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Porto Alegre, 12 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.498

 

 Somente quatro países da América Latina tomam leite suficiente

Eram aproximadamente 300 representantes de diferentes elos da cadeia de produção de leite da região assistindo à inauguração do Terceiro Encontro Pan-Americano de Jovens Leiteiros no Equador, país onde o consumo de 100 litros de leite por habitante/ano, não alcança o parâmetro mínimo de 150 litros recomendado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). 

Assim foi aberto, no dia 25 de abril de 2017, o Terceiro Encontro Pan-Americano de Jovens Leiteiros, que foi realizado no país andino. Segundo Daniel Pelegrina, presidente da Federação Pan-Americana de Leite (Fepale), os únicos que superam a cifra - dos 18 países latino-americanos - são: Uruguai (250 litros), Argentina (210), Costa Rica (199), e Brasil (176). A nação onde os habitantes tomam menos leite é a Bolívia, com 58 litros por habitante/ano.

Os principais problemas para ter acesso aos laticínios estão relacionados a fatores demográficos, educacionais, culturais, econômicos e de saúde, segundo uma pesquisa da Fepale. A informação abriu o encontro regional, que durou até o dia 27 de abril. O encontro foi realizado na Cidade do Conhecimento, Yachay, no norte do Equador. As reuniões da Fepale ocorrem a cada dois anos. Anteriormente foram realizadas em Colônia, no Uruguai, 2013, e Juiz de Fora, Brasil, em 2015. Ariel Londinsky, secretário geral da Fepale se mostrou otimista. Considera que a América Latina está se emergindo como o melhor produtor de leite do planeta, devido às suas condições físicas (espaço, alimento e água), para atender à crescente demanda de lácteos do mundo. (Agrositio - Tradução Livre: Terra Viva)
 

 
Embarques de lácteos recuam em abril

As exportações de lácteos pelo Brasil, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, totalizou US$ 4,2 milhões em abril. Na comparação com o mês anterior, o faturamento diminuiu 61,6%. O volume embarcado reduziu na mesma proporção. Passou de 4.620 toneladas em março para 1.610 toneladas em abril, queda de 65,2%.

O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 926.700 toneladas e US$1,99 milhão em faturamento. Os principais compradores, em valor, foram os Emirados Árabes (15,7%), os Estados Unidos (10,6%) e Trinidad e Tobago (9,7%).Na comparação com igual período do ano passado, o volume e o faturamento referentes às exportações brasileiras reduziram 36,3% e 10,2%, respectivamente. O cenário de menor oferta de matéria-prima no mercado brasileiro colabora para o cenário. (Milknet)

Exportações de lácteos dos EUA cresceram 14% no primeiro trimestre

As exportações de lácteos dos EUA no primeiro trimestre de 2017 aumentaram 14% em volume e 17% em valor em relação ao ano anterior - o melhor resultado no primeiro trimestre desde 2014. Os exportadores obtiveram ganhos em quase todos os mercados e em quase todas as categorias de produtos.

Durante o trimestre, os exportadores enviaram 461.898 toneladas de leite em pó, queijo, gordura, soro de leite e lactose. As exportações totais de lácteos foram avaliadas em US$ 1,32 bilhão. O valor das exportações de março, de US$ 482 milhões, foi o maior em 22 meses, e o volume de exportação superou os níveis do ano anterior por 10 meses seguidos.

Após um início mais lento do ano, as exportações para o México se recuperaram em fevereiro e março. Durante o trimestre, as exportações de lácteos dos EUA foram avaliadas em US$ 328 milhões, 10% a mais que no ano anterior. Entre outros mercados importantes, as vendas para a China (+74%), o Sudeste Asiático (+16%) e o Canadá (+8%) apresentaram tendência de alta.

Queijo, leite em pó e soro de leite compõem agora mais de dois terços das exportações de produtos lácteos dos EUA. Em volume, as exportações de soro de leite aumentaram 27% no primeiro trimestre, as de leite em pó desnatado, 19% e as de queijos, 12%.

Continuando com um aumento de volume que começou em julho passado, as exportações de soro de leite dos EUA para a China totalizaram 60 mil toneladas no primeiro trimestre, um aumento de 90% em relação ao ano passado. As exportações de soro desidratado (+146%), concentrado de proteína de soro de leite (+87%) e soro modificado (+58%) para a China aumentaram também.

As exportações de leite em pó desnatado ao México no primeiro trimestre foram de quase 68.000 toneladas, um aumento de 18%. Além disso, os exportadores venderam mais leite em pó desnatado para a China no primeiro trimestre - 8.895 toneladas, mais do que o dobro que no ano anterior. As vendas ao Paquistão (6.843 toneladas, +61%) também foram maiores. Em contraste, as exportações de leite em pó desnatado para o Sudeste Asiático caíram em março: foram de apenas 8.430 toneladas, a menor nível desde novembro de 2012.

As exportações de queijos alcançaram os níveis do ano anterior no primeiro trimestre, embora os volumes ainda estejam próximos dos níveis de 2014 e 2015. Durante o trimestre, as vendas para a Coreia do Sul aumentaram 29% (para 12.656 toneladas) e as vendas para a Austrália quase duplicaram (para 6.918 toneladas). Enquanto isso, as exportações ao México caíram 5% no primeiro trimestre, à medida que os volumes recordes (10.377 toneladas) em março não conseguiram compensar as vendas baixas de janeiro.

Com base no total de sólidos do leite, as exportações norte-americanas foram equivalentes a 14% da produção de leite nos Estados Unidos no primeiro trimestre. As importações foram equivalentes a 3,6% da produção. (As informações são do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Reformas fazem clima econômico reagir

A perspectiva de aprovação das reformas Trabalhista e Previdenciária levou o clima econômico brasileiro a atingir melhor nível em três anos no trimestre encerrado em abril. O Indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE) avançou nove pontos entre janeiro e abril, para 78 pontos. Subiu de 62 pontos para 79 pontos. Foi a maior pontuação desde o trimestre finalizado em janeiro de 2014 (86 pontos), afirmou a professora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Lia Vals.

 O indicador foi impulsionado por melhora nas expectativas. A avaliação sobre situação atual do país continua muito ruim, frisou ela. O ICE da América Latina é indicador¬síntese da Sondagem Econômica da América Latina, que abrange entrevistas, em abril, com 132 especialistas econômicos em 17 países. Ao detalhar sobre o desempenho dos dois sub-indicadores usados para cálculo do ICE brasileiro, Lia observou que o Índice de Expectativas (IE) subiu de 154 pontos para 189 pontos no trimestre encerrado em abril ¬ o maior nível desde o início da série, em 1989. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu de 4 pontos, nível mínimo da série, para 11 pontos, no mesmo período de comparação. A especialista notou que o ligeiro avanço pode ter sido influenciado por pequenos sinais de melhora no contexto macroeconômico brasileiro, como inflação mais baixa; e redução de juros. (Valor Econômico)

 

 
Preços/AR
O valor de 5,4 pesos por litro, [R$ 1,10/litro], recebido pelo produtor é o motivo de uma nova queixa por parte dos elos da cadeia láctea, que pedem reajustes. Segundo avaliam, esse valor não permite recompor as necessidades de rentabilidade, e consideram que o acordo firmado entre o Governo, as Indústrias, e a Atilra (que representa os trabalhadores nas indústrias de laticínios), não contempla a situação da produção. Esta foi a reclamação de Julio Aimar, dirigente da bacia leiteira de Abasto Sul, segundo a agência DyN. O dirigente afirma que o documento acordado "tem prazo de validade e é um salvo conduto em ano eleitoral". Acrescentou que o preço justo para o produtor, deveria ser em torno de 7 pesos/litro, [R$ 1,43/litro]. (Agrositio - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Porto Alegre, 11 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.497

 

Laticínios esperam expansão de produção em 2017

Depois de dois anos sem crescimento na produção de leite no Rio Grande do Sul, as indústrias gaúchas esperam aumento na captação em 2017. A estimativa do presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, é de um crescimento de 3% sobre uma base de 13 milhões de litros por dia. O movimento, explica o dirigente, deve-se à retomada na rentabilidade da atividade ao produtor. Segundo dados do Conseleite, o preço de referência para abril era de R$ 1,0411, cenário que ainda reproduz o impacto da entressafra, quando a menor quantidade de leite produzida pelas vacas geralmente eleva o patamar dos valores praticados.  

 
"Os preços nestes primeiros quatro meses estão acima dos valores pagos nos últimos anos, e ainda se registrou queda nos custos de produção puxada pela redução dos insumos", salienta. Segundo ele, a retomada da atividade e o crescimento da safra são importantes para galgar novos mercado aos produtos lácteos gaúchos e para abastecer os laticínios que operam com capacidade ociosa média de 35% neste momento.

Segundo dados do Índice de Custo de Produção de Leite (ICPLeite), divulgado pela Embrapa Gado de Leite, o custo de produção teve queda de 4,72% em abril, quarto mês de deflação nos insumos do setor.  A redução foi puxada pela redução de 10,13% no valor do concentrado.  Dos oitos critérios analisados pela Embrapa para compor o indexador (mão de obra, produção e compra de volumoso, concentrado, sal mineral, sanidade, qualidade do leite, reprodução e energia e combustível), cinco apresentaram diminuição do valor base.  Com isso, o acumulado do primeiro trimestre indica deflação dos custos de produção de 6,46% no ICPLeite. "Esses dados confirmam o movimento de redução dos custos no campo por quatro meses consecutivos, um fator inédito no setor lácteo", completou o vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, lembrando que a rentabilidade é extremamente importante para o produtor rural. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 
Estudo associa substância do queijo à prevenção de câncer

A espermidina é uma substância presente em vários alimentos, a exemplo de queijos curados (como gorgonzola, Roquefort e parmesão), cogumelos, produtos à base de soja, milho e grãos integrais. Se você nunca havia ouvido esse nome, aí vai um motivo para gravá-lo: segundo um estudo publicado em abril de 2017 na revista Cancer Research, o composto está ligado à prevenção de câncer no fígado e a um aumento da expectativa de vida.

Na pesquisa - conduzida por cientistas da Universidade Texas A&M, nos Estados Unidos -, os estudiosos notaram que a vida dos ratos que tomaram suplementos orais de espermidina aumentou em 25%. "Em humanos, isso significaria que, ao invés de viver até os 81 anos de idade, o americano comum poderia viver até os 100 anos", comenta Leyuan Liu, principal autor da investigação.

Mas, para ter esse benefício, seria preciso inserir a substância na fase em que o bebê começa a comer alimentos sólidos. Na análise em laboratório, os ratinhos que suplementaram mais tarde aumentaram a expectativa de vida em apenas 10%.

Quanto à prevenção de tumores, Liu já havia constatado, em estudos anteriores, que a espermidina é capaz de evitar a replicação de células danificadas, processo que leva à formação do câncer. Na nova pesquisa, as cobaias expostas ao composto do queijo e dos cogumelos apresentaram menor incidência de lesões no fígado e de fibrose hepática, condições que costumam causar a doença no órgão. Descubra: Comer mais vegetais ajuda a prevenir câncer? 

Mais estudos
Apesar dos resultados animadores, Leyuan Liu pondera que é preciso investigar mais a fundo os benefícios da espermidina para a redução do risco de tumores e o aumento da longevidade. "Ainda é cedo, mas talvez um dia essa será uma nova estratégia para prolongar o tempo de vida, prevenir e reverter a fibrose hepática e atrasar ou até curar o câncer de fígado em humanos", declara o cientista.

Liu espera que, se a suplementação de espermidina se provar segura e eficiente, ela possa ser adicionada a produtos -- assim como foi feito com ácido fólico. "Imagine: se adicionássemos espermidina em todas as garrafas de cerveja, isso iria equilibrar o álcool e ajudar a proteger o fígado", afirma o pesquisador.

Segundo o expert, o próximo passo é avaliar se os efeitos da substância são igualmente benéficos em humanos. Até lá, não custa incluir na dieta - com a orientação de um nutricionista, claro - os alimentos que são fonte do composto. Vai um queijinho aí? (Revista Boa Forma)

Produtos lácteos cada vez mais inacessíveis

Em abril de 2017, segundo os últimos dados publicados pelo INDEC, a cesta básica de produtos lácteos básicos na cidade de Buenos Aires registrou um aumento médio de 15,3% em relação a dezembro do ano passado, enquanto o aumento de alimentos e bebidas ficou em 8,9%. O ranking de reajustes dos preços de produtos lácteos no primeiro trimestre do ano é encabeçado pelo iogurte pastoso (+24,8%); o queijo cremoso (+18,1%); a manteiga (+16,4%); o pategras (+16,0%); e o sardo (+15,1%). Nas posições seguintes temos: leite em pó integral (+11,9%); leite fresco em saquinhos (+10,7%); e doce de leite (+10,4%). Nos últimos doze meses (abril de 2016 a abril de 2017) a cesta registrou alta média de 45,4%, enquanto o conjunto dos alimentos e bebidas tiveram elevação de 29,1%, segundo o INDEC.

Desde o ano passado a produção de leite vem sofrendo quedas abruptas por causa de desastres climáticos (excessos hídricos) ocorridos em muitas das principais bacias leiteiras, combinado com preços pagos aos produtores que são insuficientes para cobrir os custos de produção. Além de queda de produtividade decorrente de alagamentos e inundações - as vacas sofrem muito nessas situações - no último ano muitos produtores diminuíram seus rebanhos, enquanto outros simplesmente desistiram da atividade. A escassa disponibilidade de leite, que obriga as indústrias de laticínios a pagarem pela matéria-prima acima de um valor teórico rentável, junto com os crescentes custos comerciais, de logística e trabalhistas, acabam sendo repassados aos consumidores. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)

Uruguai: crise do setor leiteiro continua sendo preocupação nacional

A crise do setor leiteiro continua sendo uma preocupação nacional. A dívida atual é de US$ 500 milhões entre produtores (US$ 350 milhões) e indústrias. Por isso, o presidente, Tabaré Vázquez, anunciou uma série de medidas para mitigar a "situação difícil" que o setor leiteiro vem passando há alguns anos.

Vazquez anunciou uma baixa nos custos de tarifas de UTE (energia elétrica) para as fazendas leiteiras. O presidente disse que "por três meses - junho, julho e agosto - reduzirá em 15% a energia para todas as fazendas leiteiras".

Ele também disse que, em médio e longo prazo, o objetivo é "melhorar a produtividade de alguns estabelecimentos nesse setor, que têm uma produtividade muito baixa e são os que mais sofrem com a crise". Para isso, ele disse que o governo vai trabalhar e anunciar soluções específicas em uma semana.

Por outro lado, Cone Ruíz, diretor da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL) e produtor da Flórida, disse que o benefício "não tem efeito, nem significa nada" para uma fazenda leiteira. "Esperamos que, mais para frente, sejam anunciadas novas medidas e tudo melhore". 

O produtor explicou que se reuniu com o ministro de Economia e Finanças, Danilo Astori e eles "estão muito preocupados" com a produção de leite e "realmente acreditam que devem estar", já que as fazendas leiteiras "não aguentam mais". "Esperamos que no correr da semana sejam anunciadas outras medidas, porque as anunciadas hoje não vemos como positivas". 

A dívida do setor leiteiro representa um ano de exportações de US$ 500 milhões entre produtores e indústrias. Para o diretor da ANPL, criar um fundo de cerca de US$ 100 milhões para pagar com restituição de imposto seria uma "solução para continuar produzindo". Astori disse que "estudará" e terá uma "resposta positiva" nesta semana. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

Governo estuda uma proposta
O governo deve apresentar nos próximos dias uma proposta para a cobrança dos produtores rurais que deixaram de recolher a contribuição previdenciária, o chamado Funrural. De acordo com o deputado Luis Carlos Heinze, a Receita e o Ministério da Fazenda se reuniram ontem com a finalidade de chegar a um consenso. Políticos e entidades pressionam por uma solução que favoreça os produtores rurais. (Correio do Povo)
 
 

Porto Alegre, 10 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.496

 

 Sindilat entrega convites para o Fórum Itinerante do Leite
 
O 4º Fórum Itinerante do Leite deve reunir autoridades e centenas de produtores e lideranças no próximo dia 1º de junho em Palmeira das Missões. Iniciativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), o encontro busca alinhar projetos concretos de desenvolvimento para a bacia láctea gaúcha e debater questões relacionadas diretamente ao consumo de produtos lácteos. Para divulgar a programação do fórum, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, esteve com o governador do Estado, José Ivo Sartori, no final da tarde deste quarta-feira (10/5). A meta é reunir 1,5 mil pessoas em painéis, palestras e seis oficinas técnicas. 
 
Sartori salientou a importância da realização de eventos como este. "O Fórum Itinerante do Leite é uma bela promoção que vai ganhar cada vez mais potencialidades. Quando todo mundo fica junto, todo mundo se sente protegido", frisou, lembrando dos avanços da produção leiteira gaúcha. O governador ainda destacou que o leite é o salário mensal do produtor, uma colaboração social essencial às famílias no campo. "Um fórum como esse agrega valor, princípios e conhecimento e ajuda na sucessão rural. Sem semente não tem planta que nasce. Estamos trabalhado em um futuro melhor", pontuando que fará um esforço pessoal para participar, mas que sua presença dependerá de agenda disponível.

Também participaram da comitiva o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini; o secretário de Agricultura de Palmeira das Missões, Olavo José Borges; o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), João Pedro Velho; e o diretor da Escola Técnica Estadual Celeste Gobbato, Luiz Carlos Cosmann.  
 
O dia foi intenso para encaminhar os convites às autoridades que participarão do 4º Fórum Itinerante do Leite. Ainda pela manhã, a comitiva de organização do evento esteve com os secretários de Educação, Ronald Krummenauer; da Casa Civil, Fábio Branco; do Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto; do Desenvolvimento Econômico, Márcio Biolchi; e da Agricultura, Ernani Polo. O convite também foi entregue ao presidente do Fundesa, Rogério Kerber; ao presidente da Farsul, Carlos Sperotto; e ao presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva.

Destacando a importância da adesão dessas lideranças ao evento, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, disse que é isso que contribui para o alto nível dos debates que já caracteriza o encontro, que teve três edições com casa cheia em 2016. "No Dia Mundial do Leite, é importante reunir produtores, indústrias, consumidores e autoridades para demostrar a importância dos laticínios no Rio Grande do Sul e dar respaldo aos pleitos do setor", conclui.
 
Atuando na preparação do evento, o diretor da Escola Técnica Estadual Celeste Gobbato ressalta que a parceria com o Sindilat é fundamental para o crescimento dos lácteos gaúchos. "O evento vem para abrir novas oportunidades e possibilidades e, em conjunto, potencializar a cadeia do leite na região Norte e Noroeste do Estado", disse Cosmann. 

O evento tem apoio da Farsul, Fetag, Fundesa, Escola Técnica Estadual Celeste Gobbato, Secretaria da Agricultura (Seapi), Ministério da Agricultura (Mapa) e Canal Rural. As inscrições são gratuitas e já estão disponíveis no site www.sindilat.com.br. O evento será transmitido ao vivo pelo Canal Rural. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Foto: Carolina Jardine
 

 
Leite: Período de entressafra no RS pode melhorar preços pagos aos produtores rurais

De acordo com Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS), o mercado de leite tem, a cada ano, uma realidade diferente. "Não dá pra ter base no ano anterior. No ano passado tivemos situação diferente de comportamento de mercado junto ao produtor e também ao próprio consumidor", diz o secretário-executivo.

Nesse instante, o Rio Grande do Sul está no período de entressafra. A safra deve começar até o final da primeira quinzena de julho. O preço para o produtor, segundo Palharini, está bem atrativo, tendo em conta os custos menores com os insumos.

O custo médio, com base no estudo da Universidade de São Paulo (USP) e da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), era de R$0,26 no primeiro trimestre de 2016. Em 2017, essa margem subiu para R$0,50, com produtor recebendo, em média, de R$1,35 a R$1,45 pelo litro de leite, dependendo da quantidade, da qualidade e do tipo de indústria que compra o produto.

Entretanto, depois do período de entressafra, os produtores devem ficar atentos ao clima, que ainda pode mexer com a relação do custo de produção. Uma possível ocorrência de geadas por afetar as pastagens. Por sua vez, os produtores podem optar por compra antecipada de alguns insumos, como o milho, para que esses custos não sofram muita redução no final das contas, como aconselha Palharini.

As importações de produtos lácteos feitas pelo Brasil também são apontadas como um complicador aos produtores brasileiros pelo vice-presidente, mas ele destaca que o leite também precisa se firmar como um importante produto de exportação. CLIQUE AQUI para conferir a entrevista com Darlan Palhariani, secretário executivo do Sindilat na íntegra. (Notícias Agrícolas)

Fiesp: PIB do agronegócio paulista cresce 7,4% em 2016 e atinge R$ 276 bilhões

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio paulista cresceu 7,4% em 2016 e atingiu R$ 276 bilhões, segundo levantamento do Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deagro/Fiesp) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). O PIB do setor representa 13,8% do total do Estado e ainda 18,7% do PIB de todo o agronegócio brasileiro.

O PIB do agronegócio de São Paulo é calculado a partir da soma do valor agregado pelas "indústrias antes da porteira da fazenda" aos insumos agropecuários, com participação de 5,6%; a atividade "dentro da porteira da fazenda" ou agropecuária, com 11%; as indústrias "depois da porteira", com 40,7%; e os serviços diretamente ligados ao agronegócio com 42,7% do resultado total.

O PIB do segmento de atividade primária, dentro das propriedades rurais, cresceu 19,7%, com destaque para a atividade agrícola, com alta de 25,4% no ano passado. Segundo o levantamento, a recuperação nos setores de cana e laranja, principais culturas do Estado, aliada ao aumento da confiança do produtor a partir do segundo trimestre do ano passado foram determinantes para o resultado apresentado no campo.

Nos insumos agropecuários, o crescimento foi de 4,8% no ano em São Paulo, com destaque positivo para os insumos pecuários (8,2%) e alta de 2,9% nos insumos agrícolas. No segmento industrial houve avanço de 5,9% sobre 2015, influenciado especialmente pelo ramo agrícola, com aumento de 6,8%, já que na indústria da pecuária houve recuo de 0,9% no ano. No abate de bovinos, houve queda de 4,6% nos preços e de 6,3% na produção. "A fraca demanda doméstica limitou os preços da carne, e a crise econômica, com inflação ainda elevada e alto desemprego, levou a quedas nos preços de todos os elos da cadeia", informa o Deagro/Fiesp.

O agronegócio paulista gerou, em 2016, perto de 2 milhões de postos formais de trabalho. Desse total, 17% correspondem à atividade agropecuária, 34% à agroindústria e 45% aos serviços. O segmento de insumos absorveu cerca de 4%. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

Brasil e Nigéria debatem cooperação na área do agronegócio; lácteos estão na pauta

O secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Odilson Ribeiro, reuniu-se com o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Nigéria, Audu Ogbeh, e representantes daquele país, nesta sexta-feira (5), para tratar de cooperação bilateral na área do agronegócio. Os nigerianos têm interesse em importar a tecnologia usada na agropecuária pelo Brasil - como equipamentos agrícolas, principalmente os empregados na pequena produção - e material genético de bovinos e aves, carnes e lácteos. Além disso, querem fazer investimentos conjuntos com empresas brasileiras.

De acordo com Odilson Ribeiro, uma missão empresarial brasileira deverá ir à Nigéria, em agosto, para negociar a venda de equipamentos agrícolas. Ainda segundo o secretário, o Mapa já encaminhou propostas de certificação zoossanitária à Nigéria, o que permitirá a exportação de material genético de bovinos e aves e de lácteos. Com uma dieta alimentar baseada em carboidratos, a Nigéria tem interesse em proteínas animais e lácteos. Odilson Ribeiro disse que o Brasil deseja cooperar com o país africano. Destacou ainda a importância de a Nigéria responder as propostas de certificação sobre material genético e lácteos.

Em contrapartida, o Mapa pleiteia, por exemplo, a redução da tarifa de importação de arroz, o que hoje inviabiliza o comércio do produto brasileiro. "A cooperação, em sentido amplo, é uma via de duas mãos que não inclui apenas a transferência de tecnologia, mas também o comércio entre os países." (As informações são do Mapa)

Uruguai 

Ainda não está no horizonte um mercado internacional de lácteos que possa melhorar os preços de forma a transferir aos produtores. Por isso é que "precisa continuar olhando dentro da fazenda e conseguir maior eficiência para ficar protegido dos fortes impactos que ocorrem em períodos críticos", afirmou a El Observador o vice-presidente da Conaprole, Alejandro Pérez Viazzi. O diretor desenvolveu este conceito logo depois de realizada a Assembleia dos 29, órgão de administração da cooperativa, e ainda admitiu que apesar das dificuldades o produtor sempre está disposto a contribuir com seu trabalho para levar adiante a produção. O encontro analisou as oportunidades do futuro que tem o setor lácteo, de onde surgem as maiores incertezas nos mercados, caracterizados por alta volatilidade e preços baixos, mas, onde se espera que comecem a retornar valores mais aceitáveis, disse Pérez Viazzi. Em sua opinião, o maior desafio que têm os produtores "é ter os custos controlados para competir em um contexto internacional".

Redirecionamento
O delegado da Sociedade de Produtores de Leite de Florida (SPLF), Alfredo Morales, ressaltou a apresentação efetuada pelo gerente da Conaprole, "especialmente no redirecionamento que está sendo realizado pela cooperativa até 2020, nos mercados e produtos porque cada dia tem que ser mais eficiente para ser mais competitivo". Pérez Viazzi disse ainda que "foram apresentadas mais informações sobre o teor do leite recebido, em termos de composição da matéria gorda, proteína, e células somáticas, que de um modo geral chega a 80% dos produtores. Isto é o que determina a qualidade do leite e servirá para que o produtor possa tomar as decisões para melhorar o mais rápido possível", sua produção. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

 

 
Simpósio do leite 
O CRMV-RS realizará na Fenasul/Expoleite o VII Simpósio do Leite com a temática "Biosseguridade em propriedades leiteiras". O evento é direcionado a médicos veterinários, estudantes e produtores e vai abordar os principais cuidados para garantir maior sanidade dos rebanhos e evitar a disseminação de doenças que prejudicam a produção e a saúde pública. O vice-presidente do CRMV-RS, José Arthur Martins, que participou do lançamento da Fenasul nesta segunda-feira (8), afirma que "a biosseguridade é um tema que deve estar presente diariamente na vida de profissionais e produtores". A Fenasul acontece de 24 a 28 de maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O evento do CRMV será realizado no dia 25, a partir das 8h30 no auditório da Farsul (no parque). (CRMV-S)
 

Porto Alegre, 09 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.495

 

  Leite: governo busca estimular consumo no RS

Governo e entidades ligadas ao leite querem incentivar o consumo de lácteos no Rio Grande do Sul. O estado, que hoje é o terceiro maior produtor da matéria-prima, busca uma retomada na produção neste ano. Para isso, aposta em feiras do setor. CLIQUE AQUI para assistir a reportagem. (Canal Rural)

 

 
Cosulati expõe sua situação
Os associados apreciaram o Plano de Recuperação e Saneamento e tomarem conhecimento do andamento da reestruturação da Cosulati, que inclui redução de custos e revisão de contratos, em assembleia, ontem, em Capão do Leão. Segundo o diretor administrativo da Cosulati, Airton Seyffert, as dívidas tributárias, com fornecedores e com institui- ções financeiras, entre outras, são de R$ 188 milhões. A reunião também homologou a relação de credores e devedores. Nos últimos seis meses, a cooperativa recuperou ativos de R$ 5,5 milhões. (Correio do Povo)

Preços

Os preços da manteiga caíram novamente em abril, nos Estados Unidos da América (EUA), ficando abaixo das cotações da União Europeia (UE) e Oceania. A demanda doméstica nos EUA continua estável, mas os preços estão sendo pressionados pelos estoques elevados. Os preços da manteiga aumentaram em abril, tanto na Oceania como na UE, diante da oferta apertada e demanda forte.

Os preços do leite em pó, tanto desnatado (SMP) como integral (WMP) caíram em todas as regiões, exceto na Oceania. Isso pode ter ocorrido, pela combinação de forte demanda por manteiga e a queda na produção de leite na Nova Zelândia, devido ao mau tempo no mês de abril. Os estoques de intervenção continuam pressionando o mercado de SMP. Os preços do Cheddar caíram tanto na UE como na Oceania. Os estoques estão altos nos EUA, e a produção crescente é a eles adicionadas. O mercado na Oceania melhorou em relação aos níveis dos anos anteriores, e os baixos preços começam a impulsionar alguma demanda. (Dairy AHDB - Tradução livre: Terra Viva)

 

MP pode reduzir alíquota do Funrural para 1,8% do valor da produção

O Ministério da Fazenda estuda editar, ainda esta semana, uma Medida Provisória que poderá reduzir de 2,1% para 1,8% a alíquota do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) incidente sobre a comercialização da produção dos agricultores do país.

Amanhã, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deve receber ruralistas e dirigentes de entidades do setor para tratar de detalhes dessa MP -- que poderá estabelecer regras para pagamentos do passado e do futuro relacionados ao Funrural.
Apesar de a Fazenda estar limitada por restrições fiscais, essa MP funcionaria como uma espécie de Refis e serviria como base para a renegociação, com perdão de multas e juros, de cerca de R$ 10 bilhões, valor estimado pela Receita Federal das dívidas existentes com o Funrural.

No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional o Funrural, cuja alíquota está fixada atualmente em 2,1% da produção. A decisão gerou forte reação contrária do setor do agronegócio, já que milhares de produtores não pagavam o Funrural há anos, sustentados por liminares que questionavam a constitucionalidade da contribuição na Justiça.

"Na última reunião que tivemos na Receita, propomos que os produtores que estão em dia com o Funrural passem a pagar 1,8%, enquanto aqueles que devem alguma coisa passariam a pagar 2% até quitar suas dívidas e só depois também começariam a pagar 1,8%", disse o deputado Marcos Montes (PSD-MG), um dos parlamentares da bancada ruralista que participa das negociações com o governo. Ele acrescentou que após quitados todos os passivos dos produtores, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pensa em propor a extinção do Funrural e a criação de um outro imposto, que poderia incidir sobre a folha de salários dos trabalhadores rurais.

Em geral, produtores de culturas intensivas em mão de obra como café e hortifrutigranjeiros, por exemplo, defendem a manutenção do Funrural. Já quem cultiva lavouras com alto grau de mecanização, como soja, milho e arroz, querem justamente que o Funrural seja substituído por esse novo imposto incidente sobre a folha.

Em reunião na semana passada com ruralistas e representantes dos produtores, o secretário-geral da Receita, Jorge Rachid, foi categórico em negar qualquer possibilidade de perdão das dívidas devidas dos produtores nas tratativas atuais. É também improvável que a Receita aceite a proposta de substituição, no futuro, do Funrural por uma contribuição incidente sobre a folha salarial. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Inscrições para o Interleite Sul se encerram no dia 11/05

As inscrições on-line e antecipadas do terceiro lote para o Interleite Sul 2017, evento que se realizará dias 17 e 18 de maio em Chapecó - SC, encerram-se na próxima quinta-feira (11). Após essa data, as inscrições poderão ser realizadas apenas no local do evento. 

O tema central desta 7ª edição será "Pessoas e tecnologias intensificando a produção e colhendo resultados no Sul do país". O Interleite Sul é um evento fundamentalmente voltado para produtores de leite e técnicos envolvidos com a atividade, tendo a capacidade de mobilizar e trazer uma mensagem que fará efetivamente a diferença no setor leiteiro. 

As apresentações serão curtas, objetivas e em um formato dinâmico e intenso. Além disso, você participará de um evento com profissionais de todo o setor, gerando oportunidades de negócios. Fuja da rotina diária! Tire um momento para sair um pouco da rotina, conhecer pessoas, rever conhecidos e voltar para casa com uma perspectiva mais ampliada da pecuária leiteira! Confira a programação completa do evento e faça hoje mesmo sua inscrição. Não deixe para a última hora. http://www.interleite.com.br/sul/. (Milkpoint)

 

 
Produção de leite na Argentina está em um dos piores momentos da sua história
 produção primária de leite na Argentina alcançou, no ano passado, 9,7 bilhões de litros, uma queda de 14,17% em comparação com o ano anterior e representando também a maior queda desde 1970. Este resultado foi consequência de uma diminuição no consumo no mercado interno e da retração da demanda externa, conforme destacou um boletim divulgado pelo Observatório de Políticas Públicas da Universidade Nacional de Avellaneda (Undav). Outra análise, do Observatório da Cadeia Láctea, deu conta de que, em 2016, foram fechadas 460 granjas leiteiras, duplicando a média de encerramento de atividades dos últimos anos, enquanto a produção de matéria-prima também retrocedeu entre 10% e 11% em relação a 2015. Um dos fatores que acrescentaram nessa queda foi a forte queda no lucro dos produtores de leite. (Notícias Agrícolas)
 

Porto Alegre, 08 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.494

 

 Fenasul terá PUB do Queijo

A Fenasul 2017 oferecerá uma nova atração gastronômica ao público que for ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. É o PUB do Queijo, uma iniciativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) que conta com apoio da Apil, Farsul e Ocergs. A novidade foi lançada oficialmente na manhã desta segunda-feira (08/05), no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, com a presença do governador do Rio Grande do Sul José Ivo Sartori e dos secretários Ernani Polo (Agricultura), Fábio Branco (Casa Civil) e Tarcísio Minetto (Desenvolvimento Rural). O lançamento da Fenasul ainda contou com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, do secretário-executivo do sindicato, Darlan Palharini, e dirigentes das principais indústrias gaúchas e entidades do agronegócio.

O PUB do Queijo será montado na varanda da Farsul e ofertará os mais diferentes tipos de queijos produzidos pelas indústrias gaúchas. Para completar o menu, os visitantes poderão saborear pratos à base de lácteos elaborados com a grife do chef Joaquim Aita. O objetivo do projeto, explica Guerra, é apresentar ao público toda a diversidade da produção. "Temos produtos de sabor diferenciado e com potencialidades nutricionais e funcionais que muitas pessoas sequer imaginam que existe", ressaltou. Os queijos ofertados serão harmonizados com diferentes bebidas de forma a potencializar seu sabor. O ticket para ingresso no PUB do Queijo dá direito à degustação livre de queijos, embutidos e pratos quentes. O evento ficará aberto de quinta a domingo (25 a 28 /5) das 11h às 22h.

Durante o lançamento da Fenasul nesta manhã, Polo destacou a nova configuração da feira, que chama diversas entidades para a organização de forma efetiva. "Procuramos o envolvimento delas para, além de conhecer ainda mais os benefícios do leite, também valorizar os seus derivados", afirmou, lembrando que o PUB do Queijo é uma inovação e uma tentativa de consolidar a promoção da qualidade dos derivados lácteos produzidos no Estado. O governador Sartori fez referência ao papel do leite na formação da renda dos produtores rurais como uma espécie de "salário mensal". E ainda destacou o empenho do setor em desenvolver o Estado e a qualidade da produção. "O leite de maior qualidade que está sendo produzido no Brasil é do Rio Grande do Sul", ressaltou. Segundo ele, apesar da dificuldade por que passa o RS, a Fenasul é símbolo da união do poder público e da iniciativa privada para levar a exposição a um novo patamar. "É um evento que mostra o Rio Grande que dá certo", concluiu. Ao final do lançamento, os representantes fizeram o tradicional brinde do leite no jardim do Palácio Piratini, no Centro Histórico de Porto Alegre. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Carolina Jardine 
 

 
Produção leiteira no RS registra números positivos no 1º trimestre 

O primeiro trimestre de 2017 foi positivo para a atividade leiteira no Rio Grande do Sul. Pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indicam que a margem bruta unitária (receita subtraída do Custo Operacional Efetivo - COE, que considera todos os desembolsos) do produtor gaúcho quase dobrou - alta de 91% - quando comparado o primeiro trimestre deste ano ao mesmo período de 2016.

Segundo cálculos do Cepea/CNA, a margem bruta unitária das propriedades típicas do Rio Grande do Sul passou de R$ 0, 26 por litro de leite na média de janeiro a março/2016 para R$ 0,50 de litro de leite no primeiro trimestre de 2017. Essa pesquisa leva em consideração as propriedades típicas - que compreendem o modelo de produção que mais se repete dentro de uma determinada região - das bacias leiteiras sul-rio-grandenses de Cruz Alta, Palmeira das Missões, Pelotas e Três de Maio.

Esse resultado positivo ao produtor está atrelado à alta no preço do leite bem mais intensa que a verificada para os custos de produção. Para o leite, os valores têm se sustentado em elevados patamares desde o ano passado, devido ao avanço do período de entressafra no sudeste e centro-oeste do Brasil. No primeiro trimestre deste ano frente ao mesmo período de 2016, o preço do leite pago ao produtor subiu 25,7%. Quanto aos custos, o COE da atividade leiteira subiu apenas 2,3%. No geral, a alta dos custos foi contida pela desvalorização da ração (que tem como base especialmente o farelo de soja e o milho), insumo que mais onera a atividade.

E até quando esse cenário continuará favorável ao produtor? De acordo com perspectivas de agentes do setor, as cotações do leite cru estão em patamares elevados, o que dificulta o repasse desses reajustes da indústria para o consumidor, uma vez que a demanda por lácteos está enfraquecida, em um cenário de menor poder de compra do brasileiro. Desse modo, a valorização do leite cru pode atingir o teto em abril e apresentar estabilidade nos próximos meses.

Por outro lado, os custos de produção podem cair, já que a expectativa é de safra recorde de grãos. Assim, mesmo com estabilidade da receita, as margens podem continuar positivas. Vale ressaltar que as cotações mais atrativas dos concentrados podem, por sua vez, incentivar a maior alimentação do rebanho e reduzir os efeitos da entressafra. Para o produtor gaúcho, que investe em pastagens de inverno neste período, acompanhar a movimentação do mercado de grãos e dimensionar estrategicamente sua produção são fatores importantes para aproveitar o momento positivo e assegurar margens. (por Sergio De Zen, Professor Dr. da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), e pesquisador responsável pela área de pecuária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea e Natália Salaro Grigol, Mestre pelo Cena-Esalq/USP e pesquisadora da Equipe Leite do Cepea/Zero Hora)

Custos de produção da pecuária leiteira têm nova queda em abril
 
Os custos de produção da pecuária leiteira caíram em abril. Foi o terceiro mês consecutivo de queda. As quedas nas cotações dos alimentos concentrados energéticos, com destaque para o milho, dos suplementos minerais, dos combustíveis/lubrificantes e dos concentrados proteicos puxaram a redução do custo.

Na comparação com abril do ano passado, os custos de produção da atividade caíram 6,1%. A queda nos custos de produção somada as altas no preço do leite ao produtor melhoraram a margem da atividade desde o começo deste ano (figura 1). (Fonte: Scot Consultoria)

Figura 1. Preço do leite ao produtor versus custos de produção da pecuária leiteira, base 100= janeiro de 2013.

 

 
 

 
Fonterra 
A Fonterra, exportadora de lácteos, confirma sua estratégia a longo prazo no mercado brasileiro e concentra sua atuação em três áreas prioritárias: o desenvolvimento de novos produtos e conceitos; na criação de estratégias de arbitragem de matéria-prima e a otimização de formulações para redução de custos; e na estabilidade do fornecimento, via disponibilidade de estoque local, e na redução da volatilidade de preços por meio de ferramentas de gestão de riscos. Segundo a companhia, esses atributos fazem com que a Fonterra tenha perspectivas otimistas em relação ao Brasil. A unidade brasileira é responsável pelos mercados da Argentina, Uruguai e Paraguai. "O Brasil está entre os quatro países mais promissores do mundo para a companhia. Por esse motivo, reestruturamos a nossa equipe e posicionamento estratégico para expandir nossa atividade aqui, no longo prazo, especialmente com a venda mais especializada e o atendimento ao cliente no setor de inovações", explica Guilherme Nascimento, gerente geral da Fonterra Brasil. (Giro News)
 

Porto Alegre, 05 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.493

 

Importações em desaceleração

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 11,8 mil toneladas em abril, 12% maior que o apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos foi de US$ 41,6 milhões.

Gráfico 1. Exportações e importações por categoria de produto. Fonte: MDIC. 
 

Neste mês, novamente as importações de lácteos apresentaram queda, tanto em volume quanto em valor. Em toneladas, a queda foi de 13%, totalizando 13,6 mil toneladas comercializadas e, em valor, queda de 9,7%, com total de US$ 46,9 milhões. Ao analisar em equivalente-leite, o decréscimo das importações foi de 15%, sendo comercializado 99,7 milhões de litros. Com esse cenário, o ritmo de crescimento das importações em relação ao ano passado vem diminuindo, sendo no acumulado janeiro a abril de 17% acima do mesmo período do ano passado. 

O volume importado de leite em pó integral praticamente se manteve em relação ao mês de março. Foram adquiridas 7,6 mil toneladas do produto, valor somente 2% superior ao último registrado. O leite em pó desnatado, por sua vez, teve menor quantidade importada, com expressiva diminuição de 46% e um total de 1,4 mil toneladas, possivelmente explicada pelos altos níveis de estoques no mercado nacional.

Também foram registrados volumes inferiores de manteiga. Neste mês, foram adquiridas 255 toneladas de manteiga, valor 56% menor frente ao de março, sem importações do Uruguai. 

As exportações também foram inferiores às verificadas em março. Em toneladas, o montante total foi de 1,8 mil toneladas, com queda de 64% em relação ao mês passado. (MilkPoint)

 

 
Fenasul/Expoleite será lançada na segunda-feira

A Feira Nacional de Agronegóciosdo Sul (Fenasul/Expoleite)terá o seu lançamento oficial realizadona próxima segunda-feira,às 8h30min, no galpão crioulo do Palácio Piratini. Esta 13ª edição da feira tem um novo formato, com mais atrações, além da realização da 40ª edição da Expoleite, que segue apresentando o melhor da produção leiteira gaúcha e dos seus derivados. Foi criada uma comissão executiva para a organização da feira, que, neste ano, é coordenada pela Federação da Agricultura do Rio  Grande do Sul (Farsul). 

 
O objetivo é tornar a feira mais ampla, para levar mais público ao parque, buscando uma consolidação como um evento múltiplo, sem perder também o caráter de divulgação das ações da cadeia leiteira gaúcha." Temos convicção de que a feira, agora com um novo formato, terá uma valorização ainda maior, com a participação de entidades parceiras, cada uma com sua contribuição, dando uma conotação moderna à Fenasul, com o objetivo de promover os produtos derivados o leite, sem perder o foco na produção. Nossa meta é consolidar um novo evento também de grande porte no Parque de Exposições Assis Brasil, levando mais público a esta que é uma das grandes feiras agropecuárias do Estado", ressalta o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo. Uma das novidades da Fenasul neste ano será através de ação do Instituto Rio Grandense do Arroz(Irga), que pretende bater um recorde inusitado. A autarquia está planejando produzir o maior arroz de leite do Brasil.
Neste ano também haverá a participação de bovinos, caprinos, equinos, feira de agricultura familiar, festival de queijos, feira de terneiros e vaquilhonas, feira de pequenos animais, realização de seminários técnicos, máquinas e equipamentos agrícolas, praça de alimentação e também a realização do Rodeio Fenasul, organizado pela Federação Gaúcha de Laço, além de shows especiais. (Jornal do Comércio)

 Demanda global impulsiona comércio de queijos

As exportações de queijo pelos quatro maiores fornecedores globais de leite do mundo (Austrália, União Europeia, Nova Zelândia e EUA) cresceram 5% para 1,59 bilhão de quilos em 2016 em relação ao ano anterior. Esses 5% representam um adicional de 76,2 milhões de quilos de queijo, cerca de 725,74 milhões de quilos de leite. É muito cedo para afirmar definitivamente que o crescimento do ano passado se repetirá em 2017, mas as tendências de demanda sugerem que números sólidos de comércio de vendas são prováveis por algum tempo ainda.

demanda por queijos no mundo 
Os mercados em desenvolvimento estão no centro da oportunidade. Diversos mercados emergentes estão alcançando o ponto em que o queijo progride de uma novidade para um alimento conhecido, aceito e preferido. Os consumidores, cada vez mais familiarizados com as aplicações e os gostos do queijo, estão buscando o produto com mais frequência. Chefs e restaurantes estão ajudando nisso através da criação de pratos que incorporam queijo.

Restaurantes e varejistas estão mudando as filosofias de compra para garantir fornecimento consistente, compra por contrato, ao invés de mercados spot. A expansão contínua das cadeias de serviços alimentícios ocidentais com seus cardápios cheios de queijo continua disseminando as oportunidades de comer queijo nas áreas mais populosas.

A evolução é clara nos dados comerciais de queijos a longo prazo: as exportações de queijo dos quatro principais fornecedores de leite aumentaram 50% desde 2005. Até 2021, o Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) projeta que a demanda impulsione o comércio de queijos em quase 500 milhões de quilos (498,95 milhões de quilos) - em média, um adicional de 99,79 milhões de quilos anualmente. Essa é uma das razões pelas quais o USDEC acredita que o aumento total das exportações de lácteos dos EUA é uma meta viável.

No ano passado, a alta demanda impulsionou fortes vendas de queijos para China/Hong Kong, Sudeste da Ásia, México e Oriente Médio. Os fornecedores de queijos norte-americanos tiveram dificuldades em participar no crescimento das exportações durante boa parte do ano, já que os produtos norte-americanos tinham preços premiums elevados em comparação com o mercado mundial. Mas a demanda interna dos EUA também se manteve forte, oferecendo uma alternativa de exportação conveniente, e os fornecedores dos EUA fecharam 2016 com um aumento de 14% nos embarques de queijo no quarto trimestre.

A concorrência está bem ciente da oportunidade. A Nova Zelândia está investindo para aumentar a participação dos queijos em seu mix de produtos com foco na China. No ano passado, a UE direcionou mais do seu fornecimento de leite para a produção de queijos, mesmo quando a produção de leite se contraiu. No seu último relatório de perspectivas a curto prazo, a Comissão Europeia previu que a produção de queijo aumentará 2% em 2017 e as exportações aumentarão 3%.

Este ano teve um bom começo para os EUA e para a Europa. As exportações dos EUA aumentaram 6% nos dois primeiros meses, e as exportações de queijo da UE em janeiro aumentaram 13%.

Ao mesmo tempo, os preços do cheddar nos Estados Unidos e no mercado internacional continuam caindo, em 10-17% com relação aos picos recentes, um desenvolvimento positivo para a demanda global. O cheddar dos Estados Unidos detém agora uma vantagem de preços em relação à UE e à Oceania, o que é bom para os fornecedores dos EUA que buscam aproveitar a crescente demanda por queijos. (As informações são do http://www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 
Emprego com saldo positivo
O agronegócio gaúcho criou 7.309 postos de trabalho com carteira assinada, número resultante da diferença entre as 24.052 admissões e 16.743 desligamentos ocorridos no mês. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística. O coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio, Rodrigo Feix, disse que os primeiros meses do ano, que mobilizam mão de obra para a safra, costumam apresentar saldos positivos. (Correio do Povo)
 
 

Porto Alegre, 04 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.492

 

Modernização dos serviços de inspeção é pauta de audiência pública

Entidades do setor agropecuário deverão levar ao secretário da Agricultura do Estado, Ernani Polo, questões referentes à modernização dos serviços de inspeção e fiscalização de produtos de origem animal, que foram debatidas durante audiência pública, na manhã dessa quinta-feira (04/05), na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Vários tópicos foram apontados no encontro da Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado, por proposição dos deputados Zé Nunes (PT), Jeferson Fernandes (PT) e Pedro Ruas (PSOL). 

Representando Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) no evento, o 2º vice-presidente, Raul Amaral, acredita que a modernização é necessária, mas precisa ser debatida com mais profundidade com toda a cadeira. "Precisamos melhorar a participação dos municípios no processo e reduzir a burocracia da fiscalização. O debate foi muito esclarecedor, mas a questão precisa de mais reavaliações". Dentro deste debate, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, considera importante o diálogo para que sejam encontradas as melhores soluções. "Assim, teremos a velocidade necessária nas fiscalizações dos processos produtivos que não podem parar, pois trabalhamos com produtos perecíveis e de consumo diário", apontou Guerra.

Na reunião, alguns representantes se manifestaram contra a terceirização do serviço, levando em conta o conflito de interesses que supostamente existiria nesse sistema. O deputado Zé Nunes argumentou que é contraditório um agente fiscalizador ser pago por quem ele fiscaliza. "É muito difícil que essa atividade seja efetiva e adequada", afirmou. A colocação foi compartilhada pela presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado do Rio Grande do Sul (Afagro RS), Angela Antunes, que destacou que o serviço de inspeção do Estado, um dos melhores do Brasil. "Quando falamos em fiscalização agropecuária, falamos em saúde pública, obrigação do Estado e da União", pontuou Angela. 

Reiterando as obrigações públicas, o superintendente do Ministério da Agricultura do RS (Mapa), Roberto Schroeder, lembrou que o novo Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal (Riispoa) define a atividade como exclusiva do fiscal federal agropecuário. "Precisa ser um servidor público independente para fazer essa fiscalização", explicou ele, usando o sucesso da Operação Leite Compen$ado como exemplo de força conjunta de entidades do Estado. "Potencializamos, assim, a segurança a ser levada aos consumidores", concluiu Schroeder. 

Contrapondo as afirmações, o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapi), Antônio Ferreira Neto, reiterou a necessidade de renovação do sistema gaúcho. "Queremos trazer pro Estado a forma mais moderna para que se possa trabalhar a área de inspeção e a área sanitária animal", assinalou Neto, lembrando que a prioridade atual da Seapi é dobrar o número de municípios atendidos pelo Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf). 

O coordenador técnico da Federação de Associações de Municípios do RS (Famurs RS), Mário Nascimento, alertou que é necessária a maior contratação de médicos veterinários para atuação, lembrando que a entidade não é contra a proposta. "Podemos discutir melhor, mas precisamos nos atualizar", concluiu. Uma nota de repúdio foi entregue à mesa da audiência, assinada por fiscais agropecuários e apoiada pela Afagro. A data da reunião a ser realizada com o secretário de Agricultura do Estado será divulgada posteriormente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Guerreiro | Agência ALRS
 

 
Incertezas com relação ao NAFTA impulsionam México a buscar novos parceiros comerciais

Em meio às incertezas em torno do futuro do NAFTA o México tem procurado diversificar seus parceiros comerciais. O professor de economia agrícola da Escola Dyson de Economia Aplicada e Gestão da Universidade Cornell, Andrew M. Novaković, PhD, disse que a ação do México de buscar outros parceiros comerciais além dos EUA não é uma ação surpreendente. "A parte assustadora é que o México, com toda essa retórica econômica mais a imigração, está explorando fornecedores alternativos em toda a fronteira e os lácteos são importantes para nós", destacou Andrew. 

Desde que o NAFTA se tornou lei em 1994, as exportações de produtos lácteos dos EUA para o México mais do que quadruplicaram, para US $ 1,2 bilhões, tornando o México o principal mercado de exportação dos Estados Unidos. Isso representou quase um quarto de todas as exportações de lácteos no ano passado, de acordo com dados do Conselho de Exportações de Lácteos do país (USDEC).

No mês passado, os líderes de lácteos dos EUA viajaram para a Cidade do México para reafirmar o valor que veem na manutenção do México como parceiro comercial, ao mesmo tempo em que aconselham o país a ser cauteloso na busca de novos acordos comerciais com outras nações. "Acredito que o México precisa ser esperto em abrir seu mercado para outros fornecedores de lácteos que estão mais interessados em vendas spot do que em uma parceria de longo prazo", disse o presidente e CEO do USDEC, Tom Vilsack, aos líderes mexicanos do setor de lácteos que participaram do National Dairy Forum na Cidade do México.

Argentina é o próximo parceiro comercial
Entretanto, o México trabalhou para finalizar um acordo comercial com a Argentina até o final do ano, disse o vice-ministro de Comércio Exterior do México, Juan Carlos Baker. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, também prometeu abrir a economia e o comércio do país latino-americano para o México até o final de 2017. "O potencial está lá. Os exportadores argentinos poderiam encontrar condições atrativas no México". Baker disse que o México não voltará a pagar um imposto de exportação se as exportações aos EUA ficarem restritas. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

EUA: indústria de lácteos aprova apoio ao retorno do leite no lanche escolar

Líderes da indústria de lácteos dos Estados Unidos agradeceram ao recém-confirmado secretário de Agricultura, Sonny Perdue, por reconhecer o importante papel que o leite escolar desempenha em garantir que as crianças recebam a nutrição que precisam. Em uma de suas primeiras ações como secretário de Agricultura, Perdue visitou a Catoctin Elementary School em Leesburg, Virgínia, para anunciar que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) irá implementar regulamentos para permitir que as escolas ofereçam novamente leite com sabor e desnatado (1% de gordura) como parte dos programas de lanche e café da manhã na escola - National School Lunch e School Breakfast. Sob a administração de Obama, o USDA eliminou o leite desnatado com sabor como uma opção de lanche escolar e em programas à la carte. Desde então, o consumo de leite escolar diminuiu, assim como a participação geral no programa de lanche escolar.

"Apenas nos dois primeiros anos após o leite ter sido removido do programa, 1,1 milhão de alunos a menos bebiam leite com seu lanche", disse Jim Mulhern, presidente e CEO da Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF). "A ação do secretário Perdue hoje reconhece que uma variedade de leites e outros alimentos lácteos saudáveis são parte integrante dos programas de nutrição infantil nas escolas".

"Hoje, o secretário Perdue deu um passo importante para trazer de volta os produtos favoritos da lancheira - o leite desnatado com sabor chocolate e sabor morango - que os alunos tinham perdido", disse J. David Carlin, vice-presidente sênior de assuntos legislativos e política econômica para a Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA). "Quando as crianças não bebem leite, é extremamente difícil para elas obter as quantidades adequadas de cálcio, potássio, vitamina D e outros nutrientes que os lácteos fornecem." O USDA publicará uma medida provisória para cobrir as mudanças regulatórias necessárias para permitir o leite com baixo teor de gordura nas escolas. Não está claro quando a mudança será implementada. (As informações são da IDFA, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

Exportações/AR 
As exportações totais de grãos da Argentina somaram aproximadamente US$ 6,6 bilhões no ano, de acordo com dados do Centro de Exportadores de Cereais da Argentina divulgados pelo Blog AgroSouth News. O resultado é reflexo direto da política de valorização do agronegócio implementada pelo governo Macri, que entre outras medidas acabou com as chamadas "retenciones" (impostos sobre vendas externas). Somente na última semana, as exportações desses produtos alcançou US$ 599,59 milhões, que é 25,15% maior que o mesmo período do ano passado. Portanto, depois de duas semanas de forte retração, as vendas aumentaram. Isso também se deve a uma tendência de valorização do Peso Argentino frente ao Dólar norte-americano. Cerca de 53% das vendas neste ano foram por preços mais altos que no ano passado. Por outro lado, o volume vendido ainda é menor que o do ano passado. (Agrolink)
 

Porto Alegre, 03 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.491

 

Atualizações do Riispoa são tema de reunião no Mapa
 
Estabelecimentos terão até um ano para adequar-se a questões que surgiram com o novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa). Dados sobre o novo decreto, publicado no Diário Oficial da União, no dia 30 de março desse ano, foram apresentados em reunião na manhã dessa quarta-feira (03/05), no auditório da Superintendência do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa), em Porto Alegre. O fiscal federal agropecuário e chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do RS (Sipoa), Leonardo Isolan, e a auditora fiscal federal agropecuária e assessora técnica do Sipoa, Milene Cristine Cé, esclareceram as dúvidas dos 72 representantes de indústrias e de entidades, como Secretaria da Agricultura (SEAPI), a Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios (Apil) e a Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL).

O presidente do Sindicato das Indústrias dos Laticínios do RS (Sindilat/RS), Alexandre Guerra, e o secretário-executivo, Darlan Palharini, acompanharam os debates no encontro. Guerra ressaltou a relevância da reunião para discutir a modernização do Riispoa, que determina questões importantes para o setor das indústrias lácteas. "É o momento de tirarmos dúvidas com os órgãos competentes para podermos continuar fazendo o nosso melhor trabalho", pontua. 

Para a melhor aplicabilidade do novo Riispoa serão necessárias aproximadamente  120 novas regulamentações que determinam, entre outros, questões referentes aos produtos regidos pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF). "É uma novidade não só para os que serão fiscalizados, mas para nós, fiscalizadores, também", afirma Leonardo Isolan. O decreto está dividido em 12 títulos, abordando desde disposições preliminares, no âmbito da aplicação, até as execuções finais e transitórias. De acordo com o fiscal, o antigo decreto estava defasado. "Necessitava-se de algo que pudesse acompanhar uma dinâmica de processo de fabricação de proteína animal", ressalta Isolan, que reforça ainda o fato de que todo estabelecimento que tem SIF está habilitado para exportação aos países que aderem aos critérios brasileiros. "A empresa que deseja exportar deve requerer certificação para a atividade", conclui.

As ações fiscais, como autos infracionais, interdição total ou parcial de processo, apreensão de produto, condenação de produto, suspensão de atividades, entre outras, também foram atualizadas. As infrações são listadas como leves, moderadas, graves e gravíssimas, levando em consideração situações agravantes e atenuantes. Os valores das multas para os autos infracionais vão de R$ 50 mil, no caso das leves, e chegam a R$ 500 mil, quando forem gravíssimas. O decreto antigo tinha limite de valor de multa em R$ 15 mil. A empresa que cometer três desvios gravíssimos dentro do período de um ano sofrerá a cassação do selo SIF.

Um dos pontos destacados por Isolan é a necessidade de regulamentações e aprovações prévias sobre o uso de tecnologias, produtos ou embalagens novas. As empresas devem submeter qualquer item novo às análises laboratoriais e aprovação da fiscalização para, então, registrá-los. Sobre os programas de autocontrole sanitário, o fiscal esclareceu que a responsabilidade de empregá-los será exclusivamente das empresas. "Cabe ao fiscal verificar os procedimentos da empresa, as aplicações e tomar as ações necessárias", finaliza.

Sobre a produção de queijos, Milene Cé esclareceu que, agora, as peças submetidas à maturação deverão conter a data de fabricação na peça, e não mais nas prateleiras ou em outros locais. Essa determinação assegura o controle da data de fabricação e controle de maturação. De acordo com os fiscais, o Sipoa, em conjunto com o Mapa, está elaborando uma cartilha de perguntas e respostas específicas, como questões de transvase, leite cru, e demais orientações, para o melhor entendimento das atualizações do regulamento. O documento será disponibilizado aos associados e o Sindilat ajudará na sua divulgação.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito da foto: Vitorya Paulo

 

 
Fórum Itinerante do Leite ocorrerá em Palmeira das Missões

Palmeira das Missões (RS) será palco de discussão sobre os mitos e as verdades atribuídas ao consumo e a produção de leite no 4º Fórum Itinerante do Leite. O evento será realizado no dia 1º de junho, na Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, em celebração ao Dia Mundial do Leite. O lançamento oficial ocorreu na tarde de terça-feira (2/5), na Câmara Municipal de Vereadores. Na ocasião, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, afirmou que esta edição do fórum será a maior já realizada, com expectativa de 1,5 mil participantes. "Será uma ótima oportunidade de aproximar os produtores, a indústria e a universidade."

O 4º Fórum Itinerante do Leite terá início às 9h, com o painel "Mercado, consumo e inovação". Em seguida, palestrantes e debatedores vão discutir "Gestão, produção e renda". Durante a tarde, a partir das 13h45min, serão disponibilizadas seis oficinas técnicas. As inscrições estarão disponíveis a partir desta quinta-feira (4/5) no site do Sindilat (www.sindilat.com.br). O evento será transmitido ao vivo pelo Canal Rural.

O prefeito de Palmeiras das Missões, Eduardo Freire, que participou do lançamento, acredita que a realização do fórum será importante para a região que, apesar de ser conhecida pela produção de grãos, deve expandir a produção láctea. "Estamos trabalhando em projetos que serão lançados em breve para incentivar a produção de leite e a conscientização dos produtores sobre a importância social do setor", pontuou. Também estiveram presentes o diretor da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, Luiz Carlos Cosmam, o secretário de Agricultura de Palmeira das Missões, Olavo José Borges, o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) João Pedro Velho, e da chefe do Escritório da Emater/Palmeira das Missões, Zuleica Magalhães Malheiros.
 
O evento será organizado pelo Sindilat, Farsul, Fetag, Secretaria da Agricultura (Seapi), Ministério da Agricultura (Mapa), Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato e Canal Rural, e terá apoio do Fundesa. Poderão participar produtores, indústrias, instituições, estudantes, acadêmicos e o público em geral. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Camila Schmitt/ASC/Câmara de Vereadores de Palmeira das Missões   

 
Mais um ano de avanço "tímido" para o longa vida

Após registrar um crescimento de 1,5% no consumo no país em 2016 ¬ abaixo da previsão inicial de 2% ¬, o segmento de leite longa vida espera mais um ano de avanço tímido, nas palavras de Laércio Barbosa, diretor do Laticínios Jussara, que voltou à presidência da Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV). No ano passado, o consumo no Brasil alcançou 6,830 bilhões de litros, e a expectativa da entidade, que reúne empresas do segmento, é de aumento de 2% em 2017. Embora pequeno, o crescimento em 2016 ocorreu, em plena crise, a despeito da forte alta dos preços do leite longa vida em meados do ano em função da queda da oferta de matéria-prima. Essa retração da disponibilidade, aliás, acabou estimulando as importações de lácteos (ver infográfico). 

 
 
Segundo Barbosa, uma explicação para o aumento das vendas é que, justamente em decorrência da crise, as pessoas consumiram mais alimentos em casa. Além disso, ainda que o preço tenha subido, o leite longa vida é um produto de valor relativamente baixo, e seu consumo foi menos afetado que o de produtos de maior valor, como iogurtes e queijos. "Produtos mais baratos tiveram melhor resultado na crise", afirma ele. Mas o leite longa vida não passou incólume, admite a ABLV. A alta dos preços do produto no ano passado fez com que alguns consumidores voltassem a comprar o leite pasteurizado. No entanto, a distribuição do pasteurizado é muito menor atualmente do que a que existia no passado. Enquanto o consumo de longa vida cresceu apenas 1,5%, o faturamento no setor subiu expressivos 17,7%, saindo de R$ 15,3 bilhões em 2015 para R$ 18 bilhões ano passado no Brasil. "O preço subiu mais por isso o faturamento do setor cresceu", observa o presidente da ABLV, que reúne 29 associadas no país. 

A estimativa inicial era de um incremento de 15% em 2016. A expectativa para este ano é de que o faturamento nesse mercado "não seja muito diferente" do de 2016, afirma Laércio Barbosa. A razão é que em 2017 os preços estão mais estáveis, uma vez que a oferta de matéria-prima dá sinais de recuperação ¬ em parte, graças aos menores custos de produção e à melhora das cotações ao produtor¬, após dois anos de queda na oferta. Segundo o IBGE, em 2016, a produção inspecionada recuou 3,7%, para 23,169 bilhões de litros. O presidente da ABLV avalia que "a crise piorou" no país, o que afeta o consumo, mas conta com uma recuperação a partir do segundo semestre deste ano. De acordo com ele, o mercado brasileiro de longa vida teve volumes estáveis no primeiro trimestre. E como não há expectativa de escassez de oferta, como em 2016, os preços médios estão mais estáveis, com viés de baixa, o que "deve ajudar na recuperação". Um estímulo para o consumo, acredita o dirigente, deve vir dos recursos das contas inativas do FGTS, que estão chegando aos bolsos dos consumidores. "A expectativa é de que o mercado comece a melhorar com o dinheiro do FGTS, que deve ir para o consumo", aposta ele. (Valor Econômico)

 
Com Emmi, Laticínios Porto Alegre acelera seus planos de crescimento

A entrada da suíça Emmi no capital da Laticínios Porto Alegre Indústria e Comércio S/A vai permitir à empresa mineira, que tem sede em Ponte Nova, acelerar seus planos de crescimento no país, disse ao Valor, João Lúcio Barreto Carneiro, presidente e um dos fundadores da companhia brasileira. Na sexta¬feira, a Emmi, um dos maiores grupos de lácteos da Suíça, com ações na bolsa de Zurique, anunciou a aquisição de 40% de participação no Laticínios Porto Alegre, por um valor não revelado. Em nota, a empresa suíça disse que "ao realizar esta aquisição no Brasil, reforça sua presença num país que cobiça há muitos anos". Carneiro, que fundou a Porto Alegre em 1991 com seu irmão José Afonso, disse que, com a chegada da Emmi, os recursos para investimentos no crescimento da companhia "estão garantidos". "A empresa fica mais forte, menos dependente de bancos", observou. O projeto de crescimento da Porto Alegre prevê investimentos de R$ 150 milhões em quatro anos. Agora, o montante a ser aplicado será dividido proporcionalmente entre os sócios. 

Com os investimentos, a empresa, que faturou R$ 580 milhões brutos em 2016, espera dobrar sua capacidade de produção e receita em cinco anos. Segundo Carneiro, os planos para o mercado brasileiro foram um dos motivos que contribuíram para o interesse da Emmi. O avanço da empresa mineira nos últimos anos também foi um fator de atração. Em 2012, o laticínio havia faturado R$ 200 milhões. A parceria com a companhia suíça prevê transferência de tecnologia e know¬how para a Porto Alegre, de acordo com Carneiro. Sem dar detalhes sobre produtos, o presidente da empresa disse que a chegada da Emmi permitirá "complementar o portfólio" da Porto Alegre. Hoje, a empresa mineira produz queijos, queijo fresco, requeijão, leite longa vida e manteiga, leite em pó e soro de leite pó para a indústria de alimentos. A Emmi, por sua vez, só exporta queijos finos ao Brasil atualmente. A companhia, que tem 25 unidades de produção na Suíça, fabrica, além de queijos, iogurtes, leite pasteurizado, bebidas lácteas, entre outros. Segundo Carneiro, a Porto Alegre "pode vir a distribuir produtos" da Emmi no país, mas ainda não há definição sobre o assunto. 

Um dos primeiros movimentos que a Porto Alegre fará com a sócia é o aporte na construção de uma nova unidade em Barbacena, onde comprou uma fábrica de queijo frescal no fim de 2016. Inicialmente, disse o CEO, as linhas de produção de ricota, cottage e frescal da unidade de Ponte Nova serão transferidas para Barbacena. Com isso, será possível ampliar a produção de outros itens em Ponte Nova. Então, no fim deste ano, a empresa começará a construção da nova fábrica em Barbacena, ao lado da existente hoje. A previsão é que a planta comece a operar no início de 2019, segundo ele. A Porto Alegre também tem fábrica em Mutum, onde produz queijos, como mozzarela e parmesão, e soro de leite em pó. O principal mercado da Porto Alegre é Minas Gerais, mas seus produtos também são comercializados no Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo ¬ a empresa planeja ampliar sua presença nos dois últimos. As negociações entre a Emmi e a Porto Alegre começaram em setembro do ano passado, de acordo com João Lúcio Carneiro, que também preside o conselho de administração do laticínio. A Porto Alegre tem três membros no conselho, assim como a Emmi. Questionado se o grupo suíço teria interesse de, no futuro, adquirir o controle da Porto Alegre, Carneiro afirmou que o "objetivo deles é ter parceiro no Brasil e não a aquisição total da empresa". A Emmi, que teve receita líquida de 3,259 bilhões de francos suíços em 2016 (US$ 3,306 bilhões), tentava há anos entrar no Brasil. No fim de 2015 chegou a negociar a aquisição do paulista Laticínios Shefa, mas a transação não vingou. Conforme apurou o Valor, a suíça também negociou, sem sucesso, com a catarinense Tirol, em 2014. (Valor Econômico) 

  

Leite: de olho na Ásia, Rio Grande do Sul investe em sanidade
Sanidade - Apostando na possível abertura de mercado asiático, o setor leiteiro do Rio Grande do Sul quer reforçar a sanidade do rebanho. A ausência de doenças importantes, como tuberculose e brucelose, é fundamental para garantir a participação Boa parte do leite produzido no estado vai para o Rio de Janeiro, São Paulo e outros mercados internos.  Mas as indústrias gaúchas de laticínios querem ir mais longe. Com a abertura do mercado internacional, é preciso ter a certificação de que as propriedades estão isentas de doenças. "A exemplo de países como a Rússia, os mercados asiáticos que estão focando o Brasil, e o Rio Grande do Sul em especial, porque somos grandes produtores", diz o vice-¬presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Raul Amaral. O governo federal busca diminuir a incidência de doenças em bacias leiteiras por meio do programa Mais Leite Saudável, lançado em 2015. No Rio Grande do Sul, quase 20 mil produtores já foram atendidos na primeira fase. Segundo o fiscal agropecuário Roberto Lucena, estão previstas mais de 3,5 mil certificações de propriedades como isentas de tuberculose e brucelose. Ele afirma que essa é uma questão muito delicada na atividade, e a responsabilidade de fazer os testes sempre ficou a cargo do produtor, o que está mudando com o programa. A segunda fase do programa no estado quer ampliar o número de produtores e indústrias, que hoje abrange 51 laticínios. Lucena afirma que o Mais Leite Saudável está levando assistência técnica para melhorar a qualidade do leite e o gerenciamento das propriedades e proporcionar a adoção de boas práticas agropecuárias. "É voltado diretamente ao produtor rural, o que entendemos que seja o ponto mais positivo", diz. Vídeo. (Canal Rural)
 

 

Porto Alegre, 02 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.490

 

  Seminário discute rumos da produção leiteira

Discutir a conjuntura atual da cadeia do leite no Rio Grande do Sul foi o objetivo do encontro promovido e coordenado na 9ª Fenii pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat) com o apoio da Farsul, Fetag, Emater, Unijui, Fundesa e Lactalis. O presidente Alexandre Guerra destacou em entrevista ao GrupoJM que o evento foi importante ao colocar em discussão a situação láctea no Estado. "A atividade desenvolvida em Ijuí serviu para debater o tema e elucidar dúvidas visando derrubar as barreiras criadas em cima do leite, a partir de fatos ocorridos há alguns meses", disse. 

Segundo Guerra, o seminário promoveu também uma discussão com o público participante e profissionais da área sobre os benefícios do leite não só como alimento, mas como uso medicinal. "É importante frisar que atualmente a indústria láctea oferece produtos de acordo com a demanda do público consumidor", ressalta o presidente do Sindilat, salientando ainda que várias ações foram realizadas pelas indústrias e laboratórios no sentido de se equiparem ainda mais para ter a rastreabilidade total da produção leiteira gaúcha. O encontro falou ainda sobre a Lei do leite (14.835/16), criada para dar mais segurança para a indústria e o consumidor, fazendo com que, o segmento não ficasse mais refém, por exemplo, do transporte, setor que originou muitos problemas à cadeia leiteira estadual. 

Conforme Guerra a intenção do Sindilat com os debates que vem sendo realizados, é ter o reconhecimento a nível nacional da qualidade do leite produzido no Estado. No Rio Grande do Sul cerca de 90 mil famílias atuam na atividade leiteira produzindo por dia cerca de 12 milhões de litros de leite. "Hoje representamos 13% da produção no Brasil e fizemos mais de 40% dos testes de nível nacional em laboratórios oficiais o que significa que o produto oriundo do leite gaúcho é controlado e altamente seguro", concluiu Alexandre Guerra. O diretor técnico do Sindilat Darlan Palharini que também participou do encontro referiu a importância de se discutir a competitividade no setor. Segundo ele, o debate precisa iniciar pela logística enfatizando que este setor, além de onerar os custos para o produtor já causou outros problemas de ordem qualitativa à produção. Palharini salientou ainda que o fomento ao trabalho integrado entre produtor e indústria leiteira é fundamental para melhorar a produção e também a renda no campo. (Jornal da Manhã/Ijuí)
 

 
 
Mudanças nas regras ainda geram dúvidas
A pontada como uma forma de aumentar a pena contra fraudes e resgatar a confiança do consumidor, a atualização do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), assinada há um mês pelo presidente Michel Temer, ainda é alvo de dúvidas entre entidades do setor. Mais enxuto, o texto passou de mais de 900 artigos para 550. Destes, 126 são novas regulamentações, o que prevê um período de transição para aplicação na prática. Entidades ligadas à área de produção animal pretendem conversar com técnicos da Superintendência do Ministério da Agricultura do RS (Mapa/RS), nos próximos dias, para esclarecer alguns pontos. Uma das entidades que buscam esclarecimentos, o Sindilat tem um encontro marcado com o Mapa/RS na próxima quarta-feira. 

Segundo o presidente da entidade, Alexandre Guerra, entre as principais dúvidas está a questão do transvase. O novo Riispoa autoriza a ação nos caminhões modelo "Romeu e Julieta". Outra dúvida é com relação ao destino dado à matéria-prima que apresenta variações características do clima e tipo de alimentação dos animais. Representantes dos setores de aves e suínos também pretendem se reunir com o Mapa/RS. O vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Eduardo Vargas, afirma que uma das principais dúvidas é a forma como será feita a transição da legislação antiga para a nova. "Em muitas partes do texto fica a dúvida se aqueles artigos estão abrindo a permissão de fazer aquela operação, utilizar aquela ferramenta, ou se necessita de normas complementares", explica. 

A mudança do Riispoa decorre da necessidade de atualização frente ao avanço registrado nos últimos anos pelo setor de produtos de origem animal. O texto até então em vigor datava de 1952 e levava a assinatura do presidente Getúlio Vargas. Segundo o chefe do serviço de inspeção federal da Superintendência do Mapa/RS, Leonardo Isolan, o novo decreto define mais claramente o que são desvios, alimentos impróprios para consumos, e classifica as infrações em diferentes graus, conforme a gravidade. O valor das multas pode chegar a R$ 500 mil. (Correio do Povo)

 
Leilão GDT apresenta nova alta

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (02/05), registrou nova alta. O preço médio do lácteos ficou em US$3.166/tonelada (+3,6%). Este aumento foi sentido por todos os produtos comercializados no leilão, com exceção do leite em pó desnatado, que apresentou leve queda de 0,9% com preço médio de US$1.982/tonelada. O leite em pó integral apresentou a alta mais significativa (+5,2%), fechando a US$3.233/tonelada. 

 
O queijo cheddar teve alta de 4,6%, chegando a US$3.666/tonelada. A manteiga, por sua vez, registrou aumento de 1,1%, com preço de US$4,911/tonelada. Os contratos futuros de leite em pó integral acompanharam o movimento de alta de preços. As projeções de preço médio para os próximos cinco meses oscilam entre US$ 3.110 a US$ 3.332. (GDT/Milkpoint)
 

 
Acordo poderá sair neste ano
Negociadores apostam em acordo para Mercosul e União Europeia já em 2017. O anúncio deve ocorrer em dezembro na reunião da Organização Mundial do Comércio em Buenos Aires. "Será o primeiro acordo do Mercosul com países desenvolvidos", diz o diretor de Negociações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Alexandre Lobo. "A última rodada foi positiva", avalia Welber Barral, sócio da Barral M.Jorge Consultores. Do lado europeu, prevê, o período após a eleição francesa será favorável. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 28 de abril de 2017.                                               Ano 11- N° 2.489

 

Espanha: fazenda experimental de produção leiteira abre na Catalunha

Uma nova fazenda experimental foi inaugurada na Espanha. A Monells Cattle Farm (EVAM) do IRTA está localizada em Monells (Girona). O IRTA é um Instituto de Pesquisa de propriedade do Governo da Catalunha. A EVAM pretende ser uma ferramenta para servir aos interesses da indústria e da região catalã, e ser uma plataforma de pesquisa, experimentação e transferência.

Objetivos do EVAM
A fazenda combina conhecimentos de climatologia, agronomia, produção de plantas, manejo de água e excrementos, manejo de animais, melhoramento genético e reprodutivo e bem-estar e saúde animal, para melhorar a competitividade e a sustentabilidade em toda a indústria leiteira. O objetivo da EVAM é que a indústria leiteira se beneficie da aplicação de novas ferramentas para melhoramento genético e de saúde, novos modelos alimentares, manejo de animais, melhora na eficiência produtiva e redução do impacto ambiental. A fazenda também trabalhará com a indústria para desenvolver novas tecnologias para ajudar a criar e comercializar produtos lácteos.

Expansão possível
O projeto envolveu um investimento de 2,4 milhões de euros (US$ 2,61 milhões) em edifícios e equipamentos, aos quais contribuíram igualmente o Conselho Provincial de Girona, o Fundo Regional de Desenvolvimento Europeu (FEDER), o Ministério da Economia e Competitividade e o IRTA. A fazenda tem atualmente 60 vacas, mas expandirá para até 120. A EVAM baseia-se num conceito de pesquisa abrangente, à medida que procura integrar todos os elementos que influenciam a produção de leite, desde a produção de forragens até a gestão de excrementos, a informação aos consumidores e ao público em geral.

Assistência à indústria de lácteos
Os serviços da EVAM deverão ajudar a indústria de lácteos de várias maneiras. O objetivo é avaliar, testar e aplicar novas ferramentas, estratégias, técnicas e produtos, para melhorar a eficiência e a sustentabilidade das fazendas. A EVAM também divulgará novas melhorias no manejo de campo, no manuseio de animais e seus excrementos e nas últimas tecnologias aplicadas à obtenção de produtos lácteos.

Será também um ponto de encontro para dialogar com as diferentes partes interessadas, para promover projetos de pesquisa, desenvolvimento e transferência de projetos do produtor ao consumidor. A fazenda deverá ser uma instalação onde novos produtores e empreendedores na indústria de lácteos são treinados nos aspectos técnicos da produção agrícola e do processo de produção de lácteos. A EVAM também interagirá com o público para explicar elementos da produção de leite.

EVAM - enfrentando três desafios:
1. Pesquisa direcionada à geração de novos conhecimentos, para ajudar a resolver os desafios tecnológicos e de inovação na indústria;

2. Transferência de resultados, para contribuir para a melhoria da competitividade da indústria, visando aumentar a eficiência produtiva, a saúde e o bem-estar dos animais, bem como na qualidade, diferencial e valor agregado dos lácteos e derivados;

3. Informar ao público sobre o processo produtivo do leite e seu tratamento até seu consumo, mediante a implementação de ações informativas e promocionais proativas.

Em 27/04/17 - 1 Euro = US$ 1,09101
0,916462,61 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Ministério pede R$ 192,5 bi para Plano Safra 2017/18

Se depender do Ministério da Agricultura, o próximo Plano Safra 2017/18 vai ofertar um volume global de crédito rural da ordem de R$ 192,5 bilhões à agricultura empresarial, e os juros das linhas ficarão entre 6,5% a 10,5% ao ano. O montante ¬ que ainda precisa ser aprovado pela área econômica do governo e vem sendo negociado com a equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles ¬ é 4,8% superior ao total de recursos disponibilizados no atual ciclo, o 2016/17. Esse aumento, proposto pela Pasta comandada Blairo Maggi, pode ser considerado modesto tendo em vista a evolução recente do pacote oferecido pelo governo para o plantio da safra. Mas não deixa de ser robusto levando¬se em conta a crise econômica. 

 

Até o Plano Safra 2016/17 ¬ ainda em vigor e que se encerra no dia 30 de junho ¬, o governo vinha anunciando planos com recursos normalmente 20% superiores aos do ciclo anterior. O Plano 2016/17 foi o primeiro em décadas a trazer um número menor que o da temporada anterior (R$ 183,8 bilhões). Em 2015/16, foram ofertados R$ 187,7 bilhões. Maggi disse ontem que dentro de duas semanas Fazenda e Agricultura deverão definir o esqueleto central do próximo plano para lança-lo até fim de maio. As condições que serão definidas entrarão em vigor em 1º de julho. Ainda que Agricultura defenda um corte dos juros, técnicos da Fazenda defendem que os juros continuem nos atuais patamares, entre 8,5% e 12% ao ano. Atrelar esses juros à Selic, como queria a equipe econômica inicialmente, está cada vez mais distante. "Resolvemos propor um limite de recursos que não fosse tão superior ao da safra passada, mesmo porque vemos que a demanda por crédito não deve aumentar muito", disse ao Valor o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. 

Nessa configuração desenhada pelo Ministério da Agricultura, os recursos para custeio e comercialização ¬ que sempre concentram a maior parte da demanda de agricultores e pecuaristas por financiamento bancário ¬ contará com R$ 152,6 bilhões em 2017/18, uma alta de 2% em relação ao atual ciclo. E juros de 7,5% ao ano, abaixo dos atuais 9,5% ao ano, como já mostrou o Valor. Por outro lado, a tendência de recuperação dos investimentos no campo, marcante na safra 2016/17, levou o ministério a propor um incremento expressivo de 18% para as linhas de crédito destinadas a essa finalidade no ciclo 2017/18, o que significa R$ 40,2 bilhões. Nesse bojo, o Moderfrota, voltado para maquinário agrícola, ficaria com R$ 9 bilhões, mesmo patamar da atual temporada, após aportes adicionais feitos pelo governo diante de uma demanda aquecida por esses financiamentos que superou os R$ 5 bilhões iniciais. 

 
Outra linha de crédito para investimento que o Ministério da Agricultura pretende ampliar é o Programa de Crédito para Armazenagem (PCA). Nesta safra, foram disponibilizados R$ 1,4 bilhão. O objetivo é elevar para R$ 1,8 bilhão no ciclo 2017/18. Em outra frente, a política de incentivar as operações de crédito rural a partir das captações de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), título isento de Imposto de Renda, continua. Dentro desse plano, os financiamentos com base nas LCAs alcançam R$ 27 bilhões, com destaque para as operações com taxa controlada, que contarão com R$ 13,6 bilhões contra R$ 9 bilhões da temporada passada. (Valor econômico) 

Captação do primeiro trimestre segue para números positivos

Produção/Uruguai - Depois que o Inale revisar para mais os volumes da captação de leite em janeiro e fevereiro de 2017, e publicar os dados de março, a tendência da persistente retração mês a mês, verificada desde julho de 2015, deverá será interrompida, mostrando mudança de rumos. 

De concreto, a produção nas fábricas em janeiro deste ano totalizou 152,5 milhões e cresceu 2,3% em relação a igual mês do ano anterior, o mesmo ocorrendo em fevereiro, com o volume de 116,6 milhões de litros (+1,5%). A tendência de alta foi suspensa em março, mas, com retração de apenas 0,9%, que representou 126,1 milhões de litros. Não obstante, o trimestre janeiro-março encerrou com captação acumulada de 39,5s milhões de litros, um crescimento interanual de 1%. Tudo isto indica que em abril voltará a superar o volume do ano passado, quando houve excesso de chuvas, e o volume atingiu apenas 117,9 milhões de litros de leite, representando queda de 15% em relação a 2015. (Tardaguila - Tradução livre: Terra Viva)

 

 

 
Alta do preço do leite no mercado spot em abril
No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços subiram na primeira quinzena de abril.
 Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, os negócios ocorreram, em média, em R$1,579 por litro, posto na plataforma. Os maiores valores chegaram a R$1,60 por litro. Houve alta de 3,4% na comparação com a quinzena anterior.
 Em Minas Gerais e em Goiás, os preços médios ficaram em R$1,575 e R$1,415 por litro, respectivamente. A produção nacional em queda aumenta a concorrência por matéria-prima pelos laticínios. Em curto e médio prazos, a expectativa é de alta do leite no mercado spot. Porém, os incrementos deverão ser menores na comparação com as quinzenas anteriores. Algumas indústrias já falam em manutenção das cotações no mercado spot. Apesar da produção caindo, alguns fatores chamam a atenção e podem limitar as altas também para o produtor em curto e médio prazo. São eles: as importações em alta, a produção aumentando no Sul do país a partir de abril/maio e a demanda interna patinando. (A Scot Consultoria)