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Porto Alegre, 21 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.394

 

 Agro+RS trará competitividade ao agronegócio

Pioneiro no país, o Rio Grande do Sul lançou na tarde desta segunda-feira (21/11) o programa Agro+RS. Detalhado às lideranças de vários setores do agronegócio, o programa tem a finalidade de reduzir a burocracia dos processos ligados ao setor, assim como trazer maior competitividade à agricultura gaúcha. 

Presente na solenidade, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, parabenizou a iniciativa, uma vez que a colabora na redução da burocracia e traz maior competitividade ao setor lácteo. Para ele, essa é uma oportunidade para gerar as condições de crescimento do segmento de uma maneira mais ágil. "É um projeto que nasce de maneira aberta, permitindo o seu constante aperfeiçoamento. "Por exemplo, atualmente o produtor precisa encaminhar notas dos seus envios e, ao mesmo tempo, as indústrias também. Esse é um exemplo claro do que pode ser feito, se essa nota for unificada", citou ele. 

Segundo o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, até o momento foram recebidas 218 demandas, sendo que 73 foram internas (dentro do governo) e outras 145 externas (de entidades). Destas, 23 já foram solucionadas ou encaminhadas.  O Sindilat colaborou com o projeto repassando demandas, como a simplificação de alguns procedimentos burocráticos. "Queremos o agronegócio mais ágil, mais produtivo e mais sustentável", afirmou Polo. Atualmente, o setor representa 50% do PIB gaúcho. Ao parabenizar a iniciativa gaúcha, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, parabenizou o RS por ser o primeiro a avançar no projeto. Disse que outros 20 estados estão discutindo as suas versões do projeto nacional Agro+. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Evento reuniu lideranças do setor no Palácio Piratini 
Crédito: Daniela Barcellos/Palácio Piratini
 
 
Fonterra eleva previsão para preço do leite ao produtor

A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra elevou na sexta-feira a previsão para o preço do leite ao produtor na safra 2016/17 em 75 centavos de dólar neozelandês, para 6,00 dólares neozelandeses por quilo de sólidos de leite. Quando combinado com as previsões de ganhos por ação no ano fiscal 2017, de 50 a 60 centavos de dólar neozelandês, o pagamento total disponível aos produtores na atual safra deve ficar entre 6,50 e 6,60 dólares neozelandeses antes de retenções, informou a Fonterra em comunicado.

O chairman da Fonterra, John Wilson, disse, em comunicado, que o aumento reflete a melhora no preço do leite desde setembro depois "do gradual reequilíbrio da oferta e da demanda global" do produto. "Temos visto produção em queda em importantes regiões exportadoras, particularmente Europa e Austrália, e um declínio sem precedentes na oferta de leite na Nova Zelândia devido à primavera mais úmida do que o normal em muitas regiões", afirmou na nota. Ele acrescentou que a demanda continua firme. Como resultado desse cenário tem havido uma melhora constante nos preços globais das commodities lácteas, o que levou ao aumento na previsão [para as cotações].

Na sexta-feira, a Fonterra também atualizou os dados de seu desempenho no primeiro trimestre deste ano. Segundo a cooperativa, a receita no período foi de 3,8 bilhões de dólares neozelandeses, 6% superior à do primeiro trimestre do ano anterior.

Conforme a Fonterra, os volumes de vendas no primeiro trimestre subiram 2%, para 4,9 bilhões de litros equivalente leite, enquanto a margem bruta ficou em 22% no período, praticamente inalterada.

O CEO Theo Spierings disse, em comunicado, que os ganhos de receita no primeiro trimestre refletiram o crescimento de volume e margem em todo o negócio e foco contínuo no controle dos custos. (As informações são do Valor Econômico)

Lácteos

Os temores de uma escassez de queijo e manteiga, como resultado da redução da oferta de leite, já começaram a se materializar, os fornecedores têm alertado. Os preços de atacado  da manteiga, já elevados, aumentaram em mais 6% de setembro a outubro, para £3.750/tonelada [AHDB Dairy] devido à baixa oferta, e estavam agora a mais de £4.000/tonelada, de acordo com um importante fornecedor. 

Os preços do Cheddar permaneceram acima de £3.000/tonelada, com alguns produtores de queijo "utilizando o leite do queijo, para manter a oferta de manteiga no curto prazo", acrescentou outra fonte, informando que os fornecedores de queijos para as escolas do Sudoeste já estavam com escassez. "Também há preocupação real de que quando a demanda por creme no Natal começar,  o varejo no Reino Unido não terá manteiga suficiente", advertiu a fonte. "É um enorme volume e, normalmente tira toda a gordura de dezembro do mercado. Este ano, no entanto, simplesmente não existe abastecimento. Ou não haverá creme agora, ou não haverá manteiga mais tarde. Essa é a escolha. "

A oferta de leite continuou a ser um problema enorme, disse outro fornecedor, que concordou que simplesmente não há "quantidade suficiente de queijo ou manteiga no sistema". E isso, junto ao aumento no custo de produção de cerca de 1,5 centavos/litro devido aos custos com a importação, diante da desvalorização da libra. Houve uma série de aumentos do preço ao produtor na última quinzena.

Semana passada a Cheesemaker Barber anunciou aumento de 6 centavos/litro de agora até fevereiro. A opção das três maiores indústrias de laticínios abalaram o mercado, estabelecendo um preço mínimo de 30 centavos/litro para a produção de outubro, enquanto aguardam o anúncio da Lactalis para o aumento de preços aos seus fornecedores de leite e a pressão das varejistas.  "Esperamos que estes aumentos de preços parem no primeiro trimestre do próximo ano, o que provavelmente não ocorrerá, a menos que tenhamos melhoria na oferta de leite ", disse um fornecedor. "Um inverno rigoroso poderá tornar as coisas ainda piores para o abastecimento." (The Grocer - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
Sistema de nutrição para bezerras leiteiras vence a Final Juiz de Fora do Ideas for Milk
 
Systech Feeder, um sistema de nutrição em tempo real para bezerras leiteiras, foi o vencedor da etapa de Juiz de Fora do primeiro desafio de startups voltado exclusivamente para soluções para a cadeia produtiva do leite. A proposta, que vai disputar a final nacional do desafio, em Brasília, no mês de dezembro, foi desenvolvida pela equipe Salvati & Morais. Os representantes da startup são Gustavo Salvati, aluno de doutorado no programa de pós-graduação em Ciência Animal e Pastagens da Esalq/USP; o professor titular na área de zootecnia no Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Itapina, Nilson Morais Júnior; e os estudantes Klerio Silva Rocha, Wildson Batista Groner, Lucas Reichelm Costa e Igor Gonçalves de Souza Salvati. A final local do concurso foi realizada na noite do dia 17, no Anfiteatro da Faculdade de Direito da UFJF.

O Systech feeder é um sistema integrado hardware/software que monitora em tempo real o consumo de concentrados de bezerras. Seu propósito é definir o momento do desaleitamento, otimizar tempo e mão-de-obra, promover ganho em desempenho e reduzir custo alimentar com gerenciamento eficiente via dispositivos fixos e móveis. A ideia de desenvolver o sistema teve como base a experiência do professor Nilson Morais Júnior, que observou a ausência de tecnologias para facilitar o fornecimento de ração, o desaleitamento e o monitoramento da nutrição de bezerras leiteiras. O docente destaca que a única existente é o alimentador coletivo (leite e ração), o qual ainda não tem grande adesão pelos produtores devido ao seu preço e por não apresentar um controle do consumo de concentrados adequado. "O Systech Feeder atende a um amplo espectro de fazendas que utilizam casinhas tropicais, sistema argentino e bezerreiros individuais", afirmou.

Segundo Lucas Reichelm, o desenvolvimento de sistema de controle alimentar tem como bases tecnológicas o dispositivo de fornecimento de concentrado, o sensor propriamente dito e a tecnologia de transmissão de informações, que é o software de gerenciamento e mecanismos de disponibilização das informações. O dispositivo de fornecimento de concentrado será adaptável a diversos sistemas individuais de criação de bezerras leiteiras na fase de aleitamento. "O software de gerenciamento poderá gerar em tempo real e armazenar dados do consumo diário, número de refeições, consumo acumulado, consumo médio nos três dias anteriores. Além do mais, alertar quanto ao aumento ou reduções bruscas no consumo, momento do desaleitamento e necessidade de reposição de concentrado", explicou.

Além da Salvati & Morais, participaram da final local as propostas: Milkup App (Italo Gama Pacheco), Icow (Gestão de Rebanhos Leiteiros), Scanner Bovino (UFJF) e Sistema de Monitoramento da Acidez do Leite desde a Ordenha ao Laticínio (IF Sudeste - Campus JF). A decisão da etapa de Juiz de Fora foi a segunda final local do Ideas for Milk. A proposta SCL Rota - Sistema de Coleta de Leite foi a vencedora da final da etapa de Belo Horizonte, realizada no dia 12. As próximas finais locais são:

Viçosa (MG) - 22/11, às 17, no Centev (Centro Tecnológico de Desenvolvimento regional de Viçosa)
Lavras (MG) - 23/11, às 17h, no InovaCafé, na Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Porto Alegre (RS) - 25/11, às 17h, no Global TecnoPUC
São Carlos (SP) - 28/11, às 17h, no auditório da Embrapa Instrumentação Tecnológica
Campinas (SP) - 29/11, às 17h, no auditório da Embrapa Informática Agropecuária
Piracicaba (SP) - 30/11, às 17h, no auditório central da Esalq/USP
A final nacional acontecerá no dia 13 de dezembro em Brasília. ((Milkpoint)

 

AVISULAT
A cadeia do setor de aves, suínos e leite se reúne de amanhã a quinta-feira na Capital para fazer negócios, apresentar inovações e pesquisas e debater demandas dos três segmentos. O 5º Avisulat será realizado no Centro de Eventos da Fiergs. Logística, saúde, tributos e alimentação são alguns dos temas que serão debatidos. Um dos principais nomes da programação é o da diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Monique Eliot. (Zero Hora)
 

Porto Alegre, 18 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.393

 

​  Especialistas debatem potencial nutricional do leite no Avisulat
Um grupo de especialistas da área da saúde, como médicos e nutricionistas, participará de um simpósio sobre os benefícios dos produtos lácteos e irá desvendar um pouco sobre os tabus atuais relacionados ao leite. O encontro ocorrerá durante o 5º Avisulat, na próxima quarta-feira (23/11), a partir das 14h, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. O "Simpósio Sobre Versatilidade dos Lácteos em Incorporar Mais Propriedades Funcionais ou de Saúde" é promovido pelo Sindilat e pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), e tem o apoio da Farsul, Fetag, Mapa e Seapi. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o simpósio tem grande relevância, uma vez que busca esclarecer os consumidores sobre muitos tabus e mitos ligados ao leite. "É uma oportunidade para ouvirmos especialistas e as suas análises sobre essas questões que são tão importantes para os consumidores", afirmou.   
A programação contará com a presença de seis profissionais da área da saúde e alimentos, que estarão distribuídos em dois grupos de discussão. No primeiro bloco, o médico nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, que participa da coordenação do evento, falará sobre as propriedades funcionais do leite e a professora Ana Lúcia Barretto Penna mostrará as diferenças nutricionais do leite pasteurizado e do leite UHT. 
Já a nutricionista e presidente da SBAN, Olga Amâncio, irá desmistificar o receio que muitos consumidores adquiriram relacionado à lactose. Após o Milkbreak, a nutricionista Márcia Terra abordará os conflitos de interesses entre a academia e o mercado. Em seguida, está previsto o painel 'Lácteos com baixos teores: sódio e gorduras saturadas', sob o comando do médico nutrólogo Paulo Henkin. E para encerrar as discussões, a palestra doutora em nutrição Geórgia Castro sobre os lácteos enriquecidos com micronutrientes de interesse. 
O simpósio se destina a estudantes e profissionais da área da saúde preocupados com a qualidade, higiene e segurança dos componentes de uma alimentação saudável e integra a programação do 5º Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios 2016 (5º Avisulat), de 22 a 24 de novembro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

 
Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 17 de Novembro de 2016 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Outubro de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Novembro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

 
 

Recuperação nos preços do leite nos EUA continuará, afirma Dean Foods

Os preços do leite nos Estados Unidos terminarão o ano com firmeza, disse a maior processadora de lácteos do país, Dean Foods, após a última série de sinais positivos aos mercados de lácteos no país (recuperação na produção de queijos e leite em pó). A Dean Foods previu preços para o leite classe 1 (em média US$ 36,40 por 100 quilos em dezembro), recuperando-se em 11,7% com relação ao mês anterior - apesar de permanecer marginalmente baixo com relação ao ano anterior. O aumento estenderia o aumento nos preços com relação ao menor valor alcançado de US$ 28,97 por 100 quilos em junho, à medida que o mercado americano lidou com volumes do aumento sazonal na produção, contra uma queda no mercado mundial ainda nos estágios iniciais de recuperação.

A previsão vem em meio a sinais positivos de outras partes do mercado de lácteos dos Estados Unidos, com os futuros no mercado spot de cheddar (barrels), por exemplo, aumentando em 55,67 centavos, para US$ 4,10 por quilo. De fato, a produção de queijos dos Estados Unidos em setembro alcançou 445 milhões de quilos, um recorde para o mês, enquanto a produção de leite em pó desnatado alcançou 56,97 milhões de quilos, o maior dado para setembro em 54 anos. E, de acordo com o Conselho de Produtores de Leite, "os fundamentos no mercado de manteiga também estão um pouco otimistas". "Apesar do creme ainda estar abundante nas regiões central e ocidental dos Estados Unidos, as ofertas estão caindo no leste".

As previsões da Dean Foods vieram à medida que o grupo revelou uma queda de 28%, para US$ 14,53 milhões, nos lucros no trimestre de julho a setembro, com as receitas caindo em 3,4%, para US$ 1,96 bilhão, refletindo preços menores que no ano anterior. Entretanto, os lucros vieram em US$ 0,37 por ação, um pouco maior do que os US$ 0,36 previsto por analistas. A Dean Foods está planejando mudar seu negócio em direção a produtos de leite e sorvete de marca que comandam mais lucros, à medida que o consumo de leite cai.
A companhia disse que houve um "contínuo crescimento" no leite com sabor e um aumento de 14% no sorvete, direcionados principalmente pela aquisição da Friendly's. Uma "inovação robusta em sorvetes para 2017" foi prevista, disse a companhia. (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Languiru é reconhecida como a 2ª maior cooperativa de produção do Estado

A Cooperativa Languiru, com sede em Teutônia, mais uma vez integra o ranking 500 Maiores do Sul - Grandes & Líderes, projeto da Revista Amanhã e PwC Brasil, cuja divulgação ocorreu na edição no. 319/2016. O periódico destaca as empresas líderes do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, além das 500 empresas consideradas emergentes, tomando como referência seu desempenho econômico no exercício de 2015.

Levando em conta especificamente as cooperativas de produção gaúchas que integram o ranking divulgado pela Revista Amanhã, a Languiru é a 2ª colocada, atrás apenas da Cotrijal, de Não-Me-Toque. Também figura na 46ª posição entre as maiores empresas do Rio Grande do Sul, cooperativas ou não (era 49ª no ranking anterior). Além disso, passou da 129ª posição para a 118ª no ranking que considera as maiores empresas da Região Sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). A Languiru ainda figura no ranking das 50 maiores receitas líquidas do Rio Grande do Sul, ocupando a 35ª posição, superando R$ 1 bilhão em 2015, variação de 17,22%. Numa análise mais criteriosa do ranking, a Languiru também surge como a maior empresa com sede no Vale do Taquari.

"Depois dos vendavais"
O diretor de redação da Revista Amanhã, Eugênio Esber, que assina o editorial da edição, ressalta que "a safra de balanços mostra que a grande maioria das empresas ingressou em 2016 trazendo um legado oneroso, produto da brutal recessão que fez o PIB brasileiro derreter 3,8% em 2015". Para ele, "o desemprego e a estagnação dos negócios transportaram as companhias para um cenário que só tem paralelo em uma realidade que muitos gestores nem chegaram a conhecer - a depressão instaurada 26 anos atrás pelo Plano Collor, ao impedir que cidadãos e empresas tivessem acesso ao dinheiro aplicado no banco".

Sobre o cenário econômico futuro, Esber escreve que, aparentemente, os níveis de confiança na economia brasileira voltam a subir, e é possível esperar que 2016 já configure um início de recuperação. "A grande crise de 2015 deverá ser saudada, no futuro, como o grande laboratório a partir do qual o Brasil dobrou sua aposta no que efetivamente constrói riqueza e prosperidade social: livre mercado, Estado eficiente e instituições fortes para defender a jovem, mas vigorosa, democracia brasileira", conclui em seu editorial.

Em texto assinado pelo secretário de redação Marcos Graciani, destaque para a importância do setor agropecuário para a economia brasileira. "O PIB industrial caiu 6,2% e o dos serviços, que tem maior peso no Produto Interno Bruto, encolheu 2,7%. Menos mal para o país, e principalmente para o ambiente econômico do Sul, que o PIB agropecuário sustentou uma expansão de 1,8%. Não chegou a ser uma salvação da lavoura, mas atenuou consideravelmente o impacto de um ano duríssimo. Em um ano no qual o PIB (nacional) recuou nada menos que 3,8%, a maior redução desde 1990, a prioridade foi manter o ritmo dos negócios", escreve.

A repórter Laura D'Angelo faz uma análise do ranking das 100 maiores do Rio Grande do Sul. Considerando que "nem sempre o campo salva", ela projeta que até o agronegócio tem registrado quedas na produção este ano e não conseguirá amenizar o recuo do PIB do Rio Grande do Sul como em 2015. Em seu texto ela ressalta que "para um Estado com saúde financeira e fiscal debilitadas, a agropecuária ganhou ares de oásis no deserto. O campo amenizou a queda de 3,4% do PIB gaúcho e foi o único setor que cresceu em 2015 (13,6%)". Paralelamente a isso, ela acrescenta que a agropecuária é responsável por 10% da riqueza produzida no Rio Grande do Sul, "chave para o desenvolvimento de outros segmentos".

No ranking das 500 Maiores do Sul, o setor de alimentos e bebidas detém a maior soma de receita líquida, ultrapassando R$ 87,6 bilhões, com a representatividade de 36 empresas. As cooperativas de produção, com 23 representantes, somam receita líquida superior a R$ 53 bilhões e aparecem entre as mais eficientes em 2015, com rentabilidade de 3,45%.

Como é feito o ranking
A fonte são os balanços financeiros oficiais publicados pelas empresas. O critério de classificação é um indicador exclusivo conhecido como Valor Ponderado de Grandeza (VPG), resultado da soma do patrimônio líquido (50%), receita líquida (40%) e resultado (10%).

Crescimento, geração de emprego e renda
Para o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, o desempenho positivo e a evolução da cooperativa no ranking refletem a confiança e dedicação de todos os associados e colaboradores. "Anualmente integramos o ranking das maiores empresas do Sul do Brasil, e isso nos dá a convicção de que estamos no rumo certo. Assim como a Languiru tem evoluído, também percebemos o crescimento dos nossos produtores associados e das comunidades onde a cooperativa está presente. Essa é a premissa do cooperativismo, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região", disse.

Sobre o atual cenário econômico, Bayer ressalta a necessidade da união de esforços. "A cooperativa é feita por pessoas e todos precisamos juntar forças, o que é essencial para superarmos as dificuldades impostas pelo atual cenário econômico. O Brasil vive a maior crise econômica e política da sua história, e o setor do agronegócio é muito atingido. A Languiru está fazendo o seu dever de casa e, apesar de todas as dificuldades, estamos satisfeitos, pois queremos o melhor para a Languiru", afirma.

"É difícil crescer em plena crise, mas nossas unidades industriais seguiram produzindo e vamos colher os resultados disso quando a economia melhorar. Quando tudo isso passar, vamos estar muito melhores, pois aproveitamos a crise para fazer o que precisa ser feito", conclui Bayer.

União de esforços
O vice-presidente da Languiru, Renato Kreimeier, também avalia a evolução da cooperativa. "Na última década a Languiru cresceu muito e resgatou sua credibilidade no mercado, fruto da gestão e do trabalho comprometido de todos os colaboradores e associados. A marca Languiru está cada vez mais consolidada no mercado nacional e internacional, tornando-se referência em produtos diferenciados e de qualidade." Para ele, esse trabalho de grande responsabilidade "contribui significativamente para a fidelização de associados e clientes".

Sobre o atual cenário econômico de extremas dificuldades, Kreimeier reafirma o crescimento da Languiru apesar da crise brasileira. "Queremos ser a melhor opção como cooperativa para associados e clientes. Mesmo diante de todas as adversidades, crescemos cerca de 17%, e embora soframos com o atual cenário, com o trabalho de todos, eficiência e produtos de qualidade, marcamos forte presença no mercado. No momento de crise também é preciso ter coragem, aliada à competência e ao profissionalismo. Isso é administrar, fazendo as mudanças quando forem necessárias para o bem da Languiru. Crises sempre vão existir, mas precisamos acreditar no nosso potencial", ressalta. (Assessoria de Imprensa Languiru)

Presidente Dirceu Bayer (e) e vice-presidente Renato Kreimeier comemoram desempenho da cooperativa e dividem o reconhecimento concedido à Languiru com associados e colaboradores
Crédito: Leandro Augusto Hamester
 
Santa Clara recebe Top de Marketing

A Santa Clara foi premiada com mais um Top de Marketing. O projeto Plantando o Bem foi o vencedor da categoria Agronegócio. O diretor administrativo e financeiro da Cooperativa, Alexandre Guerra, recebeu o troféu das mãos do presidente do Júri do Top de Marketing, Arthur Bender, na cerimônia de premiação que aconteceu na noite de quinta-feira, 15 de novembro, no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre.

O case vencedor foi desenvolvido pela Santa Clara em 12 escolas de Carlos Barbosa entre os meses de junho e agosto. Os estudantes participaram de atividades teóricas e práticas sobre a importância do meio ambiente, alimentação saudável, da agricultura familiar e de hábitos sustentáveis. 

A primeira etapa foi realizada junto a funcionários da Cooperativa, alunos e comunidade dentro do programa Compartilhar, que desenvolve ações nas regiões onde a Santa Clara está presente com associados.

Este é o sétimo Top de Marketing ADVB que a Santa Clara conquista. Em outubro, o Projeto Plantando o Bem também recebeu o Prêmio Ocergs de Cooperativismo. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

 
Na foto, o diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, recebe o troféu das mãos do presidente do Júri do Top de Marketing, Arthur Bender. 

Crédito: Denison Fagundes

 

Frase do dia
"O problema é que mais uma vez estaremos vendendo o futuro para pagar o passado". De Leonardo Busatto, do Tesouro do Rio Grande do Sul, sobre proposta de formação de fundos com recebíveis e ativos dos Estados. (Valor Econômico)
 

 

Porto Alegre, 17 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.392

 

​  Fórum Itinerante do Leite chega a Porto Alegre

 
O Fórum Itinerante do Leite será realizado pela primeira vez em Porto Alegre e busca debater e a competitividade do leite produzido nas diferentes regiões do Rio Grande do Sul. O evento ocorre durante o V Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (AVISULAT), no dia 24/11, no Centro de Eventos da Fiergs, a partir das 8h45min. Com realização do Sindilat, Fetag, Farsul, Seapi, Mapa, Emater e apoio do Fundesa, a 3ª edição dá continuidade ao ciclo iniciado em Ijuí (RS), no primeiro semestre deste ano. Entusiasmado com a repercussão dos fóruns anteriores, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acredita que a iniciativa é muito importante para o alinhamento das questões com as indústrias, agricultores e universidade acerca do setor lácteo.
 Na ocasião, a Emater vai apresentar o seu programa de Gestão Sustentável da Propriedade Rural, visto que muitos agricultores sentem a necessidade de obter mais assistência técnica na administração de suas propriedades rurais. Além disso, será lançado o livro 1º Fórum Estadual do Leite, que tem como pauta a Lei do Leite, sancionada pelo governador José Ivo Sartori em junho deste ano. As mudanças provocadas pela medida aumentaram a responsabilidade de produtores, indústrias e transportadores de leite sobre a qualidade do produto que chega aos consumidores.
 
Confira a programação completa:
 3º Fórum Estadual do leite
- 08:45 - Abertura
- 09:00 - Relato dos Fóruns Itinerantes
- 09:10 - Lançamento do Livro 1º Fórum Estadual do Leite
- 09:20 - Apresentação do Programa de Gestão Sustentável da Propriedade Rural - Emater-RS/SDR
- 10:00 - Relato de produtores - Como ter sucesso com o leite na pequena propriedade rural
- 10:40 - Apresentação Leitec - Senar
- 11:10 - Case de produtores assistidos
- 11:50 - Mesa redonda: Programa Emater/RS e Senar
- 12:30 - EncerramentoFórum Itinerante do Leite chega a Porto Alegre
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
Francês aceita pagar mais por leite do país para 'salvar' setor
Os consumidores nem sempre querem pagar mais barato por um produto. Na França, foram eles que fixaram o preço final do litro de leite - superior ao geralmente praticado - de uma marca que acaba de entrar no mercado e já enfrenta falta no estoque.

O objetivo é garantir uma renda adequada aos produtores de leite franceses - que têm enfrentado uma crise decorrente da queda das cotações no mercado -, assegurando a perenidade do setor no país.

Além do preço, os consumidores definiram todo o processo produtivo: desde o tipo de alimentação das vacas, sem organismos geneticamente modificados, até a embalagem, onde letras garrafais indicam que "este leite paga ao seu produtor o preço justo".

A marca surgiu com um questionário na internet, respondido por quase 7 mil pessoas. A partir do preço médio do litro do leite longa vida, de € 0,69 (R$ 2,60), cada escolha do internauta - como produção 100% francesa, período de pastagem, remuneração dos produtores e até a possibilidade de eles tirarem férias - ia aumentando o valor final do produto, fixado em € 0,99 (cerca de R$ 3,70).

Desse total, os produtores responsáveis pelo fornecimento da matéria- prima - ligados a uma cooperativa na região de Lyon - receberão € 0,39 por litro, quase o dobro do que obtinham exportando o leite cru para laticínios da Itália. Isso totaliza € 390 por mil litros, bem acima dos € 290, em média, que a francesa Lactalis, líder mundial do setor, aceitou pagar na França em um acordo arrancado a fórceps em agosto, com intermediação do governo, após vários protestos dos produtores. Eles exigiam o alinhamento dos preços da Lactalis aos de outras indústrias.

 

A "marca do consumidor", como é chamada, reúne 50 produtores da Cooperativa Bresse Val-de-Saône, nas proximidades de Lyon, no leste da França. O produto é envasado por um laticínio de médio porte, o LSDH, da região do Vale do Loire. Lançado em outubro nos supermercados Carrefour em Paris e Lyon, é vendido desde novembro nas 5,6 mil lojas da varejista em todo o país.

O leite já está em falta em mil lojas, informa o Carrefour, acrescentando que 500 mil caixas foram vendidas em três semanas, algo atípico para um produto que não teve publicidade.

A demanda de 1,8 milhão de litros ultrapassou amplamente a previsão inicial de 1 milhão de litros, afirma Nicolas Chabanne, co-fundador da "marca do consumidor". Por isso, mais produtores vão se juntar em breve à iniciativa. Outras redes de supermercado também deverão vender esse leite até o início de 2017.

"O consumidor quer assumir o controle sobre os produtos que adquire e, ao mesmo tempo, dar um sentido às suas compras", diz Chabanne. Ele já havia criado na França, em 2014, a marca "caras quebradas", de frutas e legumes "feios", jogados fora em razão do visual e por terem dimensões diferentes das habituais.

Para Chabanne, não se trata de "caridade" com os produtores de leite. "Se fosse só esse aspecto, a marca poderia não dar certo. É a primeira vez que o consumidor define o processo produtivo e dispõe de todas as informações a respeito." A previsão de faturamento em 2017 é de € 1 milhão.

Vários dos 50 produtores ligados à "marca do consumidor" beiravam a falência. "Íamos desaparecer. Agora vamos pagar as contas atrasadas e conseguir ter um salário", afirma Martial Darbon, presidente da cooperativa.

A crise do leite na Europa se agravou em 2015 com o fim do sistema de cotas de produção que vigorou por 31 anos. Isso provocou excesso de oferta de leite no continente, derrubando as cotações aos produtores. Na França, os preços recuaram quase 23% desde 2014, antes do fim do sistema de cotas.

A iniciativa deve ser levada a outros países, incluindo o Brasil, por meio de uma parceria em estudo com a fabricante de embalagens sueca Tetra Pak, diz Chabanne. A marca também prepara o lançamento de outros produtos nos mesmos moldes do leite, como um suco de maçã. Segundo ele, produtores da Alsácia estão arrancando suas macieiras em razão de prejuízos.

"É o consumidor quem paga. Ele tem o poder absoluto", diz Chabanne. Não é por acaso que o nome oficial da marca é "Quem é o patrão?". (As informações são do Valor Econômico)

Simplificar para crescer

Quem não é a favor da simplificação de processos e procedimentos? Todos convivemos diariamente com entraves que nos prejudicam, seja para alugar um imóvel, abrir uma empresa etc. Isto mantém uma paralisia de serviços, que repercute na economia. No meio rural, essa realidade também impacta. Segundo dados do Ministério da Agricultura, cerca de R$ 1 bilhão deixam de ser arrecadados por ano devido ao excesso de burocracia. Para mudar esta realidade, o Mapa criou o Plano Agro+, voltado à simplificação de serviços ao produtor rural. Aqui no Estado, estamos lançando o nosso modelo, nos mesmos moldes, chamado Agro+ RS. Queremos agilizar ações que signifiquem encurtamento de prazos para fortalecer a economia que vem do campo e ajuda o Rio Grande a crescer.

Após consultar entidades representativas das cadeias produtivas, um grupo técnico da Secretaria da Agricultura selecionou propostas para dar mais agilidade a procedimentos. O Agro+ RS visa estabelecer um programa mais simples para quem produz, que nos permita competir com mais vigor no mercado, o que representará mais negócios e recursos girando em nossa economia.

Não é de hoje que o agro é a mola propulsora do Produto Interno Bruto e pode ser muito mais. Vamos inovar conferindo mais agilidade e eficiência ao agronegócio, destravando ações que envolvem demandas do campo.

Legislações ultrapassadas e falta de clareza em determinadas normas trazem paralisia a processos e isto têm de ser revisto. O serviço público pode ser mais eficaz também para auxiliar o produtor, que precisa de serviços simplificados para crescer. Já avançamos com o projeto de lei que cria o marco regulatório das florestas plantadas e no decreto que simplifica regras para irrigação.

O agronegócio representa cerca de 40% do PIB gaúcho e, sendo favorecido na simplificação de processos que envolvem até interpretações de leis do século passado, será alçado a produzir mais e melhor. É claro que ser ágil não significa deixar de lado o rigor da lei ou a preocupação com a sustentabilidade. São pontos que, em um mundo moderno, andam juntos necessariamente. Estamos agindo para mudar, para fazer o campo e o Estado se desenvolverem economicamente. E o Agro+ RS é isto. Simplificar para crescer. (Ernani Polo, Secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação/Zero Hora)

 

Enfermidades animais em pauta na AVISULAT 
Nos próximos dias 22 a 24 de novembro, será realizada a quinta edição do Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (AVISULAT), no Centro de Eventos da FIERGS. No dia 22, destaca-se a palestra da Dra. Monique Eloit, Diretora Geral da Organização Mundial da Saúde Animal, com o tema "Estratégias Globais de Enfrentamento de Enfermidades", às 14h.  É a primeira vez que a Organização Mundial da Saúde Animal, entidade que está relacionada com os objetivos e ações desenvolvidas pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), vem ao Estado com este nível de representação. A programação completa, além das Palestras Magnas, está disponível no site: www.avisulat.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

 

Porto Alegre, 16 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.391

 

​  Leilão GDT apresenta nova alta

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (05/11), apresentou novo movimento de alta, embora mais tímido que o anterior. O preço médio dos lácteos ficou em US$3.519/tonelada, alta de 4,5%. O leite em pó integral apresentou alta de 3,2%, fechando a US$3.423/ton. O leite em pó desnatado teve forte alta de 9,8%, chegando a US$2.562/ton. O queijo cheddar teve alta de 11%, com preço de US$3.697/ton.

O volume de vendas de produtos lácteos foi 14% inferior ao leilão anterior e 20% inferior ao mesmo período do ano passado, com um total de 23.902 toneladas comercializadas. A retomada de preços no leilão GDT ocorre devido à redução na oferta: além de notícias de que a Nova Zelândia já estava reduzindo o volume de produção, ocorreu um terremoto no país, o que pode afetar ainda mais o volume produzido, de forma a limitar a oferta disponível.

Os contratos futuros de leite em pó integral apontam que o movimento de alta do mercado pode estar próximo de um teto. O contrato de dezembro, inclusive, apresentou baixa e fechou a US$3.531/ton. As projeções até maio indicam manutenção de preços entre US$3.400/ton e US$3.500/ton. (Fonte: Global Dairy Trade)
 
 

 
Produtores comemoram prêmio pela qualidade do leite

DSM, detentora da marca Tortuga, premiou os vencedores do programa "Qualidade do Leite Começa Aqui!" em 9/11, em jantar em São Paulo (SP), no hotel Pullman.
 
Após avaliar 2.160 produtores de bacias leiteiras de todo o País, com um total de 157 mil animais, a DSM, detentora da marca Tortuga de suplementos nutricionais, anuncia os vencedores do Prêmio "Qualidade do Leite Começa Aqui!", conhecidos em um jantar especial na capital paulista, em 9 de novembro. Por meio do programa, a DSM estimula iniciativas de pecuaristas que pautam as suas atividades na alta qualidade e reconhece a aplicação de tecnologias que melhoram o desempenho do rebanho e a rentabilidade da produção leiteira.
 
Após as etapas regionais realizadas em sete Estados (Sergipe, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás), os primeiros colocados da categoria "Qualidade do Leite" foram Inelson Enir Fiorezi (Holandês), Antonio Claudimerio dos Reis (Girolando) e Aurélio Dalaio Neto (Jersey). Na categoria "Quantidade mais Qualidade do Leite", os primeiros lugares foram para Willian Vriesman Sobrinho (Holandês), Williams e Cia Pecuária (Girolando) e Francisco Bastos de Miranda (Jersey).
 
Confira os produtores premiados pela qualidade do leite:
 

Tecnologia e foco na qualidade
Para avaliação dos inscritos e identificação dos campeões, o programa considera alguns critérios que contribuem para aumentar o rendimento industrial, como baixo teor de células somáticas e altos teores de proteína e gordura. Estes fatores, segundo o gerente de categoria Gado de Leite da DSM, Fernando Sousa, já são premiados com melhor remuneração aos produtores em várias plantas captadoras. "Produzir leite de maneira segura, com alto teor de proteína e gordura e com baixo nível de células somáticas é um dos principais desafios da pecuária leiteira do Brasil", aponta, destacando que, nesta edição, houve um aumento superior a 20% no número de produtores cadastrados no programa, em comparação com o ano passado.
 
Nas categorias, os produtores são separados em etapas regionais, pela raça (Holandês, Jersey e Girolando/Guzolando) e pelo volume de produção. Mas, no caso das avaliações, todos tiveram os dados coletados a cada 15 dias e submeteram a produção a testes feitos em laboratórios reconhecidos ou pelas próprias plantas captadoras.
 
No caso dos recursos tecnológicos disponíveis para maximizar a qualidade do leite, os criadores têm à disposição os suplementos nutricionais desenvolvidos pela DSM, com efeito no teor de sólidos e na quantidade de células somáticas presentes no leite, além dos benefícios para melhora da produtividade e dos índices zootécnicos dos animais. Neste sentido, todos os vencedores nacionais recebem o Certificado de Qualidade Superior do Leite e duas toneladas dos novos produtos da linha Bovigold®, que combinam os aditivos CRINA® e RumiStarTM, da DSM, aos Minerais Tortuga com objetivo de elevar a produção das vacas - até aquelas que já têm alto desempenho.
 
Os produtos com CRINA®, lançados este ano, têm um conjunto de óleos essenciais que substitui os antibióticos na ração e permitem aos laticínios se adequarem às normas para exportação para países que proíbem o uso da Monensina na nutrição animal, por exemplo. Além disso, estes suplementos promovem o aumento da ingestão de matéria seca, melhor degradação de fibras, proteínas e amido e reduzem os transtornos metabólicos (acidose), além de estarem alinhados ao conceito OVN® (Optimum Vitamin Nutrition), uma linha de pesquisa da DSM que enxerga a suplementação vitamínica na perspectiva de desempenho, e não de deficiência.
 
"A nova linha foi desenhada para entregar maior retorno sobre o investimento ao produtor. Nela, destacam-se os efeitos sinérgicos das tecnologias para cada nível de produtividade e fase do animal, gerando maiores eficiência e produção de leite, além de melhorar a qualidade do produto final pelo aumento da quantidade dos níveis de proteína e gordura. Ou seja, são soluções alinhadas às exigências de competitividade e qualidade da pecuária de leite moderna e da indústria", comenta Sousa. (Agrolink com informações de assessoria)

PIB do agronegócio cresce 2,71% até julho, diz CNA 
 
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro acumula alta de 2,71% de janeiro a julho de 2016, na comparação com igual período do ano passado, de acordo com estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em julho, o setor cresceu 0,13%. 

O segmento com melhor desempenho no ano é o da "porteira para dentro", com alta de 3,96%, seguido por serviços (2,57%), insumos (2,4%) e indústria (1,65%). "O resultado foi puxado principalmente pela cadeia produtiva agrícola. Embora o segmento tenha apresentado queda de 0,04% em julho, o desempenho no ano é positivo, com crescimento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2015", diz a CNA em nota. 

Até julho o setor primário cresceu 6,52%, em razão da alta dos preços e da expectativa de maior faturamento em culturas como soja, milho, cana-de-açúcar, café, trigo, cebola, cacau, banana, batata, laranja e mandioca. Serviços, insumos e indústria tiveram variação positiva de 3,61%, 2,64% e 0,07%, respectivamente. Já a pecuária variou 0,52% em julho e registra expansão de 0,76% no acumulado deste ano. (As informações são do Estadão)

Preço pode prejudicar produção

A retração no preço do litro de leite começa a assustar as comunidades produtoras. Pela quarta semana seguida a cotação média recuou, de R$ 1,18, entre 31 de outubro a 4 de novembro, para R$ 1,14 entre 7 a 11 de novembro, segundo levantamento da Emater. A diferença entre setembro, quando o valor médio chegou a R$ 1,35, e novembro, apontam uma queda de 15,5%. "É muito drástica", diz o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer. A involução deve se refletir em menor investimento no gado leiteiro nas propriedades e, se o quadro se agravar, uma crise pode se instalar no setor. Langer acredita que a queda nos preços deverá provocar a retirada de investimentos na propriedade. "Quando o produtor tem margem muito baixa, ele acaba reduzindo parte da ração, por exemplo. 
 
É uma lógica perversa para o animal, mas não há opção", diz Langer. Com menos recursos no campo, mesmo com o bom desenvolvimento das pastagens, a produção de leite no Estado poderá cair a partir de dezembro. Na opinião do assessor, a queda pode alcançar até 5%. "Talvez um maior equilíbrio entre a oferta e a procura fará o preço reagir novamente", estima Langer. O produtor de leite de Antônio Prado, Lucas Zenatto, utiliza as reservas financeiras do meio do ano para tocar a propriedade neste momento de retração. "Não vou diminuir a ração, porque se cair a produção teremos menos fluxo de caixa nos próximos meses", diz. Em agosto, Zenatto recebeu por litro de leite R$ 1,69. Em outubro, R$ 1,14. Como resultado, deixou de entrar R$ 7,5 mil na propriedade no mês passado. "O setor leiteiro é muito desorganizado. Por que não cobramos que o governo corte a importação do leite do Uruguai e Argentina? E por que o preço do leite caiu e o preço dos produtos industrializados nos mercados não se altera?", questiona. 
 
Em Frederico Westphalen, onde o preço caiu mais do que a média estadual, o presidente do Sindicato Rural, Danilo Vanzin, diz que, se a retrocesso continuar nos próximos dois meses, haverá produtores abandonando a atividade. "Acho que o cenário poderia ser ainda pior se os produtores não estivessem se aperfeiçoando, usando técnicas mais modernas, fazendo cursos de manejo para aumentar a produtividade". (Correio do Povo)
 

Vacinação sem queixas
Mesmo que não venha contando com distribuição de doses gratuitas, como em edições anteriores, a nova campanha de vacinação contra a febre aftosa chega à sua terceira semana sem ocorrência de problemas. Os produtores são obrigados a imunizar o rebanho de bovinos e bubalinos com até 24 meses. A demanda pelas vacinas está sendo suprida por 480 agropecuárias credenciadas na Secretaria da Agricultura ao preço médio de R$ 1,70 a dose. "Fizemos contato com várias regionais e nenhuma relatou problemas desde o início de campanha (em 1˚ de novembro). Os produtores estão mais preocupados em comprar a vacina do que reclamar da falta de doses gratuitas", diz o diretor da Comissão de Pecuária Familiar da Fetag, Nestor Bonfanti. O rebanho de 5 milhões de cabeças deve ser vacinado até o dia 30 de novembro. Para o assessor de Sanidade Animal da Farsul, Luiz Alberto Pitta Pinheiro, é importante que o Estado identifique os locais sujeitos a ficar sem vacinação. "Alguns produtores, por despreocupação ou falta de dinheiro, podem não vacinar os animais. O Estado tem que buscar soluções para esses casos", defende. Ao mesmo tempo, Bonfanti recomenda que os produtores agilizem a compra das vacinas para ter mais tempo de comprovação junto às Inspetorias Veterinárias. Em maio, foram imunizados 13,8 milhões de animais, inclusive os que tinham mais de 24 meses. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 14 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.390

 

Divulgados finalistas do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Depois de uma avaliação criteriosa dos 52 trabalhos inscritos em 2016, o 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo divulga os finalistas em suas quatro categorias. A disputa contou com trabalhos de diferentes regiões do país e diversos concorrentes do Interior do Rio Grande do Sul. A definição dos vencedores veio após reunião da Comissão Julgadora, realizada na tarde desta quinta-feira (10/11), na sede do Sindilat, em Porto Alegre. A premiação será entregue durante jantar de final de ano no dia 1 de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael. Na ocasião, os finalistas receberão troféus, e o primeiro colocado de cada categoria será contemplado com um Iphone 6. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o mérito é uma forma de destacar quem está o ano todo ao lado do setor leiteiro. "São profissionais que trabalham no dia a dia do setor e merecem um agradecimento por seu profissionalismo e esmero em levar informação precisa e de alta relevância seja para o consumidor seja para o homem do campo", salientou.

Neste ano, a Comissão Julgadora do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo foi presidida pelo diretor da ARI João Borges de Souza. Segundo ele, o que achou atenção na disputa foi o nível dos trabalhos apresentados, fundamentados em uma "profunda e interessante pesquisa". "Estamos tratando de uma área específica, que exige muita qualificação dos profissionais para conhecerem a fundo o setor", pontuou. 

Entre os jurados que se dedicaram à avaliação dos trabalhos em 2016 estão o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Milton Simas; o presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado (Arfoc), Marcelo Campos; o jornalista da Farsul Gerson Raugust e o assessor de imprensa da Fetag, Luiz Fernando Boaz. Pelo Sindilat, participaram o diretor Renato Kreimeier e a assessora de qualidade, Letícia Cappiello.

Finalistas 2016:

CATEGORIA IMPRESSO
  • Caio Cezar Cigana - Zero Hora - Trabalho: Alimento Farto
  • Cristiano Dias Vieira - Press Agrobusiness - Trabalho: Qualidade com mais Rigor
  • Solano Alexandre Linck - Jornal O Alto Taquari - Trabalho: Condomínio Leiteiro: União do Vale
CATEGORIA ELETRÔNICO
  • Alessandra Bergmann - SBT - Trabalho: Programa Leitec
  • Carine Massierer - Emater - Trabalho: Especial para Programa Rio Grande Rural
  • Dulciana Sachetti - RBSTV - Trabalho: Propriedades modelos e vacas premiadas em rendimento contribuem para o rebanho gaúcho ser campeão em produtividade média por animal
CATEGORIA FOTO
  • Diogo Zanatta - Zero Hora - Trabalho: Tripé do Futuro
  • Samuel Maciel - Correio do Povo - Trabalho: Foco na Qualidade
  • Luis Tadeu Vilani - Zero Hora - Mais Alimento, Mais Leite
CATEGORIA ON LINE
  • Bruna Karpinski - Correio do Povo- Trabalho: Estagnação do preço leva produtores a abandonarem atividade leiteira no RS
  • Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: 6 Práticas essenciais para aprimorar a pecuária leiteira no Brasil
  • Naiara Silva- Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: Prepare o bolso: leite deve continuar caro nos próximos meses. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
     
 
Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 11 de novembro de 2016, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de outubro de 2016 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de setembro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul) 

 

 
Ital lança plataforma de informações científicas sobre alimentos processados
 
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) apresentou nesta quinta-feira, 10 de novembro, em evento no auditório da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), uma nova plataforma científica (www.alimentosprocessados.com.br) que servirá como base de informações sobre ciência e tecnologia de alimentos processados. Todo o conteúdo foi desenvolvido pela Plataforma de Inovação Tecnológica do Ital e revisado por um comitê técnico-científico formado por pesquisadores, professores e profissionais do setor.
 
Diversos mitos relacionados ao consumo de alimentos processados, sem a devida comprovação cientifica, influenciam as decisões alimentares da população, fazendo com que o consumidor perca a oportunidade de ingerir alimentos seguros, nutritivos, práticos e saborosos. Por meio dessa plataforma, é possível encontrar explicações pautadas na ciência e na tecnologia de alimentos sobre diversos mitos associados a alimento industrializado.
 
O coordenador da Plataforma de Inovação Tecnológica do Ital, Raul Amaral, afirmou que "classificar alimentos em 'bons' ou 'ruins' de acordo com o nível de processamento é uma grande bobagem sem base científica", destacando ainda que "a restrição de comunicação imposta à indústria de alimentos permite a proliferação de mitos".
 
Luis Madi, diretor geral do Ital, coordenou o painel com os especialistas sobre o tema e apresentou outras iniciativas que o setor está desenvolvendo com o objetivo de fornecer informações confiáveis ao consumidor. Para Madi, "este é um instrumento gratuito que será disponibilizado à sociedade e busca oferecer conhecimento sobre os alimentos processados".
 
A Plataforma de Inovação Tecnológica é uma estrutura que tem como objetivo estreitar o relacionamento com os stakeholders do setor de alimentos, bebidas e embalagens, para conhecer melhor as necessidades do mercado e identificar áreas estratégicas para a inovação tecnológica e para o desenvolvimento do setor.
 
O secretário Arnaldo Jardim lembrou que a saudabilidade e a segurança dos alimentos formam uma das principais linhas de atuação da Secretaria. "O governador Geraldo Alckmin é médio de formação e sabe da importância da alimentação. Essa plataforma nos ajudará em nossa missão de oferecer produtos cada vez mais seguros à população", ressaltou. A plataforma pode ser acessada em http://alimentosprocessados.com.br. (ITAL)

 

Mercado global de leite 

Estudo envolve informações referentes à produção, produtividade e consumo de leite nos principais países do mundo. Como abrir ou gerir um negócio com o menor risco possível? Esta é uma pergunta recorrente para quem vai empreender no Brasil. De acordo com especialistas, dentre outras coisas, requer conhecimento sobre o mercado, sobre o ambiente onde seu negócio estará inserido. Informações bem apuradas e de fontes confiáveis, podem servir de base para a tomada das melhores decisões, garantindo assim, vantagem competitiva ao negócio.  Pensando nisso, a Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), em parceria com a consultoria especializada Terra Viva, está ampliando cada vez mais o seu banco de dados para oferecer aos associados um panorama global do leite. O estudo realizado em novembro de 2016 contém 170 páginas com gráficos e mapas georreferenciados envolvendo os 20 maiores países produtores de leite do mundo e também sobre a produção no Brasil, atualizado sempre que houver algum dado novo.

"O estudo envolve dados sobre produção, produtividade e consumo de leite nos principais países do mundo. Abrange os fluxos de importação e exportação de cinco produtos lácteos comercializados entre os cinco maiores países exportadores e os cinco maiores importadores, possibilitando uma visualização rápida dos fluxos predominantes no comércio internacional de produtos lácteos", explica Wilson Massote, diretor executivo do G100 e responsável pela coordenação do estudo. Massote afirma que são informações para entender a conjuntura do leite e acompanhar as permanentes variações do mercado, tendo como fonte principal a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). "Para os associados é um universo de dados macro que possibilita compreender melhor os processos de industrialização, produção e comercialização do leite no Mundo e no Brasil. E no âmbito da entidade, são informações que irão nos ajudar também no embasamento das reivindicações de políticas que ajudem no desenvolvimento dos associados", diz. 
O diretor executivo do G100, no entanto, lembra que os dados de produção internacionais têm certa defasagem. "Os números disponíveis na FAO são atualizados mais ou menos com dois anos de atraso. Já os dados dos fluxos comerciais, que têm como fonte a ONU, apresentam defasagem de um ano", afirma.  Da mesma forma ocorre em relação ao mercado interno. "Os dados de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são defasados em três meses, mas, o censo agropecuário pode demorar até dois anos. As quantidades de leite recebidas pelas indústrias sob fiscalização, têm defasagem de alguns meses, variando de três a quatro meses. Já em relação às séries de preços internacionais, essas são atualizadas quase que mensalmente, assim como os preços nacionais", informa Massote. 
Entre as mais recentes informações disponibilizadas estão dados sobre produção, produtividade e consumo de leite. Segundo o IBGE, a produção brasileira de leite em 2015 chegou a 35 bilhões de litros, com produtividade de 1.609 mil litros por vaca/ano. Já sobre o consumo per capita de leite no Mundo, o dado da FAO é de 2011, onde o Brasil aparece com 148 quilos por ano. Mas, pelos dados do IBGE que são de 2015, o consumo brasileiro per capita de lácteos, (equivalente leite), em 2015, foi de 174 quilos por ano. O acervo sobre importações e exportações, que também fazem parte do banco de dados, trazem dados curiosos. A Alemanha e a Itália aparecem como os países que mais importaram leite fluido (UHT) em 2015 (mais de dois milhões de quilos). Entender o fluxo das importações/exportações intereuropeias e entre os países da América do Norte de leite fluido é fundamental para analisar os dados do continente Europeu e da América do Norte. O comércio de leite fluído quase não ocorre entre outros países. Para ter acesso ao material completo, basta solicitar pelo e-mail para geoleite@g100.org.br. (AgroEffective)

Adequação no final

Festejada como um marco no combate às fraudes, a lei 14.835/2016 -- chamada de Lei do Leite -- entra em vigor dia 26 de dezembro, quando termina o prazo de 180 dias para adequação estabelecido pelo decreto que regulamentou o texto, assinado pelo governador José Ivo Sartori em 24 de junho e publicado em 27 de junho deste ano. A partir de então, começam a ser aplicadas as sanções, que podem chegar à multa de R$ 342 mil e dobrar em caso de reincidência. Antes disso, porém, os últimos detalhes do novo regramento ainda precisam ser estabelecidos por uma instrução normativa. Se por um lado a nova legislação representa mais segurança para o consumidor, por outro, o cenário ainda impõe desafios tanto para a indústria quanto para o produtor de leite. Composto por 25 artigos, o PL 414/2015, aprovado em dezembro de 2015 pela Assembleia Legislativa, foi discutido ao longo do ano passado por entidades ligadas ao setor. A iniciativa surgiu depois de várias denúncias de fraudes que causaram impacto na atividade desde 2013, quando o Ministério Público Estadual, com apoio do Ministério da Agricultura e da Secretaria Estadual de Agricultura, deflagrou a primeira das 11 edições da Operação Leite Compen$ado, que depois seria acrescida das quatro Operações Queijo Compen$ado. Entre os principais pontos da nova lei estão o fim da intermediação da compra e venda do produto, o que coloca na ilegalidade o chamado "atravessador". 

 
Além disso, o transportador (pessoa física ou jurídica) deve estar vinculado aos estabelecimentos de processamento ou postos de refrigeração, passar por treinamento aprovado pelo Serviço Oficial de Fiscalização e estar cadastrado junto à Seapi. Somente poderão ser fornecedores de leite cru estabelecimentos vinculados à indústria e com cadastro atualizado junto ao Departamento de Defesa Agropecuária (DDA). O leite deve atender aos padrões da legislação vigente, sendo que cabe ao transportador aceitar ou recusá-lo. "O grande benefício é separar o joio do trigo", afirma o coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes. "Vamos privilegiar quem trabalha sério, quem prima por uma produção com qualidade", complementa. "O maior avanço é a questão da rastreabilidade, ou seja, podemos ter todos os produtores registrados junto à Secretaria de Agricultura, todos os transportadores treinados e não podem mais existir atravessadores neste processo", ressalta o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. A expectativa, agora, é pela publicação da instrução normativa que irá definir alguns aspectos operacionais para que a lei seja implementada. Entre esses itens estão a forma como será feito o treinamento dos transportadores, a identificação dos veículos e a quantificação do leite impróprio para consumo. As regras devem ser publicadas ainda em novembro. Mesmo assim, algumas empresas já deram início aos treinamentos, por meio do Programa Alimentos Seguros da Cadeia do Leite (PAS Leite). "Agora, precisamos desta regulamentação de quem dá o treinamento, como é, para quanto tempo vale, como é feita a habilitação, o registro das informações etc", complementa Guerra. 
 
Uma das cooperativas que já começaram a repassar informações aos seus associados e a treinar transportadores é a Languiru, de Teutônia. "Considerando o fato de o assunto ser relativamente novo, talvez o maior desafio que enfrentamos é o de conseguir transmitir o conteúdo da lei e sua aplicabilidade a todas as partes interessadas, especialmente aos nossos produtores, que enfrentam uma significativa mudança de paradigma", comenta o gerente da Indústria de Laticínios da instituição, Lauri Reinheimer. "Os transportadores, por sua vez, tiveram oportunidade de ter acesso à informa- ção em recente treinamento", destaca, afirmando que praticamente todas eles já atendem as exigências impostas pela Lei do Leite. Nem todos, porém, recebem a lei com o mesmo entusiasmo. O professor Carlos Bondan, da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF), considera a medida importante, mas tem dúvidas sobre a sua efetividade. Na avalia- ção dele, falta clareza com relação à compra de leite entre empresas -- o chamado mercado spot -- onde ocorreram muitas das fraudes recentes. "Querem fazer um cadastro geral de transportadores. E esses transportadores vão comprar leite de quem? E vão levar esse leite para quem? Precisaria haver algumas definições um pouco mais claras", observa.

Qualidade será decisiva
Se para o consumidor a Lei do Leite representa uma garantia de maior controle sobre a qualidade do produto, para o produtor a nova realidade é um cenário incerto. Com uma maior exigência para que o leite produzido alcance os parâmetros recomendados, em meio a um período de oscilação nos preços, há o temor de que muitos acabem abandonando a atividade. "A lei ajuda, mas por outro lado vai apertar ainda mais a seleção (dos produtores). Então o produtor terá que trabalhar mais, principalmente no aspecto sanitário e de bem-estar dos animais, o que será traduzido em uma boa qualidade do leite", afirma Márcio Langer, assessor de Política Agrícola da Fetag. Embora o afastamento de pecuaristas que produzem pequenas quantidades de leite tenha sido citado nos últimos anos como uma das principais preocupações do setor, Langer acredita que o fator determinante para o futuro será a qualidade do leite. As melhorias necessárias, porém, não devem ocorrer imediatamente. "Para que a gente chegue aos patamares que a cadeia toda espera, o produtor levará no mínimo cinco anos", calcula o dirigente. "Se conseguirmos fazer acelerar ainda mais (o processo), menos impactante a lei será", complementa. No entanto, para fazer investimentos em resfriamento, melhoria genética do rebanho, descarte de animais com idade avançada, manejo e bem-estar animal, entre outros, o produtor quer que o seu leite seja vendido a um preço maior. Nos últimos três meses, o preço de referência caiu de R$ 1,31 para R$ 0,95. "A queda da rentabilidade afeta diretamente o interesse pela atividade. O leite precisa de boas-práticas todos os dias, de manhã e de tarde", observa Langer. Além do problema da renda, a cadeia terá pela frente o desafio da extensão rural. Composta basicamente por pequenas propriedades, que não têm condições de bancar uma assistência técnica própria, a atividade nem sempre consegue ser contemplada em sua totalidade pelos órgãos oficiais. "Em algumas regiões, a Emater consegue fazer um trabalho efetivo. Mas, às vezes, há muitos produtores e é muito difícil que ela abrace esse universo com grande efetividade", avalia Danilo Gomes, da câmara setorial. No entanto, de acordo com ele, profissionalizar o setor não significa que produtores precisem sair da atividade. (Correio do Povo)

 

Cisvale terá departamento
O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) vai abrir licitação para a compra de sete veículos, material de informática e mobiliário para implantação da estrutura fí- sica do Departamento de Inspeção Sanitária. O projeto para a criação da unidade obteve um repasse de R$ 350 mil do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais (Pronat). O presidente do Cisvale e prefeito de Vale do Sol, Clécio Halmenschlager, diz que a medida possibilitará a expansão das atividades das agroindústrias da região, que poderão comercializar seus produtos para todo o território nacional. Uma comitiva do Cisvale visitou recentemente o Departamento de Inspeção Sanitária do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha, em Bento Gonçalves, para conhecer o método de trabalho daquela região. (Correio do Povo)
 

 

 

Porto Alegre, 11 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.389

 

Preços globais dos alimentos aumentaram 9% em um ano

O índice global de preços de alimentos da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, subiu em outubro pelo terceiro mês consecutivo e alcançou 172,6 pontos, 0,7% mais que em setembro e 9,1% acima de outubro do ano passado. A nova valorização foi puxada por variações positivas registradas nos grupos formados por açúcares (3,4% sobre setembro), lácteos (3,9%) e cereais (1%). Houve quedas entre os óleos vegetais (2,4%) e carnes (1%). A escalada que chama mais a atenção é a dos açúcares, cujo resultado de outubro (315,3 pontos) ficou 60% acima do registrado no mesmo mês de 2015. Na mesma comparação, também há ganhos nos casos de óleos vegetais (17,7%), lácteos (17,5%) e carnes (3,4%). (Valor Econômico) 
 

 
 
 
Conaprole aumenta preço do leite destacando recuperação do mercado lácteo

A recuperação do mercado lácteo começa a ser vislumbrada, especialmente a partir do forte aumento nos preços de venda do último leilão da Fonterra. Isso abre uma esperança de que a etapa comercial mais crítica do setor leiteiro começa a ficar para trás.

Nesse contexto, a Conaprole (Cooperativa Nacional dos Produtores de Leite do Uruguai) subiu em 17% os preços básicos pagos aos produtores pelo leite recebido em outubro, segundo confirmaram o diretor da cooperativa, Alejandro Pérez Viazzi, e o presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), Rodolfo Braga.

O aumento se explica porque os bônus especiais outorgados pela cooperativa foram incorporados ao preço do leite. Esse valor adicional foi entregue durante os meses de maio e junho, com a finalidade de melhorar os baixos preços que recebiam os produtores nesse momento. Essa assistência se estendeu para os meses de julho e agosto e, finalmente, a setembro. 

Esses bônus tinham por finalidade ajudar os produtores que estavam passando por dificuldades, devido à queda de preços de mais de dois anos, somado à perda na produção de leite - não somente por aspectos financeiros, mas também, por condições de clima, disse o diretor da Conaprole.

Dessa maneira, conseguiu-se um aumento de 17% no preço básico que se paga aos produtores de leite, mantendo-se 9% de bonificação no inverno/verão. Em média, os produtores receberão um valor aproximado de 9,06 pesos (US$ 0,31) por litro para os envios que tenham 3,6% de gordura e 3,34% de proteína. Isso representa um aumento de 3,2%. Os sócios da cooperativa que obtêm 19% de qualidade e contam com um respaldo de 100% de capital lácteo, receberão um valor estimado de 9,19 pesos (US$ 0,319) por litro.

Essa é uma boa notícia para os produtores junto ao aumento da Fonterra (referência no setor de lácteos) e marca um sinal de estabilidade no mercado - embora a Conaprole deva seguir fixando o preço mês a mês, disse Pérez Viazzi.

Por outro lado, Braga admitiu que a recuperação dos preços da Fonterra foi muito positiva e "surpreendeu a todos, porque não se esperava uma variação dessa magnitude". Ele exemplificou com o aumento de 19,8% no leite em pó integral, que se aproxima dos US$ 3.500 a tonelada, o que dá mais tranquilidade para chegar ao equilíbrio com os custos de produção. 

"A Conaprole tem vendida sua produção até o final do ano, mas certamente, os melhores preços de negócios para mais adiante permitirão recuperar um preço que até agora estava muito baixo", disse Braga. (Informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Redução de custos é desafio para a cadeia do leite em Santa Catarina

Um dos problemas é o custo de alimentação, que se agravou com a escassez de milho. A redução de custos é um dos desafios da cadeia leiteira em Santa Catarina para conseguir competir no mercado internacional e dar conta do crescimento de produção. Durante o 6º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite, que iniciou na terça-feira e vai até quinta no Centro de Cultura e Eventos de Chapecó, o secretário adjunto de Agricultura do Estado, Airton Spies, afirmou que enquanto no Brasil, um transportador leva em média 50 litros por quilômetro. Em comparação, na Nova Zelândia são transportados 200 litros por quilômetro.
O presidente da cooperativa Auriverde e da Fecoagro, Cláudio Post, afirmou que em algumas localidades passam nove transportadores de empresas diferentes. Isso mostraria a desorganização da cadeia produtiva, o que leva o leite brasileiro a ser mais caro dos que os vizinhos do Mercosul e até da Europa. Com isso, o produtor ganha menos do que gostaria e o consumidor paga mais por um produto que também deixa a desejar na qualidade em comparação com Uruguai e Nova Zelândia.

O produtor e diretor vice-presidente da Associação Catarinense de Criadores Bovinos, Adriano Rigon, falou da necessidade de discutir o modelo de fidelização dos produtores com as indústrias.

Genoma da vaca
Durante o Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de leite, o assessor de lácteos da Aurora Alimentos, Selvino Giesel, apresentou o projeto Genoma Aurora, que está fazendo o mapeamento genético do rebanho do sistema cooperativo.
Foram recolhidas amostras de pelo, pele ou sangue de 2,5 animais e encaminhadas para laboratórios nos Estados Unidos.

Com isso, foram mapeadas as melhores fêmeas e identificados quais os melhores reprodutores para melhorar o rebanho e garantir boa produção. A Aurora já distribuiu 30 mil doses de sêmen para os produtores. Também identificou animais com doenças hereditárias que devem ser descartados. (Clicrbs SC / eDairyNews)

 
 
Seleção genômica em bovinos leiteiros é tema de workshop promovido pela Embrapa

Workshop de caráter internacional, promovido pela Embrapa Gado de Leite, reuniu até esta quinta-feira, 10, em Juiz de Fora/MG professores e pesquisadores do Brasil e do exterior para falar sobre melhoramento genético em bovinos leiteiros e as ciências da computação associadas aos estudos genômicos. O evento começou no dia 8 de novembro, quando o coordenador Operacional do PMGG Marcello Cembranelli ministrou palestra sobre o programa de melhoramento da raça Girolando.

O workshop foi divido em duas partes temáticas: o "Simpósio de melhoramento genético de bovinos de leite" e o "II Talking about computing and genomics - II TACG" (falando sobre computação e genômica, em tradução literal). Ao reunir professores e pesquisadores de instituições de ensino e pesquisa ligados à área de melhoramento animal, o Simpósio, pretende discutir o nível atual do desenvolvimento científico a respeito do melhoramento genético e as perspectivas futuras das pesquisas. "Queremos apontar soluções futuras para os programas de melhoramento animal e discutir sobre os impactos dos estudos de genômica na pecuária", diz a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Marta Martins.

Já o II TACG foi uma iniciativa da Rede Nacional para o Desenvolvimento e Adaptação de Estratégias Genômicas Inovadoras Aplicadas ao Melhoramento, Conservação e Produção Animal. Coordenado pela Embrapa, a Rede conta com a parceria de diversas universidades e centros de pesquisa, além de instituições relacionadas ao agronegócio. (Girolando)

Ministro inaugura dia 30 centro do Inmet com dados do clima de 100 anos atrás

A partir do final deste mês, os brasileiros terão acesso a dados sobre o clima dos últimos 100 anos no Brasil. No próximo dia 30, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) inaugura o Centro de Dados Climáticos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que terá informações das estações meteorológicas instaladas em todas as regiões do país. 
 
O acesso será feito por meio do Sistema de Informações Meteorológicas (SIM), na página do Inmet, criado em 1999. São armazenadas diariamente, em um banco de dados, os registros de toda a rede de estações convencionais do instituto. Em 2007, o banco abrigava informações desde 1961. Agora, ele terá dados de 100 anos atrás.
Em 2007, o Inmet iniciou um trabalho de levantamento detalhado do acervo existente na sede e nos 10 Distritos de Meteorologia, a fim de identificar tipos, quantidades e estado de conservação e armazenagem dos dados. Após a coleta e centralização de informações, o Inmet está concluindo agora a última etapa do trabalho, a de digitalização e validação das informações, que vão compor uma base de dados histórica, com os registros meteorológicos do instituto.
O Centro de Dados Climáticos vai possibilitar o acesso a informações como as variações de temperatura nas diferentes regiões do país ao longo dos anos, direção e velocidade dos ventos, tipos de fenômenos meteorológicos e índices pluviométricos, entre outros. Esses dados vão contribuir para explicar as mudanças climáticas ocorridas nas últimas décadas.
"Esses dados são uma preciosidade para os estudos meteorológicos. Poucos lugares têm tantas informações catalogadas", afirmou o diretor do Inmet, Francisco de Assis Diniz, após reunião com o ministro Blairo Maggi para apresentar o trabalho. (MAPA)

 

Frase do dia
"Um preso custa R$ 2,4 mil ao mês e um estudante do ensino médio, R$ 2,2 mil ao ano. Alguma coisa está errada na Pátria amada". De Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal. (Valor Econômico)
 

 

Porto Alegre, 10 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.388

 

  Produtores cobram maior ação da universidade no campo

Produtores rurais reivindicaram maior participação das universidades e instituições de pesquisa em ações de melhoria dos processos produtivos no campo. A posição foi defendida por dirigentes da Fetag durante o 3º Fórum da Rede Leite, realizado nesta quarta-feira (09/11), no Campus da Unijuí, em Ijuí (RS). O evento, que contou com a presença do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reuniu representantes de entidades ligadas ao agronegócio, pesquisadores, extensionistas e produtores. A discussão segue a tônica do Fórum Itinerante do Leite que, prestes a realizar sua 3ª edição em Porto Alegre, no dia 24/11, busca promover exatamente esta aproximação entre a academia e o meio rural. 

A professora da Faculdade de Veterinária da Unijuí, Denize Fraga, afirma que a faculdade possui iniciativas de estágios em que os alunos, além de desenvolverem na prática os conhecimentos adquiridos em aula, proporcionam métodos inovadores nas comunidades rurais. Esperançosa com a discussão do fórum, ela acredita que a criação de grupos de assistência técnica aos agricultores pelas universidades é uma ótima iniciativa: "É importante que a academia faça esse tipo de assessoria, porque assim consegue trabalhar todas as necessidades dos agricultores". 

Em Ijuí, os agricultores argumentaram que, para uma maior produção do leite, é preciso que as faculdades promovam mais saídas a campo para repassar conhecimentos e tecnologias, principalmente aos pequenos agricultores. "Cada propriedade é um estabelecimento de negócio, elas precisam de renovação para ter maior competitividade no mercado", afirma Palharini. Na ocasião, foi abordada a necessidade de instituição de contratos de fidelidade entre indústria e produtores com o objetivo de garantir maior rentabilidade para os pequenos tambos. Também foi analisada a importância de elevar a nutrição dos animais para obter melhores resultados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
Protecionismo de Trump pode ajudar agronegócio brasileiro; Maggi faz ressalvas

Donald Trump, o presidente eleito dos Estados Unidos, se colocar em prática as suas medidas polêmicas de campanha, mais vai mais ajudar o agronegócio do que atrapalhar. Brasil e Estados Unidos têm muito em comum quando se trata de agropecuária, mas pouca relação comercial nesse campo. Ao contrário, são fortes concorrentes mundo afora, tanto em grãos como em carnes.

Entre as promessas de Trump, está a de fechar mais a economia norte-americana e frear os acordos comerciais, com o intuito de proteger a produção e o emprego nos Estados Unidos. Essas barreiras são ruins porque só agora os Estados Unidos abriram as portas para a carne brasileira, não obstante a objeção dos pecuaristas norte-americanos. Mas é um acordo, por ora, de dimensão limitada. As cotas de exportação são pequenas. É na promessa de frear acordos, no entanto, que o Brasil pode levar vantagem.

Mais do que vantagem, terá mais tempo para fazer uma lição de casa que nunca fez, a de buscar acordos comerciais pelo mundo. Trump promete abortar o que poderá ser um dos principais algozes do agronegócio brasileiro: o TPP (acordo Transpacífico, que engloba 12 países).

Com ele, os Estados Unidos teriam acesso a uma boa fatia do mercado mundial agrícola. Sem reduções de tarifas, os países componentes do acordo já representam US$ 57 bilhões para as exportações do agronegócio norte-americano. Ou seja, 43% de todas as vendas externas do país nesse setor. Imagine uma redução a zero das tarifas comerciais entre esses países nos próximos anos.

Apenas cinco países -- Japão, Malásia, Vietnã, Nova Zelândia e Brunei -- somam 257 milhões de habitantes e já importam US$ 17 bilhões de produtos agropecuários norte-americanos.

As portas abertas dos 11 países do Transpacífico para os Estados Unidos significariam uma tarefa mais árdua para o Brasil negociar carnes, milho e até soja nesses mercados. E isso ocorreria exatamente agora que o país busca mais ênfase no mercado asiático. A missão de Donald Trump para abortar acordos comerciais, inclusive o Transpacífico, não será fácil.

De um lado, terá o apoio dos eleitores de cidades onde fábricas foram fechadas, devido às importações industriais de outros países. De outro, no entanto, terá a pressão do cinturão agrícola, grande apoiador do novo presidente, para que mantenha esse caminho aberto para seus produtos agropecuários. Trump é apenas mais um passageiro da Casa Branca. Ele poderá retardar os acordos comerciais, mas, se não fizer isso agora, outros farão. O Brasil ganha tempo nesse período de atraso.

Números 
O fluxo de comércio entre Brasil e Estados Unidos ficou em US$ 39 bilhões nos dez primeiros meses deste ano. Apenas 9% desse valor se refere a produtos do agronegócio. Na lista das principais exportações do Brasil para os norte-americanos estão café, produtos hortícolas, frutas, preparações de carnes, tabaco e açúcar. O café lidera, com receitas de US$ 800 milhões neste ano.

Do lado das importações, poucos produtos do agronegócio aparecem com destaque na lista das compras brasileiras. Um deles são os cereais, cujos gastos brasileiros somaram US$ 177 milhões até outubro. O Brasil é dependente dos Estados Unidos, no entanto, em fertilizantes e produtos químicos destinados à agricultura.

'Se esse protecionismo vier em forma de novos subsídios, nós teremos problemas', diz Maggi
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, considerou nesta quarta-feira que o Brasil poderá "ter problemas" no setor de exportações caso o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, adote de fato uma postura "protecionista". 

"Penso que a relação pode piorar sim. Talvez o que vai mais incomodar não é o acesso dos produtos agrícolas nos EUA. A nossa pauta de mercadorias para eles é de produtos que eles não produzem por lá. Então, não há uma competição interna em muitos produtos brasileiros lá. Mas, eles são muitos fortes em áreas que somos competidores mundo afora. E se esse protecionismo vier em forma de novos subsídios para a agricultura norte-americana, ai nós teremos problemas", afirmou Blairo Maggi ao jornal O Estado de São Paulo. 

Apesar dos receios, na avaliação do ministro um dos reflexos de ampliação do protecionismo por parte do novo governo norte-americana seria a retaliação de outros países também atingidos pelas medidas.  "Se pegarmos a China, por exemplo, e ela tiver sanções de algo que produzem para os Estado Unidos, óbvio que podem também decidir, por exemplo, que deixarão de comprar mais carne deles. É um tipo de raciocínio que pode ocorrer. Por isso que eu falo, não é porque você ganhou uma eleição, que você faz o que pensa que quer fazer, há regras, há compromissos, que fazem você repensar as coisas que declarou durante as eleições", disse Maggi

Incertezas
A conversa do ministro com a reportagem, ocorreu logo após ele se reunir em Brasília com representantes de uma empresa norte-americana de equipamentos agrícolas. "Também perguntei para eles, o que ia acontecer agora. Todos me disseram que ninguém sabe", disse Maggi. 

Questionado se essa incerteza também não causaria instabilidade no setor, o ministro respondeu: "Acho que sim, mas Trump é um fato consumado. Deixadas as paixões de lado temos que aguardar para ver os rumos que serão dados".

A primeira ida de Maggi aos Estados Unidos, após a eleição de Trump, está prevista para ocorrer no próximo mês de fevereiro, ocasião em que pretende avançar com alguns acordos bilaterais. (As informações são de Mauro Zafalon, para o jornal Folha de São Paulo e do jornal O Estado de São Paulo)

EUA: Dairy Checkoff lança parceria com Yum! Brands para aumentar a venda de lácteos

O programa de marketing institucional da indústria de lácteos dos Estados Unidos, Dairy Checkoff, anunciou uma parceria com a Yum! Brands para aumentar as vendas internacionais de lácteos dos Estados Unidos - especificamente na Ásia Pacífico, bem como na América Latina e no Caribe. Esse é o último plano estratégico de longo prazo de aumento nas vendas dos produtos lácteos americanos através de parcerias estratégicas.

A Yum! Brands, companhia matriz das redes KFC (Kentucky Fried Chicken), Pizza Hut e Taco Bell, com quase 43.000 restaurantes em 135 países e territórios, é líder global nas categorias frango, pizza e restaurante mexicano. A parceria internacional do Dairy Checkoff foca em programas pilotos com a KFC e a Pizza Hut.

O programa piloto com a KFC visa aumentar as vendas de lácteos dos Estados Unidos na América Latina e no Caribe, explorando oportunidades de inovação, como molhos de queijos, para complementar os produtos internacionais da KFC, como sanduíches de frango. "Trabalhar para ter mais queijos nos sanduíches de frango é uma excelente oportunidade para aumentar as vendas", disse o produtor de leite e presidente do Dairy Management Inc. (DMI), que administra o Dairy Checkoff, Paul Rovey. "Além do queijo, essa parceria também pode ajudar a criar produtos para aumentar as vendas de leite e bebidas lácteas, junto com sorvete e outros itens de sobremesa".

O Dairy Checkoff também está aumentando as vendas de lácteos americanos através de um programa piloto com a Pizza Hut para alcançar clientes na Ásia Pacífico em seus mais de 2.500 restaurantes em 15 países. Os clientes têm um apetite por lácteos dos Estados Unidos - a companhia fornece 100% de seus queijos para a Ásia Pacífico, que são usados nas pizzas com borda recheada, de acordo com Enrique Ramirez, diretor financeiro e estratégico do Pizza Hut. "Os produtores de leite dos Estados Unidos, importadores e a DMI nos trouxeram um valor enorme em experiência e inovação no setor de lácteos", disse o CEO da Yum! Brands, Greg Creed. "Estou incrivelmente animado com essa relação com os mercados internacionais".

As parcerias com a KFC e com a Pizza Hut incluirão recursos de checkoff no local e focarão no desenvolvimento de itens inovadores e centrados em lácteos no menu. Essa abordagem é baseada em um modelo bem sucedido de trabalho com a Pizza Hut e o Taco Bell nos Estados Unidos - que também terão funcionários trabalhando com companhias de food service para desenvolver itens de menu baseados em lácteos, incluindo a "Pizza com Borda Recheada de Queijos" da Pizza Hut e o "Quesalupa", do Taco Bell. (As informações são do http://www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

União faz novo repasse a São Paulo e Haddad retoma programa Leve Leite

O governo federal liberou novo pagamento da dívida com a Prefeitura de São Paulo e a gestão Fernando Haddad (PT) usará o recurso para normalizar as entregas do programa Leve Leite, afetado por cortes no orçamento realizados no mês passado.

O reembolso liberado pelo presidente Michel Temer foi de R$ 67 milhões. Já haviam sido liberados pelo governo, e estavam sendo repassados à Prefeitura, outros R$ 176 milhões, parados no Ministério das Cidades. Ainda há uma dívida da União com a Prefeitura de R$ 77 milhões.

O programa Leve Leite prevê a entrega de 4 quilos de leite em pó para cerca de 900 mil alunos da rede de ensino. Como este é o último ano de mandato e Haddad não pode deixar dívidas para o governo de João Doria (PSDB), a Prefeitura havia reduzido essa cota para apenas 1 quilo. A medida atingia 640 mil alunos.

 

"Com a liberação desses recursos, vamos garantir o fornecimento de leite para todos e também entregar retroativo para aqueles que tinham recebido apenas um quilo", disse o prefeito. (As informações são do O Estado de São Paulo)
 

Zona do euro
A União Europeia (UE) reduziu hoje sua previsão de crescimento da economia da zona do euro para o próximo ano, segundo o primeiro relatório de projeções econômicas divulgado desde que o Reino Unido votou para sair do bloco, no fim de junho. A UE agora prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro crescerá 1,5% em 2017, ante estimativa anterior de expansão de 1,8%. Para este ano, a projeção da UE para a economia da zona do euro foi elevada, de +1,6% para +1,7%. Em 2018, espera-se que o PIB da região, que engloba 19 países, também se expanda 1,7%. Já a previsão de crescimento para a UE, que é formado por 28 países, foi mantida em 1,8% para este ano, mas diminuiu para 2017, de 1,9% para 1,6%. Para 2018, a projeção é que o PIB do bloco aumente 1,8%. No relatório, a Comissão Europeia, braço executivo da UE, avalia que os riscos às projeções aumentaram nos últimos meses e "estão claramente pendendo para baixo". O chamado "Brexit", decisão do Reino Unido de deixar a UE, é destacado no documento. A UE também prevê que o déficit público da zona do euro deverá cair de 1,8% do PIB em 2016 para 1,5% tanto em 2017 quanto em 2018. Para Pierre Moscovici, comissário da UE para assuntos econômicos e financeiros, o crescimento na Europa vai se firmar no ano que vem, mas "nestes tempos incertos e voláteis, nenhum esforço deve ser poupado para salvaguardar e fortalecer essa recuperação." As previsões oficiais da UE, que são publicadas três vezes por ano, servem de base para negociações orçamentárias entre autoridades da UE em Bruxelas e os governos do bloco. Em 2013, a UE adotou regras fiscais mais severas, na tentativa de evitar uma repetição da crise da dívida soberana. (Estadão)
 

 

Porto Alegre, 09 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.388

 

Importância nutricional do leite em debate no Avisulat
 
A importância dos produtos lácteos para o organismo humano e os tabus vinculados ao leite serão temas debatidos em simpósio durante o Avisulat, no Centro de Eventos da Fiergs, no dia 23 de novembro, a partir das 14h. O "Simpósio Sobre Versatilidade dos Lácteos em Incorporar Mais Propriedades Funcionais ou de Saúde" é promovido pelo Sindilat, Farsul, Fetag, Mapa, Seapi e pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN). "Estamos preocupados em garantir informações verídicas ao consumidor em relação ao leite, por isso precisamos debater questões urgentes com os profissionais da saúde", afirma o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Nesta mesma lógica, o médico nutrólogo Carlos Werutsky, responsável pela organização do evento, ressalta os benefícios nutricionais do leite. "Os lácteos são alimentos de destaque na pirâmide alimentar e recomendados pelo Ministério da Saúde por possuírem proteína de alto valor biológico e por serem alimentos de maior biodisponibilidade de cálcio". Ele explica que se tornou modismo colocar o leite no papel de 'vilão' da alimentação. "Muitos se dizem intolerantes à lactose, mas nunca fizeram o teste. A pessoa só possui esse problema se a flora intestinal for afetada", ressalta.

A programação contará com a presença de seis profissionais da área da saúde, que estarão distribuídos em dois grupos de discussão. No primeiro bloco, irá se avaliar os benefícios dos lácteos a partir de pesquisas médicas, as propriedades nutricionais do leite pasteurizado e UHT e os lácteos com baixos teores de sódio e gorduras saturadas. Após o Milkbreak, os profissionais irão desmistificar a grande preocupação que muitos têm em relação à lactose e de como a academia e a indústria podem, juntas, contribuir para o futuro do setor lácteo. O simpósio se destina a estudantes e profissionais da área da saúde preocupados com a qualidade, higiene e segurança dos componentes de uma alimentação saudável e integra a programação do 5º Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios 2016 (5º Avisulat), de 22 a 24 de novembro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Saldo da balança comercial de lácteos apresenta menor déficit desde fevereiro

Em outubro, o saldo da balança comercial do setor lácteo continuou negativo, mas com o valor menor que no mês anterior em 8,3 milhões de toneladas - redução de 37,9% sobre o déficit apresentado em setembro/16. O saldo da balança de lácteos foi de US$39,1 milhões negativos.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.

Fonte: MDIC 
O volume de exportação de lácteos foi 18,4% menor que o mês anterior, e o valor, 28,7% menor. Ao se comparar este mesmo período com 2015, o volume é 27,4% inferior.

Referente às importações, o volume caiu 33,2% em relação a setembro, resultando em 19,4 mil toneladas. O valor foi de US$55,9 milhões. O leite em pó integral teve volume importado de 9,1 mil toneladas em outubro (queda de 38,8% em relação ao mês anterior); também foram importadas 2,7 mil toneladas de leite em pó desnatado (43,7% inferior ao mês anterior); 2,3 mil toneladas de soro de leite (volume 12% inferior em relação a agosto, porém ainda 113,8% superior que setembro de 2015). 

A importação de queijos foi a que apresentou queda menos expressiva dentre os principais produtos, tendo 4,5 mil toneladas de queijos importadas (valor 4,7% inferior ao mês anterior, porém 132% maior que o mesmo mês no ano anterior). (Os dados são do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), adaptados pela Equipe MilkPoint.)

Austrália poderá ter que importar leite se a crise na área láctea continuar

Os produtores de leite alertaram em uma pesquisa do Senado que a Austrália poderá em breve precisar importar leite da Nova Zelândia e outros países se a crise da indústria de lácteos não for resolvida. Um grupo voluntário, Farmer Power, pediu uma tarifa de A$ 0,50 (US$ 0,38) por litro para ajudar os produtores que estão lutando contra as políticas de preços dos principais supermercados e esquemas de pagamento iniciados pelos processadores Murray Goulburn e Fonterra.

O produtor de leite, Alex Symons, disse ao comitê do Senado em Canberra que a situação é tão ruim que talvez ele desista da produção em breve. A situação estava ruim há anos, mas nos últimos cinco meses, piorou muito. Symons disse que o aumento do preço no supermercado de um litro de leite de A$ 1 a A$ 1,50 (US$ 0,76 a US$ 1,14) levaria os preços aos níveis dos anos oitenta. "Não é um grande pedido", disse ele, desmentindo as afirmações de que os consumidores não queriam pagar preços maiores se isso significasse ajudar os produtores. A medida permitiria que a maioria dos produtores ficassem em uma situação de break even (sem perdas nem ganhos). "Não estamos falando sobre tornar as pessoas milionárias. Isso é sobre salvar pessoas. Nós levantamos da cama às 5 da manhã e dizemos, 'ótimo, vamos perder mais mil dólares hoje'. Nós nos tornamos voluntários".

O imposto também significaria que os produtores não teriam que continuar financiando o Dairy Australia e o dinheiro poderia ser coletado para empréstimos para ajudar outros produtores a comprar sua primeira propriedade. Symons disse que não havia confiança na indústria e que nos últimos cinco ou seis meses, a maioria das pessoas com 25 a 35 anos que compraram rebanhos de vacas tinham deixado a atividade.

Uma estação ruim e a necessidade de feno significa terminar com um uma dívida de A$ 70.000 (US$ 53.389,7) no banco. Ficar para outro ano significaria aumentar sua dívida em A$ 130.000 (US$ 99,152,3). O grupo disse que os produtores não precisam de mais empréstimos e entrar em mais dívidas. "Colocar isso em cartão de crédito não é a resposta", disse o vice-presidente, Alex Robertson.

Outro produtor, Darryl Cordona, disse que a Austrália em breve importará leite, incluindo da Nova Zelândia. "Eu acho que isso acontecerá nos próximos dois anos se continuar sem mudanças". Anteriormente, o diretor executivo da Australian Dairy Farmers, John McQueen, disse que não vê os consumidores ou o parlamento concordando com uma tarifa de A$ 0,50 (US$ 0,38).

Oficiais do departamento de agricultura disseram ao comitê que 44 negócios rurais tinham empréstimos aprovados, com 170 solicitações. Eles disseram que o governo não considera uma tarifa temporária ao leite, mas expressou preocupações com os consumidores pararem de comprar leite se passar a custar mais. (As informações são do The Guardian, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Arla lança proteína em gel oriunda do soro do leite

Gel, pó, bebidas lácteas e bebidas cristalinas - são as quatro aplicações para o soro do leite que, no novo hidrolisado da Arla, poderá ser usado. E, quebrando a proteína do soro do leite em enzimas, o ingrediente deve ser absorvido pelo corpo mais rápido, disse a companhia.

"Nosso tempo nesse show da vida é muito curto para proteínas lentas", disse o diretor da unidade de nutrição em saúde e desempenho da Arla Foods Ingredients, Troels Laursen, no SupplySide West 2016. A companhia recentemente lançou quatro novos produtos em seu portfólio de hidrolisados de proteínas do soro do leite - no braço da nutrição esportiva da Arla.

"Nós temos uma longa história de desenvolvimento de hidrolisados de proteínas do soro do leite para a indústria de fórmulas infantis e indústria de nutrição médica. Estamos agora obtendo esses aprendizados de qualidade [e benefícios] que podemos ver nesses segmentos e trazendo para a nutrição esportiva".

Laursen falou sobre a proteína do soro do leite que foi hidrolisada com uma enzima, quebrada em pedaços menores antes de entrar no corpo. "É aqui onde vem a maior parte dos benefícios - a menor parte dessas proteínas não precisam de nenhuma digestão a mais. Podem ser absorvidas diretamente pelo sangue".

Os shakes de proteína têm sido padrão para proteínas em nutrição esportiva, mas a Arla vê um futuro em outros formatos. "Acreditamos que a proteína em gel será o formato que veremos com mais frequência no futuro", disse ele. "Isso está relacionado ao fato de a proteína ser cada vez mais usada em esportes de resistência, e podemos dizer que os géis esportivos já são um formato popular dentro do ciclismo e da corrida".

Esse ponto de vista é refletido no lançamento do Hydro.gel, da Arla, uma "proteína do soro do leite moderadamente hidrolisada preparada para uso", com 91% de proteína, 0,1% de gordura e 0,8% de lactose. A companhia tem promovido mais uso da proteína do soro do leite em esportes de resistência e financiando estudos para provar os benefícios das proteínas hidrolisadas do soro do leite - a fim de melhorar o desempenho em corredores de elite.

Os outros produtos lançados foram o Hydro.clear (para bebidas cristalinas), Hydro.power (para shakes em pó) e Hydro.milk (para bebidas lácteas).

Os benefícios diretos da proteína do soro do leite no desempenho em esportes, como ciclismo e corrida, ainda estão sendo estudados, com alguns pesquisadores descobrindo que a suplementação de proteína somente beneficia o aumento do crescimento muscular, mas não o desempenho. (Dairy Reporter)

 

Governo gaúcho deverá reforçar medidas contra importação de leite
O governo estadual deverá trabalhar na organização de algum dispositivo para barrar ou dificultar a importação de leite do exterior, especialmente do Uruguai. O assunto foi tratado ontem durante reunião entre produtores, entidades e secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo. Representantes do grupo Construindo Leite, da região de Ijuí, participam do encontro. O objetivo é seguir decreto estipulado pelo governo federal recentemente, após constatação de que o leite importado entrava no Brasil e competia com preço desleal com o produto nacional. Isso ajudou para derrubar o preço do litro pago ao agricultor. Na região de Ijuí, por exemplo, agricultores recebem entre menos de 1 real até cerca de 1 real e 10 centavos. Alguns poucos ganham 1 real e 40 centavos. (Rádio Progresso de Ijuí)
 

 

Porto Alegre, 08 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.387

 

Embaixador da Alemanha visita Cooperativa Piá

 

No último sábado, dia 5 de novembro, a Piá recebeu a visita do embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, acompanhado do Cônsul Geral, Stefan Traumann.

Na ocasião, as autoridades foram recepcionadas pelo presidente da Cooperativa, Gilberto Kny, o vice-presidente, Nilson Olbermann, o secretário, Jeferson Smaniotto, o gerente industrial, Ayrton Mello, e pelo gerente de marketing, Tiago Haugg.

Pela primeira vez em Nova Petrópolis, Witschel conheceu de perto as instalações industriais da Piá, empresa que nasceu de uma parceria binacional entre Brasil e Alemanha, em 1967. 

Naquela época, profissionais alemães trouxeram um importante conhecimento técnico e recursos para a Cooperativa - que completou recentemente 49 anos de existência. "Foi uma honra receber o embaixador na Piá e mostrar que, ao longo de quase cinco décadas, com muito trabalho, seriedade, transparência e excelência nos processos, conseguimos construir uma empresa sólida e que faz a diferença na vida de muitas pessoas", destacou Kny. (Assessoria de Imprensa Piá)

 
 
Fonterra expande planta de Waitoa/NZ devido à maior demanda

Devido à demanda por creme de leite, o plano da cooperativa neozelandesa Fonterra de aumentar a produção em sua planta de UHT de Waitoa, que era até 2017, foi adiantado para fevereiro de 2017. A adição da nova linha de produção, a um custo de NZ$ 12 milhões (US$ 8,76 milhões) aumentará a produção de creme de leite em 40 milhões de caixas por ano, aumentando a capacidade da planta para 112.000 embalagens por hora.

O diretor global de foodservice da Fonterra, Grant Watson, disse que a aceleração dos planos para fornecer à China mais produto UHT é impulsionada pelos negócios, considerando que as novas construções no espaço de foodservice são tipicamente lideradas pela demanda. "O fato de precisarmos adiantar o projeto é um bom sinal da crescente popularidade dos lácteos na China e aponta para o fortalecimento de nossas equipes no mercado - que estão identificando essa demanda e convertendo-a em vendas". Os resultados anuais recentes da Fonterra mostraram que as vendas no foodservice cresceram a uma taxa de 15% no ano passado.

O diretor operacional da Fonterra, Robert Spurway, disse que a nova linha permite que a companhia expanda suas operações para enviar mais leite para a produção de produtos com maior valor agregado - visando suprir a ambição do foodservice de se tornar um negócio de NZ$ 5 bilhões (US$ 3,65 bilhões) até 2023.A nova linha estará com capacidade total até abril do próximo ano e criará 14 empregos em período integral no local. Em 04/11/16 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,73063 1,36833 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (Informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 

Estados começam a lançar versões do Plano Agro+

O governo do Rio Grande do Sul é o primeiro a aderir oficialmente ao Plano Agro +, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com isso, o RS reforça a estratégia do Mapa de reduzir a burocracia e facilitar a atividade agropecuária, com projeção de uma economia de até R$ 1 bilhão para o setor. O plano gaúcho será lançado no próximo dia 21. Até agora, o estado já recebeu mais de 100 demandas de entidades de produtores.

No dia 29, será a vez do governo do Tocantins lançar o seu plano de desburocratização, simplificação e modernização do agronegócio. Segundo o coordenador do Agro+ no Mapa, Ricardo Cavalcanti, a adesão dos estados vai melhorar a vida dos produtores e reduzir custos no processo produtivo.

Entre as novas ações do Agro+ federal, estão a busca de solução para a destinação das cerca de 500 mil toneladas de suínos e aves mortos por causas rotineiras (não por doença), como acidentes e desastres climáticos, nas propriedades rurais. Um grupo de trabalho deverá apresentar soluções para o problema, que envolve meio ambiente, saúde pública e questões trabalhistas. 

Outra medida adotada foi a alteração da legislação que estabelece a temperatura de -18°C para o congelamento dos cortes suínos. Pela nova regra, a temperatura passou para - 12º C. Isto tem impacto significativo no gasto de energia elétrica, aliviando o custo de produção dos frigoríficos.

Por meio do Agro+, o Mapa também determinou a dispensa do carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) nas carcaças bovinas, dentro das plantas frigoríficas, sendo mantida apenas a carimbagem para os países importadores que exigem o selo do SIF. A medida vai garantir menos perdas na hora da limpeza das carcaças e agilidade no processo de produção.

Prazo para exportação
O secretário de Agricultura de Tocantins, Clemente Barros Neto, aposta que o Agro+ ampliará os índices de crescimento da agricultura e da pecuária no estado. "Estamos com expansão média de 10% ao ano na agricultura, graças aos ganhos de produtividade, enquanto as outras unidades da Federação avançam cerca de 2%." 

De acordo com Barros, o Tocantins ainda precisa que o prazo para a exportação de sementes de grãos seja reduzido. "A demora preocupa o ministro Blairo Maggi", assinala. Ele também cita como problema os entraves à importação de fertilizantes. "A falta de opções de fornecedores desses produtos encarece muito o plantio das lavouras."

Enquanto o RS e TO anunciam seus planos, o Mapa trabalha para sensibilizar outros estados a adotar estratégias de desburocratização do agronegócio. Segundo o coordenador do Agro+, Ricardo Cavalcanti, a divulgação e o envolvimento com o plano nas superintendências federais de Agricultura estão sendo feitos por meio de videoconferências, que já foram realizadas no Norte e no Nordeste. Na próxima semana, ações semelhantes devem ocorrer no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 

Os deputados da Frente Parlamentar da Desburocratização também estão empenhados em expandir o Agro+. Pelos dados da frente parlamentar, o custo anual da burocracia é de R$ 46 bilhões, equivalentes a 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. (As informações são do Mapa)

Preços LTO

O cálculo preliminar do preço médio do leite padrão, em setembro de 2016, foi de € 27,36/100 kg, [R$ 1,01/litro]. Aumento de € 1,17/100 kg em relação ao mês anterior. Se comparado com setembro de 2015, houve redução de € 2,27/100 kg, ou 7,7%. Pela terceira vez consecutiva a média dos preços do leite das indústrias de laticínios europeias aumentou. O aumento foi maior que no mês anterior, mas, os preços permanecem abaixo dos níveis de 2015. Isto pode mudar nos próximos meses em decorrência da elevação significativa das cotações dos lácteos, conforme já anunciado. A DMK (e DOC) aumentarão os preços nos próximos dois meses em valores não menor que € 7/100 kg de leite.

 

A FrieslandCampina aumentou em outubro e novembro o preço do leite ao produtor, num total de € 6,75/100 kg, enquanto a Arla subiu € 4 no mesmo período. Apesar dessa recuperação nos preços do leite no final do ano, no acumulado, a expectativa é de que a média fique 10% abaixo da média de 2015. Isto significa que 2016 é o segundo pior ano em termos de preços do leite. Somente em 2009 a média foi menor. Curiosamente, o preço do leite da Fonterra para esta temporada, iniciada em junho de 2016, é maior do que o preço médio do leite das indústrias europeias. No entanto, este não é um bom ano para os preços do leite na Nova Zelândia. Mesmo assim, os preços atuais, são, sem sombra de dúvida, bem mais elevados do que os praticados nos dois últimos anos, e a média ainda está abaixo das verificadas nas temporadas de 2009/10 a 2013/14. A grande diferença entre o preço do leite Classe III dos Estados Unidos e da média do preço do leite na Europa deve-se, em parte, à forte valorização do dólar frente ao euro nos últimos dois anos. Sem essa valorização o preço do leite Classe III dos Estados Unidos seria aproximadamente € 5/100 quilos mais baixo. No entanto, a atual média do preço em dólar é claramente abaixo da média verificada nos últimos anos. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

Ingredientes/Canadá

As indústrias de laticínios canadenses estão impulsionando a produção de proteínas concentradas de leite para uso na fabricação de queijo, reduzindo importações dos Estados Unidos, enquanto rivais internacionais queixam-se de que a indústria opera injustamente. A Saputo Inc aumentou a produção das proteínas este ano, enquanto a Gay Lea Foods Cooperative está planejando grande investimento para produzi-las. O catalisador é um acordo de preços atingido em julho, que permite que os processadores canadenses comprem ingredientes do leite dos produtores por preço menor do que os internacionais, tornando mais econômico produzir no mercado interno as proteínas do leite ao invés de importá-los. Grupos da indústria nos Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Europa dizem que isso enfraquece injustamente as suas exportações e viola as regras de concorrência da Organização Mundial do Comércio. O acordo entre os produtores e processadores de lácteos do Canadá não tem efeito amplo até que seja ratificado por grupos de produtores provinciais, em fevereiro, mas um "programa temporário" já está em vigor, disse Lino Saputo Jr, presidente-executivo da Saputo. "Alguns sólidos ainda serão importados, mas eu diria que agora não haverá mudanças nos volumes de sólidos canadenses por causa da nova classe de preços", disse Saputo Jr em uma entrevista na sexta-feira, usando outro termo para proteínas do leite. "Já estamos mudando para (usando) sólidos canadenses." A empresa láctea de Montreal importa derivados do leite dos Estados Unidos, da Austrália e da Argentina. 

O sistema de gestão de oferta do Canadá controla rigidamente os preços dos produtos lácteos e de produção, e Ottawa cobra tarifas elevadas para limitar as importações. A Gay Lea Foods também está se preparando para aumentar a produção de proteína do leite. Em breve, anunciará a construção de uma planta de secagem de leite em Ontário, disse o presidente-executivo Michael Barrett. O acordo de preços, semelhante ao já em vigor, em Ontário, é fundamental para aquele investimento, disse ele. "Os processadores não farão investimentos em plantas de US$100 milhões sem qualquer tipo de garantia de retorno", disse ele. As exportações dos EUA de proteínas do leite para o Canadá caíram este ano, devido ao sistema de preços de Ontário, disse Jaime Castaneda, vice-presidente sênior da Federação Nacional de Produtores de Leite dos EUA. "Nos opomos firmemente a qualquer nova classe especial que será prejudicial aos EUA", disse ele. "Iremos desafiar esse novo programa e acreditamos que não entrará em vigor por muitos anos." A Agropur, outra cooperativa de laticínios canadense, parou de importar proteínas estadunidenses no início deste ano. "Precisamos encontrar uma maneira, no Canadá, para produzir ingredientes lácteos", disse o vice-presidente sênior Dominique Benoit, recusando-se a comentar sobre os planos de produção específicos. (Dairy Herd - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Preço da cesta básica diminui em 14 capitais em outubro, aponta Dieese
O custo da cesta básica caiu em 14 das 27 capitais brasileiras em outubro. Entre as cidades que tiveram quedas mais expressivas estão Brasília (¬5,44%), Teresina (¬1,77%), Palmas (-1,76%) e Salvador (¬1,66%). Houve alta em 13 capitais, sendo Florianópolis (5,85%), Vitória (3,19%), Porto Velho (2,18%) e Maceió (2,12%) os destaques. De acordo com a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 478,07), seguida de Florianópolis (R$ 475,32) e São Paulo (R$ 469,55). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 366,90) e Recife (R$ 373,66). Entre janeiro e outubro deste ano, todas as cidades acumularam alta, sendo as mais relevantes em Maceió (24,25%), Aracaju (23,69%), Rio Branco (21,99%) e Fortaleza (21,21%). Os menores aumentos ocorreram em Brasília (9,58%), Curitiba (10,52%) e Macapá (10,99%). Entre os tipos de alimento, houve alta no preço da carne bovina de primeira, da manteiga, do açúcar, do tomate e do café em pó. O feijão e o leite tiveram o valor reduzido na maior parte das cidades. Segundo o estudo, o salário mínimo ideal para a manutenção de uma família de quatro pessoas em outubro deveria ser R$ 4.016,27, ou 4,56 vezes o mínimo vigente de R$ 880. Em setembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 4.013,08. (Valor Econômico)
 

Porto Alegre, 07 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.386

 

  3º Fórum da Rede Leite ocorre em Ijuí (RS) nesta semana

O 3º Fórum da Rede Leite, que será realizado nessa quarta (09/11), em Ijuí (RS), vai promover debates com a comunidade a fim de abordar aspectos da cadeia produtiva do leite, oportunidades do mercado e outras questões relativas ao setor lácteo. Realizado no campus da Unijuí, o evento tem o apoio do Sindicato da Indústria dos Laticínios do RS (Sindilat/RS). A programação da manhã, a partir das 8h30min, conta com debates abertos à comunidade, conduzidos por vários profissionais da área, como o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini. À tarde, a partir das 13h30min, serão realizadas oficinas de trabalho, exclusivas às entidades que participam da Rede Leite. Desde sua primeira edição, em 2012, o Fórum serve como uma plataforma para a discussão de importantes temas que interferem nas pequenas propriedades rurais e a economia brasileira.  

Confira a programação completa do 3º Fórum da Rede Leite:

Manhã:  Fórum Aberto à Comunidade
8h - Recepção e inscrições
9h - Mesa de abertura e lançamento do Livro da Rede Leite
9h30min - Mesa Redonda 
Tema : Impactos e Oportunidades dos Mercados do Leite para a Agricultura Familiar
Debatedores: Engenheiro Agrônomo da Emater/RS-Ascar, Neimar Peroni; Professor da Unijuí, Dilson Trennepohl;  Presidente da AGEL, Carlos Denis de Lima; Presidente da APIL, Wlademir Pedro Dall'Bosco; Secretário-Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini.                                       
Mediador: Engenheiro Agrônomo e Pesquisador da Embrapa, Vinícius Lampert
11h - Plenária
12h - Encerramento 

Tarde: Oficinas Internas da Rede Leite
13h30min - Abertura e orientações para trabalho em grupo em Oficinas de Trabalho, sobre as dimensões: social, ambiental, produtiva e econômica
 Temas das oficinas:
- Estratégias para superar os vazios forrageiros;
- Atenção postural à saúde do trabalhador rural na atividade leiteira;
- Realidade ambiental da produção leiteira e bem-estar animal;
- Uso de indicadores em unidades de produção familiar com atividade leiteira.
 16h30min - Encerramento. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
  
 
Importância nutricional do leite em debate na Avisulat

A importância dos produtos lácteos no nosso organismo e os tabus vinculados ao leite serão temas debatidos durante um simpósio durante a Avisulat, no Centro de Eventos da Fiergs, no dia 23 de novembro, a partir das 14h.  O Simpósio Sobre Versatilidade dos Lácteos em Incorporar Mais Propriedades Funcionais ou de Saúde é promovido pelo Sindilat, Farsul, Fetag, MAPA, SEAPI e pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). "Estamos preocupados em garantir informações verídicas ao consumidor em relação ao leite, por isso precisamos debater questões urgentes com os profissionais da saúde", afirma o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.  Nesta mesma lógica, o médico nutrólogo Carlos Werutski, responsável pela organização do evento, ressalta os benefícios nutricionais do leite. "Os lácteos são alimentos de destaque na pirâmide alimentar e recomendados pelo Ministério da Saúde por possuírem proteína de alto valor biológico e por serem alimentos de maior biodisponibilidade de cálcio". Ele explica que se tornou modismo colocar o leite no papel de 'vilão' da alimentação. "Muitos se dizem intolerantes à lactose, mas nunca fizeram o teste. A pessoa só possui esse problema se a flora intestinal for afetada", ressalta.

A programação contará com a presença de seis profissionais da área da saúde, que estarão distribuídos em dois grupos de discussão. No primeiro bloco, irá se discutir os benefícios dos lácteos a partir de pesquisas médicas, as propriedades nutricionais do leite pasteurizado e UHT e os lácteos com baixos teores de sódio e gorduras saturadas. Após o Milkbreak, os profissionais irão desmistificar a grande preocupação que muitos têm em relação à lactose e de como a academia e a indústria podem juntas contribuir para o futuro do setor lácteo. O Simpósio se destina a estudantes e profissionais da área da saúde preocupados com a qualidade, higiene e segurança dos componentes de uma alimentação saudável e integra a programação do 5º Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios 2016 (Avisulat).  (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Vínculo formal motiva debate

Uma audiência pública debate mudanças na legislação que trata do trabalho dos diaristas rurais nesta quinta-feira (10), na Câmara dos Deputados, em Brasí- lia. A discussão será polêmica. A Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais do Rio Grande do Sul (Fetar/RS) promete repudiar as alterações previstas pelo projeto de lei do deputado Alceu Moreira que propõe a nova regulamentação. O texto aumenta de dois para três o número de dias que podem ser trabalhados por semana sem caracterizar vínculo empregatício. Atualmente, a atividade é disciplinada pela Emenda Constitucional 72/2013, que trata dos empregados domésticos. Para o presidente da Fetar, Nelson Wild, a nova proposta pode criar habitualidade. "O trabalhador diarista acaba sendo contratado por três dias numa semana, três dias na próxima e assim por diante, sem os direitos trabalhistas" diz. Wild afirma que existem alternativas que protegem os direitos tanto de contratantes quando de contratados. O exemplo seria a lei 11.718, que permite a contratação de trabalhadores rurais por períodos curtos. "É uma saída a ser usada sem flexibilizar direitos", sugere. Moreira ressalta que a audiência reunirá entidades patronais e de trabalhadores para aprimorar a proposta. "A intenção é tipificar a função do diarista rural, que não pode ser confundido com a de trabalhador doméstico", explica. (Correio do Povo)
 
 
Alemanha

As exportações para a Alemanha renderam US$ 4,018 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, uma queda de 8% ante igual período de 2015. O recuo de 13% na receita proveniente de produtos básicos, como o minério de ferro, é a principal causa dessa baixa. Os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) mostram que os embarques das mercadorias de menor valor agregado geraram US$ 2,192 bilhões em dez meses.

Entre os básicos mais vendidos para a Alemanha, as principais quedas foram registradas nos embarques de café (-19%, para US$ 720 milhões) e de minério de ferro (-63% para US$ 85 milhões). Em nota enviada ao DCI, o Mdic explicou que a retração no volume exportado pelo setor, assim como o "impacto dos preços internacionais dos principais produtos da pauta", puxou essa receita para baixo.

Segundo Renata Amaral, consultora da Barral M Jorge, a conclusão do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia seria a saída para reaquecer as vendas. "Não vejo outras grandes possibilidades no curto prazo." Depois de ponderar que o entusiasmo dos europeus com o acerto é menor que o dos latino-americanos, a especialista projetou que o tratado pode ser fechado até 2018. O principal impacto do compromisso, seguiu Renata, seria o aumento nas exportações de produtos agrícolas.

Outros dados do Mdic indicam o arrefecimento das trocas entre os países. Entre janeiro e setembro de 2016, o volume exportado pelo Brasil caiu 30% frente à igual período do ano passado, para 5,223 bilhões de quilos. Além disso, o número de empresas que venderam para a Alemanha teve avanço tímido, de 1%, chegando a 2.148. Para efeito de comparação, o número total de exportadoras brasileiras cresceu 11% neste ano. Ainda caíram os embarques de produtos semimanufaturados em 2016. O valor obtido com essas mercadorias diminuiu 15% na comparação com dez meses do ano passado, para US$ 346 milhões. Ainda assim, a Alemanha se mantém na quinta posição entre os maiores compradores de produtos nacionais. A lista é liderada por China, seguida por Estados Unidos e Argentina.

Manufaturados
Por outro lado, a venda dos itens de maior valor agregado avançou entre janeiro e outubro. Na comparação com igual período do ano passado, houve aumento de 3% no rendimento dos manufaturados, que chegou a US$ 1,472 bilhões. Os destaques foram as altas nas exportações de motores, geradores e transformadores elétricos (+24%, para US$ 140 milhões) e de aviões (+196%, para US$ 141 milhões). Já a compra brasileira de produtos alemães caiu 13% em 2016. Com a recessão e o câmbio menos favorável, foram gastos US$ 7,732 bilhões em importações do país europeu. Os principais recuos foram registrados nas compras de medicamentos para medicina humana e veterinária (-15%, para US$ 721 milhões) e de automóveis para passageiros (-53%, para US$ 173 milhões).

Visita
Questionada sobre as ações do governo brasileiro com o objetivo de promover as exportações para a Alemanha, o Mdic destacou a viagem do chefe da pasta, Marcos Pereira, ao país europeu, que aconteceu há duas semanas. "[Ele] participou do 34º Encontro Econômico Brasil-Alemanha, em Weimar, quando discursou para quase 500 empresários. O evento é um dos mais importantes mecanismos bilaterais mantidos entre os dois países", apontou o ministério, em nota. (DCI)
 

Novo site do Conseleite
Com design moderno, o site do Conseleite está de cara nova. Foi lançada oficialmente, nesta segunda-feira (07/11), a nova plataforma virtual da entidade, que oferece informações sobre o preço de referência do leite e as principais notícias do setor lácteo no país. Outra grande mudança foi no logo do conselho: o novo símbolo é formado por gotas que simbolizam a união das instituições integrantes. Confira no endereço www.conseleite.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)