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11/11/2016

 

 

Porto Alegre, 11 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.389

 

Preços globais dos alimentos aumentaram 9% em um ano

O índice global de preços de alimentos da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, subiu em outubro pelo terceiro mês consecutivo e alcançou 172,6 pontos, 0,7% mais que em setembro e 9,1% acima de outubro do ano passado. A nova valorização foi puxada por variações positivas registradas nos grupos formados por açúcares (3,4% sobre setembro), lácteos (3,9%) e cereais (1%). Houve quedas entre os óleos vegetais (2,4%) e carnes (1%). A escalada que chama mais a atenção é a dos açúcares, cujo resultado de outubro (315,3 pontos) ficou 60% acima do registrado no mesmo mês de 2015. Na mesma comparação, também há ganhos nos casos de óleos vegetais (17,7%), lácteos (17,5%) e carnes (3,4%). (Valor Econômico) 
 

 
 
 
Conaprole aumenta preço do leite destacando recuperação do mercado lácteo

A recuperação do mercado lácteo começa a ser vislumbrada, especialmente a partir do forte aumento nos preços de venda do último leilão da Fonterra. Isso abre uma esperança de que a etapa comercial mais crítica do setor leiteiro começa a ficar para trás.

Nesse contexto, a Conaprole (Cooperativa Nacional dos Produtores de Leite do Uruguai) subiu em 17% os preços básicos pagos aos produtores pelo leite recebido em outubro, segundo confirmaram o diretor da cooperativa, Alejandro Pérez Viazzi, e o presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), Rodolfo Braga.

O aumento se explica porque os bônus especiais outorgados pela cooperativa foram incorporados ao preço do leite. Esse valor adicional foi entregue durante os meses de maio e junho, com a finalidade de melhorar os baixos preços que recebiam os produtores nesse momento. Essa assistência se estendeu para os meses de julho e agosto e, finalmente, a setembro. 

Esses bônus tinham por finalidade ajudar os produtores que estavam passando por dificuldades, devido à queda de preços de mais de dois anos, somado à perda na produção de leite - não somente por aspectos financeiros, mas também, por condições de clima, disse o diretor da Conaprole.

Dessa maneira, conseguiu-se um aumento de 17% no preço básico que se paga aos produtores de leite, mantendo-se 9% de bonificação no inverno/verão. Em média, os produtores receberão um valor aproximado de 9,06 pesos (US$ 0,31) por litro para os envios que tenham 3,6% de gordura e 3,34% de proteína. Isso representa um aumento de 3,2%. Os sócios da cooperativa que obtêm 19% de qualidade e contam com um respaldo de 100% de capital lácteo, receberão um valor estimado de 9,19 pesos (US$ 0,319) por litro.

Essa é uma boa notícia para os produtores junto ao aumento da Fonterra (referência no setor de lácteos) e marca um sinal de estabilidade no mercado - embora a Conaprole deva seguir fixando o preço mês a mês, disse Pérez Viazzi.

Por outro lado, Braga admitiu que a recuperação dos preços da Fonterra foi muito positiva e "surpreendeu a todos, porque não se esperava uma variação dessa magnitude". Ele exemplificou com o aumento de 19,8% no leite em pó integral, que se aproxima dos US$ 3.500 a tonelada, o que dá mais tranquilidade para chegar ao equilíbrio com os custos de produção. 

"A Conaprole tem vendida sua produção até o final do ano, mas certamente, os melhores preços de negócios para mais adiante permitirão recuperar um preço que até agora estava muito baixo", disse Braga. (Informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Redução de custos é desafio para a cadeia do leite em Santa Catarina

Um dos problemas é o custo de alimentação, que se agravou com a escassez de milho. A redução de custos é um dos desafios da cadeia leiteira em Santa Catarina para conseguir competir no mercado internacional e dar conta do crescimento de produção. Durante o 6º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite, que iniciou na terça-feira e vai até quinta no Centro de Cultura e Eventos de Chapecó, o secretário adjunto de Agricultura do Estado, Airton Spies, afirmou que enquanto no Brasil, um transportador leva em média 50 litros por quilômetro. Em comparação, na Nova Zelândia são transportados 200 litros por quilômetro.
O presidente da cooperativa Auriverde e da Fecoagro, Cláudio Post, afirmou que em algumas localidades passam nove transportadores de empresas diferentes. Isso mostraria a desorganização da cadeia produtiva, o que leva o leite brasileiro a ser mais caro dos que os vizinhos do Mercosul e até da Europa. Com isso, o produtor ganha menos do que gostaria e o consumidor paga mais por um produto que também deixa a desejar na qualidade em comparação com Uruguai e Nova Zelândia.

O produtor e diretor vice-presidente da Associação Catarinense de Criadores Bovinos, Adriano Rigon, falou da necessidade de discutir o modelo de fidelização dos produtores com as indústrias.

Genoma da vaca
Durante o Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de leite, o assessor de lácteos da Aurora Alimentos, Selvino Giesel, apresentou o projeto Genoma Aurora, que está fazendo o mapeamento genético do rebanho do sistema cooperativo.
Foram recolhidas amostras de pelo, pele ou sangue de 2,5 animais e encaminhadas para laboratórios nos Estados Unidos.

Com isso, foram mapeadas as melhores fêmeas e identificados quais os melhores reprodutores para melhorar o rebanho e garantir boa produção. A Aurora já distribuiu 30 mil doses de sêmen para os produtores. Também identificou animais com doenças hereditárias que devem ser descartados. (Clicrbs SC / eDairyNews)

 
 
Seleção genômica em bovinos leiteiros é tema de workshop promovido pela Embrapa

Workshop de caráter internacional, promovido pela Embrapa Gado de Leite, reuniu até esta quinta-feira, 10, em Juiz de Fora/MG professores e pesquisadores do Brasil e do exterior para falar sobre melhoramento genético em bovinos leiteiros e as ciências da computação associadas aos estudos genômicos. O evento começou no dia 8 de novembro, quando o coordenador Operacional do PMGG Marcello Cembranelli ministrou palestra sobre o programa de melhoramento da raça Girolando.

O workshop foi divido em duas partes temáticas: o "Simpósio de melhoramento genético de bovinos de leite" e o "II Talking about computing and genomics - II TACG" (falando sobre computação e genômica, em tradução literal). Ao reunir professores e pesquisadores de instituições de ensino e pesquisa ligados à área de melhoramento animal, o Simpósio, pretende discutir o nível atual do desenvolvimento científico a respeito do melhoramento genético e as perspectivas futuras das pesquisas. "Queremos apontar soluções futuras para os programas de melhoramento animal e discutir sobre os impactos dos estudos de genômica na pecuária", diz a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Marta Martins.

Já o II TACG foi uma iniciativa da Rede Nacional para o Desenvolvimento e Adaptação de Estratégias Genômicas Inovadoras Aplicadas ao Melhoramento, Conservação e Produção Animal. Coordenado pela Embrapa, a Rede conta com a parceria de diversas universidades e centros de pesquisa, além de instituições relacionadas ao agronegócio. (Girolando)

Ministro inaugura dia 30 centro do Inmet com dados do clima de 100 anos atrás

A partir do final deste mês, os brasileiros terão acesso a dados sobre o clima dos últimos 100 anos no Brasil. No próximo dia 30, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) inaugura o Centro de Dados Climáticos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que terá informações das estações meteorológicas instaladas em todas as regiões do país. 
 
O acesso será feito por meio do Sistema de Informações Meteorológicas (SIM), na página do Inmet, criado em 1999. São armazenadas diariamente, em um banco de dados, os registros de toda a rede de estações convencionais do instituto. Em 2007, o banco abrigava informações desde 1961. Agora, ele terá dados de 100 anos atrás.
Em 2007, o Inmet iniciou um trabalho de levantamento detalhado do acervo existente na sede e nos 10 Distritos de Meteorologia, a fim de identificar tipos, quantidades e estado de conservação e armazenagem dos dados. Após a coleta e centralização de informações, o Inmet está concluindo agora a última etapa do trabalho, a de digitalização e validação das informações, que vão compor uma base de dados histórica, com os registros meteorológicos do instituto.
O Centro de Dados Climáticos vai possibilitar o acesso a informações como as variações de temperatura nas diferentes regiões do país ao longo dos anos, direção e velocidade dos ventos, tipos de fenômenos meteorológicos e índices pluviométricos, entre outros. Esses dados vão contribuir para explicar as mudanças climáticas ocorridas nas últimas décadas.
"Esses dados são uma preciosidade para os estudos meteorológicos. Poucos lugares têm tantas informações catalogadas", afirmou o diretor do Inmet, Francisco de Assis Diniz, após reunião com o ministro Blairo Maggi para apresentar o trabalho. (MAPA)

 

Frase do dia
"Um preso custa R$ 2,4 mil ao mês e um estudante do ensino médio, R$ 2,2 mil ao ano. Alguma coisa está errada na Pátria amada". De Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal. (Valor Econômico)
 

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