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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.727


Melhoria da competitividade na cadeia do leite são debatidos em evento do Sindilat
 
O potencial do Estado para intensificar sua produção leiteira através de um melhor manejo dos cultivos de inverno foi debatido em encontro na manhã desta quinta-feira (18) na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat). O evento foi ministrado pelo chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, e teve como tema “Cereais de inverno na produção de leite: artesania do manejo num agro de oportunidades”.
 
Durante a reunião - que contou com representantes das empresas Santa Clara, Italac, Deale, Languiru, Latvida, Stefanello, Sooro Renner, Friolack, Coopar, CCGL e Kiformaggio - Lemainski disse que a alimentação dos animais é a base na pirâmide produtiva. Por isso, uma das principais formas de fazer com que a atividade leiteira cresça, com segurança, é pensar na produção e no fornecimento de alimentos de qualidade e a custos competitivos, a exemplo de pastagens melhoradas combinado com reserva de alimento conservado por um ano, a exemplo da silagem e pre-secado. Os cereais de inverno oferecem esta condição de modo competitivo. Trigo para pastejo, triticale e cevada forrageira são excelentes soluções tecnológicas para um leite ainda melhor com menor custo.
 
“Isso é uma questão de manejo”, diz Lemainski. “Ainda temos muito o que progredir nisso. Manejar significa ter capacidade, conhecimento, habilidade. É diferente de tecnologia, que pode ser resumida como informação. Manejo do conhecimento é algo que todo produtor deve ter dentro de si, para a melhor tomada de decisão ”.
 
Lemainski destacou duas principais formas de garantir uma alimentação ainda melhor para os animais: a silagem e o cultivo de cevada no período de entressafra. Esse último garante não apenas uma produção leiteira maior, mas também um leite mais sustentável e que preserva a saúde do solo.
 
Para Lemainski, o setor lácteo deve almejar ser cada vez mais competitivo se quiser aumentar sua produtividade e rentabilidade. “Temos que enxergar o Rio Grande do Sul como uma única propriedade. O setor cresceu bastante nos últimos anos, mas ainda tem muito espaço para melhorar”, defende Lemainski.
 
O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, salienta que esse encontro foi muito importante para o setor e trouxe ensinamentos nos mais diversos âmbitos. “Foram apresentados cenários muito práticos e que já vêm sendo trabalhados no aumento da produção leiteira com menor custo e maior sustentabilidade”, afirma. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 32/2022 – SEAPDR
 
Nos próximos sete dias o frio intenso retornará ao RS. Na quinta (18), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva, com possibilidade de temporais isolados, associados a fortes rajadas de  vento e eventual queda de granizo na maioria das regiões. Na sexta-feira (19) e sábado (20), o ingresso de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme e provocará o acentuado declínio da temperatura, com valores negativos e formação de geadas amplas ao amanhecer. No domingo (21), o tempo seco seguirá predominando, com ligeira elevação das temperaturas durante o dia.
 
Na segunda (22), o tempo permanecerá firme, com nevoeiros ao amanhecer e o ingresso de ar quente favorecerá maior elevação da temperatura em todas as regiões. Na terça (23) e quarta-feira (24), a aproximação de uma baixa pressão manterá grande variação de nuvens, com pancadas isoladas de chuva, principalmente na Fronteira Oeste e na Campanha.
 
Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR) 
 

Conseleite/MG: projeção de queda de 5,05% no valor de referência do leite a ser pago em setembro

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 17 de Agosto de 2022, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Junho a ser pago em Julho/2022.

Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2022 a ser pago em Agosto/2022.

Os valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2022 a ser pago em Setembro/2022.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
 
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite padrão, maior e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. (As informações são do Conseleite-MG)


Jogo Rápido 

Expointer 
R$ 16 é o valor do ingresso na Expointer, com meia-entrada para idosos acima de 60 anos, estudantes com carteira oficial e pessoas com deficiência. Crianças de até seis anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, não pagam. O estacionamento custa R$ 40, e não inclui a entrada do motorista, nem dos passageiros. (Zero Hora)


 
 
 

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Porto Alegre, 18 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.726


Governo reduz alíquota de importação de proteção de motociclistas e mais 6 itens
 
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia anunciou a redução dos impostos de importação de sete itens para o Brasil. A decisão é resultado de reunião, realizada nesta quarta-feira (17), pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) do órgão.
 
Dentre os produtos na pauta de importação estão airbags para proteção de motociclistas, proteínas do soro do leite e complementos alimentares. Estes itens serão incluídos na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec) do Mercosul.
 
Com essa inclusão, complementos alimentares, concentrados de proteínas e substâncias proteicas texturizadas, além de coletes e jaquetas impermeáveis para proteção de motociclistas, terão a alíquota zerada na Letec.
 
Ainda segundo o Ministério da Economia, a Lactalbumina (o que inclui concentrados de duas ou mais proteínas de soro de leite) terão redução na alíquota, de 11,2% para 4% na importação.
 
“Com a inclusão na Letec, as tarifas de importação desses itens – que variavam de 11,2% a 35% – serão zeradas ou reduzidas a 4% a partir do próximo dia 1º de setembro”, afirma o Gecex, por meio de nota.
 
A Camex também formalizou a incorporação do corte em 10% nas alíquotas da Tarifa Externa Comum (TEC) do bloco de países sul-americanos.
 
No entanto, a resolução, que também passa a valer a partir de setembro, não altera as alíquotas do Imposto de Importação aplicadas pelo Brasil, por essas estarem já reduzidas em 20% em relação à TEC vigente atualmente.
 
Também por meio de nota, o Gecex considera que a decisão “busca estabelecer uma estrutura tarifária mais eficiente para ampliar a inserção dos países do Mercosul no comércio internacional, além de aumentar a competitividade e a integração das economias do bloco”.
 
“O corte adicional de 10%, implementado pelo Brasil em maio de 2022, permanecerá vigente, portanto, até final de 2023. As negociações prosseguem, nas instâncias pertinentes do bloco, a fim de buscar uma modernização mais ampla e mais profunda de sua estrutura”, complementa o comitê. (CNN)


O mundo não vive sem vacas
 
O início da distribuição de vacinas contra o coronavírus foi a melhor notícia deste começo de ano. E, para o agronegócio brasileiro, temos outra: a previsão de que o setor deverá voltar a bater recordes no comércio exterior, ajudado pela manutenção dos preços em patamares elevados lá fora e pelo real desvalorizado.
 
Conforme apontam diversos estudos da Embrapa, para a cadeia produtiva do leite entraves surgidos com a pandemia foram aos poucos sendo superados, com bastante maturidade e de olho nas demandas dos consumidores. Como resultado, os produtores tiveram aumento de margens, apesar da alta dos custos de produção. Para 2021, há um otimismo moderado, na expectativa de que a vacinação crie efeitos multiplicadores na reabertura mais acelerada da economia, incluindo o crescimento do consumo de lácteos.
 
Não à toa, empresas globais de lácteos participam ativamente do mercado brasileiro, em razão do nosso enorme mercado interno e da possibilidade cada vez mais próxima de o Brasil se tornar, além do quarto maior produtor mundial de leite, um exportador regular de lácteos com valor agregado. A cadeia do leite demonstrou ao longo de 2020 sua resiliência, respondendo às mudanças impostas pela pandemia.
 
Neste ambiente de grandes mudanças, e fazendo um contraste com toda a pujança da cadeia do leite, dois executivos da instituição promotora dos lácteos e sem fins lucrativos Global Dairy Platform, M. Kanter e D. Moore, publicaram recentemente um exercício de imaginação que me surpreendeu: O Mundo sem Vacas (no original, A World without Cows; Nutrition Today 55(6):283, 2020 DOI: 10.1097/NT.0000000000000441). O texto é uma demonstração do decrescente impacto da atividade leiteira ao ambiente, cientificamente fundamentado, em contraponto aos impactos ambientais de outras indústrias que foram afetadas pela pandemia.
 
Tomando a poluição do ar como parâmetro, foram observadas reduções próximas a 25% em emissões de gases de efeito estufa (GEE) em muitas regiões do planeta, em especial nas grandes cidades dos Estados Unidos, China e União Europeia durante a pandemia, devido principalmente à redução no uso de transporte e da atividade industrial. Contudo, críticos da atividade agrícola, e da pecuária em particular, argumentam que os animais e em especial os ruminantes são mais importantes como causa do aquecimento global, o chamado efeito estufa.
 
Como seria um mundo sem vacas? Apesar de os ruminantes de fato emitirem gases causadores do efeito estufa, eles reciclam forragens e subprodutos (farelo de soja, caroço de algodão, etc.) que não são alimentos para humanos e poderiam ser fonte de poluição do ambiente. Além disso, o melhoramento animal e o uso de boas práticas de produção nas fazendas e nos laticínios são tendências tecnológicas cujo uso crescente tem aumentado significativamente a eficiência de toda a cadeia produtiva, o que resulta em balanço da pegada de carbono do setor leiteiro próximo de zero, o “leite baixo carbono” que comentaremos em outra oportunidade.
 
Porém, num mundo sem vacas certamente seria muito mais difícil alimentar adequadamente uma população global crescente com proteínas e nutrientes de qualidade, necessários para o bom funcionamento do cérebro para operar máquinas e computadores. Ademais, economias e culturas de comunidades inteiras, Estados e países sofreriam tremendamente se esta importante fonte de renda e segurança social desaparecesse.
 
Aqueles autores demonstram, com referências científicas, que a quantidade de poluição causada pela atividade leiteira é muito menor do que várias atividades industriais. E concluem que o custo-benefício de não contarmos com vacas no futuro, essa importante fonte de nutrientes, de estabilidade econômica e cultural por milhares de anos, é demasiadamente alto para a humanidade. (Revista Balde Branco)
 

EUA: relatório da USDA altera projeções de produção e preço de leite para 2022/23

O relatório mensal World Ag Supply and Demand Estimates (WASDE) do USDA, lançado em 12 de agosto de 2022, revisou as estimativas de produção de leite dos EUA de 2022-23 para mais altas devido a maiores estoques de vacas e aumentos na produção de leite por vaca.
 
Os preços médios projetados do leite foram reduzidos para ambos os anos.
 
Comparado ao mês passado, o USDA elevou a previsão de produção de leite em 2022 em 363 milhões de quilos, para 103 bilhões de quilos. Se realizado, a produção de 2022 aumentaria 227 milhões de quilos em relação a 2021.
 
A previsão do preço da manteiga para 2022 foi aumentada em relação ao mês passado com a força atual dos preços, mas o preço do queijo foi previsto mais baixo com maiores suprimentos e grandes estoques contínuos. As previsões de preços do leite em pó desnatado e do soro de leite também foram reduzidas.
 
Em comparação com um mês atrás, o preço médio anual projetado do leite Classe III para 2022 foi reduzido em US$ 2,65, para US$ 47,62 por 100 quilos. O preço projetado da Classe IV foi reduzido em US$ 1,65, para US$ 52,80 por 100 quilos.
 
A previsão de preço do leite integral para 2022 foi cortada em US$ 2,09 em relação ao mês passado, para US$ 55,56 por 100 quilos (No fechamento das negociações na Bolsa Mercantil de Chicago em 11 de agosto de 2022, os preços dos futuros de leite Classe III e Classe IV teriam uma média de US$ 48,44 e US$ 52,45 por 100 quilos, respectivamente.)
 
Para 2023, o USDA projetou a produção de leite em 104 bilhões de quilos, 408,23 milhões de quilos a mais do que a previsão do mês passado. Se realizada, a produção de 2023 aumentaria cerca de 1% em relação à estimativa de 2022.
 
As previsões de preços de 2023 para queijo, manteiga, leite em pó desnatado e soro de leite são todas reduzidas nas expectativas de maior oferta e forte concorrência nos mercados internacionais. (As informações são do Progressive Dairy, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Lançamento Projeto “Fazenda Doce de Leite”
No dia 23/08, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) farão o lançamento do projeto "Fazenda Doce de Leite". Na ocasião, o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, a superintendente do Mapa/RS, Helena Rugeri, e o chefe geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, apresentarão novas ações para valorização do leite gaúcho. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 
 
 
 

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Porto Alegre, 17 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.725


1º Prêmio de Referência Leiteira será entregue na Expointer 
 
Os vencedores do 1º Prêmio de Referência Leiteira serão conhecidos durante a Expointer 2022. A entrega do mérito será realizada no dia 31 de agosto durante evento na Casa da Indústria de Laticínios no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), a partir das 11h. Promovido pela Secretaria da Agricultura, pela Emater/RS e pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), o prêmio visa reconhecer as propriedades que se destacam em termos de eficiência produtiva e qualidade do leite. A 2ª edição do Referência Leiteira será lançada logo após a divulgação dos campeões.  
 
O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, afirma que o prêmio, lançado na Expointer do ano passado, é uma forma de valorizar e incentivar o trabalho dos produtores gaúchos. “Com o mérito, além de reconhecer sua atuação, ressaltamos a importância das boas práticas nas propriedades para garantir maior eficiência, qualidade e rentabilidade. É uma maneira de estimularmos os avanços na produção de lácteos no Estado”, reforça. Palharini comemora o resultado da primeira edição. “Tivemos excelentes resultados nos índices avaliados, o que nos mostra que os produtores estão no caminho certo. Já estamos ansiosos para o ano que vem”. 
 
O gerente técnico da Emater/RS, Jaime Eduardo Ries, ressalta que o mérito visa estabelecer referenciais em termos de produtividade e qualidade para os produtores de leite do RS, através da mensuração da produtividade da terra (litros de leite produzidos por hectare no ano), da produtividade da mão de obra (litros de leite produzidos por pessoa envolvida com a atividade no ano) e da qualidade do leite. “O prêmio reconhece e valoriza o trabalho de excelência realizado pelos produtores gaúchos e demonstra que no RS as propriedades destaque produzem com eficiência igual as regiões mais desenvolvidas na produção de leite no mundo”. 
 
O prêmio avaliou indicadores de tambos gaúchos no período de outubro de 2021 a junho de 2022 nas categorias: Produtividade da Terra, Qualidade do Leite e Produtividade da Mão de Obra. A primeira examinou a quantidade de litros produzidos por ano em relação à área utilizada (litros/hectare/ano). A segunda classificou índices qualitativos do leite como a Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT). Nesta categoria, a certificação de propriedades como livres de tuberculose e brucelose rendeu pontos extras aos tambos inscritos. Já na terceira foi analisada a correlação a quantidade de litros de leite produzido nas propriedades com o número de pessoas envolvidas, considerando seu grau de dedicação em termos de carga horária e capacidade laboral.
 
Os vencedores do prêmio receberão certificado, troféu e notebook. E quem tiver mais pontos acumulados nas três categorias concorrerá ainda a uma premiação extra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Aumentam as incertezas no mercado de leite, aponta Embrapa
 
Nos últimos meses o preço do leite e derivados ao consumidor foi assunto em diversos canais de mídia, em todas as regiões do Brasil. Na última divulgação do IBGE, referente à inflação de julho, o leite UHT registrou alta de 25,5% para o consumidor.
 
O grupo de leite e derivados apresentou elevação de 14%, enquanto a inflação oficial recuou 0,68%. Segundo pesquisadores da Embrapa, a causa desse aumento nos lácteos está no desequilíbrio entre oferta e demanda, já que a produção de leite registrou queda de 9% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo semestre do ano passado, prejudicada pelo incremento de custos e recuo das margens.
 
De acordo com a Embrapa, o período mais complicado em termos de rentabilidade foi o segundo semestre de 2021 e início de 2022. Com pouco leite no campo houve forte competição entre os laticínios na compra do produto, elevando o preço da matéria-prima. Foi também o momento de forçar repasses no mercado atacadista, aproveitando o momento de escassez para recuperar margens. Os meses de maio/2022 a agosto/2022 foram melhores para a rentabilidade no setor. No entanto, o nível de incertezas e a preocupação com os preços vem ganhando espaço nos últimos dias.
 
Cenário internacional
No mercado internacional, o cenário de crescimento econômico piorou, de acordo com o boletim da Embrapa. O risco de recessão dos Estados Unidos aumentou, as previsões de crescimento europeu são piores e a China vem mostrando sinais de desaceleração do crescimento.
 
Os grandes fundos de hedge estão reduzindo suas exposições em commodities, contribuindo para o recuo nas cotações, sejam elas metálicas, energéticas ou agrícolas. O milho teve os preços recuando do patamar de 8 dólares/bushel para cerca de 6 dólares/bushel no mercado norte-americano entre maio e agosto. Os lácteos também recuaram nos últimos leilões da plataforma GDT, com o leite em pó integral sendo cotado em US$3.544/tonelada em 02 de agosto, o menor preço desde 17 de agosto de 2021.
 
Mercado interno
No mercado interno, pelo lado dos custos de produção, a notícia é positiva. Já em relação à tendência de preços e importações, o cenário é mais complicado. O custo de produção, medido pelo ICPLeite/Embrapa, recuou pelo terceiro mês consecutivo. Em 2022, a alta foi de apenas 1,28%.
 
No entanto, comparando a média de janeiro a julho de 2022 com o mesmo período de 2021, chega-se a um incremento de 18,1%. Ou seja, no comparativo anual, os custos ainda estão mais altos, apesar da desaceleração recente. Nos últimos meses a queda de preços dos concentrados, fertilizantes e combustíveis contribuiu para uma pressão menor no custo de produção de leite.
 
No mercado atacadista de lácteos, o comportamento dos preços no início de agosto foi de recuo. O  leite UHT no atacado paulista registrou queda de 13% nos primeiros dez dias de agosto, enquanto o queijo muçarela caiu cerca de 10%, segundo o Cepea. A queda no UHT foi de R$ 0,70 por litro e no queijo muçarela de R$ 3 por quilo.
 
No mercado Spot também houve retração, até porque, neste momento de aproximação da safra os laticínios tendem a dar preferência ao leite de fornecedores próprios. No caso da balança comercial, a importação aumentou em julho, sendo o maior volume mensal do ano. Já as exportações terminaram com o menor volume mensal do ano. A mudança de preço relativo entre o produto no Brasil e a cotação internacional dos lácteos acabou deixando a importação mais competitiva.
 
Perspectiva
Segundo a Embrapa, o mercado segue pouco ofertado e ainda no período de entressafra no Sudeste e Centro Oeste, mas observa-se um ajuste nos preços com tendência baixista. De acordo com o levantamento, a aproximação da safra, o crescimento do volume de leite ofertado na região Sul do Brasil, o aumento das importações e a fraca demanda interna por lácteos são as bases do cenário atual.
 
Vale destacar que os custos seguem elevados e, caso haja quedas mais intensas nos preços ao produtor nos próximos meses, novo desequilíbrio de oferta poderá ocorrer em 2023, seguindo com um mercado de alta volatilidade e de difícil gestão de risco. (Canal Rural)
 

Uruguai: por que 20 fazendas leiteiras fecharam em um mês?

Nos últimos 10 anos, 500 fazendas leiteiras fecharam no Uruguai, uma adversidade que está longe de ser revertida e que encontrou novos motivos, incluindo um conflito sindical que já dura meses.
 
Só em maio deste ano, 20 empresas produtoras de leite fecharam, com base em dados compilados pela Comissão Administrativa Honorária do Fundo de Financiamento e Desenvolvimento Sustentável da Atividade Láctea (Ffdsal).
 
Longe de ser revertido, o fechamento das fazendas leiteiras persiste e isso gera preocupação, uma vez que a produção se concentra em menos propriedades e ao mesmo tempo afeta uma das características mais elogiadas do setor, a capacidade de fixação das pessoas no meio rural.
 
A ausência, em muitos casos, de uma adequada mudança geracional, especialmente devido à falta de sucessão quando um produtor se aposenta, e o desânimo temporário gerado por um conflito no setor que já dura vários meses são algumas das razões pelas quais são produtores de leite que optam por fechar suas fazendas leiteiras e se aposentar ou se dedicar a outra coisa, se tiverem idade suficiente para continuar trabalhando.
 
Fabián Hernández, presidente da Sociedade de Produtores de Leite da Flórida (SPLF), explicou que a referida comissão mantém um controle mensal de quantas fazendas leiteiras estão em operação, já que é responsável por controlar o pagamento do crédito concedido anos atrás.
 
Nos últimos 10 anos, o país perdeu 500 fazendas leiteiras. "É como uma sangria que não para", lamentou o dirigente sindical, que assegurou que para o setor se desenvolver é preciso torná-lo atrativo para as novas gerações, com melhorias nas políticas de desenvolvimento, para que haja margens de lucro atrativas e que também é fundamental trabalhar para um melhor acesso aos mercados, com base no fato de que a grande maioria do leite é industrializado e os produtos exportados.
 
Produção de leite caiu
Justino Zavala, membro da Associação dos Produtores de Leite de Canelones, acrescentou que é "essencial" alcançar um bom resultado para os produtores, em termos de rentabilidade, porque disso dependem as expectativas que os produtores de leite têm em relação ao setor. “Vimos muitos produtores deixarem o setor leiteiro e a produção de leite caiu 6% no último mês. Se com um preço relativamente bom e um clima que não tem sido de todo ruim temos essa evolução da produção e essa saída de produtores, significa que o produtor não está focado nas expectativas de crescimento do negócio”, refletiu.
 
Vinte fechados, três abertos
O presidente do Instituto Nacional do Leite (INALE), Juan Daniel Vago, comentou que embora existam várias razões econômicas para que os produtores deixem o campo, o desânimo também foi gerado entre os produtores de leite devido ao conflito na indústria que os afeta "psicologicamente" e não torna o setor atrativo. Como sublinhou, não se deve olhar apenas para o número de fazendas leiteiras encerradas num mês, mas a sua evolução ao longo do tempo, para que no final do ano seja possível analisar melhor como está o setor. Além dos vinte que fecharam, três abriram em maio. Da mesma forma, o saldo é muito desfavorável, ressaltou.
 
O presidente do INALE salientou ainda que é importante, para recompor o setor, a formação das novas gerações, para que sejam capazes de gerir as propriedades. “É importante treinar pessoas para administrar as fazendas leiteiras. Fechar uma fazenda leiteira leva 15 dias e abrir um leva cinco anos.”
 
Um ruim, um bom
Um fato que nesta semana acentuou o desânimo dos produtores é que o preço médio dos lácteos voltou a cair no mercado internacional. Na plataforma Global Dairy Trade, liderada pela neozelandesa Fonterra, a tonelada considerando todos os produtos ficou em média US$ 3.913, queda de 5% em relação à instância de negociação anterior, há 15 dias. O pior é que é a quarta queda consecutiva, acumulando oito semanas com valores em queda.
 
O positivo são os dados das receitas de exportação: nos primeiros seis meses de 2022, o faturamento recebido das exportações melhorou 25%, com aumentos significativos nos preços de todos os produtos: leite em pó integral e desnatado, queijo e manteiga. A receita acumulada ao final de junho foi de US$ 418,2 milhões, sendo Argélia (30%), China (19%) e Brasil (15%) os principais destinos. (As informações são do El Observador, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Percepção sobre indústria no RS é positiva, aponta Fiergs
Uma pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) apontou que 78% dos gaúchos têm uma percepção positiva sobre o setor industrial no RS. Essa avaliação estaria ligada à "geração de empregos e recursos ao Estado, aumentar o PIB, investir em tecnologia e trazer esperança". - Entre as citações que justificam a imagem positiva, chama atenção o item que coloca a indústria como um setor que "traz esperança". O significado desse resultado é extremamente importante pelo sentido de futuro para a sociedade - afirmou ontem o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, ao divulgar o resultado do levantamento durante almoço comemorativo aos 85 anos da entidade. Para 61,9% dos gaúchos, a influência da indústria no Rio Grande do Sul ajuda muito no desenvolvimento econômico. Constituída em 1937, a Fiergs conta com 109 sindicatos industriais filiados e representa 50 mil fábricas, que geram 850 mil empregos diretos. (Zero Hora)


 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 16 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.724


Sindilat apresenta projeto educacional para Prefeitura de Porto Alegre

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, apresentou, nesta segunda-feira (15/08), projeto educacional voltado às escolas da rede pública a integrantes do Executivo municipal de Porto Alegre. Recebido pelo prefeito Sebastião Melo, o executivo detalhou as ações projetadas para a Expointer 2022, onde o Sindilat apresentará a peça teatral Na Fazenda. Durante a audiência, que contou com o deputado e grande entusiasta da ação Alceu Moreira, foi debatida a possibilidade de escolas da rede da Capital integrarem-se ao projeto.

​Segundo a secretária  Municipal de Educação, Sônia Maria Rosa, há intenção de encaixar turmas já durante a exposição deste ano. “Esse projeto cai como uma luva em ações de empreendedorismo que já estão sendo realizadas pela pasta”, frisou. Sebastião Melo destacou a força da iniciativa e lembrou que o desenvolvimento do Brasil passa pelo avanço na educação.

O projeto é voltado para crianças de 5 a 10 anos e buscar levar informação sobre o setor lácteo aos alunos de forma a explicar a origem do leite e o trabalho do campo à indústria. Palharini explicou que a intenção é dar continuidade a ação ao longo do ano de forma a estimular maior uso do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). “É uma forma de humanizar a produção e fazer com que as crianças tenham contato com o processo. Faz com que a criança, quando colocar a mão na caixinha de leite, saiba de onde esse produto veio. Tenho certeza de que esse projeto será um sucesso e terá muitos desdobramentos”, salientou o Moreira. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Leilão GDT - 16/08/2022

(Fonte: GDT)

Piracanjuba apresenta aplicativo exclusivo para produtores de leite

Oito mil fornecedores de leite. Esse é o número de parceiros que apoiam a Piracanjuba com o fornecimento da matéria-prima (leite). 
 
Pensando nesse público, a marca lançou um aplicativo exclusivo, chamado Piracanjuba Pró-Campo, que surgiu com o objetivo de criar ainda mais proximidade, agilizando a rotina do campo, e apoiando o público com dados estratégicos.
 
“Nossa ideia é a facilitar o dia a dia do produtor de leite. Com acesso diretamente do celular, ele poderá verificar informações sobre notas fiscais, preços, benefícios e notícias da empresa. Como parceiros, queremos estar mais próximos e apoiar a tomada de decisão”, destaca o Diretor de Política Leiteira, Edney Murillo Secco.
 
Por meio do aplicativo, produtores de leite, de diferentes regiões do Brasil, poderão se conectar com a Piracanjuba, receber novidades da marca e obter informações rápidas sobre o fornecimento da matéria-prima. O serviço foi apresentado ao público durante o Interleite 2022, realizado em Goiânia, nos dias 3 e 4 de agosto, no Centro de Convenções. Quem passou pelo estande da Piracanjuba, foi recebido pela equipe de Política Leiteira e teve acesso a variadas informações da empresa, inclusive sobre o novo aplicativo.
 
Para acessar o serviço, basta baixar o aplicativo Piracanjuba Pró-Campo no Play Store e App Store, e inserir as informações do cadastro. (Fonte: Imprensa Piracanjuba) 


Jogo Rápido 

USDA reduz em 1% índice de lavouras de soja e milho em boas/excelentes condições
O novo boletim semanal de acompanhamento de safras reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou uma redução no índice de lavouras de soja e milho em boas ou excelentes condições nesta segunda-feira (15). Na soja, o índice caiu de 59% para 58%. São ainda 30% de lavouras em condições regulares e 12% em condições ruins ou muito ruins. Na semana passada eram 30% e 11%.  O USDA informou ainda que são 57% dos campos de milho em boas ou excelentes condições, contra 58% da semana passada. Em condições regulares o número passou de 26% para 27% e em condições ruins o muito ruins foram mantidos os 16%. (Fonte:  Notícias Agrícolas)


 
 

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Porto Alegre, 15 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.724


Sindilat participa do lançamento da 45ª Expointer e pretende aproximar setor lácteo do consumidor

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) esteve presente no lançamento oficial da 45ª Expointer na manhã desta segunda-feira (15). O evento reuniu representantes governamentais e do setor agropecuário para apresentar as expectativas para a feira, que neste ano volta com força depois de ter sido realizada de forma online em 2020 e em formato híbrido em 2021.

Para a Expointer desse ano, o Sindilat tem como principal objetivo promover a divulgação do setor lácteo e aproximar ainda mais a produção e o consumidor. É o que diz o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. “Nós entendemos que a Expointer é o melhor palco para mostrar a importância da produção láctea no nosso setor. Queremos que o consumidor veja isso durante a feira”, afirma.

Durante o lançamento da Expointer, o governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), demonstrou grande entusiasmo pela chegada da feira, que ocorrerá entre os dias 27 de agosto e 4 de setembro, e disse estar convicto de que será uma das maiores edições. “A Expointer é o momento em que nós, gaúchos e gaúchas, mostramos para o Brasil e o mundo a nossa principal vocação. Essa será uma feira que demonstra, principalmente, a nossa resiliência”, enfatizou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Olhando para a comunidade e o futuro do leite, MilkPoint torna gratuito o Feras da Sustentabilidade

Há 22 anos, nós do MilkPoint, construímos e tornamos acessível o conhecimento que realmente importa. Em toda nossa história, acreditamos fielmente na informação de qualidade como agente de transformação para a cadeia do leite, o agro e o mundo. 
 
Em todos estes anos, evoluímos ao passo que o setor lácteo também evoluía. Vimos as transformações estruturais no campo, a adesão de novas tecnologias e técnicas de manejo, novos hábitos e comportamentos de consumo. E, mais recente, a pulsante e crescente importância da agenda ambiental e da sustentabilidade. 
 
Pensando nisso, transformamos o MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade, um programa sobre o meio ambiente que já era único, exclusivo e inédito, agora também GRATUITO. Nosso objetivo, alicerçado no pilar social do ESG, é alcançar milhares de pessoas para difundir em todo setor este tema tão essencial para o presente e o futuro do leite. Nossa visão é clara: estamos diante da maior oportunidade em décadas para o setor lácteo, desde que compreendamos o cenário, as tecnologias disponíveis, e nos adaptemos.
 
Entendemos que a essencialidade e o real conhecimento das possibilidades das práticas sustentáveis nas propriedades leiteiras precisa ser amplamente difundido. As oportunidades existentes são inúmeras: crédito de carbono e água, produção de fertilizantes, biogás e eletricidade, acesso a financiamentos, preços diferenciados no futuro para o leite, entre outros. 
 
Todas elas, além de contribuírem para a preservação dos recursos naturais, possuem algo em comum: são capazes de trazer retorno financeiro para as fazendas de leite, tornando-se, então, parte de um novo modelo de negócio. 
 
Mas, para essa sinergia funcionar, são necessárias pessoas, que saibam o que estão fazendo, porquê estão fazendo e, assim, como tornar o meio ambiente o protagonista de sucesso do negócio das fazendas de leite. 
 
E neste ponto, desde 2000, as pessoas são nosso maior combustível. Nossa comunidade, com mais de 120 mil usuários, que escreve junto conosco, diariamente, a história e o futuro da pecuária leiteira do Brasil. Carregamos conosco a responsabilidade social de transmitir, nas mais diversas formas, conteúdos relevantes que impulsionam o leite nacional.
 
Agora, ao tornar o MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade gratuito, não seria diferente. Todas as sextas-feiras, entre os dias 26/08 e 30/09, das 8h45 às 12h, traduziremos os conceitos na prática. A cada encontro, com um time de palestrantes especialistas no assunto, traremos pautas fundamentais para entendermos a sustentabilidade ambiental na pecuária leiteira, como jamais abordada antes.
 
Você, produtor, técnico, estudante, consultor e pesquisador que querem fazer parte do futuro do leite brasileiro, estão convocados para o MilkPoint Feras da Sustentabilidade. Clique aqui para garantir o seu lugar. É grátis, único e imperdível!  Vem ser um Fera você também! (Milkpoint)
 

Cooperativa recebe premiação pela atuação internacional no segmento de alimentos

Pela sexta vez a Languiru figura entre as organizações gaúchas com atuação destacada no mercado internacional. A Cooperativa integra o seleto grupo do segmento de alimentos no 50º Prêmio Exportação RS. A entrega da premiação ocorreu em evento no dia 11 de agosto, em Porto Alegre.

Considerada a maior distinção do segmento no Sul do país, o Prêmio Exportação RS valoriza empresas que obtiveram os melhores resultados mercadológicos no cenário internacional. Em 50 edições, já são mais de 700 organizações homenageadas. Este ano foi entregue o maior número de honrarias, com 67 premiados.

O Conselho do Prêmio Exportação RS é formado por lideranças de instituições que possuem relação de suporte ou apoio ao cenário exportador: ADVB, Apex Brasil, Badesul, Banco do Brasil, Banrisul, BRDE, Farsul, Fecomércio, Federasul, Fiergs, Lide-RS, Portos RS, Sebrae-RS, Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Hub Transforma RS e UFRGS. 
 
Languiru pelo mundo 
“Este é o ‘Oscar’ da exportação gaúcha, e a Languiru integra seleto grupo de organizações premiadas, reflexo do nosso trabalho de planejamento e produtos de qualidade, que nos possibilitam posicionamento diferenciado no mercado nacional e internacional. Nossa diversidade de negócios e produtos representa a força do agronegócio e do cooperativismo para o desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul”, valoriza o presidente Dirceu Bayer.
 
“O trabalho árduo desde o início da cadeia produtiva, nas propriedades rurais das famílias de associados, passando pelos rigorosos controles de qualidade e segurança na industrialização, permitem que a Languiru vá tão longe”, acrescenta o vice-presidente Cesar Wilsmann.
 
Os produtos Languiru são comercializados no Brasil e em mais de 40 países da América Latina, Ásia, África e Oriente Médio. As carnes de aves e de suínos formam a base das exportações. Na linha de aves, destaque para o peito de frango desossado, dorso, asa inteira e coxa americana, além do pé, que é considerado uma iguaria em alguns mercados, especialmente o asiático. Na linha de suínos, a Languiru leva para outros países o pernil, paleta e sobrepaleta sem ossos, carré, barriga e miúdos como língua, focinho, máscara, rabo, pé dianteiro e traseiro, também iguarias para os asiáticos. O volume de negócios no mercado externo representou R$ 106,8 milhões em 2021. A Languiru tem se posicionado no mercado exportador com um mix cada vez mais qualificado e de valor agregado. (Leandro Augusto Hamester/Assessoria de Imprensa Languiru)


Jogo Rápido 

Em linha com atacado, Conseleites indicam alta nos preços
Em julho/22, o preço do leite ao produtor registrou forte elevação na comparação com o mês anterior. Para o pagamento de julho, os Conseleites indicaram alta, acompanhando a elevação dos preços no mercado atacadista e no Spot. Essa alta vai proporcionar recuperação das margens do produtor de leite e pode estimular uma maior oferta de leite no futuro. (Fonte:  CILeite/Embrapa)


 
 

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Porto Alegre, 12 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.723


CNA assina convênios e acordos com Apex Brasil, CNM e IBGE

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) assinou, na quarta (10), acordos de cooperação com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e convênio com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), durante o Encontro Nacional do Agro, em Brasília.

A parceria com as entidades visa aproximar ainda mais o agro das ações desenvolvidas nos municípios, contribuir com o levantamento de dados do setor e ampliar a participação dos produtos rurais brasileiros no exterior.

CNM - O acordo com a Confederação Nacional dos Municípios vai permitir um diálogo permanente entre produtores rurais e gestores municipais, disseminar boas práticas de gestão aos servidores municipais e produtores, além de elaborar estudos, pesquisas e novos indicadores.

IBGE – O acordo da CNA com o IBGE pretende desenvolver ações para levantamentos de dados e informações, divulgar o Censo Demográfico de 2022, participar da formulação do próximo Censo Agro, previsto para 2024 e o apoio na execução das pesquisas agropecuárias, permitindo assim, saber em primeira mão, quais as políticas públicas que o setor mais precisa, com o apoio das Federações de Agricultura e Pecuária e com os sindicatos rurais.

“Conto com vocês nessa empreitada. Conhecer o Brasil hoje é planejar o Brasil de amanhã e o Censo não é só do IBGE, mas do Brasil como um todo”, afirmou o presidente Eduardo Luiz Gonçalves Rios Neto.

APEX Brasil – A CNA e a Apex Brasil assinaram um novo convênio para fomentar a parceria do Projeto Agro.BR, desenvolvido para promover a inserção de pequenos e médios negócios rurais no comércio exterior, que terá vigência até janeiro/2025.

“Esse convênio complementa as ações que a Apex Brasil e a CNA empreendem em favor do produtor e do empreendedor rural brasileiro. Portanto, reforço a enorme satisfação de chegarmos ao dia de hoje, mas principalmente, o entusiasmo que nós vemos diante dos desafios à frente”, afirmou o presidente da Apex, Augusto Pestana.

O Agro.BR tem hoje 1.072 empreendedores rurais inscritos, 4.462 consultorias em comércio exterior e 1.900 portfólios em cinco idiomas sobre produtos brasileiros. São 129 mercados conquistados, sendo que 116 estão exportando e 30 são novos exportadores. 

Na página https://cnabrasil.org.br/enagro22 você tem acesso a mais informações sobre o Encontro Nacional de Lideranças do Agro. (CNA)


Em Cúpula, representantes de países da África e das Américas destacam que inovação é base para agricultura sustentável
 
Ministros, vice-ministros e altos funcionários da Agricultura, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia de 40 países participam da "Cúpula África-Américas sobre Sistemas Agroalimentares", em San José, na Costa Rica, com o objetivo de fortalecer a cooperação birregional para enfrentar os desafios da segurança alimentar global e fortalecer o papel de ambos os continentes em questões produtivas.
 
Entre os assuntos abordados estão a colaboração em ciência, tecnologia e inovação, o que deve estar no centro da cooperação reforçada entre África e América para realizar o potencial dos continentes. Além do fortalecimento do papel dos países para garantir a segurança alimentar e a nutrição global, e a criação de forma homogênea de setores agrícolas produtivos, sustentáveis ​​e inclusivos que contribuam para o desenvolvimento sustentável de ambas as regiões.
 
Representando o Brasil na mesa redonda sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI) do Mapa, Cleber Soares, ressaltou o potencial agrícola do Brasil nas últimas décadas, resultado do investimento em ciência, tecnologia e inovação. “Estamos aqui para compartilhar nossa visão, trabalhar juntos em uma agenda de bioinsumos, de baixo carbono, com uma rede africana e latino-americana para reduzir custos para os produtores. Com um hub de inovação para nossos continentes”, explica Soares, em apresentação aos países africanos, que veem o Brasil como um grande parceiro para o desenvolvimento da agricultura tropical. E acrescentou: "O mundo vive um momento em que a cooperação pela agricultura é a palavra-chave. O Brasil é parte importante para superar os desafios contemporâneos, como a segurança alimentar".
 
“A pandemia de COVID-19 nos mostrou a importância da ciência, tecnologia e inovação para o bem-estar da população global. O progresso neste campo é necessário não apenas para se recuperar desta crise e de futuras crises, mas também para enfrentar outros desafios globais como pobreza, desnutrição, doenças, insegurança alimentar, desigualdade, mudanças climáticas e muitos outros”, afirmou o diretor executivo do Fórum de Pesquisa Agrícola na África (FARA), Oseyemi Olurotimi Akinbamijo.
 
Participaram da Cúpula o ministro da Agricultura da Etiópia, Oumer Hussien Oba; o ministro da Agricultura de Burkina Faso, Delwendé Innocent Kiba; e o subsecretário (Vice-Ministro) de Pecuária de Honduras, José Ángel Acosta; além de organizações multilaterais de crédito, cooperação e do setor privado.
 
Cúpula 2022
A "Cúpula África-Américas sobre Sistemas Agroalimentares", promovida pelo IICA, teve início nessa quarta-feira (27) e vai até sexta-feira (29). Os dois primeiros dias foram dedicados a sessões plenárias, bem como mesas redondas sobre oportunidades de cooperação Sul-Sul e experiências práticas dos países-membros.
 
O terceiro e último dia da Cúpula é voltado a visitas de campo destinadas a explorar inovações bem-sucedidas, escaláveis ​​e transferíveis em áreas como adaptação e resiliência climática, biotecnologia e tecnologias digitais.
 
O objetivo principal do evento é aumentar as contribuições do setor agropecuário para o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável de forma global e também melhorar o comércio internacional e regional dos Estados-membros. (MAPA, com informações do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA))

 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 31/2022 – SEAPDR

A próxima semana poderá ter altos volumes acumulados de chuva no RS. No sábado (13), o tempo seco seguirá predominando, com ligeira elevação das temperaturas. No domingo (14), o deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar chuva, com possibilidade de temporais isolados. Na segunda (15), a propagação de uma frente fria vai causar chuva, com chance de tempestades na maioria das regiões.

Na terça (16), o ingresso de ar seco e frio afastará a nebulosidade, com novo declínio das temperaturas, principalmente na Metade Sul. Na quarta-feira (17), o deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em todas as regiões.

Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)


Jogo Rápido 

China: produção de laticínios atinge 15 milhões de toneladas no primeiro semestre
Os principais produtores de leite da China registraram crescimento de produção no primeiro semestre deste ano, mostraram dados oficiais. No período de janeiro a junho, os principais produtores de leite viram sua produção aumentar 1% ano a ano, para quase 15,11 milhões de toneladas, segundo dados do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação. Somente em junho, a produção de leite ficou em 2,75 milhões de toneladas, aumentando 0,3% ano a ano, mostraram os números. Os principais produtores de laticínios são empresas com receita anual de mais de 20 milhões de yuans (cerca de 2,97 milhões de dólares americanos). (As informações são da Xinhua, traduzidos e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 11 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.722


Argentina – Ranking das indústrias de laticínios

O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) publicou uma nova edição do ranking anual das principais indústrias argentinas. A lista é elaborada com base na quantidade de litros de leite que captam diariamente, com dados informados pelas próprias empresas. Quando as indústrias se negam a compartilhar as informações, o volume é estimado “por informantes qualificados”.
 
É a sexta edição deste ranking, que o OCLA começou a elaborar em 2016/17. Desde então, o domínio sempre havia sido da multinacional mais conhecida: Mastellone, proprietária da marca La Sereníssima.

E o segundo posto também sempre foi fixo para outra multinacional, Saputo, que produz lácteos com as marcas La Paulina e Molfino, entre outras. A novidade é que pela primeira vez a Saputo ganhou da Mastellone.
 
Variações
Um dado importante a destacar é que o Top 5 se completa com três pequenas indústrias de capitais argentinos: Williner – Ilolay, Santa Fe; Noal e Punta del Agua, estas duas últimas com sede em Villa María, o principal polo queijeiro e manteigueiro do país. Sobressai neste contexto o crescimento da Adecoagro, que um ano atrás estava na nona posição, ficando agora na sexta, enquanto que a SanCor continua fora das Top 10. mantendo seu 12º posto, alcançado três anos atrás. Antes de entrar na forte crise que a levou a se desfazer de inúmeras fábricas, era a quarta processadora de leite do país. (Fonte: InfoCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Conseleite/RO: projeção de alta de 16,87% no preço do leite a ser pago em agosto

A diretoria do Conseleite – Rondônia atendendo os dispositivos do seu Estatuto aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite entregue em julho a ser paga em agosto/2022.

Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto no tanque de resfriamento”, o que significa que o frete de segundo percurso não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural.

O Conseleite Rondônia alerta que outros parâmetros são considerados pelo mercado para estabelecer o valor final do leite a ser pago ao produtor, tais como: 1. Fidelidade do produtor ao laticínio; 2. Distância da propriedade até o laticínio; 3. Qualidade da estrada de acesso a propriedade rural; 4. Temperatura do leite na entrega; 5. Capacidade dos tanques de resfriamento de leite da propriedade; 6. Tipos de ordenha; 7. Adicionais de mercado devido a oferta e procura pelo leite na região; 8. Sazonalidade da produção; 9. Condições sanitárias do rebanho; 10. Outros benefícios concedidos pelas indústrias.

Tabela - Valores de referência para a matéria-prima (leite) entregue em julho/2022 (pago em agosto/2022) no Estado de Rondônia e comparativo com o mês anterior. (Conseleite/RO)

 
Drones e inteligência artificial: combinação visa melhora da produtividade leiteira

Cientistas irlandeses estão testando uma combinação de “drones lácteos”  e inteligência artificial para ajudar os agricultores a decidir onde suas vacas devem pastar.
 
Os pesquisadores pretendem fazer um modelo preditivo para ajudar os produtores a determinar as melhores áreas para pastejo dos animais, com intuito de melhorar a produção leiteira e promover o bem-estar dos animais. 
 
Os pesquisadores da Teagasc, University College Dublin e Dublin City University estão trabalhando juntos para produzir dados preditivos sobre o rendimento e a composição do crescimento da gramíneas em pastagens. O projeto está sendo financiado pelo centro de pesquisa agritech da Science Foundation Ireland VistaMilk.
 
De acordo com a diretora sênior de pesquisa da Teagasc, Deirdre Hennessy, o processo é muito demorado. O manejo de pastagens é, atualmente, uma prática de trabalho intensivo, pois os produtores têm que percorrer constantemente seus campos monitorando o crescimento das gramíneas, o rendimento, a composição e a adequação do pastejo.
 
“Eles devem determinar quando há quantidades adequadas disponíveis para alimentar seus animais, ao mesmo tempo em que evitam ter muito pasto, levando a desperdício e baixa qualidade ou potencialmente subpastejo”, acrescentou Hennessy.
 
O projeto está testando novos modelos de análise de imagens, aprendizado de máquina baseados em fotos capturadas por drones e câmeras estáticas. Estes estão sendo comparados com observações físicas e laboratoriais do crescimento do pasto.
 
Os pesquisadores disseram que, até o momento, os modelos preditivos que desenvolveram com base em fotografias simples mostram uma taxa de precisão de 95% quando comparados às observações físicas.
 
Eles acreditam que um modelo preditivo ajudaria os produtores a determinar o melhor horário e áreas para deixar suas vacas pastarem, o que pode melhorar a produção leiteira e promover o bem-estar do gado. “A análise de imagens e algoritmos de aprendizado de máquina funcionarão com imagens capturadas por drones – e até satélites no futuro”, disse Hennessy. “O potencial do que podemos fazer será limitado apenas por nossa imaginação.”
 
Milhares de produtores irlandeses estão usando um aplicativo de gerenciamento de pastagens chamado PastureBase Ireland para inserir suas observações físicas do crescimento do pasto e obter resultados quando terminarem de caminhar em suas terras.
 
Hennessy disse que o “objetivo final” do projeto é criar um aplicativo que combine observações físicas, modelos de previsão do tempo e imagens automatizadas do pasto para economizar tempo e dinheiro para os produtores. “Embora ainda não estejamos lá, o futuro está ao virar da esquina”, acrescentou.
 
A VistaMilk disse que a indústria de laticínios da Irlanda sustenta 60.000 empregos e contribui com cerca de € 5 bilhões (US$ 5,12 bilhões) para a economia anualmente.
 
Embora tenham sido levantadas preocupações sobre as emissões agrícolas da Irlanda, o centro de pesquisa está procurando criar práticas sustentáveis que protejam o meio ambiente, preservando a indústria de laticínios da Irlanda. (As informações são do Silicon Republic, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Uruguai – A fraca demanda chinesa está por trás da prolongada queda nos preços do SMP e do WMP
A captação de leite pelas indústrias de laticínios uruguaias acumulou queda de 1,3% no primeiro semestre do ano, de acordo com a última atualização de dados publicados pelo Instituto Nacional do Leite (INALE). O volume no primeiro semestre totalizou 912 milhões de litros, contra 924 milhões um ano atrás. A queda mensal mais acentuada na primeira metade do ano ocorreu em maio, de 3%. Em junho a queda foi de 1%, com 167 milhões de litros. Nos doze meses móveis, existe uma baixa marginal de 0,2%, com 2.105 milhões de litros enviados de julho de 2021 a junho de 2022, contra 2.110 milhões no mesmo período de 2020-2021. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 
 
 

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Porto Alegre, 10 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.721


Conflito entre Rússia e Ucrânia gera novos desafios para o setor leiteiro do Mercosul

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia destacou o papel dos países produtores de alimentos nas questões de segurança alimentar. Diante do medo da fome mundial, esses países aumentaram seu poder nas organizações multilaterais.
 
Esta é uma oportunidade que deve ser aproveitada para que, a partir dessa motivação, esses países possam melhorar a eficiência produtiva.
 
Os países que têm mais oportunidades são aqueles que têm maior margem de crescimento e por razões econômicas ou políticas não conseguem alcançá-la, como é o caso da Argentina, Uruguai, Brasil e Índia, entre outros.
 
Desde 2020, o setor de laticínios foi afetado por vários eventos que tiveram impacto global. Apesar disso, o setor foi notavelmente resiliente. Não só manteve a capacidade comercial, como também a produção aumentou entre 2020 e 2021 em 2,1% e espera-se que até 2022 a produção seja semelhante à do ano anterior.
 
Percebemos a maior plasticidade que nosso mercado possui, devido à capacidade de produção que diferentes países possuem diante dos acontecimentos político-econômicos.
 
Essa capacidade de adaptação nos permite pensar que diante de um consumidor que exige que a cadeia de laticínios produza de forma mais amigável ao meio ambiente e à sociedade, essa cadeia pode responder. Assim, podemos pensar que o setor está diante de uma oportunidade de rever nossa forma de produzir alimentos (bem-estar animal, biodiversidade, externalidades etc.) e trabalhar em conjunto com a sociedade para pensar mudanças que aproximem todas as partes da cadeia.
 
Os países do Mercosul, como um todo, são os principais exportadores líquidos de alimentos e importantes contribuintes para a segurança alimentar mundial, condição que, por um lado, gera responsabilidade e cria compromissos humanitários e, por outro, fornece elementos de negociação comercial.
 
É por isso que devemos agir estrategicamente e no médio/longo prazo. Pensar o Mercosul como um bloco globalizado conectado ao resto do mundo é algo que precisa deixar de ser uma ideia e passar a virar realidade. Isso permitirá que o Mercosul melhore sua posição na estrutura de governança global vinculada à segurança alimentar.
 
O Mercosul é uma plataforma na qual se investiu muita energia, tempo e dinheiro. Com o passar dos anos, sua relevância certamente aumentará e devemos estar preparados para quando esse momento chegar. (As informações são do Infortambo, escritas por Santiago Moro,  Engenheiro Agrônomo – Especialista em Mercados de Laticínios, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Inflação tem a menor taxa da série histórica

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou julho com queda de 0,68% ante um avanço de 0,67% em junho, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 4,77%. Em 12 meses o resultado chega a 10,07%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 9,85% a 10,32%. A queda de 0,68% registrada em julho foi a primeira desde maio de 2020, e foi ainda a deflação mais intensa da série histórica iniciada em janeiro de 1980. 

Do mesmo modo, o INPC, também divulgado ontem, teve deflação de 0,6% e acumula 10,12%. A baixa no IPCA foi puxada pela redução de 14,15% no preço dos combustíveis. A gasolina recuou 15,48%, impacto mais intenso entre os 377 subitens que compõem o IPCA, enquanto o etanol recuou 11,38%. O preço do gás veicular diminuiu 5,67%. Ainda no grupo de Transportes as passagens aéreas subiram 8,02%. Veículos próprios aumentaram 0,65%, com alta nos automóveis novos (0,11%) e motos (0,65%), enquanto carros usados tiveram queda de 0,21%. O grupo Alimentação e bebidas saiu de aumento de 0,8% em junho para elevação de 1,3% em julho.

A alimentação no domicílio subiu 1,47%, e a maior pressão partiu do leite longa vida, que avançou 25,46%. O presidente Jair Bolsonaro comemorou ontem a deflação do IPCA. “Estão acontecendo coisas boas. Acabou de ser anunciada mais uma deflação. Tenho certeza que, para o ano que vem, haverá outra deflação”, acrescentou Bolsonaro durante evento de suinocultores e avicultores em São Paulo. A deflação é a queda de forma generalizada dos preços em um determinado período. O resultado de baixa, além de ter sido o mais intenso da série do IPCA, iniciada em janeiro de 1980, representa o 15° resultado negativo do índice no período de 511 meses.

Desde 1980 houve uma estabilidade do indicador em junho de 2010. Nos demais 495 meses as variações da inflação oficial ficaram entre 0,01% (apuradas em maio de 2000, julho de 2010, julho de 2014 e junho de 2019) e 82,39% em março de 1990. A deflação, lembrou o presidente, tem justificativas como a redução das alíquotas do ICMS sobre gasolina e energia elétrica nos estados e o corte do PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o final do ano. (Correio do Povo)

O que ninguém nunca te contou sobre práticas sustentáveis na pecuária de leite?

Muita se fala! A sustentabilidade é uma das principais pautas mundiais. Apesar de ser sempre citada e estar sempre evidência, o que, de fato, realmente sabemos sobre sustentabilidade? O que você precisa saber? Como você, produtor, pode aplicar práticas ambientalmente sustentáveis na sua propriedade? Como você, técnico, pode atender as demandas dos produtores de leite do futuro? Onde encontrar as respostas para essas perguntas?
 
Em buscar de clarear cenários e ir além do que é superficialmente discutido sobre a sustentabilidade na pecuária leiteira, criamos o MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade. Com uma programação inédita, uma abordagem única e uma visão holística sobre o assunto, mostraremos na prática como aplicar os conceitos e fazer do meio ambiente o protagonista de sucesso de negócio das fazendas de leite. 
 
Para isso, durante seis encontros semanais online, entre os dias 26/08 e 30/09, abordaremos os principais macro temas da sustentabilidade ambiental, distribuídos em 6 painéis temáticos. Confira AQUI a programação completa.
 
Associados do Sindilat/RS têm 30% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)


Jogo Rápido 

Banho de leite será na tarde de 30 de agosto
O tradicional Banho de Leite, que celebra o trabalho das granjas leiteiras mais produtivas da Expointer, está marcado para as 16h do dia 30 de agosto. A comemoração será na pista do gado leiteiro, no parque Assis Brasil, em Esteio. Para o concurso, as vacas são ordenhadas cinco vezes. As duas maiores pesagens são descartadas e as três restantes, somadas. O animal que mais pontuar é consagrado vencedor. Conforme Marcos Tang, presidente da Gadolando, este é o grande momento da raça leiteira nas exposições. (Correio do Povo)


 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 09 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.720


Balança comercial de lácteos: importações seguem ganhando força

Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (08/08) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -98 milhões de litros em equivalente-leite no mês de julho, uma diminuição de 23 milhões, ou aproximadamente 31% em comparação ao mês anterior.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (julho/2021), o saldo deste ano também foi mais negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -61 milhões de litros, representando uma diferença de aproximadamente 37 milhões de litros, ou 60,7%. Esta foi a terceira variação negativa consecutiva, e o valor é o menor desde fevereiro de 2021. Confira a evolução no saldo da balança comercial de lácteos no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

Novamente ocorreram recuos nas exportações, porém, desta vez a queda foi mais amena que as duas últimas registradas.
 
O período apresentou um decréscimo de -0,6 milhões de litros no volume exportado, representando um recuo de aproximadamente 7,7%. Ao se comparar com 2021, o cenário é ainda mais destoante, ocorrendo um decréscimo de -4,2 milhões de litros, representando um recuo de aproximadamente 36,8% no volume exportado no período. Desta forma, o cenário desfavorável às exportações se perpetuou em julho, ocorrendo decréscimos no volume exportado de produtos lácteos, pelo terceiro mês consecutivo.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Por outro lado, as importações seguiram ganhando força no último mês, frente a elevação da vantagem competitiva dos produtos internacionais.

O mês de julho apresentou um aumento de 26,7% nas importações, com um acréscimo no volume de importações de 22,2 milhões de litros em equivalente-leite.

Analisando o mesmo período do ano passado, também se nota um aumento entre os volumes importados; em junho de 2021, 72,5 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2022 esse valor teve uma variação positiva de aproximadamente 45,4%, configurando um aumento expressivo de 32,9 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos, o que pode ser observado no gráfico a seguir:

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Esse aumento nos volumes importados e recuo das exportações ocasionaram um saldo mais negativo da balança comercial de lácteos para o mês de julho, apresentando o resultado mais negativo do ano, até o momento, e o menor valor desde fevereiro de 2021. Este cenário se formou devido alguns fatores, tais como: os recuos apresentados nos preços internacionais, a baixa disponibilidade de leite no Brasil e os elevados preços dos derivados lácteos no mercado interno.

Em meio a um cenário geopolítico conturbado, as tensões internacionais vêm emplacando quedas nos preços internacionais. A situação da covid-19 na China ainda não foi resolvida, e novos lockdowns vem ocorrendo, diminuindo a demanda de um dos principais players no mercado internacional. Além da demanda chinesa, temos conflitos em diferentes regiões do globo, como por exemplo, a guerra entre Rússia e Ucrânia, e as divergências entre China e Estados Unidos, impulsionadas por razões diplomáticas envolvendo a ilha de Taiwan.

Um outro ponto que vem atuando para consolidar o cenário baixista dos preços é o risco de recessão econômica mundial, com grandes potências, como Estados Unidos, e Europa apresentando entraves em suas economias, elevando os temores de uma possível recessão.

Em meio a essas tensões internacionais, os preços do leilão Global Dairy Trade passaram por mais uma variação negativa no último evento realizado. Os preços médios do leite em pó integral atingiram o menor valor desde fevereiro de 2021.

Esses fatos associados a baixa disponibilidade de leite no mercado interno, que impactaram nos preços, nos últimos meses, trouxeram um ganho de competitividade para os produtos internacionais, o que refletiu em um maior volume de importações. Desta forma, mesmo em meio ao dólar ainda operando em patamares elevados, o mês de julho se mostrou favorável as negociações de importação e manteve a janela de exportações fechada.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em julho, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 93% do volume total importado.

O leite em pó integral teve uma elevação de 22% em seu volume importado. Além do leite em pó integral, os produtos que tiveram maiores variações com relação à importação foram o leite em pó desnatado e os queijos, com aumentos de 68% e 21%, respectivamente.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o leite UHT, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 83% da pauta exportadora. Os queijos apresentaram um recuo de 15% em seu volume exportado.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de julho deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em julho de 2022.

(Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT)


RANKING MUNDIAL: TOP 20 PROCESSADORES DE LEITE

Os 20 maiores processadores de leite, listados abaixo de acordo com o relatório publicado pela IFCN, são responsáveis por aproximadamente 40% da oferta mundial de leite cru sendo processado em fábricas.
 
Essas empresas e cooperativas aumentaram sua capacidade de processamento de leite em 50 milhões de toneladas nos últimos 10 anos, o que corresponde à metade da produção anual dos EUA.
 
Os produtores de leite da América dos EUA novamente encabeçaram a lista das 20 maiores empresas leiteiras que recebem mais leite a nível mundial. Seguiram-se o Lactalis da França e o Fonterra da Nova Zelândia.
 
Mas antes, mostramos quais marcas são as mais utilizadas por continente:

 
Os 20 maiores processadores de leite coletam 212 milhões de toneladas de leite, e a lista mostra que mais de 25% do leite produzido no mundo inteiro é processado a partir dos 20 maiores gigantes leiteiros. Esta tendência continua a se consolidar ano após ano, com os produtores leiteiros da América no topo da lista com uma ingestão em litros de 28,6 bilhões de litros, cerca de 3,5% do mercado total.
 
O poderoso grupo cooperativo Dairy Farmers of America está sediado em Kansas City, Missouri, e tem dezenas de fábricas em todo o país. É uma cooperativa agrícola que representa aproximadamente 14.000 produtores leiteiros.
 
As empresas Lactalis (com sede na França) com 21,7 milhões de toneladas de leite, Fonterra (Nova Zelândia) com 18,7 milhões de toneladas e Arla Foods (Dinamarca-Suécia) com 13,7 milhões de toneladas, seguem em ordem de importância, quinta é a gigante suíça Nestlé (13,6 milhões de toneladas), sexta é a Friesland Campinas (11,8).
 
Depois disso vêm Saputo com 10,5, Amul (Índia) com 10,3, os gigantes chineses Yili (9,6) e Mengniu (9 milhões de toneladas), Grupo Glanbia dos EUA, Califórnia Dairies, Danone, Agropur, DMK, Muller (Alemanha/UK), Leprino, Land O’Lakes, Savencia e Sodiaal, sendo os dois últimos franceses. (Fontes: eDairy News – Todo Lecheria)

 

Uma saída para manter o Auxílio Brasil em R$ 600

Está nos mapas de risco para 2023 a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600, que começa a ser pago hoje. Qualquer que seja o resultado da eleição, não se imagina que, tal definido na PEC Eleitoral, dure só até dezembro.

Apesar do quase consenso sobre a necessidade de elevar o valor diante do salto da inflação, o problema é como financiar o benefício maior sem endividar ainda mais o país. Um grupo de economistas especializados em temas tributários defende mudanças em regras que teria capacidade de gerar arrecadação extra ao redor de R$ 84 bilhões.

Além desse alvo, há outro: aumentar a chamada progressividade, ou seja, distribuir a carga de forma mais equilibrada entre quem ganha mais e quem tem menos renda. Hoje, o sistema tributário nacional é considerado regressivo, ou seja, quem ganha menos acaba pagando mais, por distorções no formato de cobrança, falta de correção na tabela do Imposto de Renda (IR) e um conjunto de isenções que acaba beneficiando a alta renda.

A correção da tabela do IR chegou a ser anunciada e aprovada, mas nunca saiu do papel. Segundo Manoel Pires, coordenador do Observatório de Política Fiscal do Ibre/FGV, caso tivesse sido reajustada a faixa de isenção para R$ 2,5 mil, como prometido, a tabela só voltaria para o patamar que estava em 2018. Às vésperas da eleição, o assunto foi retomado, mas ainda não está definido.

Um dos instrumentos da mudança seria a cobrança de imposto sobre lucros e dividendos, que acabou derrubando a reforma no ano passado. Rodrigo Orair, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), admite que o assunto é complexo, mas pondera que o tema envolve não só justiça tributária, mas competitividade, porque a alíquota sobre o ganho das empresas é elevado, de 34%:

- Para investidores internacionais, conta mais a alíquota sobre a empresa, não sobre os dividendos, cobrados da pessoa física. Vários países estão mudando e integrando a cobrança entre pessoa física e jurídica. Os que tinham isenção de dividendos estão mudando. (Zero Hora)


Jogo Rápido 

Expointer
Já tem data para o lançamento oficial da 45ª Expointer. Será na próxima segunda-feira, no espaço Multiverso Experience, no Cais Embarcadero, na Capital. Na ocasião, serão apresentados os detalhes da feira agropecuária que ocorrerá de 27 de agosto a 4 de setembro, no parque Assis Brasil, em Esteio. Um deles é que, neste ano, não haverá mais limitação do número diário de visitantes. (Zero Hora)