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12/05/2017 

Porto Alegre, 12 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.498

 

 Somente quatro países da América Latina tomam leite suficiente

Eram aproximadamente 300 representantes de diferentes elos da cadeia de produção de leite da região assistindo à inauguração do Terceiro Encontro Pan-Americano de Jovens Leiteiros no Equador, país onde o consumo de 100 litros de leite por habitante/ano, não alcança o parâmetro mínimo de 150 litros recomendado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). 

Assim foi aberto, no dia 25 de abril de 2017, o Terceiro Encontro Pan-Americano de Jovens Leiteiros, que foi realizado no país andino. Segundo Daniel Pelegrina, presidente da Federação Pan-Americana de Leite (Fepale), os únicos que superam a cifra - dos 18 países latino-americanos - são: Uruguai (250 litros), Argentina (210), Costa Rica (199), e Brasil (176). A nação onde os habitantes tomam menos leite é a Bolívia, com 58 litros por habitante/ano.

Os principais problemas para ter acesso aos laticínios estão relacionados a fatores demográficos, educacionais, culturais, econômicos e de saúde, segundo uma pesquisa da Fepale. A informação abriu o encontro regional, que durou até o dia 27 de abril. O encontro foi realizado na Cidade do Conhecimento, Yachay, no norte do Equador. As reuniões da Fepale ocorrem a cada dois anos. Anteriormente foram realizadas em Colônia, no Uruguai, 2013, e Juiz de Fora, Brasil, em 2015. Ariel Londinsky, secretário geral da Fepale se mostrou otimista. Considera que a América Latina está se emergindo como o melhor produtor de leite do planeta, devido às suas condições físicas (espaço, alimento e água), para atender à crescente demanda de lácteos do mundo. (Agrositio - Tradução Livre: Terra Viva)
 

 
Embarques de lácteos recuam em abril

As exportações de lácteos pelo Brasil, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, totalizou US$ 4,2 milhões em abril. Na comparação com o mês anterior, o faturamento diminuiu 61,6%. O volume embarcado reduziu na mesma proporção. Passou de 4.620 toneladas em março para 1.610 toneladas em abril, queda de 65,2%.

O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 926.700 toneladas e US$1,99 milhão em faturamento. Os principais compradores, em valor, foram os Emirados Árabes (15,7%), os Estados Unidos (10,6%) e Trinidad e Tobago (9,7%).Na comparação com igual período do ano passado, o volume e o faturamento referentes às exportações brasileiras reduziram 36,3% e 10,2%, respectivamente. O cenário de menor oferta de matéria-prima no mercado brasileiro colabora para o cenário. (Milknet)

Exportações de lácteos dos EUA cresceram 14% no primeiro trimestre

As exportações de lácteos dos EUA no primeiro trimestre de 2017 aumentaram 14% em volume e 17% em valor em relação ao ano anterior - o melhor resultado no primeiro trimestre desde 2014. Os exportadores obtiveram ganhos em quase todos os mercados e em quase todas as categorias de produtos.

Durante o trimestre, os exportadores enviaram 461.898 toneladas de leite em pó, queijo, gordura, soro de leite e lactose. As exportações totais de lácteos foram avaliadas em US$ 1,32 bilhão. O valor das exportações de março, de US$ 482 milhões, foi o maior em 22 meses, e o volume de exportação superou os níveis do ano anterior por 10 meses seguidos.

Após um início mais lento do ano, as exportações para o México se recuperaram em fevereiro e março. Durante o trimestre, as exportações de lácteos dos EUA foram avaliadas em US$ 328 milhões, 10% a mais que no ano anterior. Entre outros mercados importantes, as vendas para a China (+74%), o Sudeste Asiático (+16%) e o Canadá (+8%) apresentaram tendência de alta.

Queijo, leite em pó e soro de leite compõem agora mais de dois terços das exportações de produtos lácteos dos EUA. Em volume, as exportações de soro de leite aumentaram 27% no primeiro trimestre, as de leite em pó desnatado, 19% e as de queijos, 12%.

Continuando com um aumento de volume que começou em julho passado, as exportações de soro de leite dos EUA para a China totalizaram 60 mil toneladas no primeiro trimestre, um aumento de 90% em relação ao ano passado. As exportações de soro desidratado (+146%), concentrado de proteína de soro de leite (+87%) e soro modificado (+58%) para a China aumentaram também.

As exportações de leite em pó desnatado ao México no primeiro trimestre foram de quase 68.000 toneladas, um aumento de 18%. Além disso, os exportadores venderam mais leite em pó desnatado para a China no primeiro trimestre - 8.895 toneladas, mais do que o dobro que no ano anterior. As vendas ao Paquistão (6.843 toneladas, +61%) também foram maiores. Em contraste, as exportações de leite em pó desnatado para o Sudeste Asiático caíram em março: foram de apenas 8.430 toneladas, a menor nível desde novembro de 2012.

As exportações de queijos alcançaram os níveis do ano anterior no primeiro trimestre, embora os volumes ainda estejam próximos dos níveis de 2014 e 2015. Durante o trimestre, as vendas para a Coreia do Sul aumentaram 29% (para 12.656 toneladas) e as vendas para a Austrália quase duplicaram (para 6.918 toneladas). Enquanto isso, as exportações ao México caíram 5% no primeiro trimestre, à medida que os volumes recordes (10.377 toneladas) em março não conseguiram compensar as vendas baixas de janeiro.

Com base no total de sólidos do leite, as exportações norte-americanas foram equivalentes a 14% da produção de leite nos Estados Unidos no primeiro trimestre. As importações foram equivalentes a 3,6% da produção. (As informações são do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Reformas fazem clima econômico reagir

A perspectiva de aprovação das reformas Trabalhista e Previdenciária levou o clima econômico brasileiro a atingir melhor nível em três anos no trimestre encerrado em abril. O Indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE) avançou nove pontos entre janeiro e abril, para 78 pontos. Subiu de 62 pontos para 79 pontos. Foi a maior pontuação desde o trimestre finalizado em janeiro de 2014 (86 pontos), afirmou a professora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Lia Vals.

 O indicador foi impulsionado por melhora nas expectativas. A avaliação sobre situação atual do país continua muito ruim, frisou ela. O ICE da América Latina é indicador¬síntese da Sondagem Econômica da América Latina, que abrange entrevistas, em abril, com 132 especialistas econômicos em 17 países. Ao detalhar sobre o desempenho dos dois sub-indicadores usados para cálculo do ICE brasileiro, Lia observou que o Índice de Expectativas (IE) subiu de 154 pontos para 189 pontos no trimestre encerrado em abril ¬ o maior nível desde o início da série, em 1989. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu de 4 pontos, nível mínimo da série, para 11 pontos, no mesmo período de comparação. A especialista notou que o ligeiro avanço pode ter sido influenciado por pequenos sinais de melhora no contexto macroeconômico brasileiro, como inflação mais baixa; e redução de juros. (Valor Econômico)

 

 
Preços/AR
O valor de 5,4 pesos por litro, [R$ 1,10/litro], recebido pelo produtor é o motivo de uma nova queixa por parte dos elos da cadeia láctea, que pedem reajustes. Segundo avaliam, esse valor não permite recompor as necessidades de rentabilidade, e consideram que o acordo firmado entre o Governo, as Indústrias, e a Atilra (que representa os trabalhadores nas indústrias de laticínios), não contempla a situação da produção. Esta foi a reclamação de Julio Aimar, dirigente da bacia leiteira de Abasto Sul, segundo a agência DyN. O dirigente afirma que o documento acordado "tem prazo de validade e é um salvo conduto em ano eleitoral". Acrescentou que o preço justo para o produtor, deveria ser em torno de 7 pesos/litro, [R$ 1,43/litro]. (Agrositio - Tradução Livre: Terra Viva)
 

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