordado pelos palestrantes. Alguns dos nomes confirmados são: André Zogheib, diretor de Operações do Souk, Fábio Meneghin, fundador da Veeries, Samuel Maia, diretor de Princing e Trade Marketing na Lactalis, e Rafael Castro, da Rede São Paulo Supermercados. 

O evento terá início às 8h, com previsão de término às 18h20min no Centro de Convenções Goiânia (Rua Quatro, 1400 – Setor Central). Interessados também poderão acompanhar o fórum de forma virtual, interagindo com os palestrantes via chat. 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reforça a importância de a entidade apoiar eventos como esses que debatem a cadeia leiteira no país. “No atual momento vivido pelo setor lácteo brasileiro, informação de qualidade é ferramenta essencial na mão do produtor e da indústria. Eles saem desses eventos com um mundo de dados que podem auxiliar no dia a dia e, consequentemente, no andamento do setor como um todo”, reforça. 

Interleite debate as mudanças no mercado
Na sequência do Fórum MilkPoint Mercado, a 20ª edição do Interleite Brasil debaterá as mudanças no mercado de lácteos e as oportunidades para quem quer se preparar. O evento será realizado de forma presencial no Centro de Convenções Goiânia, com transmissão ao vivo para aqueles que preferirem acompanhar de longe. 

No primeiro dia, a programação terá início às 8h e contará com os painéis Coordenação da Cadeia de laticínios no Brasil e Sistemas de produção e rentabilidade, com espaço para debates. Neste dia, o encerramento está previsto para às 18h30min. No segundo dia, as atividades começam às 8h30min com o painel Fazendo a tecnologia funcionar – a gestão no centro do negócio leiteiro, e terão sequência com os painéis A agenda ambiental: oportunidades e desafios e Olhando para o futuro. Com espaço para perguntas e debates, a programação do dia deve encerrar às 17h40min. 

As palestras serão ministradas por nomes como Christiano Nascif, superintendente do Senar/MG e diretor na Labor Rural, Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, da Embrapa Gado de Leite e René Machado, diretor de Compra de Leite na Nestlé, entre outros. O evento, ainda, contará com cases de produtores de diferentes regiões. 
Confira a programação completa dos eventos:

Fórum MilkPoint Mercado

2 de agosto
  • 08:00 às 08:50 - Inscrições e boas-vindas 
  • 08:50 às 09:00 - Abertura/ Valter Galan, MilkPoint Mercado
  • 09:00 às 09:20 - Tendências do consumo de lácteos em 2022 – como estamos até o momento?/ Mário Ruggiero, Scanntech
  • 09:20 às 09:35 - Espaço Patrocinador
  • 09:35 às 09:55 - Mercado internacional de lácteos/ Juan Conforte, Interfood
  • 09:55 às 10:30 - Perguntas e Discussões 
  • 10:30 às 10:50 - Milk Break
  • 10:50 às 11:10 - Cenários para os mercados de soja e milho – 2º semestre de 2022 e início de 2023/ Fábio Meneghin, Veeries
  • 11:10 às 11:30 - Cenários para o mercado de leite/ Valter Galan, MilkPoint Mercado
  • 11:30 às 11:50 - Volatilidade de preços de lácteos no mundo – o que tem causado? qual a visão futura? como ela impacta o Brasil?/ Scott Briggs, Bridge Cape
  • 11:50 às 12:20 - Perguntas e Discussões
  • 12:20 às 14:00 - Almoço
  • 14:00 às 14:20 - Atuação do varejo na coordenação de cadeias agroindustriais 
  • 14:20 às 14:30 - Espaço Patrocinador
  • 14:30 às 15:00 - SOUK: nova forma de atender ao varejo (canais disruptivos)/ Roberto Angelino – CEO e André Zogheib – Diretor de Operações, SOUK
  • 15:00 às 15:30 - Perguntas e Discussões
  • 15:30 às 16:00 - Milk Break
  • 16:00 às 16:30 - Varejo: como o varejo conduz e o que busca na negociação de queijos, leite condensado e creme/ Rafael Castro, Rede São Paulo
  • 16:30 às 16:40 - Espaço Patrocinador
  • 16:40 às 17:10 - Varejo: como o varejo conduz e o que busca na negociação de leite UHT e derivados lácteos com a indústria/ Edson Santos, GPA
  • 17:10 às 17:40 - Trade marketing e pricing como estratégia de venda de lácteos/ Samuel Maia, Lactalis
  • 17:40 às 18:10 - Perguntas e discussões
  • 18:10 às 18:20 - Encerramento

Interleite Brasil

3 de agosto
  • 08:00 às 09:30 - Inscrições e Café da Manhã 
  • 09:30 às 10:15 - Abertura e Prêmio Vidal Pedroso de Faria
Painel 1 – Coordenação da cadeia de laticínios no Brasil
  • 10:15 às 10:35 - A agenda que temos à frente no setor lácteo/ Marcelo Pereira de Carvalho, CEO do MilkPoint
  • 10:35 às 10:45 - A câmara de conciliação do leite em Goiás como ferramenta de governança da cadeia do leite/ Paulo Scalco, Professor e Pesquisador na Universidade Federal de Goiás Assessor Especial na Secretaria de Economia do Estado de Goiás
  • 10:45 às 11:00 - Espaço patrocinador
  • 11:00 às 12:30 - Debate: O que falta melhorar? Como fazer? (Geraldo Borges - Presidente da Abraleite, Jonadan Min Ma - Comissão de Leite da FAEMG, Glauco Rodrigues Carvalho - Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, René Machado - Diretor de Compra de Leite na Nestlé,  Ronei Volpi - Presidente da Câmara Setorial de Lácteos do MAPA, Vinicius Correia - comissão de leite da FAEG e moderação de Valter Galan, sócio do MilkPoint Mercado)
  • 12:30 às 14:30 - Almoço

Painel 2 – Sistemas de produção e rentabilidade 
  • 14:30 às 15:00 - Direcionadores da rentabilidade na produção de leite no Brasil tropical/ Christiano Nascif, Superintendente do Senar/MG e Diretor na Labor Rural
  • 15:00 às 15:20 - Como lidar com momentos de margens baixas na atividade?/ Danilo Resende, Fazenda Céu Azul, Silvânia, GO 
  • 15:20 às 15:40 - Criando um negócio rentável em 10 hectares/ Leomar Melo Martins e Marisa Alexandre Martins, Produtores de Leite e Queijo, Santana do Itararé/PR
  • 15:40 às 16:00 - Espaço MSD
  • 16:00 às 16:30 - Perguntas (Christiano Nascif, Superintendente do Senar/MG e Diretor na Labor Rural, Danilo Rezende, Fazenda Céu Azul, Silvânia, GO e Leomar Melo Martins e Marisa Alexandre Martins, Produtores de Leite, Santana do Itararé/PR) 
  • 16:30 às 17:10 - Milk break e networking
  • 17:10 às 17:30 - Sistemas de produção para o Centro-Oeste: prós e contras de cada opção/ José Renato Chiari, produtor de leite, Morrinhos/GO 
  • 17:30 às 17:50 - Espaço Patrocinador
  • 17:50 às 18:10 - O diagnóstico do leite em Goiás: como voltar a crescer com rentabilidade?/ Antônio Carlos de Souza Lima Jr, consultor
  • 18:10 às 18:30 - Perguntas (José Renato Chiari, Produtor de leite, Morrinhos/GO e Antônio Carlos de Souza Lima Jr, Consultor)
  • 18:30 às 18:40 - Encerramento

4 de agosto
Painel 3 – Fazendo a tecnologia funcionar – a gestão no centro do negócio leiteiro 
  • 08:30 às 09:00 - Gestão de pessoas transformando a produção de leite/ Paulo Fernando Machado - Clínica do Leite
  • 09:00 às 09:20 - Espaço Prodap
  • 09:20 às 09:40 - Caso de sucesso: Luciano Cuppari Neto, Fazenda Araquá, Charqueada/SP/ Luciano Cuppari, Fazenda Araquá
  • 09:40 às 10:00 - Caso de sucesso: Joe Valle, Fazenda Malunga, Brasília/DF/ Joe Valle, Fazenda Malunga
  • 10:00 às 10:15 - Perguntas (Paulo Fernando Machado, ESALQ/USP, Luciano Cuppari, Fazenda Araquá, Charqueada/SP e Joe Valle, Fazenda Malunga, Brasília/DF)
  • 10:15 às 10:45 - Milk break e networking

Painel 4 – A agenda ambiental: oportunidades e desafios
  • 10:45 às 11:15 - O que sabemos a respeito dos gases de efeito estufa na produção de leite e quais as estratégias para redução da pegada de carbono no leite?/ Luiz Gustavo Ribeiro Pereira - Embrapa Gado de Leite
  • 11:15 às 11:35 - Espaço Patrocinador
  • 11:35 às 11:55 - Pagamento do leite com base na emissão de gases de efeito estufa – o caso da Nestlé/ René Machado - Diretor de Compra de Leite na Nestlé
  • 11:55 às 12:15 - Aproveitamento da cama de compost barn para adubação – um exemplo de agricultura regenerativa/ Vinicius Correia, produtor de leite, Orizona/GO
  • 12:15 às 12:35 - Perguntas (Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, Embrapa Gado de Leite,  René Machado, Diretor de Compra de Leite na Nestlé e Vinicius Correia, produtor de leite, Orizona/GO)
  • 12:35 às 14:30 - Almoço e networking

Painel 5 – Olhando para o futuro
  • 14:30 às 15:00 - Como escolher tecnologias rentáveis para o negócio produção de leite?/ Carlos Eduardo Carvalho - Cooperideal
  • 15:00 às 15:20 - Espaço Lactotropin
  • 15:20 às 15:50 - O leite em um sistema de produção integrado com outras atividades/ Reinaldo Figueiredo, produtor de leite, Cristalina/GO 
  • 15:50 às 16:20 - Como a qualidade dos volumosos pode ajudar na redução dos custos de produção de leite?/ Marina Danés - UFLA/MG 
  • 16:20 às 16:50 - Desmistificando o uso da tecnologia em produtores familiares: o caso da Cotrijal/ Renne Granato, Superintendente Novos Negócios & Produção Animal, Cotrijal - RS
  • 16:50 às 17:30 - Perguntas (Carlos Eduardo Carvalho, Cooperideal,  Reinaldo Figueiredo, produtor de leite, Cristalina/GO, Marina Danés, UFLA/MG e  Renne Granato, Superintendente Novos Negócios & Produção Animal, Cotrijal - RS)
  • 17:30 às 17:40 - Encerramento
As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS

Jogo Rápido 

 Consulta pública sobre boas práticas agropecuárias
O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento publicou hoje (30), no Diário Oficial da União a PORTARIA Nº 9, DE 27 DE MAIO DE 2022 que submete à consulta pública, pelo prazo de 60 dias, a proposta que estabelece requisitos mínimos e reconhece programas de promoção de boas práticas agropecuárias, na etapa primária da cadeia produtiva pecuária. O escopo da proposta é de  estimular a produção de alimentos seguros e de qualidade, promover ações que visem melhorar a qualidade da produção de alimentos, promover práticas sustentáveis de produção pecuária e estimular a melhoria da qualidade de vida da população rural. Acesse a portaria clicando aqui. (Terra Viva)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 30 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.671


Coordenação da cadeia de laticínios no Brasil

Ao longo dos últimos anos aconteceram grandes mudanças na cadeia leiteira do Brasil, vimos um setor que passou por transformações no campo e na indústria. Entender como chegamos até aqui é importante, mas pensarmos a longo prazo também – ainda mais em uma atividade tão complexa e desafiadora como o leite.

Enxergar o futuro de modo a construir oportunidades e transformá-las em competitividade requer uma visão global do leite brasileiro. No primeiro painel do Interleite Brasil 2022, “Coordenação da cadeia de laticínios no Brasil,” olharemos para o contexto mais amplo da cadeia láctea do país, sob as perspectivas dos diferentes elos.

O Interleite Brasil 2022, acontecerá nos dias 03 e 04 de agosto, com a correalização do Sistema Faeg/Senar - GO, do Sebrae-GO e do Governo de Goiás e outros apoiadores, sendo sediado pela primeira vez em Goiânia. 

Antecedendo o Interleite Brasil, no dia 02 de agosto, teremos três eventos paralelos: workshop com tema: Estratégias, manejo e ferramentas nutricionais com impacto no período pós-parto, ministrado pelo Prof. Felipe Cardoso e por Gilson dias, para um seleto grupo de participantes, Fórum MilkPoint Mercado e Jantar dos Top 100.

 Vale lembrar que o evento é híbrido, os participantes que não conseguirem estar presencialmente, poderão participar ativamente por meio de uma transmissão ao vivo em plataforma exclusiva para os inscritos.

Ainda não fez a sua inscrição? Associados do Sindilat/RS tem 20% de desconto clicando aqui. (Milkpoint)

Mapa divulga lista de produtores que poderão usar nomes protegidos como Indicações Geográficas no Acordo Mercosul-União Europeia

Indicação Geográfica - Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgou nesta sexta-feira (27) a relação dos usuários prévios que poderão usar os nomes protegidos como Indicações Geográficas no Acordo Mercosul-União Europeia. A lista está disponível no anexo da Portaria nº 2, publicada no Diário Oficial da União. 

Os queijos Fontina, Gorgonzola, Grana, Gruyère/Gruyere, Parmesão e as bebidas tipo Genebra e Steinhaeger/Steinhäger, mesmo que produzidos no Brasil, utilizam como registro o nome de regiões europeias, configurando Indicações Geográficas daquele território. Para continuar utilizando esses nomes de referência a partir do Acordo do Mercosul com a União Europeia, os produtores devem comprovar que já usavam comercialmente os termos associados às IGs referidas. No início do ano, MAPA fez uma consulta pública e estabeleceu um prazo de 60 dias para o envio de documentação comprobatória do direito de pessoas físicas ou jurídicas de continuar a usar os nomes.

Os produtores que não estiverem na lista de usuários prévios não poderão usar os termos no território nacional após a entrada em vigor do Acordo Mercosul-União Europeia. Empresas como restaurantes, pizzarias, distribuidores e importadores não serão afetadas pela determinação, já que não se encaixam como produtores. 

As empresas que não participaram da consulta pública com envio de documentos ou queiram entrar com recurso poderão recorrer até o dia 15 de junho, mediante envio de documentação comprobatória completa, por meio do endereço eletrônico cgsr@agro.gov.br. 

Indicações Geográficas

As Indicações Geográficas são aqueles produtos ou serviços que tenham uma origem geográfica específica. Seu registro reconhece reputação, qualidades e características que estão vinculadas a determinado local. Comunicam, assim, ao mundo de que certa região se especializou e tem capacidade de produzir um artigo, ou de prestar um serviço diferenciado e de excelência.

Ao longo dos anos, cidades ou regiões ganham fama por causa de seus produtos ou serviços. Quando qualidade e tradição se encontram num espaço físico, a Indicação Geográfica surge como fator decisivo para garantir a diferenciação do produto.

Acordo Mercosul-União Europeia

Assinado em 2019, o acordo entre os dois blocos  constituirá uma das maiores áreas de livre comércio do mundo ao integrar um mercado de 780 milhões de habitantes e aproximadamente a quarta parte do PIB global. 

Pela sua importância econômica e de suas disciplinas, é o acordo mais amplo e de maior complexidade já negociado pelo Mercosul, com a previsão de eliminação do Imposto de Importação para mais de 90% dos bens comercializados entre os países dos dois blocos após um período de transição de até 15 anos. 

>> Acesse aqui a PORTARIA Nº 2, DE 24 DE MAIO DE 2022

As informações são do MAPA



Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Europa - Relatório 21 de 26/05/2022

Leite/Europa – A produção de leite na Europa Ocidental está perto do pico sazonal, e fontes da indústria indicam que a captação de leite semanal continua crescendo em relação à semana anterior.

No entanto, na comparação anual, em grandes países produtores, como Alemanha, França e Holanda, o volume está abaixo do registrado no ano anterior. Alguns países da Europa Ocidental, no entanto, estão apresentando crescimento, como por exemplo, Itália, Bélgica, Dinamarca e Espanha.

De acordo com dados publicados no site CLAL, o leite captado de janeiro a março de 2022 é estimado em 35.537 mil toneladas, uma queda de 0,2% em relação ao mesmo período de 2021. Entre os principais países produtores, de janeiro a março de 2022, os volumes e variações percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2021 são: Alemanha, 7.937 mil toneladas (-1,4%); França, 6.161 mil toneladas (-1,2%); Holanda, 3.460 mil toneladas (-2,3%) e Itália, 3.387 mil toneladas (+1,1%).

Informações preliminares indicam que a captação de leite pelas indústrias britânicas no mês de março de 2022 foi de 1.347 mil toneladas, queda de 2,5% em relação a março de 2021. A captação acumulada até março de 2022 no Reino Unido foi de 3.781 mil toneladas, redução de 2% em comparação com o mesmo período de 2021.

Com oferta relativamente apertada, os preços do leite no mercado spot continuam subindo. A Comissão da União Europeia estima que o preço semanal do leite no mercado spot atingiu € 53,5/100 kg. O preço do produtor também continua em elevação. O Observatório do Mercado do Leite (MMO) estima que a média do preço em abril de 2022, será de € 44,51/100 kg, continuando a tendência de alta que vem sendo registrada desde janeiro de 2021.

Mesmo com a elevação do preço do leite ao produtor, a indústria diz que os agricultores hesitam na hora de expandir a produção. Os altos custos para a expansão física, além de mão de obra adicional, reposição de vacas e custos de alimentação, quando combinados com incertezas do mercado, criam um nível de risco que impede a expansão generalizada. Em vez disso, os agricultores gerenciam suas receitas para obterem os maiores ganhos possíveis.



Muitos países do Leste Europeu registraram crescimento da produção de leite na comparação anual, incluindo Polônia, Países Bálticos e a Hungria. Mesmo que mais leite esteja sendo entregue aos laticínios, este ano, em relação ao ano passado, os analistas observam que a diferença está diminuindo.

De acordo com dados do site CLAL, de janeiro a março de 2022 a produção de leite na Polônia foi de 3.202 mil toneladas, subindo 2,9% em relação ao mesmo período de 2021. Na Bielorrússia, a produção de leite em março de 2022 subiu 1,2% em relação a março de 2021, com registro de 659 mil toneladas. De janeiro a março, a Bielorrússia acumulou 1.895 mil toneladas de leite, crescendo 1,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2021.

A União Europeia se comprometeu a trabalhar com a Ucrânia para ajudar a desenvolver logística de transporte que permita movimentar grãos e outros alimentos entre a Ucrânia e a Europa. Navios de guerra russos bloqueiam os portos ucranianos e não permitem o embarque de grãos. A Ucrânia é um dos principais exportadores mundiais de trigo e girassol, e a incapacidade de enviar esses produtos é uma preocupação com a segurança alimentar da região. (USDA)


Jogo Rápido 

Bovinos de leite estão com estado corporal satisfatório
O estado corporal dos bovinos é satisfatório, pois não há fortes restrições alimentares na maior parte regiões. De acordo com o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (26/05) pelas gerências de Planejamento e de Comunicação da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), apesar da pouca luminosidade, os animais puderam aproveitar melhor as pastagens de inverno, que estão com ótima qualidade nutricional e já sustentam bem o pastejo. Aliado a isso, a concentração das parições e a predominância de dias com temperaturas mais amenas favorecem o conforto térmico dos animais, que permaneceram por mais tempo em pastejo e, por isso, aproveitam melhor as forrageiras de maneira geral, resultando em aumento na produção diária de leite. Porém, em algumas regiões, houve queda na produtividade leiteira devido à falta de forragens de qualidade e à sua insuficiente quantidade, além dos problemas relacionados à qualidade do leite. (Emater/RS)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 27 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.670


Argentina – Evolução da produção de leite no mês de abril de 2022

Produção/AR – No mês de abril de 2022 a produção de leite foi de 837,4 milhões de litros, isto representa -1,4% em relação ao mês anterior (+1,9% na média diária) e 2% mais em relação a igual mês do ano passado.

Um dado importante, é que por 30 meses consecutivos a produção aumentou na comparação interanual, mas apresentou queda no mês de janeiro de 2022. Mesmo que tenha sido leve, houve uma redução, mas é preciso ser levado em conta que nos janeiros anteriores a produção cresceu 5,5% e 7,7%, o que representa fazer uma comparação com uma base muito alta. Além do mais, essa queda foi revertida nos três meses seguintes.

Sobre a variação por província, observamos o comportamento da produção medida a tambos constantes (não incluindo entradas e saídas de novas fazendas leiteiras) em relação ao mês anterior e comparando com igual mês do ano anterior. Por província, em geral todas subiram na comparação intermensal, salvo Entre Ríos, mas quando olhamos o percentual interanual, quase todas as províncias cresceram entre 1,3 e 2,5% e as que caíram foram Buenos Aires (que por sua importância relativa, reduz a média geral) e Santiago del Estero.

A média ponderada das estimativas de umas 20 indústrias que recebem e processam entre 50 e 60% do leite argentino (levantamento OCLA publicado no início deste ano), resulta em um crescimento projetado para 2022 de 0,6%.

A produção acumulada nos primeiros quatro meses esteve 1,7% acima de igual período do ano anterior. A projeção mencionada anteriormente, prevê para igual período uma baixa acumulada de 0,2%.

Sobre a evolução dos denominados “sólidos úteis” (matéria gorda e proteína), que subiram 3,5% entre janeiro e abril de 2022, o dobro da elevação da produção média em litros de leite (+1,7%).

E como ocorre historicamente, a produção atinge o pico máximo em outubro, cai a uma taxa de 5% mensal até março/abril (tomando a média diária de produção), quando recomeça a subir até outubro.

A produção total de leite alcançou em 2021, os 11.553 milhões de litros. Ou seja, 4% mais em relação ao ano anterior e 11,7% em relação a 2019 (+ 1.210 milhões de litros de leite).
A produção de leite na Argentina tem uma taxa de crescimento anual de 2,1%, que é um percentual bastante alto em relação à média mundial.



Na trajetória ascendente, existem períodos de queda por questões climáticas, ou de contexto econômico interno, ou do mercado internacional. Evidentemente, quando não existem situações adversas, a cadeia láctea cresce e o faz a taxas superiores à média mundial. (OCLA - Tradução livre Terra Viva)

Tenente Portela dá opções para reduzir custos na produção de leite durante dia de campo

Produção de leite - Uma oportunidade para agricultores conhecerem estratégias para reduzir custos que comprometem a lucratividade da produção de leite. 

Essa foi a expectativa do Dia de Campo sobre Produção Leiteira, realizado na quinta-feira (26/05), na propriedade da família Hasse, na localidade de Alto Alegre, interior de Tenente Portela. O evento deu prioridade às pastagens perenes, ao uso de silo secador de grãos com ar natural e ao controle natural do carrapato.

"Queremos apresentar formas de reduzir custos e melhorar a qualidade do leite", disse o extensionista rural da Emater/RS-Ascar José Rubens Hermann dos Santos.

Em Tenente Portela, na região Celeiro do Estado, a produção anual de leite chega a 13,6 milhões de litros e gera renda para 187 famílias de agricultores.

Propriedade: Com plantel de 28 vacas em lactação, os Hasse diversificam a oferta de comida aos animais. O capim elefante anão BRS Kurumi, lançado pela Embrapa em 2012, e o capim elefante Pioneiro, o primeiro do mundo destinado ao pastejo rotativo, se somam ao capim-sudão BRS Estribo. As gramíneas anuais de inverno, o azevém, com elevado teor de proteína e de fácil digestão, e a aveia, completam a lista de pastagens.

Uma parte da ração é fabricada na propriedade. Os Hasse têm um silo secador de grãos com ar natural, com capacidade para armazenar 220 sacas de milho. Para diversificar a fonte de renda, a família Hasse também produz artesanato rural, outro assunto apresentado em uma das quatro estações do dia de campo.

Carrapato: Outro tema discutido durante o evento foi a redução do carrapato (Rhipicephalus microplus). Além de se alimentar do sangue da vítima, o carrapato é um dos transmissores da tristeza parasitária bovina, causa de morte em rebanhos.

Uma alternativa, que pode diminuir o uso de químicos é o manejo das pastagens. O objetivo é separar naturalmente o carrapato do boi (hospedeiro). A área de pastagem deve ser dividida, de tal modo que os animais retornem ao primeiro piquete depois de um mês. Com esse intervalo de período, as larvas de carrapato depositadas pela fêmea na pastagem encontrarão condições de ambiente adversas ao crescimento nessa fase do ciclo, levando muitas à morte e, consequentemente, reduzindo a população final de carrapatos na área.

O Dia de Campo sobre Produção Leiteira foi promovido pela Prefeitura de Tenente Portela e Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Apoiaram a iniciativa a Cresol Gerações, Cotricampo, Laticínios Stefanello e Cooper A1.




Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul – Relatório 21 de 26/05/2022

Leite/América do Sul – Permanecem grandes preocupações em relação ao papel que o tempo está desempenhando sobre as fazendas leiteiras da região, e essas preocupações são de diversas ordens.

Um alerta de La Niña pela Associação Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) permanece. No Brasil a produção de leite, em geral, foi afetada negativamente. A demanda no varejo por produtos lácteos caiu, uma vez que inflação e, até recentemente, a desvalorização da moeda afetaram as opções de compra dos consumidores.

Os preços do leite em pó desnatado (SMP) e leite em pó integral (WMP) aumentaram no relatório desta semana. A produção e o processamento de leite continuam a variar amplamente na região latino-americana. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)



Jogo Rápido 

Previsão de chuva e queda de temperatura para os próximos dias no RS
Próximos dias serão chuvosos e com temperaturas em declínio no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 20/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Até sábado (28/05), a propagação de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado. No domingo (29/05), ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas na faixa Norte. No restante do Rio Grande do Sul, o ingresso de uma massa de ar seco e frio vai provocar o declínio acentuado das temperaturas. Entre a segunda (30/5) e quarta-feira (01/6), a presença do ar frio manterá o tempo firme, com temperaturas baixas e formação de geadas em várias regiões. O Boletim Integrado Agrometeorológico 20/2022 também aborda a situação atual das culturas de soja, milho, arroz, feijão 2ª safra, trigo, canola e aveia branca. Acompanhe todas as edições clicando aqui. (SEAPDR)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 26 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.669


Conseleite SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 26 de Maio de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Abril de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio de 2022. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.



O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de  proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

Por que as 100 maiores fazendas de leite do Brasil adotam práticas sustentáveis?

Anualmente, desde 2001, o MilkPoint realiza o levantamento das 100 maiores propriedades leiteiras do Brasil.  Além de traçar o perfil da produção de leite nacional e acompanhar a evolução do setor, este ano a iniciativa trouxe uma novidade, buscando entender como as 100 maiores fazendas de leite do país estão atuando em relação à sustentabilidade ambiental.

De acordo com o relatório do Top 100 2022, todas as fazendas que compõe o ranking aplicam pelo menos uma prática sustentável, sendo a ação mais comum o armazenamento de dejetos em esterqueiras e posterior utilização para adubação de pastagens e lavouras, presente em 87% das propriedades (Figura 1).

Figura 1. Adoção de medidas de sustentabilidade ambiental nas 100 maiores fazendas leiteiras do Brasil, de acordo com o Levantamento Top 100 2022.



Conforme observado na Figura 1, outras práticas sustentáveis como a utilização de fontes de energia alternativa, controle do consumo de água e armazenamento de água da chuva são predominantes entre os maiores produtores de leite do Brasil.

Questionados sobre as motivações para a adoção de ações de sustentabilidade ambiental, os Top 100 relataram que a própria preocupação ambiental é o fator predominante, com média de 4,68 das respostas. Em terceiro lugar, como fator motivacional foi constatado o “o retorno financeiro das ações,” com média de 4,4 das respostas. “Atender às tendências de consumo voltadas para a pauta” também  foi apontada pelos produtores Top 100, conforme demonstrado no Figura 2.

Figura 2. Fatores determinantes para adoção de medidas sustentáveis nas fazendas leiteiras e sua relevância para os 100 maiores produtores de leite do Brasil, segundo o Top 100 2022.



Os dados analisados nos mostram um claro e evidente cenário: além de atender as demandas de consumo, as práticas sustentáveis — quando bem utilizadas e geridas – são capazes de trazer retorno financeiro para as propriedades, ao passo que reduzem a necessidade de ‘’insumos externos,” como os fertilizantes e até mesmo atuam no gasto energético das fazendas, reduzindo os custos de energia elétrica com a utilização de fontes alternativas, por exemplo.

Para transformar as ações de sustentabilidade ambiental em estratégia de negócio o conhecimento é alicerce fundamental. Não basta saber superficialmente sobre o assunto, é necessário saber aplicar na prática os conceitos. (Milkpoint)





Rússia abre corredor para grãos da Ucrânia

A Rússia anunciou ontem que vai abrir um corredor humanitário para que navios com alimentos deixem a Ucrânia, informou a agência Reuters citando o vice-chanceler russo, Andrei Rudenko. Em troca, os russos receberam a promessa de suspensão de algumas das sanções impostas ao país.

Os portos ucranianos do Mar Negro estão bloqueados desde que a Rússia enviou suas tropas ao país, em 24 de fevereiro. De acordo com o governo da Ucrânia, há mais de 20 milhões de toneladas de grãos presas em silos no país.A barreira às exportações ucranianas tem acentuado a crescente crise internacional de oferta de alimentos. Somadas, Rússia e Ucrânia respondem por quase um terço das exportações globais de trigo e por cerca de 20% dos embarques de milho. A Ucrânia é também o maior produtor de óleo de girassol do mundo.

A notícia sobre a abertura do corredor para o escoamento dos grãos ucranianos pressionou as cotações de soja e trigo na bolsa de Chicago. Ontem, o contrato da soja para julho recuou 0,71% (12 centavos de dólar), a US$ 16,81 o bushel. Os papéis do trigo que também vencem em julho caíram 0,56%, a US$ 11,4825 por bushel.

As potências ocidentais vêm discutindo a abertura de “corredores seguros” para os embarques de grãos a partir dos portos da Ucrânia, mas esses corredores dependem do consentimento russo. “Temos afirmado repetidamente que uma solução para o problema alimentar requer uma abordagem abrangente, incluindo a suspensão dos embargos às exportações e transações financeiras russas”, disse Rudenko.

A Rússia também tem mantido contato com as Nações Unidas sobre o assunto, afirmou Rudenko, segundo a agência de notícias RIA. Rússia e Ucrânia acusam-se mutuamente de plantar minas à deriva no Mar Negro. A retirada dessas minas é essencial para a abertura dos corredores.

De acordo com a agência russa Interfax, Rudenko disse ainda que a utilização de navios ocidentais em uma eventual escolta de embarcações ucranianas que transportam grãos “exacerbaria seriamente a situação no Mar Negro”. A Grã-Bretanha disse na última terça-feira que não tem planos de enviar navios de guerra para ajudar a escoar as exportações de alimentos do porto de Odessa, que está bloqueado. O terminal é o mais importante de águas profundas da Ucrânia.

As negociações para aumentar o comércio de itens essenciais para a alimentação humana não se restringem aos grãos ucranianos. Vassily Nebenzia, embaixador da Rússia na Organização das Nações Unidas, afirmou ontem à Reuters que um funcionário do alto escalão da ONU deverá visitar Moscou nos próximos dias para discutir maneiras de destravar as vendas russas de fertilizantes ao exterior. Segundo o diplomata, as tratativas não têm relação com a abertura do corredor para escoar a produção agrícola da Ucrânia.

“Fertilizantes e grãos não fazem parte das sanções impostas aos russos, mas há problemas de logística, transporte, seguro, transferência bancária” [decorrentes dos embargos] que “nos impedem de exportar livremente”, disse Nebenzia. “Estamos preparados para exportar fertilizantes e grãos para o mercado mundial a partir de nossos portos”. (Valor Econômico)

Jogo Rápido 

Fiscais agropecuários aprovam indicativo de greve geral
Os auditores fiscais federais agropecuários aprovaram hoje, em assembleia extraordinária, o indicativo de greve da categoria, que pede ao governo federal reestruturação da carreira e aumento de salários. Com a decisão, a partir de amanhã, os servidores poderão parar de vez a qualquer momento.Segundo o Sindicato Nacional dos Fiscais Agropecuários (Anffa Sindical), mais de 92% dos auditores que participaram da assembleia foram a favor do indicativo de greve. Mais cedo, ao ser questionado pelo Valor sobre a situação da categoria, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, disse que o momento não era "oportuno" para uma "pressão desenfreada" dos servidores, embora defenda o pleito. O presidente do Anffa, Janus Pablo, disse que a aprovação do indicativo de greve é um recado ao executivo federal. "Os auditores fiscais federais agropecuários querem reconhecimento do trabalho realizado e da relevância da carreira para o desempenho positivo do agronegócio brasileiro", disse em nota. Com a possibilidade de greve, os auditores agropecuários, que já estão em operação-padrão desde dezembro, vão intensificar a mobilização e esticar ao máximo os prazos para realização das atividades rotineiras. A medida é uma "advertência" que permite à categoria entrar em greve sem a necessidade de realizar nova assembleia, mas apenas fazer as comunicações necessárias ao governo no prazo determinado. Segundo o sindicato, os servidores "vão manter o ritmo normal de trabalho somente para as atividades que podem afetar diretamente o cidadão, como a liberação de cargas perecíveis e de animais domésticos para viagens". A mobilização também não deve atingir a realização de diagnóstico de doenças e pragas. Os auditores reclamam de "tratamento desigual" em relação a outras categorias, que foram incluídas em planos de reestruturação salarial. De acordo com o Anffa Sindical, a categoria está sem reajuste salarial desde 2017 e enfrenta um déficit de 1,6 mil servidores, além de excesso de horas extras e banco de horas que não podem ser convertidas em folgas pela carência de servidores. Atualmente, pouco mais de 2,5 mil profissionais estão em atividade no Ministério da Agricultura. (Valor Econômico)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 25 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.668


Chiapetta celebra Dia Internacional do Leite com programação especial

Em comemoração ao Dia Internacional do Leite, o município de Chiapetta, no Noroeste do Estado, promoverá uma programação especial no dia 1° de junho. As atividades, que terão início às 6h e têm previsão de encerramento às 18h, incluem palestra, curso de derivados do leite, concurso de sobremesas e apresentação de dados sobre o setor. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) apoiará a iniciativa com palestra teatralizada intitulada "Minha Felicidade é o Leite". A palestra, que será realizada pela manhã e pela tarde para estudantes, será comandada por Diana Ceolin.

Segundo o prefeito do município, Eder Luis Both (PP), o evento, que já está em sua 2ª edição, representa o reconhecimento e a valorização da Administração Municipal e da comunidade de Chiapetta aos produtores de leite do município e a toda cadeia envolvida. “É uma atividade que exige muito esforço, trabalho e que vem perdendo produtores ao longo dos anos. Menos famílias estão atuando na produção leiteira, porém, a quantidade tem sido estável no município, já que os que permanecem na atividade aumentam a sua produção. A qualidade também aumentou significativamente, resultado de uma profissionalização que estamos vendo e que tem gerado maiores rendimentos aos produtores e, por consequência, ao município”, acrescenta.

A programação inicia no Centro Múltiplo Uso da Praça Carlos Chiapetta com abertura do evento transmitida ao vivo pela Rádio Ciranda FM 105.5. Na ocasião, será servido café da manhã e haverá degustação de queijos. Às 8h30min será realizado teatro para os alunos dos anos finais. "Entendemos que a programação é de extrema importância uma vez que enaltece o trabalho realizado pelos produtores da região e, é claro, fomenta o leite como um importante alimento nas dietas”, reforça o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que acompanhará as atividades.

Agricultores serão recepcionados a partir 10h na Sede da Comunidade Cristo Rei, onde, às 11h, haverá palestra com a empreendedora da Agroindústria Queijos da Nena. Logo após, às 13h, será realizado o concurso de sobremesas derivadas do leite e, às 13h30min, apresentação de dados sobre o setor lácteo, pela Emater/RS. Ainda na parte da tarde, alunos das séries iniciais apreciarão teatro no Centro Múltiplo Uso da Praça Carlos Chiapetta. A peça será a partir das 14h. Às 16h o Senar-RS promoverá curso sobre os derivados do leite. O encerramento está previsto para às 18h com transmissão ao vivo pela Rádio Ciranda. (As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS)
 
 
                         

Declaração Anual de Rebanho será mais completa

O prazo para Declaração Anual de Rebanho, obrigatória para os produtores rurais,  terá início em 1º de junho e se estenderá até 31 de outubro. Este ano a atualização cadastral será mais completa, com informações mais detalhadas sobre a propriedade rural e os sistemas de produção animal.

“São detalhamentos técnicos que vão nos possibilitar fazer um cenário mais aperfeiçoado do tipo de produção, em cada espécie animal, que o Rio Grande do Sul tem. Não são informações que o produtor já não saiba. Mas, vamos tornar nosso sistema ainda mais robusto”, explica o chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (DCIS/Seapdr), Francisco Nunes Lopes.

A Declaração Anual de Rebanho contará com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos deverão ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada na propriedade, como vacas, equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, entre outros. No formulário de caracterização da propriedade, há campos novos, como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais terão questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.

Conforme Francisco, a maior quantidade de dados captados pela nova Declaração Anual de Rebanho permitirá delinear um perfil mais completo sobre a produção pecuária no Rio Grande do Sul. “Quanto mais robusto for nosso sistema, mais conseguimos comprovar o controle sanitário do Estado, e isso vai abrir mercados e portas. A nova declaração e a inteligência de dados é um passo muito importante para conseguirmos evoluir cada vez mais no mercado internacional”, explica.

Este ano, os formulários estarão disponíveis no link www.agricultura.rs.gov.br/declaracao e poderão ser entregues de duas formas. Na primeira, o produtor comparece à Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária de referência e informa verbalmente os dados a serem lançados. Com uma opção fácil de geração de senha de Produtor Online, ele assina digitalmente a declaração. Na segunda opção, o produtor baixa os formulários no site da Seapdr, preenche e os entrega na IDA ou EDA do seu município. A expectativa é que, no próximo ano, os produtores possam fazer a declaração online, diretamente pelo Sistema de Defesa Agropecuária (SDA).

A Declaração Anual de Rebanho é obrigatória. Os produtores inadimplentes terão bloqueio do seu cadastro no SDA, não sendo possível a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) a partir de 1º de dezembro. (SEAPDR)





Conseleite/RO: valor de referência do leite tem projeção de alta de 12,07% em maio

A diretoria do Conseleite – Rondônia atendendo os dispositivos do seu Estatuto aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite entregue em abril/2021 a ser paga em maio/2022.

Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto no tanque de resfriamento”, o que significa que o frete de segundo percurso não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural.

O Conseleite Rondônia alerta que outros parâmetros são considerados pelo mercado para estabelecer o valor final do leite a ser pago ao produtor, tais como:

1. Fidelidade do produtor ao laticínio;
2. Distância da propriedade até o laticínio;
3. Qualidade da estrada de acesso a propriedade rural;
4. Temperatura do leite na entrega;
5. Capacidade dos tanques de resfriamento de leite da propriedade;
6. Tipos de ordenha;
7. Adicionais de mercado devido a oferta e procura pelo leite na região;
8. Sazonalidade da produção;
9. Condições sanitárias do rebanho;
10. Outros benefícios concedidos pelas indústrias.
Tabela - Valores de referência para a matéria-prima (leite) entregue em março/2022 (pago em abril/2022) no Estado de Rondônia e comparativo com o mês anterior.



As informações são do Conseleite-RO. 

Jogo Rápido 

Prazo de inscrição para o Selo Mais Integridade é prorrogado para o dia 15 de junho
Selo Mais Integridade - As inscrições para participar do Prêmio Selo Mais Integridade 2022/2023 poderão ser feitas até o dia 15 de junho de 2022.  O prazo foi prorrogado por uma portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (24).  A inscrição pode ser feita no site do MAPA, preenchendo o formulário disponível clicando aqui. O Selo é um reconhecimento a organizações que adotam práticas de integridade com enfoque na responsabilidade social, sustentabilidade ambiental e ética. Podem participar empresas e cooperativas do agronegócio instaladas no país, dedicadas às práticas agropecuárias e pesqueiras de qualquer natureza. Na última edição do prêmio, 17 organizações foram agraciadas, sendo nove com o Selo Verde e oito com o Selo Amarelo. Saiba mais informações sobre o Selo Mais Integridade.  Acesse aqui a matéria na íntegra. (MAPA)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 24 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.667


Conseleite/RS

Em reunião do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul – CONSELEITE/RS, nesta terça-feira, 24 de maio de 2022, foi aprovado por unanimidade valor de referência do leite padrão consolidado para o mês Abril de 2022 e a previsão para o mês de Maio de 2022, bem como o maior e o menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão. 

Os montantes calculados do valor de referência têm como matéria prima padrão o leite que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.


Governo Federal anuncia nova redução no Imposto de Importação de bens comercializados

Redução do Imposto de Importação - Foi publicada, pelo Gecex, a Resolução nº 353, de 23 de maio de 2022, que reduz a alíquota do Imposto de Importação sobre 6.195 códigos tarifários da Nomenclatura Comunal do Mercosul (NCM), dentre os quais estão alguns tipos de queijos, como queijos ralados ou queijos em pó, queijos derretidos, queijos de massa mofada, leites como UHT, creme de leite, iogurtes, manteiga, entre outros.

A nova redução foi aprovada na 1ª reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) de 2022, em caráter temporário e excepcional, com prazo de vigência até 31 de dezembro de 2023. Os códigos tarifários que estão sujeitos a redução da alíquota se encontram no Anexo Único da Resolução Gecex nº 353.

A medida visa reduzir os impactos causados pela pandemia e do conflito entre Rússia e Ucrânia. Vale lembrar, que os produtos da lista já haviam sofrido redução em novembro de 2021 conforme a Resolução Gecex nº 269/2021, assim muitos produtos, cerca de 87% dos códigos tarifários da NCM, tiveram a alíquota reduzida para 0% ou reduzida em um total de 20%.

Dentre os produtos lácteos, 26 códigos NCM tiveram alíquota diminuída em 10% em relação às vigentes até  essa resolução nº 353 de 23 maio 2022. Os códigos NCM são: 04011010, 04011090, 04012010, 04012090, 04014010, 04014021, 04014029, 04015010, 04015021, 04015029, 04022130, 04022930, 04029100, 04032000, 04039000, 04049000, 04051000, 04052000, 04059010, 04059090, 04061090, 04062000, 04063000, 04064000, 04069030, 04069090.

>> Acesse aqui a Resolução Gecex nº 353 de 23 de maio de 2022





Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 24 de Maio de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Abril e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio de 2022, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
 



Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Maio de 2022 é de R$ 3,9505/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.

Jogo Rápido 

 Governo aprova reforço ao Plano Safra 2021/22 
A Junta Orçamentária Executiva, do Ministério da Economia, anunciou em 20/05 a suplementação de mais R$ 1,2 bilhões para reforçar o Plano Safra 2021/22. No início deste mês, o governo já havia sancionado o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 1/2022 que destinou R$ 868,5 milhões para equalização de juros no crédito rural. Entidades que representam o agronegócio e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) vinham pedindo mais recursos para o Plano Safra que valerá até junho. Um dos argumentos era o de que o aumento das taxas de juros no país acelerou o esgotamento das linhas de crédito com subvenção. Na terça-feira (24/05), integrantes da bancada ruralista e técnicos do Ministério da Agricultura reuniram-se com o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, para reiterar a demanda. “Nós sabemos que o agro é o maior setor da economia brasileira, e isso só é possível porque temos programas fortes. Sem o Plano Safra, a possibilidade de crédito ficaria inviabilizada e não seria possível produzir com segurança nesse país,” disse, em nota, o deputado federal Sérgio Souza (MBDPR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. Os recursos adicionais serão direcionados a operações de custeio agropecuário, comercialização, investimentos rural e agroindustrial e a programas do Ministério da Agricultura como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). (Valor Econômico)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 23 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.666


Aliança Láctea avalia expansão de estudo gaúcho para toda Região Sul

A Aliança Láctea Sul-Brasileira estuda a viabilidade de estender aos estados de Paraná e Santa Catarina o estudo realizado no Rio Grande do Sul sobre a produção leiteira. O projeto, capitaneado pela Emater com apoio do Sindilat, resultou em um livro onde foi traçada uma radiografia da produção gaúcha. Em sua quarta edição, o trabalho, elaborado pelo gerente técnico da Emater, Jaime Ries, traz dados atualizados sobre número de produtores, produção, produtividade e rentabilidade dos tambos gaúchos. A edição gaúcha foi oficialmente lançada em sua versão impressa nesta sexta-feira (20/05) durante a programação da Fenasul, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. “É um excelente trabalho que retrata com seriedade a realidade do setor lácteo do estado, fazendo uma análise de 2015, 2017, 2019 e com a último levantamento que o ano de 2021. Levar esse projeto para toda a Região Sul seria uma forma de compreender ainda mais a fundo nossa realidade”, pontuou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

Em um dia de programação intensa que reuniu lideranças do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, a Aliança Láctea também debateu formas de trabalhar para neutralizar a alta de custos. Uma das principais preocupações é garantir a oferta de milho capaz de abastecer a produção de ração para vacas leiteiras, tendo em vista que a Região Sul perdeu espaço na produção do cereal, hoje deslocada para a Região Central do Brasil. Mediando o encontro, o coordenador da Aliança Láctea Sul-Brasileira, Airton Spies, lembrou que o fórum é espaço essencial para debates como esse, alinhando políticas públicas conjuntas.

A preocupação com o abastecimento de milho também foi manifestada pelos secretários de Agricultura presentes. O secretário Adjunto de Agricultura de SC, Ricardo Miotto, lembrou que o estado tem investindo muito em pesquisa. Citou o Programa Terra Boa, por meio do qual o governo daquele estado incentiva a produção de pastagem e silagem com o fomento ao uso de calcário e sementes certificadas. Também no encontro, o secretário adjunto da Secretaria da Agricultura do RS, Rodrigo Rizo, reforçou a importância dos debates promovidos na Aliança Láctea sobre assuntos técnicos e sanitários.

O secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, citou que a bacia leiteira tem grande relevância no Sul e espera que a região desenvolva habilidade para exportar seus produtos. Citou que a competitividade tem vindo com a concentração da produção e a elevação da eficiência. "Temos que fazer de tudo para o agro se fortaleça cada vez mais”, frisou, lembrando que o quadro do agro no Paraná segue delicado em função da alta de custos.

O presidente da Câmara Setorial do Leite, Ronei Volpi, disse que a Aliança Láctea surgiu em 2014 e é resultado de um processo de união que deu amplitude para a ação de estados da Região Sul que, juntos, respondem por 40% da produção de lácteos do Brasil. Uma prova dessa integração veio neste primeiro semestre com o trabalho de convencimento contra a suspensão da Tarifa Externa Comum (TEC) para o queijo Muçarela. “Em menos de 60 dias conseguimos que governo voltasse atrás e reimplantasse a Tarifa Externa Comum em 8%. Foi uma grande vitória. Nossas assimetrias são pequenas e podemos resolver dentro da Aliança, porque os desafios fora são muito maiores”.

Em um dia intenso de debates, a coordenadora da Comissão de Leite da Farsul, Márcia Medeiros, e o economista Rui Silveira Neto apresentaram o Índice para a Produção de Leite Cru no RS (ILC-RS). O indicador, que será abastecido mensalmente, é calculado a partir dos insumos para produção de leite. O sistema levará em consideração somente os valores pagos pelo concentrado, volumoso, adubação de pastagem, suplementação mineral, energia e combustível (gasolina e diesel).

Em sua manifestação, o vice-presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, alertou que é preciso mobilização frente à realidade dos produtos de origem vegetal que usam a denominação de produtos lácteos tradicionais, mas não o são. Segundo ele, o tema ainda não foi regulamentado pelo Ministério da Agricultura, mas precisa de um regramento sob pena de causar confusão no consumidor. Guerra defende que esses produtos de origem vegetal tenham sua nomenclatura própria. Já o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, solicitou que a Aliança Láctea se manifeste sobre a PL 75, de autoria do deputado Vitor Hugo (PSL/GO), onde institui o Índice Nacional de Insumos para a produção de leite Cru (ILC). O texto está com prazo de sugestões de proposições em aberto e tem como relator o deputado Federal Domingos Sávio (PL/MG). (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 18 de Maio de 2022, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Março a ser pago em Abril/2022

b) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Abril a ser pago em Maio/2022

c) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Abril a ser pago em Maio/2022 e valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2022 a ser pago em Junho/2022. 



Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. 

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA:  O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite padrão, maior e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.  Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (Conseleite/MG)




Governo edita decreto que regulamenta mercado de carbono

Mercado de carbono - O governo federal publicou nesta quinta-feira (19) o Decreto Nº 11.075, de 19 de maio de 2022, que regula o mercado de carbono no Brasil, com foco em exportação de créditos, especialmente para países e empresas que precisam compensar emissões para cumprir com seus compromissos de neutralidade de carbono.

O regramento, aguardado desde 2009, traz elementos inéditos, como os conceitos de crédito de carbono e crédito de metano, unidades de estoque de carbono e o sistema de registro nacional de emissões e reduções de emissões e de transações de créditos.

O texto prevê, ainda, a possibilidade adicional de registro de pegada carbono dos produtos, processos e atividades, carbono de vegetação nativa e o carbono no solo, contemplando os produtores rurais e os mais de 280 milhões de hectares de floresta nativa protegidos, além do carbono azul, presente em nossas vastas áreas marinha, costeira e fluvial relacionada, incluindo mangues.

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirma que todas essas inovações representam enormes avanços na viabilização de instrumentos econômicos e financeiros que possibilitam o reconhecimento e monetização dos atributos e ativos ambientais.

“Uma verdadeira revolução para um país com as características do Brasil, o que pode levar o país a ser um grande exportador de créditos dadas as diversas origens de carbono existentes aqui, como floresta nativa e matriz energética altamente limpa e renovável”, disse.

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, “a coisa mais interessante que está acontecendo lá fora é a consciência de que o Brasil é uma potência verde, energética e alimentar”, ao defender que a solução brasileira para o meio ambiente passa pela responsabilidade geopolítica.

“Antes deste governo, as soluções para os problemas ambientais eram baseadas em dois pilares: taxas para quem poluir, e estímulo à inovação para quem usar tecnologia de descarbonização. Nosso governo está criando um terceiro pilar de solução ambiental: remunerar a preservação de recursos naturais. Isso é chave importantíssima”, concluiu o ministro.

Outro importante fator do mercado regulado estabelecido é a possiblidade de geração de receita extraordinária para projetos que fomentem a economia verde ao mesmo tempo que permite o desenvolvimento de regiões ainda não industrializadas – ou seja, não gera Custo Brasil.

A iniciativa está alinhada com a expectativa da regulamentação do futuro mercado global de carbono, previsto no Artigo 6 do Acordo do Clima.

As medidas contidas no decreto beneficiam o meio ambiente, a população e diversos setores da economia, como energia, óleo e gás, resíduos, transporte, logística, infraestrutura, agronegócio, siderurgia, cimento, entre tantos outros. Isso porque possibilita o impulsionamento da economia ao mesmo tempo em que se preocupa com a redução das emissões e com os compromissos firmados durante a COP26, realizada em 2021, na Escócia.

Segundo a secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, “com este decreto estamos criando um mercado. O Brasil é uma potência de crédito de carbono e será um dos maiores geradores e exportadores de crédito de carbono do mundo, conciliando preservação com monetização de ativos e criando uma agenda sustentável dentro do ciclo produtivo”.

O secretário-adjunto de Clima e Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente, Marcelo Donini Freire, finalizou: “Estamos hoje celebrando o nascimento do mercado regulado de carbono brasileiro. Regulamentação prevista em lei e aguardada há mais de 12 anos e que este governo teve a coragem e competência de encarar e fazer. É muito gratificante poder trabalhar em uma gestão que nos permite fazer o trabalho baseado em critérios técnicos e avançar nas pautas importantes para o meio ambiente, para a economia e para o País.” (Canal Rural)

Jogo Rápido 

Interleite Brasil, vem aí a 20ª edição! 
Observando o volume de produção de leite do Brasil, há quem diga que o setor está estagnado há anos. Mas será que o leite que produzimos hoje é o mesmo de ontem? Certamente, não. Olhando para dentro das nossas fazendas, é impossível dizer que paramos no tempo. O que vemos é um setor que se movimenta, adota tecnologias e segue inovando, apesar das adversidades. Este avanço pode ainda não se refletir em volume, porém não podemos negar que o leite brasileiro está vivendo uma grande transformação. E ainda há muito espaço para mudanças e avanços. Mudança, transformação e inovação sempre foram protagonistas do Interleite Brasil, o evento que se consolidou como o principal fórum de discussão sobre a produção leiteira, uma reunião daqueles que realmente acreditam no leite do Brasil e querem ser agentes de transformação. Em 2022, depois de dois anos de jejum, o Interleite estará de volta. Estamos ansiosos para nos reencontrarmos e, para fazer desta a melhor edição da história, preparamos pautas mais relevantes do que nunca. Além dos temas técnicos que envolvem sistemas de produção, viabilidade e eficiência da atividade, o Interleite Brasil 2022 trará como diferencial a realidade da produção de leite no Brasil central, estando sediado pela primeira vez em Goiânia. Além disso, temas voltados para o elo industrial, ou seja, a cadeia de processamento, também terão destaque. Mas vamos além: olharemos para tudo isso sob um novo foco, o das agendas de sustentabilidade e meio ambiente. Levamos como missão e tradição sempre trazer temas que apontam para o futuro do setor; e apostamos fielmente que a sustentabilidade será parte dele. O futuro está cada vez mais próximo, as mudanças estão acontecendo e é hora de nos prepararmos. (Milkpoint)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 20 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.665


Câmara Setorial debate estratégias de comunicação sobre o leite

Reunida durante agenda da Fenasul, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), a Câmara Setorial do Leite do RS debateu, nesta sexta-feira (20/5), estratégias de comunicação para informar os benefícios do consumo de lácteos a um maior número de consumidores. O caminho, de acordo com o coordenador da Câmara Setorial, Eugênio Zanetti, é uma forma de fortalecer o setor. Durante o encontro, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, sugeriu investimento em ações de fomento à comunicação sobre o leite em âmbito local. “Temos que ser vistos pelo lado social. Precisamos nos aproximar da população”, ponderou.



Na reunião, os representantes também trataram sobre o Projeto Leite Seguro, da Embrapa Gado de Leite. O projeto é baseado na implementação de uma plataforma que poderá ser utilizada diariamente pelos consumidores como banco de referência e consulta sobre a qualidade do leite e seus derivados. A iniciativa deve ser implementada como protótipo ainda em 2022 e foi apresentada pelo analista da Embrapa Gado de Leite, Rogerio Dereti.

Dereti alertou, contudo, que a plataforma isoladamente não terá eficiência se não for conhecida pelo consumidor. Para divulgar esse projeto inovador, será realizada uma caravana de eventos híbridos nas capitais da Região Sul (Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis) para levar informação às famílias sobre o processo produtivo e princípios nutricionais. “Queremos orientar o consumidor sobre alimentação saudável e sobre concepções equivocadas que se divulga sobre o leite. A Plataforma Leite Seguro é para o consumidor manter-se informado”.

Durante o encontro, o assistente técnico da Emater/RS, Jaime Ries, apresentou o livro “O Menino Davi e a Terneirinha Bibi”. A obra, voltada ao público infantil, será lançada no dia 24 de maio em live e busca levar a realidade da produção de lácteos a crianças do Ensino Fundamental. Com tiragem de 8 mil exemplares, o livro foi direcionado para as regionais da Emater para que as professoras da rede de ensino possam trabalhar em sala de aula. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Mapa abre novas consulta públicas
 
  • RTIQ do Leite UHT
 Leite UHT - O Ministério da Agricultura publicou, hoje (20), no DOU, a PORTARIA SDA Nº 576, DE 11 DE MAIO DE 2022 que submete à consulta pública a proposta de Regulamento Técnico Mercosul de Identidade e Qualidade do Leite UAT (UHT).
 
O anexo da Portaria nº 576 apresenta a proposta de alteração para o Regulamento Técnico Mercosul de Identidade e Qualidade do Leite UAT (UHT), aprovado pela Portaria MAPA n°370, de 04 de setembro de 1997. A consulta pública terá o prazo de 60 dias.
 
As sugestões deverão ser enviadas pelo Sistema da Secretaria de Defesa Agropecuária - SISMAN disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/SISMAN.html.
 
Findo o prazo da consulta, as sugestões serão analisadas e avaliadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
 
>> Acesse aqui a PORTARIA SDA Nº 576, DE 11 DE MAIO DE 2022
 
  • Proposta de uso de amidos em queijos 
Amido em queijos - Foi publicado, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Diário Oficial da União desta sexta-feira (20), a PORTARIA SDA Nº 577, DE 11 DE MAIO DE 2022 que submete à Consulta Pública a proposta de Regulamento Técnico Mercosul sobre uso de amidos em queijos de muita alta umidade.
 
A consulta pública será submetida pelo prazo de 60 dias e encontra-se no site do Ministério da Agricultura no atalho para consultas públicas. (www.gov.br/agricultura/pt-br).
 
A sugestões deverão ser encaminhadas pelo Sistema de Monitoramento de Atos Normativos - SISMAN, da Secretaria de Defesa Agropecuária, disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/SISMAN.html.
 
o Regulamento Técnico Mercosul sobre o uso de amidos em queijos de muita alta umidade encontra-se em anexo na Portaria.
 
>> Acesse aqui a PORTARIA SDA Nº 577, DE 11 DE MAIO DE 2022
 
(Elaboração Terra Viva com informações do DOU)






Oferta de pasto melhora nas propriedades leiteiras do RS
 
Propriedades leiteiras - A oferta de pasto está melhorando nas propriedades leiteiras, mas ainda há a necessidade de alimentos conservados para complementar a dieta e também para fazer a regulação da fibra, visto que esses pastos novos possuem elevado teor de água, o que pode provocar diarreias. 
 
As condições sanitárias dos animais são consideradas boas, porém é mantido o manejo para controle do carrapato e as vacinações obrigatórias.
 
No aspecto reprodutivo, no momento, a maior parte dos rebanhos leiteiros está em fase final de lactação. A manutenção do tempo nublado com episódios de chuva causou novamente acúmulo de barro nos locais de movimentação no entorno das instalações, o que dificulta o manejo com os animais. Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, há novamente redução na produção de leite devido à diminuição da oferta de forragem, exceto para aqueles produtores que conseguiram produzir ou comprar feno e silagem.
 
Na regional de Passo Fundo, o excesso de umidade contribuiu para aumentar a ocorrência de casos de mamite em função do excesso de barro nos galpões e nas salas de alimentação dos animais. Na regional de Santa Maria, apesar do vazio forrageiro de outono, este não está sendo muito severo, pois ainda há disponibilidade de pastagens de verão e de campo nativo, e as pastagens de inverno estão apresentando bom desenvolvimento, com áreas já sendo pastoreadas.
 
Na regional de Santa Rosa, a produção de leite diária voltou a subir, superando a marca de 1,669 milhão de litros por dia. Em alguns municípios, os produtores estão gradativamente migrando para sistemas de criação confinados devido ao aumento de produtividade e principalmente pela diminuição da penosidade ao trabalhador. Na regional de Soledade, as áreas sobressemeadas em áreas de pastagens de verão perenes, como tifton e campo nativo, já começam a ser pastoreadas. As lavouras de milho tardio para silagem apresentam bom potencial produtivo. No entanto, a limitação de radiação solar está atrasando a formação do grão.(Emater/RS)

Jogo Rápido 

Risco de geada persiste, e nova massa de ar polar se aproxima 
A presença de um ciclone extratropical sobre o oceano deve intensificar os efeitos da frente fria, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A baixa umidade do ar também é propícia para a ocorrência do fenômeno.  A pesquisadora Angélica Pantano afirma que o risco é maior em áreas de divisa com o Paraná e o sul de Minas Gerais, além de outras localidades com altitude superior a mil metros. “Os agricultores dessas regiões devem ficar atentos, inclusive para a cultura de milho”, disse. Nos locais em que chover, mesmo que de forma isolada, a chance de haver geada é menor. De acordo com nota do IAC, o frio deve perder força a partir de amanhã, mas há previsão de uma nova massa de ar polar no fim de semana, que pode derrubar as temperaturas novamente. De acordo com a Climatempo, a tendência é que continue frio no Centro-Sul do país até o fim da semana. Entre amanhã e sábado, afirma a consultoria, há possibilidade de novas quedas de temperaturas na Região Sul. (Valor Econômico)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 19 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.664


Biosseguridade garante resultados efetivos na produção e manutenção de status sanitário em relação à aftosa 
 
A biosseguridade é um calibrador de resultados na produção animal. De um lado, o criador, que precisa arcar com custos de produção como nutrição, mão de obra e medicamentos. De outro, o animal tem que, além de ter boa qualidade, precisa pagar a conta do produtor. E o que, segundo a médica veterinária Débora Bernardes, da empresa MS Schippers, pode fazer com que essa balança se desloque para um lado ou para o outro é a biosseguridade.
 
Ela destacou a importância da gestão destas práticas nas propriedades, durante o Fórum Estadual da Febre Aftosa nesta quarta (18). O evento integrou a 43ª Expoleite e 16ª Fenasul, que acontece no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), até domingo (22/5).
 
Segundo Débora, a biosseguridade tem como objetivo construir barreiras para que microorganismos não consigam infectar os animais.  “Os microorganismos agem como motoqueiros no trânsito. Eles vão desviando de tudo o que podem e passando por qualquer fresta que exista até conseguir infectar um animal”, exemplificou. De acordo com ela, o conceito vem de encontro a preocupações de segurança sanitária, mas também da otimização de recursos utilizados nas fazendas. “Biosseguridade não é um bicho de sete cabeças. Pelo contrário, é fundamental e vai trazer mais lucro, além de proteção, para o plantel e melhores resultados produtivos”.  
 
Na ocasião, a médica veterinária apresentou os principais pilares do Programa HyCare, no qual a higiene é a principal ferramenta para a obtenção de bons resultados na produção. Medidas como manter o ambiente com superfícies impermeáveis, galpão sem pragas, atentar à qualidade da água oferecida aos animais, e ter um manejo otimizado, contribuem na prevenção da contaminação.  “São ações simples, que podem bloquear os agentes patogênicos no geral”.
 
Importância para o status sanitário
 
A biosseguridade é, inclusive, uma das formas de manter o status sanitário do Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Neste mês, o Estado comemora um ano da conquista da certificação concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “Em maio de 2021 nós demos um grande recado ao mundo: no Brasil o sistema de saúde animal está se fortalecendo, está primando pela qualidade, e esse certificado internacional reflete um pouco isso”, ponderou o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Geraldo Moraes. 
 
Segundo ele, hoje, 20% do rebanho bovino em praticamente 20% do território nacional tem reconhecimento de livre de febre aftosa sem vacinação. “Temos um grande desafio que é ampliar gradativamente toda essa condição zoosanitária para o restante do país. E ter a experiência do RS, o conhecimento que é produzido aqui nos ajuda e nos traz indicações e diretrizes para atuar também no restante do país”, afirmou Moraes. 
 
Rogério Kerber, presidente do Fundesa, destacou, ainda, a necessidade de se manter a vigilância ativa, a atenção por parte dos produtores, a fiscalização dos órgãos oficiais, o comprometimento por parte do Estado, além de um fundo compatível com a atividade para a preservação do status. “Entendemos que o produtor é um elo importantíssimo dentro do sistema de defesa, porque aquele que tem presença constante com os seus animais, é ele quem tem que dar o primeiro sinal de alerta, o primeiro movimento, procurando as autoridades sanitárias oficiais ou os técnicos privados no sentido de equacionar as questões”. 
 
O chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Fernando Groff, explicou que o controle de trânsito interno dos animais no RS segue sendo realizado através do registro dessas atividades. “São cerca de 4 mil registros em bovinos por dia, que é o elo principal da cadeia de transmissão. E, claro, tentamos manter as AMRs (atividade de mitigação de riscos), que é aquela barreira que não é fronteira ou divisa”, disse, ressaltando que o maior problema é o trânsito irregular, os produtores que escapam do controle. “E essa é a nossa finalidade em fiscalização e vigilância”, reforçou. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS) 

O que são os 'quadradinhos coloridos' embaixo da caixa de leite?

As pessoas acreditam que os 'quadradinhos' coloridos embaixo da caixinha de leite UHT sinalizam produtos que já entraram no mercado, foram reprocessados pela indústria e voltaram para as prateleiras. Isso gera muita confusão, principalmente para as pessoas sem conhecimentos sobre tecnologia de alimentos.

Essa informação é completamente mentira! 

Imagem 1 - Quadradinhos na caixa de leite



O que são os quadradinhos embaixo da caixa de leite?

São somente teste de embalagem! É, simples assim! As barrinhas coloridas no fundo da caixinha de leite, na verdade, são devido a um teste de cores para garantir a qualidade de impressão nas embalagens e não tem nada a ver com o produto (leite).

Esses quadradinhos servem para que não seja necessário que esse teste seja feito em 100% das embalagens, por isso tem caixinhas de leite que apresentam as barras coloridas e outras não. 

Algumas marcas optaram por colocar em suas embalagens que os quadradinhos em questão são exclusivamente para controle de impressão, como na imagem abaixo. 

Imagem 2. Caixa de leite UHT explicando sobre os 'quadradinhos coloridos'. 
     

Atualmente rolam diversas fake news que acabam se tornando populares em relação ao consumo de lácteos e essas notícias têm impactado de maneira sistêmica o setor lácteo. Sabendo disso, torna-se extremamente importante apresentar dados científicos que passaram pelo julgamento de pesquisadores da área para a comprovação dos fatos. (Milkpoint)




O inverno e a produção de leite

Estamos na estação mais fria do ano! Enfrentamos geada, garoas, nevoeiros e até neve em alguns lugares; um ventinho que parece que vai cair as orelhas de tanto frio... É, minha gente, nesta estação o produtor sofre um bom tanto! É água gelada nas mãos, botas geladas, se bater um dedo então... meu Deus, a dor é horrível!

As temperaturas extremamente frias prejudicam as pastagens, devido ao congelamento da ponta das folhas causado pelas fortes geadas e a temperatura muito baixa por muito tempo.

A água ofertada às vacas fica muito fria e reduz o consumo: vaca não gosta de água gelada, isso provoca cólica. O rúmen do bovino tem uma temperatura de 37º aproximadamente, por isso, se a água servida for muito fria causa um desconforto e uma redução do consumo de até 20%.

As bezerras também ficam desconfortáveis, aumenta o risco de pneumonia e diminui o ganho de peso diário, pois elas gastam para se aquecer a energia que gastariam para ganhar peso. O produtor faz o que pode para reduzir isso, tem quem use capas, outros colocam roupas, lâmpadas, cama de feno... vários são os recursos utilizados para manter aquecidas as bezerras.

Mas nem tudo é negativo! O inverno também traz inúmeras vantagens para a produção de leite.

Já não é novidade que as vacas gostam de frio, a temperatura entre 5°C e 15°C é perfeita para elas. A produção aumenta, pois os animais não sentem estresse térmico, que é um grande sabotador. Emprenham melhor, os melhores índices reprodutivos são alcançados no inverno.

Não tem mosca, não tem carrapato, o produtor economiza em ventilação e aspersão, que são mecanismos usados para amenizar o calor.

Mas as vantagens vão além. Este ano a cigarrinha foi um grande problema da maioria das lavouras de milho e a geada contribui muito no controle desta e de outras pragas. Isto sem falar no ditado dos mais antigos, que fala que se não der geada no inverno, cai granizo no outono. Se é fato, não sabemos, mas sabemos que um inverno precisa de frio, de geadas, de coisas normais para a estação, isso ajuda a regular o clima e as outras estações serem bem definidas.

Mesmo que a gente fique gelado, que não tenha roupa que chegue, que tenhamos a impressão de que os dedos vão cair de gelados, que as mãos e a pele do rosto fiquem ressecados, sabemos da importância do frio e dos benefícios dele, então sejamos gratos ao inverno bem típico, bem definido, com frio e geada dentro da normalidade. (Milkpoint - Educapoint)

Jogo Rápido 

Jovem agricultor de Paulo Bento muda o perfil da propriedade da família
Os números passaram de 11 vacas em lactação para 103. Clique aqui e assista a matéria do Jornal e TV Bom dia. (Via Facebook Jornal e TV Bom dia)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 18 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.663


Medida Provisória altera regra para fixação de tabela do frete rodoviário ANTT passa a publicar normativa sempre que houver oscilação do preço do diesel em 5%
  
Por meio da Medida Provisória nº 1.117, publicada no Diário Oficial da União de 17 de maio de 2022, foi modificada disposição na Lei 13.703 que dispõe sobre a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.
 
Foi determinado que a ANTT deverá publicar nova norma com pisos mínimos sempre que ocorrer oscilação no preço do óleo diesel no mercado nacional superior a 5% em relação ao preço considerado na planilha de cálculos,
para mais ou para menos. A redação anterior previa que a ANTT deveria publicar atualização quando a oscilação no preço do produto fosse superior a 10%.
 
Dessa forma, uma nova tabela determinando os pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado, consideradas as distâncias e as especificidades das cargas e planilha de cálculos utilizada para a obtenção dos respectivos pisos mínimos, em duas situações:
 
1. A cada seis meses, até os dias 20 de janeiro e 20 de julho de cada ano; ou
 
2. Quando ocorrer oscilação no preço do óleo diesel no mercado nacional superior a 5% em relação ao preço considerado na planilha de cálculos de que trata o caput deste artigo, para mais ou para menos.
 
A Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação e tem validade por 60 dias, os quais podem ser automaticamente prorrogados por igual período se, dentro deste primeiro prazo, a MP não tiver a sua votação encerrada em ambas as casas legislativas do Congresso Nacional. Não havendo votação e conversão em Lei dentro do prazo máximo de 120 dias, a MP perde a sua eficácia.
 
Acesse aqui o inteiro Teor da Medida Provisória nº 1.117/2022. (As informações são do Copemi - Fiergs) 

Estratégias para mitigar emissões de metano pelos ruminantes são apresentadas pela Embrapa Pecuária Sul
 
Emissões/Metano - As ferramentas para mitigação das emissões de metano entérico de ruminantes foram o tema da palestra ministrada, no dia 13 de maio, a acadêmicos dos cursos de agronomia, zootecnia e veterinária da Faculdades Integradas do Distrito Federal (UPIS).
 
A palestra, proferida pela pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, Cristina Genro, integrou a programação da Semana Acadêmica do curso de medicina veterinária (XVIII SIMCIAGRI e III SIMVET).
 
“É um público que merece toda a nossa dedicação e empenho em levar uma informação de qualidade e dados confiáveis, porque são os técnicos que vão entrar no mercado amanhã e que estamos ajudando a formar. Estamos levando dados de qualidade e fatos para auxiliar os acadêmicos a formarem a personalidade profissional. E é de extrema importância fazer essas apresentações em semanas acadêmicas para estudantes da área do agro”, destacou Cristina.
 
Como ferramentas de mitigação de GEE, a pesquisadora destacou o manejo da pastagem, a utilização de sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o uso de leguminosas em sistemas pastoris como benefícios na redução do uso de fertilizantes de fontes não renováveis, como a ureia, e fixador biológico de nitrogênio além de melhorar a dieta que vai ajudar na redução do metano.
 
Também foi destacada a suplementação na complementação da pastagem para a melhoria da dieta e acelerador do crescimento animal e também o uso de aditivos e coprodutos que podem, além de melhorar o desempenho, reduzir a emissão de metano. 
 
Quem tiver interesse em conhecer mais os trabalhos desenvolvidos pela Embrapa Pecuária Sul pode acessar o site da Unidade, clicando aqui. (Embrapa) 
 

 
 
 
Uruguai encontra outros destinos para manteiga exportada para Rússia; Brasil entre eles
 
As exportações de manteiga uruguaia, que em janeiro e fevereiro tiveram como destino exclusivo a Rússia e registraram queda geral em março após o início da Guerra na Ucrânia, apresentaram em abril uma recuperação tanto ao nível dos valores exportados quanto do volume. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale), as exportações de manteiga atingiram um faturamento de US$ 7.571.887 no quarto mês do ano, mais que o dobro dos US$ 3.431.254 de março, primeiro mês sem exportações para a Rússia. 
 
O nível das colocações em dólares de abril também foi superior às vendas de fevereiro (US$ 5,6 milhões), embora ainda não tenham atingido as de janeiro, que ultrapassaram US$ 8,9 milhões e das quais apenas a Rússia comprou US$ 6,3 milhões. As exportações de produtos também foram maiores na comparação mensal contra abril de 2021. No ano passado, no quarto mês do ano, as colocações atingiram um faturamento de US$ 4 milhões. O peso da Rússia nas exportações de manteiga foi relevante para o Uruguai antes da guerra na Ucrânia, naquele que se tornou o principal destino desse produto. 
 
Após a invasão, houve incerteza entre autoridades governamentais e empresas do setor, dominadas pela Conaprole. No entanto, após uma queda inicial em março, as colocações mostraram maior diversificação, pelo menos em abril. Com base nos registros da Direção Nacional de Aduanas, o principal mercado comprador em abril foi o Brasil com US$ 2,1 milhões, seguido pelo Egito com quase US$ 1,2 milhão, enquanto Bahrein e África do Sul compraram mais de US$ 800 milhões cada, e China por US$ 676 milhão. Enquanto isso, em uma segunda linha, Chile e Arábia Saudita fecharam exportações em abril por cerca de US$ 400 milhões, enquanto Marrocos e Iraque o fizeram por cerca de US$ 230 milhões cada. Ao longo do primeiro trimestre do ano, incluindo março, a Rússia foi o principal destino das colocações uruguaias desse produto. 
 
Com base nos dados da Inale, o mercado russo representou 51% das colocações nesse período, embora nenhum produto tenha sido colocado em março. O segundo mercado mais importante nos primeiros três meses do ano foi o Egito (11% do total) seguido pela África do Sul (7%). No total de 2021, a Rússia foi o destino de 52% das colocações, seguida pelo Brasil (10%), Geórgia (8%), Bahrein (5%) e Egito (4%). Em volume, em abril foram exportadas 1.360 toneladas de manteiga, o que também marcou a recuperação em relação às 658 toneladas de março e foram superiores às 1.156 de fevereiro. Já em janeiro, foram colocadas 2.009 toneladas. As vendas para o exterior no nível de volume também foram maiores na comparação com abril de 2021, quando foram colocadas 1.002 toneladas. 
 
O aumento do faturamento em abril veio acompanhado do aumento do preço médio da tonelada, segundo Inale. A média recebida no quarto mês do ano foi de US$ 5.566 para os produtos uruguaios desse setor, que vem crescendo desde janeiro, quando foi recebida uma média de US$ 4.459 por tonelada. (As informações são do Bloomberg Línea, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Jogo Rápido 

NO RADAR: 900 milhões - Seguro Rural 2022 
900 milhões é o valor a ser liberado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a subvenção do seguro rural em 2022. A estimativa é de que possibilite apoio na contratação de cerca de 140 mil apólices no país. Do total a ser disponibilizado, R$ 500 milhões serão para as culturas de inverno, R$ 324 milhões para as culturas de verão e, o restante, para frutas, pecuária, florestas e demais produtos. (Zero Hora)