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Porto Alegre, 13 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.620

 

  Fórum do leite/RS 

Os caminhos para a exportação serão debatidos no 5º Fórum Itinerante do Leite, no dia 21 de novembro de 2017, em Frederico Westphalen (RS). A proposta é avaliar as possibilidades do Brasil no mercado mundial de lácteos. 

O encontro terá transmissão ao vivo pelo Canal Rural das 9h às 12h, diretamente do Salão de Atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) - Câmpus de Frederico Westphalen. O fórum será dividido em dois painéis, com a participação de pesquisadores, empresários, autoridades e líderes do setor. A primeira parte enfocará o mercado externo de lácteos e as políticas públicas. A visão governamental será apresentada pelos secretários da Agricultura da região Sul. Na segunda parte, dirigentes de entidades representativas do setor avaliarão os desafios dessa cadeia para que os produtos lácteos do Brasil tenham maior competitividade no mercado mundial. A programação prossegue à tarde com oficinas técnicas, reunindo produtores rurais, empresários, especialistas, professores e estudantes. Ao se inscrever, cada participante deverá optar por uma das três oficinas, com enfoques em gestão e sucessão na produção de leite, nutrição animal e caminhos para a exportação. As inscrições para o evento poderão ser feitas a partir desta segunda-feira, dia 13. Serão gratuitas, antecipadas e limitadas. CLIQUE AQUI PARA INSCRIÇÃO

Os painelistas responderão perguntas do público presente no Salão de Atos e dos que assistirem pelo Canal Rural (TV e internet) e pelo YouTube (www.youtube.com/canalruralbr). A iniciativa é do Canal Rural, do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Estado do Rio Grande do Sul (Fundesa), do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat-RS), da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi-RS) e da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) - Frederico Westphalen. O evento tem apoio da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL), da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil), da Cooperativa Tritícola de Frederico Westphalen (Cotrifred), da Cooperativa de Energia e Desenvolvimento do Médio Uruguai (Creluz), da Empresa Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), da Organização das Cooperativas do Estado do RS (Ocergs), da Prefeitura de Frederico Westphalen, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no RS (Senai-RS) e do Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo). O fórum faz parte de uma série de eventos, iniciada em 2016, para debater os desafios da cadeia do leite por entidades do setor, em parceria com universidades e entidades regionais. Neste último trimestre, a comunidade de Frederico Westphalen e entidades da cadeia gaúcha do leite elegeram o mercado externo como tema para encerrar os debates itinerantes em um ano pontuado por grandes polêmicas sobre os impactos das importações de lácteos. (Canal Rural)

Conseleite/MS

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 10 de Novembro de 2017, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de setembro de 2017 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de outubro de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)


 

Carlos Barbosa é líder no Estado

Em Carlos Barbosa, o rendimento médio é de 6,8 mil litros/ano por vaca. O produtor João Grespan tem participação direta nesse desempenho. Em sua propriedade, cada uma das 42 cabeças em lactação rende 10 mil litros anualmente. E os números sobem a cada temporada. Em 2016, tiravam-se 900 litros de leite do rebanho por dia. Neste ano, são 1,3 mil litros.

- Com pouca área de terra, temos que crescer pela produtividade. A genética nos ajuda a aumentar de 15% a 18% o volume ao ano - justifica.

Na propriedade de Grespan, as atividades são divididas e executadas com a precisão de um relógio suíço durante os 365 dias do ano. Ele cuida da limpeza das vacas, enquanto a mulher faz a ordenha. Os filhos, que estudam agronomia e zootecnia, cuidam do solo, da produção de alimentos e da genética. Já a filha faz a contabilidade da granja. Juntamse a eles dois técnicos, que prestam consultoria nas áreas de reprodução e alimentação. A soma do esforço coletivo resulta em alto rendimento. (Zero Hora)

 

Tecnologia potencializa manejo

A tecnologia é aliada de uma série de propriedades de leite, configurando-se em outro aspecto que explica o incremento na produtividade. Em 2015, Ezequiel Nólio, um dos proprietários da Tambo Nólio, de Paraí, foi pioneiro no Estado a apostar na utilização de robôs para a realização da ordenha. Dois anos depois, a produção média por vaca passou de 28 para 35 litros ao dia. A máquina está junto ao pavilhão onde ficam as 63 vacas da raça holandesa. Os animais se dirigem ao equipamento por conta própria. Assim, não há horário fixo para a ordenha. Nólio conta que chegam a fazer fila para entrar no box. A máquina reconhece cada vaca, fornece ração em medida controlada e coleta informações sobre a qualidade do leite gerado.

- O investimento foi em torno de R$ 900 mil, entre a máquina e adaptações do pavilhão. O retorno se dará em cinco anos, com aumento na produtividade e redução de consumo de ração. E vamos ganhar uma lactação a mais por cada vaca - celebra Nólio.

A utilização de robôs ainda é tímida no RS e no Brasil. Na maior parte das propriedades, são utilizados equipamentos para fazer a transferência do leite do úbere direto para o tanque de resfriamento e para medir a produção. (Zero Hora)

Quando a genética vira negócio

Algumas das vacas com maior produtividade do Brasil são de Farroupilha. A Granja Tang coleciona títulos em feiras, exposições e campeonatos que medem a produção dos animais. Com essa credencial, o comércio de embriões, o aluguel das vacas para reprodução e a venda de exemplares se tornaram um negócio para a cabanha, que tem 40% do seu faturamento oriundo dessa área.

A produtividade elevada vem de longa data. De 2009 a 2013, a granja teve uma recordista nacional. Foi a vaca holandesa Raquel, que chegou a produzir 20 mil litros de leite ao ano. O animal já morreu, mas o atual plantel de 31 vacas da raça holandesa em lactação conta com sua neta e bisneta.
Agora, a nova estrela é a vaca Sali. Com média anual de 17 mil litros, ganhou o concurso leiteiro da Expointer 2017. Aos três anos, venceu na categoria jovem, gerando 66 quilos de leite. O resultado foi superior até ao da campeã adulta, que totalizou 52 quilos.

A granja tem produtividade de 11,8 mil litros ao ano por cada animal. O segredo para o desempenho está em fatores característicos da região. A propriedade é pequena, com 14 hectares, e tem dedicação exclusiva ao gado leiteiro. Também influenciam no resultado cuidados com genética e alimentação equilibrada entre proteínas, silagem, feno e capim.

Outro ingrediente é considerado fundamental: o trato com os bovinos. A ordenha é feita a cada 12 horas para evitar lesões no úbere. As vacas permanecem soltas no pasto pela manhã, permitindo que se movimentem e até mesmo interajam. E cada vaca tem um nome, geralmente uma homenagem a parentes e amigos da família.

- Os animais também gostam de tomar sol e passear, como os humanos. E cada uma tem personalidade própria. Tem vaca dócil e mais agressiva, que briga com as outras - conta o proprietário Itamar Tang.

Toda a produção da Tang é de genética holandesa. A raça, aliás, é predominante no Rio Grande do Sul: segundo a Emater, o plantel chega a mais de 650 mil animais. Na Serra, são 53 mil cabeças. (Zero Hora)

Exportações/Uruguai
As exportações de lácteos cresceram 26% em outubro em relação a igual mês do ano passado. Foi o terceiro principal item de exportação em outubro, totalizando US$ 66,6 milhões. O principal destino foi a Argélia com 36% das remessas do mês. No acumulado do ano se posicionou como o segundo destino dos produtos lácteos uruguaios, com envios que representarão US$ 65 milhões, de acordo com dados publicados no Boletim mensal do Instituto Uruguai XXI sobre comércio exterior. O Brasil foi o segundo destino das exportações de outubro, ainda que o volume dos envios tenham caído 59% em relação a outubro de 2016. No acumulado do ano houve retrocesso de 44%, que foi compensado com uma recuperação de 28% nos valores. A Rússia foi o terceiro destino com um acumulado de US$ 54 milhões entre janeiro e outubro, 44% a mais que em igual período de 2016. Nos primeiros 10 meses do ano o faturamento total das exportações de lácteos alcançou a cifra de US$ 470 milhões, abaixo dos US$ 478 milhões realizados no mesmo período do ano anterior. (LecheriaUY - Tradução Livre: Terra Viva)

Com o intuito de agradecer a parceria no projeto Vereador Mirim, o presidente da Câmara Municipal de Bento Gonçalves e vereador, Moisés Scussel Neto esteve nesta sexta-feira (10/11) na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindiat), em Porto Alegre, para prestar uma homenagem à entidade. Para valorizar o trabalho dos jovens, o sindicato doou cadernos e achocolatados ao projeto. "Apoiamos o projeto, pois trabalha com a educação do jovem que também faz parte do nosso planejamento.", disse o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

O projeto educacional, que iniciou em maio desse ano, culminou na realização de uma sessão legislativa simulada no dia 10 de outubro com 17 estudantes de escolas municipais de Bento Gonçalves. De acordo com a assessoria do vereador, cerca de 2 mil crianças e jovens participaram das atividades. Scussel ressaltou que deseja manter parcerias como esta para 2018. 

Sindilat é homenageado pelo projeto Vereador Mirim. Foto: Leticia Szczesny

 
 

Porto Alegre, 10 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.619

 

  Sindilat recebe homenagem do projeto Vereador Mirim de Bento Gonçalves

Com o intuito de agradecer a parceria no projeto Vereador Mirim, o presidente da Câmara Municipal de Bento Gonçalves, Moisés Scussel Neto esteve nesta sexta-feira (10/11) na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindiat), em Porto Alegre, para prestar uma homenagem à entidade. Para valorizar o trabalho dos jovens, o sindicato doou cadernos e achocolatados ao projeto. "Apoiamos o projeto, pois trabalha com a educação do jovem que também faz parte do nosso planejamento.", disse o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.  

O projeto educacional, que iniciou em maio desse ano, culminou na realização de uma sessão legislativa simulada no dia 10 de outubro com 17 estudantes de escolas municipais de Bento Gonçalves. De acordo com a assessoria do vereador, cerca 200 mil crianças e jovens participaram das atividades. Scussel ressaltou que deseja manter parcerias como esta para 2018. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Leticia Szczesny

Cotações das commodities lácteas no mercado holandês - outubro de 2017

A captação de leite na União Europeia aumentou significativamente em agosto (+3%). É o terceiro mês consecutivo de crescimento. Como resultado, a oferta de leite aumenta este ano. Pela primeira vez a captação acumulada foi maior do que a de 2016. 

Os principais países produtores de leite registraram aumentos em agosto, com destaque para a Irlanda, Polônia e Itália. Também pela primeira vez apresentaram leve crescimento na Alemanha, França e Holanda. Outras regiões do mundo também apresentaram crescimento, embora o volume de agosto tenha crescido menos. Na Argentina e Na Nova Zelândia, a produção de leite caiu no mês. Fortes crescimentos foram apresentados apenas no Uruguai e nos Estados Unidos, embora neste último, a taxa de crescimento tenha perdido a força, ficando em 1% em setembro. 

O mercado de lácteo ficou sob pressão todo o mês de setembro. Os preços da manteiga também enfrentaram fortes obstáculos. As cotações da manteiga caíram de 700 euros para 500 euros. Esta correção foi estabelecida pela menor demanda e o aumento da oferta diante do crescimento do volume produzido. Como resultado há um abrandamento dos preços no mercado da manteiga e cremes, o que também é acompanhado pelo leite em pó. Os preços do leite em pó integral mostram, no entanto, recuperação, algumas vezes. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)
 

USDA derruba preços de soja e milho em Chicago

Divulgadas ontem, as novas estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para oferta e demanda de grãos no país e no mundo nesta safra 2017/18 confirmaram um cenário relativamente confortável e determinaram a queda das cotações de soja e milho na bolsa de Chicago. O trigo, em contrapartida, registrou alta.

 

No mercado de soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, os contratos futuros de segunda posição de entrega (janeiro) fecharam a US$ 9,85 por bushel, em baixa de 13,50 centavos de dólar. Pesou sobre as cotações o ajuste para cima na projeção do USDA para os estoques finais globais da oleaginosa, consequência da elevação do cálculo para a produção. Isso porque o órgão passou a estimar a colheita brasileira em 2017/18 em 108 milhões de toneladas, 1 milhão a mais que em outubro, embora ainda abaixo do total de 2016/17.

No caso do milho, os papéis de segunda posição (março) encerraram a sessão de ontem em Chicago com retração de 6,50 por bushel, a US$ 3,5475. Para o cereal, o USDA corrigiu para cima sua projeção para a colheita global e, consequentemente, também para os estoques finais mundiais. Esses estoques (203,9 milhões de toneladas) permanecem abaixo de 2016/17 (226,6 milhões), mas o patamar ainda considerado "folgado".

Já os contratos do trigo também para março fecharam o pregão a US$ 4,45 por bushel, uma valorização de 1,25 centavo de dólar em relação à véspera. O USDA reduziu suas previsões para a produção e para os estoques do cereal (ver infográfico acima). (As informações são do jornal Valor Econômico)

Processadores de lácteos devem 'mirar' o poderoso mercado dos 'millennials'

Se você está cansado de ouvir sobre os millennials, não posso dizer que eu o culpo. Um novo relatório, estudo ou artigo de notícias relacionados aos millennials parece sair diariamente. Ainda assim, é fundamental para as empresas de bens de consumo (CPG) - incluindo processadores de produtos lácteos - peneirarem todo o ruído sobre os millennials e adotar alguns insights fundamentais.  

Como os millennials compõe atualmente um quarto da população dos EUA, eles representam US$ 10 trilhões no poder de compra durante a vida, observou Lori Colman, co-CEO da CBD Marketing, com sede em Chicago. Uma parte significativa dos novos esforços de desenvolvimento de produtos dos processadores de lácteos, portanto, deve ser direcionada a este poderoso grupo demográfico. Mas o que, exatamente, os millennials querem?

De acordo com o "Those Maddening, Marvelous Millennials: Trends and Preferences in the Food, Beverage and Supplement Categories", novo relatório da CBD Marketing, eles gravitam em torno de alimentos naturais e saudáveis; sabores culturais e alimentos como escandinavo e indiano; e bebidas "better-for-you" [melhor para você] que promovam energia, imunidade e que contribuam com a digestão. Além disso, os millennials querem preparar e cozinhar suas próprias refeições e são adeptos à distribuição alternativa de alimentos por meio de entregas e outros serviços. 

O que eles não querem? Alimentos sem gordura e outros alimentos relacionados à dieta; refrigerante e sucos de frutas como maçã, cranberry e laranja. Além disso, embora os millennials adorem smoothies - um grande fator positivo para os processadores de lácteos - eles não estão tão interessados no velho leite simples ou nos cafés comuns de antigamente.

Os millennials também são grandes compradores de alimentos e bebidas orgânicas, de acordo com um novo estudo da Associação de Comércio Orgânico de Washington, D.C. E à medida que mais millennials têm filhos - 80% deles serão pais nos próximos 10 a 15 anos, prevê a OTC - a forte afinidade demográfica para o orgânico deverá apenas se aprofundar.

A gravitação dos millennials em direção aos orgânicos caminha de mãos dadas com outra tendência que ocorre no setor de alimentos e bebidas. Essa tendência é o aumento da quantidade de consumidores socialmente conscientes, e também está sendo direcionada pelos millennials. De acordo com a CBD Marketing, os millennials querem transparência e desejam comprar de fabricantes e fornecedores com consciência ambiental. 

Em seu "2017 Top Trends in Fresh Foods Point of View", a empresa de pesquisa de mercado de Chicago, Information Resources Inc. (IRI) observa que, para muitos consumidores, a definição de qualidade de alimentos e bebidas agora vai além da lista dos ingredientes e das embalagens. "Os compradores se familiarizaram com os rótulos dos alimentos, como 'orgânico', 'não-OGM' e 'sem antibióticos', e com base nas vendas em rápido crescimento nos últimos cinco anos, esses atributos são muito importantes para as decisões de compras", disse o IRI. 

"As estratégias globais de negócios terão que integrar valores culturais importantes e emergentes nas operações de negócios - e eles terão de cumprir a intensificação das expectativas dos consumidores e da indústria em geral", afirmou o IRI. "As pessoas querem transparência das marcas e empresas que escolhem apoiar; elas buscam informações e validação de suas escolhas e muitas vezes isso leva a conexões emocionais de maneira muito poderosa".

Então, como os processadores de lácteos poderiam atender melhor às necessidades dos millennials? Além de lançar mais itens orgânicos e 'descascar as camadas' para dar aos millennials a transparência que desejam, eles podem investir no desenvolvimento de novos produtos que vão além da categoria láctea. Por exemplo, eles poderiam casar os ingredientes desejáveis pelos millennials, como chá verde, café frio ou impulsionadores da imunidade com o leite tradicional. Eles também podem explorar os produtos lácteos como componentes das refeições caseiras. Mas acima de tudo, eles devem continuar a prestar atenção aos desejos e necessidades desse importante e mega grupo demográfico por meio de de uma série de vias de comunicação, incluindo as mídias sociais.

"Os millennials compartilham suas opiniões e hábitos de compra on-line através de plataformas de redes sociais e em outros sites", afirmou Colman. "Empresas e marcas que minam esse tesouro de dados on-line serão aquelas que comercializarão seus produtos com sucesso". (O texto é de Kathie Canning, editora chefe da revista Dairy Foods, traduzido pela Equipe MilkPoint)

SC: setor leiteiro catarinense prepara missão à Nova Zelândia e Austrália
O Sebrae/SC, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a Sociedade Amigos de Chapecó (SAC) e outros parceiros, apresentarão o roteiro e os investimentos de uma missão que levará empresários e dirigentes de entidades à Nova Zelândia (9 a 17 de fevereiro de 2018) e para a Austrália (de 17 a 24 de fevereiro de 2018. O objetivo é realizar visitas em empresas rurais e agentes públicos da cadeia produtiva do setor leiteiro, além de participar de cursos técnicos do segmento.  Informações pelo telefone (49) 3330 2800. (Sebrae/SC)

Ainda dá tempo de inscrever suas reportagens no 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo. As inscrições encerram-se hoje (10/11) à meia-noite. Os trabalhos devem ser remetidos para o e-mail (imprensasindilat@gmail.com) ou entregues em mãos na sede do sindicato na Avenida Mauá, 2011/505, em Porto Porto Alegre, das 9h às 18h.

O prêmio é uma promoção do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e tem o objetivo de valorizar o trabalho da imprensa que acompanha o setor lácteo. A honraria será concedida para os melhores trabalhos veiculados na imprensa e que destacarem o desenvolvimento, avanços e desafios do setor. Podem se inscrever diplomados ou grupos profissionais, nas seguintes categorias: mídia impressa, mídia eletrônica, online e fotografia.

Os primeiros colocados de cada categoria serão premiados com um troféu e um Iphone. Já os segundos e terceiros colocados receberão troféu. Os finalistas serão divulgados até 27 de novembro, e os vencedores, durante a festa de fim de ano do Sindilat/RS, no dia 7 de dezembro.

Confira o regulamento aqui.

Ficha de inscrição:

 
 

Porto Alegre, 09 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.618

 

  MDS anuncia liberação de verba para formação de estoque de leite

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) anunciou que vai liberar R$ 12 milhões para formação de estoque. A ideia é tirar um pouco de leite do mercado para equilibrar a oferta, mas o valor não deve ser suficiente. A intenção é enxugar o mercado para que o valor pago aos pecuaristas reaja com a aplicação desse dinheiro. O receio, porém, é que isso não surta o efeito esperado, já que o montante deverá ser muito menor do que foi pedido pelo setor produtivo. 

Ao invés dos R$ 700 milhões requeridos, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) deve liberar apenas cerca de R$ 12 milhões. "Não é muito recurso, é dentro da nossa realidade. Mas qualquer coisa que se fizer ajuda. O presidente (Michel Temer) já determinou que seja feita uma avaliação, que começa com o ministro Blairo, vamos conversar e levar ao presidente para tomar uma decisão. No ministério, a gente tem alguns recursos que podem ser usados de forma emergencial, mas são recursos num valor ainda muito menor do que estava sendo solicitado. Até a semana que vem nós vamos ter uma notícia boa para dar", disse Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento Social. 

O MDS deve repassar o dinheiro para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) faça as compras. Apesar disso, o ministro admite que as novas importações de leite em pó do Uruguai também podem atrapalhar a reação do preço interno. "Não adianta a gente colocar recurso e desaparecer. Tem que ser recurso que realmente ajude a melhorar o preço. Agora vai depender do volume que vier de fora". (As informações são do Canal Rural)

Animais saudáveis não devem receber antibióticos

A Organização Mundial da Saúde emitiu alerta para produtores rurais ontem (07.11) para pararem de usar antibióticos para promover o crescimento e evitar doenças em animais saudáveis porque a prática gera "perigosas resistência a remédios para infecções de insetos" em pessoa.

Descrevendo uma falta de antibióticos efetivos para humanos como "uma ameaça de segurança" a par com uma repentino e mortífero surto da doença, o diretor-general da OMS Adhanom Ghebreyesus disse que "uma ação forte e sustentada de todos os setores" é vital para vencer a maré de resistência e "manter o mundo seguro".

A OMS "recomenda fortemente uma redução geral de todas as classes de antibióticos importantes medicinalmente em animais para produção de alimentos, incluindo restrições completas deste antibióticos para promoção de crescimento e prevenção de doenças sem diagnóstico", diz o comunicado do braço das Nações Unidas. 

Qualquer uso de antibiótico promovido pelo desenvolvimento e proliferação de superbactérias, infecções resistentes a múltiplas medicações que podem evadir as medicações projetadas para matar elas.

Segundo o comunicado da OMS, cerca de 80% do consumo total de antibióticos em alguns países está no setor animal. Em sua maioria, seriam usados em animais saudáveis para prevenir doenças e agilizar o seu crescimento. Essas aplicações deveriam ser completamente interrompidas. Para a agência, as medicações só podem ser usadas após o diagnóstico de algumas doenças e o uso do antibiótico deve ser prudente, com apenas utilização para a doença específica. (Agrolink)

CNA reafirma compromisso para fortalecer a cadeia produtiva do leite

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, recebeu empresários do setor de lácteos do País, na quarta (8/11), para tratar de ações que aumentem a produtividade e ampliem a competitividade da cadeia produtiva de leite no exterior.

Essas ações, segundo o presidente da CNA, têm que ser boas tanto para o setor primário quanto para a indústria. "Por isso, vamos construir projetos juntos", afirmou Martins, reforçando que o avanço da produtividade passa pelo aumento da eficiência e do conhecimento. Ele enfatizou a importância da atuação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) neste processo.

"O SENAR têm condições de capacitar e oferecer assistência aos produtores. Isso é fundamental para transformarmos o Brasil no maior produtor e maior exportador de leite do mundo", afirmou. Paulo Hegg, representante do grupo Tirolez, maior exportador de queijos do Brasil, agradeceu à disposição da confederação em construir o projeto de fortalecimento da cadeia produtiva.

"A CNA pode contar conosco para trabalharmos juntos. O Brasil já alcançou sucesso em outras áreas do agro e respeito no mundo todo. Agora, temos que confiar que também vamos conseguir isso com o leite", observou Hegg. A abertura de novos mercados também foi pauta da reunião.

Segundo Marcelo Martins, diretor executivo da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), o momento é bom porque a sociedade está madura para tentar um passo importante à frente, que é trabalhar sobre o aumento da produtividade do leite. "As exportações de queijos, especialmente dos produtos processados, estão 40% mais altas do que no ano passado. Esse é o setor que mais cresce porque trata-se de um produto de maior valor agregado", analisou Martins.

O Superintendente Técnico da CNA, Bruno Luchhi, identificou que existe convergência e sinergia entre os setores primário e industrial. "Vamos elaborar uma agenda focada na abertura de mercados, ganho de competitividade, melhoria da qualidade e da produtividade nacional", finalizou Lucchi. (As informações são da CNA)

Preços/UE

O preço calculado pela LTO Nederland em setembro chegou a 36,72 €/100 kg, [R$ 1,42/litro], para o leite padrão, um aumento 0,69 €/100 kg em relação ao mês anterior e de 8,50 €/100 kg se comparado com setembro de 2016. O preço calculado pela LTO para setembro é superior ao determinado pela Comissão Europeia (com base nos dados fornecidos pelos Estados membros) que chegou a 35,8 €/100 kg, [R$ 1,39/litro], para a UE-28 e de 36,42 €/100 kg, [R$ 1,42/litro], para a UE-15. O preço do leite teve aumento pelo quinto mês consecutivo, e ainda que esteja projetado um novo reajuste em outubro, não se espera que continue subindo a partir de novembro. 

O preço médio do leite de setembro subiu 30% em relação a um ano atrás. Em algumas empresas, as variações de preços foram altíssimas, como é o caso da alemã DMK, cujo incremento de preço foi quase 70%. A holandesa FrieslandCampina e a alemã Müller reajustaram entre 50 e 55%. Na Espanha, o preço registrado em setembro foi muito menor do que a média da União Europeia (UE), tanto no cálculo da LTO como da Comissão, chegando somente a 33,16 €/100 kg. Também o incremento em relação a setembro de 2016 foi de apenas 9%.  (Agrodigital - Adaptação: Terra Viva)

 

Nestlé
A marca Ninho, da Nestlé, estreia na categoria de complementos alimentares com o lançamento de Ninho Nutrição Reforçada. Segundo a empresa, a novidade traz cereais integrais, fonte de fibras e leite Ninho, além de ter zero adição de açúcares, sem corantes e aromas artificiais. O produto tem 7,5g de proteínas e 24 vitaminas e minerais e chega para complementar o portfólio de Ninho que já oferece opções na linha UHT e compostos lácteos. O lançamento já está sendo distribuído nas redes varejistas em embalagens de lata 350g. O preço sugerido é de R$ 25,49. (Giro News)

 
 

Porto Alegre, 08 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.617

 

 Governo estuda incentivos à cadeia de lácteos

O Ministério da Agricultura prepara medidas de incentivo à cadeia produtiva de lácteos para compensar a retomada das importações de leite em pó do Uruguai, comunicada oficialmente ontem pelo governo brasileiro a Montevidéu. Mesmo com o fim da restrição, o ministro Blairo Maggi disse ao Valor que a partir de hoje os fiscais federais também vão monitorar os carregamentos de leite uruguaio, desde a fronteira até os canais de distribuição e varejo.

Em audiência na Comissão de Agricultura do Senado, o secretário de Defesa Agropecuária da Pasta, Luís Eduardo Rangel, disse que estão sendo avaliados mecanismos como fixação de preço mínimo para o leite, retomada da recuperação de créditos tributários de PIS e Cofins por produtores e laticínios - já prevista no programa Leite Saudável -, além da redução dos juros de uma linha de crédito do Banco do Brasil voltada à estocagem de leite por agroindústrias e da criação de linha para refinanciar dívidas de produtores. "A suspensão das importações [de leite em pó do Uruguai] foi boa para jogar luz sobre a suspeita de triangulação", disse Rangel sobre a desconfiança dos produtores brasileiros de que haveria leite em pó de outras origens entrando no Brasil via Uruguai. "Mas pudemos reavaliar alguma medidas que estavam adormecidas", afirmou. 

O secretário explicou que, depois de uma auditoria no Uruguai realizada por fiscais agropecuários na semana passada, foi definida a retirada da suspensão das emissões de guias de importação do produto. O Valor apurou que, além de pressão do Uruguai, houve pedidos do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, para que o governo retomasse as importações de leite com receio de possíveis retaliações do Uruguai, que poderiam afetar exportações paulistas de industrializados, como eletrodomésticos da linha branca, ao vizinho. Procurado, o governo paulista não respondeu. Na Câmara, o diretor do departamento de Estatísticas e Apoio às Exportações do Mdic, Herlon Brandon, disse que as importações totais de leite - incluindo as do Uruguai - recuaram 30%, para 80 mil toneladas, de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período de 2016. "Temos um cenário de queda das importações e aumento do preço do leite", disse. 

O presidente da Associação dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, admitiu que esperava que a suspensão durasse pouco, mas voltou a defender cotas para o leite uruguaio, como já existe para o leite argentino. (Valor Econômico)

Entidades criticam decisão do ministério

O desbloqueio da importação de lácteos do Uruguai, anunciado pelo Ministério da Agricultura na segunda-feira, gerou críticas do setor ligado à cadeia produtiva do leite e do secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo. Até ontem, nenhuma liderança gaúcha havia recebido informações sobre os motivos que levaram o governo a autorizar novamente as compras de produtos lácteos do país vizinho. A suspensão estava em vigor desde 10 de outubro, sob alegação de que o Mapa investigaria suspeitas de triangulação dos uruguaios. Polo solicitou ontem ao ministério o relatório completo da auditoria que foi feita na última semana no Uruguai. "Quero ter acesso a todas as informações que foram checadas, porque tínhamos números que indicavam que a produção uruguaia não era compatível com o que estavam exportando para o Brasil", afirma.

O secretário também pede que seja rediscutida, no âmbito do Mercosul, a possibilidade do livre comércio de insumos. "Se podemos ter livre comércio de produtos, também queremos poder comprar no Uruguai insumos mais baratos que os que são vendidos no Brasil", cobra. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, disse que aguarda que o ministério encaminhe "explicações formais" sobre as razões para a reabertura do comércio para o leite do Uruguai. Guerra também diz que espera que o governo tenha iniciado com o país vizinho as conversas sobre a imposição de cotas, a exemplo do que acontece com a Argentina. "Se o governo brasileiro não abriu este diálogo, ele perdeu o melhor momento de fazer isso", defende. 

Ele acrescenta que a indústria operou quatro meses "no vermelho" e que, mesmo que haja uma reação do preço do leite por conta da queda da importação e da redução de 8% na produção gaúcha em outubro, dificilmente esta recuperação será repassada neste mês ao produtor. Para o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, o caminho é continuar insistindo para que o governo estabeleça limites para a entrada de produtos lácteos uruguaios. "E se não der as cotas, o governo tem que partir para a medida de retirar o leite do acordo do Mercosul". O coordenador da Comissão de Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, concorda que a liberação da entrada dos produtos uruguaios não põe fim à discussão das cotas. Em audiência pública no Senado ontem, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel, disse que a suspensão da importação de leite uruguaio foi uma medida preventiva. "Suspendemos as importações para investigar", explicou. "Auditamos in loco as três maiores produtoras uruguaias para verificar se no leite produzido no país havia lastro suficiente para abastecer a s agroindústrias locais e ainda exportar para o Brasil", disse. O relatório preliminar não apontou indício de triangulação. (Correio do Povo)

Em evento na Holanda, Novacki adianta que será lançado o Agro+ Investimentos

Durante o Brazil Network Day - BND, evento do qual participou na Holanda, nesta terça-feira (7), o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, anunciou que o Mapa lançará até o início do próximo ano o programa Agro+ Investimentos que vai apontar potencialidades de negócios no setor agropecuário em cada região do Brasil. "Vamos demonstrar onde os investimentos são bem-vindos e rentáveis. É um trabalho junto com o Ministério das Relações Exteriores e com as suas embaixadas, promovendo encontro entre empresários brasileiros e do exterior".

Novacki está em missão oficial à Holanda com o objetivo de derrubar barreiras comerciais e, assim, aumentar o fluxo de comércio entre os dois países. O comércio entre Brasil e Holanda atualmente é de US$ 8,5 bilhões anuais. O evento realizado nesta terça-feira é iniciativa da embaixada brasileira para melhorar o ambiente de negócios.

Sobre o programa Agro+ Investimento, Novacki disse que está sendo preparado com muito cuidado, com todas as questões técnicas envolvidas. "Trata-se de um esforço adicional para o setor do agronegócio, que é a locomotiva da economia do pais."Acrescentou que o Mapa tem a obrigação de defender os produtores e que serão trazidos elementos para, junto com os outros ministérios (Transporte, Casa Civil, Fazenda e Planejamento), realizar um planejamento de longo prazo, que inclui investimentos em logística. "Queremos fazer com que essa locomotiva ganhe mais velocidade", afirmou.

Novacki lembrou que o Ministério da Agricultura realiza um trabalho científico junto com a Embrapa de mapeamento da produção agrícola brasileira, sobre a necessidade de intervenções logísticas que possam ser realizadas com o menor custo possível. "O estudo está sendo complementado agora com informações que são importantíssimas como por exemplo, onde o estado deve atuar diretamente, onde fazer parceria público privada e onde fazer concessão".

O secretário-executivo visitou o Centro de Inovações FrieslandCampia, líder mundial em produtos lácteos, empregador de 22 mil pessoas em 32 países, inclusive no Brasil. Localizado próximo da Universidade de Wageningnen, o centro desenvolve avançadas tecnologias para produtos lácteos. Segundo Novacki, há interesse no fornecimento de matéria-prima para a FrieslandCampina em seus diversos mercados. (As informações são do Mapa)

 

Rotulagem de alimentos
A Anvisa e o Ministério da Saúde realizam, nesta quinta-feira (9/11), um Painel Técnico para tratar das propostas para um novo padrão de rótulos de alimentos. O evento ocorrerá no auditório da Anvisa, em Brasília, a partir das 9h. As vagas presenciais para participação já estão preenchidas. No entanto, será possível assistir ao Painel, em tempo real, CLICANDO AQUIEste mesmo link permitirá o acesso à íntegra da transmissão após a reunião. O Painel Técnico faz parte do processo estabelecido pela Anvisa para aprofundar os debates sobre o tema. O objetivo é assegurar que o processo regulatório seja transparente, baseado em evidências e que conte com ampla participação social. CLIQUE AQUI e acesse a programação. (Anvisa)

 
 

Porto Alegre, 07 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.618

 

 gDT 

O índice GDT realizado hoje, 07 de novembro de 2017 caiu 3,5% em relação ao evento anterior, acompanhando as quedas das cotações que ocorreram na Europa. 

A contradição fica por conta da elevação nas cotações do leite em pó desnatado, produto que está com bastante estoque na União Europeia (UE), e que foi cotado no mercado holandês no início de novembro, a US$ 1705/tonelada. A cotação da manteiga e do leite em pó integral ficaram abaixo dos valores negociados na Europa na última semana. (Terraviva/GDT)


 

Nova queda nas importações

Dados da balança comercial brasileira de lácteos referentes a outubro mostram desaceleração do comércio internacional brasileiro. Nas importações, o Brasil internalizou 9.162 toneladas de produtor lácteos, volume 53% inferior ao mesmo mês em 2016. Ao mesmo tempo, as exportações registraram 2.392 toneladas de produtos lácteos, com queda de 58% no total embarcado ante outubro de 2016. De forma geral, o grande volume de produção local e a menor competitividade do produto importado têm reduzido o interesse pelas importações este ano. 

Em outubro, a importação de leite em pó integral foi 83% menor (7,5 mil toneladas) quando comparada a outubro 2016. Já no caso do leite em pó desnatado, há uma conjuntura atual de preços internacionais muito competitivos em relação ao preço interno, o que resultou em importação 25% maior em outubro desse ano, totalizando um saldo de cerca de 700 toneladas a mais de leite em pó desnatado internalizado vs. outubro de 2016. 

Os queijos, por sua vez, seguiram a tendência do leite em pó integral: também apresentaram queda na sua importação de outubro desse ano, na ordem de 53%, com saldo que representa 2,39 mil toneladas a menos do produto no Brasil em relação ao mesmo mês de 2016. Observe na tabela 1 o resumo dos dados de exportações e importações. (As informações são do MDIC, elaboradas pela Equipe MilkPoint)

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto. Fonte: MDIC

 

Espaço aberto para debater o Susaf/RS

O conselho gestor do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-RS), mecanismo que permite a venda de produtos fora do município de origem, teve apenas uma reunião nos últimos três anos. Entidades reclamam que a falta de encontros do grupo é uma das razões para a baixa adesão. São 22 municípios desde a regulamentação, em 2012, o que representa menos de 5% do total.

- Tem muita informação distorcida lá na ponta do sistema. Está faltando esse diálogo, porque tem entidades de assistência técnica e universidades no grupo - pontua Jocimar Rabaioli, assessor de política agrícola e coordenador das feiras de agricultura familiar da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS).

Mário Nascimento, coordenador técnico da Famurs concorda que é preciso conversar:

- Para os municípios é um tema prioritário, precisa ser tratado.

Diretor-geral da Secretaria da Agricultura, Antônio Aguiar confirma que houve uma reunião no atual governo, mas garante que os encontros dependem da solicitação dos integrantes:

- É um conselho consultivo. Tinha uma demanda inicial, que era a formatação da normativa que regulamentou o Susaf. A partir daí, vai se reunindo por pedido das entidades.

Segundo Aguiar, a secretaria deve realizar nova reunião ainda neste mês, provavelmente no dia 29. Ele discorda, no entanto, de que a falta de encontros justifique a pequena quantidade de municípios que têm Susaf-RS:

- Há municípios onde existem muitas indústrias satisfeitas com a venda no comércio local e não demandam à prefeitura a adesão. Claro que 22 municípios estão aquém do que deveria, mas quando assumimos eram só cinco.

Hoje, 10 técnicos da secretaria fazem as vistorias às agroindústrias, etapa importante do processo. Mas eles não atuam exclusivamente nesta função.

- Há grande demora por falta de corpo técnico da secretaria - confirma Rabaioli.

Seja por um motivo ou por outro, o sistema ainda tem muito a avançar para ter o efeito desejado na vida das agroindústrias.

Nada como um mês após o outro. Outubro foi de reação para as cotações da soja. Além da desvalorização do real frente ao dólar, o que favoreceu o preço no mercado interno, os valores na Bolsa de Chicago também registraram alta.

- Houve uma mudança de ventos em Chicago. O mercado ficou o tempo todo esperando safra recorde nos Estados Unidos, mas a produção cresceu só 3%. Ou seja, a safra não é tão grande como parecia - observa Carlos Cogo, consultor em agronegócio.

Ao mesmo tempo, começaram as pressões em relação ao clima na América do Sul, com problemas e especulações sobre o La Niña. Na largada do plantio, houve atraso e todo esse estresse fez o preço subir na bolsa americana, acrescenta o consultor.

Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, indica que em outubro a soja alcançou o maior patamar dos últimos três meses. O Indicador Cepea/Esalq Paraná avançou 2,3%, com média de R$ 66,48 a saca.

- Essa reação de preço chegou, tardiamente, em outubro - completa Cogo. (Gisele Loeblein/Zero Hora)

 

Começa nesta terça consulta pública sobre Indicações Geográficas da UE

A partir desta terça-feira (7) está disponível para consulta pública de empresas e instituições brasileiras lista de Indicações Geográficas (IGs) da União Europeia publicada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). o O INPI deverá elaborar parecer técnico para fundamentar negociações no âmbito de acordo a ser fechado entre o Mercosul e a União Europeia, baseado em eventuais manifestações de oposição em relação a denominações contidas na lista.

As condições para essa manifestação estão definidas na Instrução Normativa nº 79 do INPI, do último dia 25. O processo é gratuito. O prazo para apresentar argumentos e justificativas encerra-se em 6 de dezembro. O email para o envio de contestações é subsidios@inpi.gov.br. 

As Indicações Geográficas identificam produtos de determinada localidade em que a sua reputação, característica ou qualidade esteja essencialmente atribuída à região de origem. A legislação de países do Mercosul e da União Europeia diferem na forma de proteção das IGs. Por isso, os dois blocos econômicos negociam acordo de preferências comerciais para reconhecimento e a proteção de Indicação Geográfica, de acordo com preceitos de propriedade industrial que regulam patentes de invenção, depósitos e registros de marcas no âmbito da Organização Mundial da Propriedade Intelectual.

Da mesma forma que a lista europeia está sendo submetida ao crivo de produtores brasileiros, a lista do Brasil é analisada igualmente na UE.

Mercosul e União Europeia já apresentaram, na condição de blocos, suas listas de Indicações Geográficas que pretendem reconhecer e proteger diretamente por intermédio do acordo. A lista da União Europeia contém 347 nomes e a do Mercosul, 200.

Exemplos de oposição

Casos mais frequentes em que as empresas e instituições brasileiras podem contestar a lista de Indicações Geográficas:

  • Se a denominação entra em conflito com a de uma variedade vegetal ou raça animal, confundindo o consumidor sobre a origem do produto.
  • Se alguma instituição ou empresa entender que a concessão de Indicação Geográfica interfere em direitos adquiridos. É preciso apresentar informações que demonstrem eventual interferência.
  • Denominação idêntica ou semelhante já registrada ou com registro em tramitação para o mesmo produto ou similar, que pode confundir o consumidor.
  • Nome genérico ou de uso comum em produto brasileiro. É preciso demonstrar que o nome foi usado de boa fé e comprovar-se a data de início da produção. (MAPA)

 

 

Leite UHT
Na tentativa de recuperar suas margens, a indústria elevou novamente o preço do leite UHT negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo. As informações são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Entre 30 de outubro e 3 de novembro, as cotações do derivado registraram alta de 1,15% frente à semana anterior, com média de R$ 2,11 por litro. Foi a quarta valorização consecutiva do produto. Já os preços do queijo muçarela recuaram (após três semanas em alta), devido à menor demanda. Entre 30 de outubro e 3 de novembro, o valor do derivado caiu 0,9% frente ao período anterior, com média de R$ 14,12/kg. (Canal Rural)

 
 

Porto Alegre, 06 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.617

 

Brasil obtém aprovação para exportar leite e produtos lácteos para o Japão

A Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), recebeu na quarta-feira (1º) comunicado da abertura do mercado japonês para o leite e produtos lácteos do Brasil. A negociação demorou dois anos até a aprovação do Certificado Sanitário Internacional. Pelo certificado poderão ser exportados os produtos das áreas livres da febre aftosa com e sem vacinação. A confirmação foi oficializada pelo adido agrícola da embaixada do Brasil em Tóquio, Marcelo Mota. 

O Japão é o sétimo maior importador mundial de lácteos. Em 2016, o país asiático importou cerca de 62 mil toneladas de soro de leite em pó, 13 mil toneladas de manteiga, 258 mil toneladas de queijos e 201,5 mil toneladas de outros produtos lácteos (leite em pó desnatado, caseína, caseinatos, lactose, entre outros). Em 2016, o mercado japonês importou cerca de US$ 1,2 bilhão de produtos lácteos. Segundo o secretário de Relações Internacionais do Mapa, Odilson Ribeiro e Silva, "para o setor de lácteos, que está iniciando sua entrada no mercado internacional, o Japão é um cliente muito importante pelo grande potencial de consumo e pelo grau de exigência que tem, demonstrando a capacidade do Brasil de atender estas exigências". (MAPA)


Cepa probiótica em iogurte ajuda a aliviar a infecção respiratória aguda em idosos e pessoas de meia idade

Iogurtes contendo certas cepas probióticas podem reduzir o risco e a incidência de infecções agudas do trato respiratório superior (URTI) nos idosos e em pessoas de meia idade, de acordo com o RCT chinês. As infecções respiratórias agudas são especialmente perigosas para crianças, adultos mais velhos e pessoas com distúrbios do sistema imunológico. Os idosos podem ser mais suscetíveis devido, em parte, à imunossenescência, isto é, a deterioração gradual do sistema imune como resultado do envelhecimento. 

O processo altera os órgãos e células imunes, bem como moléculas imunes e "aumenta a susceptibilidade a várias doenças, como doenças cardiovasculares, doenças autoimunes e infecções". Em um estudo feito pela Universidade de Sichuan, os pesquisadores dividiram aleatoriamente 205 voluntários com idade igual ou superior a 45 anos em dois grupos: o grupo controle não recebeu suplementação probiótica, enquanto o grupo de intervenção recebeu diariamente 300 ml de iogurte suplementado com uma cepa probiótica, Lactobacillus paracasei N1115.

Menos diagnósticos, menor risco
Após 12 semanas de tratamento, verificou-se que, no grupo de intervenção, o número de pessoas diagnosticadas com URTI aguda, bem como o número de eventos URTI, diminuiu consideravelmente quando comparado ao grupo controle. O estudo também informou que o risco de URTI no grupo de intervenção foi "avaliado como 55% do grupo controle" e que a "alteração na porcentagem de células CD3 + no grupo de intervenção foi significativamente maior do que no grupo controle". No entanto, quando se tratava de níveis totais de albumina, pré-albumina, proteína e globulina, as diferenças entre os dois grupos eram insignificantes.

Estimulação da imunidade
Os pesquisadores formularam a hipótese de que a cepa probiótica utilizada no iogurte ajudou a reduzir o risco de URTI aguda no grupo de intervenção, estimulando a defesa imune natural das células T, protegendo o grupo de intervenção da infecção. Eles acrescentaram que "a função imune do iogurte foi gerada através não apenas da via imunomoduladora dos probióticos, mas também da melhoria do estado nutricional a partir de macro/micronutrientes". O estudo afirmou que a intervenção dietética com iogurte contendo a cepa probiótica Lactobacillus paracasei N1115 poderia ser uma maneira de melhorar a função do sistema imunológico e a saúde geral em pessoas de meia-idade e idosos", o que poderia ter importantes consequências clínicas, de saúde pública e econômicas". No entanto, concluiu-se que, como estava "limitado a um teste de controle em branco, um estudo melhor projetado e controlado por placebo é necessário para esclarecer claramente o efeito imune da cepa N1115 no futuro". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Até 2018, empresa quer mais de 100 ordenhadeiras robôs instalados no Brasil

A maioria dos produtores de leite que fazem as atividades de campo tem uma rotina mais ou menos parecida: acordar bem cedo para ordenhar os animais. Mas um equipamento desenvolvido pela empresa sueca DeLaval tem mudado isso e substituído o trabalho mecânico, tão comum nessa cadeia, pelo gerencial.   O nome da tecnologia é Voluntary Milk System (VMS), algo como Sistema de Ordenha Voluntária, em português. Nele, é o próprio animal que decide a hora em que será ordenhado. E esta é a primeira grande diferença para o equipamento tradicional, que funciona na hora em que o produtor quer e depende totalmente do auxílio deste. Com o VMS, o pecuarista apenas liga a máquina e acompanha o processo. Após entrar no equipamento, o animal é identificado por meio do chip implantado nele. Uma câmera instalada não rdenhadeira reconhece a vaca e a teteira é colocada automaticamente. 

Tudo assim robotizado e sem intervenção nenhuma da mão humana. Mas essa tecnologia vai além da extração de leite. Em tempo real, identifica mastite, faz controle de células somáticas, informa a produção por animal e a qualidade de cada quarto. São ao todo mais de 20 informações à disposição do pecuarista, enquanto as ordenhadeiras tradicionais fornecem em média cinco.  Outros equipamentos iguais a este estão instalados em mais de 30 propriedades leiteiras no Brasil, mas a fabricante quer chegar a 55 até o final deste ano e para 2018 pretende dobrar o número. No mundo são mais de 16 mil unidades em operação. (Canal Rural)

Leite em pó 

O presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, esteve reunido ontem com o ministro de Relações Exteriores, Aloísio Nunes, e com o coordenador do Mercosul, Paulo Mesquita, em audiência marcada pelo deputado Heitor Schuch.  O motivo da reunião foi retomar a pauta das importações de leite em pó do Uruguai e os problemas do Mercosul também com arroz, trigo e vinho. Participaram o vice-presidente da CONTAG, Alberto Broch, e representantes do IRGA e da Federarroz. "Eles têm conhecimento dos problemas causados pelo Mercosul aos agricultores familiares, sabem do que está ocorrendo, mas até agora não tomaram nenhuma medida. Cobramos a garantia de salvaguardas para o Mercosul ou que sejam criadas políticas compensatórias para o setor agrícola que está sendo diretamente penalizado", afirmou Joel.

Ao mesmo tempo, o deputado Schuch disse que "infelizmente se confirmou o que já imaginávamos: o governo está absolutamente perdido no assunto. Apesar de manifestar a intenção de estabelecer cotas de importação, na prática não sabe como fazer. Foi o que ficou claro na audiência com o Itamaraty. É preciso decisão política para rever esse assunto dentro do Mercosul. Não é possível que a produção agrícola siga sendo prejudicada por acordos comerciais que beneficiam outros setores. O que o ministro sugeriu, e concordamos é que, se não tem como decidir a questão de imediato que, pelo menos, o governo adote outras medidas urgentes, como a compra de leite suficiente para enxugar o mercado interno", observou. O governo segue com a missão no Uruguai, que investiga a realização ou não de triangulação de leite (prática proibida), a busca de meios legais para a criação de cotas de importação ou mesmo barrar a aquisição de leite do Uruguai, bem como a adoção de medidas protecionistas ao produtor. "Seguimos com a porta aberta no Itamaraty em busca do amparo legal aos agricultores", completou Joel. (Fetag/RS)

Investigação sobre a falta de manteiga
Manteiga - A metade do suprimento de manteiga desapareceu das prateleiras, uma situação inédita. A causa, a prova de força entre a indústria e a distribuição. A tensão fica estampada nas gôndolas de manteiga dos supermercados franceses nos últimos dias. A taxa de ruptura atingiu nível recorde de 48% entre os dias 23 e 30 de outubro, segundo os últimos dados divulgados pela Nielsen. Está claro que a metade da oferta sumiu das prateleiras. Na semana anterior o índice era de 30%, revelando uma situação inédita. A palavra Escassez, intensamente utilizada na mídia, soa entre os consumidores que fazem compras de precaução. Surge uma bolha de neve. Prova disso foi a reação de um jovem casal neste final de semana diante de uma prateleira de manteiga na cabeça de gôndola em uma loja do Carrefour, no Boulevard Saint-Marcel à Paris. Constatando os produtos existentes, com algumas lacunas, ela diz para o marido. "Olha, é a escassez". E começa a escolher uma marca para levar, quando o marido diz: "nós temos manteiga em casa". Ela responde, "nunca se sabe". Esse é um exemplo típico do comportamento dos franceses, que se tornam, de repente, acumuladores de manteiga. "Não existe escassez de manteiga, mas uma divulgação "falsa" dos supermercados", disseram os agricultores mobilizados regionalmente pelo sindicato agrícola FNSEA e os Jovens Agricultores (JÁ) no dia 03 de novembro. Segundo o JA "a distribuição, diante da alta do preço da manteiga, se recusa a fazer pedidos", tornando reféns os consumidores. Para Benoît Rouyer, economia do Centro Nacional de Economia Leiteira (CNIEL), "houve uma operação teatral orquestrada pela grande distribuição". Uma crise única na Europa Esta crise da manteiga, única na Europa, é sintomática das tensões na cadeia láctea francesa, abalada desde o final das quotas de leite, em 2015. (Le Monde - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 

Porto Alegre, 03 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.616

 

 Soluções para o leite

A iniciativa do governo estadual modificando as regras sobre a tributação da entrada de leite em pó pelo Rio Grande do Sul e a suspensão temporária pelo Ministério da Agricultura da importação de leite do Uruguai atenuam mas não resolvem a aguda crise enfrentada hoje pelo setor de lácteos gaúcho. A importação, em grande escala, a queda no consumo, produção e estoques em alta impactaram no preço pago ao produtor, que atingiu níveis baixíssimos, sequer remunerando os custos de produção. É a mais profunda crise já enfrentada pelo setor. Nos últimos dois anos, mais de 19 mil produtores abandonaram a atividade no Estado.

Ainda somos o segundo maior produtor de leite do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais. A produção anual atinge 4,6 bilhões de litros. A cadeia produtiva envolve mais de 600 mil gaúchos, está presente em 198,4 mil propriedades rurais no RS e 97,6% dos que vendem ou processam o produto são agricultores familiares, que investiram na melhoria da produção e agora correm o risco de ver se inviabilizar seu negócio. Com isso, a economia dos municípios, já fragilizada, pode ser ainda mais afetada.

Quem mais sofre são os pequenos produtores, que trabalham de sol a sol, numa rotina que não conhece fim de semana ou feriado, calor, chuva ou geada, pois tem uma safra diária para produzir, fonte de subsistência e complementação de renda.

No Congresso, tenho me somado à mobilização dos representantes do setor e das lideranças políticas gaúchas em busca de soluções de curtíssimo e médio prazos para essa grave situa- ção. Levamos ao Ministério do Desenvolvimento Social proposta para aquisição de excedentes para serem utilizados nos programas sociais do governo federal. Igualmente, encaminhei, através da Comissão de Relações Exteriores do Senado, sugestão para que parte do estoque seja doada pelo governo brasileiro, como ajuda humanitária, a países que enfrentam graves problemas de fome, de acordo com programa da ONU que foi usado em passado recente para resolver problemas semelhantes com o arroz no RS.

São medidas que sinalizam a importância de buscarmos soluções permanentes para a questão de lácteos, para que o produto volte a se tornar competitivo, gerando renda para os produtores e contribuindo para o desenvolvimento da economia gaúcha. (Senadora Ana Amélia Lemos/Zero Hora


 

Oferta elevada voltou a pressionar cotações do leite em outubro 

Novamente, o preço médio do leite ao produtor brasileiro recuou em outubro. Mas o ritmo da queda foi menor do que no mês anterior, conforme levantamento da Scot Consultoria. No mês que passou, os produtores receberam R$ 1,060 por litro de leite entregue aos laticínios em setembro, recuo de 2,5% em relação aos R$ 1,087 precedentes. De acordo com Rafael Ribeiro, analista da Scot, o recuo refletiu ainda o aumento da produção de leite em setembro e a persistente demanda fraca por lácteos. 

O Índice Scot de Captação de Leite mostrou que a produção cresceu mais 0,3% em setembro sobre agosto na média nacional. A pesquisa da Scot considera o preço do leite em 17 Estados. Com um levantamento em sete Estados, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apurou um recuo de 7,3% no valor líquido do leite ao produtor em outubro, para, em média, R$ 1,005 por litro. Segundo a Scot Consultoria, os preços do leite longa vida no atacado tiveram leve recuperação em outubro sobre setembro. Em São Paulo, houve alta de R$ 0,05 por litro, para R$ 2,18. "Foi uma tentativa das indústrias de recuperar margens, uma vez que estão trabalhando com prejuízo", observou Ribeiro. Ele afirmou, no entanto, que essa alta no atacado não indica uma reação do consumo. 

Assim, o aumento só será repassado ao produtor se houver melhora na demanda, avaliou. Os preços no varejo continuaram em queda, saindo de R$ 2,90 em setembro para R$ 2,85 mês passado, segundo a Scot. No curto prazo, de acordo com a pesquisa da consultoria com 156 laticínios, indústrias e cooperativas, a tendência ainda é de retração do preço ao produtor. Mas a expectativa é de manutenção em dezembro, já que a oferta já está "mais comedida" no Sul do Brasil, pois o rebanho leiteiro começou a ser retirado das pastagens de inverno e houve alta nos custos de produção. Para o pagamento de novembro, 48% dos entrevistados pela Scot esperam manutenção dos preços da matéria-prima, 45%, recuo e o restante tem expectativa de alta.  (Valor Econômico)


 

Tendências, recuperação econômica & consumo de lácteos: o que podemos esperar para 2018?

Compartilhar uma visão geral do que está acontecendo com o mercado internacional, as projeções de preços para 2018 e as perspectivas sobre a oferta e demanda de lácteos dos prncipais mercados produtores e consumidores serão alguns dos temas abordados por Andrés Padilla, Analista Sênior do Rabobank, Brasil, no Dairy Vision 2017. Uma das ideias da apresentação é correlacionar esses fatores com o mercado brasileiro e como eles podem impactar o ano vindouro. 

Segundo ele, os produtos lácteos fazem parte da alimentação dos brasileiros e culturalmente estão inseridos na dieta da população. "Infelizmente, a perda de renda real na recessão de 2014-2016 contribuiu para a redução no consumo de alguns produtos. Porém, o consumo de lácteos e alimentos em geral, têm sofrido menos do que outros produtos nos últimos anos, visto que os consumidores cortam primeiro o lazer e a compra de eletrodomésticos. Uma possível recuperação econômica sustentável por vários anos deve trazer uma melhora importante no mercado de trabalho, refletindo em salários maiores. Se as políticas econômicas adotadas pelo próximo governo (2019-2022) levarem à manutenção de inflação controlada e crescimento sustentável, o consumidor brasileiro deve voltar a consumir mais leite e seus derivados. Acreditamos que o potencial maior está nos queijos, iogurtes e outros produtos de valor agregado, dado que o consumo de leite fluido já é elevado". 

Além disso, o analista destaca que estamos vivenciando no Brasil um período de grande oferta de leite no mercado. "A produção local avançou com força e a demanda local ainda está enfraquecida como comentei acima. Dado que o mercado brasileiro é bastante fechado ao comércio internacional, com exceção do Mercosul, a indústria não consegue ser muito competitiva para colocar o excesso de produção em mercados importadores devido aos impostos que os produtos brasileiros carregam. Por outro lado, vale a pena lembrar que quando há excesso internacional de produção, os produtores de fora têm dificuldades para colocarem seus produtos no mercado brasileiro devido às barreiras de importação que existem".

Andrés pontua que o mercado mundial tem apresentado maior equilíbrio ao longo de 2017, com preços mais estáveis na maioria dos produtos. "Está ocorrendo uma reação da oferta internacional por causa dos melhores preços ao produtor no primeiro semestre, o que acelerou a oferta internacional. Mas, vale lembrar que a demanda - principalmente dos mercados emergentes liderados pela China - vem crescendo junto, o que ajuda a manter o mercado em equilíbrio". 

Ele ressalta que os preços da manteiga e das gorduras lácteas têm fugido da estabilidade observada nas proteínas. "Isso ocorreu devido ao aumento expressivo e às mudanças estruturais com relação ao menor consumo de gorduras vegetais e aumento do consumo de manteiga em várias regiões. Acredito que essa mudança estrutural é de longo prazo". 

Tendências do mercado lácteo 
Para Padilla, o leite e seus derivados continuam sendo uma fonte de proteínas importante na alimentação das pessoas de todas as idades, porém, há bastante 'barulho' e desinformação nas redes sociais e isso pode atrapalhar e influenciar os níveis de consumo, principalmente da geração Y (ou 'millenials'). 

"Os 'millenials' - por natureza - querem experimentar coisas novas e mudar os padrões de consumo com relação aos seus pais e às gerações anteriores. Devemos todos ajudar na divulgação de informações mais claras e direcionadas para que os novos consumidores continuem apreciando o grande valor que o leite e os derivados lácteos têm na nutrição do ser humano. Reforçando, o consumo de manteiga está aumentando globalmente e deve continuar em expansão no futuro. Várias pesquisas conceituadas têm comprovado as vantagens de consumir gorduras lácteas com moderação e os consumidores estão reconhecendo os benefícios dela para a saúde", completa. 

O Dairy Vision 2017 é um dos principais eventos mundiais da cadeia do leite no mundo que ocorrerá em Curitiba/PR, entre 30 de novembro e 01 de dezembro.  (Milkpoint)
 

Novidades no mercado Gaúcho

Maior indústria de laticínios do Estado e uma das líderes no país, a francesa Lactalis promete duas novidades para o mercado até o final deste ano. Na segunda quinzena deste mês, passa a produzir na unidade de Teutônia a manteiga Président Gastronomique - hoje importada. Para montar a linha de produção, a empresa investiu cerca de R$ 20 milhões - parte dos R$ 120 milhões anunciados no ano passado, que incluem a segunda novidade: fábrica de garrafas plásticas de leite. A operação começa em dezembro e teve aporte de mais R$ 50 milhões.

E para garantir a matéria-prima, a marca investe na fidelização, por meio do Lactaleite, programa de assistência técnica, que atende mil produtores e deve chegar a 8 mil até o final do ano.

- A meta é aumentar em 30% a produtividade, além de reduzir custos da produção - explica Guilherme Portella, diretor de comunicação externa da Lactalis.

Para ter assistência sem custos, é preciso cumprir requisitos, como entregar a produção só à marca. (Zero Hora)

Novacki realiza missão oficial à Holanda
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, inicia nesta sexta-feira (3), missão oficial à Holanda, onde participará do evento Brazil network Day - BND e se reunirá com importadores de carne brasileira. Novacki fará ainda visita ao centro de inovações da empresa de lácteos FrieslandCampina, multinacional neerlandesa líder do setor de lácteos. A companhia emprega 22 mil funcionários em 33 países, inclusive no Brasil. (As informações são do Mapa)

 
 

Porto Alegre, 01 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.615

 

Diminui diferença entre os preços do SMP Food e SMP Feed

SMP* - Nos últimos três anos a distância entre os preços do SMP Food** e SMP Feed*** tem diminuído, de acordo com os preços nos principais países produtores, Alemanha e Holanda. Durante três anos, até dezembro de 2016, a diferença entre o SMP Food e o SMP Feed era  €219/tonelada. De janeiro a agosto de 2017, a diferença caiu para € 117/tonelada. 

Conquanto haja certa volatilidade na relação SMP Food/Feed, ela não está, necessariamente, relacionada com as tendências gerais dos preços do SMP.

 

No entanto, com 96% dos estoques de SMP com mais de 1 ano de idade, é preciso perguntar se isso atenderá aos requisitos mais rigorosos dos fabricantes de alimentos. Existe, portanto, potencialmente, um grande volume de SMP Feed esperando para sair. Este desequilíbrio pode influenciar nos preços Feed e Food e também na relação Food/Feed no futuro - se a União Europeia (UE) trabalhar para limpar os estoques. (AHDB - Tradução Livre: Terra Viva)

*      SMP - leite em pó desnatado.
**    SMP Food - SMP utilizado como produto ou insumo na alimentação humana.
***  SMP Feed - SMP utilizado como produto ou insumo na alimentação animal.  

MDIC projeta saldo comercial entre US$ 65 e US$ 70 bilhões para este ano

Balança comercial - Diante do bom desempenho da balança comercial brasileira, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, orientou sua equipe a estudar novas projeções para 2017. A expectativa agora é de que a balança feche o ano com um superávit que pode variar entre US$ 65 bilhões e US$ 70 bilhões. A previsão anterior era de um saldo acima de US$ 60 bilhões. Os números refletem, principalmente, o desempenho das exportações brasileiras, cuja alta acumulada no ano é de quase 20%, com vendas externas expressivas puxadas por automóveis, veículos de carga, produtos siderúrgicos, produtos do agronegócio e commodities minerais. Na próxima quarta-feira (1º), o MDIC anunciará os dados do mês de outubro e também do período acumulado de dez meses no ano.

Segundo o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, "em termos absolutos, a exportação apresenta aumento de US$ 25 bilhões, entre janeiro e setembro, na comparação com o mesmo período de 2016". No ano passado, até setembro, as exportações eram de US$ 139,4 bilhões e, no mesmo período deste ano, subiram para US$ 164,6 bilhões. 
Produtos. Os principais responsáveis por esse comportamento são os aumentos das exportações de petróleo bruto (US$ 6,2 bilhões), minério de ferro (US$ 5 bilhões), soja (US$ 4,5 bilhões), automóveis de passageiros (US$ 1,7 bilhão), produtos siderúrgicos (US$ 1,5 bilhão), derivados de petróleo (US$ 961 milhões) e veículos de carga (US$ 604 milhões).
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) observou que os seguintes setores e/produtos apresentaram desempenho melhor que o esperado:

Produtos agrícolas: No início de 2017, havia incerteza quanto à variação dos preços de exportação das commodities agrícolas. Entretanto, ao longo do ano, os preços têm se mostrado sustentáveis e crescentes. Como exemplo disso, pode-se levar em conta a celulose, com crescimento de 8,5%; açúcar, com crescimento de 20%; carne de frango, com aumento de 9,2% e carne bovina, com crescimento de preço de 5,5%. "A soja apresenta um pequeno aumento de preço de 1% no ano. Porém, como o volume é muito grande, essa variação contribui positivamente para o aumento das exportações", avalia Abrão Neto.

Automóveis de passageiros e veículos de carga: A Secex previa um aumento de exportação na esteira do desempenho de 2016, mas, segundo o secretário, "surpreende com crescimento de 52% na quantidade de automóveis exportados e de 26,4% na quantidade de veículos de carga".
Petróleo e derivados: O aumento nos preços era esperado. Porém, observa-se também crescimento no volume exportado de petróleo bruto (37,3% até setembro);

Produtos siderúrgicos: a performance de crescimento de36% até setembro das exportações do setor supera as expectativas projetadas no início do ano. (MDIC) 

 

Resposta fraca dos produtores aos preços recordes da manteiga

Manteiga - A reação normal na economia para preços elevados é aumento da oferta. O mercado internacional da manteiga atinge níveis recordes, e a expectativa era de que houvesse maior produção de matéria gorda. Na realizada, a oferta final da UE para os preços recordes é fraca. 

Durante os cinco primeiros meses da temporada 2017/18, os produtores de leite da UE-28 elevaram em 0,8% a oferta de manteiga em relação ao mesmo período da temporada anterior. Uma resposta insignificante à crescente escassez de manteiga. Ao procurar a razão, a história é ainda mais preocupante. A matéria gorda extra vinda da produção de leite em alguns países, como a Irlanda, iria fazer crescer ainda mais um mercado inundado com leite em pó desnatado.

 

Dos principais países produtores de leite da UE, apenas dois registraram aumento real no nível de matéria gorda do leite. A Polônia passou de 3,94% para 3,96%. E o Reino Unido, registrou pequeno reajuste, de 4% para 4,01%. Todos os outros principais países produtores registraram declínio, reduzindo o nível médio de manteiga da UE-28, de 3,98% para 3,95%, em relação ao mesmo período do ano passado. Na mesma comparação, os dez principais países produtores de leite da UE registraram aumento nos níveis médios de proteína. (AHDB - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Farm aceita justificativas
A Federação de Associações Rurais do Mercosul (Farm) considerou improcedentes as acusações feitas pelo Brasil ao Uruguai por suposta triangulação de produtos lácteos para exportação, ontem, ao final de uma reunião em Montevidéu. As suspeitas, apontadas por entidades do setor lácteo brasileiro, fizeram com que o governo brasileiro suspendesse as licenças automáticas de importação de leite e derivados do Uruguai no dia 10 de outubro.  Nesta semana, uma missão técnica do Ministério da Agricultura está no Uruguai para averiguar o caso e responder as questões levantadas pelos produtores e indústrias brasileiros, que reclamam de concorrência desleal. O vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, esteve na reunião da Farm e disse que o Uruguai apresentou números que comprovam que o excedente exportado ao Brasil decorreu de estoques acumulados com a perda do mercado venezuelano. "A argumentação é razoável e acreditamos que a comercialização deve voltar ao normal entre os dois países", acentuou. (Correio do Povo)