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12/06/2020

Porto Alegre, 12 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.239

IBGE confirma aumento na captação no 1° Trimestre de 2020

O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 10/06, os dados oficiais do primeiro trimestre de 2020 da Pesquisa Trimestral do Leite. A prévia, divulgada em meados de maio apontava para um crescimento de 1,4% em relação ao mesmo trimestre de 2019, os dados consolidados oficiais, por sua vez, reforçam este aumento, e registram crescimento de 1,8% na comparação do mesmo período. O volume de 6,3 bilhões de litros captados nos primeiros três meses deste ano é, porém, 5,5% inferior ao captado no trimestre anterior, 4°T de 2019, período em que, historicamente ocorre a maior captação. O gráfico 1 mostra a evolução da variação do volume captado em um trimestre, em relação ao ano anterior.

Gráfico 1. Captação formal: Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado baseado em dados do IBGE.

Como ressaltado na divulgação dos dados prévios, e comprovado a partir dos dados oficiais, apesar do aumento em relação a 2019, é possível observar uma desaceleração no crescimento dos volumes de captação ao longo do trimestre. Em março de 2020, volume captado é 0,2% menor que no mesmo mês de 2019. Os primeiros meses deste ano foram marcados por aumento nos custos de produção e instabilidades climáticas, que acarretaram na redução do volume de chuvas em regiões produtoras, limitando o crescimento da produção de leite.

O aumento dos custos de produção, causado pela alta nos preços dos grãos, base da alimentação animal, influenciou diretamente na redução da rentabilidade dos produtores ao longo do primeiro trimestre de 2020. O indicador Receita Menos Custo de Ração, calculado pelo MilkPoint Mercado, foi 11% menor no 1°T/2020, em relação ao 1°T/2019, como mostra o gráfico 2. Este resultado ruim para os produtores impacta na redução da produção e captação do leite pelas indústrias.

Gráfico 2. Evolução do indicador Receita Menos Custo da Ração (RMCR). 
 
Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do DERAL/SEAB/PR e do Cepea.
Avaliando a variação da captação entre as regiões do Brasil, o Centro-Oeste foi a única a apresentar redução no volume captado no primeiro trimestre de 2020, em relação a 2019, com 20,6 milhões de litros a menos, -2,4%. A região Sudeste foi a maior captadora de leite no período, 2,52 bilhões de litros, e aumento de 2,8% frente a 2019; seguida pela região Sul, com 2,27 bilhões de litros, e aumento de 1,6%. A região Nordeste captou 405 milhões litros, aumento de 4,5% e a região Norte, 276 milhões de litros, aumento de 1,6%. (Milkpoint)
                    

Estiagem e pandemia fazem PIB gaúcho cair 3,3% no primeiro trimestre

No Brasil, a queda entre janeiro e março foi de 0,3%

Por conta da estiagem que atingiu fortemente o Rio Grande do Sul e da pandemia do coronavírus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado caiu 3,3% no primeiro trimestre de 2020. O resultado foi puxado pelo desempenho negativo da agropecuária, que caiu 14,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, seguido da Indústria (-4,6%) e dos Serviços (-1,2%). No país, a queda entre janeiro e março foi de 0,3%. O cálculo do PIB no Rio Grande do Sul é feito pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), a partir de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de chuvas afetou de forma decisiva a produção de soja (-27,7%), milho (-19,3%) e fumo (-22%), produtos importantes da matriz econômica gaúcha. Os dados do 1º trimestre de 2020 foram divulgados por meio de videoconferência. 

Tanto pelo impacto da estiagem quanto pelos efeitos iniciais da pandemia, o resultado negativo já era esperado pelos economistas do DEE. "Os impactos da estiagem não se restringem ao primeiro trimestre. Ainda veremos seus efeitos no segundo trimestre do ano", afirmou o pesquisador e economista do DEE/Seplag, Martinho Lazzari, que apresentou o resultado do PIB gaúcho.

Segundo Lazzari, o impacto da Covid-19 afetou tanto pelo lado da demanda quanto pelo lado da oferta. "O fato de ser uma pandemia, afeta todas as economias, inclusive os parceiros comerciais", explicou. A chefe da Divisão de Indicadores Estruturais do DEE, Vanessa Sulzbach, disse que ainda que o impacto da crise decorrente do novo coronavírus venha a ser maior no segundo trimestre, a interrupção das atividades já em março e a mudança de comportamento dos consumidores e empregadores no mês de março contribuiu para a taxa de -3,3% do primeiro trimestre.

Mesmo com o desempenho abaixo do esperado nas culturas de verão, alguns produtos apresentaram um desempenho positivo no período. Foi o caso da uva (+12,3%), arroz (+4,4%) e maçã (+4,1%). Na indústria, a única atividade com indicador positivo foi a indústria extrativa mineral (+1,8%). Em função da pandemia, a construção civil (-3,8%), eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-18%) e a indústria de transformação (-2,6%) registraram quedas e tiveram desempenho inferior ao do Brasil.

Afetado pela pandemia da Covid-19, o setor de serviços teve queda puxada pelo comércio (-2,8%) e outros serviços (-4%). Registraram alta as atividades de transportes, armazenagem e correio (+1,5%), serviços de informação (+0,9%) e atividades imobiliárias (+1,3%) registraram alta.

Também registraram alta, no comércio, durante o período de pandemia o segmento de hipermercados e supermercados (+6,8%), artigos de uso pessoal e doméstico (+9,4%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+1,7%). Na outra ponta, foi registrada queda na venda de tecidos, vestuários e calçados (-23,5%), veículos (-14,8%), combustíveis e lubrificantes (-9,1%) e móveis e eletrodomésticos (-13,45). (Correio do Povo)

RS: Secretaria da Agricultura alerta para surtos de Tristeza Parasitária Bovina

Todo final de outono, os pecuaristas gaúchos já sabem: é hora de controlar o carrapato bovino para evitar contaminações por Tristeza Parasitária Bovina (TPB), um complexo de três agentes que podem ser transmitidos por este parasito e que é a principal causa infecciosa de mortes em bovinos no Rio Grande do Sul. 

Este ano, porém, uma elevação de casos de TPB ligou o sinal de alerta no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), vinculado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

“Mesmo tendo em conta que nesta época há um aumento esperado nos casos, nas últimas três semanas, a quantidade de amostras recebidas para diagnóstico de TPB no IPVDF mais que duplicou em relação aos últimos anos”, alerta o médico veterinário José Reck, do Laboratório de Parasitologia do Instituto, responsável pelo diagnóstico desta enfermidade. Reck destaca a importância de os produtores redobrarem a atenção neste momento, procurando o diagnóstico confirmatório dos casos. “A definição de qual dos agentes infecciosos está causando cada surto é essencial para propor planos de controle e prevenção de novos casos”, explica.
Nesta semana, a secretaria está conduzindo uma ação integrada dos departamentos de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) e de Defesa Agropecuária (DDA) para investigação de casos suspeitos de Tristeza Parasitária Bovina na região de Santa Vitória do Palmar, considerada naturalmente livre de carrapatos. “Por ter essa particularidade, os animais desta região não têm imunidade para a TPB, o que pode levar a grandes perdas na ocorrência de surtos”, detalha o médico veterinário Bruno Dall’Agnol.

Ações de controle do carrapato são necessárias para evitar que os surtos continuem ou se ampliem. “A Seapdr oferta periodicamente treinamentos e dias de campo para grupos de produtores no interior do Estado sobre controle de carrapato e TPB”, ressalta a médica veterinária Rovaina Doyle, do Laboratório de Parasitologia do IPVDF. Mais informações sobre a oferta destes treinamentos podem ser obtidas pelo e-mail contato-ipvdf@agricultura.rs.gov.br.

Tristeza Parasitária Bovina
Transmitida pelo carrapato, a Tristeza Parasitária Bovina é responsável pela perda de 100 mil animais por ano no Rio Grande do Sul, segundo estimativas da Seapdr. A TPB também causa prejuízos devido à anemia e redução no ganho de peso do rebanho, bem como redução na produção de leite. Segundo dados compilados nos últimos dez anos pelo DDPA, o final do outono e final da primavera concentram a maior parte dos casos de TPB no Estado. (SEAPDR)   
               

Lactalis fatura 11% em 2019
O grupo lácteo francês Lactalis consolida sua posição como líder mundial. Recentemente anunciou que seu faturamento em 2019 havia aumentado 11% em comparação com 2018 alcançando a cifra de 20.000 Milhões de Euros. Nos últimos 10 anos, a Lactalis vem apresentando seu maior crescimento entre os grupos de alimentos, e nesse período seu faturamento aumento em 11.4000 Milhões de Euros. O lucro líquido consolidado caiu para 318 Milhões de Euros devido à depreciação dos ativos. A dívida do grupo subiu para 5.800 Milhões de euros, vinculada a nove aquisições realizadas em 2019. Seu lucro caiu 25% em relação a 2018. A Lactalis investiu 3% de seu faturamento em 2019. Na França, nos últimos 5 anos, o Grupo investiu 900 Milhões de Euros em 65 indústrias. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

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