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Porto Alegre, 03 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.873


Agro aponta efeito colateral de novo imposto: alimentos básicos até 21% mais caros
 
Alimentos básicos, hoje isentos de impostos na saída da propriedade rural, vão ficar até 21% mais caros se forem obrigados a recolher “na porteira” o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – também chamado de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) – pretendido nas propostas de reforma tributária encampadas pelo governo federal no Congresso.
 
Na PEC 45, da Câmara, discute-se uma alíquota de 25% para praticamente todas as cadeias produtivas, com poucas exceções. Na PEC 110, do Senado, a alíquota padrão e suas exceções seriam definidas posteriormente, por lei complementar.
 
Se for repassado à cadeia produtiva, esse aumento de custos dos produtores significará inflação adicional de 1% em até um ano, segundo estudo da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), tendo como base uma alíquota de 25%.
 
Os cálculos da CNA foram apresentados nesta terça-feira (28) ao Grupo de Trabalho da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, que também ouviu representantes da indústria.
 
Dentre os alimentos que podem sofrer os maiores reajustes, na hipótese de repasse integral do aumento de custos, estão:
 
● Laticínios (aumento de preço de 21,3%);
● Batata (21,6%);
● Feijão (19,6%);
● Café (18,5%);
● Soja e milho (16,2%); e
● Arroz (12,7%).
 
Para os agricultores, a redução na margem bruta poderá chegar a 94,3% no leite, que tem rentabilidade calculada em centavos, e 65,3% no arroz. Em termos gerais, outro estudo, feito em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), já havia estimado impacto de 22,7% na cesta básica com o fim da isenção de impostos.
 
“A questão é se o consumidor está apto para receber esse aumento de custo. Vai depender da renda do consumidor e da elasticidade de demanda. Tem produto que a gente sabe que vai passar integralmente esse custo. Mas, em outros, o consumidor não aceita e vai diminuir o consumo. Um exemplo é o laticínio. A gente sabe que, quando sobe o preço, o consumidor não incorpora esse aumento, ele reduz o consumo”, diz Renato Conchon, coordenador do Núcleo Econômico da CNA.
 
Alíquota diferenciada para agricultura é padrão da OCDE
Em defesa da isenção ou pelo menos alíquota menor para o agro, a CNA invoca um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que aponta a importância de desoneração da agricultura entre seus países-membros. De 35, apenas quatro não oferecem tratamento preferencial para a produção de alimentos: Chile, Dinamarca, Estônia e Nova Zelândia.
 
“São países que basicamente não têm agro. O Chile exporta minério, a Dinamarca tem petróleo e muito serviço. A Estônia, para se ter uma ideia, não tributa a cerveja. Cada país adapta conforme suas necessidades. Mas o fato é que a grande maioria dos países tem uma tributação diferenciada para o agro. Os Estados Unidos, que não têm imposto sobre valor agregado, mas o 'sale tax', não cobram imposto do produtor rural na saída de soja, café, boi e frango”, destaca Conchon.
 
Responsável por 24,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, por 23,9% dos empregos e 47,6% das exportações, o agronegócio argumenta que o recolhimento de tributos sobre suas cadeias produtivas atingiu a cifra de R$ 460,1 bilhões em 2020, o equivalente a 19,3% do total arrecadado na economia. Seria a soma de uma série de impostos como ITR, ICMS, IPI, PIS, Cofins e IR.
 
Quanto à alegação de que são os outros elos da cadeia que recolhem impostos, e não o produtor, Conchon rebate: “Quando o pecuarista vende um boi para o frigorífico, por exemplo, a agroindústria adquirente é que recolhe o Funrural. Mas ela desconta o imposto do produtor. Quem recolheu? A indústria. Quem pagou? O produtor, porque teve desconto”.
 
Impacto do custo tributário, se não for repassado
 

FPA analisa alternativas ao modelo do imposto agregado
 
No mesmo dia em que o agro apresentou seus argumentos por uma tributação menor, mais cedo, em almoço semanal, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) recebeu o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), autor da PEC 46 de reforma tributária, que seria uma alternativa às PECs 45 e 110, tomadas como ponto de partida pelo secretário especial da Reforma Tributária, Bernard Appy.
 
É um recado da bancada do agro de que o setor ainda “namora” com modelos diferentes do IVA e que o governo precisa melhorar a interlocução. “Diziam que eu só criticava as propostas do governo, então resolvi encampar a reforma do Simplifica Já. Uma reforma simples, enxuta, que substitui 27 legislações do ICMS por uma para o Brasil inteiro. E também cria uma única legislação de ISS, substituindo mais de 5 mil”, argumenta Guimarães, em defesa de sua proposta, que foi endossada por 37 senadores e inclui no texto sugestões do movimento Simplifica Já e da Frente Nacional de Prefeitos.
 
Na visão do Ministério da Fazenda, dentro da ideia do IVA, uma forma que o governo teria para compensar o fim da isenção dos produtos da cesta básica seria a instituição do "cashback". Ou devolução de imposto, em conta corrente, para os mais pobres.
 
“O Parlamento é quem vai calibrar para quem você vai devolver o imposto. Pode decidir devolver para 30% ou para 70% da população”, disse Appy no dia 8, em audiência pública do GT da Reforma Tributária, na Câmara.
 
O problema, diz Cochon, da CNA, é a falta de definição dos parâmetros. “O secretário diz que é o Congresso que vai decidir. Ora, como o Congresso vai assumir a responsabilidade de aumentar o repasse orçamentário para 20 milhões de famílias [do Bolsa Família] ou 81 milhões de pessoas do cadastro único do governo federal? Qual é o valor disso? Hoje estamos discutindo sobre hipóteses”, pondera o representante da agricultura. (Gazeta do Povo)

Argentina: produção de leite orgânico vem ganhando espaço

“A produção de laticínios orgânicos é um nicho de negócios. Permite acesso a valores superiores de 20-30%, mas tem muitas demandas, trabalho diário, em uma atividade, a leiteira, que já tem uma cota de empenho significativa", disse Rosario López Seco, proprietária de uma fazenda em Brandsen, a 15 quilômetros da rodovia 2 e 70 da Cidade Autônoma de Buenos Aires.

A empresária integrou a produção primária de leite com industrialização e comercialização. Ela administra 356 hectares, dos quais 165 são próprios e 191 arrendados a uma irmã. 

Nessa fazenda existem atualmente 165 vacas leiteiras, produzindo cerca de 3.500 litros de leite por dia. Este volume é inteiramente processado em fábrica própria, o que dá origem a uma “paleta” de laticínios orgânicos certificados: port salut, gouda, campeche, halloumi, sardo, sbrinz e queijos aromatizados, e doce de leite e manteiga.

Esses produtos são comercializados em restaurantes, lojas agroecológicas e lojas de produtos naturais e têm como consumidores pessoas dispostas a pagar um valor para garantir a rastreabilidade do que compram.

A produção orgânica torna a gestão leiteira e o processamento do leite mais complexos. “É preciso produzir de forma diferente, sair do comum para cuidar do meio ambiente”, define Rosario, que não se identifica como fundamentalista no assunto depois de trabalhar 22 anos produzindo leite de forma convencional. "É preciso desaprender conceitos e modificar comportamentos - próprios e dos funcionários - no campo e na fábrica, para ser aprovado nas certificações que são realizadas constantemente", acrescenta.

Com relação à alimentação das vacas, a cadeia forrageira desenvolvida nesta empresa inclui alfafa, pastagens polifíticas compostas por festuca, sabadilha, capim pomar, azevém, lótus, trevo vermelho e trevo branco com alta densidade para combater o desenvolvimento de gramon. Também incorpora cevada, milho e sorgo. A superfície do campo é dividida em lotes de 5 a 13 hectares.

Todas as pastagens são implantadas com preparo convencional (disco, grade dentada, rolo e semeadora) pois os herbicidas utilizados para semeadura direta não podem ser aplicados. Fertilizantes químicos (ureia, fosfatos) também não podem ser aplicados, podendo apenas recorrer a adubos orgânicos, como os excrementos recolhidos na sala de ordenha ou bioestimulantes (Azospirillum, Trichoderma, etc.).

Na fazenda López Seco, o chorume é tratado em lagoas de decantação para separar os líquidos dos sólidos. Esses componentes são usados para limpar o chão das instalações de ordenha e adubar os lotes de pastagem com esterco.
 
Produção

As sementes forrageiras não podem ser curadas com inseticidas ou fungicidas e não podem ser peletizadas. Isso requer “a compra de sementes de muito boa qualidade, garantindo as melhores condições de germinação e aumentando a densidade de plantio em pelo menos 20%”, esclarece Rosário.

Para a semeadura de milho e sorgo também se utiliza o preparo convencional e não se pode utilizar sementes com modificações genéticas (híbridas), mas sim variedades como Candelaria INTA e materiais do incubatório Zambruni, que oferecem rendimentos competitivos com os híbridos, segundo a empresária.

Uma vez que o milho esteja estabelecido, o controle de ervas daninhas deve ser feito com meios mecânicos (por exemplo, capina) sem a possibilidade de usar qualquer herbicida ou inseticida. As gramíneas de inverno podem ser semeadas com uma semeadora Altina em estágios avançados de cultivo. Se for necessário plantar soja, também devem ser utilizadas variedades que não contenham genes de resistência ao glifosato ou outros herbicidas.

A López Seco conta com uma equipe de máquinas própria. Se por algum motivo for necessário alugar máquinas, elas devem atender a uma série de requisitos de higiene e risco zero de contaminação.

A dieta das vacas inclui pastejo direto mais suplementação com silagem de milho ou sorgo e 4,5 quilos de ração balanceada com 18% de proteína. “Alimentos de fora do campo não podem ser incorporados, a menos que sejam orgânicos certificados, como é o caso de alguns lotes de farelos ou alimentos balanceados especialmente preparados para esse fim, que têm um custo que dobra o de alimentos balanceados comerciais.”

Com essa dieta, as vacas atingem uma produção de 18 litros por dia e por animal, com taxa de lotação que varia de 1,30 a 1,58 vacas por hectare. A raça predominante é a Holandesa. “Ao longo dos anos selecionamos o rebanho buscando animais de porte mais moderado e adaptados às condições impostas pela produção orgânica, principalmente com sêmen de touros Select-Debernardi. Também desenvolvemos um rebanho da raça Jersey com esse fornecedor para produzir leite com maior proporção de sólidos”, conta Rosario.

Nos estabelecimentos orgânicos também há restrições com tratamentos sanitários. Por exemplo, vacas que repetem casos de mastite três vezes devem ser descartadas do rebanho. Em geral, os tratamentos terapêuticos são admitidos se forem prescritos pelo médico veterinário.

Aplicações antiparasitárias também são permitidas se justificadas por uma alta contagem de ovos fecais; não pode ser realizada rotineiramente. Por outro lado, na produção orgânica não são permitidos promotores de crescimento como anabolizantes hormonais, monensina, antibióticos, etc.
 
Fábrica de laticínios

Todo o leite produzido na fazenda leiteira López Seco é direcionado para a produção de laticínios orgânicos em sua própria fábrica, que a empresária administra, com três filhas e funcionários. Rosário supervisiona todo o processo da fábrica e as filhas cuidam da estética dos produtos e da comunicação com os clientes, além da logística de distribuição e coleta. A fábrica abastece compradores de Buenos Aires, La Plata, Córdoba, Mendoza e Neuquén.

Os produtos têm a marca El Abascay e incluem manteiga, queijos duros e macios e doce de leite, que são vendidos para restaurantes, para chefs renomados e lojas de produtos naturais, com um preço premium seguro em torno de 20-30% em relação ao produto convencional equivalente.

Com a marca de cuidar do meio ambiente e do bem-estar animal, Rosario também produz ovos com galinhas caipiras, sem gaiolas. Também tem um projeto em andamento para produzir biogás a partir de esterco da fazenda leiteira, para gerar energia utilizada pela fábrica de laticínios e sala de ordenha.

Em resumo, depois de muitos anos trabalhando no setor leiteiro, López Seco disse que "a produção de laticínios orgânicos é um nicho, um negócio artesanal, que depende de recomendações boca a boca de consumidores que têm novas exigências de saúde em alimentos e que estão dispostos a investir um pouco mais procurando cuidar da saúde”.

Paralelamente a essa tendência, ela tem a satisfação de direcionar os negócios da família para uma produção sustentável e, acima de tudo, respeitosa com o meio ambiente.
 
Requisitos para ser orgânico na Argentina

Segundo o Senasa, os produtos "orgânicos", "ecológicos" ou "biológicos" são obtidos de um sistema cujo objetivo é gerar alimentos saudáveis e abundantes, respeitando o meio ambiente e preservando os recursos naturais.

Não é permitido o uso de produtos químicos de síntese ou organismos geneticamente modificados. A condição “orgânica” de um produto é um atributo de qualidade, que garante que ele foi obtido atendendo a requisitos adicionais em relação aos exigidos para produtos convencionais.

A Lei 25.127, decretos e notas explicativas regulamentam a produção orgânica e seu sistema de controle. O Senasa é a autoridade competente para monitorar o cumprimento das normas oficiais em todo o processo produtivo-comercial. Por sua vez, permite às entidades certificadoras controlar os operadores.

O último relatório da área de Produção Orgânica do Senasa, de 2021, mostra um crescimento da produção orgânica, com aumento da área dedicada à atividade e aumento do número de estabelecimentos com essas características.

A agência informou que 132.000 toneladas de produção orgânica foram certificadas na Argentina, com uma tendência positiva na última década. Desse total, 97% foram exportados, principalmente para a União Européia e Estados Unidos, mas com um mercado local crescente. O número de estabelecimentos orgânicos pesquisados foi de 1.343 e a área monitorada atingiu 4,4 milhões de hectares. Nesta área, os rebanhos bovinos e ovinos cresceram, com destaque para o aumento do rebanho de vacas leiteiras. (As informações são do La Nación, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

Impacto da pandemia de Covid-19 no Mercado global de lácteos

Covid x lácteos – O comportamento do mercado mundial de lácteos nos três últimos anos, marcado pelos efeitos da pandemia de Covid-19 durante os isolamentos e sobre os hábitos de consumo, foi apresentando em um resumo preparado pela área de Informação e Desenvolvimento (I&D) do Consorcio Lechero, dentro da publicação da Federação Internacional do Leite (FIL/IDF) “Tendências do mercado global: Entendendo as mudanças no consumo de lácteos em todo o mundo”.

A coordenadora desta área, Caterina Juri, explicou que uma tarefa da área é disponibilizar informação setorial para os sócios, produtores e público especializado, tanto da realidade global, como nacional. “Isto é vital para atualizar, conhecer e projetar esta atividade em seus distintos níveis”.

“Coletar pesquisas dos principais centros mundiais com foco no leite; e disponibilizar a informação é uma grande ajuda para a tomada de decisões no setor e, sobretudo, para revisar as tendências de produção e gerenciamento sustentável, acompanhando as tendências de consumo a nível mundial”, destacou a engenheira agrônoma.

Mudança no consumo

Esta terceira edição do Estudo de Tendências do Mercado Global da FIL é diferente, explica a coordenadora, e que o objetivo principal era identificar o impacto específico da crise do Covid19 na demanda de produtos lácteos. Este boletim apresenta os resultados de uma pesquisa realizada por especialistas da FIL que oferecem suas próprias análises das tendências do mercado em seu país e os principais impulsionadores e barreiras que explicam estas tendências.

Em um contexto alimentar interrompido pela pandemia de Covid-19, a maioria dos mercados de produtos lácteos em todo o mundo registrou uma evolução favorável, em particular para a manteiga e o queijo.

Satisfazer as expectativas e as mudanças nos hábitos dos consumidores foi o motor no desenvolvimento atual dos mercados lácteos em quase todas as partes do mundo. O crescimento dos mercados lácteos também se viu limitado por barreiras econômicas vinculadas ao contexto da Covid: a desafiadora situação econômica, o fechamento de fábricas e lojas, as rupturas na cadeia de abastecimento e a debilidade da renda familiar.

Apesar do contexto favorável, os benefícios dos produtos lácteos foram questionados por certos grupos/indivíduos. O discurso Anti-lácteo permaneceu presente em muitos países, desenvolvendo tendências que vão contra os produtos lácteos.

Antecipar futuras tendências para os produtos lácteos foi positivo em quase todos os países entrevistados, com a restrições impostas pelo conflito da Ucrânia.

Para explicar o tema, a FIL/IDF realizará um webinar no dia 12 de abril. Para maiores informações, clique aqui. (Mundo Agropecuario – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

O que esperar do mercado internacional de lácteos, segundo o Inale
No âmbito da atividade anual Price Outlook 2023: estimativa do preço do leite e contexto internacional organizada pelo Instituto Nacional do Leite do Uruguai (Inale) na semana passada, a economista Mercedes Baraibar, da Área de Informação e Estudos Econômicos, deu uma visão geral do que pode ser esperado para o mercado internacional de lácteos no futuro. Nesse sentido, a especialista destacou a relevância para o Uruguai de analisar o que tem acontecido com o preço do leite em pó integral, já que representa 60% da pauta de exportação do país e é o principal produto de um concorrente direto como a Nova Zelândia. Em relação ao que se observa no início de 2023, mantém-se a oferta de leite dos principais exportadores lácteos, embora existam expectativas de crescimento moderado segundo previsões de entidades como o USDA ou o Rabobank. Já do lado da demanda, as expectativas se concentram na China, principal player importador de lácteos do mundo. “Com uma oferta de lácteos que cresce pouco ou está relativamente estagnada, o que acontecer com a China será decisivo para ver como evoluirão os preços do leite em pó integral”, disse Baraibar. Um dos elementos onde ainda não há dados é sobre como o consumo tem se comportado após as medidas de relaxamento da política anti-covid-19 que a China resolveu em fevereiro passado, embora não haja elementos para pensar que a covid tenha desacelerado o crescimento "estrutural” do consumo da classe média de produtos alimentícios, como laticínios. Para o primeiro semestre, a economista do Inale "não espera mudanças significativas" nos preços dos lácteos, embora possam haver altos e baixos em torno dos níveis atuais. "A China retomará os níveis mais altos de importação no segundo semestre", previu Baraibar. Isso deve ter impacto numa recuperação dos valores caso o gigante asiático mantenha os níveis de compra dos últimos anos. (As informações são do Tardaguila, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 
 
 

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Porto Alegre, 31 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.872


Presidente da Comissão de Agricultura da AL/RS trabalha pautas do setor lácteo

À frente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o deputado Luciano Silveira (MDB) tem atuado na discussão de políticas públicas que são importantes para o setor lácteo, principalmente por terem interferência no fomento da competitividade do leite gaúcho. É o caso da necessidade de revisão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF), defendida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) em razão dos prejuízos causados à competitividade.Conforme Silveira, entre as possibilidades em estudo junto à Fazenda Estadual e a Secretaria Estadual da Agricultura está a proposta de criação de uma excepcionalidade de desconto do ICMS presumido para a cadeia do leite. “Estamos empenhados em buscar uma alternativa e esta é uma das possibilidades, visto que o RS não é autossuficiente na produção de milho, afetando a alimentação do gado leiteiro, e ainda temos o problema das embalagens que vêm todas de fora, pois não são produzidas no Estado”, diz o parlamentar. Se consolidada, a medida poderá avançar por dois caminhos: via Assembleia Legislativa como Projeto de Lei ou pelo Executivo, através da publicação de uma portaria.Para o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, o setor precisa de apoio para avançar. “Todas estas pautas levam a um objetivo comum: melhorar a competitividade do leite gaúcho”, destaca.

O deputado, que assumiu a Comissão no início desta legislatura e ficará no cargo ao longo de 2023, acrescenta que é preciso utilizar os recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) para fortalecer o setor leiteiro. “O Fundoleite foi criado para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite e ele precisa ser utilizado para isso. A aplicação dos recursos necessita chegar na ponta, ou seja, nos produtores”, assinala, ao apontar outra medidas que apoia para ampliar a competitividade do leite gaúcho, como o aumento da produtividade por propriedades, descarbonização do setor leiteiro e industrialização de derivados lácteos mais sustentável com vistas a buscar novos mercados para o nosso produto.

Assessoria de imprensa Sindilat/RS


Arcabouço coloca limite de 70% para despesas

Proposta apresentada por Haddad estabelece metas para superávit primário de até 1% em 2026

O novo arcabouço fiscal vai estabelecer que as despesas estarão limitadas a 70% das receitas, revelou fonte do governo ao Valor. Essa regra de gastos virá combinada com previsões de resultado primário das contas públicas, que deverão ser fixadas em zero para 2024, 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e 1% do PIB para 2026.

Haverá mecanismos de ajuste caso os objetivos não sejam alcançados, informou. Esse era um ponto de atenção dos especialistas em contas públicas.

A nova regra recebeu nessa quarta-feira (29) o sinal verde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), informou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Ele disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi orientado a apresentar o conteúdo a deputados e senadores. O ministro ficou de discutir as regras com os parlamentares até a manhã de quinta-feira e depois apresentá-las à imprensa. O conteúdo das conversas com os políticos será levado a Lula e a proposta deve ser formalizada ao Congresso, na forma de um projeto de lei complementar, até a sexta-feira de Páscoa.

Ontem mesmo Haddad reuniu-se com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes da base aliada ao governo - no encontro, no entanto, foram apresentados tópicos apenas.

Segundo o deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), que esteve no encontro com Lira e Haddad, a regra fiscal apresentada pelo ministro da Fazenda estabelece que as despesas do governo só poderão aumentar em valor equivalente a 70% do crescimento das receitas, mas esse percentual será reduzido como punição, caso o governo não cumpra a meta de  resultado fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Se a meta for descumprida, o governo só poderá aumentar suas despesas em 50% da receita no ano seguinte. Se descumprir de novo, cairia para 30% no ano posterior. De acordo com Benevides, não haveria punições adicionais ao governo se a meta não for cumprida. Benevides disse ainda que a nova regra fiscal será permanente.

Como se trata de uma lei complementar, sem capacidade de mudar a Constituição, os gastos com saúde e educação são vinculados à receita corrente líquida e terão crescimento de 100% do incremento da arrecadação. “Por isso, as demais despesas terão que crescer menos de 70% para compensar”, explicou.

Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) afirmou que viu pontos positivos, como estabelecer regra para o crescimento das despesas, e outros preocupantes. “Não ficou claro como será o tratamento das receitas extraordinárias. O acordo do Carf, por exemplo, é uma receita que só entra uma vez e depois não se repete. Vai servir como ancoragem da despesa?”, questionou. Ele também opinou que o governo deveria propor uma meta de endividamento.

Para Padilha, a regra “aliará responsabilidade fiscal com responsabilidade social” e terá metas de controle de despesas e de superávit e regras anticíclicas, para momentos de crise econômica, destacou. O ministro acrescentou ainda que a expectativa é de aprovação do projeto de lei pelo Congresso “o mais rápido possível”, porque as novas regras têm impacto no texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 e também nas decisões de investimentos e da taxa de juros do país. Ele lembrou que Lira já falou em votar o projeto em duas semanas, dada a importância do tema.

O relator do projeto na Câmara, segundo Padilha, seria discutido também na reunião de Haddad com os deputados. O governo pede que seja um relator que “tenha capacidade de diálogo com todos, qualidade para fazer esse debate e compromisso com responsabilidade social e fiscal”. A decisão sobre quem será escolhido é do presidente da Câmara. “A partir de agora, o debate é no Congresso e na sociedade”, disse Padilha.A Emenda Constitucional 126, que tramitou como Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, estabelece que o teto de gastos será substituído por uma nova regra para as contas públicas, a ser proposta ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto. Haddad decidiu encurtar o cronograma por causa do projeto da LDO e também pela expectativa do do governo que a nova regra abra caminho para a queda da taxa de juros.

A ideia era apresentar a proposta já na semana passada, mas Lula pediu que fossem refeitos alguns cálculos para as áreas de saúde e educação. Atualmente, os gastos mínimos previstos na Constituição para essas duas áreas estão suspensos por causa da regra do teto de gastos. Como, porém, o teto será revogado, as vinculações constitucionais voltarão a valer.

Em fevereiro, o Valor publicou entrevista em que o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, informou que o arcabouço traria despesas crescendo a um ritmo menor do que o das receitas. Ele comentou que essa situação teria de ser mantida por algum tempo, para reduzir a trajetória da dívida pública. (Valor Econômico)

Secretário Feltes conhece trabalho realizado pela UPF e TecnoAgro

Buscando apresentar as potencialidades da Universidade de Passo Fundo (UPF) e do Parque Tecnológico do Agronegócio e Agroenergia (TecnoAgro), o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, recebeu da reitora da Universidade, Bernadete Dalmolin, e representantes do município de Passo Fundo, nesta sexta-feira (31/3). 

O objetivo é uma aproximação maior entre o meio acadêmico e o governo do Estado na prospecção de novos projetos e ideias, além do uso de novas tecnologias, que possam fortalecer a agricultura do Rio Grande do Sul.

O secretário Feltes destacou que a UPF tem grande reconhecimento e capacidade técnica e que a Secretaria “tem interesse em estreitar a relação e se utilizar do conhecimento científico e prático que a Universidade detém em prol de projetos que melhorem ainda mais a agricultura do Estado”.

O diretor-presidente do TecnoAgro, Evandro Martins, e o diretor técnico, Fernando Pilotto, apresentaram alguns projetos em execução pelo Parque, como o sistema israelense de irrigação subterrâneo, o projeto de amônia verde e o controle sanitário do tifo aviário.

Para a reitora, o TecnoAgro vem para fortalecer e orquestrar todos os segmentos e desenvolver novas tecnologias. “Temos uma região com grande capacidade, mas precisamos pensar juntos as prioridades que também são do Estado. Nosso propósito maior é unir forças e usar a expertise de cada um para fazer o processo acontecer, além de estimular e reter que nossos talentos continuem a atuar no Rio Grande do Sul”, enfatiza Bernadete.

O TecnoAgro tem a finalidade de congregar os setores acadêmico, empresarial, governamental e da sociedade civil para promover a pesquisa e o desenvolvimento científico e tecnológico. Entre seus pilares de atuação estão a energia renovável, a conectividade, as culturas de inverno, a agrondústria, os bioinsumos e máquinas, implementos, robótica e automação.

Também estiveram presentes o secretário de Agricultura de Passo Fundo, Cristiam Thans; o vereador do município e procurador do Estado, Rodinei Candeia; o diretor-geral adjunto da Seapi, Clair Kuhn; e o assessor do gabinete, Antônio Carlos Ferreira Neto. (Seapi) 


Jogo Rápido 

Próximos dias serão de chuvas e temperaturas amenas no RS
Nos próximos sete dias ocorrerão chuvas significativas e as temperaturas permanecerão amenas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 13/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (31/3), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados. No sábado e domingo, o ingresso de uma massa de ar seco afastará a nebulosidade e vai provocar ligeiro declínio das temperaturas e apenas nas faixas Norte e Nordeste ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas. Na segunda-feira, a presença do ar seco e frio manterá o tempo firme e as temperaturas amenas em todo o Estado. Na terça e quarta-feira, a propagação de uma área de baixa pressão provocará aumento da nebulosidade com pancadas de chuva e possibilidade de temporais isolados. Os volumes previstos deverão oscilar entre 20 e 35 mm na maioria das regiões e apenas na Zona Sul os valores serão inferiores a 20 mm. Na Fronteira Oeste, Missões e Vale do Uruguai os totais esperados são mais elevados e deverão oscilar entre 35 e 50 mm e poderão alcançar 80 mm em algumas localidades do noroeste gaúcho. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)

 
 
 

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Porto Alegre, 30 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.871


Brasil aumenta concentração, mas mantém volume de captação de leite

Apesar de ter uma das maiores margens no preço pago pelo leite na América Latina, o Brasil segue com o volume de captação estagnado assim como seus vizinhos do Mercosul. Levantamento da Embrapa Gado de Leite apresentado em reunião da Aliança Láctea e debatido pelas indústrias gaúchas nessa terça-feira (28/03) indica que o preço por litro no Brasil em 2022 é de US$ 0,56, bem acima do valor praticado no Uruguai (US$ 0,42), Argentina (US$ 0,37) e Chile (US$ 0,44). 

 

Apesar dos altos custos de insumos no país, o pesquisador da Embrapa Gado de Leite Lorildo Stock indica que os dados confirmam que o leite é uma atividade rentável quando praticado em escala. “Pode estar ruim para alguns, mas não para todos. O que vemos é uma tendência de concentração mundial da produção e isso acontece no Brasil também. Verifica-se um aumento de escala nas grandes propriedades, uma maior produção por animal, o que compensa o abandono de produtores da atividade. Por outro lado, a produção não reage”, explica, lembrando que a situação no Sul é um pouco mais favorável do que nas demais regiões do Brasil. 

Dados da Embrapa sinalizam para concentração da atividade em propriedade com maior escala e redução de rebanho. Atualmente, 2% dos estabelecimentos em operação no Brasil produzem 30% de todo leite captado. E essa transformação avança com aumento médio de 1% da produção das fazendas em operação, que, em 2021, atingiu 31 litros/fazenda/dia. A produção por vaca vem aumentando ao longo do tempo. Em 2015, a produtividade média era de 1.615 litros por vaca ano, valor que atingiu 2.181 litros em 2021. 

As transformações do setor lácteo, alega o pesquisador, são reflexo de um envelhecimento na gestão e da falta de sucessão. Quando os filhos resolvem ficar na atividade, justifica ele, geralmente o fazem com incremento de tecnologia e nos processos produtivos que ajudam no ganho de escala e tecnificação. Um relato que corrobora essa informação é o investimento no campo, alerta o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Dados da Emater indicam avanço do uso de robotização na ordenha nos municípios do RS. Em 2019, havia registro de apenas quatro unidades em operação no Estado, número que saltou para 110 em 2021. Atualmente, completa Palharini, estima-se 300 unidades em operação nos tambos gaúchos, o que deve se apresentar no próximo Relatório Socioeconômico da Cadeia do Leite da Emater/RS, que deve ser lançado ainda este ano. 

Durante a reunião de associados, que foi conduzida pelo presidente do Sindilat, Guilherme Portella, ainda se tratou de encaminhamentos referentes aprovação do treinamento continuado que será realizado com a Universidade de Passo Fundo – UPF. A formação em qualidade do leite, em seu primeiro módulo, será voltada para a etapa de laboratoristas, o que foi muito bem recebido pelos associados. (Assessoria de imprensa Sindilat)


Conseleite/PR divulga projeção dos valores do leite entregue em março

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Março de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2023 é de R$ 4,3573/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no endereço eletrônico.

As informações são da FAEP.

Argentina: estimativa da produção de leite em 2023 é revisada

O ano de 2022 finalizou com uma produção de 11.557,4 milhões de litros de leite, o que implica um crescimento relativo a 2021 de 0,04%. Recordamos que nossa projeção para 2022 (com dados de 20 indústrias), publicada em 28/01/22 apresentou um crescimento interanual de 0,59%.

Como dados adicionais, refira-se que a produção medida em sólidos totais (gordura + proteína), teve um crescimento homólogo de 1,7% visto que os sólidos passaram de 7,05% em 2021 para 7,17% em 2022.

No final do ano passado procedemos a um novo levantamento com dados fornecidos pelas indústrias, neste caso para o ano de 2023, obtendo um valor estimado de 11.472,7 milhões de litros, ou seja, uma redução de 0,73% em relação ao ano de 2022. Devido ao aprofundamento da seca e às complicações económicas, decidimos fazer uma revisão desses dados para termos uma visão geral da situação, e daí surgem os dados que apresentamos a seguir.

Critério Metodológico - Cerca de 30 indústrias foram solicitadas a nos fornecer sua estimativa de produção de 2023 em relação a 2022 (já considerando os dados reais de janeiro e fevereiro). Os dados fornecidos correspondem à variação interanual em um laticínio constante para cada mês de 2023 em relação ao mesmo mês do ano anterior e a variação anual total.

Cada uma das variações é ponderada de acordo com a participação de cada indústria na arrecadação nacional de leite que temos disponível no Ranking Industrial elaborado pela OCLA. Somam-se os pesos mensais de cada indústria e aplicam-se à produção real de cada mês e ao total do ano anterior, neste caso 2022, para obter os litros de produção estimados para cada mês de 2023 e o total.

Esta estimativa resulta da informação fornecida por cerca de 15 laticínios que recebem e processam cerca de 50% do leite da Argentina, sem nenhuma outra intervenção da OCLA sobre esses números.

Reafirma-se que esta estimativa apenas tenta dar uma perspectiva para o ano de 2023, com base nos dados disponíveis à data da sua realização. As condições de alta volatilidade e incerteza que certamente caracterizam o ano corrente podem gerar diferenças importantes com relação aos números projetados, que avaliamos à medida que ocorrerem.

Por fim, com base no Balanço Lácteo do Ano de 2022, na estimativa de produção para 2023 e considerando um aumento do consumo total devido ao crescimento natural da população, pudemos constatar que o abastecimento interno está absolutamente garantido com estes números e haveria uma queda no volume exportado da ordem de 20%, se mantivermos os mesmos níveis de estoques do ano passado do que se 50% fossem consumidos, poderíamos equalizar os volumes exportados em 2022.

As informações são da OCLA, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido 

EUA: produção de leite e número de vacas aumentam
 O relatório de produção de leite do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) de fevereiro de 2023 mostrou um aumento de 0,8% na produção de leite com relação ao ano anterior, com um total de 8 bilhões de quilos de leite. Cinco dos seis principais estados registraram crescimento da produção, exceto a Califórnia, que diminuiu. Também seguindo o exemplo, o número de vacas nos EUA registrou crescimento, 37.000 cabeças acima de fevereiro passado e 12.000 vacas adicionais em relação ao mês passado. De fato, cinco dos seis principais estados apresentaram crescimento positivo, exceto Wisconsin, que perdeu 3.000 vacas. Dan Basse, presidente da AgResources Company, disse ao público do PDPW na semana passada em sua reunião de negócios em Wisconsin Dells, Wisconsin, que a razão para um declínio no número de vacas no estado de Wisconsin decorre principalmente de pressões ambientais. Esses seis estados com maior número de vacas dos EUA respondem por mais da metade da produção total dos EUA. A produção por vaca nos EUA foi em média de 3 quilos a mais do que em fevereiro de 2022. Phil Plourd, presidente da Ever.Ag, disse que os ventos favoráveis da lucratividade geralmente forte em 2022, continuam impulsionando um crescimento modesto no tamanho do rebanho nacional, bem como na produção de leite. “Isso pode continuar por um tempo, mas vemos ventos contrários no horizonte à medida que os preços mais baixos do leite reduzem as margens”, disse ele. “Duvidamos que a produção de leite seja robusta quando o quarto trimestre chegar.” Tanner Ehmke, do Co-Bank, disse que a nova capacidade de processamento de queijo que está entrando em operação no Texas Panhandle também adiciona um fator favorável ao crescimento do rebanho em estados como Texas e Idaho. O direcionador por trás disso é a disponibilidade de ração. “As áreas de crescimento do rebanho, como Texas e Idaho, vão continuar crescendo”, afirma. As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.870


Brasil aumenta concentração, mas mantém volume de captação de leite

Apesar de ter uma das maiores margens no preço pago pelo leite na América Latina, o Brasil segue com o volume de captação estagnado assim como seus vizinhos do Mercosul. Levantamento da Embrapa Gado de Leite apresentado em reunião da Aliança Láctea e debatido pelas indústrias gaúchas nessa terça-feira (28/03) indica que o preço por litro no Brasil em 2022 é de US$ 0,56, bem acima do valor praticado no Uruguai (US$ 0,42), Argentina (US$ 0,37) e Chile (US$ 0,44). 

 

Apesar dos altos custos de insumos no país, o pesquisador da Embrapa Gado de Leite Lorildo Stock indica que os dados confirmam que o leite é uma atividade rentável quando praticado em escala. “Pode estar ruim para alguns, mas não para todos. O que vemos é uma tendência de concentração mundial da produção e isso acontece no Brasil também. Verifica-se um aumento de escala nas grandes propriedades, uma maior produção por animal, o que compensa o abandono de produtores da atividade. Por outro lado, a produção não reage”, explica, lembrando que a situação no Sul é um pouco mais favorável do que nas demais regiões do Brasil. 

Dados da Embrapa sinalizam para concentração da atividade em propriedade com maior escala e redução de rebanho. Atualmente, 2% dos estabelecimentos em operação no Brasil produzem 30% de todo leite captado. E essa transformação avança com aumento médio de 1% da produção das fazendas em operação, que, em 2021, atingiu 31 litros/fazenda/dia. A produção por vaca vem aumentando ao longo do tempo. Em 2015, a produtividade média era de 1.615 litros por vaca ano, valor que atingiu 2.181 litros em 2021. 

As transformações do setor lácteo, alega o pesquisador, são reflexo de um envelhecimento na gestão e da falta de sucessão. Quando os filhos resolvem ficar na atividade, justifica ele, geralmente o fazem com incremento de tecnologia e nos processos produtivos que ajudam no ganho de escala e tecnificação. Um relato que corrobora essa informação é o investimento no campo, alerta o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Dados da Emater indicam avanço do uso de robotização na ordenha nos municípios do RS. Em 2019, havia registro de apenas quatro unidades em operação no Estado, número que saltou para 110 em 2021. Atualmente, completa Palharini, estima-se 300 unidades em operação nos tambos gaúchos, o que deve se apresentar no próximo Relatório Socioeconômico da Cadeia do Leite da Emater/RS, que deve ser lançado ainda este ano. 

Durante a reunião de associados, que foi conduzida pelo presidente do Sindilat, Guilherme Portella, ainda se tratou de encaminhamentos referentes aprovação do treinamento continuado que será realizado com a Universidade de Passo Fundo – UPF. A formação em qualidade do leite, em seu primeiro módulo, será voltada para a etapa de laboratoristas, o que foi muito bem recebido pelos associados. (Assessoria de imprensa Sindilat)


Conseleite/PR divulga projeção dos valores do leite entregue em março

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Março de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2023 é de R$ 4,3573/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no endereço eletrônico.

As informações são da FAEP.

Argentina: estimativa da produção de leite em 2023 é revisada

O ano de 2022 finalizou com uma produção de 11.557,4 milhões de litros de leite, o que implica um crescimento relativo a 2021 de 0,04%. Recordamos que nossa projeção para 2022 (com dados de 20 indústrias), publicada em 28/01/22 apresentou um crescimento interanual de 0,59%.

Como dados adicionais, refira-se que a produção medida em sólidos totais (gordura + proteína), teve um crescimento homólogo de 1,7% visto que os sólidos passaram de 7,05% em 2021 para 7,17% em 2022.

No final do ano passado procedemos a um novo levantamento com dados fornecidos pelas indústrias, neste caso para o ano de 2023, obtendo um valor estimado de 11.472,7 milhões de litros, ou seja, uma redução de 0,73% em relação ao ano de 2022. Devido ao aprofundamento da seca e às complicações económicas, decidimos fazer uma revisão desses dados para termos uma visão geral da situação, e daí surgem os dados que apresentamos a seguir.

Critério Metodológico - Cerca de 30 indústrias foram solicitadas a nos fornecer sua estimativa de produção de 2023 em relação a 2022 (já considerando os dados reais de janeiro e fevereiro). Os dados fornecidos correspondem à variação interanual em um laticínio constante para cada mês de 2023 em relação ao mesmo mês do ano anterior e a variação anual total.

Cada uma das variações é ponderada de acordo com a participação de cada indústria na arrecadação nacional de leite que temos disponível no Ranking Industrial elaborado pela OCLA. Somam-se os pesos mensais de cada indústria e aplicam-se à produção real de cada mês e ao total do ano anterior, neste caso 2022, para obter os litros de produção estimados para cada mês de 2023 e o total.

Esta estimativa resulta da informação fornecida por cerca de 15 laticínios que recebem e processam cerca de 50% do leite da Argentina, sem nenhuma outra intervenção da OCLA sobre esses números.

Reafirma-se que esta estimativa apenas tenta dar uma perspectiva para o ano de 2023, com base nos dados disponíveis à data da sua realização. As condições de alta volatilidade e incerteza que certamente caracterizam o ano corrente podem gerar diferenças importantes com relação aos números projetados, que avaliamos à medida que ocorrerem.

Por fim, com base no Balanço Lácteo do Ano de 2022, na estimativa de produção para 2023 e considerando um aumento do consumo total devido ao crescimento natural da população, pudemos constatar que o abastecimento interno está absolutamente garantido com estes números e haveria uma queda no volume exportado da ordem de 20%, se mantivermos os mesmos níveis de estoques do ano passado do que se 50% fossem consumidos, poderíamos equalizar os volumes exportados em 2022.

As informações são da OCLA, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido 

EUA: produção de leite e número de vacas aumentam
 O relatório de produção de leite do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) de fevereiro de 2023 mostrou um aumento de 0,8% na produção de leite com relação ao ano anterior, com um total de 8 bilhões de quilos de leite. Cinco dos seis principais estados registraram crescimento da produção, exceto a Califórnia, que diminuiu. Também seguindo o exemplo, o número de vacas nos EUA registrou crescimento, 37.000 cabeças acima de fevereiro passado e 12.000 vacas adicionais em relação ao mês passado. De fato, cinco dos seis principais estados apresentaram crescimento positivo, exceto Wisconsin, que perdeu 3.000 vacas. Dan Basse, presidente da AgResources Company, disse ao público do PDPW na semana passada em sua reunião de negócios em Wisconsin Dells, Wisconsin, que a razão para um declínio no número de vacas no estado de Wisconsin decorre principalmente de pressões ambientais. Esses seis estados com maior número de vacas dos EUA respondem por mais da metade da produção total dos EUA. A produção por vaca nos EUA foi em média de 3 quilos a mais do que em fevereiro de 2022. Phil Plourd, presidente da Ever.Ag, disse que os ventos favoráveis da lucratividade geralmente forte em 2022, continuam impulsionando um crescimento modesto no tamanho do rebanho nacional, bem como na produção de leite. “Isso pode continuar por um tempo, mas vemos ventos contrários no horizonte à medida que os preços mais baixos do leite reduzem as margens”, disse ele. “Duvidamos que a produção de leite seja robusta quando o quarto trimestre chegar.” Tanner Ehmke, do Co-Bank, disse que a nova capacidade de processamento de queijo que está entrando em operação no Texas Panhandle também adiciona um fator favorável ao crescimento do rebanho em estados como Texas e Idaho. O direcionador por trás disso é a disponibilidade de ração. “As áreas de crescimento do rebanho, como Texas e Idaho, vão continuar crescendo”, afirma. As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

 
 
 

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Porto Alegre, 28 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.869


Uruguai: Lançada iniciativa que prioriza as necessidades do setor lácteo

Buscando um espaço de reflexão, articulação e priorização das necessidades leiteiras no Uruguai que integra os setores privado, acadêmico e público, foi celebrado o lançamento da Rede Tecnológica da Cadeia Láctea (RTCL), uma iniciativa liderada pelo Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária Instituto Nacional do Leite (INIA), o Instituto Nacional do Leite (Inale), o Laboratório Tecnológico do Uruguai e sua Fundação Latitude, a Universidade da República e Conaprole.O lançamento aconteceu no LATU com a presença de autoridades oficiais. Essa rede buscará manter atualizada a agenda de temas a serem abordados desde pesquisa e desenvolvimento, transferência de conhecimento e tecnologia e capacitação de capital humano, com vistas à maximização de recursos e oportunidades, melhoria da competitividade e aprofundamento do desenvolvimento da intensificação produtiva e sustentabilidade da cadeia leiteira nacional.

O acordo que estabelece a criação da RTCL foi assinado em 2022 pelas instituições envolvidas, contou com o apoio do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pescas, e terá a duração de cinco anos, com possibilidade de renovação. Conforme indicado, a dinâmica de trabalho da rede priorizará projetos de longo prazo em nível de sistemas produtivos e cadeia de valor.

Como pano de fundo, em 2015 algumas das instituições que compõem a rede participaram do projeto "Sistemas de produção de leite competitivos, sustentáveis e simples: o desafio do leiteiro uruguaio".

Alinhada com o que a RTCL propõe, esta iniciativa surgiu da necessidade de institucionalizar um espaço que permitisse reflexão e ação conjunta sobre as necessidades do setor primário na produção de leite. (As informações são do El País Digital, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Conseleite/MG divulga projeção dos valores do leite entregue em março

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 24 de Março de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2023 a ser pago em Fevereiro/2023;

os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2023 a ser pago em Março/2023;
valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Março/2023 a ser pago em Abril/2023.

Períodos de apuração
Parcial de Janeiro/2023: De 01/01/2023 a 31/01/2023
Parcial de Fevereiro/2023: De 01/02/2023 a 28/02/2023
Parcial de Março/2023: De 01/03/2023 a 20/03/2023

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade, incluindo 1,5% de Funrural. (Conseleite MG)

Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul capacita novos fiscais agropecuários

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) nomeou recentemente 47 médicos veterinários, que vão atuar nas áreas de inspeção e defesa sanitária animal nas supervisões regionais do interior do Rio Grande do Sul. Agora, a instituição possui ao todo 357 fiscais estaduais agropecuários, e os novos servidores iniciaram capacitação para os serviços nesta segunda-feira (27/3).

O treinamento prevê uma parte teórica de três semanas em Porto Alegre e outra prática a ser realizada em duas semanas, em diferentes municípios no interior do Estado. O total é de cerca de 180 horas e deve ser finalizada em abril.

O secretário da Agricultura, Giovani Feltes, destacou o reconhecimento que a Secretaria tem em âmbito nacional nos trabalhos desenvolvidos, principalmente na parte de defesa animal. “É muito importante a equalização desses encontros para nivelar informações e conhecimento. O olhar e a sabedoria de todos vocês é essencial, porque dão a segurança aos alimentos que chegam à mesa de milhões de pessoas. O agro no Rio Grande do Sul tem, além de importância histórica e econômica, uma relevância social por todos aqueles que estão envolvidos em todas as cadeias produtivas”, ressaltou.

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares, a qualidade da fiscalização e dos atendimentos prestados influenciam diretamente no resultado das atividades de inspeção de produtos e de defesa sanitária da área animal.

“A padronização dessas atividades, além de contribuir para melhorar a eficiência, eficácia e efetividade, reforça a identidade da Secretaria como entidade educadora, fiscalizatória e prestadora de serviços de qualidade e de grandes retornos econômicos e de saúde para a população”, afirmou Rosane. (SEAPI)


Jogo Rápido 

Mapa Conecta Proteína Animal: startups podem se inscrever
As startups que quiserem participar do Mapa Conecta Proteína Animal podem se inscrever gratuitamente até a próxima sexta-feira (31). A iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária tem o objetivo de conectar startups a investidores e aceleradoras para escalarem seus negócios com soluções para a cadeia produtiva de proteína animal. O desafio ocorrerá em formato híbrido e faz parte da programação do InovaMeat Toledo 2023 - Inovação na Produção de Proteína Animal, evento que acontece de 11 a 13 de abril de 2023, em Toledo (PR). A iniciativa tem parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT) e com o Sindicato Rural da cidade, e apoio da Prefeitura Municipal de Toledo e da Fundação de Desenvolvimento Sustentável, Científico e Tecnológico do município (Funtec). As tecnologias devem estar associadas a algumas áreas de interesse específicas para suínos, aves, peixes e vacas leiteiras, e uma geral. A descrição completa de cada área de interesse pode ser conferida no Regulamento da chamada, no endereço. Na página também está o link para o Formulário de Inscrição. As startups qualificadas receberão um certificado de participação e as selecionadas receberão um certificado de vencedoras, além da oportunidade de usufruir de um espaço para networking, visibilidade e oportunidades de negócios do setor. (As informações são do Mapa)

 
 
 

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Porto Alegre, 27 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.868


Argentina: produção de leite se reduziu a 805 milhões de litros em fevereiro

A produção de leite na Argentina em fevereiro de 2023 atingiu o volume de 805 milhões de litros. Esse valor está quase 16% abaixo do resultado obtido em janeiro passado e apresenta uma queda de 1,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior.Isso foi indicado em um relatório divulgado pelo Observatório da Cadeia de Lácteos Argentina, onde foi indicado que em fevereiro houve uma queda de 6,7% na média diária.

De acordo com o relatório, a queda média de janeiro é de 9%, mas este ano foi menor, em 7,3%. Isso porque foi comparado com o mês de janeiro de 2022, que foi atípico, devido ao forte estresse calórico que o rebanho sofreu. Já em fevereiro, a queda mensal foi maior do que a média histórica, ficando em 6,7%. Normalmente, a média é de 5% a 5,5% de queda.

A OCLA afirma que isso se repetirá em março devido aos efeitos da seca e questões relacionadas à economia.

Evidentemente, os efeitos da forte estiagem que atinge grande parte das bacias leiteiras e a incidência de altos custos de produção (concentrados, entre outros insumos ligados à alimentação do rebanho) geraram efeitos negativos na produção de leite. A força inercial trazida pela produção de 2022 certamente vai desacelerar nos próximos meses e teremos valores negativos significativos no segundo e terceiro trimestres deste ano.

A produção do primeiro bimestre do ano, 1,2% superior à de janeiro a fevereiro de 2022, coincide com a estimativa que foi publicada no início do ano com dados fornecidos pelas principais indústrias.

As informações são do Infortambo, traduzidas pela Equipe MilkPoint.


Conseleite SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Março de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Fevereiro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite Santa Catarina)

 

 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural nº 1755 – 23 mar. 2023

BOVINOCULTURA DE LEITE
Apesar do registro de chuvas, houve diversos períodos de tempo seco com altas temperaturas. Em função da alternância dessas condições, não houve acúmulo de água, e consequentemente de barro, nos locais de manejo das matrizes, favorecendo a manutenção da higiene durante a ordenha, assim como a qualidade do leite entregue. Porém, a continuidade das temperaturas elevadas causou grande estresse calórico aos animais, interferindo no consumo de pasto no campo, o que trouxe impactos à produção leiteira. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, mesmo com a melhora na oferta forrageira a campo, os produtores seguem realizando a suplementação da dieta das matrizes em lactação. Na de Frederico Westphalen, a produção de leite está estável, porém a baixa qualidade da silagem poderá causar, nas próximas semanas, a redução na produção e/ou aumento no custo de produção pela necessidade de maior uso de alimentos concentrados. Já na de Ijuí, houve registro de queda na produção de leite em torno de 5% em relação ao volume produzido no mesmo período do ano anterior. Na de Passo Fundo, apesar da melhora nas condições dos rebanhos, os índices de produção ainda não foram recuperados totalmente. Na de Pelotas, o clima extremamente quente dificulta a entrada das matrizes nas pastagens, pois essas preferem ficar à sombra, próximas às fontes de água. Em Pedras Altas, o preço do leite teve um pequeno aumento, mas a produção permanece baixa. Muitos produtores ainda não iniciaram a semeadura de pastagens de verão, aguardando chuvas de maior volume. Em Rio Grande, ainda não há água para reservação, mas o campo nativo apresenta discreta brotação. Na de Soledade, também houve registro de perdas produtivas em função do estresse calórico provocado pelas altas temperaturas. Apesar do calor, as chuvas ocorridas na semana melhoraram a disponibilidade de forragens a campo, assim como permitiram a realização de adubação em cobertura nas áreas de pastagens e de milho. Na de Porto Alegre, as chuvas melhoraram a oferta forrageira do campo nativo, mas os rebanhos somente mantêm a produtividade através da suplementação. Nas de Santa Maria e de Santa Rosa, houve relato de redução nos prejuízos causados pela estiagem e, em muitos casos, a produção está regularizada.

Milho silagem
A área implantada no Estado é de 357.476 hectares. A produtividade atual é de 23.023 kg/ha, consistindo em redução de 39,18% projetados no início do cultivo. A colheita alcançou 80%, e 7% estão próximos ao ponto de corte. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, foram implantados 18.444 hectares, e a produtividade estimada é de cerca de 25.000 kg/ha, isto é, aproximadamente 40% inferior à projetada inicialmente. As lavouras plantadas em safrinha estão em fase de desenvolvimento vegetativo, com algumas áreas em pendoamento. Os tratos culturais, como controle de ervas daninhas e aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, foram finalizados. Esses cultivos sofreram intenso ataque de cigarrinhas, aumentando os custos do alimento conservado. Na de Frederico Westphalen, foram plantados 36.402 hectares, e a produtividade estimada é de 19.500 kg/ha, sendo 45% inferior à estimada inicialmente. Em decorrência dessa redução e da necessidade de suplementar os rebanhos, foram semeados 5.000 hectares em sucessão às lavouras ensiladas ou de produção de grãos. Atualmente 10% dessas lavouras estão em desenvolvimento vegetativo; 20% em floração; 60% em enchimento de grãos; e 5% foram cortados para ensilar. A silagem resultante apresenta melhor qualidade do que a efetuada anteriormente, basicamente porque as plantas permaneceram mais verdes até o corte, e há uma maior proporção de grãos no material ensilado. (EMATER/RS)


Jogo Rápido 

Entrevista Canal Rural
Na última quinta-feira, 23 de março, o Secretário-Executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul - Sindilat/RS, no programa Rural Notícias, do Canal Rural, atualizou o cenário sobre a situação da taxação da muçarela para entradas do produto no Brasil.  Clique aqui e assista a matéria na íntegra, no minuto 40 do vídeo. (As informações são do Sindilat e do Canal Rural)

 
 

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Porto Alegre, 24 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.867


Laticínios Deale inaugura primeira filial de produção em Aratiba com foco em queijos finos
 
Com 22 anos de atuação na captação de leite e na indústria, a Laticínios Deale, associada do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), inaugura, no dia 1ª de abril, sua primeira filial de produção no município de Aratiba (RS). Com capacidade de produção para 250 mil litros de leite ao dia, a nova fábrica foi instalada na comunidade da Linha Liso. Desde outubro do ano passado em funcionamento, a unidade é focada em queijos finos, como prato, cobocó, coalho, gruyère, parmesão, tropical, queijo ralado, além de nata e creme. A planta gerou até o momento 60 postos de trabalho.Segundo o diretor da empresa, Alexandre do Santos, o movimento de expansão está ligado ao processo de segmentação das fábricas. A matriz, que completa 12 anos no dia da inauguração da filial de produção e está localizada em Almirante Tamandaré do Sul (RS), será destinada apenas para fabricação de produtos filados. “Dessa forma, temos um trabalho mais eficiente, com menos setup de máquina e mais automatização. Além disso, aumentamos a produção, ganhamos em competitividade e eficiência”, afirma. Em Aratiba, a fábrica conta com  uma linha de produção totalmente automática. A Deale tem outras duas filiais de recebimento de leite nos municípios de São Martinho e Catuípe, ambos no RS. 

Presidente do Sindilat, Guilherme Portella, destaca que “o leite é uma das principais atividades agropecuárias do Estado e a expansão de indústrias no setor valoriza a produção local, gera empregos e fortalece a economia da região. Parabéns a Deale”.  

Presente com seus produtos em quase todos os estados do Brasil, com um centro de distribuição em Brasília e outro em São Paulo, a Deale possui habilitação Halal e tem produtores em mais de 90 municípios gaúchos. A ideia inicial da empresa, lembra Dos Santos, era adquirir uma planta em Santa Catarina. “Em meados de 2014, quando seguíamos em direção a Itá, em SC, passamos por Aratiba e pedimos informações para um leiteiro. Ele pegou o meu cartão e passou para o prefeito da cidade que me chamou e me incentivou a ficar na região”, relembra. O convite foi fortalecido pelo fato de Aratiba estar em uma região estratégica, com uma forte bacia leiteira e pequenos produtores. (Assessoria de imprensa Sindilat RS)


Pelo quarto ano seguido, Cooperativa Piá reduz percentual de endividamento 
 
Reunidos em assembleia ordinária online nesta sexta-feira (24), os associados da Cooperativa Piá aprovaram o balanço de 2022. A cooperativa registrou um faturamento de R$ 605,1 milhões no ano passado, com um resultado operacional negativo de R$ 62,6 milhões. Apesar do resultado, a cooperativa conseguiu reduzir o percentual de seu endividamento sobre a receita para 12,7%, contra 15,2% do ano anterior. É o quarto ano consecutivo que a Piá reduz este percentual, que chegou a ser de 20,7% em 2019. 
 
De acordo com o presidente Jeferson Smaniotto, a redução do endividamento é resultado da reestruturação que a cooperativa vem fazendo nos últimos anos, priorizando o pagamento em dia de seus produtores e funcionários. Como parte deste choque de gestão, a Piá reduziu o número de colaboradores em 20,5%. No final de 2021, eram 767 funcionários. 
 
Jeferson Smaniotto diz que o resultado “não compromete a operação da cooperativa e nem onera o associado que mantém relacionamento com a Cooperativa”.  Durante a assembleia, ele destacou a instabilidade do mercado leiteiro no Rio Grande do Sul no último ano, com o aumento da competição. Mesmo assim, a Piá captou um total de 101 milhões de litros de leite fornecidos por 1.302 produtores. Já os fornecedores de frutas para a produção de doces e iogurtes chegaram a 282. 
 
Na assembleia também foram eleitos os novos integrantes do Conselho Fiscal: Gerson Haas, Leonardo gomes de Oliveira e Juliana Ferreira Thiesen. 
 
A Cooperativa Piá fechou o ano de 2022 com um total de 20.336 associados.  (Insider2 Comunicações)

Consumo de concentrados de proteínas cresceu 25% no Brasil em 2022

A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres – ABIAD, divulgou boletim econômico que mostra o resultado do setor de alimentos para fins especiais em 2022.

No acumulado do ano, houve aumento no consumo aparente (produção local mais importações, menos exportações) de concentrados de proteínas em 25%, quando comparado ao mesmo período de 2021. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do IBGE.

De modo geral, o setor cresceu, com o consumo aparente de alimentos para fins especiais registrando alta de 3,5% no último ano. O número foi impulsionado pelo aumento de 13,4% em bebidas dietéticas e 11,5% nos adoçantes no mesmo período. O desempenho positivo do mercado reflete a melhora econômica do país em 2022, que teve crescimento de 3% do PIB, o segundo ano consecutivo de alta.

“Mesmo sendo um ano desafiador, ainda devido aos efeitos socioeconômicos da covid-19, juntamente com questões geopolíticas externas, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, o ano de 2022 alcançou crescimento, seguindo a recuperação observada em 2021. Temos diversos indicadores, como na geração de empregos, que mostram que o setor já está em níveis melhores do que os observados em 2019, momentos antes da crise pandêmica”, analisa Thaise Mendes, presidente da ABIAD.

Outro ponto de destaque é a geração de empregos nos segmentos ABIAD. Até dezembro de 2022, foram abertas 7.327 vagas, um crescimento de 4,7% em relação ao registrado em 2021. Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, mostram que o total de empregados no setor é de 164.393.
 
Elevação também nas importações
Outro dado relevante no segmento de alimentos para fins especiais e congêneres, no acumulado do ano, foi o de importações, que registrou crescimento de 8,5% em relação a 2021, um total de US$ 815,1 milhões. Como destaques, os “concentrados de proteínas e outras preparações” e “adoçantes”, com 49% e 60% de aumento, respectivamente. Além disso, de janeiro a dezembro de 2022, as importações de bebidas dietéticas ou de baixas calorias cresceram 75% em relação ao mesmo período de 2021, representando um montante de US$ 195,2 milhões. Os dados são da Comex Stat, com consolidação da Websetorial.

As informações são do Food Inovation, traduzidas e adaptadas pela equipe Milkpoint. 


Jogo Rápido 

Previsão de chuvas significativas para a próxima semana no RS
A próxima semana será úmida e ocorrerão chuvas significativas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 12/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Nesta sexta-feira (24), a presença de uma massa de ar quente e úmido manterá a temperatura elevada, com grande variação de nuvens e possibilidade de pancadas isoladas de chuva, especialmente no Oeste e Noroeste. No sábado (25) o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de novos temporais. No domingo (26), o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade da maioria das regiões, mas ainda ocorrerão chuvas isoladas na Metade Norte. Na segunda (27), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e as temperaturas amenas em todo Estado. Na terça (28) e quarta-feira (29), o ingresso de ar úmido provocará maior variação de nuvens, com períodos de céu encoberto e possibilidade de chuvas isoladas em todas as regiões. Os totais esperados deverão oscilar entre ser inferiores a 20 e 40 mm na maioria dos municípios do RS. Na Fronteira Oeste, Planalto, Vales do Taquari e Rio Pardo, Região Metropolitana, Serra do Nordeste e Litoral Norte os volumes simulados são mais elevados e deverão oscilar entre 45 e 65 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria clicando aqui. (SEAPDR)

 
 

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Porto Alegre, 23 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.866


Cenários para o mercado lácteo em 2023 são discutidos no primeiro bloco da 14ª edição do Fórum MilkPoint Mercado

O 14º Fórum MilkPoint Mercado está sendo realizado hoje (22/03), em Campinas-SP, com o tema central: Competitividade da Cadeia Láctea Brasileira.O evento reúne empresas e agentes do setor para discutir as principais questões relacionadas ao mercado de lácteos no Brasil. Com palestras, painéis e debates, o fórum busca trazer novas perspectivas e soluções para os desafios enfrentados pelos diferentes elos da cadeia produtiva do leite.O primeiro bloco do evento discutiu os cenários do mercado para 2023, analisando as perspectivas para economia, mercado brasileiro de lácteos e mercado internacional. Na primeira palestra, Luiz Otávio Leal, Economista Chefe do Banco Alfa, evidenciou os primeiros sinais da economia brasileira em 2023.Falando de economia mundial, a inflação norte-americana segue sendo um dos principais pontos de alerta para a economia mundial, que deverá colaborar para uma possível recessão econômica global.Além das preocupações com a inflação, a quebra do Silicon Valley Bank -  a maior quebra de um banco dos Estados Unidos desde 2008 - trouxe mais um ponto preocupante ao mercado. Frente ao cenário desafiador de inflação e crise dos bancos, o FED (banco central dos Estados Unidos) deverá elevar mais uma vez a taxa de juros norte-americana - o que esfria ainda mais a economia mundial.

Falando do Brasil, a perspectiva para 2023  é de um menor crescimento da economia. A taxa de juros elevada, menor perspectiva de geração de novos empregos e elevado índice de endividamento das famílias indicam um cenário menos favorável para este ano.

Na sequência, Mario Ruggiero, trouxe os resultados avaliados pela Scanntech para o consumo de lácteos em 2022 e o que os indicadores mostram neste início de ano.

Mario mostrou que em 2022 o grupo de lácteos passou por forte elevação de preços, consequentemente, acarretando em diminuição de volume de vendas no comparativo anual para grande parte das categorias. Apesar da retração  do consumo para maioria das categorias de lácteos, os queijos se destacaram - com elevação de preços e crescimento da quantidade de vendas.

Além dos queijos, as misturas lácteas também se destacaram. Neste momento de inflação de lácteos e renda das famílias mais comprometidas, as misturas lácteas (que tendem a ter preços inferiores às categorias tradicionais) têm ganhado mais espaço nas compras dos consumidores.

Mario também destacou a importância das estratégias das empresas para posicionamento de seus produtos nos pontos de vendas, visando otimizar as margens e market share (por categoria e por região).

Na terceira palestra do bloco, Andrés Padilla, Analista Sênior do Rabobank Brasil, discorreu sobre o que o mercado internacional de lácteos sinaliza para 2023. Assim como discutido por Luiz Otávio, na primeira palestra, Andrés também falou sobre os desafios para economia global e as perspectivas de recessão econômica no mundo - esfriando o consumo global.

Do lado da oferta mundial, a produção dos principais países exportadores devem voltar a crescer neste ano (após 4 trimestres de queda). Dessa forma, tem-se um mercado mais abastecido, que somado a uma demanda mais fraca, tem causado pressão de baixa nos preços

Do ponto de vista de custo de produção, o milho e a soja devem apresentar pequenas diminuições em seus preços, trazendo maior alívio para produção de leite.

Para o restante de 2023, o mercado mundial deverá seguir sob pressão inflacionária e com baixo crescimento econômico - acarretando em uma demanda mais frágil. Entretanto, aspectos de saudabilidade têm ganhado cada vez mais importância para os consumidores, o que poderá impactar positivamente no consumo de lácteos.

Valter Galan, Sócio do MilkPoint Mercado, palestrou na sequência, abordando os principais aspectos para o mercado lácteo brasileiro e o cenário de preços para este ano.

Valter reforçou sobre a forte queda na produção brasileira de leite em 2022, pontuando também sobre uma forte mudança estrutural na produção no Brasil no período (com menor número de produtores, diminuição do número de vacas e transformações nos sistemas de produção). Entretanto, para 2023 o cenário é mais otimista e espera-se que a produção volte a crescer.

Além da recuperação da produção, as importações para este ano também devem seguir elevadas - colaborando para uma maior disponibilidade total de leite.

Tratando-se de demanda, em linha com o que foi discutido nas palestras anteriores, a elevada inflação dos lácteos e a perspectiva de menor crescimento da economia criam um cenário mais desafiador para o crescimento do consumo. Por fim, Valter mostrou o comportamento dos preços nos últimos anos e os valores projetados para o restante de 2023

Na última palestra do bloco, Vinícius Nardy, Head de Negócios do MilkPoint Mercado, falou sobre a ferramenta Milki, que agrega inteligência de mercado às empresas para otimizarem suas negociações e seus processos de produção.

Vinícius pontuou sobre a importância de ferramentas de gerenciamento, simuladores e comparação de performance em relação ao mercado para gerar maior eficiência nas negociações do mercado lácteo.

Durante a palestra, Vinícius comentou sobre as novidades no aplicativo Milki: o aplicativo ainda se manterá sem barreiras de entrada, possibilitando negociações sem taxas para as empresas e agregando maior inteligência através das negociações que forem realizadas dentro da plataforma.

Os benchmarks também serão um dos destaques da plataforma. Os benchmarks buscam otimizar o desempenho de empresas a partir da análise das melhores práticas do mercado em que está inserida. 

Através do benchmark, ao identificar os aspectos industriais em que as indústrias são menos eficientes, as empresas poderão traçar estratégias mais assertivas para otimizar os custos e ampliar os lucros do negócio. (Milkpoint)


Uruguai: exportações de lácteos continuam melhorando

As exportações de lácteos uruguaios melhoraram 14% até fevereiro passado e com preços elevados, quando comparados aos do mesmo período do ano anterior, segundo o Instituto Nacional do Leite (Inale).

Os principais destinos das exportações foram Brasil, Argélia e China. O valor das exportações de leite em pó integral, principal produto de exportação da indústria de lácteos uruguaia, aumentou em 14% em relação ao ano anterior, gerando US$ 102,2 milhões (FOB).

O volume exportado até fevereiro de 2023 cresceu 23% e alcançou 27.414 toneladas. O preço da tonelada do leite em pó integral uruguaio foi de US$ 3.718 (alta de 1%). O Brasil representou 26% dos embarques, a Argélia 29% e a China apenas 12%.

De forma geral e considerando todos os produtos lácteos avaliados, o Brasil representou 33% das compras, outros destinos 31%, Argélia 21%, México 3%, Rússia 4% e China 6%.

Por outro lado, o leite em pó desnatado apresentou queda de 32% no faturamento, já que gerou US$ 7,4 milhões (FOB). Em toneladas, o volume embarcado caiu 47%. Nesse caso, foram colocadas 1.928 toneladas, com preço médio de US$ 4.031 (crescimento de 16%).

As exportações de queijo continuaram fortes, com aumento de 36% no faturamento, para os US$ 20,4 milhões gerados por este item. O volume exportado aumentou 14% e ficou em 4.002 toneladas, com preço médio de US$ 5.111 (aumento de 30%).

No caso do último item avaliado, que é a manteiga, o faturamento chegou a US$ 15 milhões (FOB). Em volume, 11% menos produto foi enviado. Foram colocadas 2.804 toneladas, com valor médio de US$ 5.344 (alta de 12%).
 
Panorama

A produção de leite em algumas regiões do mundo, como a União Europeia, será menor do que o normal e isso deixa o mercado nervoso.

Os preços do leite na UE estão atualmente passando por uma grande correção, o que resultará em margens mais apertadas nas fazendas a partir do segundo trimestre, observou a consultoria Rabobank em seu relatório de mercado. Por sua vez, na China, maior importador mundial de lácteos, a redução dos estoques já começou e continuará até depois do primeiro semestre de 2023. A China pode começar a comprar mais a partir do segundo semestre de 2023, no mínimo a expectativa é de um leve aumento anual das importações no segundo semestre.
 
O Brasil ainda está muito forte

Segundo análise do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), o Brasil continua apresentando preços firmes para o leite em pó integral e as empresas relatam estabilidade no volume vendido. O leite em pó industrial integral fechou a US$ 5,3 o quilo e o leite desnatado a US$ 5,70 o quilo.

As informações são do El País, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 

China: Inovações são identificadas como chave para o setor de lácteos

Mais esforços devem ser feitos nas cadeias de suprimentos e inovações para alimentar o desenvolvimento de alta qualidade da indústria doméstica de lácteos na China, o que fortalecerá o desenvolvimento da agricultura e impulsionará o progresso da vitalização rural do país, disseram os participantes do 14th National People's Congress.

Shi Yudong, representante do NPC e diretor do departamento de pesquisa e desenvolvimento da Mengniu Dairy, disse que a prosperidade da indústria de laticínios do país está no desenvolvimento de cadeias produtivas, especialmente em fazendas e clusters industriais.

Shi disse que a Mengniu Dairy possui mais de 100 fazendas e 250.000 vacas em mais de 10 parques industriais de laticínios em todo o país, gerando mais de 700.000 empregos.

A criação de reservas de matérias-primas lácteas para proteger o abastecimento do mercado e a estabilidade de preços é importante para a indústria de lácteos da China, disse ele.

Com tais reservas coletando as principais matérias-primas lácteas, Shi sugeriu a construção de um centro nacional para o comércio de matérias-primas lácteas para salvaguardar ainda mais o desenvolvimento estável e ordenado da indústria de lácteos do país.

O fato de a China ainda depender fortemente de importações de capim e sementes forrageiras de alta qualidade, o que tem sido um desafio para a indústria doméstica, levou empresas como a Mengniu Dairy a apresentar sugestões sobre o aumento dos esforços para plantar capim bom para melhorar o fornecimento autossuficiente de forragem de capim e a criação vacas de alta qualidade por meio de sistemas atualizados de criação.

Wang Caiyun, também vice do NPC e gerente sênior de P&D da gigante de laticínios Yili Industrial Group Co Ltd, disse que avanços tecnológicos e inovações são fundamentais para aumentar a vitalidade da indústria doméstica de laticínios, que deve desempenhar um papel fundamental na facilitação da vitalização rural.

Por exemplo, Wang e sua equipe desenvolveram uma tecnologia de produção de lactalbumina concentrada, ou proteína de soro de leite - um elemento crucial para produtos infantis e fórmulas para bebês - quebrando o monopólio tecnológico de empresas estrangeiras. “Atualmente, ainda existem muitos obstáculos nas cadeias de produção de lácteos”, disse Wang.

“Fortaleceremos ainda mais a aplicação da pesquisa na produção, particularmente em novas tecnologias de processamento de laticínios e no processamento de matérias-primas lácteas de alto valor agregado, de modo a transformar o valor da produção em lucros reais para produtores para alcançar a vitalização rural”.

Desde 2014, a Yili gastou mais de 110 bilhões de yuans (US$ 15,93 bilhões) em apoio financeiro para seus parceiros agrícolas, com tecnologias para aumentar o volume diário de produção de leite e reduzir os custos agrícolas, disse a Yili.

Os fabricantes de laticínios também investiram em produtos de nutrição e saúde e esforços de marketing para aumentar ainda mais o consumo de laticínios, incluindo o desenvolvimento de produtos lácteos orgânicos, com baixo teor de gordura e baixo teor de açúcar.

As informações são do China Daily, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido 

Expoagro Afubra - Manejo correto de pastagens é caminho para produção de leite com mais eficiência
Minimizar custos de produção, proteger o solo e ainda manter a oferta de pasto mais uniforme durante todo o ano. Estas são metas que podem ser alcançadas a partir da adoção de um manejo correto de pastagens - uma das ações apresentada e estimulada na ampla parcela de Bovinocultura de Leite, que pode ser conferida no Espaço Casa da Emater durante a Expoagro Afubra, em Rio Pardo. No local, os extensionistas da Emater/RS-Ascar destacam a importância da produção de leite à base de pasto, que facilita o manejo dos animais, reduzindo ainda a necessidade de mão de obra. "Não é demais lembrar que o alimento básico do ruminante é o pasto, tendo a energia e a proteína oriunda destes um menor custo quando comparado a outros alimentos", salienta o extensionista da Emater/RS-Ascar, Martin Schmachtenberg. Pelo fato de a Instituição trabalhar diretamente com a agricultura familiar, Schmachtenberg destaca haver ainda mais importância quando o assunto é a ampliação do potencial produtivo das pastagens. "Nesse sentido, pensar no melhor aproveitamento da área das propriedades, buscando reduzir os períodos de vazio forrageiro para agricultores que adotam plantios anuais de inverno e de verão também representa impacto no bolso, sem haver necessariamente um grande investimento", frisa.Além do planejamento forrageiro - cálculo feito com a planilha Boviter, os visitantes também podem conhecer alternativas de pastagens permanentes, como tífton, azevém e braquiária. Outro ponto de destaque é o estímulo ao armazenamento de pastagens excedentes nos períodos de maior crescimento vegetativo, o que equaliza a alimentação durante o ano, pela compensação dos períodos de vazio forrageiro. Na parcela também é demonstrada a correta higiene de equipamentos e da ordenha, com orientações para que produtores alcancem os parâmetros estabelecidos pela Instrução Normativa 76 e 77. "A qualidade do leite, afinal, é peça chave para que seja preservada a cor, o sabor e o aroma característicos, com baixa contagem de células somáticas e bactérias, o que garante um produto sem contaminantes para o consumidor", explica. De forma complementar e baseado no lema adotado pela Instituição no Espaço "Água: Fonte de Vida e Essencial para a Produção de Alimentos" é possível conferir um bebedouro com "boia louca", que evita quebras. "A água é um dos ingredientes mais importantes da dieta, tendo um grande volume de consumo diário, sendo fundamental que ela seja limpa e de qualidade", comenta Schmachtenberg. A Expoagro Afubra segue até a próxima sexta-feira (24/03), na localidade de Rincão Del Rey, em Rio Pardo. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar na Expoagro Afubra)

 
 

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Porto Alegre, 22 de março de 2023                                                         Ano 17 - N° 3.865


Chile: Exportações de lácteos começaram 2023 em queda

Após um crescimento notável em 2022, as exportações de produtos lácteos começaram 2023 em declínio.

Segundo dados do Boletim para o Avanço do Comércio Exterior de Lácteos, elaborado pela Secretaria de Estudos e Políticas Agrárias -Odepa-, e reproduzidos pela Federação Nacional dos Produtores de Leite (Fedeleche), as exportações de lácteos em janeiro atingiram um valor total de US$ 17,3 milhões, o que representa uma queda de 32,1% e representa uma queda de US$ 8,2 milhões em relação ao mesmo mês de 2022.

Refira-se que, em termos de volume, as exportações de lácteos fecharam o primeiro mês do ano com 32,5%, atingindo 6.079 toneladas, totalizando menos 2.938 toneladas face a 2021.

Enquanto isso, o preço médio das exportações de lácteos fechou janeiro em US$ 2.858 toneladas, praticamente estável em relação a 2021.

Desempenho "Top 5"
Quanto aos países de destino, observa-se uma cesta diversificada com os Emirados Árabes Unidos em primeiro lugar e uma participação no total de 8,7%, o que se traduz em embarques de US$ 3,050 milhões, representando um aumento de 15,6%

Os embarques para a Colômbia seguem em segundo lugar, concentrando 8,1% do total, no valor de US$ 2,816 milhões, o que representa uma queda de 41,9%.

Com participação que chega a 5,6%, os Estados Unidos ficaram com o terceiro lugar, embora na comparação anual apresente queda de 46,3%, faturando exportações no total de US$ 1,9 milhão.

Por outro lado, as exportações de lácteos para o México seguem em quarto lugar com participação de 4,3% do total, caindo 31,3% somando um valor total de US$ 1,5 milhão.

Ao todo, o Peru alcançou uma participação de 4,2% do total, apesar de registrar uma queda de 43,0% em relação ao ano passado, acumulando um total de US$ 1,4 milhão.

DESEMPENHO POR PRODUTO
As demais preparações à base de lácteos lideraram as exportações de lácteos em janeiro. Os embarques dessa categoria caíram 4,9% e somaram US$ 3,5 milhões. Enquanto em volume os embarques chegaram a 880 toneladas, o que representa uma queda de 14,4% em relação ao mesmo período de 2021.

Em segundo lugar ficou o leite condensado, que alcançou o valor de US$ 3,1 milhões, o que representa uma queda de 45%. Em volume, as exportações totalizaram 91.414 toneladas, 53% abaixo do ano anterior.

O terceiro produto mais exportado no período foi o leite em pó integral (LPE) com embarques que somaram US$ 2,9 milhões, o que representa uma queda de 58% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume chegou a 807 toneladas, queda de 55% em relação a 2021.

Fonte:  Fedeleche FG Comunicações com informações da Odepa


Solicitação de subsídios para fomentar a discussão sobre a proposta de regulamentação da Lei do Autocontrole

Lei do Autocontrole - A SECRETÁRIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA - SUBSTITUTA, do Ministério da Agricultura e Pecuária, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelos arts. 22 e 49, do Anexo I, do Decreto nº 11.332, de 01 de janeiro de 2023, e tendo em vista o disposto na Lei nº 14.515, de 29 de dezembro de 2022, e que consta do Processo nº 21000.022208/2023-54, resolver: 

Art. 1º Convidar órgãos, entidades ou pessoas interessadas em participar da Tomada Pública de Subsídios - TPS para fomentar a discussão sobre a proposta de regulamentação da Lei n° 14.515, de 29 de dezembro de 2022, que dispõe sobre os programas de autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa agropecuária e sobre a organização e os procedimentos aplicados pela defesa agropecuária aos agentes das cadeias produtivas do setor agropecuário.

Parágrafo único. O prazo para participação na presente TPS será de 45 (quarenta e cinco) dias, contados a partir da publicação desta Portaria, excluído da contagem o dia do começo e incluído o do vencimento, nos termos da legislação vigente.

Art. 2º O questionário para participação na presente TPS encontra-se disponível no Sistema de Monitoramento de Atos Normativos - SISMAN, da Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA/MAPA, por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/.

Parágrafo único. Para ter acesso ao SISMAN, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso - SOLICITA, do MAPA, por meio do link :https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.

Art. 3º Findo o prazo estabelecido no art. 1º, parágrafo único desta Portaria, será efetuada a consolidação e análise das contribuições.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Fonte: DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Observatório do Consumidor analisa os padrões de consumo do doce de leite
PARTE 02 DE 02 

Atributos desejados e sentimento dos consumidores

Ao se falar em doce de leite, o Sabor foi a característica mais desejada pelos internautas. Em 30% dos tweets que se referiram a algum atributo desta guloseima, o Sabor esteve presente. Além dele, a Cor e a Textura foram consideradas importantes para o consumo, correspondendo, respectivamente, a 20% e 10% das postagens. O Preço, por sua vez, não possui um peso tão significativo na decisão de consumo, aparecendo somente em 7% das postagens, corroborando a natureza indulgente deste consumo.

A análise de sentimentos das postagens sobre o doce de leite apresenta o incremento de expressões positivas nas postagens, passando de 55%, em 2020, para 67% em 2023. Houve diminuição do conteúdo neutro e o conteúdo negativo ficou estável ao longo dos anos.


Preferência dos consumidores

As postagens sobre doce de leite, em sua maioria, compreenderam também outros alimentos que acompanham o doce de leite no consumo. E os diversos produtos açucarados foram os mais referenciados pelos internautas, estando presente em 46% destas postagens. Em segundo lugar, os laticínios apareceram em 26% dos tweets.

Quem acha que doce de leite é mais gostoso quando saboreado junto de um queijinho, está certo e não está sozinho. A nuvem de palavras (Figura 7) ratifica a preferência do consumidor pela combinação gastronômica tradicional: doce de leite e queijo, deixando em evidência vários termos que remetem a este derivado como requeijão, coalho, queijinho, ralado e outros. Palavras como intolerância, intolerante e lactose também aparecem com certo destaque e merecem atenção do mercado a esta demanda em crescimento. (Embrapa Cileite - Observatório do consumidor)


Jogo Rápido 

El Niño deve chegar no final de 2023: o que sabemos sobre?
O Bureau of Meteorology da Austrália informou nesta terça-feira (14/03) que os indicadores oceânicos e atmosféricos permanecem em valores de Neutralidade, ou seja, nem El Niño, nem La Niña. Embora o Oceano Pacífico esteja atualmente nesta condição, o Bureau de Meteorologia alerta para o surgimento de um possível El Niño no final de 2023, uma vez que foram atendidos os critérios para a condição de “ATENÇÃO para El Niño.”  A probabilidade de um El Niño ocorrer no final de 2023 é estimada em cerca de 50%. Isso significa que a chance é cerca de duas vezes maior do que o normal, mas ainda não é uma garantia de que o evento irá ocorrer. No entanto, o Bureau de Meteorologia afirma que há sinais que indicam que alguns dos precursores típicos do El Niño estão sendo observados atualmente. Uma quantidade significativa de água mais quente que a média surgiu abaixo da superfície do Pacífico tropical ocidental e central, e temperaturas da superfície do mar mais quentes que a média surgiram em partes do Pacífico tropical oriental nas últimas semanas. Essas condições são consideradas precursoras do El Niño, que pode levar a mudanças significativas nas condições climáticas globais, incluindo o aumento da temperatura média global e a redução da precipitação em algumas áreas.Projeções indicam rápido aquecimento entre os meses de Março e Maio, indicando o estabelecimento de um possível El-Niño em Agosto de 2023.Por isso, o Bureau de Meteorologia alerta para a possibilidade de um El Niño em 2023 e destaca a importância de se manter atento às atualizações meteorológicas. A comunidade científica está monitorando de perto o Oceano Pacífico e os indicadores atmosféricos para detectar quaisquer mudanças significativas nas condições climáticas, a fim de preparar as pessoas para as possíveis consequências dessas alterações. (As informações são da AgroLink, adaptadas pela equipe MilkPoint)