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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.661


Nota de conjuntura Emater/RS

As pastagens anuais de inverno estão em condições de pastoreio em diversas áreas. Também é considerado bom o desenvolvimento das lavouras de milho safrinha para a silagem, criando uma expectativa favorável aos produtores de leite, que necessitam refazer os estoques utilizados durante a estiagem. Já a prática de fenação está sendo prejudicada pela frequente ocorrência de chuvas.
 
No geral, as condições sanitárias dos animais são satisfatórias. Segue a realização do controle do carrapato e da mosca, assim como as vacinações obrigatórias. No aspecto reprodutivo, a maior parte dos rebanhos leiteiros está em fase final de lactação.
 
As chuvas intensas causaram a formação de barro e consequentemente trouxeram problemas nos locais de aglomeração dos animais, como nos locais de espera antes da ordenha e de alimentação e na própria sala de ordenha, exigindo maiores esforços para a manutenção da limpeza e, assim, aumentando as chances de contaminação do leite e de casos de mastite.
 
Em diversos locais, foi registrado o aumento do preço do litro do leite pago ao produtor, tornando a atividade mais rentável.
 
Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, houve melhora na produção diária de leite, reflexo do retorno de oferta de forragem, que se beneficiou com as chuvas.
 
Já na regional de Bagé, à medida que o período de vazio forrageiro se intensifica, a produção de leite reduz.
 
O mesmo ocorre na regional de Soledade, onde a ocorrência excessiva de chuvas, a alta umidade e a baixa incidência de radiação solar vêm causando uma grande redução no desenvolvimento das forrageiras, principalmente na região do Alto da Serra do Botucaraí, impactando de forma negativa a produtividade leiteira.
 
Na regional de Erechim, também foi relatada uma pequena queda na produção em razão da baixa qualidade das pastagens. O manejo dos rebanhos ficou prejudicado devido à formação de lama nos corredores e nos arredores das instalações.
 
Na regional de Pelotas, está praticamente finalizada a colheita das lavouras de milho cultivadas para a produção de grãos que, devido à baixa qualidade, estão sendo utilizados para a confecção de silagem. (As informações são da Emater-RS, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Conseleite/MT: alta de 11,93% no preço do leite a ser pago em maio
 
A diretoria do Conseleite – Mato Grosso atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de Março de 2022 a ser pago em Abril de 2022 e para o leite entregue no mês de Abril de 2022 a ser pago em Maio de 2022.
 
Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.
 
Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural.



As informações são do Conseleite-MT



Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul – Relatório 19 
Leite/América do Sul – A produção de leite na Argentina melhorou. No entanto, relatórios uruguaios e chilenos mostram queda na produção total de leite.
 
Existem fatores em comum a todos os produtos do Cone Sul da região, custos crescentes de ração e fertilizantes e expectativas de colheita questionáveis. O fenômeno La Niña afeta as plantações de milho da região, e as condições de seca persistem, principalmente no Brasil. Os contatos esperam que os relatórios globais de milho, alguns dos quais serão divulgados em breve, apresentem rendimentos mais baixos com base nos trechos secos mencionados acima e aumento dos custos de fertilizantes regional e globalmente.



Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva 

Jogo Rápido 

Fraca demanda chinesa por lácteos é preocupante, diz economista
Um economista de lácteos diz que os últimos números de importação de lácteos da China podem ser preocupantes para os preços. Nate Donnay, da StoneX, disse à Brownfield como o maior importador de produtos lácteos do mundo, um declínio de quase 30% nas importações de março pela China pode ser devastador para os preços se a tendência se mantiver. “Eles são enormes”, diz ele. “Cada mudança de 1% nas importações da China anualmente representa um impacto de cerca de 1% nos preços globais de lácteos”. Felizmente, ele diz que os números de março refletem os lockdowns por causa do COVID e não um novo desenvolvimento na demanda geral. “Mas esses problemas logísticos não melhoraram em abril e no início de maio eles ainda estão conosco, e as pessoas me dizem que ficarão conosco por alguns meses”, diz ele. Como resultado, ele diz que os preços globais dos lácteos caíram significativamente no curto prazo, mas se isso se espalhar pelos preços dos EUA, os produtores de leite podem ter margens ainda mais apertadas. (As informações são do Brownfield, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 13 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.660


Fiscais agropecuários participam de curso para o diagnóstico de tuberculose e brucelose
 
Fiscais agropecuários gaúchos responsáveis pela fiscalização das ações do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) participam, ao longo desta semana, do 27º Curso de Treinamento em Métodos de Diagnóstico e Controle de Brucelose e Tuberculose Animal e Noções de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis. O evento, que iniciou na última segunda-feira (9/5) e se encerra nesta sexta-feira (13/5), acontece em Eldorado do Sul (RS) e conta com a participação de 20 profissionais que serão capacitados para executar as atividades de diagnóstico a campo e participar do Programa. O curso é promovido pelo Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor.
 
Os participantes estão recebendo treinamento para a execução dos testes de diagnóstico de tuberculose e brucelose, além de treinamento para colheita de encéfalo e remessa de encéfalo para diagnóstico e vigilância de raiva e Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como “doença da vaca louca”. Os profissionais, ainda, estão sendo capacitados para as demais ações de controle e vigilância dessas doenças. “É de extrema importância que tenhamos cada vez mais profissionais capacitados para trabalharem na erradicação e no controle dessas zoonoses a campo, garantindo a qualidade do produto entregue aos consumidores e maior lucratividade nas propriedades”, destaca o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini.
 
Segundo a pesquisadora do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (CEPVDF) Angélica Cavalheiro Bertagnolli Rodrigues, esses profissionais atuarão diretamente na prevenção e no controle da brucelose e tuberculose bovina, especialmente em rebanhos leiteiros. “Além da vacinação obrigatória de fêmeas bovinas contra a brucelose, a realização do diagnóstico dessas duas enfermidades, bem como a eliminação dos animais positivos e a Certificação de Propriedades Livres de Brucelose e Tuberculose, são algumas das atividades que os médicos veterinários habilitados junto ao PNCEBT desenvolvem visando auxiliar os produtores de leite”, explica.
 
A brucelose e a tuberculose são doenças que causam significativas perdas econômicas para a criação de bovinos, especialmente a pecuária leiteira, conforme Angélica. De acordo com a pesquisadora, elas são importantes zoonoses, doenças que podem ser transmitidas ao homem pelo contato com animais infectados e pela ingestão de produtos de origem animal, como o leite. “Por isso a importância da sanidade dos rebanhos leiteiros, para oferecer ao consumidor um produto de alta qualidade nutricional e baixo risco sanitário, além de agregar renda ao produtor de leite”, destaca.
 
O PNCEBT estabelece medidas de controle de caráter compulsório e outras de adesão voluntária a serem observadas pelo produtor. Por isso, segundo Angélica, é essencial que os produtores estejam atentos às normas e práticas estabelecidas pelo Regulamento do PNCEBT a fim de que as ações preconizadas pelo Programa sejam eficazes e que o impacto negativo dessas doenças seja minimizado. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Balança comercial de lácteos: exportações voltam a ganhar força
 
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (12/05) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -20 milhões de litros em equivalente-leite no mês de abril, um aumento de 32 milhões, ou aproximadamente 61,5% em comparação ao mês anterior.
 
Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (abr/2021), o saldo foi próximo, porém menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -26 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 23,1%.
 
Esse resultado é o menos negativo desde 2014 para o mês, quando teve um saldo de 18 milhões de litros, e após após sofrer uma queda, o saldo da balança voltou a aumentar.
 
No mês de abril as exportações tiveram uma forte elevação, de aproximadamente 191% em relação ao mês anterior, com um acréscimo de 14,5 milhões de litros no volume exportado. Ao comparar com 2021, as exportações foram levemente inferiores este ano, com um decréscimo de -3,0 milhões de litros, representando um recuo de aproximadamente -12% no volume exportado. Após passar por um recuo expressivo nos volumes de lácteos destinados às exportações, no mês de abril as exportações voltaram a ganhar força.
 
Do lado das importações, o cenário também foi reverso do que o observado em março. O mês de abril apresentou uma diminuição de 29% nas importações, com um decréscimo de 17,2 milhões de toneladas em equivalente-leite no volume de importações. Analisando o mesmo período do ano passado, nota-se uma diminuição entre os volumes importados; em abril de 2021, 51 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2022 esse valor teve um recuo de aproximadamente 18%, totalizando um decréscimo de -9 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos.
 
Esse aumento nos volumes exportados e recuo das importações acarretou em um saldo mais positivo da balança comercial de lácteos para o mês de abril, que apresentou um resultado semelhante ao observado no mês de fevereiro. Conforme abordado, o resultado é o menos negativo desde o ano de 2014 para o período, e também está próximo ao observado para o mesmo mês em 2021.  
 
Este cenário é consequência da dinâmica que estava vigente ao longo dos últimos meses, com os preços internacionais elevados e os preços do dólar operando em alta. Como as negociações praticadas no mercado internacional muitas vezes são realizadas através de contratos, o cenário favorável as exportações e desfavorável as importações que estava vigente influenciou no saldo da balança para abril. Ou seja, negociações fechadas em meses anteriores (com preços mais elevados) refletiram no saldo da balança de abril
 
O dólar, que vinha sofrendo baixas consecutivas, voltou a ganhar força ao final do mês, devido a políticas monetárias, tanto do Brasil, quanto dos Estados Unidos, como por exemplo, a elevação da taxa de juros por parte da Federal Reserve (FED) no país norte-americano.
 
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em abril, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 92% do volume total importado. O leite em pó integral teve um recuo de 16% em seu volume importado. Os produtos que tiveram maior variação com relação a importação foram o leite UHT, o leite em pó desnatado e as manteigas com recuos de 100% (não houve importação de leite UHT neste mês), 63% e 63%, respectivamente.
 
Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite em pó integral, o leite condensado, o creme de leite, os queijos, e o leite UHT, que juntos, representaram 85% da pauta exportadora. O leite em pó integral teve um aumento de 5.689% em seu volume exportado, sendo o produto que mais variou entre os meses. 
 
A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de março deste ano.



O que podemos esperar para o próximo mês?
 
Conforme relatado, no artigo “GDT: preços internacionais dos lácteos sofrem um dos maiores recuos da história” os preços no mercado internacional de lácteos estão em queda, e no último leilão os preços médios sofreram um forte recuo. Os preços futuros também estão sofrendo pressão por baixa, e observa-se um cenário baixista, pelo menos a curto prazo.
 
Este cenário está ocorrendo em grande parte por conta da baixa demanda da China. O país asiático vem impondo diversos lockdowns em cidades estratégicas, levando a uma mudança nos hábitos de consumo, bem como problemas na logística interna, que vem afetando toda a cadeia de suprimentos mundial.
 
Caso a China altere a dinâmica, e cancele os lockdowns, uma disruptura na direção dos preços internacionais poderá ocorrer, com novos aumentos nos preços praticados. Porém no momento, a dinâmica não parece mudar, e os valores estão operando em patamares baixos, ocasionando uma maior competitividade dos produtos internacionais.
 
Fortalecendo este cenário, os preços dos derivados lácteos no mercado interno estão operando em patamares elevados, devido ao cenário de baixa disponibilidade de leite no mercado, e poderão seguir operando neste sentido, o que pode contribuir para aumentar a competitividade dos produtos internacionais.
 
Em contrapartida, o dólar, que vinha sofrendo recuos consecutivos, voltou a ganhar força, o que pode contribuir para agir no sentido contrário e elevar a competitividade dos produtos nacionais, estimulando às exportações e desestimulando as importações.
 
Vale ressaltar que os efeitos dessa mudança de cenário, entre importações e exportações, podem demorar meses para serem refletidos na balança comercial. (Milkpoint)
 



 
Embrapa lança Curso EAD sobre controle do carrapato dos bovinos
 
Estão abertas as inscrições para o curso de educação a distância (EAD) Prevenção e controle do carrapato dos bovinos em sistemas produtivos da região Sul do Brasil, desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sul, através da plataforma e-campo. Os interessados podem se inscrever até o dia 20 de maio no portal Embrapa (link abaixo). O treinamento é totalmente online e autoinstrucional, com carga horária de 30 horas e investimento de R$ 80,00. As vagas são limitadas em 200 inscrições.
 
Faça aqui sua inscrição
 
A capacitação, direcionada a profissionais e produtores que lidam com o desafio do controle do carrapato bovino em sistemas de produção da região Sul do Brasil, é composta por três módulos. Confira os assuntos abordados:
 
Módulo I. Bioecologia do carrapato dos bovinos aplicada à prevenção e controle
  • Aula 1. Biologia de R. microplus e a relação parasito-hospedeiro
  • Aula 2. Prejuízos causados pelo parasitismo
  • Aula 3. Influência do clima nas infestações dos campos e animais na região Sul
  • Aula 4. Relação entre o carrapato dos bovinos e os surtos de tristeza parasitária bovina
  • Aula 5. Formas de controle parasitário, vantagens e desvantagens
Módulo II. Controle químico do carrapato dos bovinos
  • Aula 1. Evolução do controle químico e a relação com o uso eficiente dos acaricidas
  • Aula 2. Tipos de controle químico
  • Aula 3. Acaricidas químicos
  • Aula 4. Cuidados no preparo e administração de acaricidas
  • Aula 5. Resistência aos acaricidas
Módulo III. Estruturando um plano de prevenção e controle do carrapato dos bovinos
  • Aula 1. Variáveis a serem consideradas na elaboração/revisão de um plano de prevenção/controle do carrapato dos bovinos
  • Aula 2. Plano para a prevenção/controle do carrapato dos bovinos na prática
 O período de acesso ao curso será entre os dias 30 de maio e 31 de julho de 2022. Os participantes receberão certificado ao concluir a capacitação. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail cppsul.e-campo@embrapa.br. (Fonte: Embrapa Pecuária Sul) 

Jogo Rápido 

Frio, vento forte e umidade previstos para os próximos sete dias no RS
 A próxima semana terá umidade, vento forte e frio no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 18/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (13/05), a presença do ar seco e frio manterá as temperaturas mínimas inferiores a 10°C na maioria das regiões, com sol e nebulosidade variável no decorrer do dia. No sábado (14) e domingo (15), a propagação de uma área de baixa pressão provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Metade Norte. Entre segunda (16) e quarta-feira (18), a presença de um Ciclone Extratropical próximo do litoral manterá a chuva e provocará fortes rajadas de vento, com valores entre 60 e 80 km/h, que poderão alcançar e superar 100 km/h em algumas localidades, principalmente nos setores Leste, Nordeste e Sul. A presença do Ciclone Extratropical também favorecerá o ingresso de ar frio no continente, o que manterá a próxima semana com muito frio, onde são esperadas temperaturas mínimas próximas de 0°C em algumas regiões e máximas inferiores a 12°C em todo o Estado. Os volumes de chuva previstos deverão ser inferiores a 10 mm entre a Campanha e a Fronteira Oeste. No restante do Estado os valores oscilarão entre 15 e 35 mm e poderão alcançar 50 mm em diversas localidades da faixa Leste. Acompanhe todas as edições em Boletim Integrado Agrometeorológico clicando aqui. (SEAPDR)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 12 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.659


Publicada Resolução que retorna alíquota de 28% para importação do queijo muçarela
 
Alíquota Muçarela - O Ministério da Economia, através da Câmara de Comércio Exterior/Comitê-Executivo de Gestão publicou hoje (12), no Diário Oficial da União, a RESOLUÇÃO GECEX Nº 341, DE 11 DE MAIO DE 2022 que altera o Anexo V da Resolução Gecex nº 272 de Nov/21 que havia sido alterada pela  resolução da Gecex n° 318 de março/22 . Assim, a  Resolução Gecex 341, publicada hoje no DOU, determina a exclusão do Código NCM 04061010 - NCM da Mozarela - da lista de isenção de alíquotas zero, constante no Anexo V da Resolução Gecex 318/22, que alterou a resolução Gecex 272/21.
 
A Resolução GECEX Nº 341, por meio do seu Art 1º determinou a exclusão de produtos discriminados em seu Anexo l e, dentre eles, está o queijo muçarela, estando assim retornado a tarifa de 28% para importação do queijo mozarela. Veja abaixo o anexo I da resolução:

                                                  

>> Acesse aqui no DOU a RESOLUÇÃO GECEX Nº 341, DE 11 DE MAIO DE 2022

>> Acesse, também, a RESOLUÇÃO GECEX Nº 318, DE 24 DE MARÇO DE 2022, Anexo V
 
Elaboração Terra Viva com informações do DOU 

Fórum Estadual da Febre Aftosa vai debater a biosseguridade no campo
 
As inscrições para participação no evento estão abertas
 
O Fórum da Febre Aftosa vai debater neste ano a biosseguridade como chave do avanço. Três palestrantes vão debater o que é este conceito, as ações da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) pós-certificação de zona livre de aftosa sem vacinação e as contribuições do setor privado para a manutenção do status sanitário. O encontro ocorre no dia 18/05, a partir das 14h, no auditório do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, dentro da programação da Fenasul Expoleite. O formato será virtual e presencial.
 
A médica veterinária Débora Bernardes, da empresa MS Schippers, vai falar sobre a biosseguridade. “Meu objetivo é que todos saiam dessa palestra com o olhar mais crítico para o que está acontecendo dentro da fazenda. Existem ações muito simples e baratas que podem fazer a diferença entre lucro e prejuízo na produção. A biosseguridade pode ser uma grande aliada em tudo o que fazemos”, afirma Débora.
 
O chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, da Secretaria da Agricultura, Fernando Groff, um dos palestrantes, destaca que nas condições sanitárias atuais, a notificação de doenças é de extrema importância, não somente para febre aftosa. “O Estado detém uma certificação sanitária alta, que nos garante acesso a mercados e a produtos de qualidade, e a participação do produtor notificando suspeitas é importantíssima”, afirma Groff. O Rio Grande do Sul conquistou a certificação de zona livre de aftosa sem vacinação, concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), no dia 27 de maio de 2021.
 
O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, destaca que, entre as contribuições do setor privado, que serão apresentadas no fórum, estão os convênios com universidades que colaboraram de várias formas, inclusive em relação à inteligência no uso das informações. Segundo ele, um exemplo destas contribuições são os dados analisados por meio do convênio com a Universidade da Carolina do Norte (EUA) que vêm ajudando a definir estratégias de vigilância agropecuária. Entre as outras iniciativas, diz Kerber, estão o aporte de recursos para aquisição de insumos e materiais.
 
No final do Fórum, está prevista a leitura de uma carta do evento e uma celebração para marcar o primeiro ano de área livre de aftosa sem vacinação. O evento é organizado pelo Fundesa, Seapdr e entidades do Grupo Gestor Estadual do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA).
 
Inscrições
 
As inscrições para o Fórum da Febre Aftosa podem ser feitas para o formato presencial e também virtual. A entrada no Parque Assis Brasil, durante a Fenasul Expoleite, é gratuita. Também não haverá cobrança para o estacionamento no parque. Inscreva-se pelo clicando aqui. 
 
Transmissão
 
Quem preferir participar do evento de forma on-line poderá acompanhar as palestras ao vivo pela página do Youtube da Secretaria da Agricultura, clicando aqui. 
 


As informações são da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr)





Diferenças entre a produção de lácteos no Brasil e na Nova Zelândia serão apresentadas em evento em Passo Fundo
  
As diferenças de eficiência produtiva e escala entre a produção de lácteos da Nova Zelândia e do Brasil serão apresentadas pelo CEO da empresa de consultoria de qualidade do leite QCONZ, o neozelandês Bernard Woodcock, durante o seminário Fundamentos de Produção e Qualidade do Leite da Nova Zelândia a ser realizado no dia 26 de maio a partir das 9h. Apesar de a média nacional de eficiência de mão de obra do setor lácteo brasileiro estar abaixo do nível da Nova Zelândia, Woodcock admite que algumas regiões como o Rio Grande do Sul equiparam-se àquele país. “O Rio Grande do Sul provavelmente é o estado brasileiro mais similar à Nova Zelândia. Temos filosofias diferentes, mas muitas técnicas podem ser aplicadas aqui e ajudar a quebrar paradigmas”. Além disso, admite que o Ministério da Agricultura brasileiro ampliou a cobrança sobre a qualidade do leite, mas que mesmo assim, as regras verde-amerelas são bem menos exigentes do que as aplicadas no mercado internacional. O evento, promovido Senar-RS e pela embaixada da Nova Zelândia do Brasil, ocorrerá no Gran Palazzo Centro de Eventos em Passo Fundo (RS). 

Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, é essencial trazer ao Brasil modelos de produção mais competitivos, que mostrem à cadeia láctea nacional as potencialidades adotadas ao redor do mundo. “Precisamos entender que, para competir no mercado internacional, é necessário aproximar nossa competitividade dos demais players mundiais”, ponderou o dirigente, que estará acompanhando a agenda.

Com um rebanho médio de 400 vacas por propriedade e produzindo 21 bilhões de litros de leite por ano, a Nova Zelândia tem sua produção focada em lucratividade. Segundo Woodcock, o segredo da eficiência que garantiu ao país o controle de 40% das importações de lácteos mundiais está em rebanho e mão de obra eficientes. Para se ter uma ideia, a taxa de prenhez naquele país é de 94%, sendo que 75% das vacas já estão prenhes nas primeiras seis semanas da estação de monta. “Ainda temos muito a avançar e a aprender com eles”, considera Palharini.

Woodcock conta que os avanços na produção da Nova Zelândia iniciaram-se nos anos 80 com ações para elevar a gestão da qualidade do leite. Uma das medidas foi a criação de leis pelo governo neozelandês para regulagem de padrões mínimos de qualidade do leite (CBT e CCS) e adoção de programas de fomento. “Criaram-se treinamentos tanto para os produtores quanto para veterinários e técnicos que atuam a campo de forma a que todos se encontrem alinhados com o funcionamento dos programas”. Contudo, só o treinamento não foi suficiente, garante ele. Para atingir um padrão superior, o sistema neozelandês também adotou penalidades para quem descumpre os padrões estipulados pelo governo. “A qualidade do leite é obrigatória porque nosso mercado é internacional, então as exigências são bem mais fortes do que as dos mercados domésticos. Não temos opção, para sermos o maior exportador do mundo, precisamos ter qualidade do leite”. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

                       

Jogo Rápido 

Liberação de verba para Plano Safra e despesas com pessoal é sancionada sem vetos
 A edição desta quinta-feira (12) do Diário Oficial da União trouxe a sanção da Lei 14.336, de 2022, que abre ao orçamento da União crédito suplementar no valor de R$ 2,57 bilhões. O dinheiro será destinado a órgãos do Poder Executivo, a transferências a estados, Distrito Federal e municípios e a operações oficiais de crédito. A maior parte (R$ 1,7 bi) atenderá despesas do governo com pessoal, encargos sociais e os ministérios da Defesa, Educação, Economia, Ciência e Tecnologia e Justiça e Segurança Pública. Além disso, o Plano Safra receberá R$ 868 milhões. Os recursos necessários à abertura do crédito decorrem de vetos apostos à Lei Orçamentária (LOA) deste ano (Lei 14.303, de 2022). O presidente Jair Bolsonaro sancionou integralmente a lei, sem vetos. A norma é derivada do Projeto de Lei (PLN) 1/2022, aprovada pelo Congresso Nacional em 28 de abril. Inicialmente o projeto encaminhado pelo Executivo previa apenas crédito suplementar de R$ 1,7 bilhão. No entanto, o governo enviou uma mensagem modificativa, corrigindo o valor para R$ 2,57 bilhões. O crédito suplementar é uma modalidade de crédito adicional destinado ao reforço de dotação orçamentária já existente no orçamento. É autorizado por lei e aberto por decreto do Executivo. Existe ainda o crédito especial, destinado a incluir despesas no orçamento para as quais não haja dotação orçamentária específica, e o crédito extraordinário, para cobrir despesas urgentes e imprevisíveis, como em caso de guerra, catástrofes ou calamidade pública. (Fonte: Agência Senado)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 11 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.658


FIERGS LANÇA CURSOS DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA PESSOAS DESEMPREGADAS
 
As indústrias gaúchas poderão contar com novos profissionais qualificados por meio de uma iniciativa de capacitação técnica e gratuita de pessoas desempregadas. O programa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio Grande do Sul (Senai-RS), integrante do Sistema FIERGS, foi lançado nesta terça-feira (10), em parceria com os Sindicatos Industriais filiados à entidade. “O programa objetiva auxiliar diretamente a falta de recursos humanos capacitados para o setor”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, no evento de lançamento, que contou com a presença de presidentes e representantes de Sindicatos Industriais.
 
De acordo com o dirigente, a proposta é “apoiar os sindicatos na busca de um ambiente cada vez mais favorável aos negócios de seus associados, buscando elevar a competitividade das indústrias estabelecidas no Rio Grande do Sul”.
 
Segundo o diretor regional do Senai-RS, Carlos Trein, são mais de 1,5 mil vagas em cursos de qualificação no Estado. As indústrias podem encaminhar aos sindicatos as áreas com mais necessidade de profissionais. Para participar do programa, o candidato deve ser indicado por um sindicato da indústria, ter acima de 18 anos, estar desempregado e apresentar a autodeclaração de baixa renda (exigência regimental).
 
O edital com a relação completa de oportunidades, os critérios para participação e o endereço das unidades estão disponíveis para consulta.
 
A internacionalização de empresas foi outro tema do encontro sindical. O gerente de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIERGS, Luciano D'Andrea, apresentou a plataforma de comércio exterior em BI (Business Intelligence) desenvolvida pela entidade. Também falou sobre as informações disponíveis e a importância delas na elaboração de iniciativas de exportação, além de detalhar como os sindicatos industriais e as empresas podem acessar os dados. Acesse gratuitamente.
 
D'Andrea destacou ainda outro serviço, o Mapa de Oportunidades de Exportação, iniciativa da FIERGS para apoiar os sindicatos e as indústrias na elaboração de estratégias em comércio exterior.
 
MÉRITO INDUSTRIAL E SINDICAL
A FIERGS apresentou também a nova configuração das premiações que tradicionalmente realiza. A partir de 2023, ocorrerá o Prêmio Mérito Industrial e Sindical, com periodicidade bianual. O vice-presidente da FIERGS, Gilberto Ribeiro, afirmou que o objetivo é estimular o desenvolvimento da indústria gaúcha, distinguir empreendedores, projetos inovadores e valorizar os sindicatos industriais.
 
O prêmio terá três categorias: Empresário Industrial (proprietário ou sócio de indústria), Destaque Sindical (sindicato industrial filiado à FIERGS) e Projeto Inovador (ações ou soluções industriais novas com tecnologia e inovação).
 
No evento, Gilberto Ribeiro anunciou ainda outra novidade: a criação do Museu da Indústria, localizado na sede da FIERGS, em Porto Alegre. Será um centro de pró-memória, com registros históricos por todos os meios disponíveis (físicos e virtuais). (FIERGS)

SC: governo sanciona redução do ICMS para leite e alimentos de bares e restaurantes
 
A sanção da redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o leite longa vida e para alimentos vendidos por bares e restaurantes em Santa Catarina foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (09/05). Também há medidas para a cesta básica e farinha.
 
Pela lei 18.368/2022, o ICMS para o leite ficou em 7% e o dos alimentos vendidos em bares e restaurantes, em 3,2%. Foi prorrogada a alíquota de 7% da cesta básica catarinense e a concessão de crédito presumido para a farinha com mistura para pães.
 
A proposta de redução do ICMS para o leite longa vida para 7% é retroativa a 1º de abril de 2022. O benefício fiscal para a cesta básica vai até 31 de dezembro de 2023, informou o governo do estado.
 
Além do leite longa vida e da manteiga, que retornam ao ICMS de 7%, a cesta básica é composta de itens como feijão, arroz, diversos tipos de farinhas, carnes e miudezas comestíveis de aves e suínos, misturas e pastas para a preparação de pães e mel.
 
Em relação aos alimentos vendidos por bares e restaurantes, essa categoria não inclui bebidas.
 
Principais mudanças?
 
Leite: alíquota do ICMS vai de 17% para 7% e ele volta à cesta básica
Farinha de trigo: foi concedido crédito presumido aos estabelecimentos fabricantes do Estado, até o dia 31 de dezembro de 2023
Alimentos: alíquota passa de 7% para 3,2%
Alesc aprovou redução
 
O PL que alterou três leis tributárias foi aprovado em 3 de maio pela Assembleia Legislativa do Estado (Alesc). No entanto, antes da votação, ele chegou a ser suspenso por uma determinação da Justiça. A decisão liminar (temporária) foi concedida após um deputado pedir vistas, para analisar por mais tempo o projeto. (As informações são do G1, adaptadas pela equipe MilkPoint)
 





Como produzir mais leite e mais barato é tema de Dia de Campo em Rio Pardo
 
Com o tema "Estratégias para reduzir custos de produção na bovinocultura de leite", e com a pergunta chave "como produzir mais leite e mais barato", o Dia de Campo realizado na sexta-feira (06/05) no Parque da Expoagro, em Rio Pardo, reuniu agricultores de nove municípios do Vale do Rio Pardo. O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), em parceria com a Embrapa e Afubra.
 
O extensionista rural e assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, Vivairo Zago, destaca que o evento visou mostrar aos produtores as opções existentes ao trabalhar o vazio forrageiro, a alimentação do rebanho leiteiro durante o ano e o ajuste de dieta para os bovinos de leite. "Queremos divulgar essas informações que são bastante benéficas para o produtor em um período em que os custos de produção com alimentação do rebanho são muito elevados e o produtor precisa planejar muito bem a alimentação dos animas, visando à redução de custos e maior rentabilidade na bovinocultura de leite".
 
Durante a atividade, o público presente pode percorrer três estações temáticas. Na primeira foi abordado o tema "planejamento forrageiro: organizando para vencer dificuldades", conduzida pelos extensionistas rurais Anderson Mateus da Silva, André Macke Franck e Vivairo Zago; "alimentos conservados: como produzir mais leite e mais barato", ministrada pelo extensionista rural Diego Barden dos Santos; e "pastagens perenes tropicais são milagrosas?", tema desenvolvido pelo pesquisador da Embrapa Sérgio Elmar Bender.
 
Zago frisa que várias estratégias podem ser adotadas pelo produtor, como por exemplo a utilização de pastagens perenes de verão, trabalhar a produção de feno e de silagem de espécies forrageiras de verão e de inverno. "Todo esse conjunto de fatores faz com que o produtor consiga dispor de alimento suficiente e de qualidade para sua propriedade, desde que ele tenha um planejamento bastante efetivo", observa. Além disso, segundo o extensionista, uma vaca bem alimentada é um animal com uma boa sanidade, fator que resulta em maior produção de leite e evita custos com tratamentos. "Uma vaca que se alimenta bem, que está num ambiente favorável com piquetes com pastagem de qualidade e em abundância, com água no piquete e sombra, vai ser um animal que está em uma condição favorável para produzir e expressar o máximo do potencial possível para a produção de leite", conclui Zago.
 
O extensionista rural Diego Barden dos Santos explica que nos últimos dois anos foi muito difícil para os produtores produzirem quantidade e qualidade de alimentos conservados, como por exemplo a silagem. Com isso, muitos produtores precisaram comprar alimentos, aumentando o custo da produção. "Devido à baixa qualidade da silagem disponível, os produtores precisaram fazer um aporte muito grande de ração para melhorar e equilibrar a nutrição das vacas. E isso aconteceu ao longo do ano, quando esses alimentos são utilizados, fazendo com que os produtores gastem um pouco a mais com essa demanda ao longo do ano, aumentando o custo", observou.
 
Santos ressaltou como estratégias importantes o ajuste da carga animal e a disponibilidade de alimento. "Se eu tenho mais animais do que alimento, preciso fazer o descarte de alguns animais para manter o caixa da propriedade equilibrado". Outra orientação destacada aos participantes foi sobre a qualidade dos alimentos produzidos e armazenados na propriedade, principalmente alimentos conservados, como a silagem de milho. "A silagem de milho tem um impacto muito grande na nutrição das vacas de leite da nossa região. Ela é muito usada e muito difundida. Quando eu tenho uma carga energética, ou seja, uma qualidade dessa silagem muito mais baixa que o normal, é necessário ter um aporte de concentrado (ração) muito maior, o que eleva muito o custo de produção. Cuidando mais dos detalhes da produção, com algumas tecnologias e biotecnologias podemos fazer com que a nossa produção seja maior e com mais qualidade e assim vamos conseguindo produzir mais leite e mais barato", orienta o extensionista.
 
O gerente regional adjunto da Emater/RS-Ascar, Carlos Corrêa da Rosa, destacou a importância da retomada das atividades coletivas. "Essa é uma oportunidade para os agricultores terem contato com outros produtores e técnicos para reciclar conhecimento e conhecerem técnicas de pastoreio para a bovinocultura de leite. Como estamos no outono, os agricultores precisam pensar com urgência no planejamento forrageiro, uma vez que a meteorologia indica que teremos um inverno com muito frio e chuva. É um desafio para o produtor se manter na atividade, garantir a produtividade e gerar renda", ressaltou.
 
O assessor de eventos agropecuários da Afubra, Marcio Almeida, ressaltou a utilização do Parque da Expoagro para capacitação de agricultores durante o ano. "Com a estruturação do parque e as parcerias mantemos atividades durante o ano para levar conhecimento e transferir tecnologia para os agricultores. Nossa meta é, cada vez mais, utilizar essa estrutura para eventos durante o ano e atender os produtores em diversas áreas". (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Soledade)

Jogo Rápido 

Expocon discute em Condor inteligência artificial para o setor leiteiro
O uso de robôs na produção de leite é um dos temas abordados durante o Fórum do Leite, nesta sexta-feira (13/05), em Condor. O evento irá reunir especialistas e produtores rurais para discutirem inovações tecnológicas no mercado gaúcho do leite. O Fórum terá início às 19h, no Centro de Eventos do município, e é uma das atrações da Feira do Agronegócio (Expocon), que se realiza de 12 a 15 de maio. Será debatedor do Fórum do Leite o zootecnista e gerente técnico da Emater/RS-Ascar, Jaime Ries. "O objetivo do Fórum é discutir o impacto das inovações tecnológicas no setor leiteiro”, disse a extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Roseli Seitenfuss. De acordo com a Emater/RS-Ascar, a produção anual de leite, em Condor, é de 37,7 milhões litros. ROBÔS: Em Condor, a automação industrial tem contribuído para melhorar a eficiência de muitos sistemas produtivos de leite. Experiências com o uso de inteligência artificial para alimentar terneiras e para ordenhar vacas serão apresentadas através de imagens, gravadas nas propriedades rurais das famílias Pfeifer, Strobel e Breunig. Outros temas a serem debatidos durante o Fórum do Leite são Integração Lavoura/Pecuária/Leite, com o pesquisador da CCGL, Pedro Albuquerque; Forrageiras, com o pesquisador da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski; Nutrição da Vaca Leiteira, com o representante do Senar/Unitec, Josué Carpes Marques; e Genética e Criação da Terneira, com o pecuarista Adriano Rigon. O Fórum do Leite é uma realização da Prefeitura de Condor e Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Apoiam a iniciativa Sebrae, Sicredi, Embrapa, Senar e Cotripal. (Emater/RS)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 10 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.657


Embrapa Pecuária Sul realiza reunião como novos membros do Comitê Assessor Externo

A Embrapa Pecuária Sul recebeu na quinta-feira (05/05) os novos membros do Comitê Assessor Externo (CAE) do centro de pesquisa para a posse e a realização da primeira reunião. O CAE é um órgão consultivo dos centros de pesquisa e que tem como função principal apresentar as demandas do setor produtivo e também auxiliar na definição das estratégias da programação de pesquisa, desenvolvimento e inovação das unidades da Embrapa. Além disso, o comitê também auxilia na identificação de oportunidades de desenvolvimento de tecnologias, bem como na avaliação das soluções já geradas.

O comitê é composto por profissionais internos e externos à Empresa, de competência reconhecida e representativa das cadeias produtivas. O novo CAE do centro de pesquisa localizado em Bagé (RS) é presidido pela Diretora-executiva de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Adriana Regina Martin, e tem como secretário executivo o Chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Flores Cardoso. O comitê é composto ainda por Jorge Lemainski, Chefe-geral da Embrapa Trigo; Ana Doralina Alves Menezes, Gerente Nacional do Programa Carne Angus Certificada, da Associação Brasileira de Angus;  Darlan Palharini, Secretário Executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS); Fabio Marcelo Montossi Porchile, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária do Uruguai (INIA); e Valter José Pötter, Diretor proprietário da Estância Guatambú, de Dom Pedrito/RS.



Na abertura da reunião Adriana Martin apresentou os objetivos do CAE, seu funcionamento bem como a estrutura, as estratégias, desafios e metas da Embrapa em todo o país. De acordo com Adriana, as sugestões apresentadas pelos membros do CAE são oportunidades para a adequação da carteira de projetos e de inovação do centro de pesquisa às demandas do setor produtivo. “É também importante ouvir dos clientes da Embrapa as necessidades e problemas das cadeias produtivas e com isso buscar as soluções necessárias, bem como buscar parcerias internas na Embrapa e também externas.

Já Fernando Flores Cardoso fez uma apresentação sobre a filosofia de trabalho da Embrapa Pecuária Sul, as soluções tecnológicas já desenvolvidas, projetos em execução e desafios futuros. Segundo o dirigente, os projetos desenvolvidos pela Embrapa Pecuária Sul estão alinhados à busca de uma intensificação sustentável da pecuária nos campos da região Sul do Brasil. “Estamos trabalhando dentro de um conceito de produção de alimentos saudáveis em sistemas sustentáveis. Ou seja, nosso esforço está focado em uma produção de alimentos que leve em consideração saúde total que compreende a saúde humana, saúde dos animais e saúde do ambiente”, ressaltou.

Depois das apresentações institucionais, os membros do CAE conheceram algumas das instalações do centro de pesquisa, como o Laboratório de Ciências da Carne, a área de melhoramento genético de forrageiras e o local onde são realizadas as provas de desempenho animal. Outra atividade foi um encontro entre os membros do comitê e o corpo técnico formado por pesquisadores e analistas. Por fim, houve o momento em que os integrantes do CAE fizeram as suas análises, sugestões e contribuições. Essas contribuições serão sistematizadas e posteriormente apresentadas à toda equipe técnica da Unidade, com o objetivo de subsidiar projetos de pesquisa e ações de transferência de tecnologias. (Jornal dia dia)

SORO: HISTÓRIA, USOS E O SEU PAPEL NO MERCADO DOS LATICÍNIOS

Quando dizemos que o leite é versátil, é talvez uma das suas características mais interessantes. O soro de leite, um subproduto da fabricação de queijo, e cuja matéria-prima é o leite, está cheio de propriedades nutricionais, aplicações e também de história
Quando dizemos que o leite é versátil, é talvez uma das suas características mais interessantes. O soro de leite, subproduto da fabricação de queijo, cuja matéria-prima é o leite, está cheio de propriedades nutricionais, aplicações e também de história, porque nem sempre teve o valor de mercado e as utilidades que tem hoje. 

Durante muito tempo foi um produto residual difícil de eliminar devido às grandes quantidades produzidas nas centrais leiteiras, mas hoje é um dos elementos mais utilizados na indústria alimentar, e foram as novas tecnologias que tornaram possível separar os seus principais nutrientes e convertê-los em novos produtos, tais como concentrados de proteínas de soro de leite, emulsionantes, estabilizadores e outros aditivos. 

A utilização de soro de leite tem uma história de 7000 anos. Foi originalmente utilizado como medicamento para o tratamento de infecções, cura de feridas, doenças estomacais (Hipócrates 460 AC), e para a preparação de sopas e manteigas de soro de leite (século XVII). Na era moderna era considerado um desperdício e tornou-se um problema para o ambiente. Na segunda metade do século XX, os avanços tecnológicos tornaram possível transformar este produto subvalorizado numa valiosa matéria-prima.

As empresas que processam soro de leite produzem diferentes tipos de ingredientes de alto valor acrescentado, combinando processos de separação, desmineralização e secagem. As principais utilizações para estes ingredientes são aditivos em outros produtos lácteos, tais como iogurtes e sobremesas, produtos de padaria, bebidas, enchidos e outros alimentos, bem como em produtos farmacêuticos e/ou produtos alimentares de maior valor acrescentado, tais como lactose e proteínas. Entre estas empresas podemos mencionar a Agropur canadiana, a Prolesur chilena e as Franz e Mafralac argentinas, com uma forte presença no nosso eDairy Market.

Quase 90% do volume de leite é soro de leite e contém aproximadamente 55% dos seus nutrientes: lactose (45 – 50 g/l), proteínas solúveis (6 – 8 g/l), lípidos (4 – 5 g/l) e sais minerais (4 – 6 g/l). 

Depois da água, o soro de leite contém a maior parte da lactose, 70% do total de sólidos, que é uma grande matéria-prima para a produção de produtos de alto valor acrescentado. É utilizado como ingrediente em fórmulas infantis e como excipiente na indústria farmacêutica. 

As proteínas solúveis são o componente nutricional mais importante, com quase 12% dos sólidos totais em soro de leite, as suas propriedades químicas, físicas e funcionais são perfeitas para utilização em alimentos e farmacologia. A β-lactoglobulina é o seu principal componente com cerca de 50% e α-lactoalbumina com 20% das proteínas solúveis do soro de leite; além disso, contém outras proteínas tais como imunoglobulinas, albumina de soro bovino e outras proteínas menores tais como lactoferrina, lactoperoxidase, e glicomacropeptídeos. 

As proteínas do soro de leite contêm níveis elevados de aminoácidos tais como triptofano, lisina e aminoácidos sulfurados (cisteína, metionina e glutationa) de muito alta qualidade nutricional, altamente valorizados pela sua composição e digestibilidade, razão pela qual são nutricionalmente superiores às proteínas de origem vegetal. 

Estas proteínas têm vindo a ganhar importância na indústria alimentar devido ao seu elevado valor nutricional, e foram encontradas aplicações interessantes na indústria farmacêutica, uma vez que poderiam ter efeitos antibacterianos e antivirais. 

As suas propriedades funcionais também o tornam um ingrediente alimentar atrativo. Solubilidade, gelatinização, emulsificação e espumação são as capacidades mais notáveis. São substitutos das proteínas dos ovos em produtos de confeitaria e padaria. 

O soro de leite é utilizado na alimentação de bebés, para idosos e em suplementos para atletas pelas suas propriedades nutricionais, no fabrico de bebidas fermentadas e não fermentadas, em barras de cereais, em produtos de carne como salsichas e numa grande variedade de sopas e molhos. 

O soro de leite é rico em potássio, cálcio, fósforo, sódio e magnésio. Contém vitaminas B (tiamina, ácido pantoténico, riboflavina, piridoxina, ácido nicotínico e cobalamina) e ácido ascórbico, que são componentes importantes na dieta das crianças pela sua contribuição para o desenvolvimento e fortalecimento da estrutura óssea e dos tecidos.

As proteínas de soro de leite representaram 7,2% (OCLA) do total das exportações da Argentina em 2021.



A indústria leiteira, desde a exploração leiteira até a prateleira do supermercado, é enorme, envolvendo milhares de famílias e empresas que ganham a vida com ela. Muitos conhecimentos e tecnologia são aplicados em cada alimento que o traz para a nossa mesa. 

O leite é bom para você! Já bebeu o seu copo de leite hoje?

Valeria Guzmán Hamann | EDAIRYNEWS | Dados: INTI, OCLA, Arquivo EDN









Piracanjuba apresenta novas embalagens

Embalagens/Piracanjuba - Já se foi o tempo em que as embalagens eram usadas apenas para armazenar e transportar alimentos. Além das informações indispensáveis, como a composição dos produtos e tabela nutricional, as marcas entenderam o potencial de comunicação dos recipientes. 

Desde então, mais do que apresentar layouts atrativos, elas se tornaram aliadas para diversas finalidades, como proporcionar maior transparência ao consumidor. Pensando nesses recursos, a Piracanjuba remodelou as embalagens de diversas linhas do portfólio e o resultado é um visual mais moderno, clean, e que apresenta novidades, como playlist exclusiva no Spotify (Leite Condensado) e variedade de vídeos de receitas (Creme de Leite), via QR Code direcionando para o Youtube.

“Quando pensamos na atualização das embalagens, nosso objetivo foi entender o olhar do consumidor. Trouxemos recursos digitais, incentivando-os a explorarem o momento de cozinhar ouvindo música, ou acompanhando vídeos, com passo a passo de como fazer diferentes preparos. Todos esses recursos estão na mão deles, via embalagens e com acessos pelo celular”, comenta a Gerente de Marketing, Lisiane Campos.

O projeto, desenvolvido pela agência Pande, também foi criado para garantir uma maior performance nas gôndolas e versatilidade para o portfólio de produtos, que está cada vez com mais variedades. “A emblemática garrafa vintage de vidro e o destacado appetite appeal foram mantidos no redesenho dos leites UHT, porém, modernizados. Nas linhas de leite condensado e creme de leite, por exemplo, alteramos as receitas e colocamos as fotos no modelo top view, registradas de cima para baixo, seguindo a perspectiva da visão. Além disso, o branco obteve mais presença nas embalagens, o que dá mais relevo à área de marca, criando clareza e diferenciando cada categoria e cada produto”, explica a Gerente.

As novas embalagens já circulam em diferentes localidades. As mudanças estão sendo feitas de acordo com a finalização do estoque dos modelos anteriores, evitando desperdício de material e respeitando os critérios da empresa de sustentabilidade. (Fonte: Piracanjuba)


Jogo Rápido 

Governo vai reduzir imposto de importação sobre aço e outros 10 produtos
 O governo federal vai reduzir o imposto de importação (II) sobre aço e outros 10 produtos, incluindo itens da cesta básica e ligados a construção civil. A ideia é que essa redução comece a valer em maio e, no mais tardar, no mês de junho. Em março deste ano, o governo federal já tinha reduzido a zero a alíquota de importação sobre vários itens, incluindo o etanol e produtos da cesta básica. Um dos principais objetivos dessa medida é combater a inflação, que está em patamares elevados no Brasil. Recentemente houve redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Pessoas ligadas ao governo disseram à Jovem Pan que essa nova redução de impostos, incluindo o II, faz parte de uma estratégia de abertura gradual e racional da economia brasileira. As mesmas pessoas afirmaram que a indústria brasileira será respeitada, que não será uma abertura descontrolada. No entanto frisaram que esse será um processo irreversível. Assista o vídeo clicando aqui. (Jovem Pan)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 09 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.656


Cresce captação de leite durante entressafra
 
Sindilat-RS projeta que alta deve amortecer impacto da estiagem na crescente elevação nos custos com alimentação animal
 
A melhora no clima, com o retorno da chuva após a prolongada estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul no verão, e a recuperação dos preços pagos pela indústria aos pecuaristas nos últimos meses tiveram um efeito positivo na produção leiteira. Segundo o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, as empresas captaram em abril a média de 9,9 milhões de litros de leite por dia, superando a captação média de 9,5 milhões de litros do mesmo mês do ano passado, que é o patamar esperado para o período de entressafra na Região Sul.
 
Palharini explica que abril e maio são meses marcados por menor disponibilidade de pastagens, o que eleva os custos da alimentação dos animais, mas a produção vem conseguindo reduzir o impacto desses fatores. “Normalmente, a partir de outubro, temos uma queda de 5% a 8% (na captação) a cada mês, mas em abril essa queda foi menor”, observa. “Não tivemos geada e, em fevereiro, o produtor já tinha uma sinalização de melhora nos preços.”
 
No Rio Grande do Sul, o preço de referência para o litro de leite entregue em abril e pago aos produtores em maio foi projetado em R$ 2,4007 pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado (Conseleite-RS), um avanço de 10,84% em relação ao valor estimado em março. “A gente espera estabilidade no preço, para não haver desestímulo ao produtor”, ressalta Palharini, lembrando que os pecuaristas ainda administram os prejuízos sofridos com a estiagem.
 
Em abril, o leite integral aumentou 13,46% em Porto Alegre na comparação com março, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nos supermercados gaúchos, as vendas de leite caíram 5% em volume nos últimos dois meses, de acordo com a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). “Por ser um item de primeira necessidade, o consumidor não abre mão de adquirir este produto. Acaba adequando suas compras e reduzindo outras categorias”, afirma o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo. (Correio do Povo)

BRASIL: MELHORANDO A TENDÊNCIA EM RENTABILIDADE E PREÇO PARA O PRODUTOR DE LEITE

O preço do leite coletado em março e pago em abril foi liberado pelo Cepea-Esalq/USP. O valor teve um aumento significativo de R$ 0,21 em relação ao mês anterior, chegando a R$ 2,4269/litro (US$/litro 0,48) nos estados que compõem o "Brasil Médio" do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), do Esalq/USP.

Este aumento no preço do leite para o produtor é um reflexo da queda na produção no campo, uma conseqüência dos altos custos de produção e da baixa estação do ano ligada à menor disponibilidade de pastagens.



O Índice de Consumo de Laticínios da Cepea (ICAP-L) caiu 0,5% de fevereiro a março e agora caiu 4,5% desde março de 2021.

O aumento dos preços dos insumos de produção tem corroído as margens dos produtores de leite, limitando os investimentos na atividade e reduzindo o potencial de fornecimento. De acordo com a pesquisa Cepea, o Custo Operacional Eficaz (EOC) da produção leiteira aumentou em 4,07% no primeiro trimestre de 2022.

Diante da forte queda na produção de leite, os preços dos produtos lácteos sofreram aumentos sucessivos nestes meses iniciais de 2022. Desta forma, o leite também foi valorizado como matéria-prima. No mercado à vista (leite comercializado entre indústrias), de acordo com uma pesquisa da MilkPoint Mercado, o preço do leite aumentou a cada quinzena dos primeiros 3 meses do ano. Este cenário de aumento dos preços impulsionou o aumento dos preços do leite no produtor em abril.

Com o aumento do preço recebido pelo leite e uma queda nos preços dos grãos (entre o final de março e meados de abril), houve um aumento no indicador RMCR em abril, após um período muito ruim de janeiro a março deste ano.

Para os próximos pagamentos, a tendência é para um cenário de alta do preço do leite pago ao produtor, devido à persistência da menor disponibilidade de leite. (Fonte: OCLA baseado no MilkPoint).

 








Setor leiteiro emprega cerca de 4 milhões de pessoas

Com mais de 34 bilhões de litros por ano, a produção leiteira do Brasil alcança hoje 98% dos seus municípios, e dentro deste percentual, a predominância é de pequenas e médias propriedades

Quando alguém diz que a “nossa riqueza está no campo”, isso não é de forma alguma uma força de expressão, mas a pura realidade. Para se ter uma ideia, em 2021 o agro brasileiro, segundo dados da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), somou uma receita recorde de US$ 120,6 bilhões, crescimento de 19,7% em relação ao ano anterior. Também em 2021, o setor abriu mais de 150 mil novas vagas de emprego,de acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em 2020, as atividades no campo já empregavam, direta e indiretamente, cerca de 9 milhões de trabalhadores.
 
Por isso, nesse Dia do Campo, celebrado em 10 de maio, o nosso agronegócio tem alguns títulos a comemorar como: o terceiro maior produtor de carne do planeta (englobando rebanhos bovinos, suínos), terceiro maior produtor de leite do mundo e quarto maior produtor mundial de grãos. Entre os diversos segmentos que integram a nossa agropecuária, a produção leiteira está sem dúvida entre as mais relevantes para nossa economia. Assim como a carne e a soja, commodities as quais também somos grandes produtores mundiais, o leite é um alimento de grande impacto mundial: estima-se que 600 milhões de pessoas vivam da produção de produtos lácteos.

Com mais de 34 bilhões de litros por ano, a produção leiteira do Brasil alcança hoje 98% dos seus municípios, e dentro deste percentual, a predominância é de pequenas e médias propriedades. A extensa cadeia produtiva do leite emprega atualmente, tanto no campo quanto na cidade, cerca de 4 milhões de pessoas. “O leite tem em nossa economia um impacto muito grande, porque ele gera empregos e renda, não só lá na ponta do produtor, mas ao longo de toda a sua cadeia, seja na indústria, com o processamento do produto e fabricação de derivados; no transporte, com a distribuição para todo país de um item essencial na mesa dos brasileiros; ou no ramo de serviços de alimentação, em restaurantes, padarias e confeitarias. Enfim, o caminho do leite é longo, felizmente”, destaca André Luiz Rodrigues Junqueira, presidente do Grupo Marajoara, indústria de laticínios que fica em Hidrolândia, interior de Goiás.

Dificuldades e resiliência
Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o país conta atualmente com mais de 1 milhão de propriedades produtoras de leite. Produtores como Deusimar Vieira, que herdou do pai e do avô o gosto pela pecuária leiteira. Ele é dono de uma propriedade rural de dez alqueires na cidade Pontalina, também no interior de Goiás, onde cuida de cerca de 80 cabeças de gado e produz mais de 1.200 litros por dia. No ramo leiteiro há mais de 20 anos, o produtor rural conta que já viveu muitas fases difíceis e boas no mercado, mas atualmente ele diz que o setor passa por um daqueles momentos complicados. 

Apesar de ser o leite um alimento que integra uma extensa cadeia produtiva, Deusimar revela que muitos têm deixado o ramo devido à baixa lucratividade e altos custos de insumos, como ração, energia e fertilizantes. Mas apesar dessas dificuldades, Deusimar, resiliente como a grande maioria das pessoas do campo, entende que o leite é um produto que nunca sairá do mercado e que se o momento está ruim, pode também rapidamente melhorar. “No mercado leiteiro é assim, cheio de altos e baixos. É importante persistir e se atualizar para melhorar”, diz o produtor.  (Agrolink)

Jogo Rápido 

Governo estuda ‘alívio’ no frete para caminhoneiro 
O governo federal estuda mudanças nas regras de compensação do preço dos combustíveis em contratos de afretamento de transporte rodoviário. O modelo, defendido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, foi discutido nesta última semana em reunião na Casa Civil com o Ministério de Minas e Energia. A intenção do Executivo é aproximar o modelo brasileiro do americano, garantindo o preço do frete para o caminhoneiro pelo preço final, quando da entrega da mercadoria. Seria uma tentativa de reduzir o risco para o caminhoneiro autônomo. Uma fonte que participa das negociações explica que atualmente o caminhoneiro estabelece um determinado valor, mas, com a variação do combustível, quando a entrega chega ao destino, o preço do combustível está mais alto. Assim, o caminhoneiro tem prejuízo porque durante a viagem pagou mais. A medida seria uma maneira de o preço final proteger o caminhoneiro para não sofrer volatilidade. Dados da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) indicam que há cinco anos o Brasil tinha 919 mil transportadores autônomos. Em 2021, após a alta no preço dos combustíveis, a agência estima 696 mil. O projeto é “bem visto” pela área econômica por não ter impacto fiscal e também porque já seria uma mudança na relação privada. No governo, a pressão por subsídios foi renovada, mas o espaço no teto de gastos é zero. (Correio do Povo)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 06 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.655


Estudo aponta avanços e desafios da cadeia do leite

A produtividade média nas fazendas leiteiras do país cresceu 59% na última década, com os Estados do Sul na dianteira.

Reflexo do aumento de produção entre 2011 e 2020, os laticínios compraram mais leite cru, convertendo-o principalmente em queijos, leite UHT e leite em pó, os derivados que puxaram a produção.

O consumo per capita, no entanto, cresceu apenas 3%, menos do que a população, que aumentou 8% no período.



Como em toda atividade econômica em que os perfis dos agentes são muito distintos entre si, o potencial inexplorado ainda é muito grande. A avaliação e os dados são do estudo “Agronegócio do Leite: produção, transformação e oportunidades”, elaborado pelo Departamento de Agronegócio da Fiesp.

No campo, uma das conquistas no período foi o aumento da produtividade por vaca, resultado de investimentos em genética, nutrição, saúde animal e tecnologia. A produção média saiu de 1,382 bilhão de litros por animal, em 2011, para 2,192 bilhões em 2020 - uma alta de 59%.

O ganho é relevante em uma atividade econômica que tem sofrido transformações paulatinas. O setor retrata um Brasil de vários Brasis ao reunir desde os megaprodutores aos fazendeiros com poucas cabeças de gado – casos em que as “mimosas” representam a única renda e o investimento da família. Com as adversidades, muitos pequenos produtores têm deixado a atividade, que passa por concentração.

Apesar das mudanças, a produtividade brasileira ainda é menor que a de grandes produtores globais. Na Nova Zelândia, a média é de 4,5 mil litros por animal ao ano, na União Europeia, de 7,2 mil litros, e, nos EUA, a 10,8 mil. Mas as médias nessas regiões cresceram de 11% a 16%, enquanto o avanço no Brasil foi de 59% no período.

“No Brasil o setor ficou um pouco atrasado se comparado com outros segmentos que hoje lideram a pauta exportadora do agronegócio. Mas há muito potencial para conquistar”, diz Antonio Carlos Costa, superintendente de departamentos da Fiesp. O momento é desafiador e o setor penou sobretudo em 2021, com a disparada dos custos.

Segundo o estudo, o custo da operação industrial dos laticínios já vinha subindo – de 2010 a 2019, o aumento foi de 58%, para R$ 61 bilhões. No período, o valor bruto da produção dos laticínios cresceu 33%, para R$ 82 bilhões. Apesar do quadro, que inclui a baixa evolução do consumo per capita, a Fiesp apresenta uma visão de longo prazo positiva.

Para os analistas, a atividade tem potencial para novos ganhos em produtividade e consumo, assim como para atrair investimentos.

Roberto Betancourt, diretor do Departamento de Agronegócio da Fiesp, pontua ser preciso aprimorar o sistema produtivo, já que melhoria de produtividade reduz custos. Para ele, os produtores em pior situação continuarão deixando a pecuária leiteira. “A busca da eficiência passa por todos os elos, desde o produtor ao varejo”, acrescenta Cicero Hegg, sócio fundador da Laticínios Tirolez.

Na mesma década que a produtividade cresceu no campo, o volume de leite cru adquirido pelos laticínios subiu 18%, para 25,6 bilhões de litros em 2020. Queijos, UHT e leite em pó lideraram o segmento. Entre eles, o destaque são os queijos. “Foi o segmento que segurou o consumo”, diz Nilson Muniz, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Lácteos Longa Vida (ABLV).

O queijo foi o derivado que mais ampliou sua participação, seja no volume de derivados produzido pela indústria ou no valor faturado por esse elo da cadeia com as categorias de lácteos. Em volume, a participação de queijos cresceu de 27,8%, em 2010, para 38,7% em 2019, enquanto em valor saiu de 21% para 27%. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Queijo (Abiq), Fabio Scarcelli, em queijos o consumo per capita cresceu cerca de 2 quilos desde 2013, para 6 quilos.

Para ampliar o volume a 7,5 quilos de queijo por habitante em dez anos, conforme projeta a Abiq, será preciso trabalhar em frentes distintas, como em campanhas informativas para estimular o consumo. “A carne é uma proteína animal que faz mais sucesso por aqui. Na Europa, onde se aprende sobre tipos de queijo desde criança, é o contrário”, cita Scarcelli. O consumo per capita de queijo na Europa chega a 20 quilos.

Naquele continente, a estrela dos churrascos não é o bife. “Tive a oportunidade de participar de um onde havia 12 tipos de queijos e apenas dois hambúrgueres abandonados em uma churrasqueira descartável”, comenta. O fato é que o brasileiro gosta de queijo, mas conhece pouco, e por essa razão as campanhas sobre o produto devem continuar ocorrendo. Apesar de as vendas esbarrarem em poder de compra, o produto é quase uma unanimidade, reforça Hegg, da Tirolez. “Uma pesquisa recente que fizemos relatou 95% de aceitação e apreciação”, afirma.

O queijo está entre os derivados lácteos que representam papel importante para explorar o potencial de consumo que a indústria enxerga para o setor. O brasileiro consome 172 litros de leite per capita por ano, indica a pesquisa, abaixo do absorvido no mercado americano, onde o volume é de 327 litros a cada ano. Na Europa, são 233 litros ao ano e, na Argentina, 265 litros.

“Nosso consumo médio de lácteos tem potencial de aumentar mais de 50% e se equiparar ao da Argentina, país com o qual compartilhamos aspectos econômico-sociais semelhantes”, diz Carlos Humberto, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Derivados do Estado de São Paulo (Sindileite).

As informações são do Valor Econômico.

Europa: custos explosivos nos laticínios colocam em risco a produção de alimentos

Os aumentos de custos na produção de leite atingem proporções alarmantes e ameaçam a sobrevivência dos produtores de leite e, portanto, a produção de leite na Europa.

Embora os preços do leite tenham apresentado uma leve tendência de alta nos últimos meses, esses aumentos não compensam o aumento extremo dos custos devido aos preços mais altos de insumos como fertilizantes, rações e energia. Mas essa compensação de preço é absolutamente necessária, como claramente exige o Comitê Executivo do European Milk Board (EMB).

Aumentos maciços de preços na Europa
Na Alemanha, os principais laticínios em North Rhine-Westphalia pagaram aos produtores de leite 44 centavos (46,44 centavos de dólar) por quilo de leite em fevereiro. Embora este tenha sido um aumento no preço ao produtor, estava longe de ser suficiente para compensar o aumento de custo de 10 centavos (em comparação com o ano contábil 2020/2021), conforme calculado pela Câmara de Agricultura de North Rhine-Westphalia, que fixa o total custos de produção de 53 centavos (55,94 centavos de dólar)/kg de leite.

Nas palavras da Câmara da Agricultura, “neste caso, o aumento calculado dos custos nega inteiramente o aumento do preço do leite”. E os custos incorridos pelos produtores continuam aumentando. Por exemplo, o preço do farelo de colza para ração proteica já ultrapassou os 500 euros (US$ 527,69) por tonelada em abril.

Em Portugal, foram reportados aumentos de preços de 62 por cento para o gasóleo, 77 por cento para o milho e 140 por cento para os fertilizante em abril de 2022 em comparação com abril de 2021.

Na Noruega também, os preços dos fertilizantes aumentaram acentuadamente e mais que dobraram em relação a 2020. Os preços da eletricidade, de fato, mais que triplicaram nos últimos dois anos.

Na França, os custos de energia aumentaram cerca de 30% e os custos de fertilizantes aumentaram mais de 80% ao longo de um ano (comparação fevereiro 2021/2022).

Relatórios recebidos de países como Itália e Holanda afirmam que, devido à explosão nos preços das rações, um número crescente de produtores foi forçado a enviar suas vacas leiteiras para o abate.

Um cálculo recente para uma fazenda de amostra com 200 vacas leiteiras na região italiana da Lombardia revela custos adicionais de cerca de 13 centavos (13,72 centavos de dólar) por litro de leite em comparação com o ano anterior. “Esta situação incrivelmente tensa está atualmente forçando muitos produtores a abandonar a produção de leite e está corroendo as estruturas agrícolas na UE a níveis perigosos”, diz o presidente da EMB, Sieta van Keimpema.

De acordo com o membro do Comitê Executivo da EMB, Elmar Hannen, ações imediatas devem ser tomadas para neutralizar esse desenvolvimento ameaçador: “Além disso, perdas maciças no número de produtores são a pior coisa que pode acontecer conosco na Europa. Será impossível se recuperar disso. Este rápido definhamento do setor certamente levará a dificuldades na produção de alimentos na Europa”.

Ele continua dizendo que um setor agrícola sem fazendas viáveis, um setor agrícola essencialmente altamente industrializado, não terá condições de se desenvolver na direção ambientalmente correta desejada. Portanto, o EMB apela a todos os decisores para que tomem medidas imediatas.

O que precisa acontecer agora para uma produção de leite estável e sustentável?
Os custos de produção explosivos devem ser repassados e, portanto, cobertos pelos preços.

O EMB apela explicitamente aos compradores e processadores para que desempenhem o seu papel para lidar com o aumento dos custos quando se trata de leite.

A sustentabilidade social na PAC e no Green Deal deve ser imediatamente ancorada e implementada.

Sem fazendas viáveis, não pode haver soberania alimentar nem uma transição bem-sucedida para a sustentabilidade ambiental. Portanto, a UE deve fazer da sustentabilidade social uma prioridade urgente em suas estratégias e regulamentos. 

O mercado deve contribuir para a transformação do setor agrícola. O objetivo deve ser preços que ofereçam cobertura total de custos – incluindo todos os custos de sustentabilidade. Para que isso seja possível, o mercado deve contribuir para a transformação da sustentabilidade no setor agrícola. Os decisores políticos precisam criar as ferramentas necessárias para o mesmo. Se continuarmos com os negócios como de costume, será impossível frear o declínio constante do número de agricultores e essa tendência só será acelerada.

As organizações horizontais de produtores devem ser estabelecidas de forma permanente e eficaz.

As organizações de produtores que negociam contratos e preços com processadores em nome dos agricultores devem ser estabelecidas em todas as fábricas de laticínios e em toda a UE com poder de negociação suficiente.

Como explica Boris Gondouin, membro do Comitê Executivo da EMB da França, a única opção são as organizações de produtores com uma estrutura horizontal real que não esteja vinculada a um único laticínio. “Eles terão o poder de mercado necessário para negociar com processadores em pé de igualdade apenas se puderem negociar com vários laticínios ao mesmo tempo.” Ele continua que é absolutamente essencial que os agricultores das cooperativas estejam representados nessas organizações de produtores. “Muitos produtores são cooperados, o que significa que cobrem grande parte do volume de leite. Os preços que cobrem os custos também precisam ser negociados para essas entregas”, diz Gondouin.

As medidas de espelho devem ser aplicadas aos produtos agrícolas importados
O EMB é a favor de que os produtos agrícolas importados sejam sujeitos a medidas-espelho (normas sanitárias e ambientais), para que os produtos agrícolas que não cumpram as normas da UE não sejam colocados no mercado da UE. O objetivo é garantir que os consumidores da UE tenham sempre o mesmo nível de proteção da saúde e do meio ambiente.

Além disso, isso também evitaria que os produtos locais da UE, que são mais caros de produzir devido aos padrões locais, fossem marginalizados e substituídos por importações "baratas". Isso levaria simplesmente ao deslocamento da produção e, portanto, às emissões para fora da UE. Isso seria contrário às desejadas melhorias ambientais globais no setor agrícola.

As informações são do European Milk Board, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 
 

 

 
Copom eleva a taxa Selic para 12,75% ao ano

Inflação influencia a decisão. Mesma iniciativa tomou ontem o Fed, o ‘banco central’ americano, promovendo a maior alta em 22 anos

O Banco Central (BC) decidiu ontem elevar a taxa básica de juros, a Selic, de 11,75% para 12,75% ao ano. Ao cumprir a indicação dada na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a instituição chega à 10ª alta seguida desde março de 2021, quando o patamar de 2% era o menor da história. Ao mesmo tempo, ontem, o Federal Reserve (Fed), “banco central” americano, elevou os juros básicos dos Estados Unidos em 0,5 ponto percentual para a faixa entre 0,75% e 1% ao ano, a maior magnitude em 22 anos. A decisão ocorre devido à inflação elevada nos Estados Unidos, causada em boa parte por aumento de preços de commodities de energia. No Brasil, analistas já previam um ponto a mais. O Copom já havia reafirmado que a decisão tem objetivo de conter a inflação, atualmente a caminho de fechar 2022 acima do teto da meta pelo segundo ano.

A elevação da taxa de juros funciona como o instrumento de política monetária mais usado para reduzir preços. Jjuros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimentos pelas famílias. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso leva reflexos aos preços. Já quando o Copom reduz os juros  básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo. Mais recentemente as expectativas do mercado financeiro apontavam ainda para uma última alta de 0,5 ponto percentual no encontro previsto para junho. O índice, agora, fica vigente por ao menos 45 dias, ou seja, até a próxima reunião do comitê.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os oito diretores da autoridade monetária iniciaram as apresentações técnicas desta última reunião na terça, expondo evolução, perspectivas da economia e comportamento do mercado. A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa e funciona como piso para demais juros cobrados no mercado.

É usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais. A Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo a empresas ou consumidores em forma de empréstimos. (Correio do Povo)

Jogo Rápido 

Uruguai: faturamento bruto das fazendas leiteiras no primeiro trimestre é o maior em 8 anos
O faturamento bruto das fazendas leiteiras no primeiro trimestre do ano foi o maior desde janeiro-fevereiro de 2014, totalizando US$ 169,42 milhões, 20% acima da média do mesmo período de 2021, de acordo com os dados de referência e preços divulgados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale). No mesmo trimestre de 2014, o valor acumulado foi de US$ 194 milhões. Medido em pesos, o aumento ano-a-ano foi de 20,7%, com receitas atingindo 7.335 milhões, o nível mais alto para o trimestre desde que há registros (2002). O aumento responde à recuperação do preço recebido pelo produtor, não à remissão do leite para a fábrica, que registra um decréscimo médio de 1% em relação ao ano anterior. Apesar da recuperação do faturamento bruto, o poder aquisitivo do leite apresentou queda em março em relação a fevereiro, devido ao aumento do índice de custos que não foi acompanhado pelo aumento do preço do leite ao produtor. Em relação a março de 2021, a melhora no preço do leite foi maior que o aumento nos custos. Os custos que tiveram maior incidência foram fertilizantes, sementes e herbicidas, detalhou o INALE. As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

 
 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de maio de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.654


Piracanjuba anuncia chegada ao mercado de nutrição infantil
 
Nova linha engorda o portfólio de 180 produtos vendidos pelo laticínio
 
A marca Piracanjuba, da Laticínios Bela Vista, anunciou hoje sua chegada ao mercado de nutrição infantil. A companhia vai investir na comercialização de dois produtos da nova linha Piracanjuba Excellence - um deles uma bebida pronta para o consumo destinada à idade pré-escolar e, o outro, um composto lácteo em versões lata e sachê. 
As bebidas foram desenvolvidas pela divisão científica da marca, a Piracanjuba Health & Nutrition, informa a companhia em nota. As composições têm mais de vinte vitaminas e minerais, entre outras matérias-primas na receita.
“Os produtos contam com o respaldo de estudos científicos, realizados pela Piracanjuba Health & Nutrition, e com o apoio de especialistas, seguindo as recomendações nutricionais de cada fase e com o rigor que a alimentação infantil requer”, afirma Lisiane Campos, gerente de marketing da marca, em nota. 
A empresa desenvolveu um site específico com o fim de apresentar os produtos aos profissionais de saúde e aos pais interessados. 
 
A linha chega para engordar o portfólio de 180 produtos vendidos pelo laticínio com as marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom e MeuBom. Além disso, a companhia tem parcerias com a produtora de amêndoas Almond Breeze e com a Nestlé — neste caso para produzir e comercializar os leites UHT Ninho e Molico. (Valor Econômico)


Projeto que regulamenta autocontrole é aprovado na Câmara
 
Autocontrole - Foi aprovado nesta terça-feira (3), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, o relatório do deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) ao Projeto de Lei (PL 1293/21), que estabelece a fiscalização agropecuária por autocontrole.
 
Na prática, produtor e indústria se responsabilizam pelo cumprimento das normas determinadas pelo Estado nas atividades agropecuárias, em forma de autorregulação, aos moldes da Declaração de Imposto de Renda. Caso seja encontrada alguma desconformidade, toda a cadeia produtiva passará por fiscalização mais severa.
 
Ao defender o projeto, Lupion disse que a burocracia governamental não acompanhou o crescimento do setor, que hoje está travado por falta de fiscais para liberar plantas produtivas, insumos e procedimentos. “É um processo que, infelizmente, por falta de capital humano, o Estado não tem como manter. Nós estamos perdendo mercado por causa disso”.
 
Ele afirma que o projeto resolve a insuficiência de fiscais em muitas regiões, como o Paraná, onde há profissionais responsáveis por 30 municípios. “Os relatórios, os laudos, toda a documentação, precisará da chancela do poder público,” afirma o deputado.
 
O parlamentar citou, como exemplo, algo que acontece com a atividade de produção de frangos no norte do estado do Paraná. “Lá, o Ministério da Agricultura tem uma fiscal para cuidar de 60 municípios, algo em torno de 400 a 500 granjas. É humanamente impossível,” disse.
 
Programas de autocontrole
 
Produtores poderão aderir voluntariamente aos programas de autocontrole, por um protocolo privado de produção, com registros auditáveis de toda a cadeia – da matéria-prima ao produto final. Estão previstas ainda medidas de recolhimento de lotes que estejam em desconformidade com os padrões estabelecidos e com os procedimentos de autocorreção.
 
Para o presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), esse é um dos projetos mais importantes para aumentar a competitividade do agronegócio brasileiro. “Estamos falando de redução de custos de produção com garantia de qualidade porque de fato a burocracia engessa qualquer setor produtivo.”
 
A proposta atende um pedido antigo da agropecuária de inserir profissionais privados no acompanhamento diário dos processos, hoje sob responsabilidade de auditores federais fiscais agropecuários. No entanto, profissionais privados não poderão exercer atividades típicas dos auditores, apenas conferir o atendimento às normas estabelecidas pelo Estado.
 
Relator do projeto na Comissão de Agricultura (CAPADR), o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) ressaltou que “nossa legislação é da metade do século passado e é uma boa Lei, mas a burocracia ficou grande demais e dificultou a competitividade da indústria brasileira. Então, a proposta estabelece que a empresa faça o autocontrole.”
 
“Estamos ampliando e dando eco ao poder que o Brasil tem de produtividade, vendas e aberturas de mercados. A regulamentação desse projeto é um marco histórico para a agricultura brasileira,” finaliza a deputada Aline Sleutjes (PROS-PR). (Fonte: Frente Parlamentar da Agropecuária - FPA)
 
>> Acesse aqui o PL 1293/2021 
 

 
 

O agro também está no cais de Porto Alegre

O agronegócio também está, temporariamente, atracado no Cais Embarcadero, em Porto Alegre. Foi trazido pelas águas do South Summit, evento que segue até amanhã com o propósito de reunir pessoas, trocar ideias e buscar soluções movidas pelo espírito da inovação. Insumos que são imprescindíveis para uma atividade tocada a céu aberta e desafiada constantemente para ampliar o rendimento sem abrir mão da sustentabilidade (ambiental, econômica e social).

Na intensa programação de debates estão inseridos temas relevantes para o setor, em linha com o que o mercado tem demandado. É o caso da inovação na produção de alimentos sustentáveis, assunto que ganhou a Arena Stage no dia de ontem.

Em outro ponto, foram as estratégias para a produção de alimentos que ganharam espaço, com exemplos vindos de diferentes áreas: financeira, cooperativa e de pesquisa. Os dois exemplos colocados na vitrine foram o da Operação 365, programa voltado à melhoria das condições do solo, e o da plataforma SmartCoop.

- Melhorar o solo é preparar para o futuro e mitigar riscos relacionados às intempéries climáticas e ao estresse hídrico - afirmou em sua fala Irany SantAnna Junior, vice-presidente do Banrisul, que tem fomentado iniciativas do agro, como a Operação 365.

Tocada em parceria por Embrapa e cooperativas, combina a expertise de cada um. E é dessa relação de troca apresentada nos palcos de debates que surge um dos mais importantes ativos para a transformação necessária, que é a informação. (Zero Hora)

Jogo Rápido 

Uruguai – Exportações de lácteos, em abril, subiram em valor 
Exportações/UR – As exportações de lácteos se mantiveram em volume e subiram em valor em relação a abril do ano passado. Totalizaram 14.234 toneladas por US$ 53,88 milhões, ligeiramente abaixo das 14.352 exportadas em abril de 2021 por US$ 45,77 milhões. Em valor, houve aumento de 17,7%, segundo dados da Alfândega. A Argélia foi o principal destino dos lácteos uruguaios no mês passado, com 4.608 toneladas por US$ 17,9 milhões. Em segundo lugar se posicionou a China com 2.052 toneladas por US$ 7.433 milhões. No terceiro lugar ficou o Brasil, com 1.504 toneladas por US$ 6.782 milhões. Em abril, novamente, não foram exportados lácteos para a Rússia. A manteiga – o principal produto enviado para esse país – teve como principais destinos Brasil, Egito e África do Sul. Cabe destacar que nos quatro primeiros meses do ano, os embarques, em volume, cresceram 3,4% e 23% em faturamento, sendo 68.460 toneladas por US$ 251 milhões. Os principais destinos, assim como no mês passado foram: Argélia, China e Brasil.(Fonte: Blasina y Asociados News – Tradução livre: www.terraviva.com.br)