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02/05/2017

 

Porto Alegre, 02 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.490

 

  Seminário discute rumos da produção leiteira

Discutir a conjuntura atual da cadeia do leite no Rio Grande do Sul foi o objetivo do encontro promovido e coordenado na 9ª Fenii pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat) com o apoio da Farsul, Fetag, Emater, Unijui, Fundesa e Lactalis. O presidente Alexandre Guerra destacou em entrevista ao GrupoJM que o evento foi importante ao colocar em discussão a situação láctea no Estado. "A atividade desenvolvida em Ijuí serviu para debater o tema e elucidar dúvidas visando derrubar as barreiras criadas em cima do leite, a partir de fatos ocorridos há alguns meses", disse. 

Segundo Guerra, o seminário promoveu também uma discussão com o público participante e profissionais da área sobre os benefícios do leite não só como alimento, mas como uso medicinal. "É importante frisar que atualmente a indústria láctea oferece produtos de acordo com a demanda do público consumidor", ressalta o presidente do Sindilat, salientando ainda que várias ações foram realizadas pelas indústrias e laboratórios no sentido de se equiparem ainda mais para ter a rastreabilidade total da produção leiteira gaúcha. O encontro falou ainda sobre a Lei do leite (14.835/16), criada para dar mais segurança para a indústria e o consumidor, fazendo com que, o segmento não ficasse mais refém, por exemplo, do transporte, setor que originou muitos problemas à cadeia leiteira estadual. 

Conforme Guerra a intenção do Sindilat com os debates que vem sendo realizados, é ter o reconhecimento a nível nacional da qualidade do leite produzido no Estado. No Rio Grande do Sul cerca de 90 mil famílias atuam na atividade leiteira produzindo por dia cerca de 12 milhões de litros de leite. "Hoje representamos 13% da produção no Brasil e fizemos mais de 40% dos testes de nível nacional em laboratórios oficiais o que significa que o produto oriundo do leite gaúcho é controlado e altamente seguro", concluiu Alexandre Guerra. O diretor técnico do Sindilat Darlan Palharini que também participou do encontro referiu a importância de se discutir a competitividade no setor. Segundo ele, o debate precisa iniciar pela logística enfatizando que este setor, além de onerar os custos para o produtor já causou outros problemas de ordem qualitativa à produção. Palharini salientou ainda que o fomento ao trabalho integrado entre produtor e indústria leiteira é fundamental para melhorar a produção e também a renda no campo. (Jornal da Manhã/Ijuí)
 

 
 
Mudanças nas regras ainda geram dúvidas
A pontada como uma forma de aumentar a pena contra fraudes e resgatar a confiança do consumidor, a atualização do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), assinada há um mês pelo presidente Michel Temer, ainda é alvo de dúvidas entre entidades do setor. Mais enxuto, o texto passou de mais de 900 artigos para 550. Destes, 126 são novas regulamentações, o que prevê um período de transição para aplicação na prática. Entidades ligadas à área de produção animal pretendem conversar com técnicos da Superintendência do Ministério da Agricultura do RS (Mapa/RS), nos próximos dias, para esclarecer alguns pontos. Uma das entidades que buscam esclarecimentos, o Sindilat tem um encontro marcado com o Mapa/RS na próxima quarta-feira. 

Segundo o presidente da entidade, Alexandre Guerra, entre as principais dúvidas está a questão do transvase. O novo Riispoa autoriza a ação nos caminhões modelo "Romeu e Julieta". Outra dúvida é com relação ao destino dado à matéria-prima que apresenta variações características do clima e tipo de alimentação dos animais. Representantes dos setores de aves e suínos também pretendem se reunir com o Mapa/RS. O vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Eduardo Vargas, afirma que uma das principais dúvidas é a forma como será feita a transição da legislação antiga para a nova. "Em muitas partes do texto fica a dúvida se aqueles artigos estão abrindo a permissão de fazer aquela operação, utilizar aquela ferramenta, ou se necessita de normas complementares", explica. 

A mudança do Riispoa decorre da necessidade de atualização frente ao avanço registrado nos últimos anos pelo setor de produtos de origem animal. O texto até então em vigor datava de 1952 e levava a assinatura do presidente Getúlio Vargas. Segundo o chefe do serviço de inspeção federal da Superintendência do Mapa/RS, Leonardo Isolan, o novo decreto define mais claramente o que são desvios, alimentos impróprios para consumos, e classifica as infrações em diferentes graus, conforme a gravidade. O valor das multas pode chegar a R$ 500 mil. (Correio do Povo)

 
Leilão GDT apresenta nova alta

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (02/05), registrou nova alta. O preço médio do lácteos ficou em US$3.166/tonelada (+3,6%). Este aumento foi sentido por todos os produtos comercializados no leilão, com exceção do leite em pó desnatado, que apresentou leve queda de 0,9% com preço médio de US$1.982/tonelada. O leite em pó integral apresentou a alta mais significativa (+5,2%), fechando a US$3.233/tonelada. 

 
O queijo cheddar teve alta de 4,6%, chegando a US$3.666/tonelada. A manteiga, por sua vez, registrou aumento de 1,1%, com preço de US$4,911/tonelada. Os contratos futuros de leite em pó integral acompanharam o movimento de alta de preços. As projeções de preço médio para os próximos cinco meses oscilam entre US$ 3.110 a US$ 3.332. (GDT/Milkpoint)
 

 
Acordo poderá sair neste ano
Negociadores apostam em acordo para Mercosul e União Europeia já em 2017. O anúncio deve ocorrer em dezembro na reunião da Organização Mundial do Comércio em Buenos Aires. "Será o primeiro acordo do Mercosul com países desenvolvidos", diz o diretor de Negociações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Alexandre Lobo. "A última rodada foi positiva", avalia Welber Barral, sócio da Barral M.Jorge Consultores. Do lado europeu, prevê, o período após a eleição francesa será favorável. (Correio do Povo)
 

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