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Porto Alegre, 14 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.305

Encontro virtual reúne adidos agrícolas de 22 países

De 14 a 18 de setembro, estão sendo discutidos temas sobre a internacionalização do agronegócio brasileiro

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) organizam, de 14 a 18 de setembro, o 2º Encontro dos Adidos Agrícolas Brasileiros.

A abertura do evento foi realizada na manhã desta segunda-feira (14), com pronunciamentos da ministra Tereza Cristina, do ministro Ernesto Araújo,  do presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, além do deputado federal Alceu Moreira, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. A cerimônia foi transmitida ao vivo, a partir do auditório da Apex-Brasil.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destacou a importância da sintonia entre governo, Congresso e setor privado. “Nossa missão compartilhada é tratar a agropecuária brasileira de forma integral. Juntos poderemos implementar, efetivamente, a diplomacia do agronegócio nacional. Temos ajudado a sustentar a economia nacional. Somos o único PIB setorial que cresceu, o único segmento que ampliou exportações. Metade da pauta exportadora do país vem do agro e fizemos isso sem descuidar do abastecimento interno. Juntos continuaremos a construir uma agropecuária que trará prosperidade a toda a sociedade brasileira e a nossos parceiros ao redor do mundo”.

Tereza Cristina anunciou ainda três novos adidos agrícolas a partir deste ano, que ficarão estabelecidos na França (Paris), na Alemanha (Berlim) e na Austrália (Camberra). Os países foram escolhidos por sediarem a Organização Mundial da Saúde Animal e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, para ampliar a comunicação do agro brasileiro na Europa e por serem importantes players no mercado agrícola mundial. 

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, lembrou que o agronegócio brasileiro manteve a trajetória de crescimento, a despeito da recessão que atinge muitos países e da pandemia, inclusive com a abertura de novos mercados para dezenas de produtos. “Um dos fatores importantes para esse sucesso é o alto grau de integração do trabalho do Itamaraty, Apex-Brasil e Mapa, sempre em diálogo franco, aberto e produtivo com o setor privado e com o Parlamento. Tanto no Brasil quanto no exterior a colaboração se expandiu ainda mais com a ampliação da rede de adidos agrícolas e com as ações da Apex-Brasil, que tem atuado com competência e agilidade na organização e promoção de feiras, rodadas de negócios, projetos compradores e eventos diversos em intensa atuação com as embaixadas brasileiras”, disse o ministro.

Acordos de Cooperação: Na ocasião, foram assinados dois acordos de cooperação entre a Apex-Brasil e o Mapa, estabelecendo parceria para ações de promoção comercial, atração de investimentos e de integridade.  Os objetivos dos acordos incluem o fortalecimento e a uniformização da agenda de promoção internacional da cadeia do agronegócio; a inserção de novas empresas no comércio internacional, bem como ampliação da presença daquelas que já exportam; a atração de investimentos estrangeiros para o setor; a internacionalização de empresas e o estímulo ao empreendedorismo e à inovação no setor.

A ministra Tereza Cristina disse que uma das metas dos acordos é a realização de, pelo menos, 15 feiras internacionais até o final de 2021. Segundo ela, os acordos vão unificar a estratégia de atuação, permitindo ganhos de escala e otimização de recursos, além de alavancar a divulgação do trabalho inovador e sustentável da agropecuária. “Cada grão de soja, de milho, cada fibra de algodão ou litro de biocombustível, cada pedaço da produção nacional traz tecnologia de ponta, cinco décadas de investimento público, traz as rígidas exigências de nosso Código Florestal. Não exportamos simplesmente bens primários: exportamos, sobretudo, inovação e preservação ambiental, em cada um de nossos produtos”, ressaltou.

No âmbito da integridade, os compromissos incluem a produção de estudos sobre o tema; a criação de grupos de trabalho para discussão técnica sobre integridade; a preparação de material técnico; organização de seminários, congressos e workshops voltados para empresas privadas e cooperativas. “Em muitas das nossas iniciativas, já contamos com a parceria assídua do MRE e do Mapa. Essa sinergia é crescente e será ampliada por meio dos acordos de cooperação hoje assinados. Juntos, vamos trabalhar para que o Brasil se destaque cada vez mais pela sua confiabilidade e pelo estrito cumprimento dos compromissos assumidos junto aos seus clientes internacionais, mesmo na situação excepcional que vivenciamos. Isso claramente reforça a situação do País como protagonista no atendimento da segurança alimentar global, sempre de modo sustentável”, comentou o presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Alceu Moreira, enfatizou a importância da parceria para que mais produtores rurais tenham acesso ao mercado internacional. 

Temas em discussão: O evento reúne adidos agrícolas de 22 países, representantes dos departamentos de agricultura de embaixadas brasileiras e dos escritórios internacionais da Apex-Brasil. Durante a semana, eles discutem com representantes do Governo Federal e do setor privado, temas sanitários e fitossanitários, negociação e promoção comercial, cooperação, investimentos, biodiversidade, entre outros.

Em um dos painéis realizados ao longo da semana, a Apex-Brasil vai apresentar sua estratégia para o Agronegócio, incluindo ações de promoção de exportações, inteligência de mercado e atração de investimentos, com foco na agregação de valor à pauta de exportação e na diversificação de mercados. O evento está sendo realizado em formato virtual por meio da plataforma MS Teams.  (MAPA)

 
                     

Com alimentos sob pressão, BC deve manter juro em 2%
Esta semana deve ser marcada pela pausa no recente ciclo de cortes na taxa básica de juro do país. Depois de nove reduções consecutivas, o Banco Central (BC) tende a manter a Selic inalterada, na mínima histórica de 2% ao ano, indicam analistas do mercado financeiro.

O Comitê de Política Monetária do BC (Copom) discute o tema a partir de amanhã. O resultado da reunião sai na quarta-feira.
Com a pressão gerada pela pandemia, o colegiado foi forçado a cortar a Selic nos últimos meses. A questão é que as reduções tendem a levar algum tempo até provocarem efeitos mais robustos em linhas de crédito para consumidores e empresas. Em períodos de crise, esse movimento fica ainda mais complicado, já que bancos enxergam mais riscos no horizonte, como aumento no desemprego e na inadimplência.

Após a reunião mais recente, em agosto, o Copom não fechou a porta para novas reduções na taxa de juro. Contudo, reconheceu que o espaço para cortes seria "pequeno".

De lá para cá, surgiram elementos que sustentam a projeção de Selic inalterada nesta semana. O principal é o choque em preços de alimentos. Na teoria, pressões sobre a inflação, que segue controlada na média, fazem o Copom adotar cautela em relação ao juro básico.

- Em agosto, o BC tinha sinalizado que a reunião de setembro seria para parar e ver o que estaria acontecendo. Há informações novas, como o choque de alimentos e as dúvidas fiscais. Faz sentido parar para olhar - avalia o economista-chefe do banco BNP Paribas no Brasil, Gustavo Arruda (leia entrevista ao lado).

O preço salgado de alimentos tem ligação com o dólar em patamar elevado, acima de R$ 5. Produtos básicos são cotados em moeda americana no mercado internacional. A alta no dólar, por sua vez, está relacionada ao juro na mínima histórica.

Ao mesmo tempo em que tenta estimular aportes de empresas para aumento de produção, a Selic em baixa faz com que parcela de investidores estrangeiros deixe o país. Isso ocorre porque a diferença fica menor entre o juro de aplicações no Brasil e o registrado em outras regiões. Assim, correr mais riscos no país, com retorno inferior ao de outras épocas, acaba afastando parte dos investidores. A saída de estrangeiros reduz a quantidade de dólares no Brasil, o que incentiva a alta na moeda. (Zero Hora)

Após cinco meses, arrecadação de ICMS volta a crescer no Estado 
Depois de cinco meses consecutivos de variações negativas em decorrência da pandemia, a arrecadação de ICMS no Rio Grande do Sul voltou a apresentar crescimento. Em agosto, o desempenho foi 1,7% (R$ 50 milhões) superior ao registrado no mesmo período de 2019, em números atualizados pelo IPCA. Os dados constam na 24ª edição do boletim sobre os impactos da Covid-19 nas movimentações econômicas dos contribuintes de ICMS do Estado.

Após fechar o primeiro trimestre do ano com crescimento real de +3,5%, apesar da queda de -0,3% contabilizada em março, o desempenho havia sido de -14,8% (R$ 450 milhões) em abril, -28,6% (R$ 825 milhões) em maio, -13,9% (R$ 400 milhões) em junho e -5,3% (R$ 150 milhões) em julho.

 “O mês de agosto registrou o melhor resultado desde o início da crise, o que corrobora o movimento de retomada gradual das atividades econômicas. Entretanto, no acumulado do ano ainda estamos com queda de -6,2%, ou seja, arrecadamos R$ 1,47 bilhão a menos em ICMS do que em 2019”, explica Ricardo Neves Pereira, subsecretário da Receita Estadual. 

Na visão da arrecadação por setores, conforme os Grupos Especializados Setoriais da Receita Estadual, também foram verificados avanços. Em agosto, dez segmentos apresentaram variação positiva no indicador, frente a seis em julho, três em junho e apenas dois em maio e abril. Os melhores resultados ocorreram nos setores de Transportes (+122,7%), Eletrônicos e Artefatos Domésticos (+27,6%) e Supermercados (+24,1%). Os piores desempenhos foram nos ramos de Calçados e Vestuários (-44,4%), Combustíveis e Lubrificantes (-19,2%) e Veículos (-11,5%). (Jornal do Comércio)
           

 
Compost barn vira alternativa para aumentar produtividade
Após visitar propriedades em outras regiões do Estado, o pecuarista Davi de Moraes Gass se tornou o primeiro de Santa Cruz do Sul a implantar a técnica de confinamento conhecida como compost barn (estábulo com compostagem) na propriedade em Cerro Alegre Alto. O método visa reduzir custos de implantação e manutenção, melhorar índices produtivos e sanitários dos rebanhos e possibilitar o uso correto de dejetos orgânicos provenientes da atividade. O agricultor ergueu um galpão de 1,3 mil metros quadrados com capacidade para 72 vacas leiteiras confinadas. A estrutura física coberta visa melhorar o conforto e bem-estar dos animais e, consequentemente, aumentar os índices de produtividade. Entre as vantagens, Gass cita o aumento da produção em área menor. E como não haverá o pisoteio dos animais em áreas produtivas, poderá aproveitar melhor este espaço para o cultivo de milho e feno. Além disso, a técnica reduz o serviço, pois não há necessidade de manejar os animais. O produtor conta com 52 vacas da raça Holandês e uma produção média de 1,7 mil litros por dia. O volume já aumentou cerca de 20% por animal com o novo sistema. (Correio do Povo)
 

 

 

Porto Alegre, 11 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.304

Anuário do leite

Publicação reúne 34 artigos em 104 páginas. São conteúdos exclusivos sobre os temas mais importantes relacionados à cadeia de produtos lácteos. 

A cadeia do leite no pós-Covid, a produção com foco em bem-estar animal e sustentabilidade, as novas exigências dos consumidores, a vaca que produz mais e consome menos, o novo ambiente nas fazendas para ter vacas e pessoas felizes. Estes são alguns dos 34 temas do Anuário Leite 2020, da Embrapa Gado de Leite, que já está disponível para download no site da empresa. 

O Anuário Leite 2020 é resultado de parceria da Embrapa Gado de Leite com o jornalista Nelson Rentero, que tem mais de 30 anos dedicado à cadeia do leite, e a Texto Comunicação, responsável pela produção editorial. “Esta é a terceira edição do anuário, que está cada vez melhor porque evolui conforme as novas diretrizes e necessidades do mercado”, destaca Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite.

“A proposta do anuário é reunir em uma única publicação as reportagens, estatísticas e conteúdos mais importantes para que todos os agentes envolvidos na cadeia dos produtos lácteos estejam bem informados sobre a agenda temática do setor, que movimenta mais de R$ 80 bilhões por ano”, resume o editor Nelson Rentero.

Ter vacas e pessoas felizes é o propósito realizado pela Embrapa Gado de Leite. O compost barn instalado na fazenda de Coronel Pacheco (MG) é o mais recente investimento da empresa e representa com fidelidade o novo horizonte da atividade leiteira no Brasil. “Bem-estar animal e produção sustentável estão na ordem do dia do leite. É preciso criar vacas felizes e fazer as pessoas felizes. É a combinação perfeita para projetar ainda mais essa cadeia fantástica”, detalha Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite.

O Anuário Leite 2020 teve a coordenação técnica da zootecnista Rosangela Zoccal. Os conteúdos são assinados pela equipe de pesquisadores da Embrapa Gado de Leite, pelos jornalistas Nelson Rentero e Altair Albuquerque, além de contribuições de especialistas em vários campos de atuação.

As reportagens especiais também destacam a importância da produção direcionada para o atendimento das demandas dos consumidores. Nesse campo, entram o leite orgânico, o queijo artesanal, as embalagens, os produtos funcionais. “Também incluímos conteúdos sobre normas de qualidade, uso racional de água, enfermidades importantes, artigos assinados e duas entrevistas exclusivas. O pesquisador Marcus Vinícius Barbosa da Silva, da Embrapa Gado de Leite, detalha as características da vaca do futuro, e Roberto Jank Jr., proprietário da Agrindus mostra como obtém lucro com o leite”, informa Nelson Rentero.

Além das reportagens especiais, o anuário reúne as mais importantes estatísticas do leite no Brasil e no mundo, incluindo dados de produção (maiores produtores, laticínios, estados, regiões), demanda, preços/custos, exportação/importação, mercado dos Estados Unidos, China e Índia. O Anuário Leite 2020 está disponível para download em arquivos.  (Embrapa)

                     

Produtor investe em leite A2 e vê demanda crescer 300% em dois anos

Como a produção depende do DNA da vaca, o criador tem que fazer cruzamentos para obter combinação genética específica

A fazenda Agrindus, em Descalvado (SP), produz leite desde a década de 1940. Nos últimos dois anos, o proprietário Roberto Jank decidiu investir em leite tipo A2. A demanda pelo produto aumentou 300% nesse período, mesmo sendo um leite, em média, 15% mais caro em relação ao tipo A. “Pela qualidade alta e baixa carga bacteriana que ele carrega, tem uma vida bastante razoável. Meu leite, por exemplo, dura 18 dias na geladeira”, conta.

A produção do leite A2 depende, basicamente, do genoma da vaca, que é a sequência completa de DNA. São três sequências de genes possíveis: A1 A1, A1 A2 e A2 A2. Às vezes, é preciso fazer o cruzamento genético para obter a combinação A2 A2. “O A1 foi uma mutação que ocorreu a 10 mil anos atrás E a mudança de apenas um pedacinho dessa proteína acaba causando essa reação em muitas pessoas”, conta a médica-veterinária Roberta Zuge.

O manejo das vacas é praticamente o mesmo, mas é preciso separar animais A2 A2 para identificá-los e obter o selo de certificação.

Outro fator importante é investir no bem-estar do rebanho. “O importante é que você ter, na sua propriedade, uma maior quantidade de sombra e evitar manejar animais em horário de extremo calor. Quando um animal precisa ser ordenhado, tem que estar no maior nível de conforto possível”, conta o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinicius da Silva. (Canal Rural)

Exportações/UR

O Brasil voltou a ser o principal comprador dos lácteos uruguaios em agosto, destronando a Argélia. 

As exportações totais de lácteos somaram 17.888 toneladas, 16% abaixo das 21,363 toneladas de julho e 14% menos que o volume exportado em agosto do ano passado, de acordo com dados da Alfândega.

A Argélia mostrou forte retrocesso em suas compras, que em agosto foram as mais baixas desde setembro do ano passado, com apenas 2.252 toneladas. Os envios a esse destino caíram 77% em relação às 9.658 toneladas exportadas em julho e 70% em comparação com o volume de agosto de 2019. Dessa forma passou do primeiro postos para o terceiro em volume de compras. A maior parte do volume de leite em pó integral ao preço médio de US$ 2.801 a tonelada.

Por outro lado, o Brasil mostrou seu quarto mês consecutivo de crescimento ao comprar 6.611 toneladas. Trata-se do maior volume mensal exportado para esse destino desde maio de 2019. O principal produto importado pelo Brasil foi o leite em pó integral, com 4.909 toneladas ao preço médio de US$ 3.096.

A China foi o segundo principal destino dos lácteos uruguaios em agosto, com 4.326 toneladas. Trata-se do maior volume registrado desde março de 2014. Do total, 3.875 toneladas foram de leite em pó integral ao valor médio de US$ 3.059.

Nos primeiros oito meses do ano o Uruguai exportou 132.939 toneladas pelo valor total de US$ 393,2 milhões. Isto fica 3,4% abaixo das 137.672 toneladas enviadas de janeiro a agosto de 2019, e 3,2% menos que os US$ 406,4 milhões faturados um ano atrás. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)               

 
Presidência Mundial da Federação Internacional do Leite (FIL/IDF) será indicada pelo Comitê Brasileiro FIL/IDF
O Comitê Brasileiro FIL/IDF indicou para a Diretoria da FIL/IDF (Board of Directors FIL/IDF), o Dr Piercristiano Brazzale, representante da Associada Brazzale, para candidato à Presidência Mundial da FIL/IDF, cuja votação se realizará na Assembleia Geral da organização no dia 2 de novembro de 2020. O mandato da Presidência é de 4 anos, sem reeleição. Sobre a FIL/IDF: Fundada em 1903, a FIL/IDF tem sede na Bélgica e representa 42 países, responsáveis por cerca de 80% da produção mundial de leite, sendo a única representação global do setor lácteo. (Terra Viva)
 

 

  

Porto Alegre, 10 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.303

Recepção de leite no 2º trimestre de 2020
No 2º trimestre de 2020, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,76 bilhões de litros, equivalente à redução de 1,7% em relação ao 2° trimestre de 2019, e retração de 9,3% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. 
No Gráfico I.12 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que os 2° trimestres regularmente apresentam a menor captação ao longo dos anos, devido à etapa de entressafra nas principais bacias leiteiras do País. 
Os efeitos da pandemia de COVID-19 também impactaram o setor ao reduzir o consumo de derivados lácteos. Apesar disso, considerando a série histórica, iniciada em 1997, o resultado representa a terceira maior captação de leite acumulada em um 2° trimestre, superada pelos períodos equivalentes do ano anterior e de 2014. 
O mês de maior captação dentro do segundo trimestre de 2020, foi abril, no qual foram contabilizados 1,94 bilhão de litros de leite.
 
                     

Manteiga com Flor de Sal é a novidade gourmet da Piracanjuba
O termo gourmet, de origem francesa, passou a fazer parte do vocabulário e das escolhas dos brasileiros que, atentos às tendências da alta cozinha, se esmeram em criar e decifrar sabores. Nas degustações, os ingredientes de qualidade fazem a diferença. E quem entende desse assunto é a Piracanjuba que, desde 1955, seleciona o que há de melhor em matéria-prima para a Manteiga de primeira qualidade, o produto número 1 do portfólio da marca. Utilizando creme de leite com baixa acidez e sabor suave, a marca aperfeiçoou o que os consumidores já aprovaram e agora, apresenta a Manteiga Flor de Sal Piracanjuba, em embalagem metálica de 200 gramas.
 
“Pensando em surpreender os consumidores, fomos atrás de uma opção refinada, que mantivesse as características de qualidade e tradição da Manteiga Piracanjuba e, ao mesmo tempo, tivesse a experiência gourmet. O resultado é um produto que permite a suave sensação de cristais de sais derretidos na boca, o que proporciona um sabor diferenciado, com tempero na medida do paladar”, descreve o Diretor de Refrigerados, Cláudio Henrique Sales Costa.

Os raros cristais de Flor de Sal são 100% naturais e artesanais. Sensíveis às condições climáticas, eles necessitam de muito sol, brisa suave e baixa unidade para se precipitarem. Depois disso, são coletados artesanalmente em períodos específicos nas superfícies das salinas, constituindo um produto natural da mais alta qualidade. Além de manter todo aroma do mar, a Flor de Sal contém mais de 80 minerais e oligoelementos. Ao mesmo tempo, o teor de cloreto de sódio, o principal componente do sal, é relativamente baixo.

“A Manteiga Piracanjuba de primeira qualidade, por ser um produto com umidade próxima a 16%, interage com os cristais de Flor de Sal, que proporcionam a experiência sensorial dos pontos de salmoura dispersos pontualmente no produto, sem, contudo, alterar o teor de sal”, reforça Cláudio.

A Manteiga Flor de Sal Piracanjuba estará disponível para vendas a partir de setembro e possui validade de 6 meses. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Piracanjuba)

Vendas de leite A2 crescem nos EUA e demonstram grande potencial
Um tipo relativamente novo de leite, chamado leite A2, chegou ao mercado dos EUA. O leite agora é vendido em 20.000 lojas nos EUA, incluindo muitos varejistas grandes. As vendas de leite A2 estão crescendo rapidamente, mas o mercado total, tanto lá quanto no exterior, é relativamente pequeno, avaliado em US$ 6 bilhões a US$ 7 bilhões. No entanto, o potencial de crescimento é enorme. O MarketWatch observa que o mercado deve crescer a uma taxa média composta de 22% entre 2020 e 2025, alcançando US$ 22 bilhões em vendas até 2025.

Embora os estudos sobre os benefícios do leite A2 sejam escassos e muitas vezes conflitantes, alguns resultados mostram ele pode ser mais fácil de digerir para algumas pessoas que pensam que são intolerantes à lactose – um açúcar do leite, mas que na realidade podem ser sensíveis à proteína A1 do leite. Para essas pessoas, beber leite A2 pode resultar em menos problemas digestivos e inchaço do que beber leite convencional ou sem lactose, mostram os estudos.

De acordo com Betty Berning, analista do Daily Dairy Report, “o leite A2 distingue entre duas proteínas beta-caseína encontradas no leite de vaca, A1 e A2. A2 é uma característica recessiva, o que significa que uma vaca deve ter duas cópias do gene a2 para produzir leite A2.”

Algumas pessoas consideram a proteína A2 uma forma mais natural de beta-caseína, devido à possibilidade de o gene A1 ser uma mutação, diz Berning. Os cientistas acreditam que a razão de haver duas versões da proteína beta caseína, A1 e A2, foi uma mutação genética que ocorreu na época em que o gado foi domesticado na Europa – cerca de 5.000 a 10.000 anos atrás. Naquela época, Berning diz que se acredita que o gene A1 mutado se espalhou pela população de gado na Europa e nos Estados Unidos.
A a2 Milk Company, com sede na Nova Zelândia, a maior empresa que vende leite A2, relatou ganhos fiscais de US$ 1,13 bilhão em 2020, um aumento de 33% em relação a 2019. A maioria dos lucros da empresa se origina de seus produtos de nutrição infantil vendidos principalmente na Austrália, Nova Zelândia e China. As vendas da empresa nos EUA de US$ 43 milhões são exclusivamente leite fluido.

“As vendas da empresa nos EUA, embora representem apenas uma pequena parte das vendas totais, estão crescendo rapidamente”, observa Berning. “As vendas da empresa nos EUA em 2020 cresceram 91% em relação ao ano anterior, apesar do produto ser vendido por um preço mais alto, de US$ 4 por 1,7 litros. Isso é mais do que o dobro do preço do leite convencional.”
O crescimento não passou despercebido pela indústria de laticínios dos EUA. “Alguns produtores de leite começaram a converter seus rebanhos para todas as vacas A2 e alguns estão até mesmo engarrafando e comercializando seu leite, porque existem opções limitadas para vender leite A2 diretamente a um engarrafador dos EUA com um preço premium”, disse Berning.

As empresas de genética estão ansiosas para capitalizar no leite A2. Cerca de 60% dos touros oferecidos por empresas de sêmen são agora a2a2, o que significa que eles têm duas cópias do gene A2, disse Brand Heins, cientista leiteiro do Centro de Pesquisa e Extensão West Central em Morris, Minnesota, ao Daily Dairy Report. Além disso, as empresas de genômica dos EUA agora oferecem serviços de teste que variam de US$ 25 a US$ 40 para determinar se uma vaca tem dois genes A2.

“Seria fácil para as fazendas converterem suas vacas em A2A2 por meio de programas de melhoramento”, disse Berning, observando que raças como Guernsey, Jersey, Brown Swiss e Normande Red têm maior probabilidade de carregar o gene recessivo do que Holsteins.

Se os consumidores mostrarem que estão dispostos a pagar mais por leite A2, a indústria de laticínios pode aumentar rapidamente a produção A2, observa ela. “Mas se os suprimentos aumentassem substancialmente, isso poderia corroer o prêmio A2 com o tempo”, acrescenta ela. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
               

 
Ministério da Agricultura confirma bloqueio no orçamento e corte de recursos da Embrapa
O Ministério da Agricultura confirmou que sofreu um bloqueio de R$ 249,5 milhões do orçamento deste ano, conforme antecipou o Valor. Desse total, R$ 118,5 milhões são recursos destinados à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que prevê dificuldades para manter as operações caso o montante não seja recomposto rapidamente. Ontem, o presidente da estatal, Celso Moretti, se reuniu com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e dirigentes da Pasta para tratar do assunto. A avaliação de quem acompanha a questão é que existe sensibilidade da cúpula ministerial para encontrar uma solução, mas que essa solução não é simples. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também deve agir para tentar recompor o orçamento da Embrapa no Congresso Nacional. “A Pasta entende o momento de ajuste fiscal que o país está enfrentando e vai avaliar os impactos dessa decisão”, disse o ministério, em nota. “Durante as discussões sobre a lei orçamentária no Congresso Nacional, o ministério vai trabalhar para conseguir reforçar as verbas destinadas à Pasta, envolvendo inclusive as vinculadas, como é o caso da Embrapa”, concluiu. (As informações são do Valor Econômico)
 
 

 

 

Porto Alegre, 09 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.302

Máquinas para qualificar a atuação do Cepagro

O Centro de Extensão e Pesquisa Agropecuária (Cepagro) da Universidade de Passo Fundo (UPF) se destaca pelo intenso trabalho desenvolvido junto ao setor agropecuário. E como forma de qualificar ainda mais as atividades já realizadas no local, bem como a produção de conhecimento, nesta quarta-feira, 9 de setembro, foram entregues dois novos tratores e uma plantadeira, que serão utilizados nas várias ações do Centro.

A entrega dos equipamentos foi feita pela empresa AGCO, que atua no desenvolvimento, fabricação e distribuição de máquinas agrícolas, com o intuito de ampliar a parceria já firmada entre Cepagro/UPF e Razera Agrícola. Os tratores devem ser utilizados principalmente pela empresa Laticínios Stefanello, também parceira do Cepagro na área de produção de leite. Eles ainda poderão ser usados em atividades nas áreas de horticultura e plantio de soja, por exemplo.
Segundo o coordenador do Cepagro, professor Dr. Fernando Pilotto, o trabalho conjunto com as empresas visa proporcionar melhores condições de aprendizado para os estudantes, com equipamentos modernos e tecnológicos.

Oportunidade de crescimento: Na opinião do diretor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da UPF, professor Dr. Eraldo Zanella, ao trazer estas parcerias para dentro da UPF, é possível interagir com as empresas das diferentes áreas do setor agropecuário e ter um contato próximo das necessidades para poder ter um crescimento mútuo, em especial realizar pesquisas e inovação na área. “Podemos, desta forma, melhorar a infraestrutura e oferecer maquinários de ponta para uso e/ou demonstração para nossos estudantes da graduação e pós-graduação”, comenta.

Ainda, conforme Zanella, também há o interesse em desenvolver trabalhos de pesquisa envolvendo os acadêmicos de graduação, com eles sendo estagiários, interagindo com as empresas e visando uma capacitação deles nas áreas com maior procura no futuro. “A parceria entre empresas privadas e academia deverá ter ganhos para todos os elos da cadeia do agronegócio”, finaliza.

                     

Santa Clara lança produtos em linha pouch 250g
Cozinhar tornou-se o hobby preferido de diversas pessoas. Sair do arroz com feijão e preparar pratos incrementados tem sido um desafio para algumas delas. Pensando nisso, a Cooperativa Santa Clara lança produtos já consolidados, porém em embalagens pouch (sachê) de 250 gramas, o que facilita o seu uso no dia a dia e é ideal para duas pessoas.

Os consumidores poderão encontrar sete produtos na nova versão: Cream Cheese, Molho Lácteo Branco e Molho Lácteo Quatro Queijos, que já integravam a linha Food Service, além do Requeijão Tradicional e Temper Cheese nos sabores Tradicional, Ervas Finas e Provolone. Além da nova versão da Manteiga com e sem sal que pode ser encontrada em potes de 400g. Todos os itens estarão disponíveis nos pontos de venda da região sul do país na próxima semana.
 
A novidade foi apresentada em primeira mão para os supermercadistas gaúchos ontem, durante a Expolive, evento on-line promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). No evento, também foi mostrado o Queijo Ralado em pote de 70g, que já está disponível no mercado.

Sobre a Cooperativa Santa Clara: Em 2020, a Santa Clara completou 108 anos de história, o que a faz a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. A sua sede está localizada no município de Carlos Barbosa e está presente, através de seus mais de 5 mil associados, em mais de 135 municípios gaúchos, atuando nos ramos de Laticínios, Frigorífico, Fábrica de Rações, Cozinha Industrial, Farmácia e 27 unidades de varejo, entre supermercados e mercados agropecuários, nos municípios onde possui associados. Atualmente possui um mix de mais de 360 produtos, entre Laticínios, Frigorífico, Doces e Sucos. (Santa Clara)

China – Como a educação assegura o desenvolvimento do setor lácteo   
Educação/China – Educação de qualidade é parte vital para o desenvolvimento do setor de laticínios na China. Isso irá assegurar profissionais altamente qualificados em toda a cadeia láctea, de acordo com o último relatório da FIL/IDF – Dairy Sustainability Outlook.

A pesquisa mostrou a importância e os benefícios da educação de qualidade, e as vantagens do conhecimento sobre lácteos, trazendo benefícios para toda a cadeia de valor do leite – dos produtores às indústrias, passando pelas vendas. 

Para construir uma educação para o setor de laticínios, a Associação Chinesa da Indústrias de Laticínios, por exemplo, realizou 50 sessões de treinamento e 10 conferências anuais na última década, beneficiando 15.000 pessoas e treinando mais de 5.000 profissionais em laticínios. Em termos de educação universitária, existe a Universidade Rural da China por onde passaram, na última década, mais de 7.000 alunos que estudaram e receberam treinamento na área de laticínios. 

De acordo com o relatório da FIL, os benefícios serão:
- Produtores de leite cru: Através da educação em bases científicas e conceitos de segurança, os pecuaristas podem produzir leite de alta qualidade.

- Indústrias e Vendedores: Empregados treinados em plantas de processamento de leite resultam em produtos de qualidade superior, gestão mais eficaz da empresa, melhorando os resultados finais. 

- Consumidores: Com o aumento do conhecimento sobre o valor nutricional dos produtos lácteos, os consumidores podem aproveitar mais dos benefícios à saúde que são proporcionados pelos produtos lácteos. 
- Sociedade e o país todo: Aumentar a conscientização sobre a proteção ambiental construirá um país desenvolvido mais sustentável. 

Educação de qualidade lança no mercado profissionais qualificados e formados sobre os conceitos atuais de desenvolvimento sustentável. Eles podem aplicar esses conceitos em toda a cadeia de laticínios, construindo uma sociedade mais sustentável.  Acesse aqui o relatório completo FIL/IDF – Dairy Sustainability. (Dairy Global – Tradução livre: Terra Viva)
               

 
Programa de desenvolvimento de veterinários dos serviços de inspeção será realizado online
O programa será oferecido na forma de minicursos que serão disponibilizados a partir do dia 9 de setembro. Por causa da pandemia do coronavírus, os Departamentos de Suporte e Normas e de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária irão promover o programa de desenvolvimento de médicos veterinários inspetores do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) de forma online. O programa será oferecido na forma de minicursos que serão disponibilizados semanalmente, às quartas-feiras, a partir do dia 9 de setembro, pelo canal do Suasa no youtube. Serão quatro temas: registro de produtos, implementação de autocontrole, verificação oficial de autocontrole e registro de estabelecimentos.  "Trata-se de ações básicas e importantes para organização e aperfeiçoamento dos serviços de inspeção. Uma oportunidade fantástica de atualização e desenvolvimento", avalia a diretora do Departamento de Suporte e Normas do Mapa, Judi Nóbrega. (MAPA)
 
 

 

Porto Alegre, 08 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.301

Balança comercial de lácteos

Segundo dados divulgados nessa sexta-feira (04/09) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as importações brasileiras de derivados lácteos tiveram aumento expressivo no mês de agosto, atingindo o maior patamar desde novembro/2018. No total, foram cerca de 139,8 milhões de litros de leite equivalente internalizados no mês, com crescimento de 47% em relação ao volume do mês anterior e 83% maior que em relação a agosto/2019.

Por outro lado, as exportações brasileiras apresentaram retração; foram 15,7 milhões de litros exportados no mês, 6% menores que julho/2020. Porém, esse valor é superior ao exportado no mesmo mês do ano passado em cerca de 77%. Tendo em vista esse cenário, o saldo da balança comercial de lácteos foi de -124 milhões de litros (em equivalente leite), um aumento de 58% no déficit quando comparado a julho/20 e de 84% em relação a agosto/2019. Esse saldo é o menor (mais negativo) desde final de 2018, como é possível verificar no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial brasileira de lácteos, 2017 a 2020.


 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT

O cenário de crescimento das importações, que já vinha sendo observado em julho/2020, é resultado da forte demanda por produtos lácteos no mercado brasileiro, assim como dos baixos estoques de derivados lácteos na indústria – que levaram ao aumento das cotações de leite no país.

O leite spot, levantado pelo MilkPoint Mercado, apresentou média de preços nacional de R$ 2,63/litro na primeira quinzena de setembro, por exemplo – este valor acumula elevação de 73% desde a primeira quinzena de janeiro/2020. Dessa forma, essa tendência de aumento de preços no mercado nacional tem tornado o produto importado cada vez mais competitivo. Ao considerarmos o preço médio do leite em pó integral importado em agosto (US$ 2.946/ton) no Brasil e a taxa de câmbio média do mês (R$ 5,46), é possível chegar ao preço médio do leite importado equivalente a R$ 1,91 – competitivo em relação aos valores praticados pelo leite no mercado interno.

Entre os derivados de leite comprados pelo Brasil, o leite em pó integral e queijos são aqueles com maior participação na pauta importadora. Estes produtos apresentaram significativo aumento de volume em comparação com o mês anterior: 195% e 89%, respectivamente. O leite em pó desnatado também apresentou um aumento expressivo: 120%.

Em relação às exportações, houve redução significativa para o leite condensado, que representa cerca de 27% da pauta exportadora. A retração de volume foi de cerca de 23%. Por outro lado, cremes de leite, que também possuem peso significativo nas exportações brasileiras, tiveram aumento expressivo em relação ao mês anterior. Mesmo com a redução das exportações em equivalente leite para agosto, no acumulado do ano foram exportados 106 milhões de litros em equivalente leite, contra 78 milhões em litros equivalentes do mesmo período em 2019 – um aumento de 35%.

Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de agosto deste ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em agosto de 2020

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint, com base em dados COMEXSTAT.

                      

Fiergs não fecha posição sobre reforma tributária gaúcha
A posição de confronto aberto adotada pela Federasul em relação à proposta de reforma tributária do Piratini não é consenso entre entidades empresariais do Estado. A Federação das Indústrias (Fiergs), segundo o coordenador do Conselho de Assuntos Tributários, Legais e Cíveis, Thomaz Nunnenkamp, mantém o diálogo e não fechou posição:

- O impacto nos setores é bem diverso, uns consideram positivo, outros veem perdas.

Os que têm mais dificuldades, observa, estão conversando com a Secretaria da Fazenda em busca de solução. As objeções do setor, conforme Nunnenkamp, são específicas: o aumento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) e do ICMS sobre a cesta básica.

- Vamos negociar para ver se melhoramos o projeto - afirma Nunnenkamp.

O empresário diz admirar "a coragem e a vontade política" do governo do Estado de realmente mudar algumas coisas e não pedir apenas a prorrogação de alíquotas maiores.

- Nesse sentido, o presidente da Fiergs e boa parte da diretoria buscam manter o diálogo.

Ressalva, porém, que o projeto representa "perpetuação de um aumento de carga tributária que deveria ser transitório". Observa que uma reforma tributária feita quando o Estado está com falta de caixa equivale a ir ao supermercado quando se está com fome: compra mais do que precisa. Ou cobra, no caso.

Apesar de considerar "drástica" a mudança na tributação de cesta básica, que sai de zero para 17%, trazendo preocupação com alta de preços, pondera que é uma discussão que será enfrentada também na reforma federal, porque as duas propostas de emenda constitucional (PECs) em análise, a 45 e 110, não preveem regime especial para a cesta básica.

Diz não ver erros matemáticos na proposta de devolução do ICMS às camadas de menor renda, mas adverte:

- Acho que para de pé, mas um dos temas é como blindar o fundo para que, se faltar dinheiro, não deixe de ser pago. O Estado tem histórico muito ruim em devolução de impostos. Essa é uma preocupação que deveríamos ter como sociedade. (Zero Hora)

Embrapa apresenta proposta para Ideas for Milk 2020 ao Mapa
Na tarde de quinta-feira (3), a Embrapa irá apresentar aos membros da Câmara Setorial do Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a proposta de realização do Ideas for Milk 2020. O evento, que entra na sua quinta edição, terá pela primeira vez participantes de instituições internacionais. Segundo o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, o hackathon (chamado de “Vacathon”, num trocadilho de “vaca” com “hackathon”), um dos eventos que integra o Ideas for Milk será intercontinental. Além de 27 universidades brasileiras, participarão equipes de Portugal (Universidade de Évora), Angola (Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências – ISPTEC) e Argentina (Bolsa de Commodities de Rosário).

O Vacathon é uma imersão de estudantes voltados para a tecnologia e o agronegócio. As universidades e instituições participantes montam equipes, que orientadas por mentores, propõe soluções para os problemas da cadeia produtiva do leite. O evento ocorria de forma presencial nas edições anteriores, mas neste ano será totalmente virtual, devido à pandemia de Covid-19. “O Vacathon é um exercício prático de inovação aberta, onde as equipes interagem com empresas, e profissionais do setor”, explica Martins. O Vacathon será realizado dos dias 22 a 31 de outubro, com transmissão ao vivo pelo canal da Embrapa no Youtube, Facebook e Repileite (rede social da Embrapa Gado de Leite na internet).

Três outros eventos integram o Ideas for Milk: Caravana 4.0, o Desafio de Startups e o Premio Ideas for Milk de Inovação. A Caravana 4.0 é voltada para universidades, com objetivo é difundir informações relativas ao setor lácteo, da produção ao varejo. Em outros anos, a Caravana ocorria de forma presencial. “Para substituir os encontros presenciais, realizaremos Ideas for Milk Lives, com as universidades e instituições envolvidas. Qualquer pessoa pode participar, mas as informações se destinam basicamente aos estudantes e professores dos cursos de Agronomia, Veterinária, Zootecnia, Administração, Economia, Ciência da Computação e todas as Engenharias”, informa Martins. As lives ocorrerão sempre as terças-feiras, às 17h, no canal da Embrapa no Youtube, com início no dia oito de setembro, encerrando-se no dia 20 de outubro.

O Desafio de Startups reúne soluções criadas por jovens empreendedores para os desafios do setor lácteo. A final do desafio será no dia quatro de dezembro e também será virtual. “Nos últimos dois anos, as finais do Desafio ocorreram em São Paulo, no Cubo, a maior casa de eventos de inovação da América do Sul, mas, devido à pandemia, o evento presencial ficou impraticável; mas já podemos afirmar que toda a final também será transmitida pelo Youtube, Facebook e Repileite”, informa Martins.

Por fim, o Prêmio Ideas for Milk de Inovação é concedido a empresas que apresentam inovações em produtos e processos que impactem o consumidor, sob a ótica do foodtech. As vencedoras de 2020 foram as empresas Betânia, Cotrijal, Danone, Nestlé, Tirolêz e Verde Campo. A premiação também será entregue no dia quatro de dezembro.

Anuário do Leite – Durante a reunião da Câmara do Leite e Derivados, a Embrapa também fará o lançamento do Anuário do Leite – 2020. Essa é a terceira edição da publicação que, segundo Martins, tem cumprido um papel ao apresentar as principais estatísticas do setor, além de ser uma agenda temática sobre as questões debatidas no agronegócio do leite. Nesta edição, o Anuário aborda temas como biosseguridade em tempos de pandemia e no pós-Covid; ações da pesquisa voltadas para a vaca do futuro; lácteos mais valorizados e com inovações constantes, além de trazer os números do mercado, preço, produção e consumo do leite. (As informações são da Embrapa Gado de Leite)
               

 
Produtos exclusivos para exportação passam a ter registro automático
Produtos destinados exclusivamente à exportação passaram a ter registro automático. Com a mudança, sinalizada em circular do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, os fiscais federais deixarão de analisar previamente os registros, ficando sob responsabilidade das empresas o atendimento à legislação do país importador. Para controlar o processo, as equipes do Mapa realizarão auditorias das determinações previstas em lei. A decisão está prevista no decreto 10.468 de 18 de agosto, que alterou o decreto 9.013 de 29 de março de 2017. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
 
 

 

 

  

Porto Alegre, 04 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.300

Setor lácteo sofrerá impacto negativo com a Reforma Tributária gaúcha
 
A reforma tributária proposta pelo governo de Eduardo Leite vai provocar um impacto econômico importante à cadeia láctea gaúcha, considerando sua aprovação nos termos em que foi apresentada. Os dados levados pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) à reunião da Câmara Setorial do Leite nesta quinta-feira (3/9) mostram os efeitos negativos do projeto de lei aplicados aos anos de 2021 a 2023 com base na proposta de extinção da isenção do leite pasteurizado e criação do Fundo Devolve ICMS no percentual de 10%. Do montante total impactado, grande parte se refere à comercialização para o mercado interestadual. A medida se torna preocupante, uma vez que no Rio Grande do Sul 60% do leite UHT é comercializado para outros estados, apontou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Além disso, o levantamento mostra que o fim da isenção sobre o leite pasteurizado (a proposta prevê alíquotas de 12%, para o ano de 2021 e 2022 e 17% a partir de 2023), também impactará o setor em um montante considerável e, por consequência, voltará ao produtor de leite. Isso poderá resultar novamente em aumento no número de produtores do Estado que deixam a atividade.

O secretário-executivo do Sindilat afirma ser importante uma reforma tributária, mas como está em andamento também a reforma federal, ele defende que o ideal é que houvesse mais tempo para discutir o projeto. E, além disso, que o governo do Estado pudesse avaliar uma prorrogação das alíquotas desse ano e no próximo ano, com mais tempo e em conjunto com os outros elos da economia, trabalhasse na construção de uma alternativa viável para ambos, já que esse é um ano atípico “O Rio Grande do Sul viveu uma das piores estiagens dos últimos anos e com advento da pandemia estão todos se reinventando”, ressalta. O coordenador da Câmara Setorial, Jeferson Smaniotto, reforçou que a proposta do governo reduzirá os recursos de toda a cadeia produtiva e comprometerá a competitividade do setor, que já concorre em desigualdade sob o ponto de vista da logística com vizinhos como Santa Catarina e Paraná. 

“A contribuição ao fundo reduzirá muito a competitividade do produto gaúcho. Queremos evitar o que houve em outras situações, quando houve uma grande saída de produtores da atividade. Não podemos retroceder neste aspecto”, pontuou Palharini. Em função da urgência de se fazer frente ao PL da Reforma Tributária do RS, a Câmara Setorial já agendou uma reunião híbrida para a próxima quinta-feira (10/9) com a participação presencial de representantes de 10 entidades e demais integrantes de forma remota. 

Outro tema levado à reunião foram os números atualizados do Mais Leite Saudável, programa que permite às empresas participantes utilizar créditos presumidos do PIS/Pasep e da Cofins, da compra do leite in natura utilizado como insumo de seus produtos lácteos. As ações propostas devem corresponder, no mínimo, a 5% do valor de créditos a que tem direito. De acordo com o auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Lucena, até agora, a iniciativa soma R$ 362 milhões investidos em projetos, sendo 24,1% do Rio Grande do Sul, além de R$ 7,2 bilhões em crédito presumidos às empresas. “O Estado já tem mais de R$ 85 milhões em projetos, boa parte desse recurso já utilizado e outros em utilização”, afirmou Lucena, lembrando que os projetos têm duração de até 3 anos e muitas empresas já estão partindo para o seu segundo ou terceiro projeto. Dos 2.246 municípios brasileiros que aderiram ao programa, 17,3% são gaúchos. Implantado no primeiro semestre deste ano, o novo sistema que habilita laticínios, agroindústrias e cooperativas de leite no Programa Mais Leite Saudável vem imprimindo agilidade nos processos de avaliação de projetos apresentados pelas empresas. A operação agora é feita exclusivamente de forma online através do Portal de Serviços do governo federal (https://www.gov.br/pt-br).

A auditora fiscal federal agropecuária do MAPA, Milene Cé, levou para o encontro as principais modificações no Riispoa, que sofreu adequações recentes com base nas mais recentes legislações do Código de Defesa do Consumidor, Lei da Liberdade Econômica e o Estatuto Nacional da Microempresa. “O objetivo das mudanças do regulamento é a simplificação de processos”, disse Milene. Segundo ela, o novo Riispoa traz a racionalização dos procedimentos de fiscalização e gera uma maior eficiência na prestação de serviços à sociedade. Entre as mudanças está que os produtos poderão constar somente a data de validade e não mais a data de fabricação e validade. As mudanças no Riispoa podem ser conferidas no site do MAPA clicando aqui. 
                      

CNA discute reforma tributária na Câmara Setorial do Leite do Mapa

“Todas as propostas merecem atenção em relação ao setor agropecuário"

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou à Câmara Setorial de Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, na quinta (3), os impactos que as propostas de Reforma Tributária em discussão no Congresso Nacional vão trazer para o setor agropecuário caso sejam aprovadas. 

“Todas as propostas merecem atenção em relação ao setor agropecuário. O leite, por exemplo, é uma cadeia formada por pequenos produtores que sofrerão impactos significativos caso o produtor se torne contribuinte e passe a fazer contabilidade mensal. E as agroindústrias também, em se tratando do crédito presumido do PIS e da Cofins,” afirmou o coordenador do Núcleo Econômico da Confederação, Renato Conchon.

Conchon citou as diferenças entre as propostas que estão no Legislativo. Uma delas é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/19, da Câmara, que prevê a unificação de cinco tributos em apenas um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Outra é a PEC 110/19 do Senado, que cria o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), com o fim de nove tributos. Há, ainda, o Projeto de Lei 3887/20, do Governo Federal, que substitui o PIS e a Cofins pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). 

“O setor produtivo se posicionou de forma técnica sobre as propostas e enviou um documento ao Parlamento para nortear as discussões, com os objetivos de todo o agro, e mostrando quais as mudanças são necessárias nas propostas para o setor não ser onerado,” ressaltou. “Porque além do aumento nos custos de produção, uma carga tributária maior vai comprometer a competitividade dos produtos agropecuários brasileiros.”

Para o presidente da Câmara, Ronei Volpi, a Reforma Tributária fará os custos de produção recaírem sobre a cesta básica, encarecendo os alimentos que chegam à mesa da população, principalmente os mais pobres. “Não podemos deixar que isso aconteça”, disse. Volpi explicou que a cadeia de lácteos segue em uma situação “satisfatória” mesmo com a pandemia da Covid-19.  (Agrolink)

Piracanjuba pretende gerar até 300 empregos em Carazinho 

Carazinho passou a contar oficialmente com as operações do Laticínios Bela Vista, da marca Piracanjuba.  Em entrevista à Rádio Diário AM, o diretor comercial, Luiz Claudio Lorenzo, confirmou que a empresa que tem sede administrativa em Goiânia-GO já está operando na planta de Carazinho adquirida da Nestlé e que pretende começar a produzir a partir de outubro os primeiros produtos com as marcas Piracanjuba e Leite Bom. 

“Nós começamos a operação. A gente fechou uma parceria com a Nestlé no início do ano, e adquirimos algumas fábricas para produzir e comercializar alguns produtos para a Nestlé. A fábrica de Carazinho fizemos a aquisição, e por alguns trâmites que acabaram se delongando um pouco começamos agora produção do soro que a Nestlé já vinha fazendo e damos continuidade. Começaremos no próximo mês a produção dos produtos com as marcas Piracanjuba e Leite Bom e também a produzir os leites Ninho e Molico”, confirmou Lorenzo.

De acordo com o diretor, na unidade carazinhense serão produzidos leite longa vida, creme de leite, achocolatado Pirakids e Chocobom da marca Leite Bom e leite condensado das marcas Piracanjuba e Leite Bom. “Estas são as linhas de maior giro na empresa e começa a fabricação a partir de outubro e até dezembro estaremos implantando as produções e aumentando gradualmente. São essas quatro linhas de produtos que faremos em Carazinho”, citou Lorenzo
A planta fabril instalada no Distrito Industrial Carlos Augusto Fritz, que até julho era operada pela Nestlé, passa a ser totalmente operacionalizada pela Piracanjuba que agora está instalando mais equipamentos para aumentar a capacidade de processamento. 

“Estamos fazendo investimentos, máquinas estão sendo instaladas, a capacidade era menor que isto quando a gente adquiriu então estamos colocando equipamentos para aumentar este volume processado que tinha por parte da Nestlé”, disse o diretor, que revelou também que a intenção é de que a unidade comece produzindo leite longa vida, em seguida leite condensado e depois, em outra etapa, creme de leite e os achocolatados. 

“Nossa projeção é de processar 400 mil litros de leite por dia na unidade, claro que isto demanda um pouco de tempo, mas a ideia é processar em torno deste volume, que é um bom volume”, observou o gestor.

Por uma questão estratégica, a empresa não revela o volume de investimento que está fazendo, mas de acordo com o diretor, para alcançar a capacidade de produção pretendida a unidade de carazinhense deve operar com 200 a 300 colaboradores com as contrações sendo feitas de modo gradual e em curto espaço de tempo. No país, a empresa que tem oito fábricas conta mais de 3 mil colaboradores diretos.

Captação de Leite: Lorenzo destacou que a Piracanjuba tem dois postos de captação de leite no Rio Grande do Sul e o produto é levado para a fábrica em Maravilha (SC). Com a entrada da fábrica de Carazinho em operação será mais uma frente de compra. “A escolha de adquirir a unidade em Carazinho é pelo leite abundante e de qualidade que tem na região e isto casa muito bem com os nossos produtos, já que a gente almeja muito a qualidade. Vamos entrar captando um pouco mais de leite seguindo uma rampa de produção pretendida. Teremos uma produção maior do que a Nestlé vinha fabricando no passado”, frisa o diretor.

A produção em Carazinho deverá abastecer o mercado consumidor gaúcho. “Prioritariamente nós vamos atender ao mercado do Rio Grande do Sul que é um mercado que temos alguma dificuldade de competitividade pelo fato dos produtos virem de fora para vender aqui, esperamos que com esta fábrica a gente ganhe maior competitividade para vender no Estado. A prioridade é atender o Rio Grande do Sul e qualquer produção excedente a gente provavelmente venderá para São Paulo. Mas a prioridade é abastecer o Estado que é um mercado que a gente tem muito espaço para crescer e vai partir de uma posição que hoje a gente não vende muito e vai passar a vender certamente bastante”, argumentou o diretor.

Demanda por frete também deve aumentar: Todo o transporte da indústria é terceirizado e com aumento de demanda pretendida, a tendência é que a empresa movimente bastante o setor de transporte da região. “Certamente vamos ter que usar bastante as transportadoras para escoar e a gente acaba usando também a fábrica de Carazinho como um centro de distribuição de outros produtos, já que temos uma linha de produção bastante extensa que são fabricados em outras unidades e vamos transportar todos os produtos para fazer um centro de distribuição, dentro da fábrica de Carazinho então esta demanda por transporte se intensifica muito”, finalizou o diretor. (A Folha do Sul )
               

 
PIB da agropecuária registra alta de 0,4% no segundo trimestre do ano
O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária apresentou variação positiva de 0,4% no segundo trimestre de 2020, em relação ao primeiro trimestre do ano. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agropecuária foi o único setor entre os principais setores da economia que apresentou crescimento no segundo trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, a agropecuária cresceu 1,2%. Segundo o IBGE, o índice pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade. As contribuições positivas vieram das culturas de soja (5,9%), arroz (7,3%) e café (18,2%). Já as culturas de feijão (-4%), milho (-0,8%) e mandioca (-0,3%) tiveram contribuições negativas. No primeiro semestre de 2020, a agropecuária teve desempenho positivo de 1,6% em relação a igual período de 2019. Segundo o IBGE, o PIB do Brasil caiu 9,7% no segundo trimestre de 2020 (comparado ao primeiro trimestre de 2020), na série com ajuste sazonal. Em relação a igual período de 2019, o PIB caiu 11,4%.  Entre os segmentos, a maior queda no segundo trimestre foi na Indústria (-12,3%), seguida por Serviços (-9,7%). Em valores correntes, o PIB totalizou no segundo trimestre R$ 1,653 trilhão, sendo que a agropecuária somou R$ 125,417 bilhões, a indústria R$ 287,544 bilhões e os serviços R$ 1,064 trilhão. (As informações são do Mapa)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 03 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.299

Programa levará tecnologias 4.0 para o agronegócio

Tecnologia - Em parceria com MAPA, MCTI e ME, a ABDI vai investir R$ 4,8 milhões em 14 projetos ligados à cadeia produtiva do agronegócio.

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e os Ministérios da Agricultura (MAPA), da Economia (ME) e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) lançam, nesta quinta-feira (dia 3/09), o Edital do programa Agro 4.0, que recebe inscrições até o dia 26 de setembro. Serão investidos R$ 4,8 milhões em 14 projetos pilotos de adoção e de difusão de tecnologias 4.0.

O objetivo do programa é promover, por meio destas tecnologias, o aumento de eficiência e de produtividade, e  redução de custos no agronegócio brasileiro.  O Edital, na modalidade concurso, é voltado a empresas usuárias de tecnologias 4.0 do setor produtivo, especialmente, produtores rurais e agroindústrias, que irão realizar a adoção de tecnologias 4.0 em suas unidades/fazendas/plantas. Estas empresas poderão submeter propostas de projetos em parceria com demais Instituições.

“O Programa Agro 4.0 irá possibilitar e gerar uma maior disseminação de tecnologias digitais no agronegócio, com foco em aumento de eficiência, produtividade e redução de custos junto a produtores e indústrias” explicou Igor Calvet, presidente da ABDI. Ao todo, o edital contempla quatro categorias, relacionadas à cadeia produtiva do agronegócio, incluindo empresas dos setores primário, secundário e terciário.

"Essa iniciativa visa estimular o ambiente de inovação digital no agronegócio por meio de soluções práticas e aplicadas às cadeias de valor nos segmentos dentro e fora da porteira, como também em ecossistema de cadeias produtivas. Estamos alavancando o futuro do agronegócio com soluções digitais", avalia o diretor do Departamento de Apoio à Inovação para a Agropecuária do MAPA, Cleber Soares.

Para cada categoria, foram identificadas temáticas de aplicação, às quais os projetos deverão estar alinhados: (i) segmento de insumos (fertilizantes, defensivos, rações, máquinas e equipamentos); (ii) segmento primário (agricultura, pecuária, pesca, aquicultura); (iii) segmento secundário (fabricação de produtos alimentícios); e (iv) integração de segmentos, incluindo segmento terciário (integração de elos da cadeia - abrangendo serviços de tecnologia da informação e comunicação, logística, entre outros).
A premiação varia de R$ 300 mil para até quatro projetos nas categorias 1, 2 e 3; a R$ 600 mil para até dois projetos na categoria 4. Os projetos selecionados serão conhecidos ainda em 2020 e terão, a partir da divulgação, um prazo de sete meses para a execução e outros 12 meses para o monitoramento dos resultados.

Plano Nacional de IoT: Regulamentado em 2019, o Plano Nacional de Internet das Coisas – IoT tem o objetivo de implantar a Internet das Coisas como ferramenta de desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira. Para a definição das estratégias do Plano, o BNDES sugeriu quatro verticais de aplicação de IoT: indústria, saúde, rural e cidades. Para cada vertical, foi criada uma Câmara. A Câmara Agro 4.0, liderada pelo MAPA e pelo MCTI, tem como objetivo promover ações de expansão da internet no campo e a aquisição de tecnologias e serviços inovadores no ambiente rural. O Programa Agro 4.0 da ABDI foi listado, na última reunião, como uma das iniciativas acompanhadas pela Câmara.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, destaca a importante missão de levar conectividade ao campo, aliada às novas tecnologias. “O Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT.Br) é estratégico para a inovação e competitividade do Brasil em setores como o agronegócio, saúde, indústria, turismo e cidades inteligentes, que foram as áreas definidas como prioridades pelo MCTI no âmbito do Plano. Dentro do agronegócio, as aplicações da Internet das Coisas e outras tecnologias 4.0 vão desde a coleta de dados para a melhoria do solo até a aplicação precisa de defensivos, por exemplo”.

Consulta Pública: Previamente ao lançamento do Edital, foi realizada uma consulta pública com ampla participação dos setores relacionados ao agronegócio e mais de 80% dos contribuintes manifestaram interesse em participar do edital.

A ABDI possui contrato de gestão com o Ministério da Economia e realiza projetos de inovação com foco na transformação digital e na adoção e difusão de tecnologias para o setor produtivo. A ABDI participa da Câmara Agro 4.0. (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)        

 

Laboratório de Qualidade do Leite investe em melhoria na prestação de serviços

Qualidade do leite - Certificado pelo Inmetro com a ISO 17025, o Laboratório de Qualidade do Leite (LQL) da Embrapa Gado de Leite adotou uma série de medidas que visam aprimorar o relacionamento com seus clientes ao implementar melhorias significativas na prestação de serviços. 

Entre as medidas adotadas estão a coleta das amostras nos laticínios, em veículo refrigerado e com monitoramento pleno e em tempo real; ampliação do escopo de análises de resultados com a inclusão de Caseína e Nitrogênio Uréico e realização de palestras para seus clientes com apresentação de temas específicos. Para informar as novidades e orientar quanto aos novos procedimentos, está sendo feito um atendimento direto e personalizado, canal que será mantido para estreitar o relacionamento com a clientela. Ainda este ano, o LQL irá adotar um novo software, que fornecerá relatórios mais completos aos clientes e informações importantes para cadeia produtiva do leite.

Com mais de 170 clientes ativos de toda a Região Sudeste e da Bahia e uma média mensal de 28 mil análises, o LQL da Embrapa Gado de Leite é um dos oitos integrantes da Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade do Leite (RBQL) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, cujos objetivos são: monitorar a qualidade do leite cru no país, proporcionar o pleno exercício da ação fiscal com referência à qualidade do leite produzido no país, definir os protocolos operacionais para harmonização dos procedimentos laboratoriais e estruturar, alimentar e gerenciar o banco de dados de qualidade do leite no Brasil.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, a coleta direto nas indústrias, com datas previamente agendadas, está sendo possível por meio de parceria firmada com a Coopmetro. O Trabalho contribui para que amostras não sejam descartadas por problemas de conservação devido à temperatura fora do padrão, além de permitir a rastreabilidade de todo o processo logístico, desde o laticínio até o laboratório.  O analista do LQL, Anderson Christ, informa que, ao todo, são quatro rotas pré definidas, que são percorridas duas vezes por mês. Em julho, por exemplo, foram atendidos 72 clientes na primeira quinzena de coleta e 45 na segunda quinzena, totalizando cerca de 18 mil amostras coletadas, tendo sido percorridos 12.288 quilômetros.

Martins destaca que a disponibilização de resultados de análises de Nitrogênio Uréico a todos os clientes que realizem análises de Contagem de Células Somáticas e Componentes, permite ao produtor utilizar a informação no ajuste de dietas, possibilitando aumento na produção de leite. Já os resultados de análises de Caseína, fornecem dados substancialmente relevantes para o rendimento de produtos lácteos, em especial os queijos.

Outro serviço importante prestado pelo LQL é a realização de palestras e debates on line, que contribuem para a disseminação e uniformização de conhecimentos específicos. O pesquisador Alessandro de Sá, responsável pela organização e mediação dessas webinars, frisa que os temas são demandados pelos próprios clientes.  Ele ressalta que os eventos virtuais reúnem especialistas em diversos assuntos e têm obtido excelente participação do público, inclusive com encaminhamento de muitos questionamentos, que são esclarecidos pelos apresentadores. Já foram realizadas webinars para discutir as instruções normativas 76 e 77, boas práticas de manejo para controle bacteriano total (CBT), boas práticas para controle da qualidade da água na propriedade e, mais recentemente, os desafios para a manutenção do Plano de Qualidade de Fornecedores de Leite (PQFL) durante a pandemia. Para Alessandro, as medidas adotadas aprimoram o profissionalismo do laboratório e trazem impactos positivos para um maior controle da qualidade do leite no país.

A expectativa agora é pela implementação de um novo software que está em desenvolvimento e deverá ser utilizado ainda este ano. Anderson Christ assegura que além de gerar relatórios mais completos e organizados para os clientes e atores da cadeia produtiva do leite, a nova ferramenta proporcionará maior autonomia para a clientela por meio de uma interação direta com o sistema do laboratório. Também vai permitir a criação de senhas de acesso para o cliente e para os produtores a eles vinculados, possibilitando o cadastramento direto de amostras, acompanhamento de status e histórico das análises, impressão de resultados, boletos e notas fiscais, além de acesso aos dados cadastrais que facilitam atualizações, entre outros benefícios. (Embrapa)

Soro de leite/China 

As importações de soro de leite pode ser uma boa indicação.

Quando o rebanho de suínos foi reduzido, houve um impacto muito evidente na demanda de produtos de soro de leite. As importações caíram de 51 mil toneladas por mês no verão de 2018, para apenas 33 mil toneladas por mês no ano seguinte. Nos últimos 3 meses (maio a julho), essas importações foram em média de 57,6 mil toneladas.

Em julho de 2020, a China bateu o recorde chegando ao maior nível de importação de produtos de soro de leite dos últimos dez anos, 63,9 mil toneladas. Isso representa crescimento de 63% desde abril, e 64% a mais que as importações de soro em julho de 2019.  (AHDB – Tradução livre: Terra Viva)


               

 
Eu separo, você separa, nós reciclamos. 
Você já pensou se seus hábitos (antigos ou novos) contribuem para o cuidado com o planeta? Um simples gesto, que começa em cada um de nós, e que deve ser recorrente, pode contribuir para cuidar da casa de todos. Separe os seus materiais recicláveis e destine-os para a coleta seletiva. Ajude-nos a transformar o futuro.  Assista o vídeo clicando aqui. (TetraPak)
 
 

 

 

Porto Alegre, 02 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.298

Números preliminares da média diária das exportações e importações de leite e derivados
 
Média diária (Exp/Imp) – Os números preliminares da média diária das importações de leite e derivados, em dólar, na quinta semana de agosto de 2020 foram 72,5% superiores aos de agosto de 2019 e os gastos com as exportações, na média diária, cresceram 55,9%. 
Os dados foram divulgados pelo MDIC e estão resumidos na tabela abaixo.

               

Expointer digital/RS 

Um evento inédito na história dos 50 anos do Parque de Exposições Assis Brasil. A pandemia exigiu um esforço conjunto do governo e de entidades do agronegócio para não deixar a Expointer 2020 passar em branco. 

“Partimos para o que a tecnologia proporciona, que é nos aproximarmos e nos conectarmos virtualmente para que a gente possa divulgar nossas potencialidades e celebrar negócios, movimentar nossa economia a partir do agronegócio”, disse o governador do Estado, Eduardo Leite, no lançamento oficial da feira na tarde desta segunda (31).

Entre os dias 26 de setembro a 4 de outubro, os visitantes vão poder acompanhar transmissões por uma plataforma digital inovadora. "A gente vai aproximar aquelas mais de 420 mil pessoas que estiveram na Expointer do ano passado participando diretamente de suas casas através deste formato”, comemorou o secretário da Agricultura, Covatti Filho, no início da cerimônia.
Canais de TV Web: A plataforma exclusiva disponibilizará quatro canais com programação diária voltada para todos os públicos.

O Canal Expointer Digital transmitirá informações gerais da feira, exibindo notícias, debates, entrevistas e eventos oficiais. Os outros três canais serão segmentados. O Canal do Agro atenderá ao público do plantio com temas como tecnologia, avanços científicos, máquinas e implementos agrícolas. Tudo o que envolve criação de raças, leilões, competições, provas técnicas e morfológicas estará disponível no Canal da Pecuária. O entretenimento não ficou de fora, com o Canal de Shows exibindo apresentações de grupos musicais.

Aqueles que não puderem acompanhar as programações ao vivo poderão assistir aos acontecimentos do Parque de Exposições Assis Brasil pelo Portal Expointer Digital 2020, com acesso fácil pelo desktop ou mobile.

Agricultura Familiar: Além de um espaço físico especial no parque, os pequenos produtores da agricultura familiar terão um ambiente virtual de negócios na plataforma. Os produtos poderão ser vendidos online. As compras serão viabilizadas via WhatsApp, com entrega à domicílio ou drive-trhu - que recebeu uma estrutura especial para respeitar as regras de isolamento social. Os consumidores retiram os produtos sem sair do carro e sem contato físico com os entregadores.

Negócios: Espaços virtuais exclusivos estarão disponíveis para realização de negócios. As opções vão desde botões para direcionamento ao WhatsApp até salas de negociação com atendimento de clientes via call. Também será possível transmitir lives com conteúdos restritos e/ou exclusivos. "É a Expointer da resistência e da inovação”, salientou o presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça, Leonardo Lamachi. A Febrac é uma das nove entidades coprodutoras da Expointer Digital 2020.

O setor de máquinas agrícolas, que sempre realiza grande volume de negócio na feira, não terá espaço físico este ano e, por isso, terá destaque na plataforma digital garantindo o sucesso da comercialização. “É uma novidade. Toda a novidade no início assusta, mas nós temos certeza que a Expointer Digital veio pra ficar. Ano que vem, vamos estar no Parque Assis Brasil comemorando as duas feiras juntas”, falou Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Estado, também coprodutora da feira.

Homenagem: No encerramento, o secretário Covatti Filho e governador Eduardo Leite fizeram uma homenagem aos 50 anos do Parque de Exposições Assis Brasil. Entregaram uma placa que será instalada no local. O prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, agradeceu o esforço de Covatti Filho: "Jamais vai substituir o que acontece no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, mas temos certeza que será um sucesso”.

São coprodutoras da Expointer Digital 2020: Febrac, Simers, Fetag, Farsul, Sistema Ocergs e Prefeitura de Esteio. Mais informações pelo email contato@expointer2020digital.com.br (SEAPDR)

Rabobank – Global Dairy Top 20, 2020 

O Rabobank publica anualmente as 20 maiores empresas do setor lácteo em volume de negócios, e destaca os movimentos estratégicos em um dos setores de alimentos mais valiosos do mundo.

As flutuações cambiais, modesto crescimento dos preços das commodities, pressões com o aumento da produção de leite nos países exportadores e limitado crescimento orgânico nas principais categorias de lácteos contribuíram para ganhos relativamente modestos no faturamento das empresas do Global Dairy Top 20 de 2020. Em termos de dólares, aumentou 1,3% em 2019, contra 2,5% de aumento registrado em 2018. Em euros, a combinação do faturamento cresceu 6,5% em 2019, depois de um desempenho negativo de 2%, em 2018.  

 
Os dados sobre o faturamento correspondem às vendas somente com produtos lácteos no ano financeiro de 2019. Foram consideradas Fusões e Aquisições (M&A)  somente de transações completadas entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2020. M&A pendentes não foram incorporadas, inclusive a aquisição da Nutricima pela FrieslandCampina e a compra dos negócios de sorvetes da Unilever no Chile.

OBS: A Terra Viva incluiu as 5 últimas publicações do Rabobank das Dairy Top 20, mostrando que nos últimos 5 anos, apenas a Dean Foods saiu do ranking das 20 maiores, em decorrência do seu pedido de falência em novembro do ano passado, cedendo lugar para a entrada da Gujarat, a grande cooperativa de laticínios da Índia. As outras 19 empresas só trocam de posição, mas, continuam entre as 20 primeiras.  

Atividades de Fusão e Aquisição (M&A) no cenário global de lácteos em 2019 totalizaram 115, ligeiramente mais que as 112 do ano anterior. (Rabobank)
               

 
AGROURBANO - Leite: "um alimento próximo da perfeição"
Confira no AgroUrbano da terça-feira (01/09) porque o leite é considerado um dos alimentos mais nobres para o ser humano. Veja também porque a raça Jersey tem o leite mais cobiçado pela indústria e entenda o motivo que fez o preço desse produto subir mais de 20% desde o início do ano. Para falar sobre esses assuntos, o jornalista Emerson Alves e o professor de gastronomia Sandro Marques recebem a médica veterinária e criadora da raça Jersey, Ângela Maraschin, e o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS, Darlan Palharini. E como de costume tem a receita preparada pelo professor Sandro Masques, que desta vez é uma deliciosa "Leche frita". O AGROURBANO TV, vai ao ar também pelo @canalbahtv , (canais 20 / 520 da Net), todas as terças-feiras a partir das 21h. Assista o programa na íntegra clicando aqui. (AgroUrbano)
 

 

  

Porto Alegre, 01 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.297

Prorrogado prazo para recursos à lista com nomes de Indicação Geográfica no Acordo Mercosul-EU

As empresas e produtores podem enviar documentação até o dia 8 de setembro

Empresas e produtores interessados em integrar a lista dos que poderão usar nomes considerados Indicação Geográfica no âmbito do Acordo Mercosul-União Europeia podem apresentar recursos até o dia 8 de setembro. O prazo, que terminava nesta terça-feira (1º), foi prorrogado conforme Portaria 3, publicada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A documentação comprobatória deve ser enviada para o endereço eletrônico tnt.sri@agricultura.gov.br e será avaliada pelo Ministério. 

No último dia 25, foi publicada a lista das empresas e dos produtores que poderão usar nomes de bebidas e queijos como Indicação Geográfica dentro do Acordo Mercosul-União Europeia.

Conforme o acordo, alguns nomes de produtos passarão a ser protegidos como Indicação Geográfica na União Europeia, com uso permitido somente se tiverem sido produzidos na região de origem. É o caso das bebidas genebra e steinhaeger e dos queijos grana, fontina, gorgonzola, parmesão e gruyère.

Porém, alguns desses nomes já eram utilizados ou tinham denominações genéricas em produtos fabricados e comercializados nos países do Mercosul. Nesses casos, empresas do Mercosul que usavam os nomes até 25 de outubro de 2017 ou 2012 (dependendo do produto), a chamada data de corte estabelecida depois da negociação entre os blocos, poderão continuar utilizando-os quando o acordo entrar em vigor. As empresas que não estiverem na lista ficarão proibidas de usar esses nomes, nem mesmo acompanhados da expressão “tipo”. (MAPA)

               

GDT - Global Dairy Trade

Piracanjuba é a maior fornecedora de creme de leite e leite desnatado UHT do Brasil

Produzir alimentos é muito mais que processar matéria-prima. Desde 1955, a Piracanjuba se propôs à missão de alimentar com amor e com qualidade, sempre prezando pela inovação, pelo sabor, e por se antecipar às necessidades dos consumidores. Por isso, a marca comemora mais um importante reconhecimento, vindo diretamente dos supermercadistas: é a campeã em fornecimento nacional de creme de leite e leite desnatado.

A divulgação é da Revista SuperVarejo e foi feita com base no 16º ranking da Nielsen, especialista em pesquisas de mercado. O estudo revelou os fornecedores que mais se destacam em 136 categorias, contemplando quase meio milhão de estabelecimentos. Para chegar aos cinco principais fornecedores, o ranking classificou as vendas em volume, durante o ano de 2019.

A pesquisa também apontou que Piracanjuba é a terceira maior fornecedora de leite integral UHT e leite condensado do país, colocando a marca em destaque com quatro produtos.

“Ser destaque entre as cinco maiores marcas fornecedoras de lácteos tem um significado especial para a Piracanjuba, afinal, comprova que os brasileiros aprovam nossos produtos e assim, os supermercadistas fazem questão de ofertar a variedade do portfólio da marca”, destaca a Gerente de Marketing, Lisiane Campos. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Piracanjuba)
               

 
Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite tem encontro virtual, diz Seapdr
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) realizará um encontro virtual nesta quinta-feira (3), às 10h. Entre os assuntos debatidos estão: atualização do andamento da evolução do status sanitário do RS; alterações no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa); projetos do Programa Mais Leite Saudável; e reformas tributárias, federal e estadual. (Pagina Rural com informações da SEAPDR)

 

 

 

Porto Alegre, 31 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.296

Leite/América do Sul

No Cone Sul da América do Sul, Argentina, Uruguai e Chile, a produção de leite nas fazendas continua aumentando, principalmente, onde as condições do tempo proporcionam melhoria das pastagens. A expectativa é de que os volumes continuem crescendo na primavera.

De acordo com observadores, a oferta de leite cru é suficiente para atender as necessidades dos processadores.
A região está se acostumando com os protocolos de distanciamento social e ameaça do coronavírus, incorporando os procedimentos às normas operacionais das fábricas. As indústrias de laticínios procuram se adaptar às mudanças dos padrões de consumo, o que significa produzir mais leite fluido, particularmente, leite UHT. A produção de queijo destinada a pizzarias e restaurantes vem melhorando assim que o setor de serviços de alimentação retorna lentamente.

No Brasil o clima seco persiste, comprometendo o crescimento e a qualidade das pastagens. E mesmo que a produção de leite esteja crescendo lentamente, os volumes estão abaixo dos níveis registrados um ano antes. Os operadores das indústrias esperam por melhores condições climáticas na primavera, já que o fenômeno La Niña pode trazer mais chuvas em algumas das maiores bacias leiteiras. No momento a oferta de leite cru está aquém das necessidades de processamento. As indústrias continuam priorizando a produção de leite UHT em relação a outros produtos lácteos, já que é o item lácteo favorito dos consumidores durante a Covid-19.  (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

Leite/Oceania
A Austrália foi beneficiada com as recentes chuvas sobre as grandes regiões produtoras de leite, deixando o inverno ameno. O resultado são estoques confortáveis de ração e feno no início dessa nova temporada.
Os produtores estão com menor necessidade de transportar alimentos e manter estoques elevados. Os preços do feno caíram, contribuindo para melhorar a lucratividade dos produtores de leite.

Produção de leite na Europa cresceu 1,9% no primeiro semestre

Os dados do European Milk Market Observatory mostram um crescimento da produção, até junho de 2020, de 1,9% em relação ao mesmo período em 2019. Todos os principais produtores da União Europeia (UE) apresentam evolução positiva, com a França registrando aumento de 0,7% enquanto a Alemanha, de 1%. Os Países Baixos e a Polônia apresentam aumentos significativos de 2,4% e 2,8% na produção de leite no primeiro semestre de 2020, enquanto a Espanha e a Irlanda são os que apresentam os melhores valores com aumentos de 3,1% e 3,5%. 

Em relação ao mês de junho, destaca-se que houve um aumento geral de 1,4% com 173 mil toneladas de leite produzidas a mais que no mesmo mês em 2019. A Polônia é o país com maior percentagem e crescimento numérico, com um acréscimo de 4,5%, o que se traduz em mais 47.000 toneladas; seguido pela Irlanda, cuja produção aumentou em 2,9% com 30.000 toneladas de leite coletadas pelas indústrias a mais do que na temporada anterior. Holanda e Espanha se movimentam em cifras semelhantes, com aumentos percentuais de 0,9% e 0,7% com 11.000 e 5.000 toneladas a mais, respectivamente. 

O principal produtor, a Alemanha, teve aumento de 0,2% com mais 6.000 toneladas, enquanto na França houve uma diminuição da produção de 0,5%, que se traduz em uma redução de 9.000 toneladas. (As informações são do Agronews Castilla y León, traduzidas pela equipe do MilkPoint)

Nova torre de secagem da Lactalis tem data para ser inaugurada
A Lactalis Ingredients, a líder mundial na produção de soro de leite, está instalando uma nova torre em Verdun na França que será inaugurada ainda no verão de 2020. A companhia disse que isso significa o aumento da oferta da sua linha Flowhey de soro em pó em seus dois locais de produção em Mayenne e Verdun. O mercado global de soro de leite é extremamente dinâmico. A quantidade de soro líquido disponível para a indústria internacional está crescendo mais e mais a cada ano. Esse crescimento é impulsionado pelo produção de produtos lácteos: 2% ao ano de queijos. Embora os EUA continue sendo o maior exportador de soro e derivados de soro, com 400.000 toneladas por ano, a Lactalis Ingredients diz que a Europa é o líder na exportação mundial com mais de 600.000 toneladas por ano. A Lactalis Ingredients disse que agora está se posicionando como a maior produtora mundial de soro de leite desmineralizado. A Lactalis Ingredients desenvolve produtos como soro de leite em pó e outros ingredientes lácteos para atender às necessidades específicas da indústria de alimentos. (Dairy Reporter – Tradução livre: Terra Viva)