Pular para o conteúdo

         

 
 


 

Porto Alegre, 07 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.122

 

 Leite com Café
 
Reunido com o setor lácteo nacional, o representante da Receita Federal, apresentou na manhã desta quarta-feira (7/10), em Brasília, estudo desenvolvido com o objetivo de simplificar a forma de apuração e o aproveitamento dos créditos presumidos de PIS/Cofins. Representando o Sindilat, o diretor tesoureiro Angelo Paulo Sartor acompanhou o leite com café da manhã, que também reuniu parlamentares e lideranças. A ideia da Receita Federal é reduzir as diferenças de apuração e cobrança entre os diferentes setores e produtos.representante da receita federal 

Produção de leite da Nova Zelândia cai no ritmo mais rápido desde pelo menos os anos noventa

A queda na produção de leite da Nova Zelândia, cujas perspectivas de declínio têm sido um importante fator na recuperação dos preços globais, deverá ocorrer ainda mais rápido do que se pensava anteriormente - em seu nível mais acentuado desde pelo menos os anos noventa.

O Banco da Nova Zelândia (BNZ) expandiu para 6%, de 4%, a expectativa de queda nessa estação na produção de leite na Nova Zelândia. A previsão veio duas semanas depois de a Fonterra ter revisado sua previsão para queda na produção de leite em 2015-16, que começou em junho, para 5%, de 2%. A produção declinou em três estações até agora nesse século, mas nunca em mais de 3%, mostraram dados do BNZ.

O banco disse que essa redução nas expectativas seguiu uma produção menor do que a esperada de leite até agora nesse ano, até este mês, que tipicamente marca o pico sazonal na produção, o chamado "flush da primavera", ajudado pelas fortes condições de pastagens.

"A Fonterra notou que sua ingestão de leite caiu 8% em uma base semanal até setembro", disse o BNZ, citando condições de seca e o desincentivo aos produtores devido ao preço do leite, que alcançou seu menor valor em 13 anos no começo da estação. "A menor produção nesse ponto reflete uma combinação de clima desfavorável no inverno e começo da primavera, provavelmente menos vacas em lactação e baixo preço do leite".

O El Niño, que tem uma história de causar seca em algumas áreas importantes de produção leiteira, está gerando dúvidas sobre o futuro da produção. "A maior variação na oferta de leite anual ocorre na segunda metade da estação, durante o verão e o outono [no hemisfério sul]. É aí que as condições atuais do El Niño deverão prejudicar mais a produção, se de fato prejudicarem em alguma extensão".

Esses comentários seguem uma forte recuperação nos preços dos lácteos, que aumentaram 48% desde o começo de agosto nos leilões da GlobalDairyTrade, da Fonterra. "As expectativas de menor produção de leite na Nova Zelândia são pelo menos parte do forte aumento nos preços dos lácteos nos últimos dois meses".

A melhor previsão de preços tem potencialmente aumentado em NZ$ 2 bilhões (US$ 1,28 bilhões) as previsões de receitas com lácteos da Nova Zelândia, levando-as para um valor acima das de 2014-15. Entretanto, o valor "ainda será de mais de NZ$ 5 bilhões (US$ 3,21 bilhões) a menos do que o obtido nas duas estações anteriores e quase NZ$ 2 bilhões (US$ 1,28 bilhões) a menos que a média dos últimos cinco anos. 
Em 05/10/15 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,57382 
1,54878 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(Fonte: Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint.)

PREÇO INTERNACIONAL DE LÁCTEOS TEM NOVA ALTA

Cotação do leite em pó integral em leilão subiu mais 12,9%, para um valor médio de US$ 2.824 por tonelada.
Os preços dos lácteos no mercado internacional voltaram a registrar valorização expressiva ontem no pregão quinzenal da plataforma Global Dairy Trade (GDT), que tem entre seus principais participantes a cooperativa neozelandesa Fonterra.

A cotação do leite em pó integral subiu mais 12,9% sobre o leilão anterior, para um valor médio de US$ 2.824 por tonelada, enquanto o leite em pó desnatado teve alta de 13,4%, para um preço médio de US$ 2.267, conforme dados divulgados pela plataforma. Os preços negociados nesse leilão são referência para o mercado internacional de lácteos.

O pregão de ontem teve 180 participantes e vendeu 35.243 toneladas de produtos lácteos. No leilão anterior, no dia 16 de setembro, houve 186 participantes e 36.050 toneladas de lácteos foram vendidas.

Com a nova valorização, o leite em pó brasileiro fica mais competitivo no mercado internacional, apesar de o dólar ter baixado em relação ao real nos últimos dias, dizem analistas.

Depois de atingirem baixas históricas em agosto, os preços dos lácteos no leilão da plataforma GDT começaram a subir em meados daquele mês, depois que a Fonterra, maior exportadora de lácteos do mundo, anunciou que reduziria suas ofertas nos pregões. O efeito foi imediato e houve alta em todos os leilões desde o anúncio.

Para Laércio Barbosa, do Laticínios Jussara, a nova valorização ainda reflete a estratégia da Fonterra de reduzir as ofertas de lácteos. Mas Valter Galan, analista da consultoria especializada em lácteos MilkPoint, considera que a alta de ontem já é resultado do aumento da demanda por lácteos por parte de países africanos e do Oriente Médio.

Além disso, segundo o analista, também há negociações com lácteos a preços mais elevados fora do leilão, o que influenciou os valores no pregão. Na Europa, por exemplo, tem havido negócios com leite em pó integral por entre US$ 2.600 e US$ 2.800 e na Oceania, a US$ 3.000 por tonelada.

A China, no entanto, um dos clientes que têm capacidade de influenciar os preços internacionais, continua fora do mercado, de acordo com Galan. Para o analista, a redução da oferta pela Fonterra tem influência nas cotações negociadas no leilão, mas não é mais a principal razão. Ele acrescentou que também começa a haver queda nos estoques de lácteos dos EUA, outro importante exportador de lácteos.
(Fonte: Valor Econômico, adaptado pela Equipe Milknet)
 

 
Estudo aponta que se governo concedesse à iniciativa Privada 42% dos R$ 198 bi anunciados, PIB avançaria R$ 256 bi
A concessão de apenas uma parte do Programa de Investimento
em Logística (PIL), lançado em junho pela presidente Dilma Rousseff, seria suficiente para dar novo gás ao Produto Interno Bruto(PIB), que neste ano deve cair 2,85%. Cálculos da GO Associados mostram que se o governo conseguisse conceder à iniciativa privada 42% dos R$ 198 bilhões anunciados, havería um incremento de R$ 256,4 bilhões no PIB do Brasil. Os dados, constantes no 5º Boletim Trimestral da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apcop), mostram que, para cada R$ 1 investido, há um aumento de R$ 3 no PIB. A concessão de R$ 84 bilhões em estradas, aeroportos, ferrovias e portos criaria 4,9 milhões de novos postos de trabalho - até o segundo trimestre o setor havia perdido 700 mil empregos formais e informais por causa da crise econômica. "Quando uma empresa faz uma obra, ela compra insumos e contrata gente. É um círculo virtuoso, que terá impacto numa série de setores e atividades", afirma o sócio e economista da GO Associados, Gesner Oliveira. Segundo ele, os números que incluem apenas projetos considerados mais fáceis de serem implementados - são uma demonstração de como a infraestrutura pode contribuir para o crescimento da economia. Mas, apesar dos benefícios claros para combater a atual crise econômica, o governo empacou na agenda de concessões. Na melhor das hipóteses, apenas um leilão será realizado este ano: a Rodovia do Frango, entre o Paraná e Santa Catarina. Segundo o Ministério dos Transportes, os estudos foram encaminhados ao Tribunal de Contas da União (TCU) em 31 de agosto, com expectativa de ser liberado em 45 dias. Só a partir daí o governo poderia lançar o edital e marcar o leilão das rodovias, de R$ 3,5 bilhões. "O investidor olha com pessimismo para a economia brasileira, mas tem apetite por esses projetos", afirma o presidente da Apeop, Luciano Amadio. Para ter ideia do interesse da iniciativa privada, apesar da crise que assola o setor, a entidade formou79 grupos, cada um com três ou quatro empresas, para analisar projetos em 35 áreas diferentes. "Mas está tudo parado, seja em concessões do governo federal ou estadual. "Segundo o Ministério dos Transportes, duas rodovias estão em fase de audiência pública e outra deve ter os estudos enviados em breve para o TCU. Há ainda 11 lotes de estradas que estão em processo de procedimento de manifestação de interesse (PMI), em que as empresas frisem os estudos e apresentam para o governo fazer o leilão. Nas ferrovias, as PMIs começam a ser entregues pela iniciativa privada. O projeto mais avançado é o trecho Rio de Janeiro- Vitória. No setor de portos, o governo avançou na autorização de renovação antecipada de alguns contratos de arrendamentos. Até agora a Secretaria de Portos liberou a prorrogação do contrato de seis terminais, que devem representar investimentos de R$ 5 bilhões nos próximos anos. Há ainda expectativa de que o governo consiga fazer os leilões de áreas no Porto de Santos e Pará ainda este ano. "Temos de correr atrás para recuperar o prejuízo que o setor teve até agora", afirma Amadio. (Fonte: CNI)
 
 
Minas Gerais eleva ICMS sobre energia elétrica
A partir de 2016, vários segmentos econômicos no Estado de Minas Gerais vão pagar mais ICMS. Foram publicados no Diário Oficial do Estado o aumento da alíquota da energia elétrica para comerciantes e prestadores de serviços, de 18% para 25%, e a revogação de benefícios fiscais concedidos para uma série de produtos ¬ tratores, medicamentos, lâmpadas e uniforme escolar, entre outros. A alíquota do ICMS sobre a energia elétrica foi alterada por meio da Lei nº 21.781. A norma também inclui na legislação mineira a tributação sobre o comércio eletrônico interestadual ¬ bens ou serviços destinados a consumidor final não contribuinte. Estabelece os percentuais da nova partilha entre os Estados de origem e destino, segundo a Emenda Constitucional nº 87, publicada este ano. Já o Decreto nº 46.859 revogou benefícios fiscais que reduziram a alíquota do ICMS ¬ de 18% para 7% ou 12% ¬ recolhido em operações internas de uma lista longa de produtos, que inclui ainda telhas, embalagens, fios têxteis e água sanitária (12%) e blocos pré¬fabricados (7%). "Com a revogação dos benefícios, automaticamente volta a vigorar a alíquota original de 18%", afirma o advogado Marcelo Jabour, presidente da Lex Legis Consultoria Tributária. Ambas as novidades entram em vigor em janeiro. "O mais temerário é que as medidas, especialmente a relacionada à energia elétrica, vão aumentar o custo das empresas, o que deverá ser refletido no preço dos produtos comercializados ou serviços prestados", afirma Jabour. Segundo ele, porém, não há ilegalidade ou inconstitucionalidade nas normas.

 

    

 

         

 
 


 

Porto Alegre, 06 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.121

 

Leilão GDT: leite em pó integral sobe e se aproxima dos 3 mil dólares por tonelada
 
O resultado do leilão GDT desta terça-feira (6/10) apresentou novamente uma alta, dessa vez de 9,9% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$2.834/tonelada.
O leite em pó integral apresentou alta de 12,9%, sendo comercializado a US$ 2.824/tonelada. O leite em pó desnatado também continuou a subir, apresentando 13,4% de crescimento (US$2.267/tonelada) e, no mesmo caminho, o queijo cheddar também mostrou leve alta, com preços de US$3.234/tonelada (0,5% sobre o último leilão).
 
Apesar da alta, os volumes de venda no leilão GDT não apresentaram recuperação, inclusive sendo menores que os apresentados no ultimo leilão. Na comparação com o primeiro leilão de outubro de 2014, os volumes comercializados foram 36% menores. 
Os contratos para entrega futura de leite em pó integral apontam para uma manutenção dos preços no patamar entre US$2.800 e US$2.900/ton. 
Tabela 1 - Preços de leite em pó integral para entregas futura
 
Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência.

A Fonterra prevê uma redução na produção de leite na Nova Zelândia, estimando uma queda de 2 - 3% no ano safra entre 2015/16, o que tem estimulado as cotações de leite no mercado internacional. (Fonte:  MilkPoint & Global Dairy Trade)

 
 
 
Sperotto é reeleito presidente da Farsul

O atual presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, 77 anos, venceu a eleição da entidade para o triênio 2016/2017/2018 ocorrida hoje (5/10), em Porto Alegre, na sede da Federação. Sperotto recebeu 104 votos de um total de 133 sindicatos que participaram do pleito. João Batista Silveira, candidato da outra chapa, teve 29 votos. 
A vitória conduz Sperotto ao seu sétimo mandato consecutivo à frente da Farsul, consolidando-o como o líder que mais tempo permaneceu no comando da entidade. O novo mandato tem início em 1º de janeiro de 2016. 
Em seu discurso após o resultado do pleito no auditório da entidade, Sperotto destacou a posição de grandeza dos participantes do processo eleitoral, seguindo princípios de lealdade. "Essa conduta permeada pela dignidade e postura faz parte da história de 88 anos da Farsul, uma entidade que não tem inimigos", afirmou. O presidente eleito ressaltou que a sua gestão estará aberta para ouvir e receber proposições de todos para serem analisadas no conjunto. "Mantemos uma sequência de gestões com propostas diferentes. Neste novo mandato, avaliaremos o que foi cumprido e o que faltou realizar de nosso planejamento estratégico em vigência, e fazer as adequações necessárias", disse. 
Sperotto destacou que a atividade agropecuária vive hoje um momento excepcional, em que demais setores de economia estão amargando uma situação difícil. No entanto, esse cenário não reduzirá os seus esforços e da sua equipe na busca constante de um melhor ambiente de negócios para o setor. "Já temos uma reunião marcada em 14/10 na CNA para buscar um modelo de seguro agrícola efetivo", informou. Ao final, Sperotto fez um agradecimento especial para a sua diretoria, que tomou para si a responsabilidade de montar a chapa. Oito dos 31 integrantes são novos, decisão tomada com objetivo de ampliar a representatividade geográfica do Estado para melhor atender aos pleitos regionais. (Farsul)

Para CNI, novo bloco comercial vai afetar exportações brasileiras e reforça isolamento do país

BRASÍLIA (Reuters) - A Parceria Transpacífico, acordo comercial que une os Estados Unidos e outros 11 países da costa do Pacífico, acendeu um sinal de alerta na indústria brasileira, que prevê um impacto negativo nas exportações aos países que integram o bloco e reforça o isolamento comercial do Brasil.
Em nota a ser divulgada nesta terça-feira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirma que acompanha "com preocupação" as negociações para o mega-acordo comercial e teme a perda de competitividade no mercado norte-americano e nos países da Ásia incluídos no acordo.
A Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) une Estados Unidos, Canadá, México, Chile, Peru e Colômbia, Japão, Austrália, Vietnã, Brunei, Malásia e Cingapura em um acordo que derruba barreiras tarifárias e não tarifárias e reúne 40 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. O acordo foi anunciado na segunda-feira.
De acordo com a CNI, no último ano o Brasil exportou para essas economias 31 bilhões de dólares em produtos manufaturados, o que corresponde a 35 por cento de toda a pauta de exportação industrial do país.
"Com a assinatura do tratado, esses países terão cada vez menos barreiras, tarifárias e não tarifárias, no comércio intrabloco", diz a nota da CNI, alertando que o acordo é mais uma mostra "de que o mundo se fecha em grandes blocos e o Brasil e o Mercosul continuam isolados".
A CNI tem cobrado que o Brasil expanda suas tentativas de acordos comerciais, independentemente da ação do Mercosul. Uma das preferências dos empresários é justamente acelerar tratativas com os Estados Unidos -- não de um acordo comercial, impedido pelas regras do bloco sul-americano, mas de derrubada de barreiras não tarifárias.
O próprio ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, tem defendido essa postura, alegando que os Estados Unidos têm uma tarifa média de importação de 5 por cento, o que, na prática, funciona como uma abertura comercial.
As barreiras maiores são as não tarifárias, de padrões de qualidade, inspeção e sanitárias. O governo recomeçou este ano, depois de um congelamento de quase dois anos nas relações, a negociar acordos de padronização da produção para ampliar o acesso ao mercado norte-americano.
Na nota, a CNI defende ainda que o governo brasileiro acelere as negociações do acordo Mercosul-União Europeia, que poderá ter uma troca de ofertas este ano depois de mais de um ano praticamente sem evoluções. 
Depois de uma retomada promissora em 2012, por iniciativa dos europeus, o acordo perdeu fôlego. Entre outras razões, porque enquanto esperavam uma ação do Mercosul, emperrada pela má vontade argentina em negociar uma proposta que atingisse os 90 por cento das linhas tarifárias acertadas inicialmente, a União Europeia iniciou também uma negociação com os Estados Unidos para um acordo Transatlântico.
Inicialmente com atenção voltada para América do Sul, os europeus passaram a concentrar esforços nas conversas com o governo norte-americano.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu Fonte:br.reuters.com)

Aumento do custo de vida das famílias de baixa renda supera 10% em 12 meses

As famílias de menor renda podem esperar por um aumento do seu custo de vida nos próximos meses. Quem faz a afirmação é o economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), um dos responsáveis pelo Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC¬C1). O indicador mede o avanço dos preços dos produtos consumidos pelas famílias que recebem até 2,5 salários mínimos por mês. Em relatório divulgado nesta segunda-feira, o IPC¬C1 aponta inflação de 10,4% ao longo dos últimos 12 meses. No mesmo período, o IPC¬BR, índice mais amplo, teve aumento de 9,65%. Ou seja: os mais pobres estão com dificuldades maiores do que a população em geral para manter o padrão de consumo. Nos próximos meses, a situação ainda deve se agravar, de acordo com Braz. O economista calcula que o IPC¬C1 se aproximará de 11% até o final do ano. Ele cita o aumento do preço da energia elétrica no Rio de Janeiro programado para novembro e o diesel mais caro como os principais itens a pressionar o indicador. "Como boa parte do nosso transporte é rodoviário, o aumento do combustível deve gerar algum reflexo nos alimentos", diz. Itens como habitação (no qual é incluída a energia elétrica) e a alimentação têm maior peso na cesta da camada de menor renda. O quadro deve começar a ser revertido no ano que vem, justamente por causa dos alimentos. Os principais índices de inflação devem continuar acima de 6,5%, o teto da meta, segundo Braz. Mas o IPC¬C1 deve diminuir em certa medida, principalmente por causa de uma menor pressão dos alimentos. "Provavelmente, teremos chuvas mais regulares, o que torna também mais regular a oferta de alimentos", afirma. A tendência do preço dos laticínios, por exemplo, é de queda, segundo Braz. A lógica é a mesma: as chuvas beneficiam os pastos e, consequentemente, a quantidade de produtos derivados do leite. Por outro lado, o preço do pão deve subir, já que o trigo importado fica mais caro com o real desvalorizado. De qualquer jeito, André Braz diz que a parcela de menor renda da população é quem mais tem sofrido com a inflação. "O rico tem como se proteger com aplicações. O pobre não tem essa opção", afirma. (Fonte: Valor Econômino)

Ministério corre para fazer oferta de redução de tarifas a europeus

Preocupados com a Parceria Transpacífico, Mercosul e União Europeia tentam retomar as negociações para abrir seus mercados, que se arrastam há 16 anos. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, os dois blocos devem trocar ofertas de redução de tarifas de importação no próximo mês. "O acordo Transpacífico põe pressão sobre os europeus, que não podem ficar a reboque dos Estados Unidos", disse Monteiro à Folha. A UE é o destino de 18% das exportações brasileiras. Segundo Monteiro, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai já têm pronta uma proposta única de abertura de mercado. A Venezuela não vai participar do acordo. Europa e EUA também estão em tratativas para outro grande acordo comercial, a Parceira Transatlântica. Para o ministro brasileiro, os europeus perderam poder de barganha e precisam se aliar a outras regiões do mundo. Especialistas avaliam que o Brasil também ficou isolado e tem que correr para selar o acordo com os europeus.

 
 
G100 & Frente Parlamentar em Defesa da Bovinocultura de leite promovem café da manhã 
para debater o projeto para o novo PIS/Cofins
A Associação Brasileira de Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100)- presidida pelo Senhor Guglielmo Agostini da Matta e a Frente Parlamentar em Defesa da Bovinocultura de Leite - presidida pelo deputado federal Celso Maldaner (PMDB-SC) - realizam no próximo dia 7 de outubro, às 8h, na Câmara dos Deputados, em Brasília, um café da manhã que irá debater questões relativas à mudanças no modelo de tributação do PIS e Cofins.
Na ocasião, estarão presentes parlamentares membros da Frente e representações de entidades do setor agroindustrial de lácteos de todas as partes do País. Na oportunidade o G100 apresentará informações a respeito da política tributária de Pis e Cofins que paulatinamente passou a se praticar desde 2004 e os seus benefícios para a cadeia láctea.
SERVIÇO: Café da manhã com palestra do Subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal do Brasil, Dr. Paulo Cardoso | Data: 07/10/2015 (quarta-feira) Horário: 8h | Local: Câmara dos Deputados, Anexo IV, 10º andar (Salão Vip) 
(Fonte: Terra Viva)

 

    

 

         

 
 


 

Porto Alegre, 05 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.120

 

Comitê conhece estudo de impacto da nutrição na qualidade do leite
 
O comitê técnico da Fundesa (Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS) conheceu, nesta segunda feira (5/10), a proposta de estudo sobre o impacto da alimentação na produção do leite. O encontro ocorreu em Porto Alegre na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), que integra o grupo. O projeto de estudo dos professores Eduardo Schmitt e Márcio Nunes Correa, do Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária (NUPEEC) da Universidade Federal de Pelotas, visa à análise do impacto da nutrição das vacas na qualidade do leite. 
Segundo os professores, dependo do tipo de alimentação, o animal pode ter seu metabolismo alterado. Se aprovado, o projeto deverá ter duração de um ano, sendo que no período de 70 dias, um grupo de animais selecionados passaria por dietas específicas e pela reiterada de amostras de leite e sangue, para as análises. A viabilidade do projeto voltará a ser discutida na próxima reunião do comitê.
Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, essa é mais uma oportunidade de aproximação do Sindicato com a produção acadêmica, além da valorização do trabalho desenvolvido nas universidades. "Como na parceria entre o Conseleite/RS e a Universidade de Passo Fundo (UPF), acreditamos ser importante promover a ligação entre a academia e o setor produtivo", afirmou. Além de integrantes do comitê, o encontro teve a presença de convidados da indústria láctea. (Assessoria Sindilat)
 
(Foto: Mauren)
 
 
Emater e Santa Clara planejam ações com produtores de leite

Visando obter um diagnóstico da situação das famílias que participam do Grupo Pró-Leite, nos municípios de Cotiporã, Fagundes Varela, Vila Flores e Veranópolis, e planejar as atividades para o próximo ano, extensionistas da Emater/RS-Ascar, técnicos da Cooperativa Santa Clara e cerca de 40 produtores estiveram reunidos, nesta quinta-feira (01), no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, em Veranópolis.

Conforme o técnico em agropecuária da Santa Clara, Jones Treviso, a proposta do Grupo Pró-Leite, que foi lançado neste encontro, é reunir famílias que realizaram investimentos na bovinocultura de leite nos últimos anos e auxiliá-las no desenvolvimento da atividade.

Na ocasião, o assistente técnico estadual de sistemas de produção animal da Emater/RS-Ascar, Jaime Eduardo Ries, falou sobre o cenário e as perspectivas do leite, deixando alguns desafios diante desse cenário, para os produtores debaterem em grupos (por município), a partir de perguntas orientadoras. O grupo formado por nove produtores de Fagundes Varela manifestou o desejo de manter-se na atividade, investir mais e buscar a sucessão familiar, apontando para isso a necessidade de melhorar principalmente os custos, a alimentação e a reprodução animal e a genética.

O diagnóstico realizado com os produtores dos quatro municípios irá nortear a definição das prioridades e o planejamento das atividades coletivas que a Emater/RS-Ascar e a cooperativa irão desenvolver com o Grupo Pró-Leite, durante o próximo ano.(Fonte: Emater/RS)

G100 & Frente Parlamentar em Defesa da Bovinocultura de leite promovem café da manhã para debater o projeto para o novo PIS/Cofins

A Associação Brasileira de Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100)- presidida pelo Senhor Guglielmo Agostini da Matta e a Frente Parlamentar em Defesa da Bovinocultura de Leite - presidida pelo deputado federal Celso Maldaner (PMDB-SC) - realizam no próximo dia 7 de outubro, às 8h, na Câmara dos Deputados, em Brasília, um café da manhã que irá debater questões relativas à mudanças no modelo de tributação do PIS e Cofins.
Na ocasião, estarão presentes parlamentares membros da Frente e representações de entidades do setor agroindustrial de lácteos de todas as partes do País. Na oportunidade o G100 apresentará informações a respeito da política tributária de Pis e Cofins que paulatinamente passou a se praticar desde 2004 e os seus benefícios para a cadeia láctea.
 
O evento contará com uma palestra do Subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal do Brasil, Dr. Paulo Ricardo de Souza Cardoso. Em sua explanação, Cardoso abordará o projeto para o novo PIS/Cofins com foco no impacto para a agroindústria de leite e produtos lácteos, entre outros temas de interesse do setor. 
 
SERVIÇO: Café da manhã com palestra do Subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal do Brasil, Dr. Paulo Cardoso | Data: 07/10/2015 (quarta-feira) Horário: 8h | Local: Câmara dos Deputados, Anexo IV, 10º andar (Salão Vip) 
(Fonte: Terra Viva)
 
NE eleva impostos para reforçar caixa em 2016
Diante de um cenário adverso para arrecadação no curto prazo, os Estados do Nordeste estão recorrendo ao aumento de impostos para compensar a frustração de receitas neste ano e fortalecer o caixa para 2016. Sete dos nove Estados da região já mexeram nas alíquotas de tributos como ICMS, IPVA e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD). Em Sergipe, um dos Estados mais pobres da região, o pacote tributário não deve ser suficiente para evitar um deficit primário no próximo ano. Os Estados têm agido de forma praticamente coordenada nas modificações das alíquotas, seguindo orientações do Consórcio Nacional de Secretarias de Fazenda (Consefaz). As mudanças não são idênticas, mas seguem diretrizes semelhantes como a de escalonar o ITCD e o IPVA por faixas. 
O movimento de alta de impostos começou de forma discreta no Ceará, que em junho alterou as alíquotas do ITCD, e se intensificou em setembro, prazo limite para aprovar as mudanças a tempo de que elas comecem a vigorar em janeiro. Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Maranhão, Piauí e Sergipe já acionaram pacotes fiscais para enfrentar a crise e os únicos da região que ainda não mexeram nas alíquotas, Bahia e Alagoas, não descartam a possibilidade. No Rio Grande do Norte, o governo apresentou um projeto de lei de reordenação fiscal duas semanas atrás. O objetivo é compensar parte da frustração de receitas do ano, estimada em R$ 487 milhões até agora, com incremento da arrecadação de R$ 230 milhões. 
O projeto mexe com IPVA e ITCD, que se tornam escalonados, e com ICMS de alguns setores, como gasolina e álcool. A alíquota básica do ICMS subiu de 17% para 18%, se igualando a de São Paulo e Paraná. Mesmo com as medidas, ainda sobra déficit de R$ 257 milhões. Segundo o secretário de tributação do Rio Grande do Norte, André Horta, da mesma forma que o Estado não pode deixar de pagar servidores e fornecedores sob risco de o mercado afundar, o Executivo também não pode aumentar muito a arrecadação para que a economia não se ressinta. Ele diz que se nada fosse feito agora o Estado pararia de funcionar. Em Pernambuco, foi aprovado na semana passada um pacote tributário para melhorar em R$ 487 milhões a arrecadação do Estado em 2016. Houve aumento do IPVA, ITCD e ICMS, em formato semelhante ao do Rio Grande do Norte. 
O aporte era de 3,07% da receita corrente líquida em 2008 e no atual exercício esse índice deve chegar a 15,21%. Gama diz que o déficit primário é comum quando um ente público realiza um grande volume de investimentos a partir de operações de crédito, como ocorreu nos últimos cinco anos em Sergipe. Estado mais rico do Nordeste, a Bahia diz que "vai avaliar com cuidado o movimento de outros Estados" para não perder o poder de atratividade de empreendimentos já instalados. Segundo a secretaria de Planejamento do Estado, a Bahia está conseguindo manter seu equilíbrio fiscal com "muita dificuldade" e em "um ambiente de incertezas". No início da gestão, o governo baiano cortou 1,9 mil cargos e quatro secretarias ¬ obtendo uma economia de R$ 200 milhões anuais. Novos cortes devem ser anunciados, informa a secretaria. Assim como a Bahia, Alagoas informa que não propôs reforma tributária "até o momento". O governo do Ceará, que até agora mexeu apenas no ITCD, disse que "o Estado está continuamente avaliando a conjuntura e os cenários econômicos e lançará mão, sempre que necessário, dos instrumentos fiscais de que dispõe para manter seu equilíbrio orçamentário". (Valor Econômico)
 
FARSUL ELEGE HOJE NOVA DIRETORIA
Sai ainda hoje o resultado da eleição para a nova diretoria da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), uma das principas entidades do setor, no triênio 2016-2018. A votação, feita em cédula de papel, vai das 9h às 16h e ocorre na sede da entidade, na Capital. A previsão é de que por volta das 17h já se conheçam os números. Ao todo, 135 sindicatos rurais do Estado estão aptos a participar da escolha. Dois candidatos participam da disputa. O atual presidente, Carlos Sperotto, 77 anos, busca o sétimo mandato à frente da entidade por ele comandada nos últimos 18 anos. O desafiante é o ex-presidente do Sindicato Rural de Passo Fundo João Batista da Silveira, 57 anos.  Em zhora.co/giseleloeblein, confira as visões dos dois candidatos sobre o agronegócio e o futuro da entidades, como publicado na sexta-feira. (Jornal Zero Hora)

 

    

 

         

 
 


 

Porto Alegre, 02 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.119

 

2º Simpósio Nacional da Vaca Leiteira 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, recebeu na tarde desta sexta-feira (02/10) representantes da Comissão Organizadora do 2º Simpósio Nacional da Vaca Leiteira, evento que será realizado nos dias 23, 24 e 25 de outubro na Uniritter, Campus Fapa. Luiza Mendes e Pedro Mallmann falaram sobre a programação do encontro que trará cinco palestrantes internacionais a Porto Alegre.

O Sindilat está apoiando o evento, ação que, segundo Palharini, busca estar mais próximo de quem faz o agronegócio gaúcho. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site do evento: www.simposiovacaleiteira.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Reunião com organizadores do II Simpósio da Vaca Leiteira 
Crédito: Carolina Jardine
 
 
Consumidor entre 18 e 24 anos movimenta 57% das compras no país
Estudo realizado pela B2 apresenta ao mercado os principais hábitos e preferências de brasileiros, entre 18 e 24 anos. De acordo com o levantamento, os jovens são responsáveis por 57% da movimentação financeira do país, o que corresponde um poder de compra de R$ 32 bilhões por ano. Por esse motivo, se tornou um dos principais alvos das empresas. 

A pesquisa Radar Jovem está na sua terceira edição e trás números significativos para o varejo e operadoras de cartão. O Jovem brasileiro, na sua grande maioria prefere fazer suas compras à vista. Segundo o estudo, mais da metade usa o cartão de débito. Na seqüência, dinheiro (46%), cartão de crédito - única parcela (18%) e apenas 17% preferem parcelar suas compras. Entre as prioridades de compra, celular e tv a cabo aparecem bem citadas (55%), seguidos de transporte (53%) e vestuário, com 48%.

De forma quantitativa, o estudo é realizado com jovens de todo o Brasil e aborda temas como fonte de renda, marcas consumidas X desejadas, perfil de compra, posicionamento sobre o cenário político e econômico do país, entre outras informações valiosas que causam grande impacto no consumo e comportamento desse perfil, que já é responsável por 57% da movimentação financeira do país, o que corresponde a um poder de compra de mais de R$ 32 bilhões ao ano.

A B2 diz que "diferente das tradicionais pesquisas, o Radar Jovem 2015 apresenta informações relevantes e diferenciadas de forma que as empresas se comuniquem com esse consumidor".
- Hoje, os jovens são bombardeados de informações e sugestões de consumo. Para dialogar com esse público, é preciso ser assertivo - explica Ricardo Buckup, sócio-fundador da B2.

A metodologia do estudo acontece em três fases: Módulos 1 e 2 e acompanhamento. No Módulo 1 o participante responde uma pesquisa etnográfica, dividida em dados pessoais, de consumo (aquisição de informações, relação com política e lazer), bens de consumo (produtos que costuma comprar e marcas que admira), alimentação e transporte. O Módulo 2 abrange intenções de comportamento do participante para um determinado período (rotina). Já o acompanhamento ocorre, em tempo real, por meio de mídias sociais, o que auxilia a compreender e a comparar as intenções e atitudes do jovem, e mostra o que há por trás das pesquisas. A consolidação das informações é realizada com base no cruzamento das intenções de comportamento e das ações efetivamente realizadas.

Criado em 2012, o Radar Jovem teve como finalidade abranger os principais polos universitários, primeiro em São Paulo, posteriormente para todo o país. Em 2014, o objetivo era mapear talentos e proporcionar experiências reais para aproximar os jovens de uma rotina de mercado. O projeto surgiu de uma necessidade de que as empresas reclamavam do despreparo do jovem e esse, por sua vez, achava que a faculdade deveria ser uma base profissional, mas que acabava desistindo no meio do processo. Essas duas expectativas motivaram a pesquisa.
 
Educação financeira na infância é fundamental para 88% dos brasileiros
Os consumidores consideram importante a educação financeira das crianças. Pesquisa nacional realizada pela Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) para mapear hábitos de consumo para o Dia das Crianças e a Educação Financeira na Infância revelou que 88% dos brasileiros consideram "muito importante" a educação financeira para crianças. No ano passado, essa porcentagem foi de 76%.
Entre os entrevistados, 18% adotaram o sistema de mesada ou de semanada. Nesse grupo, 52% optaram por essa prática para estimular a educação financeira, enquanto 26% fizeram essa opção para ajudar as crianças a comprar lanches e outros produtos para alimentação. Para 21%, a mesada é uma recompensa pelo bom comportamento.

O levantamento da Boa Vista SCPC mostrou que em 96% dos casos as mesadas são pagas em dinheiro e que os demais optam pelo cartão, como forma de estimular os filhos a organizarem suas despesas.
Além disso, o levantamento revelou que 49% têm o hábito de poupar para os filhos. Desse grupo, 63% guardam dinheiro para apoiar as crianças nos estudos (escolas, faculdades e cursos extras). Destes, 38% poupam até R$ 50 por mês e 62% conseguem guardar acima desse valor.

Apesar dessa preocupação, 57% dos pesquisados pela Boa Vista SCPC revelaram que recorreriam aos recursos poupados para os filhos em caso de emergência financeira. Desse total, 54% utilizariam apenas parte da poupança em situações de necessidade, mas 46% admitem que poderiam recorrer ao total investido para resolver pendências financeiras urgentes.

Quase metade dos entrevistados (47%) disseram que podem substituir o tradicional presente do Dia das Crianças por uma aplicação financeira. Nesse caso, a principal opção é a caderneta de poupança, com 74% das menções. A amostra obtida foi de 1.034 respondentes. (Monitor Mercantil)

Embargo russo deve permanecer até 2018, diz especialista em lácteos

A Rússia não deverá remover o atual embargo às importações de alimentos ocidentais até "pelo menos 2018", previu o editor chefe do site russo The Dairy News, Mikhail Mishchenko, durante o World Dairy Summit, da Federação Internacional de Lácteos (IDF), realizado na semana passada em Vilnius, Lituânia. Segundo ele, é improvável que a Rússia remova o embargo até depois das eleições de março de 2018. "Na minha opinião, eles não removerão isso até pelo menos 2018. Isso é devido a diferentes razões, mas a principal razão é a política, porque temos uma eleição nesse ano".

O Primeiro Ministro russo, Dmitry Medvedev, introduziu um embargo de um ano às importações de carne bovina, suína, de frango, frutas, vegetais, leite e produtos lácteos da União Europeia (UE), Estados Unidos, Austrália, Canadá e Noruega em agosto de 2014. Em junho de 2015, a Rússia estendeu seu embargo até 5 de agosto de 2016. Entre julho de 2014 - um mês antes da Rússia introduzir o embargo - e julho de 2015, o preço médio do leite na UE por 100 quilos caiu de €36,97 (US$ 41,46) para €29,70 (US$ 33,31).

No mês passado, a Comissão Europeia anunciou um pacote de €500 milhões (US$ 50,78 milhões) para "resolver problemas" no setor de lácteos e carne suína. A Comissão também aumentou o Auxílio ao Armazenamento Privado (PSA) para leite em pó desnatado em mais de 100% e reintroduziu esse auxílio para queijos. Durante o World Dairy Summit, o vice-diretor geral para Agricultura e Assuntos Rurais da Comissão Europeia, Joost Korte, falou positivamente sobre o pacote de ajuda. "Esperamos que com nossas políticas - pacote de Phil Hogan - e as medidas tomadas, possamos colocar um piso no mercado, de forma que os produtores competitivos sobrevivam".

"Nós também temos uma série de sinais positivos. Há definitivamente resultados muito melhores do leilão Global Dairy Trade - nos últimos três nós basicamente vimos os preços aumentando no mundo todo. Os preços dos lácteos estão aumentando também e há um aumento nos preços do leite spot". Durante sua apresentação, Korte também revelou que a Comissão Europeia está trabalhando em medidas para combater os baixos preços varejistas do leite na Europa. 

Em 01/10/15 - 1 Euro = US$ 1,12157
0,89148 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do Dairy Reporter)

 
Nova Zelândia quer mais avanços no comércio de produtos lácteos
O ministro do Comércio da Nova Zelândia, Tim Groser, disse que ocorreram "vislumbres de avanços" quanto à abertura de mercados para produtos lácteos na última reunião do Acordo Transpacífico, mas que as condições ainda não são satisfatórias. De acordo com uma emissora de rádio da Nova Zelândia, Groser afirmou que ainda precisa ver propostas importantes para o acesso dos lácteos a outros países que formam o acordo. Representantes dos Estados Unidos, Japão, Canadá, México, Austrália, Nova Zelândia e outros seis países esperam conseguir entrar em acordo quanto aos últimos detalhes para fechar a Parceria Econômica Estratégica Transpacífico (TPP). No entanto, disputas sobre o comércio de carros, remédios e lácteos estão dividindo os países da TPP. Além disso, o processo eleitoral no Canadá e o início das campanhas nos Estados Unidos e no Japão dificultam as discussões. (As informações são do Estadão Conteúdo)

 

    

 

 

         

 
 


 

Porto Alegre, 01 de outubro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.118

 

Regulamentada a lei dos créditos do PIS/COFINS para lácteos 
 
Como esperado, o governo federal publicou, nesta quinta-feira (1º/10), a regulamentação da lei 13.137/2015, que trata dos créditos presumidos do PIS/COFINS para as empresas lácteas e cooperativas. Conforme o decreto n. 8.533 do Diário Oficial da União, a lei prevê a concessão de crédito presumido de 50% para empresas e cooperativas que apresentarem propostas de melhoria da qualidade do leite com investimento de 5% do benefício.  A medida integra o programa Mais Leite Saudável, lançado nesta semana pelo Ministério da Agricultura, em Brasília.

Ao comemorar a regulamentação, o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, ressaltou que os projetos irão elevar a qualidade do leite, uma vez que estimula as empresas e cooperativas a desenvolverem ações neste sentido. Além disso, são importantes neste momento em que há abertura de novos mercados internacionais.  "É uma lei muito inteligente porque promove o desenvolvimento da cadeia leiteira e garante o ressarcimento de recursos, que vão permitir um incremento no fomento da qualidade do produto por parte das empresas", afirmou Guerra. A comemoração também ocorre porque o Sindicato esteve presente desde o início e mobilizado para garantir, primeiro, a aprovação da lei e, em seguida, a sua regulamentação.

O Sindilat alerta ainda os seus associados que, conforme o decreto, somente depois da apresentação de projeto terá início a geração dos créditos. As propostas deverão ser protocoladas diretamente nas regionais ou postos do Ministério da Agricultura (MAPA), que terá prazo de 30 dias para análise. "É importante que os associados não percam tempo e elaborem as suas propostas, atentando ao fato de que deve ser detalhada a iniciativa, assim como apontadas as ferramentas que permitam identificar os seus resultados", enfatizou. O Sindilat colocou à disposição dos associados assessoria jurídica e técnica para auxiliar na elaboração das propostas. No site do Sindicato (www.sindilat.com.br) o associado terá acesso à legislação atualizada, parecer da assessoria jurídica e modelo de projetos. (Assessoria de Imprensa)

 
 
LEITE/CEPEA: Captação aumenta e preço ao produtor cai após 6 meses de alta

Depois de seis meses de altas consecutivas, o preço do leite pago ao produtor registrou queda em todas as regiões que compõem a "média Brasil" (MG, PR, RS, SC, SP, GO e BA), de acordo com pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

O valor líquido (sem frete e impostos) recebido pelo produtor ("média Brasil", ponderada pelo volume captado em agosto nos sete estados) recuou 1,2% de agosto para setembro, fechando a R$ 0,9844/litro. Na comparação com setembro/14, o preço está 9,9% inferior em termos reais (deflacionados pelo IPCA de agosto/15). O preço bruto médio (inclui frete e impostos) pago pelos laticínios/cooperativas foi de R$ 1,0667/litro, redução de 1,62% em relação ao mês anterior.

Conforme pesquisadores do Cepea, as quedas foram influenciadas, principalmente, pelo aumento da captação em todos os estados que compõem a "média Brasil" e também pela demanda enfraquecida por derivados lácteos. Em algumas praças, no entanto, há competição entre laticínios por produtores e isso ajudou a manter a estabilidade ou mesmo a proporcionar elevação dos preços nessas localidades.

Em agosto/15, o Índice de Captação do Cepea (ICAP-L/Cepea) teve alta de 4,62% em relação a julho e de 8,0% na comparação com agosto/14. Santa Catarina teve o maior aumento de captação, de 12,3%, seguido por Goiás (8,1%), Paraná (6,2%), São Paulo (4,2%), Bahia (2,8%), Rio Grande do Sul (2,5%) e Minas Gerais (1,5%).

Para o próximo mês, a expectativa da maior parte dos representantes de laticínios/cooperativas é de queda nos preços. Entre os compradores consultados pelo Cepea, 85,4% deles, que representam 93,9% do leite amostrado, acreditam que haverá novo recuo em outubro, enquanto apenas 14,6% dos agentes, que representam 6,1% do volume captado, sinalizam estabilidade para o próximo mês. Essas expectativas refletem o aumento da disponibilidade de leite nas principais regiões produtoras, principalmente nos estados da região Sul.

Gráfico 1 - Preços brutos pagos ao produtor - Média Brasil

Levantamentos do Cepea também sobre derivados lácteos negociados no segmento atacadista do estado de São Paulo mostram que o leite UHT e a muçarela se desvalorizaram em setembro pelo terceiro mês seguido. Agentes desse mercado relatam aumento dos estoques por parte da indústria e a necessidade de "promoções" no fim do mês para compensar a falta de demanda que tem sido observada. Com isso, muitas empresas tentam baixar seus estoques, o que influencia na queda dos preços.

Em setembro (até o dia 29), o leite UHT teve média de R$ 2,2458/litro e o queijo muçarela, de R$ 13,7817/kg, quedas de 2,96% e 1,28%, respectivamente, em relação a agosto/15. Esta pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (As informações são do Cepea/USP)

 
STJ determina que ao menos 30% dos fiscais federais continuem trabalhando

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deferiu nesta quarta-feira (30) a medida liminar requerida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que busca preservar a continuidade de serviços essenciais para a população durante a greve dos fiscais federais agropecuários, em especial as atividades que visam a proteger a saúde e a segurança alimentar.

A liminar foi analisada pela ministra Regina Helena Costa, que deferiu a solicitação do Mapa de que seja mantido percentual mínimo de 30% dos fiscais federais agropecuários nas atividades em geral. A magistrada determinou multa diária de R$ 100 mil por dia de descumprimento da decisão.

Nas atividades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), foi determinado que seja mantido pelo menos um fiscal com formação em medicina veterinária e um fiscal com formação em engenharia agronômica por turno de funcionamento de cada uma das 111 unidades do Vigiagro. Já em relação à atividade de inspeção permanente nos estabelecimentos de abate, deve ser conservado pelo menos um fiscal agropecuário com formação em medicina veterinária por turno em cada estabelecimento.

A liminar foi ajuizada em 25 de setembro pela Consultoria Jurídica do Mapa, por meio da Procuradoria-Geral da União, contra o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical). (As informações são do Mapa)

 
Senar dará assistência técnica no Programa Leite Saudável em 5 estados

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), através da sua metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), será o responsável pela assistência técnica e capacitação dos produtores rurais participantes do Programa "Leite Saudável". A iniciativa - que pretende aumentar a competitividade do setor lácteo e melhorar a qualidade do leite produzido no Brasil - foi lançada nesta terça-feira (29), pelo Ministério da Agricultura e pelo Sebrae.

Dentro dos sete eixos de ações definidos pelo Leite Saudável - assistência técnica e gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercados - o serviço prestado pelo Senar terá um papel fundamental. A ATeG trabalha de forma sistêmica em cinco passos para que a propriedade rural produza mais e melhor: diagnóstico produtivo individualizado; planejamento estratégico; adequação tecnológica; capacitação profissional complementar e avaliação sistemática de resultados.

Ao todo, nesta primeira etapa, o serviço oferecido pela entidade vai atender 3.560 propriedades de cinco Estados - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás. O convênio prevê visitas mensais de 4h/propriedade/mês e capacitações para os produtores (120h/propriedade/ano). Os critérios para seleção das propriedades que serão assistidas pela ATeG são: volume de produção (mínimo de 50 litros/dia e máximo desejável de 200 litros/dia), permanência do produtor por dois anos (assinatura de um termo de compromisso com o Mapa), comprovar o potencial para implementar as melhorias propostas pelo Programa e estar inserida nas rotas de comercialização.

Na opinião do coordenador nacional de Assistência Técnica e Gerencial do Senar, Matheus Ferreira, esse segmento é muito demandante e possui grande capilaridade no País, tendo ainda muitos produtores trabalhando de forma pouco profissional. Ferreira também destaca a importância das outras linhas de ações do Programa, que vão complementar a assistência técnica e contribuir para melhorar a produtividade, a renda e a sustentabilidade do setor lácteo nacional.

"Esses cinco Estados são muito representativos na produção de leite. Foi muito rico o Mapa ouvir o setor produtivo durante o desenvolvimento do Programa Leite Saudável e, assim, foi possível criar uma perspectiva de melhor produtividade e rentabilidade para o produtor. Já temos um software próprio de gestão da atividade leiteira, materiais técnicos, como o Caderno do Produtor de Leite, além de apostilas de capacitação da equipe técnica. O Senar está pronto para começar a atuar e contribuir para o sucesso do Programa Leite Sustentável", destaca.

O atendimento oferecido pelo Senar também contemplará a qualificação, difusão de tecnologia e melhoria dos processos de gestão - por meio da assistência técnica e formação profissional rural aos produtores, trabalhadores, transportadores e técnicos multiplicadores da cadeia produtiva do leite, com adoção de boas práticas agropecuárias para melhoria da segurança e qualidade do leite produzido. (Fonte: Senar)

 
Balança comercial tem maior superávit para setembro desde 2011
A balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 2,944 bilhões em setembro, divulgou nesta quinta-¬feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Esse é o melhor resultado para o mês desde 2011, quando o saldo foi de US$ 3,074 bilhões. O resultado foi puxado por uma queda maior das importações do que das exportações. Em setembro deste ano, foram US$ 16,148 bilhões em exportações e US$ 13,204 bilhões em importações. Desta maneira, o superávit no ano chegou a US$ 10,246 bilhões, o melhor desde 2012, quando o saldo acumulado foi de US$ 15,7 bilhões. Nos primeiros nove meses do ano passado, a balança acumulava um déficit de US$ 742 milhões. Somente na quarta semana, o superávit da balança comercial brasileira foi de US$ 879 milhões. (Valor Econômico)

         

 
 


 

Porto Alegre, 30 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.117

 

  Sindilat orienta protocolo de projeto para crédito PIS/COFINS a partir de amanhã

Diante da eminente regulamentação da Lei 13.137/2015, que permite a utilização dos créditos presumidos do PIS/COFINS, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) recomenda que os seus associados protocolem a partir desta quinta-feira (01º/10) os projetos de melhoria da qualidade do leite. Isso porque a lei prevê a concessão de crédito presumido de 50% para empresas e cooperativas que apresentarem propostas com investimento de 5% do benefício. O registro deve ser feito diretamente nas regionais ou postos do Ministério da Agricultura (MAPA).

A orientação foi repassada durante encontro na tarde desta quarta-feira (30/09) com associados para esclarecer questões ligadas ao decreto e à apresentação de projetos. Um deles é de que a lei abrange o leite e os seus derivados. Segundo o secretário-executivo, Darlan Palharini, havia dúvidas sobre a inclusão dos derivados. 

Sobre os projetos, o Sindicato apresentou a sugestão de um trabalho voltado ao monitoramento da tuberculose e brucelose. Entre as justificativas, explicou o secretário-executivo, está a importância da certificação diante da possibilidade de habilitação para exportação do leite, como para a Rússia e China.

Outro esclarecimento é que a obtenção dos créditos retroativos entre 2010 e 2015 poderá ser feita independente da apresentação de projeto. Já há um calendário específico para a solicitação dos valores ainda neste ano. A previsão é de que os créditos de 2010, no percentual de 60%, possam ser obtidos em 2015. Os valores referentes a 2011 serão pagos a partir de 1º de janeiro de 1016; os de 2012, em 2017; 2013, em 2018; e, por fim, os de 2014, em 2019. A medida não abrange as cooperativas, que não poderão solicitar os retroativos.

 
 
Encontro no Sindilat buscou esclarecer sobre a Lei 13.137 e projetos de melhoria da qualidade do leite 
Crédito:: Divulgação/Sindilat
 
 
"A CPMF é o plano A, B e C" , afirma Barbosa 

O governo não tem alternativa à recriação da CPMF, disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO) realizada ontem no Congresso Nacional. "A CPMF é o plano A, B e C" do governo federal, disse ele. O plano do governo de voltar com a taxação de movimentações financeiras foi duramente atacada durante a sessão. "Propusemos a CPMF porque ela tem o menor impacto inflacionário sobre a economia", explicou Barbosa depois de mais uma crítica ao chamado imposto do cheque. "Qualquer imposto sabemos que é um sacrifício por parte da população. Tem esse nome porque é uma obrigação. Não iríamos propor algo se não fosse necessário" acrescentou ele. 

Durante a sessão, foi sugerido pelo deputado Ricardo Barros (PP¬PR) que o governo eleve a Cide, o que necessitaria apenas de um decreto, em vez de voltar com a CPMF. Entretanto, a sugestão foi descartada por Barbosa, porque a contribuição incidente sobre combustíveis "jogaria o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para cima quando o combate a inflação começa a dar frutos". Barbosa ressalvou ainda que a "Cide é uma proposta que o governo pode eventualmente adotar, mas essa é uma avaliação do Ministério da Fazenda", que, segundo Barbosa, "está ouvindo sugestões sobre a tributação, mas continuamos a achar que melhor opção é CPMF", apesar de saber da resistência política no Congresso à proposta. 

O ministro também destacou a necessidade de manutenção dos vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff, como o relativo ao aumento dos servidores do Judiciário, que devem ser analisados hoje no Congresso. Isso é importante, prosseguiu, porque "nesse momento, é importante aprovar medidas na direção certa". Essa foi uma referência a recente perda do grau de investimento pelo Brasil após o rebaixamento da nota soberana do país decidida pela Standard & Poor's, que junto a outros fatores ele classificou de "turbulências", que criam "incertezas e atrapalham a recuperação". "Uma vez reduzida a incerteza, tem reflexo imediato na taxa de juros e câmbio e aí pode iniciar recuperação", disse. Segundo ele, a elevação da Selic foi necessária devido a inflação gerada pelo fim do represamento de diversos preços, como o de energia elétrica, feitos no ano passado. "A taxa básica de juros subiu junto com inflação. É remédio necessário para impedir que aumento temporário seja permanente", avaliou, acrescentando que os juros podem cair com a queda da inflação. 

Outro tema enfatizado pelo ministro do Planejamento foi a necessidade de cortes nos gastos obrigatórios do governo, especialmente na Previdência. "Enfrentar questão da Previdência é agenda que precisamos avançar tanto no curto prazo quanto no longo prazo", disse o ministro. Como exemplo, ele apontou que o governo fez até o momento um esforço fiscal de R$ 134 bilhões e "ainda assim a despesa total subiu R$ 65 bilhões", o que aconteceu, segundo ele, "devido a crescimento das despesas obrigatórias".  (Valor Econômico)

Produção em várias frentes

Na Cinnamon Ridge Farms, em Donahue, no Estado de Iowa, a expressão mais usada é verticalizar a produção. Com 2 mil hectares cultivados com soja e milho, rotacionados religiosamente todos os anos, a fazenda tem ainda pecuária de leite e de corte, criação de suínos e produção de ovos.

- Quando uma atividade está em baixa, a outra está em alta - explica John Maxwell.

Após passar por um inverno à temperatura de 20 graus negativos, com a neve congelando o solo em um metro de profundidade, o produtor se prepara para colher a safra de verão nos meses de setembro e outubro. Nas lavouras, cultivadas em plantio direto e convencional e com técnicas de agricultura de precisão, contará com ajuda da mulher Joan. Ela opera a única colheitadeira da propriedade e dá conta de boa parte do trabalho, ao lado da filha que também dirige as máquinas.

Na produção animal, o produtor tem oito funcionários, um deles estagiário brasileiro, que se revezam para alimentação das criações e do monitoramento do galpão de ordenhas mecanizadas.

- Se der qualquer problema no processo, o computador aciona um comando e recebemos o aviso pelo celular - conta Divair Weber, 23 anos, de Nova Laranjeiras (PR).

Formado no Brasil em técnica agropecuária, o jovem ficará seis meses na Cinnamon Ridge Farms, onde conquistou o 6º lugar em concurso nacional de produtividade leiteira da raça jersey. O rendimento médio das mais de 230 vacas em lactação é de 32 litros por dia - no Brasil, a média é de 4,45 litros. No total, o rebanho leiteiro chega a 600 animais.

Comércio sem vendedor
Com o leite, além da venda para indústria, a fazenda aproveita para produzir queijo. Em um comércio às margens de uma rodovia, os produtores vendem ovos, leite, pães e carne bovina e suína. Detalhe: a loja não tem vendedor, apenas câmeras de vídeo. Com os preços indicados nos produtos, os compradores podem escolher e deixar o dinheiro equivalente.

- Até hoje, apenas um comprador levou mais mercadoria do que o dinheiro deixado - conta Joan.

A foto do comprador "infiel", captada pelas câmeras, foi impressa e afixada na loja com pedido para que o avisassem que havia faltado dinheiro na compra. Poucos dias depois, o homem pagou as mercadorias. O modelo de negócio self service de produtos coloniais não é comum nos Estados Unidos. A opção é mais uma das feitas para economizar mão de obra. (Zero Hora)

 
Feira Anuga, de alimentos, na Alemanha, terá 83 empresas brasileiras
No próximo mês, 83 empresas brasileiras estarão na cidade de Colônia, na Alemanha, para participar da Anuga, a principal feira de alimentos e bebidas do mundo. Segundo estimativa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), os brasileiros devem fechar US$ 1,4 bilhão em negócios durante o evento e nos 12 meses seguintes. O número supera o da edição anterior, quando 73 empresas geraram US$ 1,1 bilhão em vendas. A última edição da Anuga, realizada a cada dois anos, foi em 2013. Este ano, o evento acontecerá entre 10 e 14 de outubro. De acordo com o gerente de Exportação da Apex, Christiano Braga, durante a feira, os exportadores brasileiros apresentam seus produtos a potenciais compradores. "As pessoas que trabalham com exportação de alimentos e bebidas vão a essa feira para descobrir tendências de mercado, seja em embalagens ou produtos", afirma. (Monitor Mercantil)
 

         

 
 


 

Porto Alegre, 29 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.116

 

  Mapa lança programa para melhorar qualidade do leite
 
O Ministério da Agricultura (Mapa) lançou nesta terça-feira (29/09) o programa Leite Saudável, que busca melhorar a qualidade do leite em um investimento total de R$ 387 milhões até 2019. Segundo a ministra Kátia Abreu, a ideia é auxiliar na ascensão social de 80 mil produtores e também qualificar a competitividade do setor lácteo no cenário internacional. O programa terá como foco os cinco principais estados produtores: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Eles são responsáveis por 72,6% da produção nacional.

As ações são divididas em sete eixos, que envolvem a assistência técnica gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercado. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou a indústria gaúcha no encontro, o programa está em consonância com as exigências que estão sendo feitas pelo governo aos laticínios para que esses usufruam dos créditos de PIS/Cofins previstos na  lei 13.137, o que deve ter sua regulamentação publicada em breve. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Antonio Araújo
 
 
 
Agricultura e Fazenda já assinaram regulamentação da 13.137

Nesta terça-feira (29/09), durante apresentação do programa Leite Saudável, em Brasília, a ministra Kátia Abreu informou que a regulamentação da lei 13.137 já foi assinada por ela e pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e que encontra-se na Casa Civil. O texto, que precisa ser regulamentado até esta quarta-feira (30/09), prevê concessão de crédito presumido de 50% para empresas que apresentarem projetos de melhoria da qualidade do leite com investimento de 5% do benefício.

 O Sindilat orienta seus associados a encaminharem ao Ministério da Agricultura seus projetos até esta quinta-feira (1º/10) para que não corram o risco de perder o benefício a partir do dia primeiro e o retroativo (ano 2010; 2011; 2012; 2013; 2014 e 2015). 

(Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
Weber chamará indústrias para debater o PL 214
 
Crédito: Marcos Eifler
 
O deputado estadual Elton Weber (PSB) assumiu nesta terça-feira (29/09) a relatoria do Projeto de Lei 214/2015 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa. O PL poderá reduzir em 30% os créditos presumidos concedidos pelo governo às indústrias, prejudicando a isonomia das empresas gaúchas perante os outros estados da federação. Após a confirmação, Weber afirmou que irá conversar com representantes de todos os setores afetados pelo projeto e o governo, e que não há prazo para entrega de parecer. "Não vou atropelar a discussão, ao contrário, darei o tempo necessário para fazer o parecer correto", pontuou.

Weber já havia articulado a retirada do pedido de urgência encaminhado pelo Executivo à Assembleia exatamente para promover maior espaço para o debate. Segundo ele, o PL precisa ser analisado com calma em função dos impactos financeiros e sociais, especialmente, nos setores agropecuários.

Com a tramitação do projeto, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) irá retomar a mobilização junto aos deputados em torno do PL, inclusive solicitando reunião com o relator. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, se aprovada, a proposta acarretará em perda de competitividade para os laticínios e desestímulo à economia gaúcha, uma vez que motivará a desaceleração dos investimentos no Estado do RS. Segundo ele, a retração ainda pode afetar milhares de produtores e as finanças de municípios que têm sua arrecadação ligada ao setor leiteiro. Segundo levantamento realizado pelo sindicato, o PL 214 representa uma redução de R$ 266 milhões no incentivo concedido anualmente à cadeia produtiva do leite, incluindo produtores e indústria.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Ainda em discussão 

A contratação de veterinários da iniciativa privada para a inspeção sanitária, aos moldes do que já é feito hoje em Santa Catarina e Paraná, pautou um longo debate, na tarde de ontem, na Federação da Agricultura do Estado (Farsul). Participaram representantes de órgãos dos dois Estados e de entidades do Rio Grande do Sul, além do secretário da Agricultura, Ernani Polo.

Fiscais estaduais agropecuários também estiveram na plateia. Embora o assunto esteja sendo colocado em discussão, o governo estadual afirma que não existe projeto em andamento para modificação do sistema - hoje, cabe ao setor público a tarefa de inspeção e fiscalização de produtos.

- Entendemos que a figura do agente público é fundamental para a inspeção. O que somos a favor é de que se aperfeiçoe o modelo vigente - aponta Lucila Carbonero dos Santos, da diretoria da Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado (Afagro).

O seminário é resultado da mobilização da Comissão da Agricultura da Assembleia Legislativa, que promoveu audiência pública e visita técnica a SC.

- Agora, a bola está com o governo - pondera o deputado Gabriel Souza (PMDB). (Zero Hora)
Greve dos Fiscais Agropecuários Federais é mantida por tempo indeterminado

A classe de Fiscais Agropecuários Federais mantém a greve por tempo indeterminado. No final de semana, foi veiculada uma informação em que a Companhia Minuano de Alimentos cancelaria o abate de 81 mil aves por conta da falta de espaço físico para estocagem. O motivo seria dificuldade na exportação por causa da greve, que iniciou no dia 17.

"Isso não é verdade. Sabemos que as empresas estão com dificuldades de estocar os seus produtos, no entanto com a greve, todos os serviços essenciais estão sendo mantidos, inclusive inspeção ante e pós morte", justifica a delegada Sindical do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Consuelo Paixão Cortes.

Ela relata que a categoria luta por uma reestruturação na carreira. Na pauta de reivindicações estão a mudança na nomenclatura de Fiscal, para Auditor-Fiscal, ocupação de cargos de gestão por critérios meritocráticos, aumento de contingente humano, adicional de fronteira e recomposição salarial.

Conforme o fiscal federal representante do Vale do Taquari Ricardo Cimirro, há dois anos havia 17 profissionais atuando na região. Ele relata que atualmente há nove e que poderá haver menos caso a medida imposta pelo governo de abono permanência aconteça. "Se não houver concurso, vamos ficar com apenas quatro fiscais veterinários para atender 1 milhão de abates de aves e 8 mil de suínos ao dia."

Segundo o fiscal Márcio Todero a falta de pessoal resultou em um termo e colaboração técnica entre o superintendente e as prefeituras municipais para suprir a demanda. Ele informa que o Ministério da Agricultura já sinalizou concordância. Resta o parecer do Ministério do Planejamento. "Nós tivemos uma reunião com o Ministério do Planejamento e foi colocada uma pessoa lá, da parte do governo, que não entendia nada das negociações que já haviam sido tratadas, foi uma falta de consideração total com a categoria", desabafa Consuelo.

Ela diz não entender a falta de importância dada a categoria. "Em todo país do mundo o serviço de devesa sanitária é muito valorizado. Por que aqui no Brasil, que o PIB do agronegócio é a âncora que está sustentando a balança comercial, não é valorizado? Nós não entendemos essa dicotomia." (As informações são da Rádio Independente)

Primeiro lote de leite em pó uruguaio é exportado para a Venezuela

A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) enviou o primeiro lote de leite em pó à Venezuela na semana passada. Trata-se de 4.000 toneladas por um valor total de US$ 14,9 milhões, segundo dados da Alfândega. Desse modo, o preço por tonelada exportada foi de US$ 3.744. Ainda não foram concretizados os embarques de queijos.

Durante o fechamento da Expo Prado, na semana retrasada, o presidente da Conaprole, Álvaro Ambrois, confirmou que na próxima semana sairia o primeiro embarque à Venezuela e considerou "muito importante ter conseguido essa negociação na situação em que vive hoje o setor leiteiro". Apesar de essa ser uma boa notícia ao setor, ele disse que o contexto segue com muitas dificuldades. "Temos um contrato de volume que é muito interessante para nós".

A confirmação da venda de 44.000 toneladas de leite em pó e 12.000 toneladas de queijos à Venezuela gera expectativas sobre a estabilização de preços pagos ao produtor no mercado local. Em curto prazo, no entanto, são possíveis novos ajustes para baixo. "Creio que esse negócio permitiria sustentar o preço mais para frente, mas o piso estaria mais baixo, em 7,80 pesos (US$ 0,26) por litro".

Ambrois disse que é necessário não ter muitas expectativas sobre o impacto do negócio no preço pago ao produtor. "Esta não é uma solução definitiva. Ter um volume exportado é importante, mas é necessário manter a cautela", disse ele, após chegar da Venezuela.

Em 28/09/15 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03395
28,3840 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são da Blasina y Asociados)

Fonterra eleva em 75 centavos o preço do leite ao produtor

A gigante Fonterra revisou a previsão de pagamento da temporada 2015/16 para NZ$ 5/kgMS, [R$ 0,98/litro] em resposta à queda de produção e recuperação dos mercados. A Fonterra terá como base o preço ao produtor de NZ$ 4,60/kgMS,[R$ 0,90/litro], 75 centavos maior, e dividendos de 40-50 centavos, o que totalizará NZ$ 5-510/kgMS. Reflete o melhor posicionamento do leite em pó integral e desnatado no mercado global, que desde julho já tiveram crescimento de 44% e 21%, respectivamente.

De acordo com o presidente da Fonterra, John Wilson, o manejo nas fazendas para enfrentar os baixos preços, levou à queda na produção. "Os atuais preços internacionais são insustentáveis. Embora existam sinais de redução dos estoques globais, e ligeira recuperação da demanda, a sustentação dos preços ainda está por vir. Até agora a produção já está 5% menor que na temporada passada, e na comparação semanal, já detectamos queda de 8%", acrescentou John Wilson. A Fonterra prevê queda de mais de 5% na produção, na temporada. (The Dairy Site/Tradução livre: Terra Viva)

 
Russos à vista 
Indústrias de leite do Estado estão no roteiro da comitiva russa que vem ao Brasil, nos próximos dias, para vistoriar as 13 empresas habilitadas à exportação de produtos lácteos. Informação repassada pelo Ministério da Agricultura a Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do RS (Sindilat), indica que CCGL, Cosuel e Lactalis serão auditadas pela equipe. Além da Rússia e da China, que já deram sinal verde à entrada do produto brasileiro, o governo federal estaria tentando abrir as portas do mercado do Panamá. (Zero Hora)
 

 

    

 

         

 
 


 

Porto Alegre, 28 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.115

 

  Governo deve regulamentar lei do PIS Cofins nesta terça-feira

Depois de grande articulação da indústria láctea gaúcha capitaneada pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), a regulamentação da lei 13.137/2015 deve ocorrer nesta terça-feira (29/9), autorizando as empresas do setor a se beneficiarem de um crédito de PIS/Cofins de 50%. Para isso, 5% do valor do benefício deve ser aplicado em melhorias no setor e assistência técnica.O assunto foi debatido em reunião de associados do Sindilat nesta segunda-feira (28/09), em Porto Alegre. 

O anúncio é esperado para o final da manhã desta terça e deve ser feito pela ministra Kátia Abreu, durante reunião, às 11h, quando detalhará o Programa Leite Saudável. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, foi convidado pelo Mapa para representar o setor lácteo gaúcho. 

Uma das linhas de orientação do Sindilat para os laticínios associados é a adoção de projetos que prevejam o monitoramento e certificação de propriedades como livres de brucelose e tuberculose. "Trabalhar com propriedades livres de brucelose e tuberculose é fundamental para que as empresas e produtores consigam dar continuidade e abrir novos mercados a exemplo da Rússia e da China", acrescentou Palharini.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o benefício fiscal será revertido na melhoria dos processos e na qualidade do setor leiteiro. Isso porque, para desfrutar do incentivo, as empresas precisarão apresentar projeto técnico voltado para a qualificação da produção a partir de 1º de outubro.  Os laticínios estão preparando seus projetos, para os quais o Sindilat disponibilizou sua assessoria técnica e tributária. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

  
Reunião de associados na sede do Sindilat/RS
Crédito: Carolina Jardine/ Divulgação

 
 
Número de vacas deve diminuir na Nova Zelândia em 2016

A lucratividade no setor leiteiro está atualmente difícil na Nova Zelândia de forma que os números totais de vacas em 2016 deverão declinar pela terceira vez em 28 anos. A desaceleração na demanda global está sendo agravada pela maior produção de leite em muitos países e tem criado um excedente de ofertas em todo o mundo. No processo, o maior exportador de lácteos tem visto os preços do leite ao produtor caírem.

As taxas de abate aumentaram em resposta a isso e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê que o número total de animais leiteiros na Nova Zelândia no próximo ano cairá cerca de 4,2% com relação aos níveis atuais. Se isso acontecer, esse seria o primeiro declínio em uma década e somente o terceiro desde 1988-89. Por outro lado, a indústria de carne bovina do país deverá crescer em 2016, impulsionada pela contínua demanda e pelo preço da carne.

Hoje, para os produtores de leite neozelandeses a produção de leite é uma proposta perdedora. A cooperativa Fonterra recentemente reduziu sua previsão de pagamento pelo leite para NZ$ 3,85 (US$ 2,44) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,32 (US$ 0,20).

De acordo com o DairyNZ, organização da indústria que representa todos os produtores de leite da Nova Zelândia, o preço de equilíbrio (ou seja, suficiente para cobrir os custos, mas sem lucros) na região de Waikato é de NZ$ 5,70 (US$ 3,61) por quilo de sólidos do leite - NZ$ 0,47 (US$ 0,29) por quilo de leite. Seus dados históricos mostram que os números nacionais de vacas em ordenha aumentaram desde os anos oitenta, passando de 2,03 milhões de cabeças em 1980-81 para 4,92 milhões em 2013-14. 
    
Em 22/09/15 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,63490
1,57505 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do www.hoards.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Produtores de leite da União Europeia recebem auxílio apesar da forte produção

Apesar dos protestos generalizados em toda a Europa, os produtores de leite ainda terão um grande volume do produto. Durante julho de 2015, a produção de leite na União Europeia (UE)-28 (excluindo Espanha e Croácia) foi de 12.606 toneladas, que é 4,4% a menos do que em junho, mas ainda 2,6% a mais do que no ano anterior. Novamente, Holanda e Irlanda ficaram no topo da lista dentre os que mais tiveram aumentos com relação ao ano anterior, com crescimentos de 10,5% e 12,2%, respectivamente. A Alemanha, maior nação produtora de lácteos da UE-28, continuou expandindo a produção de leite, com um aumento de 2,6% comparado com o ano anterior.

A França, segundo maior produtor de leite da Europa, continuou positiva em julho, com aumento de 0,4%, mas os ganhos começaram a mostrar sinais de desaceleração. A produção da Itália caiu com relação ao ritmo do ano anterior (5,2% em julho). No total, a produção em seis países caiu com relação aos níveis do ano anterior.

Na semana passada, a Comissão Europeia anunciou detalhes adicionais do plano de ajuda de €500 milhões (US$ 563,23 milhões). A maioria do dinheiro será direcionada para a indústria de lácteos; €420 milhões (US$ 473,11 milhões) do fundo será distribuído às indústrias de lácteos e suínos dos Estados Membros. O comissário acredita que os países individuais estão em uma posição melhor para distribuir os fundos a seus produtores. 

Um adicional de €30 milhões (US$ 33,79 milhões) será usado para comprar produtos lácteos para os refugiados. Além disso, a Comissão Europeia aumentou o atual programa de Auxílio à Estocagem Privada para estender a estocagem paga pelo governo para leite em pó desnatado e queijos de 3-6 meses para um ano. Embora a ajuda direta aos produtores de leite somada a outros programas de melhorias poderia ser uma boa notícia para muitos, não se sabe o quanto essas medidas vão compensar o declínio de mais de 20% nos preços registrados em agosto, comparado com o ano anterior. (As informações são do Dairy Daily)

Lucro da Fonterra subiu 183%, mas vendas caíram 15% no ano fiscal 2015

A companhia de lácteos neozelandesa, Fonterra, informou que suas receitas caíram 15%, para NZ$ 18,8 bilhões (US$ 11,78 bilhões) no ano fiscal terminado em 31 de julho de 2015. As vendas totais em volume no período, por seu lado, subiram 9% para 4,3 milhões de toneladas. De acordo com comunicado divulgado pela cooperativa, o lucro líquido depois dos impostos da Fonterra subiu 183%, para NZ$ 506 milhões (US$ 317,25 milhões) e o Ebit normalizado aumentou 94%, para NZ$ 974 milhões (US$ 610,68 milhões). A Fonterra informou que obteve os resultados depois de performance mais forte na segunda metade do ano fiscal num "mercado em condições difíceis".

A cooperativa vai pagar aos 10.500 associados um valor final de NZ$ 4,65 (US$ 2,91) na temporada 2015, compreendendo um preço de NZ$ 4,40 (US$ 2,75) por quilograma de sólidos (kgMS) entregue [equivalente a NZ$ 0,36 (US$ 0,22) por quilo de leite] e um dividendo de 25 centavos de dólar neozelandês (15,67 centavos de dólar) por ação. O valor final é 45% inferior ao de igual período um ano antes.

O presidente da Fonterra, John Wilson disse, no comunicado, que condições de mercado "extremamente desafiadoras" afetaram todas as áreas de negócios da cooperativa. "A queda dos preços globais dos lácteos devido ao desequilíbrio entre oferta e demanda impactaram o preço do leite, enquanto o dividendo refletiu os custos mais altos de financiamento após investimentos significativos na capacidade (...) e investimentos essenciais no estratégico mercado da China", disse. Segundo ele, houve melhora da performance na segunda metade do ano fiscal, o que resultou em aumento nos ganhos. Isso foi possível graças ao crescimento nos negócios ao consumidor final e no food service e ao avanço no negócio de ingredientes, o que compensou os preços baixos do leite com melhores margens.

Conforme o balanço da Fonterra, os custos dos juros sobre financiamento subiram NZ$ 95 milhões (US$ 59,56 milhões), para NZ$ 427 milhões (US$ 267,72 milhões), o que teve um impacto de cerca de 6 centavos de dólar neozelandês (3,76 centavos) por ação. (As informações são do Valor Econômico)

Plataforma GlobalDairyTrade (GDT) aumenta transparência e liquidez

A plataforma de leilão online da Fonterra, GlobalDairyTrade (GDT) emendou as Regras de Mercado do GDT para fortalecer a transparência e a liquidez da plataforma. As mudanças acomodam três propostas sobre previsões de vendedores, dados comerciais adicionais e maiores pools de oferta e demanda: 

- o GDT estabeleceu um procedimento que permite aos vendedores publicar intervalos normais de orientação para as suas previsões de abastecimento, obrigando-os a publicar demonstrações explicativas se suas previsões variarem além desses intervalos;

- as novas regras emendadas permitem que o GDT forneça dados adicionais ao mercado, disponibilizando pela primeira vez as quantidades vendidas e os dados de participação do licitante por região, além das relações de oferta/demanda em tempo real durante o Evento Comercial. Esses dados estarão disponíveis através do serviço de assinatura a partir do começo de 2016;

- o GDT aumentará a liquidez criando pools maiores de demanda e oferta, agregando grupos de produtos. Um foco inicial na oferta de um grupo de vendas de gordura do leite que combina gordura anidra do leite e manteiga estará disponível no começo de 2016.

O diretor do GDT, Eric Hansen, disse que a atualização das Regras de Mercado do GDT permite que a plataforma continue inovando na indústria de lácteos e nos setores de serviços financeiros. "O GDT recebeu um amplo suporte para progredir nas propostas que colocamos para consulta pública em junho. Essas mudanças, que foram endossadas pelo Conselho Consultivo do GDT, são parte de nosso caminho para o futuro crescimento e desenvolvimento de serviços digitais".

Além do descrito acima, o GDT está avançando em planos para fortalecer sua governança através do estabelecimento de um Conselho de Supervisão. Mais informações estarão disponíveis em outubro. As mudanças nas Regras de Mercado entrarão em efeito no Evento Comercial 149 em 6 de outubro de 2015. (As informações são da GDT, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
CCJ escolhe relator do PL 214 nesta terça-feira
O Projeto de Lei 214, que reduz em 30% os créditos presumidos das agroindústrias gaúchas, deve entrar na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (29/9). Frente à necessidade de enfrentamento da matéria, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, reunido nesta segunda-feira (28/9) com dirigentes de indústrias associadas, sugeriu mobilização para expor a inviabilidade dessa alteração tributária . "É uma mudança que penaliza apenas as empresas  gaúchas e tira a competitividade da nossa indústria", pontuou Guerra. Na sessão, deve ser escolhido o relator da matéria. Durante o encontro de associados, também foi debatida a necessidade de apresentação de projetos técnicos de melhoria da qualidade do leite ao Ministério da Agricultura para que as indústrias se beneficiem de créditos de PIS/Cofins conforme a nova lei 13.137, que, espera-se, seja regulamentada nesta terça-feira (29/9) durante reunião entre lideranças do setor leiteiro e a ministra Kátia Abreu, em Brasília.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

 

    

 

         

 
 


 

Porto Alegre, 25 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.114

 

  Créditos de PIS/COFINS dependerão de projeto de melhoria de qualidade do leite
 
As empresas e cooperativas de laticínios gaúchas que pretendem manter os créditos presumidos do PIS/COFINS precisarão apresentar projetos de melhoria da qualidade do leite a partir do dia 1º de outubro, conforme a lei 13.137/2015, que deverá ser regulamentada na próxima semana. O esclarecimento foi feito nesta sexta-feira (25/09) por técnicos do Ministério da Agricultura (MAPA) durante oficina em Brasília, e será detalhado às indústrias gaúchas na segunda-feira (28/09) em reunião, a partir das 13h30min, dos associados na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), em Porto Alegre.

Presente no encontro, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ressalta que este tema será discutido entre os associados, e o mesmo entende que os projetos sejam voltados para o controle da tuberculose e brucelose do rebanho. Isso porque essa certificação é recomendada para os negócios internacionais e pela facilidade de entendimento pela Receita Federal, que irá analisar os projetos. Por consequência, uma propriedade certificada normalmente tem qualidade do leite e resultado financeiro melhores do que uma propriedade não certificada. Além dela ser importante para a conquista de mercados, é fundamental para a saúde pública. A preocupação do Sindicato também é a de informar que todas as empresas e cooperativas interessadas em manter os créditos, independente da opção por inspeção municipal, estadual ou federal, terão que protocolar as propostas na regional ou escritórios do MAPA.

Outro alerta trazido pelo secretário é de que as empresas fiquem atentas ao prazo de protocolo de projeto. Os créditos presumidos somente serão utilizados na sua totalidade a contar dessa data. Assim, caso deixem para fazê-lo mais à frente, terão o percentual reduzido. Com base nessas informações, o Sindicato irá ainda auxiliar, especialmente, as pequenas e médias empresas na elaboração dos seus projetos. Na oficina estiveram presentes representantes das empresas gaúchas, como da Santa Clara, Piá, Lactalis, Nestlé, IGL e Dália. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Encontro reuniu representantes das empresas de laticínios em Brasília
Crédito: Darlan Palharini/Sindilat
 
Governo e bancada ruralista tentam encerrar greve de fiscais

O Ministério da Agricultura e deputados da bancada ruralista do Congresso Nacional vêm tentando desde terça-feira convencer os fiscais agropecuários federais a encerrarem a greve iniciada na quinta-feira passada. Até agora, porém, as tentativas fracassaram por falta de consenso com os dirigentes da Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), que calcula que a adesão à greve é de cerca de 70%. Apesar das tratativas fracassadas, o sindicato admite "agilizar" alguns processos como análise de vacinas e liberação de produtos perecíveis, entre outras medidas.

Além de um reajuste salarial de 27%, os fiscais agropecuários federais reivindicam demandas como a contratação de profissionais da área por meio de concurso, mudança da nomenclatura para auditor fiscal, regulamentação de um adicional de fronteiras e a ocupação dos cargos de gestão do Ministério da Agricultura por critérios de meritocracia. Os órgãos responsáveis por atender esses pleitos são os ministérios da Agricultura e do Planejamento.

Durante todo o dia de ontem, houve duas reuniões entre representantes da entidade sindical e deputados e senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Integrantes da FPA também estiveram com a ministra Kátia Abreu, da Agricultura, tentando negociar um prazo de resposta para os fiscais. De acordo com o presidente FPA, o deputado Marcos Montes (PSD-MG), a ideia era tentar negociar com o governo as principais pautas de reivindicação dos fiscais, desde que eles concordassem em pôr fim à greve ontem.

Maurício Porto, que preside o Anffa, disse que o comando de greve se reuniu durante todo o dia para deliberar sobre o apelo dos parlamentares ruralistas para que os fiscais agropecuários, no mínimo, flexibilizassem as paralisações em pontos de maior movimentação de cargas de alimentos, como portos e frigoríficos, por exemplo.

"Como ninguém do Ministério do Planejamento nos recebeu até agora, achamos melhor prosseguir com o movimento de parar nossas atividades. Há um descaso total do governo conosco", afirmou Porto. "A gente até já abandonou a questão salarial. Sabemos que o país está quebrado, então estamos reivindicando mais as outras pautas, mas já admitimos arrefecer a greve em algumas situações", disse ele. Segundo o dirigente sindical, pelo menos produtos perecíveis, medicamentos, animais vivos e laboratórios que fazem análises de vacinas vêm merecendo mais agilidade dos fiscais.

Um fiscal que atua diretamente no comando de greve conta que os lugares com situação mais crítica até agora são os portos de Santos (SP) e de Rio Grande (RS) e alguns frigoríficos no Paraná. Segundo ele, nesses pontos já há bastante carga e contêineres à espera de fiscalização. Autoridades do governo inclusive já pediram para que os fiscais reduzam as paralisações nessas áreas. Só no Porto de Santos, o Anffa já contabiliza cerca de 7 mil contêineres retidos com as paralisações. (As informações são do Valor Econômico)

 
 
Comissão Europeia prepara medidas para lidar com baixos preços varejistas do leite

A Comissão Europeia está trabalhando em medidas para combater os baixos preços varejistas do leite na Europa, disse o vice-diretor geral para Agricultura e Assuntos Rurais da Comissão durante a World Dairy Summit, da Federação Internacional de Lácteos (IDF), realizada em Vilnius, na Lituânia, Joost Korte. "Medidas estão sendo preparadas para resolver esse problema".

Korte não forneceu detalhes, mas insinuou que os Estados Membros da União Europeia (UE) poderão ser encorajados a estabelecer autoridades nacionais, como a Groceries Code Adjudicator, do Reino Unido, que é um órgão de inspeção independente que avalia a relação entre os supermercados britânicos e seus fornecedores. Ele disse que na Espanha há a mesma coisa e que na Lituânia, o governo tem sido extremamente ativo e adotou uma legislação para garantir que os produtores rurais sejam tratados de forma justa. "Então, estamos pensando agora o que podemos fazer e trazer disso para um sistema europeu mais claro". Ele disse que isso é algo que Phil Hogan quer fazer no próximo ano.

Os varejistas em vários Estados Membros da UE foram acusados de pressionar os fornecedores reduzindo os preços do leite. No Reino Unido, por exemplo, os consumidores podem comprar uma garrafa de 2,27 litros e leite fresco por apenas US$ 1,36 - o que dá US$ 0,59/litro. No começo desse ano, os produtores de leite britânicos protestaram pelos baixos preços do varejo removendo grandes quantidades do produto das lojas. Depois, produtores levaram duas vacas às lojas da rede Asda, em Stafford.

Em outros Estados Membros, a situação não é muito clara, disse Korte durante o evento. "Varia muito de país para país, de produto para produto e as evidências são realmente fracas. As pessoas frequentemente dizem que é porque os varejistas são muito poderosos, mas se você olhar as evidências verá que esse problema não é tão claro". (As informações são do Dairy Reporter)

 
 
Vendas para a China em 2016

As vendas de produtos lácteos brasileiros para o mercado chinês devem começar nos primeiros meses de 2016. A previsão foi feita pelo presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat), Alexandre Guerra, ontem, um dia depois de saber que o Ministério da Agricultura (Mapa) conseguiu a validação, pelo país asiático, do certificado sanitário internacional do Brasil. 

Com a validação, as autoridades sanitárias chinesas não precisam mais vir ao Brasil fazer novas inspeções para liberar as plantas. "O Mapa responderá pela homologação de cada uma delas", explica Guerra. Segundo o presidente do Sindilat, a China já mandou os formulários para cadastros ao Mapa. Depois de traduzidos, os documentos serão enviados às indústrias de laticínios. Ao final, o Mapa irá habilitar as que preencherem os requisitos para o mercado chinês. "Todo esse processo requer alguns meses", prevê Guerra. Como já há habilitação de empresas para a Rússia, o Brasil passa a ter acesso aos dois países com maior volume de importação de lácteos. (Correio do Povo)

 
 
Cai participação dos EUA nas exportações globais de lácteos

Os volumes de exportação dos Estados Unidos continuaram caindo em julho, pelo terceiro mês consecutivo. Os fornecedores enviaram 148.777 toneladas de leite em pó, queijos, gordura, soro de leite e lactose em julho, 13% a menos que no ano anterior e 7% a menos que em junho (média diária). As vendas totais tiveram um valor de US$ 416 milhões, 33% a menos que no ano anterior e 11% a menos que em junho (média diária).

As exportações de leite em pó desnatado foram de 40.546 toneladas, a menor desde fevereiro e 22% a menos que no ano anterior. As exportações de queijos caíram pelo quarto mês consecutivo, totalizando 25.534 toneladas. Esse volume é 21% a menos que no ano anterior e marca o terceiro menor volume total nos últimos 29 meses.

Com os mercados de soro de leite globais muito fracos, as exportações de soro de leite dos Estados Unidos continuaram com uma tendência menor também. O volume total exportado foi de 37.951 toneladas, o menor valor em cinco meses e 11% menor do que em julho passado. Entre outros produtos, as exportações de gordura do leite(-65% com relação ao ano anterior), leite em pó integral (-67%) e concentrado de proteína do leite (-56%) continuaram baixas.

Esse enfraquecimento no desempenho em julho segue a primeira metade do ano, quando os fornecedores americanos perderam participação no comércio global de lácteos. Na primeira metade do ano, os Estados Unidos foram responsáveis por 16% das exportações globais de leite em pó, queijos, gordura do leite e soro de leite, 17,6% a menos que na primeira metade de 2014. União Europeia (UE), Austrália e Bielorrússia ficaram com parte do mercado que os Estados Unidos perderam.

Os fornecedores dos Estados Unidos foram responsáveis por 26,6% das exportações de leite desnatado na primeira metade do ano, dentro dos 11 maiores fornecedores (que coletivamente são responsáveis por cerca de 95% do comércio de leite em pó desnatado). Isso é 29,5% a menos do que na primeira metade do ano anterior. A Europa, a Nova Zelândia e a Austrália aumentaram sua participação.

Os fornecedores dos Estados Unidos foram responsáveis por 19,1% das exportações de queijos na primeira metade do ano e ficaram entre os nove maiores fornecedores (que coletivamente são responsáveis por cerca de 78% do comércio mundial de queijos). Isso é menos que os 20,8% na primeira metade do ano anterior. Nova Zelândia, Austrália e Bielorrússia aumentaram sua participação. (As informações são do blog do USDEC)

 
 
Chuvas
A continuidade da chuva aumenta a preocupação dos produtores. Levantamento da Emater apontou primeira projeção dos prejuízos causados pela geada e pelo excesso de precipitação no momento do plantio do trigo. A redução, neste primeiro momento, é de até 10% da produção. No milho, as perdas atingem entre 5% a 10% da área semeada. (Zero Hora)
 
 

 

         

  


 

Porto Alegre, 24 de setembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.113

 

  Mapa garante que certificação do Brasil já vale para a China

 

Reunião no Ministério da Fazenda sobre a regulamentação da Lei 13.137/2015 
(Crédito: Arquivo Pessoal)

O diretor do departamento de Negociação Não-Tarifária da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura (Mapa), Odilson Luiz Ribeiro e Silva, informou nesta quarta-feira (23/09), em Brasília, que o certificado sanitário internacional do Brasil foi validado pela China. A afirmação foi feita em reunião com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra, que demonstrou confiança de que haverá rapidez para o início das vendas de produtos lácteos brasileiros para o mercado chinês. 

Na prática, isso significa que as autoridades da China não precisarão vir até o Brasil para realizar novas inspeções antes da liberação das plantas das empresas. Contudo, o Mapa responderá pela homologação de cada uma delas. Assim, o próximo passo é aguardar que o Ministério traduza os formulários já recebidos das autoridades chinesas e remeta-os aos laticínios para preenchimento pelas empresas interessadas em exportar. "O certificado brasileiro já está valendo, o que traz uma grande agilidade à negociação. Ganhamos tempo", afirmou Guerra, após o encontro.
Regulamentação mais próxima
 
Em Brasília, Guerra também participou de reunião no Ministério da Fazenda, onde foi recebido pelo secretário da Receita Federal, Jorge Antonio Deher Rachid. Na ocasião, o presidente do Sindilat recebeu o indicativo de que a lei 13.137/2015 deverá ser regulamenta pelo governo federal até o final de setembro. A legislação é considerada importante por permitir que as empresas possam recuperar 50% dos créditos presumidos de PIS/COFINS, além da destinação de 5% para programas de qualificação. "É uma vitória importante uma vez que atuamos desde o início para garantir a aprovação e sanção desse projeto", recordou Guerra.
Na mesma ocasião, Rachid explicou que o governo federal deverá encaminhar em breve projeto de lei que trata de mudanças no PIS/COFINS. O conceito é de trazer simplificação às contribuições. "Aguardaremos pela publicação final, porém, pedimos para que não houvesse oneração do setor, visto que não temos mais margens para cobrança", enfatizou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Portas abertas ao mercado chinês
De olho no mercado internacional para equilibrar a diferença entre produção e consumo de leite, o Rio Grande do Sul está com a porta aberta para o cobiçado mercado chinês não por acaso, o maior importador mundial de lácteos. Com a confirmação dada ontem pelo Ministério da Agricultura de que o certificado sanitário internacional do Brasil foi validado pela China, agora caberá às indústrias fazerem o dever de casa.

- Com essa validação, não são necessárias novas inspeções antes da liberação das plantas. As empresas terão apenas de se habilitar no Ministério da Agricultura - explica Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Estado, que ontem esteve em Brasília, onde tratou do assunto com Odilson Luiz Ribeiro e Silva, diretor do departamento de Negociação Não Tarifária da Secretaria de Relações Internacionais da pasta.

Além da China, outro importante mercado, a Rússia, também habilitou neste ano uma leva de indústrias brasileiras à exportação. O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor nacional, tem três empresas credenciadas à venda - BRF, Cosuel e CCGL. A concretização é agora só uma questão de mercado.

No final de 2014, o descompasso entre produção e consumo, somado ao fechamento de algumas indústrias, provocou grave crise para os produtores de leite. As importações de leite em pó feitas pelo Brasil também vêm crescendo - nos primeiros oito meses deste ano, o país comprou volume 80% maior do que em igual período do ano passado. A diferença entre importação e exportação desse produto representa 25 dias da produção do RS.

É por isso que o setor vem pressionando por mecanismos que ajudem no equilíbrio.

- Não adianta só barrar a importação, a melhor solução mesmo é abrir novos mercados - pondera Guerra.

China e Rússia são oportunidades que se abrem e precisam ser aproveitadas. (Zero Hora)

STJ começa a julgar discussão sobre créditos de PIS e Cofins

A 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a julgar ontem uma importante questão para os contribuintes, com forte impacto na arrecadação federal: o que pode ser considerado insumo para a geração de créditos de PIS e Cofins. Uma derrota da União causaria perda de R$ 50 bilhões neste ano ¬ o equivalente a 5% do total arrecadado em 2014, segundo a Procuradoria¬ Geral da Fazenda Nacional (PGFN). 

Por ora, foi proferido apenas um voto no julgamento, o do relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que foi favorável aos contribuintes. A análise da questão ¬ por meio de recurso repetitivo ¬ foi interrompida por um pedido de vista, solicitado antes mesmo da exposição do relator. 

No processo, a Anhambi Alimentos, fabricante de ração animal, pede o creditamento de gastos com água na produção, combustíveis, veículos, equipamentos de proteção individual, exames laboratoriais, materiais de limpeza, ferramentas, seguros sobre perdas em sua produção e fretes, entre outros. 

Em sua exposição, o advogado da empresa, Eduardo Pugliesi, afirmou que, em instruções normativas de 2002 e 2004, a Receita Federal aplicou para o creditamento de PIS e Cofins a mesma noção de insumo válida para o IPI, o que seria inadequado. "Não queremos a interpretação restritiva do IPI, tampouco a interpretação elástica de qualquer despesa ou custo", disse. 

No entendimento da procuradora da Fazenda Nacional Amanda de Souza, o pedido significa que a empresa pretende obter créditos sobre todas as suas despesas, não somente sobre os custos intrinsecamente relacionados ao produto. "O legislador já foi exaustivo em mencionar o que poderia ou não ser creditado", afirmou a procuradora, acrescentando que não foi incorreto adotar o conceito mais restritivo de insumo. 

A procuradora destacou o impacto que o julgamento pode ter na arrecadação federal. "Esse processo, a depender da interpretação dessa Corte, já causa desoneração fiscal e grande problema nas contas públicas", disse Amanda. Ela lembrou na sessão que o ajuste fiscal hoje é de R$ 30 bilhões. 

Para o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, porém, o conceito de insumo envolve todas as despesas realizadas com a aquisição de bens e serviços necessários ao exercício da atividade, direta ou indiretamente. Portanto, todas estas despesas devem ser consideradas para efeito de creditamento de PIS e Cofins. De acordo com o relator, não é possível separar o que é essencial do que seria acidental. "Como se pode dizer que a ponta desta caneta não é essencial? Ou o cartucho?", questionou. 

O relator acredita que devem ser considerados insumos as despesas necessárias à produção, independente da lista dada em instrução normativa da Receita ou qualquer interpretação restritiva. "O critério da necessariedade [à produção] será preferível neste caso ao da essencialidade", disse. 

O ministro Benedito Gonçalves havia adiantado seu pedido de vista logo após as exposições dos advogados. No entanto, por antiguidade, o ministro Og Fernandes o substituiu no pedido de vista. 

Ao anunciar o resultado momentâneo do julgamento, o presidente da seção, ministro Herman Benjamin, afirmou que o voto do ministro Napoleão foi "o mais claro impossível", porém, dissociado da jurisprudência das turmas que compõem a 1ª Seção ¬ 1ª e 2ª. A palavra final, porém, deverá ser do Supremo Tribunal Federal, em recurso com repercussão geral, segundo Luis Augusto Gomes, do Demarest Advogados.

Também chamou a atenção no julgamento o fato de a procuradora da Fazenda Nacional, antes de iniciar sua sustentação oral, falar sobre a fase estruturalmente "um pouco complicada" por que passa a PGFN, o que tem prejudicado a atuação dos profissionais. "Estamos aqui porque o processo é de suma importância para a arrecadação tributária", disse. Segundo Amanda, os procuradores que atuam no STJ hoje recebem uma média de 270 processos por mês. "Não sobra tempo para atuação especial a contento", acrescentou. (Valor Econômico)

Mudanças à vista

Representantes de entidades de indústrias como a de máquinas e de leite saíram mais aliviados da reunião com o secretário da Receita Federal, Jorge Antonio Rachid. Na pauta, o projeto de lei que deve ser apresentado pelo governo para alteração de PIS/Cofins. O temor era de aumento de tributação nos segmentos.

- Tivemos boa impressão, de que as garantias de competitividade não serão alteradas - afirma o deputado Jerônimo Goergen (PP).

Para Mathias Elter, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, é importante rever o viés importador do Brasil:

- Hoje, o importador paga menos tributos que a indústria nacional. (Zero Hora)

Técnicos da Santa Clara e Emater se reúnem em 10º Encontro
 
A Cooperativa Santa Clara promove o 10º Encontro Técnico Santa Clara e Emater na próxima terça-feira, dia 29, em Estação. O encontro está marcado para as 9h, na Associação dos Funcionários da Cotrigo (Assemtri), e conta com palestras e visita a uma propriedade da região. 

A programação inclui abordagens sobre o período de transição da vaca leiteira e sobre qualidade do leite, SILA e LINA, além de uma visita a uma propriedade leiteira associada.

A expectativa é que mais de 100 técnicos das duas entidades participem do evento.

Programação:
9 horas - Recepção
9h30min - Abertura com pronunciamentos de autoridades municipais e representantes das entidades
10 horas - Palestra com o médico veterinário Dr. Carlos Bondan, da UPF de Passo Fundo, sobre o período de Transição da Vaca Leiteira
12h15min - Almoço
13h30min - Palestra com o médico veterinário MSc. Giovani Kolling, do Setrem de Três de Maio, sobre a qualidade do leite, SILA e LINA
15 horas - Visita a propriedade leiteira
16 horas - Encerramento
(Assessoria de Imprensa Santa Clara)
 
Aftosa
A paralisação dos fiscais agropecuários poderá afetar a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa. É que o teste e aprovação das vacinas aplicadas no rebanho é feito pelas unidades do Laboratório Nacional Agropecuário. (Zero Hora)