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21/11/2016

 

Porto Alegre, 21 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.394

 

 Agro+RS trará competitividade ao agronegócio

Pioneiro no país, o Rio Grande do Sul lançou na tarde desta segunda-feira (21/11) o programa Agro+RS. Detalhado às lideranças de vários setores do agronegócio, o programa tem a finalidade de reduzir a burocracia dos processos ligados ao setor, assim como trazer maior competitividade à agricultura gaúcha. 

Presente na solenidade, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, parabenizou a iniciativa, uma vez que a colabora na redução da burocracia e traz maior competitividade ao setor lácteo. Para ele, essa é uma oportunidade para gerar as condições de crescimento do segmento de uma maneira mais ágil. "É um projeto que nasce de maneira aberta, permitindo o seu constante aperfeiçoamento. "Por exemplo, atualmente o produtor precisa encaminhar notas dos seus envios e, ao mesmo tempo, as indústrias também. Esse é um exemplo claro do que pode ser feito, se essa nota for unificada", citou ele. 

Segundo o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, até o momento foram recebidas 218 demandas, sendo que 73 foram internas (dentro do governo) e outras 145 externas (de entidades). Destas, 23 já foram solucionadas ou encaminhadas.  O Sindilat colaborou com o projeto repassando demandas, como a simplificação de alguns procedimentos burocráticos. "Queremos o agronegócio mais ágil, mais produtivo e mais sustentável", afirmou Polo. Atualmente, o setor representa 50% do PIB gaúcho. Ao parabenizar a iniciativa gaúcha, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, parabenizou o RS por ser o primeiro a avançar no projeto. Disse que outros 20 estados estão discutindo as suas versões do projeto nacional Agro+. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Evento reuniu lideranças do setor no Palácio Piratini 
Crédito: Daniela Barcellos/Palácio Piratini
 
 
Fonterra eleva previsão para preço do leite ao produtor

A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra elevou na sexta-feira a previsão para o preço do leite ao produtor na safra 2016/17 em 75 centavos de dólar neozelandês, para 6,00 dólares neozelandeses por quilo de sólidos de leite. Quando combinado com as previsões de ganhos por ação no ano fiscal 2017, de 50 a 60 centavos de dólar neozelandês, o pagamento total disponível aos produtores na atual safra deve ficar entre 6,50 e 6,60 dólares neozelandeses antes de retenções, informou a Fonterra em comunicado.

O chairman da Fonterra, John Wilson, disse, em comunicado, que o aumento reflete a melhora no preço do leite desde setembro depois "do gradual reequilíbrio da oferta e da demanda global" do produto. "Temos visto produção em queda em importantes regiões exportadoras, particularmente Europa e Austrália, e um declínio sem precedentes na oferta de leite na Nova Zelândia devido à primavera mais úmida do que o normal em muitas regiões", afirmou na nota. Ele acrescentou que a demanda continua firme. Como resultado desse cenário tem havido uma melhora constante nos preços globais das commodities lácteas, o que levou ao aumento na previsão [para as cotações].

Na sexta-feira, a Fonterra também atualizou os dados de seu desempenho no primeiro trimestre deste ano. Segundo a cooperativa, a receita no período foi de 3,8 bilhões de dólares neozelandeses, 6% superior à do primeiro trimestre do ano anterior.

Conforme a Fonterra, os volumes de vendas no primeiro trimestre subiram 2%, para 4,9 bilhões de litros equivalente leite, enquanto a margem bruta ficou em 22% no período, praticamente inalterada.

O CEO Theo Spierings disse, em comunicado, que os ganhos de receita no primeiro trimestre refletiram o crescimento de volume e margem em todo o negócio e foco contínuo no controle dos custos. (As informações são do Valor Econômico)

Lácteos

Os temores de uma escassez de queijo e manteiga, como resultado da redução da oferta de leite, já começaram a se materializar, os fornecedores têm alertado. Os preços de atacado  da manteiga, já elevados, aumentaram em mais 6% de setembro a outubro, para £3.750/tonelada [AHDB Dairy] devido à baixa oferta, e estavam agora a mais de £4.000/tonelada, de acordo com um importante fornecedor. 

Os preços do Cheddar permaneceram acima de £3.000/tonelada, com alguns produtores de queijo "utilizando o leite do queijo, para manter a oferta de manteiga no curto prazo", acrescentou outra fonte, informando que os fornecedores de queijos para as escolas do Sudoeste já estavam com escassez. "Também há preocupação real de que quando a demanda por creme no Natal começar,  o varejo no Reino Unido não terá manteiga suficiente", advertiu a fonte. "É um enorme volume e, normalmente tira toda a gordura de dezembro do mercado. Este ano, no entanto, simplesmente não existe abastecimento. Ou não haverá creme agora, ou não haverá manteiga mais tarde. Essa é a escolha. "

A oferta de leite continuou a ser um problema enorme, disse outro fornecedor, que concordou que simplesmente não há "quantidade suficiente de queijo ou manteiga no sistema". E isso, junto ao aumento no custo de produção de cerca de 1,5 centavos/litro devido aos custos com a importação, diante da desvalorização da libra. Houve uma série de aumentos do preço ao produtor na última quinzena.

Semana passada a Cheesemaker Barber anunciou aumento de 6 centavos/litro de agora até fevereiro. A opção das três maiores indústrias de laticínios abalaram o mercado, estabelecendo um preço mínimo de 30 centavos/litro para a produção de outubro, enquanto aguardam o anúncio da Lactalis para o aumento de preços aos seus fornecedores de leite e a pressão das varejistas.  "Esperamos que estes aumentos de preços parem no primeiro trimestre do próximo ano, o que provavelmente não ocorrerá, a menos que tenhamos melhoria na oferta de leite ", disse um fornecedor. "Um inverno rigoroso poderá tornar as coisas ainda piores para o abastecimento." (The Grocer - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
Sistema de nutrição para bezerras leiteiras vence a Final Juiz de Fora do Ideas for Milk
 
Systech Feeder, um sistema de nutrição em tempo real para bezerras leiteiras, foi o vencedor da etapa de Juiz de Fora do primeiro desafio de startups voltado exclusivamente para soluções para a cadeia produtiva do leite. A proposta, que vai disputar a final nacional do desafio, em Brasília, no mês de dezembro, foi desenvolvida pela equipe Salvati & Morais. Os representantes da startup são Gustavo Salvati, aluno de doutorado no programa de pós-graduação em Ciência Animal e Pastagens da Esalq/USP; o professor titular na área de zootecnia no Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Itapina, Nilson Morais Júnior; e os estudantes Klerio Silva Rocha, Wildson Batista Groner, Lucas Reichelm Costa e Igor Gonçalves de Souza Salvati. A final local do concurso foi realizada na noite do dia 17, no Anfiteatro da Faculdade de Direito da UFJF.

O Systech feeder é um sistema integrado hardware/software que monitora em tempo real o consumo de concentrados de bezerras. Seu propósito é definir o momento do desaleitamento, otimizar tempo e mão-de-obra, promover ganho em desempenho e reduzir custo alimentar com gerenciamento eficiente via dispositivos fixos e móveis. A ideia de desenvolver o sistema teve como base a experiência do professor Nilson Morais Júnior, que observou a ausência de tecnologias para facilitar o fornecimento de ração, o desaleitamento e o monitoramento da nutrição de bezerras leiteiras. O docente destaca que a única existente é o alimentador coletivo (leite e ração), o qual ainda não tem grande adesão pelos produtores devido ao seu preço e por não apresentar um controle do consumo de concentrados adequado. "O Systech Feeder atende a um amplo espectro de fazendas que utilizam casinhas tropicais, sistema argentino e bezerreiros individuais", afirmou.

Segundo Lucas Reichelm, o desenvolvimento de sistema de controle alimentar tem como bases tecnológicas o dispositivo de fornecimento de concentrado, o sensor propriamente dito e a tecnologia de transmissão de informações, que é o software de gerenciamento e mecanismos de disponibilização das informações. O dispositivo de fornecimento de concentrado será adaptável a diversos sistemas individuais de criação de bezerras leiteiras na fase de aleitamento. "O software de gerenciamento poderá gerar em tempo real e armazenar dados do consumo diário, número de refeições, consumo acumulado, consumo médio nos três dias anteriores. Além do mais, alertar quanto ao aumento ou reduções bruscas no consumo, momento do desaleitamento e necessidade de reposição de concentrado", explicou.

Além da Salvati & Morais, participaram da final local as propostas: Milkup App (Italo Gama Pacheco), Icow (Gestão de Rebanhos Leiteiros), Scanner Bovino (UFJF) e Sistema de Monitoramento da Acidez do Leite desde a Ordenha ao Laticínio (IF Sudeste - Campus JF). A decisão da etapa de Juiz de Fora foi a segunda final local do Ideas for Milk. A proposta SCL Rota - Sistema de Coleta de Leite foi a vencedora da final da etapa de Belo Horizonte, realizada no dia 12. As próximas finais locais são:

Viçosa (MG) - 22/11, às 17, no Centev (Centro Tecnológico de Desenvolvimento regional de Viçosa)
Lavras (MG) - 23/11, às 17h, no InovaCafé, na Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Porto Alegre (RS) - 25/11, às 17h, no Global TecnoPUC
São Carlos (SP) - 28/11, às 17h, no auditório da Embrapa Instrumentação Tecnológica
Campinas (SP) - 29/11, às 17h, no auditório da Embrapa Informática Agropecuária
Piracicaba (SP) - 30/11, às 17h, no auditório central da Esalq/USP
A final nacional acontecerá no dia 13 de dezembro em Brasília. ((Milkpoint)

 

AVISULAT
A cadeia do setor de aves, suínos e leite se reúne de amanhã a quinta-feira na Capital para fazer negócios, apresentar inovações e pesquisas e debater demandas dos três segmentos. O 5º Avisulat será realizado no Centro de Eventos da Fiergs. Logística, saúde, tributos e alimentação são alguns dos temas que serão debatidos. Um dos principais nomes da programação é o da diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Monique Eliot. (Zero Hora)
 

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