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10/11/2016

 

Porto Alegre, 10 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.388

 

  Produtores cobram maior ação da universidade no campo

Produtores rurais reivindicaram maior participação das universidades e instituições de pesquisa em ações de melhoria dos processos produtivos no campo. A posição foi defendida por dirigentes da Fetag durante o 3º Fórum da Rede Leite, realizado nesta quarta-feira (09/11), no Campus da Unijuí, em Ijuí (RS). O evento, que contou com a presença do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reuniu representantes de entidades ligadas ao agronegócio, pesquisadores, extensionistas e produtores. A discussão segue a tônica do Fórum Itinerante do Leite que, prestes a realizar sua 3ª edição em Porto Alegre, no dia 24/11, busca promover exatamente esta aproximação entre a academia e o meio rural. 

A professora da Faculdade de Veterinária da Unijuí, Denize Fraga, afirma que a faculdade possui iniciativas de estágios em que os alunos, além de desenvolverem na prática os conhecimentos adquiridos em aula, proporcionam métodos inovadores nas comunidades rurais. Esperançosa com a discussão do fórum, ela acredita que a criação de grupos de assistência técnica aos agricultores pelas universidades é uma ótima iniciativa: "É importante que a academia faça esse tipo de assessoria, porque assim consegue trabalhar todas as necessidades dos agricultores". 

Em Ijuí, os agricultores argumentaram que, para uma maior produção do leite, é preciso que as faculdades promovam mais saídas a campo para repassar conhecimentos e tecnologias, principalmente aos pequenos agricultores. "Cada propriedade é um estabelecimento de negócio, elas precisam de renovação para ter maior competitividade no mercado", afirma Palharini. Na ocasião, foi abordada a necessidade de instituição de contratos de fidelidade entre indústria e produtores com o objetivo de garantir maior rentabilidade para os pequenos tambos. Também foi analisada a importância de elevar a nutrição dos animais para obter melhores resultados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
  
Protecionismo de Trump pode ajudar agronegócio brasileiro; Maggi faz ressalvas

Donald Trump, o presidente eleito dos Estados Unidos, se colocar em prática as suas medidas polêmicas de campanha, mais vai mais ajudar o agronegócio do que atrapalhar. Brasil e Estados Unidos têm muito em comum quando se trata de agropecuária, mas pouca relação comercial nesse campo. Ao contrário, são fortes concorrentes mundo afora, tanto em grãos como em carnes.

Entre as promessas de Trump, está a de fechar mais a economia norte-americana e frear os acordos comerciais, com o intuito de proteger a produção e o emprego nos Estados Unidos. Essas barreiras são ruins porque só agora os Estados Unidos abriram as portas para a carne brasileira, não obstante a objeção dos pecuaristas norte-americanos. Mas é um acordo, por ora, de dimensão limitada. As cotas de exportação são pequenas. É na promessa de frear acordos, no entanto, que o Brasil pode levar vantagem.

Mais do que vantagem, terá mais tempo para fazer uma lição de casa que nunca fez, a de buscar acordos comerciais pelo mundo. Trump promete abortar o que poderá ser um dos principais algozes do agronegócio brasileiro: o TPP (acordo Transpacífico, que engloba 12 países).

Com ele, os Estados Unidos teriam acesso a uma boa fatia do mercado mundial agrícola. Sem reduções de tarifas, os países componentes do acordo já representam US$ 57 bilhões para as exportações do agronegócio norte-americano. Ou seja, 43% de todas as vendas externas do país nesse setor. Imagine uma redução a zero das tarifas comerciais entre esses países nos próximos anos.

Apenas cinco países -- Japão, Malásia, Vietnã, Nova Zelândia e Brunei -- somam 257 milhões de habitantes e já importam US$ 17 bilhões de produtos agropecuários norte-americanos.

As portas abertas dos 11 países do Transpacífico para os Estados Unidos significariam uma tarefa mais árdua para o Brasil negociar carnes, milho e até soja nesses mercados. E isso ocorreria exatamente agora que o país busca mais ênfase no mercado asiático. A missão de Donald Trump para abortar acordos comerciais, inclusive o Transpacífico, não será fácil.

De um lado, terá o apoio dos eleitores de cidades onde fábricas foram fechadas, devido às importações industriais de outros países. De outro, no entanto, terá a pressão do cinturão agrícola, grande apoiador do novo presidente, para que mantenha esse caminho aberto para seus produtos agropecuários. Trump é apenas mais um passageiro da Casa Branca. Ele poderá retardar os acordos comerciais, mas, se não fizer isso agora, outros farão. O Brasil ganha tempo nesse período de atraso.

Números 
O fluxo de comércio entre Brasil e Estados Unidos ficou em US$ 39 bilhões nos dez primeiros meses deste ano. Apenas 9% desse valor se refere a produtos do agronegócio. Na lista das principais exportações do Brasil para os norte-americanos estão café, produtos hortícolas, frutas, preparações de carnes, tabaco e açúcar. O café lidera, com receitas de US$ 800 milhões neste ano.

Do lado das importações, poucos produtos do agronegócio aparecem com destaque na lista das compras brasileiras. Um deles são os cereais, cujos gastos brasileiros somaram US$ 177 milhões até outubro. O Brasil é dependente dos Estados Unidos, no entanto, em fertilizantes e produtos químicos destinados à agricultura.

'Se esse protecionismo vier em forma de novos subsídios, nós teremos problemas', diz Maggi
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, considerou nesta quarta-feira que o Brasil poderá "ter problemas" no setor de exportações caso o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, adote de fato uma postura "protecionista". 

"Penso que a relação pode piorar sim. Talvez o que vai mais incomodar não é o acesso dos produtos agrícolas nos EUA. A nossa pauta de mercadorias para eles é de produtos que eles não produzem por lá. Então, não há uma competição interna em muitos produtos brasileiros lá. Mas, eles são muitos fortes em áreas que somos competidores mundo afora. E se esse protecionismo vier em forma de novos subsídios para a agricultura norte-americana, ai nós teremos problemas", afirmou Blairo Maggi ao jornal O Estado de São Paulo. 

Apesar dos receios, na avaliação do ministro um dos reflexos de ampliação do protecionismo por parte do novo governo norte-americana seria a retaliação de outros países também atingidos pelas medidas.  "Se pegarmos a China, por exemplo, e ela tiver sanções de algo que produzem para os Estado Unidos, óbvio que podem também decidir, por exemplo, que deixarão de comprar mais carne deles. É um tipo de raciocínio que pode ocorrer. Por isso que eu falo, não é porque você ganhou uma eleição, que você faz o que pensa que quer fazer, há regras, há compromissos, que fazem você repensar as coisas que declarou durante as eleições", disse Maggi

Incertezas
A conversa do ministro com a reportagem, ocorreu logo após ele se reunir em Brasília com representantes de uma empresa norte-americana de equipamentos agrícolas. "Também perguntei para eles, o que ia acontecer agora. Todos me disseram que ninguém sabe", disse Maggi. 

Questionado se essa incerteza também não causaria instabilidade no setor, o ministro respondeu: "Acho que sim, mas Trump é um fato consumado. Deixadas as paixões de lado temos que aguardar para ver os rumos que serão dados".

A primeira ida de Maggi aos Estados Unidos, após a eleição de Trump, está prevista para ocorrer no próximo mês de fevereiro, ocasião em que pretende avançar com alguns acordos bilaterais. (As informações são de Mauro Zafalon, para o jornal Folha de São Paulo e do jornal O Estado de São Paulo)

EUA: Dairy Checkoff lança parceria com Yum! Brands para aumentar a venda de lácteos

O programa de marketing institucional da indústria de lácteos dos Estados Unidos, Dairy Checkoff, anunciou uma parceria com a Yum! Brands para aumentar as vendas internacionais de lácteos dos Estados Unidos - especificamente na Ásia Pacífico, bem como na América Latina e no Caribe. Esse é o último plano estratégico de longo prazo de aumento nas vendas dos produtos lácteos americanos através de parcerias estratégicas.

A Yum! Brands, companhia matriz das redes KFC (Kentucky Fried Chicken), Pizza Hut e Taco Bell, com quase 43.000 restaurantes em 135 países e territórios, é líder global nas categorias frango, pizza e restaurante mexicano. A parceria internacional do Dairy Checkoff foca em programas pilotos com a KFC e a Pizza Hut.

O programa piloto com a KFC visa aumentar as vendas de lácteos dos Estados Unidos na América Latina e no Caribe, explorando oportunidades de inovação, como molhos de queijos, para complementar os produtos internacionais da KFC, como sanduíches de frango. "Trabalhar para ter mais queijos nos sanduíches de frango é uma excelente oportunidade para aumentar as vendas", disse o produtor de leite e presidente do Dairy Management Inc. (DMI), que administra o Dairy Checkoff, Paul Rovey. "Além do queijo, essa parceria também pode ajudar a criar produtos para aumentar as vendas de leite e bebidas lácteas, junto com sorvete e outros itens de sobremesa".

O Dairy Checkoff também está aumentando as vendas de lácteos americanos através de um programa piloto com a Pizza Hut para alcançar clientes na Ásia Pacífico em seus mais de 2.500 restaurantes em 15 países. Os clientes têm um apetite por lácteos dos Estados Unidos - a companhia fornece 100% de seus queijos para a Ásia Pacífico, que são usados nas pizzas com borda recheada, de acordo com Enrique Ramirez, diretor financeiro e estratégico do Pizza Hut. "Os produtores de leite dos Estados Unidos, importadores e a DMI nos trouxeram um valor enorme em experiência e inovação no setor de lácteos", disse o CEO da Yum! Brands, Greg Creed. "Estou incrivelmente animado com essa relação com os mercados internacionais".

As parcerias com a KFC e com a Pizza Hut incluirão recursos de checkoff no local e focarão no desenvolvimento de itens inovadores e centrados em lácteos no menu. Essa abordagem é baseada em um modelo bem sucedido de trabalho com a Pizza Hut e o Taco Bell nos Estados Unidos - que também terão funcionários trabalhando com companhias de food service para desenvolver itens de menu baseados em lácteos, incluindo a "Pizza com Borda Recheada de Queijos" da Pizza Hut e o "Quesalupa", do Taco Bell. (As informações são do http://www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

União faz novo repasse a São Paulo e Haddad retoma programa Leve Leite

O governo federal liberou novo pagamento da dívida com a Prefeitura de São Paulo e a gestão Fernando Haddad (PT) usará o recurso para normalizar as entregas do programa Leve Leite, afetado por cortes no orçamento realizados no mês passado.

O reembolso liberado pelo presidente Michel Temer foi de R$ 67 milhões. Já haviam sido liberados pelo governo, e estavam sendo repassados à Prefeitura, outros R$ 176 milhões, parados no Ministério das Cidades. Ainda há uma dívida da União com a Prefeitura de R$ 77 milhões.

O programa Leve Leite prevê a entrega de 4 quilos de leite em pó para cerca de 900 mil alunos da rede de ensino. Como este é o último ano de mandato e Haddad não pode deixar dívidas para o governo de João Doria (PSDB), a Prefeitura havia reduzido essa cota para apenas 1 quilo. A medida atingia 640 mil alunos.

 

"Com a liberação desses recursos, vamos garantir o fornecimento de leite para todos e também entregar retroativo para aqueles que tinham recebido apenas um quilo", disse o prefeito. (As informações são do O Estado de São Paulo)
 

Zona do euro
A União Europeia (UE) reduziu hoje sua previsão de crescimento da economia da zona do euro para o próximo ano, segundo o primeiro relatório de projeções econômicas divulgado desde que o Reino Unido votou para sair do bloco, no fim de junho. A UE agora prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro crescerá 1,5% em 2017, ante estimativa anterior de expansão de 1,8%. Para este ano, a projeção da UE para a economia da zona do euro foi elevada, de +1,6% para +1,7%. Em 2018, espera-se que o PIB da região, que engloba 19 países, também se expanda 1,7%. Já a previsão de crescimento para a UE, que é formado por 28 países, foi mantida em 1,8% para este ano, mas diminuiu para 2017, de 1,9% para 1,6%. Para 2018, a projeção é que o PIB do bloco aumente 1,8%. No relatório, a Comissão Europeia, braço executivo da UE, avalia que os riscos às projeções aumentaram nos últimos meses e "estão claramente pendendo para baixo". O chamado "Brexit", decisão do Reino Unido de deixar a UE, é destacado no documento. A UE também prevê que o déficit público da zona do euro deverá cair de 1,8% do PIB em 2016 para 1,5% tanto em 2017 quanto em 2018. Para Pierre Moscovici, comissário da UE para assuntos econômicos e financeiros, o crescimento na Europa vai se firmar no ano que vem, mas "nestes tempos incertos e voláteis, nenhum esforço deve ser poupado para salvaguardar e fortalecer essa recuperação." As previsões oficiais da UE, que são publicadas três vezes por ano, servem de base para negociações orçamentárias entre autoridades da UE em Bruxelas e os governos do bloco. Em 2013, a UE adotou regras fiscais mais severas, na tentativa de evitar uma repetição da crise da dívida soberana. (Estadão)
 

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