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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.768


8º Prêmio Sindilat de Jornalismo está com inscrições abertas
 
Com o objetivo de valorizar o papel da imprensa na divulgação de ações realizadas pelo setor lácteo gaúcho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) está com inscrições abertas para o 8º Prêmio Sindilat de Jornalismo. Trabalhos veiculados entre os dias 13/11/2021 e 01/11/2022 que mostrem a atuação da indústria de laticínios do RS podem ser inscritos até 1º de novembro nas categorias Impresso, Eletrônico e Online.
 
Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a premiação é uma forma de reconhecer a função dos jornalistas em disseminar a importância do setor lácteo na economia, no desenvolvimento e na alimentação das famílias brasileiras. “Nós, que estamos dentro dessa indústria, sabemos todo o trabalho que ela exige e o quanto ela é fundamental para a sociedade. Porém, é a imprensa que divulga essas informações para o público”, pontua Palharini.
 
Para participar, é necessário enviar a ficha de inscrição preenchida e digitalizada junto com uma matéria que tenha sido veiculada entre o período estabelecido para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. Não há um número limite de trabalhos a serem inscritos por candidato. Os finalistas de cada categoria serão divulgados no dia 25 de novembro, e os vencedores, que receberão um troféu e um iPhone, serão anunciados no dia 1º de dezembro na tradicional festa de fim de ano do Sindilat.
 
Para mais informações, acesse o regulamento disponível no site do Sindilat, clicando aqui. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 
NZ: condições climáticas fazem Fonterra reduzir previsão de captação de leite
 
A Fonterra Co-operative Group Limited revisou sua previsão de captação de leite da Nova Zelândia para a atual temporada para 1,480 bilhão de quilos de sólidos do leite, uma queda de 1% em relação aos 1,495 bilhão de quilos de sólidos do leite.
 
Este é o segundo mês consecutivo em que a cooperativa com sede em Auckland reduziu sua previsão de captação de leite, tendo feito isso no início de setembro, reduzindo sua previsão de uma estimativa inicial de 1,510 bilhão de quilos de sólidos do leite para 1,495 bilhão de quilos de sólidos do leite. Isso significa que as estimativas de coleta de leite caíram 2% nos últimos meses.
 
O clima quente e as inundações, particularmente no extremo norte do país e na parte superior da ilha sul, foram os culpados pelo início lento da temporada e pelas coletas de leite abaixo do esperado, com condições difíceis de pastagem afetando os níveis de produção.
 
O CEO da Fonterra, Miles Hurrell, comentou: “As condições climáticas variáveis que causaram um início lento na fazenda continuaram, contribuindo para a redução das coletas até setembro e início de outubro, o que nos levou a revisar ainda mais nossa previsão de coletas. “Como resultado, revisamos nossa previsão para 2022/23 em queda de 1,0%, para 1,480 bilhão de quilos de sólidos do leite”.
 
Os resultados anuais do FY22 da Fonterra revelaram que as coletas de leite para a temporada 2021/22 caíram 4% em 1,478 bilhão de quilos de sólidos do leite. Em agosto, a cooperativa informou que a produção de leite da Nova Zelândia nos 12 meses até julho caiu 4,4% em relação ao ano anterior. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)
 

Nota de Conjuntura do Mercado de Leite e Derivados
 
Entre 2015 e 2019, os preços reais ao produtor no mercado mundial (convertidos do Dólar para o Real e deflacionados) se mantiveram entre R$1,31 e R$ 1,64/L de leite, com média de R$ 1,40/L. 
 
Movimento similar ocorreu no Brasil, apenas com média um pouco maior, de R$ 1,58/L. A Figura 1 ilustra a evolução dos preços mensais líquidos reais (média Brasil do CEPEA), de janeiro de 2019 a setembro de 2022, corrigidos pelo IPCA de setembro. Observa-se importante valorização nos preços nacionais e internacionais ao longo dos últimos três anos. Este fato foi, em boa medida, decorrente da pandemia da Covid-19, especialmente do segundo semestre de 2020 até 2021, e dos efeitos da guerra da Rússia desde o início de 2022. 
 
Em 2020, a média de preços no Brasil foi de R$ 2,04/L, igual à mundial, de R$ 2,03/L. De modo similar em 2021, quando a média mundial foi de R$ 2,43/L, e do Brasil R$ 2,36/L. Ao longo do primeiro semestre de 2022 os preços do leite ao produtor no Brasil registraram aumentos mais acentuados devido ao período de entressafra e por uma redução histórica na oferta de leite, que caiu 9,1% no primeiro semestre. O pico dos preços ocorreu no mês de agosto de 2022, com valor 63% maior em relação ao mês de janeiro daquele ano. Em setembro de 2022, o preço do leite brasileiro teve queda de 14%. Ainda assim, esteve 28% acima da referência mundial adotada. Duas causas principais podem ser consideradas: (1) entrada no período de safra, momento em que há um aumento da oferta de leite; e (2) um aumento atípico no volume de importações de lácteos, equivalente à 10% da produção nacional de leite. 
 
Em termos de custo de produção, tomando-se como referência o custo da mistura 70% milho e 30% farelo de soja, os valores reais médios de 2022 para o mercado internacional e para o Brasil foram similares de R$ 1,93/kg e R$1,94/kg, respectivamente. Neste caso, ressalta-se que houve uma alta acentuada nos custos de produção após meados de 2020 e que segue incomodando o pecuarista. Com base nos nove meses de 2022, tanto no Brasil quanto no mercado internacional, os custos da mistura 70+30 foram 30% maiores em relação a 2021. 
 
Em termos da oferta, no âmbito mundial a expectativa de crescimento zero em 2022. Para o Brasil a expectativa, de acordo com as estatísticas disponíveis do leite captado é de uma queda na produção de 6% em relação a 2021.
 
No mercado atacadista, os preços dos principais derivados lácteos começaram a cair no final de julho. Até o início de outubro, houve um recuo próximo de 30% para o leite UHT e para o queijo mussarela. 
 
Para o consumidor, o impacto de queda de preços geralmente chega um pouco mais tarde. Os preços do leite UHT tiveram aumentos ao longo do primeiro semestre com pico em julho, equivalente a 75% no acumulado do ano. De julho até setembro houve um recuo de 21%. Dessa forma, ainda há espaço para novos recuos nos preços ao consumidor, já que a desaceleração no atacado e no produtor foram mais acentuadas. 
 
A produção de leite tem movimento crescente até dezembro, quando se chega ao pico da safra. Por outro lado, espera-se também alguma retomada do consumo. Os indicadores macroeconômicos de emprego e renda estão melhores, a inflação mais controlada, os preços dos derivados lácteos mais baixos no varejo e os suportes financeiros do Governo Federal às famílias de baixa renda são alguns dos estímulos a demanda. Isso tende a colocar algum piso nas cotações, inibindo novas quedas acentuadas, até porque, conforme mencionado, o custo segue elevado. (Fonte: CILeite/Embrapa)
 
 

Jogo Rápido 

Loja e bistrô RAR
Rede de franquias da empresa de alimentos fundada por Raul Anselmo Randon, a Spaccio RAR, de Vacaria, inaugura sua primeira unidade em Porto Alegre. Ela ficará na Avenida 24 de Outubro, no bairro Auxiliadora, e terá 500 metros quadrados. Além da loja, o local terá um bistrô, no mesmo modelo que já é operado em Curitiba (PR). A inauguração está marcada para o dia 29 de outubro. O investimento foi de R$ 700 mil. A princípio, 10 funcionários vão trabalhar nesta unidade. Não há planos para novas aberturas na cidade. A RAR foi fundada por Raul Anselmo Randon na década de 1970. (Zero Hora)

 
 
 
 

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Porto Alegre, 21 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.767


Salário mínimo terá reajuste pela inflação
 
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que os ajustes fiscais necessários para garantir os recursos para financiar a despesa com a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 ao mês passam pela introdução da tributação de lucros e dividendos com o Imposto de Renda (IR) e não por mudanças nas regras de reajuste do salário mínimo ou de vinculação dos valores mínimos dos benefícios da Previdência ao salário mínimo. No início de 2023 haverá reajuste do piso, pelo menos com reposição de inflação, afirmou o ministro. E o menor valor pago pela Previdência será equivalente a essa quantia reajustada. O governo também antecipou o calendário de pagamento do Auxílio Brasil de outubro, com os últimos da lista recebendo o recurso no próximo dia 25. 
 
Pelo primeiro cronograma este calendário terminaria no dia 31. A data do beneficiário é estabelecida conforme o Número de Inscrição Social (NIS). “Estamos com o jogo correndo, não vamos mudar as regras”, afirmou Guedes em entrevista após fazer uma apresentação sobre o cenário econômico durante uma reunião de diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na sede da entidade, no Rio. “Em janeiro e fevereiro, os benefícios dos aposentados e o salário mínimo serão corrigidos pelo menos pela inflação”, reiterou. Segundo o ministro, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) está “combinada politicamente” para introduzir a tributação de lucros e dividendos com o Imposto de Renda (IR). 
 
Atualmente, esse tipo de rendimento é isento de IR. O Brasil é um dos poucos países do mundo que não tributa a renda auferida pelas pessoas físicas com o lucro empresarial. Essa nova receita, assinalou, ficaria “bastante acima” dos novos gastos previstos para 2023. Nas contas de Guedes são R$ 69 bilhões em novas receitas contra R$ 52 bilhões de despesas. O ministro não especificou quais novos gastos estão incluídos no segundo valor e se haveria alguma outra despesa além da manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 por mês. O custo fiscal das medidas lançadas nos últimos meses pelo governo federal tem sido estimado em torno de R$ 65 bilhões. 
 
Guedes sinalizou também um aumento salarial linear para todo o funcionalismo público federal. Nas contas do ministro, um reajuste de 5,5% para todos elevaria a despesa em R$ 10 bilhões ao longo de um ano. De acordo com ele, a PEC já combinada precisa ser apresentada ao Congresso Nacional e votada o mais rápido ao possível. O objetivo seria garantir os recursos para financiar as novas despesas já no início de 2023. (Correio do Povo)


Produção de leite tem forte desaceleração no Mercosul

A produção de leite nos principais países produtores do Mercosul – Brasil, Argentina e Uruguai – teve forte desaceleração de 2012 a 2022 em comparação com a década anterior. 

Estudo divulgado pelo Rabobank mostra que a produção no campo cresceu 6% no Brasil, 4% na Argentina e 10% no Uruguai entre 2012 e 2022. O trabalho elaborado pelo analista Andrés Padilla não evidencia os volumes em litros, mas apresenta índices gerados a partir de informações de cada país ao longo da década. Entre 2002 a 2012, houve crescimentos de 66% no Brasil, 31% na Argentina e 72% no Uruguai. “Os participantes do mercado não poderiam ter previsto tal desaceleração produtiva de leite cru. 

Há dez anos, a demanda crescia tanto no mercado interno quanto no externo, o crescimento econômico na região foi bastante estável e o interesse internacional por ativos lácteos domésticos estava no auge”, diz Padilla no relatório. Segundo ele, “vários players globais” na Europa e na América do Norte investiram ou planejavam atuar na região. Entre os principais fatores para a queda de produção está a migração de produtores para outras atividades que ofereceram melhor retorno e a desaceleração do crescimento da demanda doméstica, devido a desafios econômicos e mudanças demográficas. (Valor Econômico)

Análise da última queda da Fonterra

É certo que a demanda retraiu pressionando os preços para baixo. Isso se refletiu no último leilão da Fonterra. 
 
A queda não foi maior porque a oferta está restrita. É improvável que tenha algum desempenho positivo nos próximos seis meses em alguma das principais regiões exportadoras.
 
Entrando em detalhes sobre a demanda, é importante observar que não está havendo recuperação. No decorrer do ano (até agosto) as importações mundiais de lácteos diminuíram. Leite fresco caiu 140.772 toneladas (-6%); leite em pó caiu 447.623 toneladas (-13%); iogurte e leites fermentados caíram 85.700 toneladas (-16%); soro caiu 86.343 toneladas (-7%); manteiga aumentou 9.023 toneladas (+1%); e queijos diminuíram 100.221 toneladas (-5%).
 
A demanda de determinados países se manteve baixa: China, Sri Lanka, Bangladesh e Leste Europeu. Outros países estão registrando maiores demandas: Norte da África, Oriente Médio, América do Norte, Sudeste Asiático e também Europa.
 
A situação macroeconômica internacional está dominando o espectro mundial e afetando todos os âmbitos: econômico, social e político. A inflação e a variação cambial são dois dos fenômenos nada desprezíveis na atualidade.
 
Segundo análise da Bolsa de Valores da Nova Zelândia e a opinião dos principais analistas do mercado internacional, o saldo da balança deverá se inclinar para a demanda nos próximos meses. A necessidade de importar mais produtos lácteos começa a ser sentida, dada a diminuição dos estoques que há alguns meses ainda se acumulavam devido ao aumento significativo do comércio em 2021. Há certo consenso de que, em meio à turbulência global, o setor lácteo será impactado, mas será um impacto menor do que em outros setores. (Fonte: Tardaguila – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 41/2022 – SEAPDR
 A previsão é de que, nesta quinta-feira (20/10), ocorrerá a formação de um ciclone extratropical que provocará ventos fortes e chuva significativa principalmente no sul do Estado. Entre a noite de quinta e a sexta-feira (21/10), deve chover valores acima de 50 mm em muitas cidades próximas a Bagé e Dom Pedrito. Até domingo (23/10), a nebulosidade e os ventos devem ser observados em toda a Região Sudeste e Leste do RS em decorrência do deslocamento desse ciclone. Nas demais regiões, deve chover, mas o tempo já firma a partir do sábado (22/10). As temperaturas não devem baixar muito. Porém, na próxima semana, ainda haverá entrada de ventos do leste e do sul, o transporte de umidade do oceano em direção à costa gaúcha e temperaturas mais amenas nas cidades do sul, como Rio Grande, Pelotas e Capão do Leão. No decorrer da semana, o clima será seco e ensolarado na maior parte do Estado. Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)

 
 

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Porto Alegre, 20 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.766


China será autossuficiente em lácteos?

A China divulgou seu último relatório mensal de laticínios, destacando uma reviravolta no preço do leite cru do país e outro leve declínio na produção de laticínios.
 
O preço do leite cru chinês parou de cair em setembro, alta de 0,29% em relação aos números de agosto, e o primeiro aumento do mês inteiro após oito meses de trajetória de queda. O preço do leite cru chinês aumentou 0,01 yuan (US$ 0,0014)/kg em relação a agosto, para 4,13 yuan (US$ 0,57)/kg. Esse valor é 0,21 yuan (US$ 0,029)/kg ou 4,8% maior que o preço em setembro de 2021.
 
A Beijing Orient Agribusiness Consultants (BOABC) observa que o custo da pecuária leiteira é o principal impulsionador dessa reviravolta no preço do leite, com o custo da alimentação aumentando continuamente a cada ano.
 
Os preços do farelo de soja chinês aumentaram 20,7% em setembro ano a ano, para 4,63 yuan (US$ 0,64)/kg, enquanto o milho aumentou 2,1% ano a ano, para 2,99 yuan (US$ 0,42)/kg. Este é o primeiro aumento mensal do farelo de soja desde abril, com os preços subindo 5,2% em relação a agosto. Esses números não são surpresa com as recentes condições climáticas extremas que afetaram as regiões produtoras de grãos em toda a China durante o período de verão.
 
Espera-se que a China aumente sua produção total de grãos na temporada 2022-23 em 1,5 milhão de toneladas, para 420,2 milhões de toneladas – embora não na medida que o país gostaria, com o crescente tamanho dos rebanhos no país.
 
O tamanho dos rebanhos aumentou significativamente com um crescimento de 34% de gado reprodutor importado no ano até o momento, e um incentivo recente introduzido para aumentar as importações e a criação de gado. O incentivo emitido pelo governo local de Jilin fornece um subsídio único de 10.000 yuan (US$ 1.390)/kg para cada touro reprodutor e 1.000 (US$ 139) para cada vaca que dê à luz um bezerro. Este anúncio coincide com a recente proibição do governo da Nova Zelândia às exportações de gado, abrindo o crescente mercado de importação de rebanho da China para outras nações.
 
Com o aumento do tamanho dos rebanhos e o crescimento do rendimento relativamente estagnado, as importações de grãos continuaram aumentando. As importações de soja e trigo cresceram em agosto, 61% e 166% ano a ano, respectivamente. As importações de soja no acumulado do ano caíram 38%, embora com as recentes restrições de oferta de soja no exterior com o conflito na Ucrânia e as diminuições no rendimento dos Estados Unidos, isso não surpreende.
 
O que também não surpreende é a demanda em declínio de produtos lácteos no mercado interno na China, com os lockdowns afetando os restaurantes, supermercados e atividades online do país em muitas das maiores cidades.
 
O BOABC relata que as vendas online de produtos lácteos caíram 23,7% com relação ao ano anterior no primeiro semestre de 2022, elevando o preço dos produtos domésticos com leite líquido, iogurte, fórmula infantil e leite em pó adulto em 3,99%, 2,39%, 2,16% e 2% com relação ao ano anterior, respectivamente.
 
Então, o que isso tudo significa?
A China continua se preparando para a segurança do fornecimento doméstico de laticínios, aumentando seu rebanho nacional e aumentando sua oferta de ração. Embora haja incerteza em torno das importações de lácteos chineses para o resto do ano, com números recentes de importação muito baixos, alguns estão preocupados com o quanto da mudança é resultado de bloqueios esporádicos em todo o país e quanto é o desejo de todo o país de fornecer mais auto-suficiência para seu povo.
 
A crescente produção chinesa de leite em pó fez com que as importações de leite em pó diminuíssem. As importações de gorduras, queijos e soro de leite, entretanto, aumentaram. Permanecerá um nível de ambiguidade sobre o futuro do mercado de lácteos chinês nos próximos meses. No entanto, o ajuste da janela tarifária em janeiro será um indicador interessante de mudança. (As informações são da Farmers Weekly, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Espanha – Não há leite, nem tampouco preço
 
Em julho de 2021 centenas de pecuaristas produtores de leite, dos pouco mais de 400 que ainda sobreviviam em Andaluzia, foram às ruas com o tema “Com o leite no pescoço” para protestar sobre a situação de asfixia que estavam sofrendo diante da falta de rentabilidade que provocava resultava no encerramento da atividade nas fazendas. 
 
A entidade que representa o setor, a COAG Andaluzia, junto com outras organizações e cooperativas iniciou um processo de mobilizações nas quais pediam preços justos para o leite de vaca, um alimento básico que se encontrava sob a ameaça de desabastecimento.
 
Um ano depois, já é uma realidade: não há leite suficiente em Andaluzia, onde as circunstâncias resultantes da guerra Rússia-Ucrânia vieram se somar aos efeitos de uma severa seca que disparou os custos da alimentação para o gado que já acumulam alta de 40% em um ano.
 
Assim, o inalcançável incremento dos custos de produção foi a pressão final a um setor que já se encontrava muito endividado pelos baixos preços, dominados pelas grandes cadeias de distribuição, provocando a ruína e o fechamento de inúmeras fazendas leiteiras nos últimos anos em Andaluzia.
 
Ou seja, ruína sobre mais ruína. Os pecuaristas precisam decidir entre fechar as fazendas para não continuar multiplicando as dívidas, ou vender vacas para o abate, obter algum alívio dos custos no curto prazo. A consequência direta de tudo isso, tal como advertiu a COAG nas mobilizações de 2021, é uma perda considerável da produção de leite em Andaluzia: não há leite suficiente, o que sem dúvida é um problema para toda a sociedade.
 
Apesar da escassez, as grandes cadeias de distribuição resistem em pagar um preço justo que cubra os custos de produção e propicie um mínimo de rentabilidade aos produtores. É preciso lembrar que a rede Mercadona tornou público o problema da falta de leite de sua marca de distribuição (Hacendado), culpando os produtores.
 
Para a COAG Andaluzia, a solução imediata é muito clara: se querem leite, que paguem um valor justo. E atualmente, um preço mínimo que cubra os custos e não leve os produtores à falência, é em torno de € 0,60/litro. Se o pagamento não for justo, a produção de leite em Andaluzia continuará caindo.
 
Definitivamente, a situação é grave e, a COAG Andaluzia, cobra soluções urgentes para um tema que já atinge toda a sociedade. É preciso cumprir a Lei da Cadeia Alimentar que proíbe a venda de produtos abaixo dos custos de produção, não somente para sobrevivência da produção leiteira, mas de todo o setor agrário, já que o desabastecimento se estenderá a outras produções, como o leite caprino, se não forem tomadas as medidas necessárias. Está em questão a alimentação: se o campo não produz, a cidade não come. (Fonte: Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
Tecnologia e dados impulsionam o futuro dos lácteos

Como será o futuro da pecuária leiteira em 10 anos? Mais consolidação, mais regulamentações e mais uso de tecnologia são um fato. "Se o caminho em que estamos é uma indicação, os próximos 15 a 20 anos serão bastante interessantes quando olhamos para o futuro", disse Chad Heiser, presidente da Lely North America, que se juntou a executivos da GEA e DeLaval para falar sobre o futuro da pecuária leiteira e como a tecnologia e a inovação desempenharão um papel importante durante um painel de discussão na World Dairy Expo.
 
Matt Daly, presidente da GEA North America, disse que é certo que os produtores de leite nos EUA e no Canadá enfrentarão um ambiente mais regulamentado nos próximos 10 anos e que as empresas terão que atender às suas necessidades com o desenvolvimento de novos produtos. 
 
Coisas como a geração de energia na fazenda continuarão crescendo, disse Daly, acrescentando que agora a GEA está envolvida com quase duas dúzias de projetos de digestores de esterco em todo o país. Junto com isso, os produtores precisarão ser mais proativos no trato com o público. “Os próprios produtores estão ficando cada vez melhores no que fazem, o que significa que eles precisam estar muito, muito mais cientes do público que os cerca e de como são vistos”, disse Daly. "E então eu acho que você verá muito mais abertura e compartilhamento de informações com o público. O público precisa saber de onde vem sua comida."
 
Dados são fundamentais
Fabian Bernal, chefe de sustentabilidade da DeLaval, disse que os dados nas fazendas serão fundamentais para orientar as decisões dentro e fora das fazendas, informando melhor as pessoas sobre como os produtores tomam decisões e como isso afeta seus alimentos. Heiser acrescentou: "Da forma que avançamos, em 10 anos a utilização desses dados será imperativa. Primeiro, para tomar melhores decisões para o animal, acho que devemos manter o animal na frente e no centro. Esta é uma oportunidade de transparência para que a indústria seja muito clara para os consumidores sobre o que está acontecendo.”
 
Comunicando a sustentabilidade
Sobre a preservação de recursos naturais, como a água, Heiser disse que a indústria está apenas arranhando a superfície do que pode fazer, citando projetos de irrigação inteligente e recuperação de resíduos animais como dois exemplos. Daly disse que os produtores, especialmente os jovens, estão muito mais dispostos a aprender sobre coisas como alimentação de precisão e como fazer mais com menos. “Esta é uma ciência real que percorreu um longo caminho em nossa indústria”, disse ele. “Você não precisa colher tanto; você não precisa estar lá cortando cinco ou seis vezes com algumas das novas digestibilidades e algumas das forragens que estão lá fora. É incrível o que você pode fazer.”
 
Mas comunicar isso com o público é fundamental. Daly apontou para as práticas regenerativas que algumas fazendas leiteiras já estão fazendo, como a reciclagem de água que ajuda a resfriar o leite para retirar o esterco dos galpões. “A agricultura regenerativa é o que todas as fazendas estão fazendo, se é visto dessa maneira é algo que deve ser divulgado mais”, disse Daly.
 
Bernal disse que é aqui que os dados podem fazer a diferença. “Com a agricultura regenerativa, acredito que temos duas dificuldades. Uma é lidar principalmente com a forma como comunicamos nossas práticas aos consumidores, mas também o que podemos fazer em nossas fazendas para melhorar ou reduzir o impacto de certas coisas”, disse ele, acrescentando que, com melhores medições e dados, as fazendas podem diminuir os impactos de coisas que antes eram prejudiciais - e depois conversar com os consumidores com os dados para respaldá-los.
 
Incentivando as pequenas propriedades
Celulares e laptops já foram vistos como itens de luxo para a maioria das pessoas. Mas os preços eventualmente caíram, e os próprios aparelhos se tornaram tão avançados que os celulares se tornaram um item doméstico comum. Heiser disse que vê a mesma curva de adoção para pequenas fazendas que colocam tecnologias avançadas, como ordenhas robóticas, alimentação de precisão e aplicação avançada de esterco nos campos. Os custos para fazer essas coisas serão reduzidos ao ponto em que as pequenas fazendas serão tão capazes de fazê-las quanto as grandes fazendas leiteiras, disse ele.
 
Bernal disse que a reforma dos regulamentos pode ajudar a impulsionar a adoção de tecnologias avançadas. Ele disse que os regulamentos atuais, como a Portaria Federal do Leite Pasteurizado, levaram a custos de adoção mais altos – 20% mais altos para os produtores dos EUA do que os produtores de outros países – para tecnologias semelhantes. Daly disse que sua empresa já construiu sistemas fechados de tratamento de águas residuais em fazendas na Europa e em outros países que limpam as águas residuais e as devolvem às vacas, não apenas as descarregam em um córrego.
 
Independentemente disso, porém, Heiser disse que é uma questão de quando, e não se, as fazendas leiteiras podem ser totalmente automatizadas, resultado de produtores tentando resolver questões trabalhistas e regulatórias, e a tecnologia cada vez melhor. “Existem muitas tarefas manualmente redundantes que acontecem agora com trabalho físico”, disse ele. “Há inovações disponíveis hoje, e acredito que está chegando a inovação que pode realmente automatizar cada uma dessas tarefas dentro de uma fazenda leiteira.”
 
“O feedback imediato para o usuário, para aquele funcionário, gerará informações suficientes para que esses funcionários possam responder ao chamado para ação com muito mais rapidez, tornando o processo muito mais eficiente, ou seja, se um animal for apresentar um caso clínico, o feedback será imediato para que o funcionário tome decisões muito, muito mais rápido, ao invés de perder tempo e separar o animal e outras coisas, o funcionário poderá responder a esses processos muito, muito mais rápido e realimentar o sistema para que o agricultor saiba o que fazer no futuro, seja em termos de tratamento ou decisões de descarte", disse Bernal. (As informações são da Farm Progress, adaptadas pela equipe MilkPoint) 
 

Jogo Rápido 

INSCRIÇÕES ABERTAS: 2º Prêmio Referência Leiteira RS 
Os produtores de leite do RS podem se inscrever até 31/10/2022 no 2º Prêmio Referência Leiteira RS, para as categorias “Propriedade Referência em Produção de Leite – Sistemas à base de pasto” e “Propriedade Referência em Produção de Leite – Sistema de Semi confinamento ou confinamento”. O regulamento e a ficha de inscrição podem ser acessados pelo site do Sindilat. As inscrições serão realizadas nos escritórios municipais da Emater/RS e a divulgação dos resultados e premiação durante a Expointer 2023. Acesse o regulamento e a ficha de inscrição clicando aqui. (As informações são do Sindilat/RS)

 
 
 
 

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Porto Alegre, 19 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.765


Lácteos caem no exterior, e importação pode crescer

O preço médio da tonelada de produtos lácteos nas negociações da plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência para os preços internacionais do segmento, recuou ontem pela segunda vez seguida neste mês. A cotação fechou o dia a US$ 3,723 mil, com queda de 4,6% em comparação com o evento anterior, realizado em 4 de outubro. Os movimentos da GDT costumam impactar contratos de importadores brasileiros com cerca de dois ou três meses de “delay”. É que o Brasil importa diretamente da Argentina e do Uruguai, já que não há cobrança de tarifa externa comum (TEC), mas os vizinhos acabam seguindo as tendências do mercado global. “Nossas importações estão correlacionadas à GDT. Se os preços de importação caem, podem ficar mais competitivos em relação aos do mercado local”, afirma Valter Galan, sócio da consultoria Milkpoint Mercado. 

O custo do leite em pó importado dos vizinhos, por exemplo, está mais baixo que o do mercado interno desde meados de abril, segundo levantamento da consultoria divulgado na primeira quinzena de outubro. Isso ocorreu ao longo deste ano devido à redução da oferta de leite no mercado interno, o que levou os importadores a olharem com atenção para oportunidades de compras no exterior. A partir de julho, porém, com o início a safra na região Sul do país, a disponibilidade começou a melhorar. Mesmo que setembro tenha sido um mês de recuperação de preços na plataforma GDT, as duas quedas consecutivas em outubro mantêm a cotação média internacional distante do pico do ano, registrado em março, quando a tonelada valia US$ 1 mil a mais do que hoje - à época, era cotada a US$ 4,7 mil. Leite em pó Fundada pela cooperativa neozelandesa Fonterra, maior exportadora global do segmento, a GDT realiza negociações a cada 15 ou 20 dias.

A baixa de ontem foi puxada pelos leites em pó integral e desnatado. O integral teve queda de 4,4%, a US$ 3,421 mil por tonelada, e o desnatado encerrou o dia cotado a US$ 3,25 mil, recuo de 6,9%. Uma razão para a queda dos preços internacionais, principalmente no segundo semestre, é a redução da demanda da China, dizem analistas. A participação do país nas compras mundiais tem diminuído e vem caindo porque a economia local tem crescido pouco, comentou Paulo Martins, economista da Embrapa. Ademais, acrescenta Galan, da Milkpoint, a notícia de possível liberação de barris de petróleo dos estoques nos Estados Unidos - medida que pode ser tomada para conter a inflação local - afeta os preços do petróleo e o consumo de lácteos. “Os grandes importadores de lácteos no mundo, com exceção da China, também são grandes produtores e exportadores de petróleo. Quando o petróleo vai bem, há tendência de aumento da demanda de leite e vice versa”, explica ele. Do lado da oferta, que ainda cresce pouco em relação ao ano passado, o momento é de pico de safra na Nova Zelândia, grande produtor mundial. (Valor Econômico)


Agro define prioridades à COP27

O setor agropecuário entregou, ontem, ao governo federal, um documento com as cinco linhas de trabalho prioritárias para ampliar a sustentabilidade na produção de alimentos no Brasil. Os pontos são considerados imprescindíveis para que os produtores possam cumprir a parte que lhes cabe nos acordos internacionais assumidos pelo Brasil para mitigar a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e evitar o aumento de 1,5ºC na temperatura da Terra até 2100. 

O material, consolidado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), será apresentado na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), realizada entre 6 e 18 de novembro, na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito. E foi repassado pelo presidente da entidade, João Martins, aos ministros da Agricultura, Marcos Montes; do Meio Ambiente, Joaquim Leite; e das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, em Brasilia. O primeiro eixo trata da “nova meta quantificada de financiamento climático”, e detalha a utilização de fundos para financiar projetos que auxiliem no cumprimento de metas globais de mitigação de Carbono e de Metano à atmosfera. 

O segundo diz respeito a “mecanismos focados em adaptação”, reforçando a importância de incentivar a adoção de práticas como restauração de vegetação nativa e produção agropecuária em sistemas integrados. O terceiro ponto tem como tema o “trabalho Conjunto de Koronívia sobre agricultura”, e contém o pedido de criação do “Comitê de Koronívia” para debater a união entre agropecuária, inovação e sustentabilidade. Já o quarto ponto foca em “operacionalizar os mecanismos de mercado de Carbono”, solicita transferência internacional de resultados e pede inclusão de créditos de Carbono privados. O quinto ponto, por fim, dá “Recomendações de ordem geral aos negociadores brasileiros”. 

CNA buscará oportunidades
Os cinco eixos prioritários de trabalho apresentados ontem aos ministros devem não só criar obrigações, mas oportunidades ao setor primário brasileiro. Essa é a avaliação do coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias Filho, citando a necessidade, por exemplo, de financiamentos para que o agro se adapte e trabalhe num mercado de carbono efetivo. “Somos reconhecidos como provedores de tecnologias e produção de alimentos menos emissores de Gases de Efeito Estufa (GEE). Também temos um dos códigos florestais mais rigorosos do mundo, o qual está implantado. O agro brasileiro tem um papel muito grande, e a CNA vai à COP atrás das oportunidades”, declara.

De acordo com ele, todos os cinco temas elencados pela entidade, em nome do setor primário, são importantes para evitar que a temperatura média da Terra aumente 1,5ºC até o ano de 2100. (Correio do Povo)
 

Como tomar as melhores decisões para o seu negócio?

O mundo muda o tempo todo. Fazer as coisas como antes não é mais garantia de sucesso. O setor lácteo, assim como a economia mundial, passa por grandes transformações desde as mudanças no perfil de consumo até a origem da matéria-prima. As tecnologias existentes hoje, a oferta de leite, os produtos concorrentes, as regulamentações e os canais de vendas não são os mesmo de ontem.
 
Em busca de construir cenários e nortear decisões assertivas, o Dairy Vision traz à tona as principais pautas e tendências do leite mundial. Dias 22 e 23 de novembro, em Campinas, São Paulo, os principais agentes do setor lácteo do Brasil e do mundo reunidos em um só lugar.
 
Com palestrantes nacionais e internacionais, em dois dias intensos, no Dairy Vision 2022 entenderemos os cenários de mudanças em busca de oportunidades. Abordaremos desde a oferta de leite, marketing, produtos concorrentes, novos canais de distribuição, inovação, tecnologia até a comunicação com os consumidores.
 
Quem é protagonista, agente de transformação e impulsionador do futuro do leite mundial estará no Dairy Vision 2022, esteja você também!
 
Associados do Sindilat tem 15% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)


Jogo Rápido 

Base de cálculo 
Se uma empresa recebeu incentivos e benefícios fiscais de ICMS, e esse valor foi registrado como reserva de lucros, ele deve ser automaticamente considerado subvenção para investimento. Assim, fica de fora da base de cálculo para o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido. Em julgamento, ontem, a 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) adotou esta interpretação mais benéfica ao contribuinte. O caso é oriundo do Paraná e passará a balizar a jurisprudência nacional. (REsp nº 1.968.755). (Jornal do Comércio)

 
 
 

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Porto Alegre, 18 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.764


Conseleite entrega pauta a candidatos ao governo do RS
 
Revisão do regime tributário, linhas de crédito rural, política de fomento à produção leiteira e acesso aos recursos do Fundoleite são alguns dos principais pedidos do setor lácteo ao novo governador do Estado do Rio Grande do Sul. As pautas constam em documento entregue nessa terça-feira (18/10) aos candidatos ao Palácio Piratini Eduardo Leite (PSDB) e Onix Lorenzoni (PL). Lideranças dos produtores e das indústrias reuniram-se com os candidatos em nome do Conseleite na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag), em Porto Alegre (RS). Segundo o coordenador do Conseleite, Eugênio Zanetti, é essencial olhar para a questão social que envolve a produção leiteira e adotar ações que inibam a volatilidade dos preços e evitem a evasão de milhares de produtores da atividade. “Nosso Estado perde em competitividade em função da carga tributária e de problemas logísticos que dificultam o escoamento da safra uma vez que apenas 40% do leite produzido no RS é consumido em solo gaúcho”, salientou. Zanetti citou ainda a necessidade de coibir as importações e estimular as exportações de lácteos. Presentes nas reuniões, o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, e o secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, entregaram aos candidatos documento com dados sobre a produção gaúcha e a fundamentação do impacto do FAF no setor lácteo do RS.
 
Pela manhã, o encontro foi com o ex-ministro Onix Lorenzoni. Às lideranças presentes, ele prometeu trabalhar para baixar impostos, por políticas de concessão de crédito e sinalizou que manterá um canal direto de escuta das demandas do setor com reuniões semestrais. Sinalizou que pretende fortalecer a ação do Banrisul em linhas de crédito agrícola e buscar a consorciação de atividades nas propriedades rurais, integrando o leite a outras atividades como a piscicultura e a silvicultura, por exemplo. “Iremos acompanhar a par e passo a situação do setor e ver o que precisamos fazer no RS para enfrentar a burocracia”, ressaltou.

À tarde, foi a vez do candidato Eduardo Leite apresentar seus projetos ao setor. Indicou que vê duas frentes a serem adotadas: destravar o acesso ao Fundoleite para viabilizar investimentos e achar novos mercados consumidores para os lácteos gaúchos tanto dentro do Brasil quanto no fomento às exportações. Sobre o FAF, informou que uma solução para a questão já está sendo analisada para evitar a penalização e perda de competitividade dos laticínios do RS. “Nesse primeiro período de governo, nossa tarefa foi o enfrentamento da questão fiscal do Estado e da pandemia. Agora, precisamos pensar em um plano estratégico para resolver as questões mais importantes e que tragam maior impacto e apoio”. Disse também que abrirá diálogo com o setor para construção do plano de trabalho. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito das fotos: Carolina Jardine)



GDT - 18/10/2022


(Fonte: GDT)

Abras aponta crescimento de 2,67% no consumo dos lares brasileiros

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) anunciou o aumento acumulado no ano de 2,67% no consumo dos lares brasileiros. A alta ainda é maior na comparação entre agosto e julho deste ano, com crescimento de 6,12%. Na comparação entre agosto de 2022 e o mesmo mês do ano passado, a alta é de 7,23%. 

Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Na conjuntura econômica, o crescimento das vagas de emprego formal, o aumento no valor dos benefícios sociais, como o Auxílio Brasil e queda nos preços dos alimentos contribuíram para o crescimento do Consumo nos Lares”, afirma o vice-presidente da Abras, Márcio Milan. 

O levantamento mostrou queda do preço dos alimentos nos supermercados. De acordo com a Abras, a baixa foi de 9,89% no preço dos gêneros alimentícios no terceiro trimestre (de julho a setembro) deste ano. Com isso, o AbrasMercado - indicador que mede a variação de preços nos supermercados - registra a segunda deflação consecutiva, puxada por produtos básicos, como leite, óleo de soja, feijão e açúcar. Em agosto, queda de -2,61%, e em setembro, -1,71%. O preço da cesta, na média nacional, passou de R$ 757,97 em agosto para R$ 745,03 em setembro. 

A cesta Abrasmercado é composta por 35 produtos de largo consumo, que inclui alimentos, bebidas, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza. Na cesta de 12 produtos - açúcar, arroz, café moído, carne bovina, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão, leite longa vida, margarina, massa sêmola de espaguete, óleo de soja e queijo mussarela - os preços médios caíram de R$ 362,84 em julho para R$ 326,96 em setembro. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido 

Conselheiros aprovam contas do Fundesa-RS no terceiro trimestre
 O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS realizou nesta segunda-feira, a prestação de contas do terceiro trimestre de 2022 (julho a setembro). O saldo do Fundo é mais de R$ 117 milhões e registrou no período a soma de R$ 6,6 milhões entre contribuições e rendimentos. Desde o começo do ano, já são R$ 18,2 milhões agregados ao fundo. Já as despesas, que incluem investimentos e indenizações, somam R$ 5,8 milhões, desde janeiro. “Neste montante, o maior valor ficou com as indenizações para a pecuária leiteira, que superam R$ 4,4 milhões”, afirma o presidente do Fundo, Rogério Kerber. Só no último trimestre, a pecuária leiteira demandou indenização a 126 produtores, com um total de 812 bovinos leiteiros. Todos os processos passam pelos técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e as indenizações só são destinadas aos produtores que estão em dia com as contribuições ao fundo. Os integrantes do Conselho Deliberativo do Fundesa aprovaram as contas sem restrições. Os relatórios ficam disponíveis no site da instituição e também são enviados para a Secretaria da Agricultura, da Fazenda, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado e Controladoria e Auditoria Geral do Estado (Cage). (Fundesa)

 
 
 

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Porto Alegre, 17 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.763


O cenário para produção de leite na América do Sul é mais positivo
 
Pelo segundo relatório semanal consecutivo, as expectativas sobre a produção de leite são mais positivas. 
 
Apesar da seca e do tempo quente, espera-se que a produção de leite na primavera seja idêntica à do ano passado. No Uruguai, os especialistas avaliam que há sinais claros de um bom começo de primavera.
 
Relatórios da Argentina sinalizam que os agricultores venderam recordes de soja, embora uma boa quantidade tenha sido exportada, principalmente para a China. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) avalia que a safra de soja e milho de 2023 deverá superar a de 2022, se o tempo se mantiver estável.  
 
Estão destinados aos importadores chineses, grande parte do milho brasileiro, bem como a soja argentina, já que os governos brasileiro e chinês assinaram um acordo comercial bilateral no início do ano.
 
O mercado de leites em pó continua se movendo a uma taxa discretamente estável para alta. O leite em pó integral permanece firme, apesar de não haver variação de preços nesta semana. O leite em pó desnatado apresenta um quadro um pouco menos definido. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Demanda mundial de lácteos continuará crescendo
 
Vivemos num planeta onde a demanda e o acesso a alimentos, de maneira segura e sustentável, cresce vertiginosamente. Apesar da taxa de natalidade mundial estar diminuindo, de acordo com levantamentos da ONU e FAO, a população mundial deve atingir ainda neste ano 8 bilhões de pessoas, podendo alcançar 10 bilhões de habitantes em 2050, o que aumentará a necessidade de produção global de alimentos entre 61% a 71% nos próximos 30 anos.
 
Essa demanda será alavancada especialmente pelas nações mais populosas do mundo, com destaque para os países asiáticos, os quais devem melhorar seu poder de compra, impactando diretamente no aumento do consumo de proteína animal, onde o leite e seus derivados estão inseridos.
 
Análises realizadas pelo instituto IFCN demonstram que entre 2020 e 2050 o consumo de leite per capita no mundo deve crescer em média 19%, aumentando a demanda global de lácteos em 51% (4,5 vezes a produção de leite atual dos EUA), o que representaria um déficit global de 22 mil toneladas de leite equivalente. Atrelado a isso, devido especialmente a questões climáticas e socioambientais, o número de fazendas ao redor do mundo deve reduzir em 61% até lá, com uma redução de 21% no número de vacas e um aumento aproximado de 88% na produtividade.

Diante deste cenário, vislumbramos uma oportunidade enorme para o Brasil aumentar sua participação e relevância no mercado mundial de lácteos. Produzimos cerca de 36 bilhões de litros/ano, ainda exportamos muito pouco, e temos a grande missão de tornar consistentemente nossa balança comercial superavitária. Quando avaliamos nosso mercado interno, responsável por absorver grande parte de nossa produção, apesar de todos os desafios sociais que ainda enfrentamos, o consumo de leite e derivados deverá continuar aumentando. Há uma tendência forte de evoluirmos economicamente e, além disso, nossa população continuará crescendo.
 
Nesse contexto, faz-se necessário a adoção de políticas de apoio ao setor para estimular a produção no campo, o consumo interno e o aumento das exportações. Precisamos investir fortemente em adequações logísticas, melhorar a produtividade, qualidade do leite e sanidade dos rebanhos e agregar mais valor aos produtos lácteos. Somente com o aumento da eficiência, em todos os elos da cadeia produtiva do leite, conseguiremos continuar crescendo de maneira competitiva e sustentável.
 
(Fonte: Por Airton Vanderlinde, médico veterinário, consultor técnico de Bovinos de Leite na Cargill/Nutron e presidente da Comissão Científica do Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite/CompreRural)
 

Emater/RS: temperaturas afetam lavouras, mas ajudam na produção de leite

Apesar do período ser marcado pelo vazio forrageiro primaveril, nas propriedades com áreas de azevéns tetraploides, a produção de leite mantém bons níveis. Já em alguns locais está sendo utilizada a silagem de cereais de inverno para garantir os índices produtivos.
 
Grande parte das lavouras de milho para silagem estão sendo prejudicadas pelo frio fora de época. A ocorrência de baixas temperaturas favoreceu o conforto térmico aos animais. Apesar do registro de chuvas, estas foram de baixa intensidade, não havendo formação de barro e diminuindo a incidência de mastite e contaminação do leite no momento da higiene de ordenha.
 
Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, as lavouras de trigos ou outros cereais para ensilagem estão com bom desenvolvimento. A qualidade do leite se manteve dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação vigente. 
 
Na regional de Frederico Westphalen, a expectativa do preço pago pelo litro do leite é novamente de retração. As empresas sinalizam importante redução, o que levará os produtores a ter maior dificuldade de sustentar a atividade. O mesmo ocorre na regional de Ijuí, onde, apesar da boa produção, a perspectiva de queda nos preços no próximo mês deixa os produtores apreensivos. Na regional de Pelotas, em Santa Vitória do Palmar, os preços pagos pelo litro do leite também tiveram queda em relação ao mês passado.
 
Na regional de Porto Alegre, em função da melhoria do desenvolvimento das pastagens cultivadas, houve diminuição da suplementação tanto de ração quanto de silagem, porém houve discreta queda na produção atribuída aos dias frios.
 
Na regional de Santa Rosa, com o fim do ciclo das pastagens de aveia e azevém comum, aliado ao fato das pastagens de verão ainda não estarem ofertando forragem, há maior necessidade da utilização de silagem e feno com adicional de ração para manter a produtividade das matrizes. (As informações são do Emater-RS, adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

NZ – Fonterra reduz em 1% previsão de captação de leite
O clima instável da primavera fez com que a Fonterra revisasse a previsão de captação de leite na temporada 2022-2023 de 1.495 milhões de quilos de sólidos (kgMS) para 1.480 milhões. O diretor executivo da Fonterra, Miles Hurrell, disse que as condições adversas do tempo em partes da Nova Zelândia impactaram no início da temporada, com redução da captação. “As condições instáveis do tempo que causaram um início lento nas fazendas continuaram, contribuindo para a redução das coletas até setembro e início de outubro, o que nos levou a reduzir mais uma vez a previsão de coleta. Como resultado, revisamos nossa previsão para 2022-2023 em 1% para 1.480 milhões de kgMS”. A Fonterra já havia reduzido a previsão da captação de leite da temporada 2022-2023 no início de setembro. (Fonte: Farmers Weekly – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 
 

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Porto Alegre, 14 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.762


Produção agroindustrial segue em recuperação 


O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) subiu mais uma vez em agosto, acumulou alta nos primeiros oito meses de 2022 e deverá encerrar o ano com resultado positivo e boas possibilidades de consolidar essa tendência de recuperação em 2023.

Na comparação com julho, o indicador registrou estabilidade, mas em relação a agosto do ano passado houve a alta de 3,9%. No acumulado do ano, pelo segundo mês seguido, a variação também foi positiva (0,7%), e para 2022 como um todo a perspectiva é de crescimento de 1,9%. O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV. “Os bons sinais de recuperação da agroindústria, possivelmente, estão refletindo tanto o aquecimento do mercado interno quanto algum alívio de custos de produção, seja devido aos combustíveis e energia elétrica, seja por conta da acomodação do preço de matérias-primas não-industriais em patamares inferiores”, avaliaram os analistas do FGV Agro, em relatório. 

Alimentos e bebidas 
Ante agosto de 2021, a alta foi garantida por aumentos de 4,2% observado no grupo de produtos alimentícios e bebidas e de 3,6% no segmento de produtos não alimentícios. No primeiro, as bebidas foram o destaque, com avanço de 8,9%, e no segundo foram os insumos que se sobressaíram, com avanço de 17%. “O bom desempenho do grupo de produtos alimentícios e bebidas reflete a melhora nas condições econômicas internas, sobretudo, as do mercado de trabalho brasileiro e à maior acomodação dos preços”, afirmou o centro da FGV. Na área de insumos, o salto foi determinado exclusivamente pelo expressivo incremento de 70,2% registrado na produção de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários, como inseticidas.

Biocombustíveis
Nesse ramo, o principal foco de problemas está nos biocombustíveis. “O setor vem registrando quedas sucessivas e robustas desde maio de 2020, nas comparações interanuais, impactado ainda pela reduzida produção de cana ao longo de 2021, que foi prejudicada pelas fortes geadas e secas. Além disso, o etanol perdeu competitividade frente a gasolina nos meses que antecederam agosto”, disse o FGV Agro. Depois das performances de agosto, o centro manteve a expectativa de que o PIMAgro encerre 2022 com variação positiva de 1,9% (cenário base). Esse resultado é composto por avanços de 2,2% no grupo de produtos alimentícios e bebidas e de 1,6% no de produtos não-alimentícios. (Valor Econômico)


Primeira deflação no grupo de Alimentação e Bebidas em 10 meses com queda no preço do leite longa vida

Essa semana o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA de setembro. O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor produz esse índice desde 1979 com pequenas alterações na abrangência geográfica.
 
Neste último mês o IPCA registrou deflação de 0,29%, menor variação para um mês de setembro desde o início da série histórica. Ainda assim, a inflação acumula alta de 4,09% no ano e 7,17% nos últimos 12 meses, que mesmo alta é abaixo do que o IPCA acumulado nos 12 meses anteriores, de 8,73%.
 
O grupo de transportes registrou a menor queda (-0,41%), porém é possível verificar uma desaceleração de agosto (-3,37%) para setembro. A queda dos combustíveis (-8,50%), em particular a gasolina (-8,33%) é o motivo desta deflação no grupo de transportes.
 

 
O grupo de alimentação e bebidas registrou a sua primeira deflação em 10 meses, com queda de 0,51% que foi puxado também pelos preços do leite longa vida que caíram 13,71% contribuindo com -0,15 pontos percentuais no resultado do mês. O leite longa vida ainda está em destaque de inflação que já acumula 36,93% nos últimos 12 meses.
 
Com exceção do preço do requeijão – com dados da pesquisa em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro – que registrou queda de 0,81%, os demais produtos lácteos registraram aumentos no preço, com destaque para o leite condensado com aumento de 5,54%. (Fonte: Terra Viva | Dados: IBGE)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 40/2022 – SEAPDR

A previsão é que nos próximos dias haverá predominância de alta pressão na maior parte do Estado, inibindo a formação de nuvens de chuva principalmente nas regiões sul e oeste do Rio Grande do Sul. Já na região norte e nordeste a atuação novamente da Corrente de Jato de Baixos Níveis (JBN), vai trazer calor e umidade do Centro-Oeste brasileiro e o tempo ficará instável com ocorrência de chuva na maior parte do período. 

Os acumulados não serão tão altos quanto na última semana. A previsão é de chuva de até 50,0 milímetros em Cambará do Sul, 45 mm em São José dos Ausentes e máxima de até 35 mm acumulados nos próximos sete dias em Rio Grande. 

A chuva prevista para região leste será por causa da circulação oceânica e da passagem de um sistema frontal pela costa do RS. A previsão é de que nesta próxima semana as temperaturas permaneçam amenas
 
Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)


Jogo Rápido 

FMI vê PIB maior na América Latina
 O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou as perspectivas econômicas para a América Latina e Caribe para este ano. Previu um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5%, mas reduziu o prognóstico de 2023 para 1,7% por causa da inflação e da elevação das taxas de juros. Os preços na região, estimou, continuarão altos, com uma inflação média de 14,6% em 2022 e de 9,5% no ano que vem. A diretora-gerente do organismo, Kristalina Georgieva, lembrou ainda que as finanças públicas estão sob pressão no mundo, cenário que pode levar a uma crise da dívida nas economias mais frágeis. (Correio do Povo)

 
 
 

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Porto Alegre, 13 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.761


NZ – Preços globais continuam caindo abaixo dos preços da UE
 
O amplo mercado dos lácteos está em movimentos rápidos até o momento, com indicadores chaves oscilando nas últimas duas semanas, mudando as perspectivas.
 
Um resumo dessas percepções são:
Os recentes aumentos dos preços das commodities levaram à redução das importações de produtos da União Europeia (UE), encontrando fornecedores de outras regiões, ou reduzindo o volume de compras.Como resultado, atualmente a UE está com estoques elevados e os preços começaram a recuar para recuperar as exportações.
 
Como os preços globais continuam abaixo dos preços da UE, como foi visto no Evento 317 do GlobalDairyTrade (GDT), a UE tem a necessidade de continuar reduzindo seus preços de forma a atender os desejos dos importadores. Isso será exacerbado com o aumento da produção de leite. Nas últimas cinco semanas, a captação semanal de leite na UE começou a crescer, com a produção na Alemanha e França superando a de 2021 pela primeira vez este ano.
 
Nos Estados Unidos da América (EUA) também continuam vislumbrando um início de crescimento dos níveis de produção, e a previsão de queda do consumo doméstico, o que provocará o deslocamento de lácteos para as exportações – dentro do contexto da demanda global. Tudo isso, com o preço do leite ao produtor nos EUA sustentado em níveis elevados em decorrência do forte preço do creme.
 
A produção da China foi afetada pela seca e as inundações que impactaram pastagens, plantio de grãos e de ração. Isto deteve o declínio do preço do leite cru no mercado doméstico e aumento temporário das importações; no entanto, existe queda da demanda com os compradores do país menos dispostos a acompanhar a elevação dos preços dos lácteos.
 
O que tudo isso significa?
Em geral, as expectativas são de que os preços permaneçam firmes globalmente, na melhor das hipóteses. O aumento da produção nas duas principais regiões produtores pressionará os preços. A produção de leite da Nova Zelândia continuou caindo tendo o clima como principal indutor da queda.
 
Normalmente os preços da Nova Zelândia responderiam ao declínio da produção, no entanto, depois de dois eventos positivos, o GDT 317 não confirmou a regra, ocorrendo o oposto. Historicamente, esperamos que os preços comecem a subir novamente à medida que nos aproximamos do final do ano. No entanto, este ano parece que não será um ano de comportamento histórico, e as expectativas ficam menos otimistas. (Fonte: FarmersWeekly - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Crédito do Auxílio Brasil supera R$ 111 milhões

O crédito consignado do Auxílio Brasil registrou ontem, no primeiro dia de operações na Caixa Federal, 43 mil contratos, resultando em R$ 111,8 milhões. Segundo o banco, a nova modalidade de empréstimo pode ajudar as famílias que estão endividadas ou quem deseja empreender. O novo consignado pode ser feito com pagamento em 24 meses, desde que a parcela mínima seja de R$ 15 e a máxima, de R$ 160, o que equivale a 40% do valor do benefício de R$ 400 e não dos atuais R$ 600, previstos até dezembro. Na Caixa, a taxa de juros é de 3,45% ao mês, um pouco abaixo do limite de 3,50% estabelecido para todos os bancos pelo Ministério da Cidadania. 

O Auxílio Brasil tem atualmente 21,1 milhões de famílias beneficiárias, mas para contratar o empréstimo o beneficiário deve estar recebendo o recurso há mais de 90 dias e não ter deixado de comparecer às convocações do ministério para regularização de cadastro. Assim como a Caixa, outros 11 bancos estão autorizados a realizar empréstimo consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil e do Benefício de Prestação Continuada. 

A modalidade é descontada diretamente na folha de pagamento. As instituições são Agibank, Crefisa, Daycoval, Pan, Safra, Capital Consig Sociedade de Crédito Direto, Facta Financeira, Pintos Créditos, QI Sociedade de Crédito Direto, Valor Sociedade de Crédito Direto e Zema Crédito. A taxa máxima de juros permitida é de 3,5%, mas cada instituição pode adotar taxas menores que essa. Além do acesso ao crédito, o programa vai oferecer ações de educação financeira. Ao contratar o produto os beneficiários terão que responder a um questionário que medirá os conhecimentos sobre o tema e a capacidade de administrar o empréstimo. 

Os bancos estão proibidos de ofertar o produto aos beneficiários ou fazer qualquer ação de marketing. Além disso, a medida só permite a modalidade de empréstimo consignado e veda o empréstimo por cartão. Será necessária autorização do cliente para a contratação da operação, o que deverá ser feito por escrito ou por meio eletrônico. Não será aceita a autorização por telefone ou por meio de gravação de voz. A regulamentação ainda obriga os bancos a informar a taxa de juros aplicada e a expressar o custo efetivo do empréstimo. Ficam vedadas a cobrança da Taxa de Abertura de Crédito (TAC) e de quaisquer outras taxas administrativas, e é proibido o estabelecimento de prazo de carência para o início do pagamento das parcelas. 

Requisitos:
- Para a solicitação, o beneficiário deve estar recebendo o recurso há mais de 90 dias. 
- A parcela mínima é de R$ 15 e a máxima, de R$ 160 
- É preciso autorização escrita. (Jornal do Comércio)

Poupança deixa de perder para inflação depois de dois anos
 
O recuo da inflação em setembro trouxe uma surpresa para os investidores da aplicação financeira mais tradicional do país. Pela primeira vez em dois anos, a caderneta de poupança deixou de perder da inflação.
 
Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou negativo em 0,29%. Em 12 meses, acumula alta de 7,17%.

Conforme a calculadora do cidadão, disponível na página do Banco Central (BC) na internet, a caderneta de poupança rendeu 7,27% em 12 meses. O valor considera uma aplicação feita em 11 de outubro do ano passado e que não foi mexida até a terça-feira, dia 11.

A última vez em que a poupança tinha superado a inflação no período de 12 meses foi em agosto de 2020. Desde então, a combinação entre inflação alta e juros baixos corroeu o rendimento da aplicação mais popular no país.

De março de 2021 a agosto deste ano, o BC elevou a taxa Selic - juro básico da economia - de 2% para 13,75% ao ano. O IPCA, que até julho deste ano superava os dois dígitos no acumulado em 12 meses, recuou após três deflações consecutivas. Esses dois fatores aos poucos reverteram a perda da poupança para a inflação.

Perspectivas
Atualmente, a poupança rende 6,17% ao ano mais a taxa referencial (TR). Essa regra vale quando a taxa Selic está acima de 8,5% ao ano, o que ocorre desde dezembro do ano passado. Quando o juro básico está abaixo desse nível, a poupança rende 70% da Selic.

A melhoria do rendimento poderá ajudar a conter a fuga recorde de recursos da poupança observada neste ano. De janeiro a setembro, os brasileiros sacaram da aplicação financeira R$ 91,07 bilhões a mais do que depositaram. Somente no mês passado, a retirada líquida (diferença entre depósitos e saques) chegou a R$ 5,9 bilhões. (Zero Hora)


Jogo Rápido 

INSCRIÇÕES ABERTAS: 2º Prêmio Referência Leiteira RS 
 Os produtores de leite do RS podem se inscrever até 31/10/2022 no 2º Prêmio Referência Leiteira RS, para as categorias “Propriedade Referência em Produção de Leite – Sistemas à base de pasto” e “Propriedade Referência em Produção de Leite – Sistema de Semi confinamento ou confinamento”. O regulamento e a ficha de inscrição podem ser acessados pelo site do Sindilat. As inscrições serão realizadas nos escritórios municipais da Emater/RS e a divulgação dos resultados e premiação durante a Expointer 2023. Acesse o regulamento e a ficha de inscrição clicando aqui. (As informações são do Sindilat/RS)

 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.760


Dano progressivo do FAF alerta setor lácteo

Nociva para a produção de laticínios já em 2022, a implementação progressiva do Fator de Ajuste de Fruição (FAF) deve agravar os problemas do segmento nos próximos anos. Pela regulamentação prevista, a penalização à produção de 5% em 2022 deve chegar a 10% em 2023 e 15% em 2024. Segundo o 1º vice-presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a implementação dessa escala traz impacto muito forte à produção de laticínios, uma vez que ceifa a competitividade do segmento frente a outros estados onde o FAF não existe. O FAF foi criado para estimular a aquisição de insumos dentro do Rio Grande do Sul, algo que, para o segmento, é inviável tendo em vista a origem de itens como embalagens. O tema foi assunto nesta segunda-feira (10/10) de reunião híbrida na Câmara Setorial da cadeia Produtiva do Leite na Secretaria Estadual da Agricultura. 

O assunto já foi levado à Secretaria da Fazenda, mas não houve sensibilização por parte do Governo. Diante das manifestações de representantes da indústria e de produtores, o secretário da Agricultura, Domingos Antônio Velho Lopes, se colocou à disposição para levar novamente a demanda do setor à Secretaria da Fazenda.

Segundo o Sindilat, o tributo representa prejuízo à cadeia, gerando perda de competitividade. Secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, exemplificou que o Paraná chegou a incluir o leite na redução de benefícios fiscais, mas voltou atrás para proteger sua produção, hoje a segunda em quantidade no país. “Para nos mantermos competitivos, especialmente em relação a Santa Catarina e ao Paraná, precisamos retirar o FAF da cadeia”, reforçou. 

A atual carga tributária do RS, alega Palharini, é um fator de desestímulo à cadeia como um todo.  “O mercado regula os valores pagos à cadeia, então precisamos aparar todas as arestas para garantirmos a competitividade”. O RS, que por anos foi segundo maior produtor, está em terceiro lugar, atrás de Minas Gerais (1º) e do Paraná (2º), e cada vez mais perto de Santa Catarina (4º) e de Goiás (5º).

Eugênio Zanetti, Coordenador da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite, destacou a importância de trabalhar como cadeia para buscar tornar o setor mais competitivo e assim frear esse prejuízo ainda este ano. Na reunião, também foram debatidos outros assuntos relacionados ao setor sobre Fundoleite e a continuidade do Conseleite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Novos cenários, velhos comportamentos?

O mundo muda, e as transformações acontecem cada vez mais rápido. O ontem pode já ter se tornado obsoleto. O mundo exige de nós adaptações, disruptivas ou não. As inovações batem à porta construindo novos cenários, que nem sempre condizem com velhos comportamentos.
 
Para a produção de alimentos do futuro, inclusive para a cadeia láctea, os novos cenários trazem consigo desafios, ao passo que carregam um leque de oportunidades. No leite, a digitalização, fruto do avanço exponencial da conectividade, expandiu e deu origem aos novos canais de distribuição, e até mesmo a criação de novos modelos de negócio.
 
Também fruto da tecnologia combinados às mudanças no perfil de consumo, os produtos plant-based surgem como concorrentes aos lácteos. Inclusive, já existem até mesmo, aqueles elaborados em laboratório, por meio de processos fermentativos.
 
Aqui, cabem grandes e bons questionamentos: qual o impacto dos produtos vegetais para o mercado de leite e derivados? Os laticínios devem incluir em seu portfólio linhas plant-based?  Ou devem utilizar dos meios de comunicação e das estratégias de marketing para fomentar o consumo de lácteos, construindo uma narrativa própria e genuína?
 
Das gôndolas para o campo, a produção de leite mundial também passa por grandes transformações estruturais, modificando a dinâmica, oferta e o mercado de leite. Essas modificações trazem reflexo direto para as indústrias processadoras. Como lidar com as transformações no campo e a produção de leite do futuro?
 
É neste panorama de mudanças que o Dairy Vision, um dos principais fóruns do leite mundial desde 2015, chega a sua 8ª edição, em Campinas/SP, nos dias 22 e 23 de novembro. Com 26 palestras ministradas por palestrantes nacionais e internacionais, o Dairy Vsion 2022 reunirá os principais líderes e agentes lácteos do mundo para traçar tendências e estratégias competitivas.
 
Explore os novos cenários do leite mundial, tome decisões assertivas e comportamentos estratégicos, participe do Dairy Vision 2022! 
 
Associados do Sindilat tem 15% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)
 

Leite spot apresenta alta na primeira quinzena de outubro

Dados do MilkPoint Mercado apontam elevação de 2,71% na primeira quinzena de outubro no leite spot, em comparação a quinzena anterior. O preço se estabeleceu em R$2,65/litro na média Brasil – aumento de R$0,07/litro frente a segunda quinzena de setembro, que fechou em R$2,58/litro.
 
Nesta primeira quinzena de outubro, os preços do leite spot passaram pela segunda variação positiva consecutiva, após quedas acentuadas.
 
Este cenário se formou frente as expectativas de melhora na demanda pelos derivados lácteos e mercado mais favorável para a venda de queijos, o que ocasionou uma diminuição do volume de leite spot ofertado pelas queijarias, gerando uma pressão de alta nos preços. Além disso, o volume de captação de leite no campo pelas indústrias ainda não decolou, intensificando a necessidade de adquirir leite no mercado spot. (Milkpoint Mercado)


Jogo Rápido 

Preço do gás natural cai 5%
A Petrobras anunciou ontem que vai reduzir o preço do gás natural em 5% para seus clientes a partir de 1° de novembro. Os novos preços seguirão vigentes até 31 de janeiro de 2023, conforme estabelecido nos contratos firmados, informou a estatal. Os contratos de gás natural da Petrobras preveem atualizações trimestrais e vinculam a variação do preço do gás às oscilações dSo petróleo Brent e da taxa de câmbio. Em agosto, setembro e outubro o petróleo teve queda de 11,5% e o câmbio, depreciação de 6,5%, ou seja, a quantia em reais para se converter em 1 dólar aumentou 6,5%. “A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras e, no caso do GNV, dos postos de revenda, e pelos tributos federais e estaduais”, detalhou a companhia em comunicado. As tarifas ao consumidor dependem de aprovação pelas agências reguladoras estaduais. Tanto a Naturgy, que atende o Estado do Rio de Janeiro, como a Cegás, do Ceará, já anunciaram que vão reduzir o preço do insumo para os consumidores a partir de novembro. No Rio a queda girou entre 2,9% e 6,8%, enquanto no Ceará o preço declinou 14%. Entre outros quesitos, as cotações do petróleo no mercado global influenciam os preços dos combustíveis estabelecidos pela Petrobras para as refinarias e distribuidoras. Ontem, os preços do barril recuaram no mundo. Em Nova Iorque o contrato do WTI para novembro fechou em baixa de 1,63%, a 91,13 dólares. Em Londres o Brent para dezembro caiu 1,77%, para 96,19 dólares. Dados fracos da China reavivaram preocupações sobre a demanda. Pesquisa da S&P Global mostrou que o índice de gerentes de compras de serviços chinês caiu de 55 a 49,3 em setembro, entrando em território de contração. (Correio do Povo)